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Linguagem Juridica - Karen - PAF

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Linguagem jurídica
Comunicação: emissor x receptor
Níveis de linguagem:
Culta: tribunais, mestrado, doutorado, etc
Familiar: gramaticalmente correta
Popular: caso seja usada em ações jurídicas – “(SIC) – segundo informações constantes	“
Linguagem verbal e não verbal:
Verbal: palavras escritas e faladas
Não verbal: símbolos, sinais, imagens, etc
	- O silêncio: o silêncio é a comunicação “quem cala consente”
Elementos da comunicação:
Ato comunicatório: mensagem, referente, receptor, emissor, canal e código
Obstáculo na comunicação: ruído
Funções da linguagem:
Fática: objetiva estabelecer uma relação com o emissor a fim de verificar a transmissão, ou não, da mensagem.
Emotiva: realizada sob o ponto de vista do emissor a fim de transmitir ao receptor suas emoções e anseios.
Poética: Enriquecer a comunicação com a forma da mensagem.
Referencial: Transmissão de informação objetiva.
Conativa: ação do emissor com o fim de persuadir o receptor.
	- Exortativa: publicitária
	- Autoritária: imperativa
Processo de comunicação:
- Quanto ao emissor	
Antes do pensamento: relações paradigmáticas (ideias livres)
Busca, então, a expressão: roteiro onomasiológico (codificação da mensagem)
Quem sou eu?
O que dizer?
Para quem?
Qual finalidade?
Qual o meio?
Reta, boa e bonita.
- Quanto ao receptor
Relações sintagmáticas -> relações paradigmáticas
Alter > outro: compreensão (1ª operação) – captação literal da mensagem
Ego > eu: interpretação strictu sensu (2ª operação) – julgar a mensagem de acordo com o seu posicionamento e o de terceiros
Alter/ Ego > outro/eu: critica (3ª operação) – avaçiar a validade/eficácia da ideia no mundo concreto, analisando sua aplicabilidade e seus efeitos (hermenêutica)
Gêneros narrativos:
Descrição, narração e dissertação
Narração:
What? Fato
When? Aspecto temporal
Who? Personagens (autor, réu, etc)
Where? Aspecto territorial, competência
Why? Razão, motivos
How? Detalhes
Then... Resultados do fato.
Dissertação:
Ponto de vista – defesa de ideia
Dar preferencia ao uso de verbos com valor semântico preciso + necessário realçar ponto de vista do emissor.
- Expositiva:
Convencimento em plano secundário
Necessário conhecimento robusto a cerco do tema + levantamento de ideias (relação paradgmática)
ideal: discussão profunda + ideias amarradas a um tópico frasal que remeta a ideia central
- Argumentativa:
Convencimento em primeiro plano 
Técnicas de persuasão -> deseja mudar o ponto de vista do receptor 
Uma ideia só tem força persuasiva se for clara e bem sustentada
SUA OPINIÃO NÃO É UM FATO! -> enfraquece a fundamentação.
Estrutura aristotélica:
Exórdio: 
Enunciação da ideia chave (tese)
Estabelecer ideia
Situar o assunto no contexto
Motivar o destinatário
Apresentar a proposta temática
Desenvolvimento:
Explanação das ideias + provas comprobatórias (fundamentação)
Peroração: 
Desfecho. Oportunidade derradeira de convencimento.
Tipos de argumento:
Exclusão: eliminação das hipóteses criadas.
Absurdo: mostra a falta de cabimento em contrariar a evidência.
Autoridade: apoia-se nas declarações de um especialista no assunto.
Postura do emissor:
Filosófica:
- Dialética de Platão:
 tese + antítese – analise de cada ponto em todos os seus aspectos
conclusão: emissor opta por A ou B ou, ainda, AB.
- Disputa de São Tomás de Aquino: (quando se tem pouco tempo opta-se pela disputa.)
tese somente – argumentação sobre tal questão.
Psicológica:
- Fora do campo observado: Behaviorismo
Maior neutralidade
Maior objetividade
Observação centrada no comportamento
Ênfase em substantivos e verbos: ação e sujeito da ação.
- Dentro do campo observado: Gestalt
O observador envolve-se afetivamente com a realidade observada
Maior subjetividade
Observação centrada na percepção: elementos sensoriais
Ênfase em adjetivos e elementos circunstanciais.
Requerimento:
Mais formal dos documentos.
3ª pessoa, sem qualquer gentileza ou agradecimento como na redação comercial.
Pede-se deferimento de solicitação feita por alguém a uma autoridade competente.
Vocativo: autoridade (cargo ou função)
Qualificação de requerente: suficiente para identificação
Verbo requerer ou sinônimos
Pedido e suas especificações
Fecho
Local e data
Assinatura do requerente
Pode ser judicial ou extrajudicial.
Não é necessário o reconhecimento de firma.
Procuração:
Art 653: “Opera-se o mandato, quando alguém recebe da outrem poderes para, em seu nome, praticar atos, ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.”
Alguém (Mandante, outorgante ou constituinte) outorga poderes a outrem (Mandatário, outorgado ou procurador).
- Tipos de procuração:
Quanto à natureza:
Procuração judicial: destinada para procurar em juízo
Procuração extrajudicial: para os negócios em geral
Quanto ao instrumento
Pública: passada em cartório, no livro próprio, chamando-se translado a cópia original deste registro. As demais são dadas em forma de certidão.
Particular: outorgada pelo próprio mandante em documento escrito com firma reconhecida.
Quanto à finalidade
Geral: quando o mandante confere poderes para todos os seus negócios
Especial: quando especifica o negócio expressamente
Quanto à extensão dos poderes
Amplos: confere liberdade ampla ao procurador
Restritos: o procurador fica sujeito a decisões do outorgante
Obs: A procuração pode ser particular, salvo se a lei o determinar obrigatoriamente público (Ex: Transcrição de imóvel)
O mandato, em termos gerais, só oferece poderes de administração. Para alienar, hipotecar, transigir ou praticar ator que exorbitem da administração ordinária, os poderes tem de ser expressos.
Procuração Ad Negotia:
Nome do documento
Qualificação do outorgante: nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, documentos pessoais, residência, domicilio. 
Presença dos verbos nomear e constituir – indica o outorgado ou procurador e nele inventes os poderes
Qualificação do outorgado (vide item 2)
Finalidade da procuração
Extensão dos poderes
Local e data
Assinatura do outorgante com firma reconhecida
Procuração Ad Judicia
Somente o advogado pode ser mandatário nesse caso.
Obrigatória é a clausula Ad Judicia para o foro em geral, devendo estar expressos os poderes especiais numerados. 
Caução de Rato:
O disposto no artigo 37 do CPC permite ao advogado ingressar em juízo para intentar a ação ou contenta-la, em casos urgentes, sem o instrumento do mandato.
Trata-se de modalidade da Procuração Ad Judicia por instrumento público. 
	A procuração, propriamente dita, deverá ser apresentada dentro de 15 dias prorrogáveis.
Dirigido ao juiz competente e indicando o motivo do pedido.
Apud Acta:
Não prevista em lei, mas aceita pelo costume.
É a outorga dos poderes da procuração Ad Judicia no próprio cartório da vara onde corre o processo. 
	Necessária presença de duas testemunhas que assinarão, juntamente com o outorgante, lavrado pelo escrivão que funciona na causa.
Diferentemente da caução de rato é o próprio instrumento do mandato.
O substabelecimento:
É o ato pelo qual o procurador invente em outrem os poderes a ele conferidos, com ou sem reserva de poderes. 
Com reserva de iguais poderes: continua atuando junto ao substabelecido;
Sem reserva de iguais poderes: renuncia ao mandato;
“O acessório segue o principal” – Se for particular a procuração será o substabelecimento.
Se for particular, ocorrerá na própria procuração com reconhecimento de firma.

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