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FACULDADES INTEGRADAS CAMPO-GRANDENSES COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS NÚCLEO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM POETA PRIMITIVO PAES CAPES – PIBID/FIC P.A.A. – PRODUÇÃO DE ACERVO DE ÁUDIO MINICURSO PRODUÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS: OS DESAFIOS TÉCNICOS NA COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DE PESQUISA Prof. Me. Erivelto da Silva Reis (CAPES – PIBID/FIC – NEL/PPP – SEEDUC-RJ) eriveltoreis@yahoo.com.br producaotextualexperimental.blogspot.com DELIMITAÇÃO DO TEMA O tema é delimitado pela natureza da pesquisa, pela abordagem teórica, pela área do conhecimento, pela manipulação do corpus, pela problematização e pela natureza da hipótese proposta e pelo recorte metodológico proposto. CORPUS DA PESQUISA REFERENCIAL TEÓRICO PROBLEMA/HIPÓTESE SISTEMATIZAÇÃO TEÓRICA/ METODOLÓGICA TÍTULO DO ARTIGO Deve ser objetivo, criativo e provocativo. Deve dar a conhecer da relação entre o corpus estudado, o referencial teórico e a proposta de leitura ou de abordagem. Trocadilhos, humor, duplo sentido ou metatextos/metatítulos poderão ser usados, desde que não comprometam a leitura ou confundam o leitor. Objetividade e sobriedade são bons recursos. Títulos e subtítulos são bem vindos, desde que não sejam excessivamente extensos. Bons títulos relacionam, estruturalmente, em geral: corpus mais hipótese, ou corpus mais referencial teórico, hipótese mais referencial teórico e o subtítulo, metodologias, processos, problematizações. Há variações possíveis dependendo da área e do estilo de cada autor. REFERENCIAL TEÓRICO Fundamental para dar credibilidade à pesquisa há obrigatoriedade da inserção de referencial teórico a qualquer leitura que pretenda tornar-se pesquisa. Além de configurar o status da pesquisa, ancorar-se e sustentar a relação ao tema, sua utilização demonstra/deve demonstrar o domínio ou a interação/compreensão do pesquisador ao lidar com o tema, dividi-lo, aplicá-lo coerentemente a cada trecho específico da pesquisa. O referencial teórico, em um artigo científico é utilizado concomitantemente à demonstração de sua aplicabilidade em relação ao objeto ou corpus da pesquisa. Em uma monografia ou TCC, por exemplo, o referencial teórico aparece em um dos capítulos, discutido, analisado, apresentado em sua evolução, sua complexidade é discutida, possibilidades interpretativas e interacionais, qualificação canônica, icônica, historicidade, contradições aparentes, pertinência, eficácia. Notadamente, o pesquisador acaba cedendo maior espaço ou visibilidade ao referencial teórico que escolhe como apoio teórico e, a partir dele, desdobra as possibilidades analíticas. Considere-se que todo o processo de apresentação do referencial teórico ocorre enquanto o pesquisador, paulatinamente, o vai aproximando do seu objeto de pesquisa, de seus objetivos, de seu problema, a fim de provar a sua hipótese. Deve-se dar preferência a teóricos renomados, sobretudo em artigos, uma vez que o espaço é menor para a apresentação do referencial, ou ainda, dependendo do tema da comunicação ou do evento de que se pretenda participar, apropriar-se de pesquisadores controversos, polêmicos, insipientes ou pouco conhecidos, pode diminuir sensivelmente as possibilidades de aceite. Deixe os polêmicos, obscuros, pouco conhecidos para serem tratados como corpus ou objeto dos estudos ou do artigo. Considere-se, ainda, que num artigo o que merece destaque é a interação, a funcionalidade da organização, a habilidade e consistência de um ou dois bons referenciais teóricos e a sua pertinência em relação ao contexto e ao tema da pesquisa. Qualquer coisa diferente disso esbarraria, ou na configuração da percepção da mudança de gênero textual acadêmico: o texto teria características de ensaio, dossiê ou “TCC disfarçado”; ou poderia parecer aos avaliadores uma “colcha de retalhos”, uma “teia de citações” ou um excerto, um fragmento mal produzido, mal adaptado de um gênero como uma monografia ou dissertação para um mais dinâmico como um artigo. Em suma: boas monografias ou dissertações, nem sempre resultam em bons artigos, se adaptadas, pelo exagero do recorte de referenciais. Há duas modalidades de inserção dos referenciais teóricos: citações indiretas e citações diretas: vamos a elas: As citações indiretas são conhecidas como paráfrases. O fato de que, tecnicamente, a reorganização sintagmática e estrutural de uma oração seja considerada uma paráfrase, contrasta com a acepção de que, cientificamente, esse processo pareceria mais como uma manipulação superficial e, em contextos específicos de análise crítica e acadêmica, até mesmo como uma tentativa de plágio acadêmico. As paráfrases são a unidade mínima de gêneros como a resenha, por exemplo. Não há, como citação, uma extensão presumível ou recomendável, para sua utilização em um artigo. Sugere-se, no entanto, que sejam evitadas as paráfrases longas, pois compete ao articulista ou pesquisador que as comente (argumentando e correlacionando a ideia citado a estudo produzido e ao seu ponto de vista como pesquisador) e interaja com elas. Leia-se Regina Del Buono: A paráfrase (ou citação indireta) é um recurso importante para todo bom redator, especialmente para os estudantes universitários. Parafrasear significa "explicar com suas próprias palavras" ideias ou conceitos obtidos em determinado autor (FERREIRA, 2009, p.608). Segundo Eco (1983, p.128): "Como ter certeza de que uma paráfrase não é um plágio? Antes de tudo, sua explicação pode ser mais curta do que o original, é claro. Mas há casos em que o autor diz coisas de grande conteúdo numa frase ou período curtíssimo, de sorte que a paráfrase deve ser muito mais longa do que o trecho original". Note que fiz aqui duas citações diretas curtas (com até 3 linhas), ao invés de parafrasear, pois há casos em que é necessário, ou importante que o recurso da citação seja utilizado. Mas, para conferir autenticidade ao texto acadêmico, especialmente para que o mesmo seja considerado científico (que é o objetivo de monografias e tcc's), é fundamental que o universitário vá demonstrando ao longo de seu texto, que as está compreendendo assim, vai transformando-as em texto seu, comparando-as e colocando-se através de seu texto. Entretanto, Eco (1983, p.128) destaca que ao invés de realizar citações diretas, mas sim, parafrasear, é possível utilizar algumas das palavras contidas nos textos e teóricos consultados, "entre aspas e referindo o autor ao final do parágrafo", sem invalidar a paráfrase, contanto que o acadêmico consiga, efetivamente, explicar com clareza a ideia em questão, sendo necessário que tal explicação por vezes, seja maior do que o texto original. Para melhor exemplificar, tomemos o uso de muitos universitários, que, preocupados em elaborar textos de qualidade sem cometer o plágio, empregam o seguinte recurso: ao redigir a monografia, fazem a citação direta conforme determinam as normas, e no parágrafo seguinte, procuram detalhar a ideia transmitida por aquele teórico, mas com as suas próprias palavras. Tem sido comum também que sejam feitas essas explicações, a do (a) orientador (a), que desta forma, conduz seu orientando (a) a demonstrar sua interpretação sobre a ideia inserida no texto em elaboração. Para adquirir a prática de parafrasear, você pode começar tomando por base textos pequenos, fazer a interpretação das ideias apresentadas, para depois, escrever você mesmo sobre o assunto, pode ser a partir de 2 ou 3 notícias sobre o mesmo tema, é uma questão de treino: ler / interpretar / expressar o assunto com suas palavras. (http://www.abntouvancouver.com.br/2013/03/o-que-e- parafrasear.html) Deve-se considerarque as paráfrases são as ideias de outro pesquisador apresentadas com as palavras do articulista. Sendo assim, além de algum domínio cognitivo, linguístico e técnico – a citação acadêmica, qualquer que seja a modalidade, deve, obrigatoriamente, ser sinalizada – (AUTOR, ano, p.), espera-se que o articulista apresente corretamente a citação, introduzindo, de forma dissertativa ao seu leitor a presença de uma ideia que não seja criada por ele, mas que explicite a relação com sua pesquisa. Outra modalidade de citação acadêmica são as citações diretas. Estas se classificam em diretas curtas e diretas longas. Ocorrem quando citamos textualmente (tal como fora escrito) um fragmento selecionado de um autor. Percebe-se que é a sua extensão que determina a sua formatação: a) Diretas curtas: SEMPRE entre aspas. Até 3 linhas (de uma pequena frase, até mesmo de uma palavra) até o limite de 3 linhas. A formatação segue as mesmas especificidades do corpo do texto (Fonte 12, espaçamento 1,5). Poderá ser introduzida com expressões seguidas por dois pontos: segundo:, de acordo com:, o autor afirma:, a teoria é apresentada da seguinte forma:, leia-se: etc. A partir daí, usam-se as aspas, cita-se o teor pretendido, sinaliza-se de forma abreviada (AUTOR, ano, p.) e, no mesmo parágrafo, comenta-se a citação. b) Diretas longas: estas possuem formatação diferenciada. A saber: 1) possuem a partir de 4 linhas; 2) feitas em novo parágrafo; 3) fonte menor (recomenda-se fonte 10); 4) recuo de 4cm da margem esquerda; 5) texto justificado; 6) sem aspas; 7) espaçamento de entrelinhas simples (1,0); 8) Referenciada abreviada com a mesma formatação, imediatamente após a citação: (AUTOR, ano, p.). É importante considerar que não se deve começar ou terminar um parágrafo ou capítulo com qualquer modalidade de citação. Quem abre o texto é o pesquisador, quem deve encerrá-lo, também. Nessa perspectiva, deve-se usar a seguinte estrutura argumentativa: a) apresenta-se: (parágrafo imediatamente anterior à citação) – serve para esclarecer, elucidar, relacionar a citação à pesquisa. Informar ao leitor do que se pretende falar, alertar para a proximidade de um discurso que não seja necessariamente o do articulista. Este parágrafo deverá possuir características explicitamente dissertativas; b) cita-se: (é a ideia ou são as palavras textuais de um determinado autor). É o discurso que não é do articulista, mas que a ele se junta como recurso de autoridade, como forma de sustentar uma crítica, como fundamentação teórica. Deve ser normatizado conforme suas características; c) sinaliza-se: (AUTOR, ano, p.). Neste momento, indica-se AUTOR – o último sobrenome é escrito em caixa alta, o ano da edição com a qual se trabalhou, e o número da página de onde se extraiu a ideia ou o fragmento citado. Normalmente, na apresentação, o articulista já terá escrito o nome do autor e a que obra ele passará a referir-se na citação); d) comenta-se: (o comentário não poderá ser superficial, parecer óbvio ou imaturo academicamente). Deverá desdobar os sentidos do que acabou de ser citado, suas relações com a pesquisa, interação e domínio do articulista em relação ao que foi citado e desdobramentos da citação. O processo anteriormente elencado deve-se repetir a cada nova citação direta ou indireta. Logo, não se devem fazer sequências de citações. Sejam elas diretas ou indiretas. Com relação a notas de rodapé, deve-se utilizá-las conforme a ABNT e apenas se for absolutamente necessário ou obrigatório conforme o edital do artigo. Se algo for suficientemente importante para merecer uma nota de rodapé, por que não incluir em seu corpo de texto? E mesmo assim, por que um pesquisador teria interesse em desviar a atenção do seu leitor para o teor principal de seu texto? Normalmente, nas notas de rodapé em artigos, solicitam-se o nome completo do autor, sua titulação, a que instituição este está associado ou na qual trabalhe. Preferencialmente, informa-se a titulação maior, desde que esta esteja concluída. Alguns informam titulações a que aspirem ou em fase de conclusão, não é um erro, mas as comissões de aceite tendem a postergar suas escolhas ou evitá-las. ORGANIZAÇÃO DO RESUMO O resumo de um artigo é a porta de entrada para a pesquisa produzida. O pesquisador precisa ter em mente que seu objetivo, além de informar sobre os elementos que o leitor encontrará no trabalho, deve atrair a atenção dos leitores. Sua escrita baseia-se na necessidade de apresentar o tema, os objetivos da pesquisa, o referencial teórico e a metodologia empregada no trabalho. Assim, consideramos: 1) Apresentação do tema; 2) Objetivos da pesquisa; 3) Referencial teórico; 4) Metodologia. Esses elementos basicamente aparecem intercambiados em diferentes resumos nas áreas das ciências humanas. Por exemplo, uma pesquisa de campo teria como primeiro elemento (por ordem de importância), a necessidade de informar-se a metodologia aplicada logo em seguida ao tema, o referencial aplicado e os objetivos. Não há exatamente uma fórmula, mas a apresentação dessas informações é considerada em geral pelas comissões científicas e/ou são importantes no momento em que se consideram os aceites para comunicações e publicações. Leia-se Regina Del Buono: Muitos alunos fazem um resumo do conteúdo do trabalho, mas isto não atende ao objetivo deste item, já que este resumo especificamente, deve conter basicamente 4 pontos específicos, que são: o que? (explicitar o título da monografia); por quê? (o motivo de ter sido escolhido); como foi elaborado? (o tipo de pesquisa elaborada -quantitativa ou qualitativa- e técnicas utilizadas, e ainda, quais foram os meios utilizados para o levantamento do material adequado); conclusão? (a verificação ou constatação sobre tudo o que foi lido, analisado e desenvolvido ao longo do seu texto). O resumo de monografias de graduação e pós-graduação deve conter até 250 palavras (o mais próximo possível disto), o que permite que sejam apresentados os conceitos e definições estabelecidos por 1 ou 2 marco(s) teórico(s) (autores mais importantes) sobre o tema central do TCC. Já as dissertações e teses de mestrado e/ou doutorado, devem conter entre 500 a 1000 palavras, o que exigirá que o acadêmico aborde alguns outros autores consultados (ou que aprofunde a teoria dos principais teóricos), assim como demonstre suas reflexões pessoais sobre essas teorias. No caso de artigo científico, o resumo restringe-se ao máximo de 150 palavras, não mais que isto. Todo resumo (seja monografia, tese, artigo) deve ser configurado segundo o parágrafo americano (sem recuos nem novos parágrafos), redigido em um bloco único, como no formato deste artigo, e espaçamento de 1 cm. [...] (http://www.abntouvancouver.com.br/2013/05/como- fazer-o-resumo-da-monografia-seja.html) LEITURA DE EDITAIS Algumas instituições e entidades organizam e podem estabelecer em suas chamadas para publicação, padrões específicos que devem ser atendidos rigorosamente. A leitura e o entendimento das solicitações dos editais são obrigatórios. Elementos como Resumos, abstracts, formatação, padrões técnicos, normas específicas, palavras-chave, número de páginas, adequação ao tema etc., são fundamentais – além, é claro, da qualidade da pesquisa, para o aceite. NORMAS DA ABNT Há dois padrões tecnicamente viáveis para a produção e a formatação de textos acadêmicos: padrão Vancouver (norte-americano) e padrão ABNT (brasileiro). São muito semelhantes, no entanto, o padrão obrigatório é o brasileiro. Uma das diferenças básicas mais perceptíveis é a ausência de paragrafação. O texto é organizadoem blocos de textos justificados, nos quais não são sinalizados os parágrafos, caracterizados por breve afastamento da margem. Nesses casos, há um espaçamento de uma linha (um toque na tecla enter) entre um bloco e outro. As normatizações mais frequentes são a NBR 6023 (2002-2012) e a NBR 10520 (2002) para citações acadêmicas. Quaisquer outras especificidades devem ser pesquisadas, compreendidas e empregadas pelos articulistas proponentes. Referências bibliográficas são obrigatórias, bem como, se for o caso a informação sobre os orientadores da pesquisa, para os artigos que são frutos de projetos de pesquisa, financiados e ou que derivem de quaisquer projetos de apoio, individuais e ou coletivos. ALGUNS CONCEITOS ELEMENTARES EM PESQUISA Objeto – (Corpus) A obra (Literatura – Poesia, crônica, conto, romance) que será investigada, pesquisada, analisada atentamente segundo critérios científicos; Apoio (s) Teórico (s) – (Teoria Literária) – Texto (s) teórico (s) – não-ficcional (is) – que pode (m) e deve (m) ser utilizado (s) para interagir com o corpus e provar, demonstrar ou sustentar a hipótese problematizada pelo pesquisador; Objetivo – O que o trabalho acadêmico-científico para a realização da pesquisa deseja provar. Pode ser único ou combinado. Assim, uma pesquisa poderia se constituir de objetivo geral (aquele que contém, o mais genérico), o que situa a pesquisa (período literário, autor, obra, contexto histórico, sociológico, filosófico, metodológico) e objetivo específico (o que o pesquisador elegeu como problema dentro do objetivo geral); Justificativa – Que características seu trabalho de pesquisa possui que possam interessar aos demais pesquisadores. O que poderia representar o seu trabalho como avanço científico na área em que ele se realiza. Problema – Estabelecido a partir do seu objetivo específico. É uma pergunta. Em verdade, é a problematização que motiva a investigação e a hipótese que o pesquisador constrói. Hipótese – Resposta ao problema. Essa resposta é construída a partir da demonstração das teorias com as quais o texto analisado se relaciona e da análise pormenorizada do objeto. Naturalmente, o pesquisador se esforçará para analisar e aproximar o seu corpus das teorias relacionadas ao texto com a finalidade de confirmar sua hipótese. A hipótese negativa é uma variação não-convencional, mas que pode ser feita para negar uma teoria anterior. O mais comum é que os pesquisadores englobem, aprofundem, condensem e expandam suas teorias para superar teorias e hipóteses com as quais não concordam. Linha de Pesquisa – O pesquisador deve ter em mente que o seu trabalho deve estar em sintonia com a linha de pesquisa da Instituição para a qual pretende ingressar ou pela qual pretende defender a titulação. Um bom texto, uma boa pesquisa em uma área que não comporte a linha de pesquisa proposta, pode fazer com que o pesquisador perca seu trabalho ou com que não consiga sua titulação. A linha de pesquisa está contida dentro da área do conhecimento. Área do conhecimento – É o grande grupo das ciências e suas ramificações. Programa – Dentro das Faculdades, cada área corresponde a um programa com objetivos, metas, direção e coordenação próprias: Letras Vernáculas (Literatura portuguesa, Literatura brasileira e Literaturas africanas); Letras Neoclássicas (Inglês, Espanhol, Francês), Ciência da Literatura (Literatura comparada, Crítica Literária). Assim, em Letras vernáculas, Literatura Portuguesa Contemporânea a linha de pesquisa seguida por um determinado pesquisador podem ser os Estudos sobre a ficção a partir da análise das questões relacionadas à História e à Memória do Trauma da Guerra Colonial em África. Modalidades de Pesquisa – Pesquisa bibliográfica (obras como objeto de análise e teorias encontradas em referencial teórico-bibliográfico) e pesquisa de campo (o pesquisador levanta dados obtidos in loco); Abrangência da Pesquisa – A pesquisa é qualificada de acordo com sua abrangência e, a partir daí, indica o nível ao qual o pesquisador pertence. Deve ser realizado predominantemente sobre, acerca de temas, metodologias, sistemas e abordagens diretamente relacionados aos domínios da sua área. Titulação e Nível de Pesquisa – Lato Sensu (Tematização mais genérica, duração de um ano), conhecida como especialização. Tem duração de 360 horas e período de conclusão previsto para um ano. Stricto Sensu (Mestrado – 2 anos a 2 anos e meio; doutorado – 4 anos a 4 anos e meio); Plágio Acadêmico – Quando o pesquisador apresenta trabalhos, trechos de trabalhos escritos por outros e assume sua autoria. Não indica, omite (acidental ou intencionalmente) a autoria. É passível de punição criminal, civil, indenizatória e de sansões acadêmicas como anulação do crédito, reprovação do trabalho, anotação no histórico oficial acadêmico e expulsão. Projeto de Pesquisa – Indicação do que o pesquisador pretende realizar caso seja aceito no programa de pesquisa. Que linha de pesquisa ele seguirá, que teóricos abordará, qual o cronograma da pesquisa, etc. O projeto poderá sofrer pequenas alterações de conteúdo e/ou abordagem, mas não poderá ter sua linha de pesquisa, ou propiciar transferência entre programas. Orientador – Um pesquisador mais experiente, que vai ler e orientar a produção de sua pesquisa. Não é um revisor ortográfico e gramatical, não é um diagramador, digitador, montador de trabalho. Não é um quebra-galho. Assim como o pesquisador que é postulante ao título, este está submetido à avaliação de seus supervisores, coordenadores e diretores do programa e das agências de fomento à pesquisa, como por exemplo, a CAPES. Seu projeto de pesquisa deve ser próximo ou enquadrar-se à linha de pesquisa de seu orientador ou ao do pesquisador que você pretenda que o oriente. Monografia – Trabalho de pesquisa sobre um tema específico. Daí o prefixo (mono). Característicos dos Cursos de Graduação (TCC) e Pós-Graduação Lato Sensu (especialização). Na graduação a monografia é apresentada e recebe conceito “aprovado” ou “reprovado”. Na especialização, é defendida. A nota mínima para aprovação é 7 e a máxima é 10 com recomendação de publicação. O tema não precisa ser inédito; As monografias devem possuir algo entre 30 e 50 laudas. Dissertação – Texto monográfico específico do mestrado. Pode ser um desdobramento, uma expansão, um aprofundamento do tema da especialização. Pode ter entre 70 e 120 laudas. É defendida num exame preliminar chamado qualificação, normalmente um ano antes da apresentação final. Tese – Construída a partir de um tema inédito. Deve possuir entre 100 e 200 laudas. Passa obrigatoriamente pela qualificação um ano antes. ABNT – Instituição brasileira que determina e fiscaliza o cumprimento dos procedimentos e normas técnicas relacionados à produção acadêmico-científica. A obediência às suas regras é absolutamente necessária. Não é facultativa. Um bom texto pode ser reprovado se não estiver em acordo com as normas, que são atualizadas esporadicamente para se manter em equivalência com as normas técnicas seguidas por outros institutos no restante do mundo. DIVISÃO DO ARTIGO Veja a estrutura de introdução. Deve ser construída dissertativamente e não sob a organização de tópicos ou subtítulos. Preâmbulo Você parte do mais genérico para o mais específico, procurando situar seu recorte monográfico. Não comece já pela discussão do problema ou do tema principal da monografia. Objetivo O que você pretende realizar com sua pesquisa (objetivo geral); o que você pretende realizar na sua monografia (objetivo específico). Justificativa Por que sua pesquisa é importante. Que interesseela poderá despertar nos pesquisadores e/ou leitores. Como ela contribui para os estudos literários. Problema O que você vai investigar dentro do seu objetivo. Recorte específico. Uma questão a ser apresentada como motivadora da investigação e o esclarecimento de em que parte (ou nele todo), do corpus (objeto de pesquisa) está a questão investigada. Hipótese O argumento que motiva a pesquisa; a resposta ao problema investigado. A resposta ao problema demonstrada nos mínimos detalhes e em diversos aspectos. Apoio Teórico Que fundamentação teórica você leu que possibilitará a sua argumentação. Com base em qual teoria você sustenta sua resposta ao problema. Relevância Sua resposta é relevante porque? Desenvolva, busque valorizar academicamente a sua postura investigativa, a utilização que sua pesquisa virá a ter. Linha de pesquisa Sua pesquisa está localizada em qual linha? Apresente-a. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Obrigatórias conforme a ABNT, ao final do documento. No corpo do texto as referências são abreviadas. PRODUÇÃO DE SLIDES Slides devem ser padronizados, sóbrios, com letras grandes não artísticas, espaçamento entrelinhas razoável. Padronização da linguagem, imagens relevantes. As referências básicas devem ser informadas, bem como todos os elementos pertinentes a identificação acadêmica do autor, o título da comunicação – evidentemente o mesmo do artigo aceito – e-mail para contato, links e afins. Evite-se o uso de efeitos pouco funcionais ou que preconizem uma manipulação específica e demasiadamente técnica que monopolize a operação por parte do articulista. Vídeos produzidos pelo próprio articulista devem trazer explicitamente essa informação ou possuir referência de autoria. Não faça extensas sequências de slides, cuidado com o design, (fundos escuros para o dia e claros para a noite) tenha os arquivos salvos em mais de um dispositivo, combine os slides com o texto escrito, não use os slides para ler a palestra, eles são o “algo a mais”, a ilustração do que se diz, não o que se diz. Tenha o esquema de slides impresso, caso os dispositivos eletrônicos falhem. Não abarrote os slides de texto. Filtre aquilo que será apresentado. REFERÊNCIAS: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002. _______. NBR 6023: monografias, artigos e TCC’s. Rio de Janeiro, 2002. KÖCHE, Vanilda Salton,; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cínara Ferreira. Prática textual: atividades de leitura e escrita. 10. ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
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