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Desenvolvimento Dentofacial

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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
Crescimento: Pode ser definido como sendo as mudanças normais na quantidade de substância viva; trata-se então do aspecto quantitativo do desenvolvimento biológico e é medido em unidades de aumento por unidades de tempo. Moyers (1979)
Desenvolvimento: Para Moyers, (1979), refere-se às mudanças estruturais , através das quais os tecidos vão se diferenciando até atingir as características somáticas e funcionais da espécie (evolução).
Aposição (+) Osso novo adicionado na superfície da borda do córtex ósseo onde há a direção do crescimento.
Reabsorção (-) Superfície oposta à aquela onde há a direção de crescimento.
O osso se forma de duas maneiras básicas: formação endocondral e intramembranosa, de acordo com o lugar de aparição.
Formação óssea endocondral
Durante a formação óssea endocontral, o tecido mesenquimatoso original primeiro se transforma em cartilagem.
No local onde se formará o osso por ossificação endocondral, inicialmente, há uma condensação de células mesenquimais, a qual toma a forma geral do osso. Estas células mesenquimais indiferenciadas se diferenciam em células cartilaginosas, e forma-se um pericôndrio ao redor da cartilagem.
As células cartilaginosas se hipertrofiam, suas matrizes se calcificam, degeneram e a cartilagem que está morrendo e se desintegrando é substituída por tecido osteogênico.
Ou seja: A cartilagem produz várias células em uma região que se transformam em condrócitos que absorvem o osso, com isso cria-se um espaço, propiciando que o osso cresça nesta região. Assim, este processo se repete até ossificar todo tecido.
Zona de reserva; Zona Proliferativa; Zona Hipertrófica; Zona de Cartilagem Calcificada; Zona de Ossificação: invasão de células osteoprogenitoras e diferenciação em osteoblastos.
Formação óssea Intramembranosa
Ocorre a partir de uma condensação mesenquimal, onde células ectomesenquimais indiferenciadas diferenciam-se em osteoblastos, que começam a produzir matriz óssea extracelular, também chamada de matriz osteóide.
A ossificação intramembranosa é o modo predominante de crescimento no crânio.
O osso intramembranoso começa sua formação, inicialmente como espículas ósseas, tomando a forma, posteriormente, de placas ósseas, que com o contínuo crescimento, acabam por se fundir. Em alguns locais do complexo craniofacial ficam remanescentes destes tecidos conjuntivos, representados pelas suturas, as quais constituem campos de crescimento.
Ou seja: As células osteoblastos ossificam o periosteo. Além disso, a vascularização propicia que a matriz também se ossifique. 
Teoria do Domínio Sutural
Sisher deu grande importância ao controle genético, salientando que somente a remodelação óssea superficial ou as estruturas trabeculares internas do tecido ósseo estariam sob a influência de fatores locais, como os músculos, por exemplo.
Atribuiu valor igual a todos os tecidos osteogênicos (periósteo, cartilagem e suturas), porém, salienta a importância das suturas, motivo pelo qual esta teoria recebe o nome de Teoria do Domínio Sutural, afirmando que as suturas paralelas que unem a face com a base craniana, empurram o complexo nasomaxilar para frente, adaptando seu crescimento ao da mandíbula.
Teoria da Capsula Nasal
Considerou que os principais fatores de controle do crescimento craniofacial são as cartilagens e o periósteo, dando menor importância às suturas, pois afirma que o crescimento sutural pode ser influenciado por fatores locais e ambientais.
Scott percebeu que o crescimento sutural acontecia em resposta ao crescimento de outras estruturas, incluindo elementos cartilaginosos, cérebro, olhos e assim por diante.
Teoria da Matriz Funcional
Moss defendeu a ideia da matriz funcional, onde afirma que a função das estruturas adjacentes aos ossos é que determina o seu crescimento, negando qualquer controle regulador intrínseco dos próprios tecidos ósseos em crescimento. O controle do crescimento, segundo este autor, é feito por fatores locais ou ambientais.
Teoria da Dominância dos Fatores
Van Limborgh afirmou que o crescimento craniofacial é controlado por poucos fatores genéticos intrínsecos e por muitos fatores locais. Sustenta que o crescimento do condrocrânio é controlado por fatores genéticos intrínsecos, enquanto que o do desmocrânio é controlado por poucos fatores genéticos intrínsecos, porém, por muitos fatores epigenéticos, por fatores ambientais locais na forma de função muscular e oclusal.
Movimentos do crescimento
Deslizamento: É o movimento provocado pela aposição e reabsorção do próprio osso. Movimento de crescimento de uma parte aumentada do osso por ação da remodelação e de seus tecidos osteogênicos.
Deslocamento: Movimentação do osso inteiro à medida que se remodela.
Deslocamento primário: Conforme o osso cresce por deposição óssea em uma determinada direção, ele se desloca no sentido contrário, afastando-se do osso vizinho. Ele ocorre não por compressão de um osso contra outro, mas é levado por uma força de expansão dos tecidos moles em crescimento que o recobrem.
Deslocamento secundário: Crescimento do próprio osso, mas pelo crescimento de outros ossos relacionados diretamente ou indiretamente a ele. Por exemplo, o crescimento em direção anterior da fossa craniana média e do lobo temporal do cérebro, desloca a maxila para frente e para baixo.
Remodelamento: Os ossos crescem por deposição de tecido ósseo em um dos lados do córtex e remoção de osso do lado oposto, havendo campos de crescimento e campos de reabsorção, esse processo dá origem a um movimento de crescimento progressivo e sequencial, que é chamado de recolocação.
Principio de V: Vários ossos possuem o formato em V. Neste principio a aposição (+) ocorre no lado interno e a reabsorção (-) no lado externo. Dessa forma, ocorrem simultaneamente movimentos de crescimento e aumento, o osso endosteal novo produz uma fase de crescimento interno. O córtex composto inteiramente de osso periosteal seguido reversamente para fora, á medida que esta parte do osso agora aumenta seu diâmetro
Crescimento da Maxila
Durante o período de organização da face, os processos maxilares e mandibulares emergem do primeiro arco branquial.
Os ossos que compõe a face, são unidos entre si através das suturas, que são consideradas centros ativos de crescimento.
Ferreira (1997) também conclui que o crescimento da maxila ocorre por aposição e reabsorção em quase toda a sua extensão e por proliferação do tecido conjuntivo sutural nos pontos em que este osso se conecta com peças vizinhas (frontal, zigomático, palatino e processo pterigóide do esfenóide).
A maxila é um osso de origem exclusivamente intramembranosa, que aumenta continuamente em comprimento, altura e largura simultaneamente. Cresce por aposição óssea nas suturas que a conectam ao crânio e à base do crânio, e pela remodelação de superfície. O processo pelo qual se dá o crescimento tanto da maxila como da mandíbula é extremamente dinâmico e complexo. A maxila cresce para todas as direções, porém para um melhor entendimento, costuma-se dividir este processo em partes, comumente denominados de centros de crescimento.
Crescimento da Mandíbula
A proliferação do tecido cartilaginoso do côndilo mandibular, a aposição a reabsorção superficial no corpo e no ramo constituem mecanismo de crescimento deste osso.
Para Ferreira (1997), é evidente um crescimento ósseo periostal nas superfícies deste osso, remodelando-o e provocando os movimentos de deslizamento e deslocamento
CÔNDILO ou CABEÇA MANDIBULAR: É a mandíbula que determina seu crescimento e é dotado de um potencial genético.
CARTILAGEM CONDILAR : Na porção superior é a única com ossificação endocondral.
RAMO MANDIBULAR: Principal responsável pelo crescimento da mandíbula. CRESCIMENTO ÂNTERO-POSTERIOR
PROCESSO CORONÓIDE: Cresce de forma semelhante ao ramo mandibular. 
CORPO DA MANDÍBULA: Cresce de acordo com o princípio do “V”. O corpo mandibular desce conforme a face média e o ramo crescem verticalmente.
PROCESSO ALVEOLAR: Depende dapresença dos dentes. Responsável pelo crescimento vertical. Ajuda a manter as relações oclusais durante o crescimento diferencial mandibular e da face média.
O mecanismo de crescimento da mandíbula, realizado através de surtos de crescimento, se processa em determinadas áreas com mais intensidade. As direções deste, são para cima e para trás deslocando todo o osso para baixo e para frente. A mandíbula também cresce em expansão seguindo um “V “ aberto a nível dos côndilos mandibulares.
A harmonia entre o crescimento mandibular e o crescimento maxilar, dependerá do bom desenvolvimento da oclusão dentária. Com isso a mandíbula passa a desempenhar um papel importante na morfologia de toda a face.
Os Côndilos Mandibulares são grandes sítios de crescimento, que participam da articulação têmporo-mandibular e, portanto são cobertos por uma cartilagem articular, que suporta as pressões sofridas durante a articulação. Dessa forma, o mecanismo de crescimento é endocondral, pois os côndilos crescem em direção à articulação sofrendo pressão direta, sendo o crescimento uma resposta a essa condição local.
O crescimento gera um movimento para trás e para cima dos côndilos, contribuindo para o crescimento em altura, em comprimento e lateral da mandíbula, e um deslocamento de todo o osso para baixo e para frente.
O crescimento do Ramo Mandibular é formado por reabsorção óssea no seu bordo anterior e aposição no posterior, ou seja, ele sofre uma conversão por remodelamento, onde todo o ramo é recolocado posteriormente, e a antiga parte anterior do ramo, que sofreu reabsorção, é transformada em corpo, o qual se alonga por meio desse processo de remodelamento.
O Rebordo Alveolar na mandíbula, da mesma forma que na maxila, estão na dependência dos dentes, crescendo verticalmente e em largura, conforme estes erupcionam, e acompanhando o crescimento para posterior dos ramos mandibulares, para que ocorra a erupção dos molares permanentes. Consequentemente, quando da perda dos dentes, seus rebordos alveolares também desaparecem. 
DESENVOLVIMENTO DAS OCLUSÕES
São órgãos ou massa dura de tecido calcificado, de coloração esbranquiçada, situados na cavidade bucal e colocados sobre os maxilares, onde – em conjunto – se dispõem em fileiras.
Sua principal função consiste em triturar e converter os alimentos em partículas diminutas que possam ser ingeridas e digeridas.
Auxiliam na formação das palavras e contribuem a dar expressão ao rosto.
Possuímos dois tipos de dentição: uma decídua e outra permanente.
Três momentos distintos: as dentaduras decídua, mista e permanente.
Anatomia do dente
Cemento: parte que forma a raiz, ligada ao osso alveolar através de fibras;
Esmalte: camada externa, esbranquiçada e dura;
Dentina: camada abaixo do esmalte, composta por canalículos que contém líquidos;
Polpa: parte de dentro do canal, contém sangue e nervo.
Dentição decídua
O inicio da dentição decídua completa ocorre no útero durante o segundo mês. A iniciação dos dentes permanentes que serão os sucessores dos dentes decíduos ocorre devido ao crescimento nos tecidos conectivos adjacentes ao bordo distal livre da lâmina dentária dando origem a lâmina sucessiva.
A lâmina dental se alonga distalmente ao segundo molar decíduo e dá origem ao germe dentário do molar permanente. O tempo de iniciação do primeiro molar permanente é de mais ou menos 4 meses no útero, 1 ano para o segundo molar permanente, de 4 a 5 anos para o terceiro molar permanente.
Características do recém nascido:
A boca do recém nascido
A forma básica dos arcos é determinada na vida intra-uterina
Odontogênese→ Período em que os dentes são formados.
Posição da mandíbula: Mais posterior;
Processo alveolar: Coberto por uma fina camada de gengiva que vai se segmentar para
indicar os locais de desenvolvimento dos dentes;
Roletes gengivais: Ao, nascimento, os processos alveolares estão cobertos pelos abaulamentos gengivais. Esses abaulamentos se segmentam para indicar os locais de desenvolvimento dos dentes. 
Relação maxila e mandibula
Embora os abaulamentos superior e inferior se toquem, de modo algum trata-se de uma “mordida” exata. Porém esta relação não pode ser usado como critério de diagnóstico para um prognóstico seguro de oclusão. 
O crescimento da mandíbula e maxila, tanto no sentido transversal (sutura palatina mediana e sínfise mandibular) quanto no sagital, este processo é suficiente para que a erupção dos dentes decíduos ocorra sem apinhamento.
Erupção dos dentes decíduos
É o movimento do dente em direção ao plano oclusal, tem início durante as seis
primeiras semanas de vida intra-uterina. Arcada dentária em forma semicircular; 
apresentando diastemas entre os dentes; (20 dentes).
Geralmente aos 6 messes os incisivos centrais inferiores erupcionam primeiro, 
seguido logo após pelos outros incisivos;
Após um intervalo de 3 a 4 messes erupcionam os primeiros molares superiores e 
inferiores
Seguidos em outros 3 a 4 messes erupcionam os caninos superiores e inferiores
A dentição decídua geralmente é completa surante os 24 messes aos 30 messes 
de vida, período marcado pela erupção dos segundos molares inferiores e 
superiores
Arcos dentários decíduos
Os arcos decíduos apresentam menos variabilidade em sua conformação que o arco dos dentes permanentes.
Ao nascimento, os arcos decíduos geralmente são largos o suficiente para acomodar os incisivos decíduos. 
Em geral, há uma separação interdentária na região anterior.
A parte anterior dos arcos aumenta ligeiramente do nascimento até os 12 meses e muda muito pouco daí em diante.
Os diâmetros posteriores aumentam mais nitidamente que os da parte da frente dos arcos.
A extensão palatal alveolar aumenta do nascimento até os 12 meses e permanece constante ao longo dos primeiros dois anos.
Forma de arco: Semicircular
Tipos de Arco: Tipo I- espaços generalizados, Tipo II- sem espaços
DENTADURA MISTA
O período da dentadura mista é aquele em que os dentes decíduos e permanentes estão na boca simultaneamente 
Características da dentadura mista:
1 utilização por perímetro do arco
2 Mudanças de adaptação na oclusão que ocorrem durante a transição de uma dentição para outra. O processo alveolar é uma das áreas de adaptação mais ativas do crescimento ósseo durante o período de transição entre as dentições
Alinhamento dos incisivos permanentes pois eles nascem tipicamente apinhados
Espaços para caninos e pré-molares
Ajuste de oclusão molar, os primeiros molares permanentes que erupcionam tipicamente (topo-a-topo) devem transformar-se numa relação classe I, se desejamos conseguir uma oclusão normal
No primeiro transitório os incisivos são trocados. No segundo período transitório os caninos e os molares decíduos são substituídos.
Espaços entre os dentes: São espaços encontrados na arcada inferior e superior da dentição decidua, chamadas de diastemas;
Período do patinho feio
Período denominado antiestética, onde seu principal fator é a dentição mista. É iniciado aproximadamente aos 7 ou 8 anos de idade e o seu termino por volta dos 12 anos, quando apresenta dentição permanente. Caracteriza-se por apresentar os dentes incisivos superiores com acentuada vestibularização e divergência dos seus longos eixos, além disso, geralmente apresenta diastemas existentes entre os incisivos centrais.
PERÍODO TRANSITÓRIO
O Primeiro Período Transitório inicia-se com a troca dos Incisivos e Molares, e tem como principal característica o início da formação da curva de Spee e da curva de Wilson. 
O Segundo Período Transitório começa quando se dá a esfoliação dos caninos e dos primeiros e segundos molares decíduos.
1º Período Transicional
Primeiros Molares Permanentes
Incisivos Centrais e Laterais
A transição da dentição decídua para a permanente começa aprox. aos 6 anos com a erupção dos primeiros molares permanentes, seguidos logo pelos incisivos permanentes.
Os dentes permanentes tendem a erupcionar em grupos, e é menos importante saber a sequência de erupção do que a época esperadadesses estágios de erupção.
A sequência mais comum de erupção é a erupção do incisivo central inferior, seguido do primeiro molar permanente inferior e do primeiro molar permanente superior. 
Esses dentes normalmente erupcionaram ao mesmo tempo.
2º Período Transicional
Caninos Permanentes
Pré-molares (1º e 2º)
Segundos Molares Permanentes
No segundo estágio de erupção, na idade dentária de 7 anos, os incisivos centrais superiores e os incisivos laterais inferiores permanentes erupcionam.
A idade dentária de 8 anos é caracterizada pela erupção dos incisivos laterais superiores. Depois que estes dentes estiverem no arco há um repouso de 2 a 3 anos antes de quaisquer outros dentes permanentes irromperem
Os dentes normalmente erupcionam quando ¾ de suas raízes estão formados. Portanto, um sinal de que está por acontecer o irrompimento do dente é o desenvolvimento de suas raízes até esse nível.
A idade dentária de 11 anos é caracterizada pela erupção de outro grupo de dentes: canino permanente inferior, primeiro pré-molar inferior e primeiro pré-molar superior, os quais erupcionam quase simultaneamente
Na idade dentária de 11 anos, os únicos dentes decíduos remanescentes são os caninos superiores, os segundos molares superiores e os segundos molares inferiores.
A idade dentária de 12 anos é caracterizada pela erupção do canino permanente superior, dos segundos pré-molares superiores e segundos pré-molares inferiores e, alguns meses depois, dos segundos molares superiores e inferiores
PERÍODO INTERTRANSITÓRIO
O Período Intertransitório apresenta-se no crescimento de uma criança como uma
fase aparentemente estável, de poucas alterações na dentição. Mas nos maxilares, ocorrem reabsorções radiculares dos dentes decíduos e redução do osso circunjacente. 
Período Intertransicional
Não Há Irrupção
Organização
Tipos de arcos:
Os arcos dentários apresentam uma forma semicircular, podendo ou não apresentar espaços interdentários.
Arco na Dentição Decídua em: Tipo I – onde ocorrem diastemas generalizados, além dos espaços primatas; e Tipo II – sem espaços generalizados, onde pode ou não haver diastema primata.
Espaço Livre de Nance
Os pré-molares são menores do que os molares decíduos que eles irão substituir.
O segundo molar decíduo inferior é em média 2 mm maior do que o segundo pré-molar, enquanto no arco superior o segundo molar decíduo é cerca de 1,5 mm maior.
O primeiro molar decíduo só é um pouco maior do que o primeiro pré-molar, mas contribui com 0,5 mm adicional no arco inferior.
O resultado é que cada lado no arco inferior contém cerca de 2,5 mm do que é chamado de espaço livre de Nance, enquanto na maxila, em média, estão disponíveis cerca de 1,5 mm.
DENTIÇÃO PERMANENTE
Entre os 10 e 12 anos de idade, a dentadura mista dá lugar à
dentição permanente. Os caninos e molares decíduos cedem lugar aos
sucessores permanentes. Aos 13 anos de idade, em média, todos os
dentes permanentes já irromperam, exceto o terceiro molar. Nos
indivíduos do sexo feminino há uma antecipação dos fenômenos de
erupção dental com relação aos indivíduos do sexo masculino.
Para os dentes permanentes a ordem de irrupção é: primeiros molares, incisivos central e lateral inferiores, incisivo central superior, incisivo lateral superior, canino inferior, primeiro pré-molar, segundo pré-molar, canino superior, segundo molar e terceiro molar.
Chaves de Oclusão
Chave 1 - Relação dos molares
A cúspide mésiovestibular do 1° molar superior permanente oclui no sulco entre as cuspides vestibulares mesial e mediana do 1° molar inferior permanente.
Chave 2 - Angulação das coroas
A porção cervical do longo eixo de cada coroa encontra-se distalmente (afastada) à sua porção oclusal.
Chave 3 – Inclinação das coroas 
A porção cervical do longo eixo da coroa dos incisivos superiores encontra-se por lingual à superfície incisal, aumentando a inclinação lingual progressivamente na região posterior
Chave 4 - Ausência de Rotações
Os arcos dentários com ausência de rotações apresentam um perímetro normalizado, sem espaços interdentários. Para a oclusão normal, os dentes não devem apresentar rotações indesejáveis, pois estas modificam a harmonia do arco, alterando suas dimensões (sem giroversões, torçoes).
Chave 5 - Contatos interproximais 
Não deve haver espaços interproximais
Chave 6 - Curva de Spee 
Também conhecida como linha de Spee, ou curva de compensação corresponde á linha que une o ápice das cúspides vestibulares dos dentes superiores, tendo seu ponto mais baixo (inferior) em correspondência com a cúspide mesiovestibular do primeiro molar permanente. Deve apresentar-se plana ou suave. 
Discrepância entre decíduos e permanentes
Forma, tamanho e cor
“Overjet” ou sobressaliência: (maxila mais avançada em relação a mandíbula) Decorrente do crescimento mais retardado da mandíbula em relação à maxila. Acontece quando os dentes anteriores superiores estão muito à frente dos inferiores. Nesses casos eles costumam ficar visíveis, apresentando maiores riscos de fraturas. 
"Overbite" ou sobremordida: Acontece quando os dentes anteriores superiores cobrem muito os dentes anteriores inferiores.
Características faciais e tipo de arcos:
Braquifacial: Apresenta verticalmente baixa e horizontalmente larga, As más oclusões freqüentemente encontradas nos pacientes braquifaciais, apresentam as seguintes características: Mordida profunda; Mordida cruzada unilateral; Interposição do lábio inferior por entre os incisivos (overjet); Apinhamento de canino a canino inferior; Vestibuloversão e diastema entre os incisivos superiores, As discrepâncias entre as bases apicais no sentido sagital, ou seja, as más oclusões esqueléticas de classe II e III, podem manifestar-se me ambos os padrões verticais da face (braquifacial e dolicofacial).
Dolicofacial: Verticalmente alta e horizontalmente estreita. As más oclusões freqüentemente encontradas nos pacientes dolicofaciais apresentam as seguintes características: Mordida topo a topo ou aberta; Mordida cruzada uni, bilateral ou total; Deglutição atípica com interposição de língua entre os incisivos; Ausência de apinhamento inferior; Geralmente caninos superiores em supraversão; Respiração bucal decorrente da hipertrofia das adenóides, rinite alérgica, entre outros. Deglutição atípica. As discrepâncias entre as bases apicais no sentido sagital, ou seja, as más oclusões esqueléticas de classe II e III, podem manifestar-se me ambos os padrões verticais da face (braquifacial e dolicofacial).
Mesofacial: Os indivíduos mesofaciais possuem dimensões verticais e horizontais correspondentemente proporcionais. Neste grupo intermediário da classificação biométrica da face normalmente as más oclusões são mais discretas, geralmente dentárias, com raro comprometimento das bases ósseas, não requerendo mecânicas complexas, entretanto advertemos não ser esses pacientes imunes aos efeitos iatrogênicos de um diagnóstico mal conduzido. 
Classificação das más-oclusões 
Oclusão: Encontro ou contato total, em repouso, das faces mastigatórias dos dentes inferiores e superiores. Na oclusão normal há boa distribuição das forças geradas pelos músculos no osso alveolar. 
Más-oclusões: Pode ser classificado como desvio da oclusão normal dos dentes. A falta de relação de um arco dental para outro, ou a desarmonia entre uma ou ambas as arcadas em relação a anatomia craniana. Apenas alguns dentes se tocam e a força é distribuída em uma área menor, podendo apresentar erro de crescimento no esqueleto ósseo e estruturas faciais: 
a) A classificação da maloclusão como concebida originalmente; b) A relação molar; c) A relação esquelética dos maxilares, d) O padrão de crescimento. 
Classe I: São englobados aqueles casos de maloclusão em que a relação anteroposterior dos primeiros molares superior e inferior é norma (distoclusão). Isto significa que a mandíbula e o arco dentário à ela superposto, estão em correta relação mesiodistal com a maxila e demais ossos da face. A cúspide mesio-vestibular do primeiromolar superior oclui no sulco central do primeiro molar inferior. A maloclusão está geralmente confinada aos dentes anteriores. 
Classe II: São aqueles casos em que a arcada inferior se encontra em relação distal com a arcada superior. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide vestibular do primeiro molar inferior e a face distal da cúspide vestibular do segundo pré-molar inferior. Apresenta duas divisões: 
Classe II, divisão 1: Uma de suas características marcantes é a protrusão dos incisivos superiores que apresentam uma inclinação vestibular dos incisivos superiores. A forma da arcada se assemelha à um "V", está geralmente associada com funções musculares anormais, respiração bucal ou hábitos de sucção de dedo ou língua. 
Classe II - divisão 2: São aqueles casos de classe II em que os incisivos superiores estão lingualizados ou verticalizados, enquanto os incisivos superiores laterais se inclinam labialmente ou mesialmente. O arco superior geralmente apresenta-se achatado na região anterior, devido a inclinação lingual excessiva dos incisivos centrais superiores. Existe uma sobremordida vertical excessiva, e o arco inferior apresenta frequentemente curva de Spee exagerada. A função muscular e respiração são normais. 
Classe III: São aqueles casos em que o primeiro molar inferior encontra-se em posição mesial na relação com o primeiro molar superior. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide distal do primeiro molar inferior e a cúspide mésio-vestibular do segundo molar inferior. Também neste caso é usada a subdivisão quando existe um lado em chave de oclusão. Os incisivos podem ou não apresentar mordida cruzada, com as faces vestibulares dos incisivos superiores contatando com as faces linguais dos incisivos inferiores. Os incisivos e caninos inferiores encontram-se com excessiva inclinação lingual. Frequentemente a arcada superior está atresiada. 
O perfil facial é predominantemente côncavo e musculatura está em geral desiquilibrada.
Classificação: 
Neutroclusão: Quando a relação anteroposterior da maxila e mandíbula está em posição considerada normal. É o equivalente à Classe I de Angle. 
Distoclusão: Quando a mandíbula encontra-se em posição distal em relação à maxila. Equipara-se à Classe II de Angle. 
Mesioclusão: A mandíbula encontra-se em posição mesial à maxila. É a Classe III de Angle 
Nomenclatura de Lischer 
A nomenclatura de Lischer é utilizada para descrever as más posições dos dentes individuais, é de uso geral. Essa teoria acrescenta o sufixo "versão" a uma palavra indicando a direção proveniente da posição normal. 
Vestibulo-versão ou bucoversão: Dente inclinado para a região do vestíbulo oral. 
Palato-versão: Dente inclinado para a região palatina (dentes superiores) 
Mesioversão: Mesial à posição normal. 
Distoversão: Distal à posição normal. 
Linguoversão: Lingual à posição normal. 
Lábio ou Vestibuloversão: Em direção ao lábio ou à bochecha. 
Infraversão: Aquém à linha de oclusão. Quando o dente não alcança a linha de oclusão 
Supraversão: Além da linha de oclusão. Quando o dente ultrapassa a linha de oclusão 
Axiversão: Inclinação axial incorreta. 
Giroversão ou Torsiversão: Rotação sobre seu longo eixo. 
Transversão ou Transposição: Alteração da ordem normal dos dentes no arco. O dente encontra-se na arcada dentária em posição de outro dente. 
Torsiversão: Girada em seu longo eixo. 
Perversão: Indica a impactação do dente, em geral, por falta de espaço no arco. 
Apinhamento: Maloclusão dentária onde os dentes ficam desalinhados por falta de espaço em determinado local do arco. 
Diastema: Espaço entre dentes adjacentes do mesmo arco. (ausência do ponto de contato) 
Problemas verticais 
Hiperdivergência: Caracteriza-se por face longa e tendência á mordida aberta anterior. 
Hipodivergência: Caracteriza-se por face curta e tendência a sobremordida profunda. 
Obs: A diferença entre estas duas displasias esqueléticas verticais e as relações entre os quatro planos crânios faciais; da base do crânio, palatino, oclusal e mandibular. 
Tipos de mordida 
A mordida aberta: É uma situação na qual ocorre um desvio no relacionamento vertical do arco maxilar e mandibular. Neste tipo de má-oclusão, há falta de contato dos dentes ântero-superiores e inferiores, enquanto os demais dentes permanecem em oclusão. 
Mordida aberta simples → de canino a canino; 
Composta → de pré-molar a pré-molar; 
Infantil → quando atinge os molares. 
Mordida aberta dental→ ou dentoalveolar o distúrbio ocorre na erupção dos dentes e no crescimento alveolar. Neste tipo de má oclusão os componentes esqueléticos são relativamente normais. 
Na mordida aberta esquelética→ Além dos distúrbios dentoalveolares, há desproporção entre os diversos ossos que compõem o complexo craniofacial. 
Tipologia: Interposição lingual; hábitos de sucção; respiração oral; hereditariedade na tipologia facial; arco maxilar atrésicoe ausência dentária por perda ou congênitas. 
A mordida profunda: Caracteriza por apresentar trespasse vertical acentuado entre os dentes anteriores. É um problema vertical e pode ser chamado de Trespasse dentário vertical profundo, Mordida Fechada, Sobremordida exagerada, excessiva ou profunda. 
Dentária→ Modificar a função; corresponde às condições de suprairrupção de incisivos, infrairrupção de molares ou a combinação dessas; 
Esquelética→ Alterações do crescimento na mandíbula e/ou maxila. 
Tipologia: 
Perda prematura dos dentes decíduos; perda ou inclinação dos dentes posteriores; anomalia na morfologia dos dentes; supra oclusão dos dentes anteriores e má-relação entre o osso alveolar e o pouco desenvolvimento do osso basal mandibular e maxilar, ou então, aumento ou pouco crescimento de um ou de outro segmento alveolar. 
Mordida cruzada: 
Termo utilizado para indicar uma relação bucolingual anormal dos dentes
Mais comum: Quando as cúspides bucais de algum dos dentes maxilares posteriores ocluem lingualmente com as cúspides bucais dos dentes inferiores.
Mordida cruzada bucal: Quando as cúspides linguais dos dentes posteriores superiores ocluem completa e vestibularmente á cúspides bucais dos dentes inferiores.
Mordida cruzada lingual: Quando um ou mais dentes superiores estão em mordida cruzada, na direção da linha média.
Arcos atrésicos
Arcos estreitados transversalmente em forma de V provenientes de empilhamentos
DINÂMICA DA OCLUSÃO
Oclusão: Fechar para cima. Segundo Moyers (1991), Hanson (1995) e Ferreira (1996), o conceito original refere-se a uma ação executada, literalmente a uma aproximação anatômica, a uma descrição de como se encontram os dentes quando em contato.
Movimentos da ATM
Rotação: Ocorre giro da cabeça da mandíbula em torno do seu próprio eixo;
Translação: Ocorre deslizamento da cabeça da mandíbula ao longo da cavidade condilar até a eminência articular do osso temporal;
Abaixamento: Movimento de abertura da boca. M. Digástrico, M. Pterigóideo Lateral e Mm. Supra-hióideos que são: M digástrico, M estiloideo, M miloiódeo e M genioideo.
Elevação: Movimento de fechamento da boca, para sua oclusão. M. Masseter, M. Temporal e M. Pterigóideo Medial
Protrusão: Abaixamento e projeção para a frente. Resulta mesma posição da ATM e quando estamos com a boca aberta ao máximo. Objetivo: Manter a mandibula elevada enquanto ela se desloca para frente. Mm. Pterigóideo Lateral e Mm. Elevadores da Mandíbula: Músculo Temporal, Músculo Masseter, Músculo Pterigoídeo Medial Músculo e Pterigoídeo Lateral.
Retrusão: Elevação da mandíbula para a sua oclusão. Mm. Digástrico e Mm. Elevadores da Mandíbula: Músculo Temporal, Músculo Masseter, Músculo Pterigoídeo Medial Músculo e Pterigoídeo Lateral.
Lateralidade: Abaixamento da mandíbula e movimento de lateralidade. Mm. Pterigóide Lateral: Translado e Mm. Digástrico e fibras posteriores do m. Temporal retorno à posição inicial.
Movimento de Bennett: É o movimento de deslocamento lateral realizadopelo corpo da mandíbula durante o movimento de lateralidade, que é observado pelo movimento do côndilo de trabalho.
Posições cêntricas: Oclusão central e relação central. A mandíbula encontra-se estática, encontra-se em contato máximo dos dentes inferiores com os superiores
Relação cêntrica: É uma posição estritamente relacionada à posição condilar, não apresentando nenhuma relação com os contatos dentários. Efeitua o movimento de lateralidade e abertura.
Lado de trabalho: Movimento de trabalho é o movimento em direção ao lado para o qual a mandíbula se desloca durante a função mastigatória, com o côndilo rotacionando e transladando sobre as paredes posterior e superior da fossa mandibular do osso Temporal. 
Lado de Balanceio: É o movimento em direção ao lado oposto de trabalho. No plano frontal, o côndilo movimenta-se para anterior e para baixo ao longo da parede mediana da fossa mandibular, enquanto as cúspides funcionais inferiores se movem para baixo, anterior e medialmente, sem contatar os planos inclinados antagonistas.

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