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SEFAZ PE XEST administrativo daniel Aula Extra1

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Aula Extra
Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE
Professor: Daniel Mesquita
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Direito Administrativo ʹAula extra. Teoria e 
exercícios comentados 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula Extra 
 
 
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AULA Extra: Atos administrativos. 
 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO À AULA EXTRA 1 
2) TEORIA DAS NULIDADES NO DIREITO ADMINISTRATIVO. 2 
2.1 ATOS ADMINISTRATIVOS NULOS, ANULÁVEIS E INEXISTENTES. 2 
2.2. TEORIAS MONISTA (OU UNITÁRIA) E DUALISTA. 3 
2.3. VÍCIOS DO ATO ADMINISTRATIVO. 4 
2.4. DESCONSTITUIÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 6 
2.4.1. INVALIDAÇÃO 6 
2.4.2. REVOGAÇÃO 11 
2.5 CONVALIDAÇÃO (OU SANATÓRIA) 28 
3) RESUMO DA AULA. 40 
4) QUESTÕES 43 
5) REFERÊNCIAS 55 
 
 
1) Introdução à aula Extra 
 
Nesta nossa aula Extra do curso de Direito Administrativo, veremos 
a Teoria das Nulidades. ±VAI CAIR NA SUA PROVA. 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Num concurso como este, em que a matéria é muito extensa, não 
há como você ler uma aula hoje e apreender tudo até o dia da prova. 
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Por isso, programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
2) Teoria das nulidades no direito 
administrativo. 
 
Este ponto da aula representa cerca de 50% das questões 
cobradas a respeito dos atos administrativos nos concursos. 
Não é só por isso que você deve prestar atenção nesse ponto. A 
teoria das nulidades no direito administrativo é a que sedimenta as 
maiores divergências entre os administrativistas. Por isso, concluiremos 
cada ponto com a posição dominante. 
Portanto, MUITA ATENÇÃO! 
 
2.1 Atos administrativos nulos, anuláveis e 
inexistentes. 
Inicialmente, vamos diferenciar os conceitos básicos de atos 
irregulares, nulos, anuláveis e inexistentes, no seguinte quadro: 
 
Ato irregular Ato nulo Ato 
anulável 
Ato inexistente 
Apresentam 
defeitos 
irrelevantes. 
Nasce com vício 
insanável nos 
seus elementos. 
constitutivos. 
Nasce com 
vício 
sanável. 
Tem aparência de 
manifestação regular da 
Administração, mas 
resta ausente um dos 
elementos do ato 
administrativo. 
 
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É importante a distinção entre os atos inexistentes e os nulos, pois 
aqueles, ao contrário destes, nunca entraram no ordenamento jurídico, 
não prescrevem, não podem ser convalidados e podem ser resistidos, 
inclusive manu militari (Bandeira de Mello, 2010, p. 483). 
 
2.2. Teorias monista (ou unitária) e dualista. 
Há também divergência doutrinária quanto a própria existência de 
distinção entre atos nulos e anuláveis. Afinal, existe diferença entre 
atos QXORV�H�DWRV�DQXOiYHLV�RX�WXGR�p�³IDULQKD�GR�PHVPR�VDFR´" 
A teoria monista (Hely Lopes Meirelles, Gasparini e outros) informa 
que o vício do ato administrativo acarreta sempre a sua nulidade. Tudo 
VHULD� ³IDULQKD� GR� PHVPR� VDFR´�� 1mR� VH� SRGHULD� WUDQVSRUWDU� Sara o 
direito administrativo a distinção realizada pelo direito privado entre 
atos anuláveis e atos nulos. 
A teoria dualista (Bandeira de Mello, Carvalho Filho, Marcelo 
Caetano e outros), por outro lado, enxerga diferença entre aos nulos e 
anuláveis de acordo com a maior ou menor gravidade do vício, uma vez 
que é distinto o tratamento jurídico que se dá a cada uma das 
situações. 
Essa é a teoria que prevalece. 
Mas qual seria o critério para diferenciar um ato nulo de um ato 
anulável? 
Para Bandeira Mello (2010, p. 471), o critério para se distinguir os 
tipos de invalidade reside na possibilidade ou não de convalidar-se o 
vício do ato. Desse modo, os atos inválidos se dividem em convalidáveis 
e não convalidáveis. Os atos anuláveis são suscetíveis de convalidação, 
os atos nulos e os inexistentes não. 
&DUR� DOXQR�� QmR� HVWUDQKH� VH� HQFRQWUDU� DV� H[SUHVV}HV� ³QXOLGDGH�
UHODWLYD´� RX� ³QXOLGDGH� DEVROXWD´�� HODV� GHVLJQDP�� WmR� VRPHQWH�� DWRV�
anuláveis (=convalidáveis) e atos nulos (=não convalidáveis), 
respectivamente. 
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Assim, são nulos os atos que a lei assim os declare e aqueles em 
que é racionalmente impossível a convalidação. São anuláveis os atos 
que a lei assim os declare e os que podem ser novamente praticados 
sem vício. Essa é a teoria que prevalece. 
 
2.3. Vícios do ato administrativo. 
Nesse ponto, não há muito mistério, caro concursando. Os vícios 
do ato são analisados de acordo com os seus elementos (sujeito ± 
competência e capacidade ±, objeto, forma, motivo e finalidade). Eles 
estão definidos no art. 2º da Lei da Ação Popular, podendo atingir os 
cinco elementos do ato. Passa-se à análise de cada um deles, com 
fundamento na dicção legal e na doutrina mais aceita do direito 
administrativo. 
Os vícios relativos ao sujeito subdividem-se em vícios de 
competência e vícios de capacidade (lembre-se, o elemento sujeito é 
subdividido em competência e capacidade). 
A incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir 
nas atribuições legais do agente que o praticou, seja porque o agente 
não é detentor das funções que exerce seja por exercê-las com 
exorbitância de suas atribuições. No primeiro caso, o indivíduo estará 
incorrendo em crime de usurpação de função (art. 328 do CP). No 
segundo, ele age com excesso de poder. 
Há também vício de competência na situação do agente de fato ± 
há apenas a aparência de investidura regular no cargo. Nesse caso, 
protege-se a boa-fé dos administrados em razão da teoria da aparência 
de legitimidade do ato. 
Os vícios de incapacidade do sujeito são os previstos na 
legislação civil (relacionados à idade e às patologias mentais) e - 
segundo Di Pietro (2009, p. 240) ± os decorrentes das situações de 
impedimento (presunção absoluta de incapacidade) e de suspeição 
(presunção relativa), previstas nos arts. 18 a 20 da Lei nº 9.784/99. 
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Nas hipóteses de suspeição e impedimento, o ato pode ser 
convalidado pela autoridade que detém a capacidade para a prática do 
ato. 
O vício de forma, por sua vez, consiste na omissão ou na 
observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à 
existência ou seriedade do ato. 
Ainda segundo a Lei nº 4.717/65, há vício no objeto quando o 
resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato 
normativo. Além disso, o objeto deve ser legítimo (lícito e moral), 
possível e determinado. 
Há vício quanto ao motivo quando a matéria de fato ou de direito, 
em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou 
juridicamente inadequada ao resultado obtido. Além disso, pode-se 
identificar vício no motivo quando a Administração se vale de 
fundamento falso para a prática do ato. 
Por fim, há vício quanto à finalidade quando o agente pratica o 
ato visando fins diversos daquele previsto, explícita ou implicitamente, 
na regra de competência (desvio de finalidade = desvio de poder). 
 
 
 
 
1. (FCC-2011-TRF-1ªREG-Técnico Judiciário) João, servidor público 
federal, pretende retirar do mundo jurídico determinado ato 
administrativo, em razão de vício nele detectado, ou seja, por ter 
sido praticado sem finalidade pública. No caso, esse ato 
administrativo 
a) deve ser revogado. 
b) pode permanecer no mundo jurídico, pois trata-se de vício 
sanável. 
Questão de 
concurso 
 
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c) possui vício de objeto e, portanto, deve ser retirado do mundo 
jurídico apenas pelo Judiciário. 
d) deve ser anulado. 
e) possui vício de motivo e, portanto, deve ser retirado do mundo 
jurídico por João. 
Como vimos, quando o vício se referir à finalidade, um dos 
requisitos de validade, deve a Administração anulá-lo de ofício ou por 
provocação de WHUFHLUR��$VVLP�D�UHVSRVWD�FRUUHWD�p�D�OHWUD�³G´� 
Gabarito: Letra D 
 
2.4. Desconstituição dos atos administrativos 
2.4.1. Invalidação 
Se você me perguntasse qual tema deveria revisar nos últimos 10 
minutos que antecedem a prova desse concurso, eu diria, com toda 
VLQFHULGDGH��³,QYDOLGDomR�H�UHYRJDomR�GRV�DWRV�DGPLQLVWUDWLYRV´�� 
Portanto, não desgrude os olhos dos próximos parágrafos! 
2� WHUPR� ³LQYDOLGDGH´� p� XVDGR� SHOD� GRXWULQD� PDMRULWiULD� FRPR�
gênero que engloba o conceito de atos nulos e anuláveis (Bandeira de 
Mello, 2010, p. 461 e Carvalho Filho, 2005, p. 123), distanciando-se, 
desse modo, do conceito de revogação (você verá abaixo que 
revogação está relacionada ao mérito administrativo, ou seja, ao juízo 
de conveniência e oportunidade do administrador público). 
A invalidação é a retirada do ordenamento de um ato 
administrativo produzido em desconformidade com a ordem 
jurídica e se opera com efeitos retroativos (ex tunc). Ou seja, 
com a invalidação, não só o ato viciado é retirado do ordenamento 
jurídico, mas também todas as relações jurídicas que foram por ele 
produzidas. 
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Tanto a Administração, de ofício ou por provocação (no exercício do 
poder de autotutela), quanto o Judiciário, no curso de uma lide, podem 
promover a invalidação. 
O principal fundamento que autoriza a invalidação é o princípio da 
legalidade. A Administração funda-se nesse princípio e, por isso, não 
pode manter no ordenamento ato que sabe ser contrário ao direito. Do 
mesmo modo, o Poder Judiciário, não pode manter no ordenamento um 
ato com vício de legalidade. 
SINAL DE ALERTA: É importante observar que há algumas 
distinções entre a invalidação do ato nulo e do ato anulável. O ato nulo 
pode ser invalidado de ofício pelo juiz e não pode ser convalidado. O ato 
anulável pode ser convalidado, legitimando o ato desde a sua edição, e 
o Poder Judiciário só pode retirá-lo do ordenamento mediante 
provocação. Nesse sentido, vale a transcrição do seguinte trecho da 
julgamento do Superior Tribunal de Justiça no RESP 850270: 
³,,� - A doutrina moderna do direito administrativo tem admitido, 
mutatis mutandis, a aplicação das regras sobre nulidade dos atos 
jurídicos do direito privado nas relações de direito público, definindo 
os atos inválidos em nulos e anuláveis, a depender do grau de 
irregularidade. No caso da primeira espécie (nulos), o ato é 
insanável, não permitindo convalidação, podendo o vício ser 
reconhecido de ofício pelo Juiz. Quanto aos atos anuláveis, admite-se 
a convalidação, sendo possível o reconhecimento da invalidade 
apenas poU�SURYRFDomR�GR�LQWHUHVVDGR´� 
 
Assim, temos: 
Ato nulo Ato anulável 
não pode ser convalidado; pode ser convalidado; 
pode ser retirado do mundo 
jurídico pela Administração e pelo 
pode ser retirado do mundo 
jurídico pela Administração e pelo 
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Poder Judiciário; Poder Judiciário; 
o Poder Judiciário pode retirar até 
mesmo de ofício (sem que 
ninguém tenha alegado, mas 
desde que exista um processo já 
em curso); 
o Poder Judiciário só retira 
mediante provocação; 
a Administração retira de ofício ou 
por provocação. 
a Administração retira de ofício ou 
por provocação. 
 
Não pode o aluno confundir a situação da invalidação pelo Poder 
Judiciário com a exercida no poder de autotutela pela Administração. 
Nesta última, seja o ato nulo ou anulável, a Administração deve anulá-
lo de ofício, independentemente da provocação do interessado. 
CUIDADO: O poder-dever da Administração de invalidar atos nulos 
ou anuláveis não é irrestrito, há limitações. Como bem observa 
&DUYDOKR� )LOKR� ������� S�� ������ ³HP� FHUWDV� FLUFXQVWkQFLDV� HVSHFLDLs 
poderão surgir situações que acabem por conduzir a Administração a 
PDQWHU� R� DWR� LQYiOLGR´�� XPD� YH]� TXH� KDYHUi� XPD� ~QLFD� FRQGXWD�
juridicamente viável para o administrador. Essas circunstâncias se 
traduzem no decurso do tempo (=decadência), na consolidação dos 
efeitos produzidos (segurança jurídica) e na persistência de efeitos com 
relação aos indivíduos de boa-fé. 
Com relação ao decurso do tempo (=decadência do direito da 
Administração de anular)��R�DUW�����GD�/HL�Qž����������GLVS}H�TXH�³R�
direito da Administração deanular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) 
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada 
má-Ip´� 
Se houver má-fé do beneficiado pelo ato nulo, não há prazo 
decadencial. 
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Se essa lei é de 1999, qual é o prazo decadencial para a 
Administração anular os atos praticados antes da existência da Lei nº 
9.784/99? 
Para os atos anteriores à vigência da Lei nº 9.784/99, a Corte 
Especial do STJ sedimentou o entendimento de quH�HVVHV�DWRV�³SRGHP�
ser revistos pela Administração a qualquer tempo, por inexistir norma 
legal expressa prevendo prazo para tal iniciativa. Somente após a Lei 
9.784/99 incide o prazo decadencial de 5 anos nela previsto, 
tendo como termo inicial a data de sua vigência (01.02.99)�´�
(RESP AgRg no Ag 1342657) 
Interessante, não é? Se um ato nulo foi praticado em 1990, a 
Administração tinha até 01.02.2004 para promover a sua anulação. A 
decadência do direito da Administração de anular esse ato só se 
operaria a partir do dia 02.02.2004. 
E qual seria o termo inicial do prazo de decadência para a 
Administração anular um ato que gerou efeitos financeiros periódicos, 
por exemplo, uma verba mensal ao servidor público? 
O STJ entende que, nesse caso, os cinco anos serão contados a 
partir do primeiro pagamento recebido pelo servidor (RMS 15433). 
Outra limitação ao poder-dever de invalidação dos atos nulos ou 
anuláveis é a relativa à consolidação dos efeitos produzidos. 
A Constituição brasileira prevê como direito fundamental do 
indivíduo a segurança jurídica. Em certas hipóteses a situação 
decorrente do ato nulo já se consolidou de tal maneira que atenderá 
mais ao interesse público a manutenção do ato do que a sua 
invalidação, ou seja, as conseqüências jurídicas da manutenção do ato 
atenderão mais ao interesse público do que as consequências da 
invalidação. 
Em outros casos, o comportamento da Administração em 
decorrência de um ato inválido já se consolidou de tal maneira que o 
administrado já tem a expectativa e já sabe que a Administração 
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operará daquele modo. Essa expectativa decorre do princípio da 
confiança, ou seja, o cidadão já sabe que a conduta da Administração 
será aquela (mesmo que inválida). 
Nesses casos, prevalece o interesse público, a segurança jurídica e 
o princípio da confiança sobre a legalidade estrita. 
Há casos, também, em que há impossibilidade material de se 
retornar ao estado anterior: é a aplicação da teoria do fato 
consumado (mesmo que o fato seja nulo, ele continua produzindo 
efeitos, diante da consolidação da situação fática que não pode retornar 
ao status de antes). 
O STJ, via de regra, rejeita a aplicação dessa teoria na anulação de 
atos administrativos relacionados a direitos de servidores públicos (RMS 
20572 e MS 11123). 
Com relação à proteção aos indivíduos de boa-fé, há uma 
limitação ao dever de invalidar em vários aspectos. Bandeira de Mello 
(2010, p. 480) afirma, com razão, que se o ato nulo restringiu direitos, 
a sua invalidação deve produzir efeitos ex tunc (deve retroagir para ter 
efeitos pretéritos, resgatando os direitos desde a data da edição do ato 
nulo), se ampliou direitos, a sua invalidação deve se proceder com 
efeitos ex nunc, porquanto o administrado não concorreu para o vício 
do ato. 
Assim, não deve a Administração promover o ressarcimento ao 
erário daquele que tomou posse e assumiu cargo após a aprovação em 
concurso público declarado ilegal. Esse entendimento evita o 
enriquecimento sem causa da Administração e o dano injusto ao 
administrado que não concorreu para o vício do ato (RESP 963578). 
Além disso, está pacificado no STJ que os servidores não devem 
restituir ao erário as verbas recebidas indevidamente, quando o erro na 
aplicação da lei foi da Administração e eles estavam de boa-fé. 
Noutro giro, saindo um pouco da questão da relação servidor-
Administração e passando para a relação contratado ou cidadão-
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Administração, a Administração não pode impor prejuízos ao cidadão ou 
àquele que contratou com o poder público em decorrência da 
invalidação de determinado ato administrativo. 
Nas hipóteses de invalidação que acabam por influir na atividade 
do administrado, se este já desenvolveu atividade dispendiosa em 
decorrência do ato declarado inválido (dano), está de boa-fé e não 
concorreu para o vício do ato, a Administração deve indenizá-lo 
pelos prejuízos sofridos em decorrência da edição do ato ilegal. 
Outra limitação, que não é impeditiva da invalidação do ato, mas 
sim uma obrigação procedimental, é a necessidade de a Administração 
observar o princípio da ampla defesa e contraditório quando o ato 
administrativo afeta interesses de terceiros. Essa limitação será melhor 
estudada no próximo ponto. 
Tamanha a importância desse ponto do estudo que apresentamos 
ao aluno o seguinte resumo. Sugiro que ele seja colado na parede de 
seu quarto ou no espelho de seu banheiro! 
2.4.2. Revogação 
É ERP� UHSHWLU�� 3UH]DGR� FRQFXUVDQGR�� ³VDQJXH� QRV� ROKRV´� QHVWH�
momento! Não desgrude desse ponto da aula! 
Características da invalidação: 
x Efeitos ex tunc; 
x A Administração opera de ofício ou por provocação; 
x O Judiciário pode anular de ofício o ato com nulidade absoluta, mas só 
por provocação a relativa; 
x Fundamento da invalidação: princípio da legalidade; 
x Limitações que impõem a manutenção do ato inválido: decadência, 
consolidação dos efeitos produzidos (excepcional) e boa-fé (ex nunc para 
o ato que concedeu direitos); 
x Procedimento: observar contraditório e ampla defesa. 
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Já tratamos da invalidação. Agora, a revogação. 
A revogação é o ato discricionário utilizado pela Administração para 
extinguir um ato administrativo e/ou seus efeitos por razões de 
conveniência e oportunidade, respeitando-se os efeitos precedentes (ex 
nunc) e o direito adquirido.Ela pode ser de todo o ato (total) ou apenas de parte dele 
(parcial). A revogação pode, ainda, ser expressa ou tácita. Será 
expressa se o agente, no novo ato, referir-se expressamente à 
revogação do anterior e tácita se o novo ato for incompatível com o que 
lhe antecedeu. 
A revogação legítima não gera direito à indenização, até porque ela 
opera efeitos para o futuro. 
Importante observar que se o ato A revogar o ato B e o ato C 
UHYRJDU�R�DWR�%��R�DWR�$�QmR�³UHVVXVFLWD´�DXWRPDWLFDPHQWH��RX�VHMD��D�
revogação da revogação não faz repristinar o primeiro ato revogado. 
No ato administrativo revogador (ato C, no exemplo), o agente deve 
fazer constar a constituição de um novo ato idêntico ao inicialmente 
revogado (ato A) e os seus efeitos se iniciarão a partir da edição desse 
último ato (ato C). 
SINAL DE ALERTA! Um dos temas mais recorrentes de todo o 
Direito Administrativo é o relativo ao sujeito ativo da revogação do ato 
administrativo. Em decorrência do princípio da separação dos poderes 
constitucionalmente determinado (art. 2º da Constituição), entende-se 
que a autoridade administrativa é o sujeito ativo da revogação, não 
podendo o Poder Judiciário analisar o mérito do ato 
administrativo para retirá-lo do mundo jurídico (STJ: MS 14182 e 
RESP 973686). Essa é a regra geral. 
Atualmente, contudo, observa-se tendência crescente na doutrina e 
na jurisprudência, sobretudo amparada nos princípios da 
proporcionalidade, razoabilidade e da eficiência, no sentido de se 
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admitir o controle judicial da conveniência e oportunidade dos atos 
administrativos discricionários em hipóteses excepcionais. 
Sobre esse tema, no STJ, destacam-se os seguintes julgados: RMS 
27566 e RESP 801177. No STF, esse entendimento foi adotado em 
importante julgamento proferido pela Primeira Turma, qual seja, o RE 
365368. Nessa oportunidade, os Ministros da Suprema Corte afirmaram 
TXH� ³HPERUD�QmR�FDLED�DR�3RGHU� -XGLFLiULR�DSUHFLDU o mérito dos atos 
administrativos, a análise de sua discricionariedade seria possível para a 
verificação de sua regularidade em relação às causas, aos motivos e à 
finalidade que ensejam. (...) Ressaltou-se, ainda, que a 
proporcionalidade e a razoabilidade podem ser identificadas como 
critérios que, essencialmente, devem ser considerados pela 
$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD�QR�H[HUFtFLR�GH�VXDV�IXQo}HV�WtSLFDV´�� 
Nesse caso, o STF entendeu não ser proporcional o fato de que dos 
67 funcionários de uma Câmara de Vereadores, 42 exerciam cargos de 
livre nomeação e apenas 25, cargos de provimento efetivo. Assim, a 
Suprema Corte manteve a decisão do tribunal de origem que declarou 
inconstitucional a lei que criava os cargos em comissão. 
Na doutrina, Bandeira de Mello (2010, p. 437) afirma que, pelo 
princípio da razoabilidade, a decisão discricionária legítima compreende 
³DSHQDV�H� WmR-somente o campo dentro do qual ninguém poderá dizer 
com indisputável objetividade qual é a providência ótima, pois mais de 
uma seria igualmentH�GHIHQViYHO´� 
CUIDADO! Outro aspecto da revogação é que, assim como a 
invalidação, ela também encontra limites em determinadas situações. 
Di Pietro (2009, p. 249) assim elenca o rol de hipóteses em que os atos 
administrativos não podem ser revogados: 
 
 
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x Atos vinculados (É o ato que decorre diretamente da lei, se 
foi a lei quem determinou a prática do ato, não pode o 
administrador ir contra a norma); 
x Atos que já exauriram seus efeitos (É inócuo revogar um ato 
que já produziu todos os efeitos que deveria produzir); 
x Quando já exaurida a competência da autoridade que 
praticou o ato (Ex: a decisão administrativa já foi submetida 
a recurso à autoridade superior. A autoridade que praticou o 
ato não é mais competente para revogá-lo.); 
x Meros atos administrativos, cujos efeitos decorrem de lei (ex: 
certidões, votos etc. ± esses atos apenas declaram ou 
enunciam uma situação); 
x Atos que integram um procedimento e se submeteram à 
preclusão em razão da edição de outro ato posterior; 
x Atos que já geraram direitos adquiridos (A súmula 473 do 
STF manda ressalvar os direitos adquiridos, ou seja, os 
direitos que já integram o patrimônio do particular e que 
foram gerados pelo ato que se pretende revogar.). 
Em regra, a Administração deve conferir o contraditório quando a 
Administração vai anular ou revogar um ato que gerou direitos a um 
indivíduo. 
Mas isso ocorre sempre? 
Não, há casos em que se dispensa o contraditório em hipótese de 
revogação de ato administrativo. São eles: 
x ato administrativo de caráter precário (Esses atos são 
editados no interesse da Administração, sem qualquer 
segurança ao administrado e a Administração pode revogá-lo 
a qualquer tempo. É o caso da autorização de uso de bem 
público ± autorização para colocar mesas nas calçadas, por 
exemplo); 
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x situação em que o afastamento de servidor nomeado para 
cargo em comissão pode ser promovido a qualquer 
momento, segundo um juízo de conveniência e oportunidade, 
nos termos do art. 37, II, da CF (STJ: RMS 26165 ± esses 
cargos são de livre nomeação e destituição). 
Diante da importância do tema da revogação, apresentamos o 
quadro resumo: 
 
ALERTA MÁXIMO! DECORE AS PRÓXIMAS LINHAS, POIS ESSE 
TEMA JÁ CAIU E VAI CONTINUAR CAINDO NOS CONCURSOS! 
A questão relativa ao contraditório e a ampla defesa na invalidação 
ou na revogação dos atos administrativos é de tamanha importância 
que deve ser tratada com todos os destaques possíveis. 
A Administração não pode revogar ou anular os seus atos como 
bem entender. Quando estiverem em jogo interesses de pessoas 
Revogação: 
x conveniência e oportunidade; 
x ex nunc; 
x total ou parcial; 
x expressa ou tácita; 
x não gera direito à indenização; 
x não repristina automaticamente; 
x em regra: não pode o Poder Judiciário analisar o mérito do ato 
administrativo para retirá-lo do mundo jurídico; 
x evolução jurisprudencial: análise da proporcionalidade e razoabilidade 
quanto às causas, motivo e finalidade do ato (hipóteses excepcionais); 
x não se revoga: atos vinculados; atos que já exauriram seus efeitos; 
quando já exaurida a competência da autoridade que praticou o ato; 
meros atos administrativos; atos que integram um procedimento 
(preclusão); atos que geraram direitos adquiridos; 
x *contraditório e ampla defesa* 
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contrárias ao desfazimento do ato, a Administração deve conferir ao 
interessado o direito ao contraditório. 
Tamanha é a importância dessa regra que o STF editou a Súmula 
Vinculante nº 3��DVVLP�UHGLJLGD��³1RV�SURFHVVRV�SHUDQWH�R�7ULEXQDO�GH�
Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando 
da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo 
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade 
do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão�´� 
Embora a súmula trate do TCU, o direito ao contraditório e à ampla 
defesa deve ser promovido em todos os entes, órgãos e esferas da 
Administração Pública do país, em atenção ao art. 5º, LV, da CF, 
conforme reiterada jurisprudência do STJ (EDCL no MS 8958, MS 7217) 
e do STF (RE 158543). 
É bom observar, também, ainda com relação à súmula vinculante 
em comento, que a ressalva formulada em sua parte final decorre da 
constatação de que o ato de concessão inicial de aposentadoria, 
reforma e pensão é classificado como complexo, nos termos do art. 71, 
III, da CF. Assim, se o ato de concessão de aposentadoria depende da 
manifestação de dois diferentes órgãos ± do Tribunal de Contas e do 
que o servidor integrava ± ele só se tornará perfeito e acabado após a 
manifestação de ambos. 
Não há razão para se conferir o contraditório ao servidor antes da 
análise pelo TCU, porque se considera que o ato de concessão de 
aposentadoria ainda não se formou nesse momento. 
A questão se torna interessante quando se analisa os reflexos do 
prazo decadencial da Lei nº 9.784/99 na análise pelo TCU do ato de 
concessão inicial de aposentadoria. É justamente nesse ponto, meu 
amigo concursando, que o seu concorrente vai escorregar! 
O STF entende que não se opera a decadência prevista no 
art. 54 da Lei 9.784/99 no período compreendido entre o ato 
administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o 
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posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal 
de Contas da União, ou seja, se o TCU demorar 10 anos para 
analisar o ato concessivo da aposentadoria, ele não vai perder o 
direito de avaliar a legalidade desse ato. 
Isso não quer dizer que o TCU pode engavetar um processo dessa 
natureza indefinidamente, violando o postulado da segurança jurídica. O 
cidadão tem direito de ver seu ato de aposentadoria confirmado (ou 
não) pelo órgão de controle. 
4XDQGR� KRXYHU� HVVH� ³HQJDYHWDPHQWR´�� SRU� XP� SHUtRGR�
superior a 5 (cinco) anos, contados da chegada do processo ao 
TCU, ao cidadão deve ser conferida a ampla defesa e o 
contraditório, em atenção ao princípio da segurança jurídica e, 
em última análise, ao princípio da confiança. 
É isso mesmo, meu amigo, o TCU pode ficar 8, 9, 10, 15 anos sem 
analisar o ato de concessão de aposentadoria e não vai decair do seu 
mister de avaliar a legalidade desse ato. A única conseqüência desse 
atraso será a obrigatoriedade que o TCU terá de conferir ao cidadão a 
ampla defesa e o contraditório (o que numa situação normal não existe, 
diante da redação da Súmula Vinculante nº3). 
Como se vê, caro candidato, a evolução da jurisprudência do STF 
derrubará os candidatos que conhecem somente a redação fria da 
Súmula Vinculante nº 3. 
Por ser tema de enorme relevância, transcrevo trecho da ementa 
do MS 24781, Plenário do STF: 
 
 
 
 
 
 
 
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Por fim, não podemos encerrar esse tópico sem a transcrição da 
Súmula 473, que bem resume o que dissemos sobre a invalidação e da 
DQXODomR�� ³$� $GPLQLVWUDção pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
aprHFLDomR�MXGLFLDO´�� 
As críticas que merecem a redação dessa súmula são a omissão 
quanto ao dever do poder público de promover o contraditório e a 
ampla defesa ao beneficiado pelo ato que se propõe a anular e a má 
FRORFDomR� GR� YRFiEXOR� ³SRGH´�� $� $GPLQLVWUDoão está vinculada ao 
princípio da legalidade e, por isso, deve anular os seus atos quando 
eivados de vício de legalidade. É o que preceitua o art. 53 da Lei nº 
���������� ³$� $GPLQLVWUDomR� GHYH� DQXODU� VHXV� SUySULRV� DWRV�� TXDQGR�
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de 
FRQYHQLrQFLD�RX�RSRUWXQLGDGH��UHVSHLWDGRV�RV�GLUHLWRV�DGTXLULGRV´� 
 
 
 
 
³II ± A recente jurisprudência consolidada do STF passou a se 
manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla 
defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo 
de legalidade exercido pela Corte de Contas, para registro de 
aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos, 
sob pena de ofensa ao princípio da confiança ± face subjetiva 
do princípio da segurança jurídica. Precedentes.´ 
Questões de 
concurso 
 
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2. (FCC/2013/TRT/Juiz do Trabalho) A União pretende 
implementar um grande programa de recuperação de rodovias e firmou 
convênio com diversos Estados, para repasse de recursos destinados à 
execução das obras necessárias. A opção da Administração federal foi 
contestada por diversos setores da opinião pública, que consideram que 
tal investimento não seria prioritário e sustentam que os recursos 
orçamentários correspondentes deveriam ser redirecionados para 
programas de melhoria da mobilidade nos grandes centros e regiões 
metropolitanas. Com base em tais argumentos, entidade representante 
da sociedade civil submeteu a matéria ao controle do Poder Judiciário 
buscando a anulação dos atos administrativos de celebração dos 
convênios. O Poder Judiciário 
A poderá anular os atos administrativos se identificar vício de 
legalidade, inclusive em relação aos motivos e finalidade. 
B poderá anular os atos administrativos, se discordar dos critérios 
de conveniência e oportunidade da Administração.C poderá revogar os atos administrativos se identificar desvio de 
finalidade, consistente na afronta ao interesse público. 
D poderá alterar os atos administrativos, redirecionando os 
recursos orçamentários, com base na teoria dos motivos determinantes. 
E não poderá anular os atos administrativos e, na hipótese de 
identificar desvio de finalidade, deverá assinalar prazo para a 
Administração editar novo ato. 
 
Vamos recordar? O judiciário pode anular um ato, nunca revogá-
lo! E é pacífico que o Judiciário não pode adentrar em critérios de 
mérito administrativo (conveniência e oportunidade). Assim fica fácil 
né? O Judiciário poderá anular os atos administrativos se identificar 
vício de legalidade, inclusive em relação aos motivos e finalidade. Logo, 
/HWUD�³$´� 
Gabarito: Letra A 
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3. (FCC/2013/MPE/Analista-Direito) Considere o trecho do 
julgado do Supremo Tribunal Federal abaixo transcrito, que descreve 
situação na qual foi constatado que o ato administrativo foi praticado 
atendendo à finalidade contrária ao interesse público, buscando 
favorecimento pessoal. 
MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. 
NEPOTISMO CRUZADO. ORDEM DENEGADA. Reconhecida a 
competência do Tribunal de Contas da União para a verificação da 
legalidade do ato praticado pelo impetrante, nos termos dos Arts. 
71, VIII e IX da Constituição Federal. Procedimento instaurado no 
TCU a partir de encaminhamento de autos de procedimento 
administrativo concluído pelo Ministério Público Federal no Estado 
do Espírito Santo. No mérito, configurada a prática de nepotismo 
cruzado, tendo em vista que a assessora nomeada pelo impetrante 
para exercer o cargo em comissão no Tribunal Regional do Trabalho 
da 17a Região, sediado em Vitória-ES, é nora do magistrado que 
nomeou a esposa do impetrante para cargo em comissão no 
Tribunal Regional do Trabalho da 1a Região, sediado no Rio de 
Janeiro-RJ. A nomeação para cargo de assessor do impetrante é ato 
formalmente lícito. Contudo, no momento em que é apurada a 
finalidade contrária ao interesse público, qual seja a troca de 
favores entre os membros do judiciário, o ato deve ser invalidado, 
por violação ao princípio da moralidade administrativa e por estar 
caracterizado a sua ilegalidade, por desvio de finalidade. Ordem 
negada. Decisão unânime. [...] (STF, 2a Turma; MS 24020/DF; 
Rel.Min. Joaquim Barbosa. Julgamento: 06/03/2012; v.u). 
 
Em hipóteses que tais, a Administração, 
 
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A tem a faculdade de revogar o ato de nomeação, no exercício da 
autotutela. 
B tem o dever de recorrer ao judiciário para revogar o ato de 
nomeação, vedado, na hipótese, o exercício da autotutela. 
C tem o poder-dever de invalidar o ato de nomeação, que, no 
caso, está eivado do vício de legalidade, no exercício da autotutela. 
D deve recorrer ao judiciário para invalidar o ato de nomeação, 
vedado, na hipótese, o exercício da autotutela. 
E pode revogar ou invalidar o ato de nomeação, no exercício da 
autotutela. 
 
Essa questão explicita o poder-dever da Administração em invalidar 
um ato decorrente do vício de legalidade! Assim, o princípio da 
autotutela permite a Administração anular ou revogar um ato! 
3RUWDQWR��FRUUHWD�OHWUD�³F´� 
*DEDULWR��/HWUD�³&´ 
 
4. (FCC/2013/AL-RN/Analista Legislativo) Considere a seguinte 
assertiva: o ato administrativo válido, isto é, legal, pode ser anulado 
pela própria Administração pública. A assertiva em questão está 
A incorreta, porque, no enunciado narrado, a anulação somente 
pode ser feita pelo Poder Judiciário. 
B correta, pois a Administração pública pode, de ofício, anular 
atos administrativos válidos. 
C incorreta, pois a anulação pressupõe sempre ato administrativo 
ilegal. 
D correta, porque a anulação é cabível, excepcionalmente, para 
atos administrativos válidos. 
E incorreta, pois a Administração pública não pode anular seus 
próprios atos. 
 
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Essa é fácil né? Lembre-se que o princípio da autotutela permite à 
Administração a anulação e revogação de atos administrativos. Assim, 
Mi� HOLPLQDPRV� DV� OHWUDV� ³D´� H� ³H´�� $GHPDLV�� XP� DWR� SDUD� VHU� DQXODGR�
pressupõe-se que seja um ato ilegal, como já vimos! Portanto, letra 
³&´� 
*DEDULWR��/HWUD�³&´� 
 
5. (FCC/2011/TCM-BA/Procurador) A respeito da desconstituição dos 
atos administrativos, a Administração 
a) pode anulá-los, observado o correspondente prazo decadencial e 
desde que preservados os direitos adquiridos. 
b) pode revogá-los, quando discricionários, e anular apenas os 
vinculados, preservados os direitos adquiridos. 
c) está impedida de anular seus próprios atos, cabendo o controle 
de legalidade ao Judiciário. 
d) está impedida de revogar seus atos, exceto quando sobrevier 
alteração de fato ou de direito que altere os pressupostos de sua 
edição. 
e) pode revogá-los, por razões de conveniência e oportunidade, 
preservados os direitos adquiridos, e anulá-los por vício de legalidade, 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
 Você está lembrado da súmula que citamos logo acima? ³$�
Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados 
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, 
HP� WRGRV� RV� FDVRV�� D� DSUHFLDomR� MXGLFLDO´ (Súmula 473/STF). A 
única DOWHUQDWLYD�FRUUHWD�p�D�OHWUD�³H´� 
Gabarito: Letra E 
 
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6. (FCC-2011-TRE-TO-Técnico Judiciário) Podem ser revogados 
os atos administrativos: 
a) que já exauriram seus efeitos. 
b) enunciativos, também denominados "meros atos 
administrativos", como certidões e atestados. 
c) vinculados. 
d) que geram direitos adquiridos. 
e) editados em conformidade com a lei 
Você já sabe que não se revoga: atos vinculados; atos que já 
exauriram seus efeitos; quando já exaurida a competênciada 
autoridade que praticou o ato; meros atos administrativos; atos que 
integram um procedimento (preclusão); atos que geraram direitos 
adquiridos. A alternativa que nos restD�FRPR�UHVSRVWD�p�D�OHWUD�³H´� 
Gabarito: Letra E 
 
7. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) 
A revogação de um ato administrativo 
 a) é prerrogativa da Administração, de caráter discricionário, 
consistente na extinção de um ato válido por razões de conveniência e 
oportunidade. 
 b) constitui atuação vinculada da Administração, na medida em 
que, em face da indisponibilidade do interesse público, a Administração 
está obrigada a revogar atos maculados por vício de oportunidade. 
 c) pode ser declarada tanto pela Administração como pelo Poder 
Judiciário, quando identificado que o ato se tornou inconveniente ou 
inoportuno do ponto de vista do interesse público. 
 d) somente pode ser procedida por autoridade hierarquicamente 
superior àquela que praticou o ato, de ofício ou por provocação do 
interessado, vedada a sua prática pelo Poder Judiciário. 
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 e) constitui prerrogativa da Administração, quando fundada em 
razões de conveniência e oportunidade, e do Poder Judiciário, quando 
identificado vício relativo à motivação, competência ou forma. 
 
A revogação é o ato discricionário utilizado pela Administração 
para extinguir um ato administrativo e/ou seus efeitos por razões de 
conveniência e oportunidade, respeitando-se os efeitos precedentes (ex 
nunc) e o direito adquirido. 
Por essa definição você já conclui que a alternativa correta é a 
OHWUD�³D´� 
Gabarito: Letra A 
 
8. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo - Meio 
Ambiente) Em relação a seus próprios atos, a Administração 
 a) pode anular os atos eivados de vício de legalidade, a 
qualquer tempo, vedada a repercussão patrimonial para período 
anterior à anulação. 
 b) pode anulá-los, apenas quando eivados de vício quanto à 
competência e revogá-los quando identificado desvio de poder ou de 
finalidade. 
 c) pode anulá-los, por razões de conveniência e opor- tunidade, 
observado o prazo prescricional. 
 d) não pode anular os atos que gerem direitos para terceiros, 
exceto se comprovado fato superveniente ou circunstância não 
conhecida no momento de sua edição. 
 e) pode revogá-los, por razões de conveniência e oportunidade, 
preservados os direitos adquiridos. 
Diante de tantos detalhes no estudo da revogação, 
apresentamos esse quadro: 
 
 
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$� OHWUD� ³H´� p� D� DOWHUQDWLva correta, pois ela ressalva os direitos 
adquiridos na revogação. 
Gabarito: Letra E 
 
9. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A respeito da revogação e anulação dos atos 
administrativos, analise: 
I. A revogação é aplicável apenas em relação aos atos 
discricionários, podendo ser praticada somente pelo Poder Executivo em 
Revogação: 
x conveniência e oportunidade; 
x retirada do ato do mundo jurídico com efeitos ex nunc (só 
opera efeitos para o futuro, permanecendo válidos os efeitos já 
produzidos); 
x total ou parcial; 
x expressa ou tácita; 
x não gera direito à indenização; 
x não repristina automaticamente; 
x em regra: não pode o Poder Judiciário analisar o mérito do ato 
administrativo para retirá-lo do mundo jurídico; 
x evolução jurisprudencial: análise da proporcionalidade e 
razoabilidade quanto às causas, motivo e finalidade do ato 
(hipóteses excepcionais); 
x não se revoga: atos vinculados; atos que já exauriram seus 
efeitos; quando já exaurida a competência da autoridade que 
praticou o ato; meros atos administrativos; atos que integram um 
procedimento (preclusão); atos que geraram direitos adquiridos; 
x *contraditório e ampla defesa* 
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relação aos seus próprios atos, em decorrência do ato tornar-se 
inconveniente e inoportuno, não podendo ser revogados pelo Poder 
Judiciário, em sua função típica. 
II. Os atos discricionários praticados na esfera do Poder 
Executivo poderão ser objeto de anulação no âmbito desse mesmo 
Poder, em decorrência de vício insanável, portanto de ilegalidade, mas 
caberá também ao Poder Judiciário, em sua função típica, a anulação, 
desde que provocado. 
III. Os atos vinculados praticados na esfera do Poder Executivo, 
aqueles que devem total observância ao respectivo texto legal, não 
poderão, por esta mesma razão, serem alvo de anulação por esse 
Poder, mas tão somente pelo Poder Judiciário, em sua função típica. 
Nas hipóteses acima descritas, está correto o que consta 
APENAS em 
 a) III. 
 b) I e III. 
 c) I e II. 
 d) I. 
 e) II e III. 
 
O conceito de revogação está relacionado ao de ato discricionário 
(editado com margem de liberdade, de acordo com a conveniência e 
oportunidade do gestor), pois só essa espécie de ato pode ser revogada 
(o ato não é mais conveniente ou oportuno). Assim, só no exercício da 
função administrativa típica é que pode ser revogado um ato (o Poder 
Judiciário, em regra, não analisa a conveniência e a oportunidade dos 
atos, mas apenas a legalidade deles). Por isso, o item I está correto, 
muito embora você deva ter em mente que os Poderes Legislativo e 
Judiciário também editam atos discricionários em sua função 
administrativa (função atípica, ou seja, na função de administrar os 
órgãos que compõem esses poderes). 
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Os atos devem ser anulados quando eivados de vício de 
legalidade, sejam esses atos vinculados ou discricionários. Se esse ato 
for levado ao conhecimento do Poder Judiciário, ele deverá retirá-lo do 
mundo jurídico, anulando-o, se verificar a existência de ilegalidade no 
ato. Perceba que o ato discricionário pode sim ser analisado pelo 
Judiciário, mas não sob o enfoque da conveniência e oportunidade, mas 
sob o enfoque da legalidade (p. ex.: o Judiciário pode verificar que o 
agente que praticou o ato tinha competência legalpara tanto). Por 
essas razões, o item II está correto. 
O item III está errado, porquanto os atos vinculados podem sim 
ser objeto de anulação pelo próprio Poder, em razão do controle interno 
e do princípio da autotutela. 
*DEDULWR��OHWUD�³F´� 
 
10. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A revogação de um ato administrativo 
a) é prerrogativa da Administração, de caráter discricionário, 
consistente na extinção de um ato válido por razões de conveniência e 
oportunidade. 
b) constitui atuação vinculada da Administração, na medida em 
que, em face da indisponibilidade do interesse público, a Administração 
está obrigada a revogar atos maculados por vício de oportunidade. 
c) pode ser declarada tanto pela Administração como pelo Poder 
Judiciário, quando identificado que o ato se tornou inconveniente ou 
inoportuno do ponto de vista do interesse público. 
d) somente pode ser procedida por autoridade hierarquicamente 
superior àquela que praticou o ato, de ofício ou por provocação do 
interessado, vedada a sua prática pelo Poder Judiciário. 
e) constitui prerrogativa da Administração, quando fundada em 
razões de conveniência e oportunidade, e do Poder Judiciário, quando 
identificado vício relativo à motivação, competência ou forma. 
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Vamos aos comentários: Letra (A). A revogação é o ato 
discricionário utilizado pela Administração para extinguir um ato 
administrativo e/ou seus efeitos por razões de conveniência e 
oportunidade, respeitando-se os efeitos precedentes (ex nunc) e o 
direito adquirido. Logo, está CORRETA. 
Letra (B). Não constitui atuação vinculada da Administração e sim 
discricionária. A Administração não está obrigada a revogar seus atos, 
sendo uma faculdade no caso de oportunidade ou conveniência. Logo, 
está INCORRETA. 
Letra (C). Não pode ser declarada pelo Judiciário, somente pela 
própria Administração. Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). Pode ser procedida pela própria autoridade que praticou 
o ato, não necessitando ser autoridade hierarquicamente superior. 
Logo, está INCORRETA. 
Letra (E). Não constitui prerrogativa do Poder Judiciário e sim 
prerrogativa da Administração apenas. Logo, está INCORRETA. 
5HVSRVWD��OHWUD�³$´� 
 
2.5 Convalidação (ou sanatória) 
Meu caro aluno, concentre, pois estamos na RETA FINAL da aula de 
atos administrativo e o seu concurso se aproxima a cada minuto. 
A convalidação é o meio de que se vale a Administração para suprir 
a invalidade e aproveitar os atos administrativos já praticados nas 
hipóteses em que o vício no ato administrativo é superável. Assim, se 
promove a convalidação com efeitos ex tunc, retroagindo para o 
momento da edição do ato anulável. 
Mas, afinal, a convalidação é um ato discricionário ou vinculado da 
Administração? Ela pode escolher entre convalidar ou não convalidar, ou 
ela deve convalidar quando o vício for sanável? 
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O art. 55 da Lei nº 9.784/99, por outro lado, trata a convalidação 
como uma faculdade da Administração, ou seja, como um ato 
discricionário. Na redação da lei, ³HP� GHFLVmR� QD� TXDO� VH� HYLGHQFLH�
não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os 
atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados 
SHOD�SUySULD�$GPLQLVWUDomR´. 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (e a maioria da doutrina), 
amparados na redação legal, entendem que o ato de convalidação é 
discricionário, pois a Administração pode escolher entre convalidar 
(sanar o vício) ou anular o ato, a depender de sua conveniência e 
oportunidade. 
Di Pietro e Celso Antônio Bandeira de Melo, de outro lado, 
entendem que a convalidação é um ato vinculado, pois a Administração 
tem o dever de velar pela legalidade de seus atos. Mas esta é a posição 
que não prevalece na doutrina. 
A convalidação também sofre limitações. O ato anulável não pode 
ser convalidado: 
x Quando o ato já se exauriu; 
x Se o ato já foi impugnado judicial ou administrativamente; 
x Se a convalidação acarretar lesão ao interesse público; 
x Se a convalidação acarretar prejuízo a terceiros. 
Mas e o decurso do tempo, é uma limitação para a convalidação? 
O decurso do tempo não é propriamente uma limitação, pois se a 
Administração não pode mais mexer no ato em razão do transcurso do 
prazo decadencial de 5 anos previsto na Lei nº 9.784/99, o ato estará 
automaticamente convalidado, em atenção ao princípio da estabilização 
das relações jurídicas. Essa convalidação tácita (também chamada de 
sanatória extroversa por alguns doutrinadores) só não ocorrerá se o 
beneficiado pelo ato concorreu para a nulidade e, portanto, age de má-
fé. Nesses casos, a Administração pode anular o ato a qualquer tempo, 
afastando a convalidação tácita. 
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Você já deve estar imaginando como a Administração promove a 
convalidação (como ela realiza a sanatória introversa). 
Pela (a) ratificação (definição de Celso Antônio) a mesma 
autoridade que praticou o ato convalida o seu vício; pela (b) 
confirmação (Celso Antônio), a autoridade competente decide sanar 
um ato praticado por sujeito incompetente (não é possível nos casos em 
que a lei outorga competência exclusiva a uma autoridade); já por meio 
da (c) reforma (José dos Santos Carvalho Filho), a Administração 
suprime a parte inválida do ato anterior, mantendo sua parte válida; e 
pela (d) conversão (Vicente Paulo e Alexandrino), a Administração 
edita um ato de uma nova espécie, pois o ato anterior era inadequado 
para realizar aquilo que pretendia a Administração (p. ex: a 
Administração concedeu uma concessão de uso de bem público quando 
deveria apenas autorizar o uso ± a convalidação é promovida, com 
efeitos ex tunc, se o ato for corrigido e passar a ser uma autorização). 
Mas todos os vícios em quaisquer dos elementos do ato 
administrativos podem ser sanados? 
Obviamente que não, alguns vícios, como vimos acima, são 
insanáveis. 
E quais os elementos do ato administrativo possuem vícios 
sanáveis? 
Di Pietro (2009, p. 247) entende que são convalidáveis os vícios de 
competência ± quando esta não for exclusiva ± e de forma ± quando 
esta não for essencial à validade do ato. 
Carvalho Filho entende que são sanáveis os vícios de competência, 
de forma, de objeto ou de conteúdo (quando este for plúrimo). Por 
outro lado, são insanáveis os vícios no motivo,no objeto (quando 
único), na finalidade e na falta de congruência entre o motivo e o 
resultado do ato. 
Convalidação tácita = decaiu o direito da Administração de anular o ato 
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São convalidáveis os vícios de: 
Di Pietro Carvalho Filho 
x competência (não 
exclusiva) 
x competência 
 
x forma (não essencial) x forma 
 x objeto (quando este for 
plúrimo) 
 
O STJ, com fundamento no magistério de Di Pietro e de Carvalho 
Filho, já teve oportunidade de afirmar que o vício na competência do 
sujeito é ato anulável e, por isso, pode ser convalidado (RESP 850270). 
Assim, você pode afirmar, com base na doutrina majoritária que 
são convalidáveis os vícios de competência e de forma. 
Em hipóteses excepcionais, atendendo ao princípio da segurança 
jurídica e a consolidação dos efeitos, o STJ já assinalou ser possível 
convalidar um ato inconstitucional, como ocorre no caso de provimento 
em cargo efetivo sem concurso público. No informativo 347, o STJ 
convalidou uma nomeação de uma servidora sem concurso público, 
uma vez que já transcorridos cerca de 15 anos entre a sua nomeação e 
a decisão do tribunal. 
Assim, admitiu-se, excepcionalmente, a convalidação de um ato 
absolutamente nulo (RMS 24339). 
ATENÇÃO: O vício na motivação não é convalidável (STJ: RMS 
26927)! 
 
 
 
 
11. (FCC/2013/AL-PB/Analista Legislativo) Sobre o tema da 
convalidação do ato administrativo, é INCORRETO afirmar: 
Questões de 
concurso 
 
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A A convalidação se dá pela edição de um segundo ato 
administrativo, com o fito de corrigir o primeiro praticado com vício. 
B O ato administrativo com vício de finalidade pode, em regra, ser 
convalidado; assim, é possível corrigir um resultado que estava na 
intenção do agente que praticou o ato. 
C A convalidação produzirá efeitos ex tunc. 
D Não se pode convalidar um ato quando a sua repetição importe 
na reprodução do vício anterior. 
E A Administração não poderá convalidar seus atos administrativos 
se estes já tiverem sido impugnados pelo particular, exceto se tratar de 
irrelevante formalidade, pois neste caso os atos são sempre 
convalidáveis. 
 
Lembra que vimos na aula que são insanáveis os vícios no motivo, 
no objeto (quando único), na finalidade e na falta de congruência 
entre o motivo e o resultado do ato? Assim fica fácil identificar o item 
LQFRUUHWR��QmR"�/HWUD�³%´�� 
Gabarito: Letra B 
 
12. (FCC/2013/TRT/Analista Judiciário) Determinado servidor 
público proferiu decisão em procedimento administrativo, conferindo 
licença de instalação de estabelecimento comercial a particular e, 
posteriormente, constatou-se que não possuía competência para prática 
do ato, mas apenas para atuar na fase instrutória do procedimento. O 
particular não tinha ciência dessa circunstância e deu início ao 
funcionamento do estabelecimento. Diante da situação narrada, a 
decisão, 
A não é convalidável pela autoridade competente, por se tratar de 
ato vinculado, podendo conceder nova licença, se presentes os 
requisitos para a sua edição, sem efeitos retroativos. 
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B é convalidável pela autoridade competente, se não se tratar de 
competência privativa ou exclusiva, desde que presentes os 
pressupostos para sua edição e não haja lesão ao interesse público ou 
prejuízo a terceiros. 
C é convalidável pela autoridade competente, de acordo com 
critérios de conveniência e oportunidade, por se tratar de ato 
discricionário. 
D é convalidável, se presentes os requisitos para a sua edição e 
não se evidencie prejuízo ao interesse público, não sendo admitida a 
retroação dos efeitos à data da edição da decisão original. 
E não é convalidável, administrativamente, porém pode ser 
ratificada, judicialmente, em processo intentado para este fim pelo 
particular. 
 
Essa questão cobrou o entendimento da professora Di Pietro, a 
qual entende que são convalidáveis os vícios de competência ± quando 
esta não for exclusiva. Ademais, o ato para ser convalidado, não pode 
ter ensejadora lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros. 
3RUWDQWR��OHWUD�³%´�D�FRUUHWD� 
*DEDULWR��³%´ 
 
13. (FCC-2011-TRT-20ªREG(SE)-Técnico Judiciário) Sobre os atos 
administrativos analise as seguintes assertivas: 
I. Convalidação é o ato jurídico que sana vício de ato 
administrativo antecedente de tal modo que este passa a ser 
considerado como válido desde o seu nascimento. 
II. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados 
de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; 
ou revogá-los por motivos de conveniência e oportunidade, respeitados 
os direitos adquiridos e ressalvadas em todos os casos, a apreciação 
judicial. 
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III. Revogação é o ato administrativo discricionário pelo qual a 
Administração extingue um ato válido, por razões de oportunidade e 
conveniência, e terá efeitos ex tunc. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II. 
d) II e III. 
e) III. 
De acordo com o que estudamos a alternativa I e II apresentam 
afirmações inquestionáveis. A II, inclusive, é a redação da multicitada 
súmula do STF. Já o item III, vimos que a revogação tem efeitos 
prospectivos (ex nunc), porque o ato revogado era válido, não tinha 
vício de legalidade, mas foi retirado do ordenamento por conveniência 
GD�$GPLQLVWUDomR��3RUWDQWR�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�FRUUHWD� 
Gabarito: Letra A 
 
14. (FCC - 2013 - AL-PB - Analista Legislativo) Sobre o tema da 
convalidação do ato administrativo, é INCORRETO afirmar: 
a) A convalidação se dá pela edição de um segundo ato 
administrativo, com o fito de corrigir o primeiro praticado com vício. 
b) O ato administrativo com vício de finalidade pode, em regra, ser 
convalidado; assim, é possível corrigir um resultado que estava na 
intenção do agente que praticou o ato. 
c) A convalidação produzirá efeitos ex tunc. 
d) Não se podeconvalidar um ato quando a sua repetição importe 
na reprodução do vício anterior. 
e) A Administração não poderá convalidar seus atos administrativos 
se estes já tiverem sido impugnados pelo particular, exceto se tratar de 
irrelevante formalidade, pois neste caso os atos são sempre 
convalidáveis. 
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Atenção! Aqui a banca pede a assertiva incorreta. Para tanto, 
devemos lembrar que, pela doutrina (Di Pietro e Carvalho Filho), não há 
como convalidar um vício de finalidade. Afinal, o que causou o vício, se 
originou da vontade do agente, o que não é possível de ser corrigido 
com outro ato administrativo. 
 
Os demais itens estão corretos: quando há convalidação, ela se dá 
por meio de outro ato, produzindo efeitos ex tunc, corrigindo-o 
completamente e não repetindo o erro anterior. Por fim, se o vício for 
pequeno, apenas uma formalidade, o ato é auto convalidado. Se for 
significativo, só pode ser convalidado antes da impugnação pelo 
particular. 
Gabarito: letUD�³E´� 
 
15. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - 
Enfermagem) A respeito dos atos administrativos, é correto afirmar que 
 
a) o mérito do ato administrativo corresponde ao juízo de 
conveniência e oportunidade presente nos atos discricionários. 
b) os atos vinculados comportam juízo de conveniência e 
oportunidade pela Administração, que pode revogá-los a qualquer 
tempo. 
c) os atos discricionários não são passíveis de revogação pela 
Administração, salvo por vício de legalidade. 
d) a discricionariedade corresponde ao juízo de conveniência e 
oportunidade presente nos atos vinculados. 
e) os atos vinculados são passíveis de anulação pela 
Administração, de acordo com juízo de conveniência e oportunidade. 
 
Vejamos: 
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Letra (A). Trata-se do conceito de mérito administrativo. Logo, 
está CORRETA. 
Letra (B). Trata-se dos atos discricionários e não vinculados. 
Logo, está INCORRETA. 
Letra (C). Os atos discricionários são passíveis sim de revogação 
pela Administração. No caso de vício de legalidade, é situação de 
anulação. Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). A discricionariedade está presente nos atos 
discricionários e não vinculados. Logo, está INCORRETA. 
Letra (E). A anulação é por motivos de ilegalidade, a revogação é 
que é por motivos de conveniência e oportunidade. Logo, está 
INCORRETA. Entenderam? 
Resposta: letra A 
 
16. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - 
Área Administrativa) Determinado servidor público proferiu decisão em 
procedimento administrativo, conferindo licença de instalação de 
estabelecimento comercial a particular e, posteriormente, constatou-se 
que não possuía competência para prática do ato, mas apenas para 
atuar na fase instrutória do procedimento. O particular não tinha ciência 
dessa circunstância e deu início ao funcionamento do estabelecimento. 
Diante da situação narrada, a decisão, 
a) não é convalidável pela autoridade competente, por se tratar 
de ato vinculado, podendo conceder nova licença, se presentes os 
requisitos para a sua edição, sem efeitos retroativos. 
b) é convalidável pela autoridade competente, se não se tratar de 
competência privativa ou exclusiva, desde que presentes os 
pressupostos para sua edição e não haja lesão ao interesse público ou 
prejuízo a terceiros. 
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c) é convalidável pela autoridade competente, de acordo com 
critérios de conveniência e oportunidade, por se tratar de ato 
discricionário. 
d) é convalidável, se presentes os requisitos para a sua edição e 
não se evidencie prejuízo ao interesse público, não sendo admitida a 
retroação dos efeitos à data da edição da decisão original. 
e) não é convalidável, administrativamente, porém pode ser 
ratificada, judicialmente, em processo intentado para este fim pelo 
particular. 
Aqui, vamos precisar da Teoria da Aparência. Lembram-se dela? 
Letra (A). De acordo com a posição da doutrina majoritária, vício 
relativo à competência quanto à pessoa (não quanto à matéria), desde 
que não se trate de competência exclusiva, pode ser convalidado. Logo, 
está INCORRETA. 
Letra (B). Nessa situação, é convalidável. Logo, está CORRETA. 
Letra (C). A licença é ato vinculado e não discricionário. Logo, 
está INCORRETA. 
Letra (D). No caso de convalidação, os efeitos são retroativos. 
Logo, está INCORRETA. 
Letra (E). É sim convalidável administrativamente e não pelo 
Judiciário. Logo, está INCORRETA. 
 
Resposta: letra B 
 
17. (FCC ± 2013 ± SEFAZ/SP ± Agente Fiscal de Rendas) Simão, 
comerciante estabelecido na capital do Estado, requereu, perante a 
autoridade competente, licença para funcionamento de um novo 
estabelecimento. Embora o interessado não preenchesse os requisitos 
fixados na normatização aplicável, a Administração, levada a erro por 
falha cometida por funcionário no procedimento correspondente, 
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concedeu a licença. Posteriormente, constatado o equívoco, a 
Administração 
(A) deverá anular o ato, produzindo a anulação efeitos retroativos 
à data em que foi emitido o ato eivado de vício não passível de 
convalidação. 
(B) somente poderá desfazer o ato judicialmente, em face da 
preclusão administrativa. 
(C) poderá revogar o ato, com base em razões de conveniência e 
oportunidade, sem prejuízo da apreciação judicial. 
(D) deverá anular o ato, não podendo a anulação operar efeito 
retroativo, salvo comprovada má-fé do beneficiário. 
(E) deverá revogar o ato, preservando os efeitos até então 
produzidos, desde que não haja prejuízo à Administração. 
 
Vejam, meus caros alunos, como esse tema é recorrente em 
provas, por isso estou reforçando com vocês. 
Letra (A). No caso de ilegalidade, a Administração deve anular o 
DWR�DGPLQLVWUDWLYR�� SURGX]LQGR�HIHLWRV� ³H[ WXQF´��QmR� VHQGR�SRVVtYHO� D�
convalidação do ato. Logo, está CORRETA. 
Letra (B). A administração pode anular seus próprios

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