Buscar

PRODUÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS: OS DESAFIOS TÉCNICOS NA COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DE PESQUISA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADES INTEGRADAS CAMPO-GRANDENSES 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS 
NÚCLEO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM POETA PRIMITIVO PAES 
CAPES – PIBID/FIC P.A.A. – PRODUÇÃO DE ACERVO DE ÁUDIO 
 
 
MINICURSO 
 
PRODUÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS: 
OS DESAFIOS TÉCNICOS NA COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DE PESQUISA 
 
Prof. Me. Erivelto da Silva Reis 
(CAPES – PIBID/FIC – NEL/PPP – SEEDUC-RJ) 
eriveltoreis@yahoo.com.br 
producaotextualexperimental.blogspot.com 
 
DELIMITAÇÃO DO TEMA 
O tema é delimitado pela natureza da pesquisa, pela abordagem teórica, pela área do 
conhecimento, pela manipulação do corpus, pela problematização e pela natureza da 
hipótese proposta e pelo recorte metodológico proposto. 
 
 
 
 
 
CORPUS DA PESQUISA 
REFERENCIAL TEÓRICO PROBLEMA/HIPÓTESE 
SISTEMATIZAÇÃO 
TEÓRICA/ 
METODOLÓGICA 
TÍTULO DO ARTIGO 
 Deve ser objetivo, criativo e provocativo. Deve dar a conhecer da relação entre o 
corpus estudado, o referencial teórico e a proposta de leitura ou de abordagem. Trocadilhos, 
humor, duplo sentido ou metatextos/metatítulos poderão ser usados, desde que não 
comprometam a leitura ou confundam o leitor. Objetividade e sobriedade são bons 
recursos. Títulos e subtítulos são bem vindos, desde que não sejam excessivamente 
extensos. Bons títulos relacionam, estruturalmente, em geral: corpus mais hipótese, ou 
corpus mais referencial teórico, hipótese mais referencial teórico e o subtítulo, 
metodologias, processos, problematizações. Há variações possíveis dependendo da área e 
do estilo de cada autor. 
 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Fundamental para dar credibilidade à pesquisa há obrigatoriedade da inserção de 
referencial teórico a qualquer leitura que pretenda tornar-se pesquisa. Além de configurar o 
status da pesquisa, ancorar-se e sustentar a relação ao tema, sua utilização demonstra/deve 
demonstrar o domínio ou a interação/compreensão do pesquisador ao lidar com o tema, 
dividi-lo, aplicá-lo coerentemente a cada trecho específico da pesquisa. 
O referencial teórico, em um artigo científico é utilizado concomitantemente à 
demonstração de sua aplicabilidade em relação ao objeto ou corpus da pesquisa. Em uma 
monografia ou TCC, por exemplo, o referencial teórico aparece em um dos capítulos, 
discutido, analisado, apresentado em sua evolução, sua complexidade é discutida, 
possibilidades interpretativas e interacionais, qualificação canônica, icônica, historicidade, 
contradições aparentes, pertinência, eficácia. Notadamente, o pesquisador acaba cedendo 
maior espaço ou visibilidade ao referencial teórico que escolhe como apoio teórico e, a 
partir dele, desdobra as possibilidades analíticas. Considere-se que todo o processo de 
apresentação do referencial teórico ocorre enquanto o pesquisador, paulatinamente, o vai 
aproximando do seu objeto de pesquisa, de seus objetivos, de seu problema, a fim de provar 
a sua hipótese. 
Deve-se dar preferência a teóricos renomados, sobretudo em artigos, uma vez que o 
espaço é menor para a apresentação do referencial, ou ainda, dependendo do tema da 
comunicação ou do evento de que se pretenda participar, apropriar-se de pesquisadores 
controversos, polêmicos, insipientes ou pouco conhecidos, pode diminuir sensivelmente as 
possibilidades de aceite. Deixe os polêmicos, obscuros, pouco conhecidos para serem 
tratados como corpus ou objeto dos estudos ou do artigo. 
Considere-se, ainda, que num artigo o que merece destaque é a interação, a 
funcionalidade da organização, a habilidade e consistência de um ou dois bons referenciais 
teóricos e a sua pertinência em relação ao contexto e ao tema da pesquisa. Qualquer coisa 
diferente disso esbarraria, ou na configuração da percepção da mudança de gênero textual 
acadêmico: o texto teria características de ensaio, dossiê ou “TCC disfarçado”; ou poderia 
parecer aos avaliadores uma “colcha de retalhos”, uma “teia de citações” ou um excerto, um 
fragmento mal produzido, mal adaptado de um gênero como uma monografia ou 
dissertação para um mais dinâmico como um artigo. Em suma: boas monografias ou 
dissertações, nem sempre resultam em bons artigos, se adaptadas, pelo exagero do recorte 
de referenciais. 
Há duas modalidades de inserção dos referenciais teóricos: citações indiretas e 
citações diretas: vamos a elas: 
As citações indiretas são conhecidas como paráfrases. O fato de que, tecnicamente, a 
reorganização sintagmática e estrutural de uma oração seja considerada uma paráfrase, 
contrasta com a acepção de que, cientificamente, esse processo pareceria mais como uma 
manipulação superficial e, em contextos específicos de análise crítica e acadêmica, até 
mesmo como uma tentativa de plágio acadêmico. 
As paráfrases são a unidade mínima de gêneros como a resenha, por exemplo. Não 
há, como citação, uma extensão presumível ou recomendável, para sua utilização em um 
artigo. Sugere-se, no entanto, que sejam evitadas as paráfrases longas, pois compete ao 
articulista ou pesquisador que as comente (argumentando e correlacionando a ideia citado a 
estudo produzido e ao seu ponto de vista como pesquisador) e interaja com elas. 
Leia-se Regina Del Buono: 
 
A paráfrase (ou citação indireta) é um recurso importante para todo bom redator, 
especialmente para os estudantes universitários. Parafrasear significa "explicar 
com suas próprias palavras" ideias ou conceitos obtidos em determinado autor 
(FERREIRA, 2009, p.608). Segundo Eco (1983, p.128): "Como ter certeza de que 
uma paráfrase não é um plágio? Antes de tudo, sua explicação pode ser mais curta 
do que o original, é claro. Mas há casos em que o autor diz coisas de grande 
conteúdo numa frase ou período curtíssimo, de sorte que a paráfrase deve ser 
muito mais longa do que o trecho original". Note que fiz aqui duas citações diretas 
curtas (com até 3 linhas), ao invés de parafrasear, pois há casos em que é 
necessário, ou importante que o recurso da citação seja utilizado. Mas, para 
conferir autenticidade ao texto acadêmico, especialmente para que o mesmo seja 
considerado científico (que é o objetivo de monografias e tcc's), é fundamental que 
o universitário vá demonstrando ao longo de seu texto, que as está 
compreendendo assim, vai transformando-as em texto seu, comparando-as e 
colocando-se através de seu texto. Entretanto, Eco (1983, p.128) destaca que ao 
invés de realizar citações diretas, mas sim, parafrasear, é possível utilizar algumas 
das palavras contidas nos textos e teóricos consultados, "entre aspas e referindo o 
autor ao final do parágrafo", sem invalidar a paráfrase, contanto que o acadêmico 
consiga, efetivamente, explicar com clareza a ideia em questão, sendo necessário 
que tal explicação por vezes, seja maior do que o texto original. Para melhor 
exemplificar, tomemos o uso de muitos universitários, que, preocupados em 
elaborar textos de qualidade sem cometer o plágio, empregam o seguinte recurso: 
ao redigir a monografia, fazem a citação direta conforme determinam as normas, e 
no parágrafo seguinte, procuram detalhar a ideia transmitida por aquele teórico, 
mas com as suas próprias palavras. Tem sido comum também que sejam feitas 
essas explicações, a do (a) orientador (a), que desta forma, conduz seu orientando 
(a) a demonstrar sua interpretação sobre a ideia inserida no texto em elaboração. 
Para adquirir a prática de parafrasear, você pode começar tomando por base textos 
pequenos, fazer a interpretação das ideias apresentadas, para depois, escrever 
você mesmo sobre o assunto, pode ser a partir de 2 ou 3 notícias sobre o mesmo 
tema, é uma questão de treino: ler / interpretar / expressar o assunto com suas 
palavras. (http://www.abntouvancouver.com.br/2013/03/o-que-e-
parafrasear.html) 
 
Deve-se considerarque as paráfrases são as ideias de outro pesquisador 
apresentadas com as palavras do articulista. Sendo assim, além de algum domínio cognitivo, 
linguístico e técnico – a citação acadêmica, qualquer que seja a modalidade, deve, 
obrigatoriamente, ser sinalizada – (AUTOR, ano, p.), espera-se que o articulista apresente 
corretamente a citação, introduzindo, de forma dissertativa ao seu leitor a presença de uma 
ideia que não seja criada por ele, mas que explicite a relação com sua pesquisa. 
Outra modalidade de citação acadêmica são as citações diretas. Estas se classificam 
em diretas curtas e diretas longas. Ocorrem quando citamos textualmente (tal como fora 
escrito) um fragmento selecionado de um autor. Percebe-se que é a sua extensão que 
determina a sua formatação: 
 a) Diretas curtas: SEMPRE entre aspas. Até 3 linhas (de uma pequena frase, 
até mesmo de uma palavra) até o limite de 3 linhas. A formatação segue as mesmas 
especificidades do corpo do texto (Fonte 12, espaçamento 1,5). Poderá ser introduzida com 
expressões seguidas por dois pontos: segundo:, de acordo com:, o autor afirma:, a teoria é 
apresentada da seguinte forma:, leia-se: etc. A partir daí, usam-se as aspas, cita-se o teor 
pretendido, sinaliza-se de forma abreviada (AUTOR, ano, p.) e, no mesmo parágrafo, 
comenta-se a citação. 
 b) Diretas longas: estas possuem formatação diferenciada. A saber: 
 1) possuem a partir de 4 linhas; 
2) feitas em novo parágrafo; 
3) fonte menor (recomenda-se fonte 10); 
4) recuo de 4cm da margem esquerda; 
5) texto justificado; 
6) sem aspas; 
7) espaçamento de entrelinhas simples (1,0); 
8) Referenciada abreviada com a mesma formatação, imediatamente 
após a citação: (AUTOR, ano, p.). 
 
 É importante considerar que não se deve começar ou terminar um parágrafo ou 
capítulo com qualquer modalidade de citação. Quem abre o texto é o pesquisador, quem 
deve encerrá-lo, também. Nessa perspectiva, deve-se usar a seguinte estrutura 
argumentativa: 
 a) apresenta-se: (parágrafo imediatamente anterior à citação) – serve para 
esclarecer, elucidar, relacionar a citação à pesquisa. Informar ao leitor do que se pretende 
falar, alertar para a proximidade de um discurso que não seja necessariamente o do 
articulista. Este parágrafo deverá possuir características explicitamente dissertativas; 
 b) cita-se: (é a ideia ou são as palavras textuais de um determinado autor). É o 
discurso que não é do articulista, mas que a ele se junta como recurso de autoridade, como 
forma de sustentar uma crítica, como fundamentação teórica. Deve ser normatizado 
conforme suas características; 
 c) sinaliza-se: (AUTOR, ano, p.). Neste momento, indica-se AUTOR – o último 
sobrenome é escrito em caixa alta, o ano da edição com a qual se trabalhou, e o número da 
página de onde se extraiu a ideia ou o fragmento citado. Normalmente, na apresentação, o 
articulista já terá escrito o nome do autor e a que obra ele passará a referir-se na citação); 
 d) comenta-se: (o comentário não poderá ser superficial, parecer óbvio ou imaturo 
academicamente). Deverá desdobar os sentidos do que acabou de ser citado, suas relações 
com a pesquisa, interação e domínio do articulista em relação ao que foi citado e 
desdobramentos da citação. 
 O processo anteriormente elencado deve-se repetir a cada nova citação direta ou 
indireta. Logo, não se devem fazer sequências de citações. Sejam elas diretas ou indiretas. 
Com relação a notas de rodapé, deve-se utilizá-las conforme a ABNT e apenas se for 
absolutamente necessário ou obrigatório conforme o edital do artigo. Se algo for 
suficientemente importante para merecer uma nota de rodapé, por que não incluir em seu 
corpo de texto? E mesmo assim, por que um pesquisador teria interesse em desviar a 
atenção do seu leitor para o teor principal de seu texto? Normalmente, nas notas de rodapé 
em artigos, solicitam-se o nome completo do autor, sua titulação, a que instituição este está 
associado ou na qual trabalhe. Preferencialmente, informa-se a titulação maior, desde que 
esta esteja concluída. Alguns informam titulações a que aspirem ou em fase de conclusão, 
não é um erro, mas as comissões de aceite tendem a postergar suas escolhas ou evitá-las. 
 
ORGANIZAÇÃO DO RESUMO 
 O resumo de um artigo é a porta de entrada para a pesquisa produzida. O 
pesquisador precisa ter em mente que seu objetivo, além de informar sobre os elementos 
que o leitor encontrará no trabalho, deve atrair a atenção dos leitores. Sua escrita baseia-se 
na necessidade de apresentar o tema, os objetivos da pesquisa, o referencial teórico e a 
metodologia empregada no trabalho. Assim, consideramos: 
 1) Apresentação do tema; 
 2) Objetivos da pesquisa; 
 3) Referencial teórico; 
 4) Metodologia. 
 Esses elementos basicamente aparecem intercambiados em diferentes resumos nas 
áreas das ciências humanas. Por exemplo, uma pesquisa de campo teria como primeiro 
elemento (por ordem de importância), a necessidade de informar-se a metodologia aplicada 
logo em seguida ao tema, o referencial aplicado e os objetivos. Não há exatamente uma 
fórmula, mas a apresentação dessas informações é considerada em geral pelas comissões 
científicas e/ou são importantes no momento em que se consideram os aceites para 
comunicações e publicações. 
 Leia-se Regina Del Buono: 
Muitos alunos fazem um resumo do conteúdo do trabalho, mas isto não atende ao 
objetivo deste item, já que este resumo especificamente, deve conter basicamente 
4 pontos específicos, que são: o que? (explicitar o título da monografia); por quê? 
(o motivo de ter sido escolhido); como foi elaborado? (o tipo de pesquisa 
elaborada -quantitativa ou qualitativa- e técnicas utilizadas, e ainda, quais foram os 
meios utilizados para o levantamento do material adequado); conclusão? (a 
verificação ou constatação sobre tudo o que foi lido, analisado e desenvolvido ao 
longo do seu texto). O resumo de monografias de graduação e pós-graduação deve 
conter até 250 palavras (o mais próximo possível disto), o que permite que sejam 
apresentados os conceitos e definições estabelecidos por 1 ou 2 marco(s) teórico(s) 
(autores mais importantes) sobre o tema central do TCC. Já as dissertações e teses 
de mestrado e/ou doutorado, devem conter entre 500 a 1000 palavras, o que 
exigirá que o acadêmico aborde alguns outros autores consultados (ou que 
aprofunde a teoria dos principais teóricos), assim como demonstre suas reflexões 
pessoais sobre essas teorias. No caso de artigo científico, o resumo restringe-se ao 
máximo de 150 palavras, não mais que isto. Todo resumo (seja monografia, tese, 
artigo) deve ser configurado segundo o parágrafo americano (sem recuos nem 
novos parágrafos), redigido em um bloco único, como no formato deste artigo, e 
espaçamento de 1 cm. [...] (http://www.abntouvancouver.com.br/2013/05/como-
fazer-o-resumo-da-monografia-seja.html) 
 
 
LEITURA DE EDITAIS 
 Algumas instituições e entidades organizam e podem estabelecer em suas chamadas 
para publicação, padrões específicos que devem ser atendidos rigorosamente. A leitura e o 
entendimento das solicitações dos editais são obrigatórios. Elementos como Resumos, 
abstracts, formatação, padrões técnicos, normas específicas, palavras-chave, número de 
páginas, adequação ao tema etc., são fundamentais – além, é claro, da qualidade da 
pesquisa, para o aceite. 
 
NORMAS DA ABNT 
Há dois padrões tecnicamente viáveis para a produção e a formatação de textos 
acadêmicos: padrão Vancouver (norte-americano) e padrão ABNT (brasileiro). São muito 
semelhantes, no entanto, o padrão obrigatório é o brasileiro. Uma das diferenças básicas 
mais perceptíveis é a ausência de paragrafação. O texto é organizadoem blocos de textos 
justificados, nos quais não são sinalizados os parágrafos, caracterizados por breve 
afastamento da margem. Nesses casos, há um espaçamento de uma linha (um toque na 
tecla enter) entre um bloco e outro. 
As normatizações mais frequentes são a NBR 6023 (2002-2012) e a NBR 10520 (2002) 
para citações acadêmicas. Quaisquer outras especificidades devem ser pesquisadas, 
compreendidas e empregadas pelos articulistas proponentes. Referências bibliográficas são 
obrigatórias, bem como, se for o caso a informação sobre os orientadores da pesquisa, para 
os artigos que são frutos de projetos de pesquisa, financiados e ou que derivem de 
quaisquer projetos de apoio, individuais e ou coletivos. 
ALGUNS CONCEITOS ELEMENTARES EM PESQUISA 
 
Objeto – (Corpus) A obra (Literatura – Poesia, crônica, conto, romance) que será investigada, 
pesquisada, analisada atentamente segundo critérios científicos; 
Apoio (s) Teórico (s) – (Teoria Literária) – Texto (s) teórico (s) – não-ficcional (is) – que pode 
(m) e deve (m) ser utilizado (s) para interagir com o corpus e provar, demonstrar ou 
sustentar a hipótese problematizada pelo pesquisador; 
Objetivo – O que o trabalho acadêmico-científico para a realização da pesquisa deseja 
provar. Pode ser único ou combinado. Assim, uma pesquisa poderia se constituir de objetivo 
geral (aquele que contém, o mais genérico), o que situa a pesquisa (período literário, autor, 
obra, contexto histórico, sociológico, filosófico, metodológico) e objetivo específico (o que o 
pesquisador elegeu como problema dentro do objetivo geral); 
Justificativa – Que características seu trabalho de pesquisa possui que possam interessar aos 
demais pesquisadores. O que poderia representar o seu trabalho como avanço científico na 
área em que ele se realiza. 
Problema – Estabelecido a partir do seu objetivo específico. É uma pergunta. Em verdade, é 
a problematização que motiva a investigação e a hipótese que o pesquisador constrói. 
Hipótese – Resposta ao problema. Essa resposta é construída a partir da demonstração das 
teorias com as quais o texto analisado se relaciona e da análise pormenorizada do objeto. 
Naturalmente, o pesquisador se esforçará para analisar e aproximar o seu corpus das teorias 
relacionadas ao texto com a finalidade de confirmar sua hipótese. A hipótese negativa é uma 
variação não-convencional, mas que pode ser feita para negar uma teoria anterior. O mais 
comum é que os pesquisadores englobem, aprofundem, condensem e expandam suas 
teorias para superar teorias e hipóteses com as quais não concordam. 
Linha de Pesquisa – O pesquisador deve ter em mente que o seu trabalho deve estar em 
sintonia com a linha de pesquisa da Instituição para a qual pretende ingressar ou pela qual 
pretende defender a titulação. Um bom texto, uma boa pesquisa em uma área que não 
comporte a linha de pesquisa proposta, pode fazer com que o pesquisador perca seu 
trabalho ou com que não consiga sua titulação. A linha de pesquisa está contida dentro da 
área do conhecimento. 
Área do conhecimento – É o grande grupo das ciências e suas ramificações. 
Programa – Dentro das Faculdades, cada área corresponde a um programa com objetivos, 
metas, direção e coordenação próprias: Letras Vernáculas (Literatura portuguesa, Literatura 
brasileira e Literaturas africanas); Letras Neoclássicas (Inglês, Espanhol, Francês), Ciência da 
Literatura (Literatura comparada, Crítica Literária). Assim, em Letras vernáculas, Literatura 
Portuguesa Contemporânea a linha de pesquisa seguida por um determinado pesquisador 
podem ser os Estudos sobre a ficção a partir da análise das questões relacionadas à História 
e à Memória do Trauma da Guerra Colonial em África. 
Modalidades de Pesquisa – Pesquisa bibliográfica (obras como objeto de análise e teorias 
encontradas em referencial teórico-bibliográfico) e pesquisa de campo (o pesquisador 
levanta dados obtidos in loco); 
Abrangência da Pesquisa – A pesquisa é qualificada de acordo com sua abrangência e, a 
partir daí, indica o nível ao qual o pesquisador pertence. Deve ser realizado 
predominantemente sobre, acerca de temas, metodologias, sistemas e abordagens 
diretamente relacionados aos domínios da sua área. 
Titulação e Nível de Pesquisa – Lato Sensu (Tematização mais genérica, duração de um 
ano), conhecida como especialização. Tem duração de 360 horas e período de conclusão 
previsto para um ano. Stricto Sensu (Mestrado – 2 anos a 2 anos e meio; doutorado – 4 anos 
a 4 anos e meio); 
Plágio Acadêmico – Quando o pesquisador apresenta trabalhos, trechos de trabalhos 
escritos por outros e assume sua autoria. Não indica, omite (acidental ou intencionalmente) 
a autoria. É passível de punição criminal, civil, indenizatória e de sansões acadêmicas como 
anulação do crédito, reprovação do trabalho, anotação no histórico oficial acadêmico e 
expulsão. 
Projeto de Pesquisa – Indicação do que o pesquisador pretende realizar caso seja aceito no 
programa de pesquisa. Que linha de pesquisa ele seguirá, que teóricos abordará, qual o 
cronograma da pesquisa, etc. O projeto poderá sofrer pequenas alterações de conteúdo 
e/ou abordagem, mas não poderá ter sua linha de pesquisa, ou propiciar transferência entre 
programas. 
Orientador – Um pesquisador mais experiente, que vai ler e orientar a produção de sua 
pesquisa. Não é um revisor ortográfico e gramatical, não é um diagramador, digitador, 
montador de trabalho. Não é um quebra-galho. Assim como o pesquisador que é postulante 
ao título, este está submetido à avaliação de seus supervisores, coordenadores e diretores 
do programa e das agências de fomento à pesquisa, como por exemplo, a CAPES. Seu 
projeto de pesquisa deve ser próximo ou enquadrar-se à linha de pesquisa de seu orientador 
ou ao do pesquisador que você pretenda que o oriente. 
Monografia – Trabalho de pesquisa sobre um tema específico. Daí o prefixo (mono). 
Característicos dos Cursos de Graduação (TCC) e Pós-Graduação Lato Sensu (especialização). 
Na graduação a monografia é apresentada e recebe conceito “aprovado” ou “reprovado”. 
Na especialização, é defendida. A nota mínima para aprovação é 7 e a máxima é 10 com 
recomendação de publicação. O tema não precisa ser inédito; As monografias devem possuir 
algo entre 30 e 50 laudas. 
Dissertação – Texto monográfico específico do mestrado. Pode ser um desdobramento, uma 
expansão, um aprofundamento do tema da especialização. Pode ter entre 70 e 120 laudas. É 
defendida num exame preliminar chamado qualificação, normalmente um ano antes da 
apresentação final. 
Tese – Construída a partir de um tema inédito. Deve possuir entre 100 e 200 laudas. Passa 
obrigatoriamente pela qualificação um ano antes. 
ABNT – Instituição brasileira que determina e fiscaliza o cumprimento dos procedimentos e 
normas técnicas relacionados à produção acadêmico-científica. A obediência às suas regras é 
absolutamente necessária. Não é facultativa. Um bom texto pode ser reprovado se não 
estiver em acordo com as normas, que são atualizadas esporadicamente para se manter em 
equivalência com as normas técnicas seguidas por outros institutos no restante do mundo. 
 
DIVISÃO DO ARTIGO 
Veja a estrutura de introdução. Deve ser construída dissertativamente e não sob a 
organização de tópicos ou subtítulos. 
 
Preâmbulo 
Você parte do mais genérico para o mais específico, procurando situar seu recorte 
monográfico. Não comece já pela discussão do problema ou do tema principal da 
monografia. 
Objetivo 
O que você pretende realizar com sua pesquisa (objetivo geral); o que você pretende realizar 
na sua monografia (objetivo específico). 
Justificativa 
Por que sua pesquisa é importante. Que interesseela poderá despertar nos pesquisadores 
e/ou leitores. Como ela contribui para os estudos literários. 
Problema 
O que você vai investigar dentro do seu objetivo. Recorte específico. Uma questão a ser 
apresentada como motivadora da investigação e o esclarecimento de em que parte (ou nele 
todo), do corpus (objeto de pesquisa) está a questão investigada. 
Hipótese 
O argumento que motiva a pesquisa; a resposta ao problema investigado. A resposta ao 
problema demonstrada nos mínimos detalhes e em diversos aspectos. 
Apoio Teórico 
Que fundamentação teórica você leu que possibilitará a sua argumentação. Com base em 
qual teoria você sustenta sua resposta ao problema. 
Relevância 
Sua resposta é relevante porque? Desenvolva, busque valorizar academicamente a sua 
postura investigativa, a utilização que sua pesquisa virá a ter. 
Linha de pesquisa 
Sua pesquisa está localizada em qual linha? Apresente-a. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Obrigatórias conforme a ABNT, ao final do documento. No corpo do texto as 
referências são abreviadas. 
 
PRODUÇÃO DE SLIDES 
 Slides devem ser padronizados, sóbrios, com letras grandes não artísticas, 
espaçamento entrelinhas razoável. Padronização da linguagem, imagens relevantes. As 
referências básicas devem ser informadas, bem como todos os elementos pertinentes a 
identificação acadêmica do autor, o título da comunicação – evidentemente o mesmo do 
artigo aceito – e-mail para contato, links e afins. Evite-se o uso de efeitos pouco funcionais 
ou que preconizem uma manipulação específica e demasiadamente técnica que monopolize 
a operação por parte do articulista. Vídeos produzidos pelo próprio articulista devem trazer 
explicitamente essa informação ou possuir referência de autoria. 
 Não faça extensas sequências de slides, cuidado com o design, (fundos escuros para o 
dia e claros para a noite) tenha os arquivos salvos em mais de um dispositivo, combine os 
slides com o texto escrito, não use os slides para ler a palestra, eles são o “algo a mais”, a 
ilustração do que se diz, não o que se diz. Tenha o esquema de slides impresso, caso os 
dispositivos eletrônicos falhem. Não abarrote os slides de texto. Filtre aquilo que será 
apresentado. 
 
REFERÊNCIAS: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: 
apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 
_______. NBR 6023: monografias, artigos e TCC’s. Rio de Janeiro, 2002. 
KÖCHE, Vanilda Salton,; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cínara Ferreira. Prática textual: 
atividades de leitura e escrita. 10. ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

Continue navegando