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SEFAZ PE XEST legtributaria michel Aula 03 Sujeito Passivo, Ativo e Local da Operação e Prestação do ICMS

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Aula 03
Legislação Tributária p/ SEFAZ/PE
Professor: Michel Goldman
Legislação Tributária do Estado de Pernambuco 
Prof. Michel Goldman – Aula 03 
 
 
Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 83 
AULA 03: Sujeição Passiva, Sujeição Ativa e Local 
da Operação e Prestação do ICMS 
do Estado de Pernambuco 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Conteúdo 01 
2. Apresentação 02 
3. Contribuintes 03 
4. Responsáveis Tributários 06 
5. Inscrição no CACEPE 13 
6. Estabelecimento 25 
7. Sujeição Ativa e Local da Operação e Prestação 28 
8. Questões Comentadas 51 
9. Lista de questões apresentadas 76 
10. Gabarito 83 
 
CONTEÚDO: 
Contribuintes e Responsáveis Tributários: 
Regulamento do ICMS do Pernambuco – Decreto Estadual nº 14.876/91 - artigos 56 
a 59. 
Lei 10.259/89 – artigos 40 a 43. 
 
Inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes de Tributos Estaduais de 
Pernambuco – (CACEPE): 
Regulamento do ICMS do Pernambuco – Decreto Estadual nº 14.876/91 – artigos 
63 a 79. 
Lei 10.259/89 – artigos 47 a 63. 
 
Estabelecimento: 
Regulamento do ICMS do Pernambuco – Decreto Estadual nº 14.876/91 - artigos 60 
a 62. 
Lei 10.259/89 – artigos 44 a 46. 
 
Local da Operação e Prestação e Sujeição Ativa: 
Regulamento do ICMS do Pernambuco – Decreto Estadual nº 14.876/91 – artigo 5º. 
Lei 10.259/89 – artigo 5º. 
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Legislação Tributária do Estado de Pernambuco 
Prof. Michel Goldman – Aula 03 
 
 
Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 83 
Lei 11.408/96 – artigo 4º. 
 
Nesta aula trataremos dos aspectos pessoais do fato gerador: a sujeição ativa e 
passiva do ICMS. A sujeição passiva e ativa do ICMS é tratada inicialmente pela Lei 
Complementar 87/96 e os regulamentos apenas replicam as determinações. 
 
Na primeira parte deste módulo trataremos da sujeição passiva do imposto. Os 
sujeitos passivos do imposto são aqueles que, segundo a legislação tributária, 
realizam o fato gerador, geram a obrigação tributária e são obrigados a recolher o 
tributo como contribuintes do imposto. Relacionado ao contribuinte, veremos as 
demais peças deste universo do ICMS: os responsáveis tributários, a definição e 
características do estabelecimento, a importância e a obrigação da inscrição no 
cadastro de contribuintes do ICMS de Pernambuco. 
 
Na segunda parte da aula trataremos de questões referentes ao elemento espacial 
do fato gerador do ICMS e a sujeição ativa. Cada um dos fatos geradores é 
realizado em um momento fisicamente declarado na lei do ICMS pernambucano e 
pelo Regulamento do ICMS pernambucano; determinado o local onde foi realizada 
a atividade de circulação de mercadoria ou a prestação de serviços é muito mais 
fácil determinar a que estado cabe o ICMS incidente nesta operação (sujeito ativo), 
e também qual pessoa tem o dever de recolher o tributo: como contribuinte ou como 
responsável (sujeito passivo). 
 
De novo, cabe à lei do ICMS pernambucano e o regulamento do imposto somente 
repetir normas hierarquicamente superiores definidos na lei complementar 87/96, 
quanto ao local da operação (elemento espacial) e a sujeição ativa do imposto. Esta 
soberania de decisão da lei complementar, definida pela Constituição Federal 
impede que Estados e Distrito Federal legislem sobre a matéria da maneira que lhes 
convier. 
 
Vamos então iniciar a aula 03. 
 
 
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Legislação Tributária do Estado de Pernambuco 
Prof. Michel Goldman – Aula 03 
 
 
Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 83 
 
1- O CONTRIBUINTE DO ICMS 
 
O regulamento do ICMS de Pernambuco traz a definição do contribuinte do ICMS. É 
uma determinação legal: a lei decidiu quem é a pessoa que tem a responsabilidade 
de recolher o imposto. E as demais definições do fato gerador, giram em torno 
disso. 
 
Regra geral: o contribuinte do imposto no mundo do ICMS é a pessoa que age com 
intuito comercial: seja a indústria, ou o varejista, ou o atacadista, ou até o produtor 
rural. É o comerciante, aquele que dá saída às mercadorias, ou presta o serviço. 
 
Veja bem, este contribuinte definido na lei, é o contribuinte de direito do imposto 
(justamente porque é instituído legalmente). O contribuinte de fato, aquele que arca 
com o imposto no final das contas é o consumidor final. Mas o que vale para o fisco 
e para a legislação é o contribuinte que deve recolher o imposto. 
 
O contribuinte do imposto é qualquer pessoa que de modo habitual ou em volume 
que caracterize intuito comercial, realize as atividades relacionadas aos fatos 
geradores do imposto. Neste grupo temos comerciantes, produtores, industriais 
reconhecidos, mas não só! Se você tem um amigo que te vendeu o carro dele. Ele 
não é contribuinte do imposto e nem você. Foi uma venda isolada e não se pode 
falar de recolhimento do ICMS neste caso. Mas se seu amigo toma gosto pelo 
negócio e começa a fazer compra e venda de alguns veículos entre seus velhos 
amigos de escola, para ganhar algum dinheiro a mais...Aí, caro aluno, temos um 
contribuinte do imposto. Este amigo não precisa ter as documentações formais 
como comerciante e nem ponto comercial, ou nome comercial, basta, pela lei, que 
realize em volume considerável e com habitualidade operações que são fatos 
geradores do imposto. E vender automóvel é fato gerador do imposto. 
 
Veja o artigo 56 do RICMS PE que define o contribuinte do imposto: 
 
 
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Prof. Michel Goldman – Aula 03 
 
 
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Art. 56. Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com 
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações 
relativas à circulação de mercadoria ou prestações de serviço de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e 
as prestações se iniciem no exterior. 
 
Didático, o Regulamento do ICMS pernambucano, no §1º do artigo 56, traz um rol 
exemplificativo de contribuintes do imposto: 
 
§ 1º Incluem-se entre os contribuintes do imposto: 
 
I - o importador, o arrematante ou o adquirente, o produtor, o industrial e o 
comerciante de mercadoria; 
 
II - o prestador de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação; 
 
III - a cooperativa; 
 
IV - a instituição financeira e a seguradora; 
 
V - a sociedade civil de fim econômico; 
 
VI - a sociedade civil de fim não-econômico que explore estabelecimento de 
extração de substância mineral ou fóssil, de produção agropecuária, industrial 
ou que comercialize mercadoria que para esse fim adquirir ou produzir; 
 
VII - os órgãos da Administração Pública, as entidades da administração 
indireta e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público que 
vendam mercadoria que para esse fim adquirirem ou produzirem; 
 
VIII - a concessionária ou permissionária de serviço público de transporte, de 
comunicação e de energia elétrica; 
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IX - o fornecedor de serviços não compreendidos na competência tributária 
dos Municípios, que envolvam fornecimento de mercadoria; 
 
X - o prestador de serviços compreendidos na competência tributária dos 
Municípios, que envolvam fornecimento de mercadoria ressalvada em lei 
complementar; 
 
XI - o fornecedor de alimentação, bebida e outras mercadorias em 
restaurantes, bares, cafés, lanchonetes e em qualquer outro estabelecimento; 
 
XII - qualquer pessoa indicada nos incisos anteriores que, na condição de 
consumidor final,adquirir bens ou serviços em operações interestaduais. 
 
Atenção! 
Como sempre alunos há exceções. O regulamento do RICMS PE traz um rol de 
pessoas que mesmo que não realizam a operação - fato gerador do imposto - com 
habitualidade e volume que caracterize intuito comercial, são contribuintes do 
imposto e legalmente devem recolher o ICMS desta operação. 
 
Como assim? Se o rapaz realiza uma vez aquela operação e nunca mais, ainda sim 
ele é considerado contribuinte e deve recolher o ICMS? Diferente do caso do amigo 
que vendeu uma vez o carro para o outro amigo? Nossa resposta: Sim. 
 
Quais casos? 
1º - importação de mercadorias ou bens 
2º - arremate em leilão judicial de mercadoria importada e perdida ou abandonada 
3º - aquisição interestadual de petróleo inclusive lubrificantes e combustíveis 
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica para consumo 
4º - aquisição de serviço no exterior ou que se iniciou no exterior. 
 
Veja o artigo 56, §2º do RICMS PE: 
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§ 2º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem 
habitualidade ou intuito comercial: 
I - importe mercadorias do exterior para qualquer finalidade, inclusive, em se 
tratando de pessoa física ou jurídica titular de estabelecimento, quando a 
mercadoria importada se destine ao uso ou consumo ou ativo permanente do 
respectivo estabelecimento; 
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se 
tenha iniciado no exterior; 
III - adquira em licitação pública mercadoria, inclusive importada do exterior, 
apreendida ou abandonada; 
IV - adquira, em outra Unidade da Federação, lubrificantes e combustíveis 
líquidos e gasosos derivados do petróleo, quando não destinados à 
comercialização ou industrialização, bem como, a partir de 01 de agosto de 
2000, energia elétrica nas mesmas condições. 
 
2) RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
Entraremos agora no estudo do responsável tributário, figura importante na 
sujeição passiva do ICMS. Para tanto vamos recuperar algumas definições trazidas 
pelo Código Tributário Nacional (CTN – Lei 5.172/66): 
 
O contribuinte é o sujeito passivo direto da obrigação tributária. Ele tem obrigação 
direta pelo pagamento do tributo. Sua capacidade tributária é objetiva, pois decorre 
da lei, não de sua vontade. Assim, o contribuinte é a pessoa física ou jurídica que 
tem relação direta com o fato gerador 
 
O responsável - é o sujeito passivo indireto da obrigação tributária. Ele não é 
vinculado diretamente com o fato gerador, mas por imposição legal, é obrigado a 
responder pelo tributo, devido a sua vinculação indireta. 
 
A) Responsabilidade dos Contribuintes Substitutos 
 
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O responsável tributário é uma pessoa diferente do contribuinte originário, mas toma 
o seu lugar sempre que a legislação exigir. 
 
O regulamento do ICMS pernambucano lista uma série de responsáveis pelo 
recolhimento do ICMS, inclusive alguns importantes para nosso estudo da 
Substituição Tributária nas próximas aulas. Estes responsáveis diretos são 
denominados contribuintes substitutos pelo Regulamento, pois o fisco nem sequer 
procura o contribuinte, “vai” direto cobrar do responsável. 
 
Veja alguns substitutos tributários do artigo 58: 
 
Art. 58. Considera-se responsável pelo imposto, na qualidade de 
contribuinte-substituto: 
 
I - o transportador, em relação à mercadoria: 
a) transportada sem documento fiscal próprio; 
b) entregue a destinatário diverso do indicado no documento fiscal, salvo nas 
hipóteses admitidas pela legislação tributária; 
c) transportada com documento fiscal inidôneo; 
d) negociada no Estado durante o transporte; 
e) proveniente de outra Unidade da Federação para entrega a destinatário 
incerto deste Estado; 
 
II - o armazém-geral, relativamente a: 
a) saída ou transmissão de propriedade de mercadoria depositada por 
contribuinte de outra Unidade da Federação; 
b) entrada, saída ou transmissão de propriedade de mercadoria de terceiros, 
sem documento fiscal próprio ou com documento fiscal inidôneo; 
 
III - o possuidor, a qualquer título, ou o detentor de mercadoria recebida 
desacompanhada de documento fiscal próprio ou com documento fiscal 
inidôneo; 
....... 
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VII - o contribuinte que promover a saída de mercadoria sem 
documentação fiscal própria, quando obrigado a emiti-la, ou com 
documento fiscal inidôneo, em relação ao imposto devido pelas operações 
subseqüentes com a mesma mercadoria; 
 
VIII - o leiloeiro, considerado contribuinte, com relação à saída de 
mercadoria de terceiros, exceto as importadas ou apreendidas, alienadas em 
leilão; 
 
IX - o arrematante, na saída de mercadoria decorrente de arrematação 
judicial; 
 
XVI - a empresa de comunicação, em relação aos serviços por ela cobrados 
e prestados pelos seus postos de serviços ou por terceiros; 
 
Uma dica: repare que o regulamento do ICMS de Pernambuco elencou como 
responsáveis pelo recolhimento do ICMS (na condição de contribuinte substituto) 
aquele sujeito que participou (junto ao contribuinte oficial) de uma operação ou 
prestação com infração à legislação tributária, e que foi encontrado com a 
mercadoria ou prestação irregular. 
 
Veja que armazém geral, transportador, contribuintes destinatários, todos podem até 
não ser a figura principal do fato gerador, pois não são aqueles que efetivamente 
iniciaram o negócio, mas coadunam com a irregularidade da operação ou prestação: 
falta de documento fiscal idôneo, entrega a contribuinte diferente daquele apontado 
na nota fiscal, etc. 
 
Em outros casos o fisco elencou o responsável tributário aqueles que apresentam 
uma maior facilidade de serem cobrados: seja porque o contribuinte original é 
proveniente de outro estado (responsabilidade do armazém geral ou depósito 
localizado neste estado), ou porque se trata de uma atividade de leilão ou porque é 
mais fácil de cobrar a empresa matriz prestadora de serviços do que os seus postos 
de serviços. 
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Veja os demais casos do artigo 58: 
 
V - a cooperativa de indústrias do açúcar e do álcool, em relação à cana-de-
açúcar e seus derivados, quando as saídas destes forem realizadas, através 
da cooperativa, pelas indústrias cooperadas; 
 
VI - o contribuinte destinatário, nas operações ou prestações com diferimento 
do imposto, nas hipóteses legalmente previstas, ou na aquisição de 
mercadoria ou de serviço prestado por contribuinte não-inscrito no CACEPE; 
 
X - a empresa distribuidora de combustíveis e lubrificantes, derivados ou não 
do petróleo, situada neste Estado ou em outra Unidade da Federação: 
 
b) a partir de 01 de novembro de 1994, quando promover a saída para 
qualquer destinatário, inclusive para consumidor, neste caso se localizado em 
outra Unidade da Federação. 
 
XII - o estabelecimento industrial ou revendedor em relação à saída de 
cimento, farinha de trigo, refrigerante, cerveja, chope, extrato, concentrado ou 
xarope destinado ao preparo de refrigerante; 
 
XIII - o contribuinte indicado em acordo celebrado, entre os Estados e o 
Distrito Federal interessados, e homologado conformedispuser legislação 
específica, nas operações ou prestações interestaduais; 
 
XIV - no transporte da carga efetuado por contribuinte não-inscrito no 
cadastro de contribuinte dos Estados: 
a) a empresa transportadora, quando esta efetuar a subcontratação; 
b) o remetente da mercadoria; 
c) o depositário a qualquer título, na saída de mercadoria ou bem depositado 
por empresa ou pessoa de outra Unidade da Federação; 
 
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XV – a empresa que fornecer energia elétrica a consumidor final, ainda que 
destinada a outra Unidade da Federação, relativamente ao ICMS incidente 
desde a geração ou importação até a última etapa destinada ao consumo 
final, aí incluídas a conversão, a distribuição e respectiva conexão, a 
comercialização e a transmissão e respectiva conexão, observado, a partir de 
1º de setembro de 2010, o disposto no inciso XXX; 
 
....... 
XXI – na hipótese de empresa de transporte ou transportador autônomo de 
outra Unidade da Federação, não inscritos no CACEPE, iniciar prestação de 
serviço de transporte neste Estado, os seguintes 
 
a) o alienante ou o remetente da mercadoria, exceto se: 
1. produtor rural; 
3. a partir de 1º de novembro de 2010, micro empreendedor individual; 
 
b) o depositário da mercadoria a qualquer título, na saída da mercadoria ou 
bem depositado por pessoa física ou jurídica; 
 
c) o destinatário da mercadoria, na prestação interna, exceto se: 
1. produtor rural; 
3. a partir de 1º de novembro de 2010, micro empreendedor individual; 
 
Nestes demais casos do artigo 58, o regulamento indica alguns substitutos 
tributários que não só recolherão o imposto no lugar do contribuinte mas também 
recolherão o imposto em momento diferente da ocorrência do fato gerador. É 
previsto que o fisco exija o imposto do responsável até mesmo antes de acontecer o 
fato gerador. E mais, pode exigir que o remetente recolha pelo destinatário, que o 
destinatário recolha pelo remetente e até que o remetente recolha pelo 
transportador. Este tipo de operação recebe o nome de substituição tributária, tema 
de uma das nossas próximas aulas. 
 
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A responsabilidade por substituição tributária é uma responsabilidade tributária 
bastante específica e que possui determinações próprias. 
 
B) Responsabilidade solidária 
 
Sabemos que a legislação pode e realmente escolhe outra pessoa, que não o 
contribuinte como responsável pelo recolhimento do imposto. Isto facilita o trabalho 
do fisco, pois elege alguém mais próximo do controle da fiscalização. O regulamento 
do ICMS de Pernambuco também utilizou dentro dos seus capítulos de 
responsabilidade tributária outro tipo de responsabilidade: a responsabilidade 
solidária. 
 
Na responsabilidade solidária, também extraída do CTN e dos capítulos sobre 
“Obrigações” do Código Civil, a fiscalização pode cobrar o tributo do responsável ou 
do contribuinte: de qualquer um dos dois e sem benefício de ordem. Isto facilita 
ainda mais o trabalho da fiscalização. 
 
São muitos incisos encontrados no art. 59 do RICMS PE. Alguns deles são bastante 
específicos. 
 
Art. 59. Respondem solidariamente pelo pagamento do crédito tributário: 
 
I - o transportador, o adquirente e o remetente: 
a) em relação à mercadoria desacompanhada de documento fiscal; 
b) em relação à mercadoria desviada do seu destino; 
 
II - o armazém-geral e o depositário, a qualquer título, quando receberem 
mercadoria para depósito ou quando derem saída a esta sem documento 
fiscal 
 
III - qualquer pessoa responsável pela entrada de mercadoria importada 
do exterior, pela remessa de mercadoria para o exterior ou por sua 
reintrodução no mercado interno, assim como as que possuam a 
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qualidade de representante, mandatário ou gestor de negócios, neste 
caso quando elencadas pela lei estadual; 
 
IV - o contribuinte que receber mercadoria com isenção ou não-
incidência condicionadas, quando tiver participado do não-implemento da 
condição; 
 
V - o estabelecimento gráfico que imprimir documentos fiscais, emitidos 
por terceiros, se o débito do imposto tiver origem nos mencionados 
documentos: 
 
a) quando não houver o prévio credenciamento do referido estabelecimento, 
sendo este obrigatório; 
b) quando não houver a prévia autorização fazendária para a sua impressão, 
se exigida; 
c) quando a impressão for vedada pela legislação tributária; 
 
VI - o contribuinte alienante ou que preste assistência técnica a 
máquina, aparelho e equipamento destinados à emissão de documentos 
fiscais e cujo controle do imposto devido esteja relacionado com dispositivos 
totalizadores das operações ou prestações, quando: 
 
a) a referida alienação, intervenção ou outro fato relacionado com o bem 
ocorrerem sem observância dos requisitos legalmente exigidos; 
b) a irregularidade cometida pelo alienante ou assistente técnico concorrer 
para a omissão total ou parcial dos valores registrados nos totalizadores e, 
conseqüentemente, para a falta de recolhimento do imposto; 
 
VII - o estabelecimento titular e o usuário de máquina, aparelho e 
equipamento cujo controle fiscal se realize através dos seus 
totalizadores, quando o bem autorizado para um estabelecimento estiver 
sendo utilizado em outro, ainda que pertencentes ao mesmo titular, 
relativamente aos valores acumulados nos totalizadores de tal bem; 
 
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VIII - o adquirente de estabelecimento, através de contrato particular, em 
relação ao débito, constituído ou não, do respectivo alienante; 
IX - o locador inscrito no CACEPE, na hipótese de armazenagem de 
mercadoria de terceiros, em área comum, mediante contrato de locação 
e prestação de serviço, nos termos de normas específicas expedidas pela 
Secretaria da Fazenda, relativamente a entrada, saída e transmissão de 
propriedade de mercadoria que armazenar de terceiros sem documento fiscal 
próprio ou com documento fiscal inidôneo. 
 
Parágrafo único. O locador de que trata o inciso IX do "caput" responde 
solidariamente pelas demais obrigações fiscais, ali não mencionadas, do 
contribuinte-locatário, inclusive débito decorrente de processo administrativo-
tributário, relativamente à sistemática de armazenagem prevista no referido 
inciso. 
 
3) INSCRIÇÃO NO CADASTRO GERAL DE 
CONTRIBUINTES DO ESTADODE PERNAMBUCO – 
(CACEPE) 
 
1) Disposições Gerais 
 
É obrigação acessória fundamental para o contribuinte de Pernambuco inscrever-se 
no cadastro de contribuintes deste Estado. O controle do fisco é mais fácil quando 
conhece os seus contribuintes: indústrias, atacadistas, importadores, varejistas, 
produtores rurais, criadores, etc. E mais ainda, é vital que o contribuinte inscreva-se 
no cadastro de contribuintes para que o fisco possa fazer uma análise prévia da 
idoneidade deste antes que inicie oficialmente suas operações. 
 
Cabe à Secretaria da Fazendo do Estado de Pernambuco a administração e 
organização do CACEPE. 
 
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Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 83Art. 63. O Estado de Pernambuco manterá atualizado, relativamente aos 
contribuintes do imposto, um cadastro denominado Cadastro de Contribuintes 
do Estado de Pernambuco - CACEPE. 
 
Parágrafo único. Relativamente ao cadastro a que se refere o "caput", será 
organizado consoante dispuser portaria da Secretaria da Fazenda, 
observando-se: 
..... 
II - a partir de 24 de julho de 1997, conterá, relativamente a cada 
estabelecimento, dados cadastrais do respectivo titular ou responsável, bem 
como do contabilista encarregado da escrituração fiscal ou, em se tratando 
de empresa de serviço contábil, do seu responsável técnico, desde que 
devidamente habilitados, perante o Conselho Regional de Contabilidade, 
para o exercício da profissão. 
 
São obrigados a se inscrever no CACEPE qualquer pessoa, natural ou jurídica, que 
de modo habitual ou em volume que caracterize intuito comercial, realize operações 
relativas à circulação de mercadorias ou preste serviços de transporte interestadual 
ou intermunicipal ou de comunicação. Bem, como você pode ver aluno, utilizei a 
definição legal do contribuinte para demonstrar que todos descritos como 
contribuintes devem inscrever-se no cadastro. E mais, devem ser inscritos também 
os responsáveis apontados nos artigo 56 a 58 do Regulamento. 
 
Apesar de não contribuinte do ICMS, mas sim do imposto sobre serviços (ISS), o 
depósito fechado, armazém geral, frigorífico e similares, deverão se inscrever no 
Cadastro de contribuintes do ICMS. 
 
A inscrição será individualizada por estabelecimento do contribuinte ou do 
responsável.É vedada a concessão de uma única inscrição a estabelecimentos de 
natureza diversa, ainda que situados no mesmo local e pertencentes ao mesmo 
titular, mesmo que as atividades sejam integradas. Existem grande conglomerados 
empresariais como montadoras ou mineradoras que reúnem atividades diferentes 
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em um mesmo terreno (extração, industrialização e comercialização). O fisco exige 
inscrição estadual diferente para cada tipo de atividade. 
 
Contribuintes que realizam operações ou prestações de serviços com imunidade, 
não incidência ou isenção não estão desobrigados a se inscreverem no CACEPE. 
A Secretaria da Fazenda, mediante portaria, poderá prever casos de dispensa de 
inscrição no CACEPE. 
 
O início das atividades será precedido do deferimento do pedido de inscrição no 
CACEPE. E o sujeito passivo, quando inscrito no CACEPE, somente procederá à 
mudança de endereço quando previamente autorizado pela repartição fazendária. 
 
A inscrição é intransferível. Em caso de fusão, cisão, incorporação, transformação, 
etc, poderá a Secretaria da Fazenda autorizar, temporariamente, a utilização da 
inscrição de um dos sucedidos até a expedição do documento comprobatório da 
nova inscrição. 
 
Leia as informações dos artigos do RICMS PE: 
 
Art. 64. Serão inscritos no CACEPE: 
 
I - todos os contribuintes e responsáveis definidos nos arts. 56 a 58; 
III - o depósito fechado, armazém - geral, frigorífico e similares; 
IV - o local de exposição de mercadorias, quando distinto do estabelecimento 
expositor, salvo quando a exposição for de curta duração, a critério da 
Secretaria da Fazenda. 
 
§ 1º A inscrição será individualizada por estabelecimento do contribuinte ou 
do responsável. 
 
§ 2º Relativamente à inscrição, será observado o seguinte: 
 
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I - é vedada a concessão de uma única inscrição a estabelecimentos de 
natureza diversa, ainda que situados no mesmo local e pertencentes ao 
mesmo titular, mesmo que as atividades sejam integradas; (Dec. 17.916/94) 
 
II - o Secretário da Fazenda, mediante portaria, por segmento de atividade 
econômica, poderá: 
 
a) permitir a concessão de uma única inscrição na hipótese de dois ou mais 
estabelecimentos serem considerados como único, nos termos do § 10, I, do 
art. 61; 
 
b) exigir inscrições distintas para atividades diferentes relativas à mesma 
natureza e exercidas pela mesma pessoa no mesmo local, nos termos 
previstos no § 10, II, do art. 61. 
 
§ 3º A imunidade, a não-incidência ou a isenção não desobrigam o 
contribuinte e responsável da inscrição no CACEPE. 
 
§ 4º A Secretaria da Fazenda, mediante portaria, poderá prever casos de 
dispensa de inscrição no CACEPE. 
 
§ 5º A pessoa física ou jurídica que se inscrever no CACEPE, embora 
dispensada ou não obrigada, fica sujeita ao cumprimento das respectivas 
obrigações acessórias. 
 
§ 5º A Secretaria da Fazenda poderá dispensar a inscrição no CACEPE de 
estabelecimentos de um mesmo contribuinte situados no Estado, desde que: 
 
I - um dos estabelecimentos seja inscrito e havido como principal; 
 
II - o estabelecimento principal assuma a condição de contribuinte substituto 
relativamente aos demais dispensados de inscrição. 
 
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§ 5º Para fim do disposto nos arts. 63 a 69, a Secretaria da Fazenda 
expedirá, mediante portaria, instruções complementares sobre a 
documentação a ser exigida, em cada caso, e quanto ao preenchimento: 
 
II - a partir de 1º de outubro de 2013, dos formulários eletrônicos específicos 
constantes da ARE Virtual, no endereço www.sefaz.pe.gov.br na Internet. 
 
Art. 65. O início das atividades será precedido do deferimento do pedido de 
inscrição no CACEPE. 
 
..... 
 
Art. 66. O sujeito passivo, quando inscrito no CACEPE, somente procederá à 
mudança de endereço quando previamente autorizado pela repartição 
fazendária. 
 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de 
despejo, desabamento, incêndio ou outras circunstâncias imprevisíveis, 
desde que devidamente comprovadas, e que o respectivo pedido de 
alteração seja protocolado na repartição fazendária no prazo de 05 (cinco) 
dias, contados da data da ocorrência. 
 
...... 
 
Art. 68. Cada estabelecimento inscrito no CACEPE receberá um número de 
inscrição que constará obrigatoriamente: 
 
I - dos papéis apresentados às repartições estaduais; 
 
II - dos atos e contratos firmados no País; 
 
III - dos documentos, livros e demais efeitos fiscais. 
 
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Art. 69. A inscrição é intransferível. 
 
Parágrafo único. Na hipótese de fusão, cisão, incorporação, transformação, 
transmissão do acervo de estabelecimento ou demais modalidades de 
sucessão, poderá a Secretaria da Fazenda autorizar, temporariamente, a 
utilização da inscrição de um dos sucedidos até a expedição do documento 
comprobatório da nova inscrição. 
 
 
2) Baixa da Inscrição no CACEPE 
 
A baixa da inscrição estadual significa que o deixou o contribuinte definitivamente de 
possuir inscrição válida no Estado. Apesar de que a baixa ainda pode ser revertida. 
 
A baixa de inscrição no CACEPE poderá ocorrer: 
 
1) Por ato de ofício da Secretaria da Fazenda: 
 
a) se a respectiva inscrição, há mais de 5 (cinco) anos, sem a devida 
regularização, tiver sido objeto de bloqueio. 
 
b) não tiver sido renovada até 5 anos, contados do prazo previsto para a 
mencionada renovação, nem tiver sido objeto de recadastramento; 
 
c) por nulidade, quando ocorrer uma das seguinteshipóteses: 
 
1. informação de nulidade do registro do sujeito passivo na Junta 
Comercial. 
2. informação de nulidade do CNPJ do sujeito passivo na Secretaria 
da Receita Federal do Brasil. 
3. constatação de fraude ou dolo mediante informações inverídicas, 
relativamente à obtenção da inscrição no CACEPE, após o trânsito em 
julgado do respectivo processo administrativo-tributário. 
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4. emissão de documento fiscal sem que corresponda a uma operação 
ou prestação, tributada ou não, bem como utilização, em proveito 
próprio ou alheio, do mencionado documento, para a produção de 
qualquer efeito fiscal, após o respectivo processo administrativo-
tributário transitado em julgado. 
 
d) quando o sujeito passivo não praticar atividade sujeita a incidência do 
ICMS; 
 
2) Por solicitação do contribuinte ou responsável inscrito, nos demais casos, 
observando-se as normas. 
 
A concessão de baixa não implica em quitação de imposto ou exoneração de 
qualquer responsabilidade de natureza fiscal para com a Fazenda Estadual. Fica 
então a critério da Secretaria da Fazenda a concessão de baixa a contribuinte com 
débito de imposto, devendo ser observadas as normas previstas em portaria do 
titular da referida Secretaria. 
 
Na hipótese de transferência de propriedade do estabelecimento, o pedido de baixa 
de inscrição no CACEPE somente será aceito mediante juntada de termo de 
responsabilidade por débito fiscal do alienante, assinado pelo comprador ou 
cessionário. 
 
Art. 73. A baixa de inscrição no CACEPE poderá ocorrer: 
 
I - de ofício, nas seguintes hipóteses, observado o disposto no § 2º: 
 
a) se a respectiva inscrição, há mais de 5 (cinco) anos, sem a devida 
regularização, tiver sido objeto de: 
 
2. a partir de 1º de outubro de 2013, bloqueio, nos termos do art. 77-A; 
 
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b) não tiver sido renovada até 5 anos, contados do prazo previsto para a 
mencionada renovação, nem tiver sido objeto de recadastramento; 
c) a partir de 1º de outubro de 2013, por nulidade, quando ocorrer uma das 
seguintes hipóteses: 
 
1. informação de nulidade do registro do sujeito passivo na Junta Comercial; 
 
2. informação de nulidade do CNPJ do sujeito passivo na Secretaria da 
Receita Federal do Brasil; 
 
3. constatação de fraude ou dolo mediante informações inverídicas, 
relativamente à obtenção da inscrição no CACEPE, após o trânsito em 
julgado do respectivo processo administrativo-tributário; ou 
 
4. emissão de documento fiscal sem que corresponda a uma operação ou 
prestação, tributada ou não, bem como utilização, em proveito próprio ou 
alheio, do mencionado documento, para a produção de qualquer efeito fiscal, 
após o respectivo processo administrativo-tributário transitado em julgado; ou 
 
d) quando o sujeito passivo não praticar atividade sujeita a incidência do 
ICMS; 
 
II – por solicitação do contribuinte ou responsável inscrito, nos demais casos, 
observando-se as normas específicas e adotando-se, a partir de 1º de julho 
de 2005, os seguintes tipos de baixa: 
 
... 
 
§ 1º A partir de 01 de setembro de 2007, quando o contribuinte do ICMS, cuja 
baixa definitiva de inscrição no CACEPE tenha sido concedida, reativar suas 
atividades, mediante o atendimento das respectivas exigências previstas na 
legislação específica relativa ao mencionado CACEPE, observar-se-á o 
seguinte: 
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I – ao mencionado contribuinte será atribuído o mesmo número seqüencial, 
relativo à sua inscrição no CACEPE anterior à respectiva baixa; 
 
II – o referido contribuinte deverá estar regular em relação à inscrição no 
CNPJ/MF, bem como perante o órgão ou entidade responsável pelo registro 
de empresas; 
 
III – não será permitida a utilização dos documentos fiscais impressos 
anteriormente à concessão da baixa de inscrição no CACEPE. 
 
§ 2º O disposto nas alíneas “a” e “b” do inciso I do caput somente se aplica se 
o contribuinte não possuir débito com a Fazenda Estadual. 
 
§ 3º O disposto no § 1º não se aplica à hipótese da alínea “c” do inciso I do 
caput. 
 
Art. 74. Relativamente à concessão de baixa de inscrição do contribuinte no 
CACEPE, será observado o seguinte e, ainda, o disposto no art. 75: 
II – a partir de 30 de maio de 2007, a critério da Secretaria da Fazenda, 
poderá ser concedida a respectiva baixa, ainda que o contribuinte esteja em 
débito com a Fazenda Estadual, observadas as normas previstas em portaria 
do titular da referida Secretaria. 
 
§ 1º A concessão de baixa não implica em quitação de imposto ou 
exoneração de qualquer responsabilidade de natureza fiscal para com a 
Fazenda Estadual. 
..... 
 
Art. 75. Na hipótese de transferência de propriedade do estabelecimento, o 
pedido de baixa de inscrição no CACEPE somente será aceito mediante 
juntada de termo de responsabilidade por débito fiscal do alienante, assinado 
pelo comprador ou cessionário. 
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Art. 76. A baixa de inscrição no CACEPE em desacordo com as normas 
desta Seção não terá validade nem produzirá efeitos. 
 
2) Bloqueio da Inscrição no CACEPE 
 
O bloqueio de inscrição no CACEPE dar-se-á, de ofício, nas seguintes hipóteses: 
 
1) Não reativação das atividades, sanando as irregularidades que 
ensejaram a suspensão de ofício. A suspensão de ofício é definida em 
Portaria da Secretaria da Fazenda. 
 
2) Quando endereço do contribuinte: 
 
a) For alterado sem a prévia comunicação do interessado à SEFAZ; 
b) Não for aquele de cadastro do contribuinte no CACEPE 
c) Não for localizado por meio postal 
 
3) Quando a inscrição for considerada inapta, nos termos da legislação 
federal específica. 
 
4) Quando o contribuinte promover aquisição, transporte, estocagem, 
distribuição ou revenda de combustível em desconformidade com as 
especificações estabelecidas pelo órgão regulador competente, 
observando-se as determinações legais. 
 
A Secretaria da Fazenda pode, nas hipóteses de bloqueio de inscrição, exigir 
garantias para que o sujeito passivo possa cumprir a obrigação tributária principal 
ou ainda submetê-lo ao sistema especial de controle, fiscalização e pagamento, 
ensejando ao mesmo a manutenção de sua inscrição. 
 
Veja os artigos do Regulamento do ICMS pernambucano: 
 
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Art. 77-A. A partir de 1º de outubro de 2013, o bloqueio de inscrição no 
CACEPE dar-se-á, de ofício, nas seguintes hipóteses: 
 
I - não reativação das atividades, sanando as irregularidades que ensejaram 
a suspensão de ofício, nos termos do art. 77-B; 
 
II - relativamente ao endereço do contribuinte: 
 
a) alteração sem a prévia comunicação do interessado à SEFAZ; 
b) não localização do contribuinte no endereço constante no CACEPE; ou 
c) devolução de correspondência pela Empresa Brasileira de Correios e 
Telégrafos – ECT, por não localização do estabelecimento, comprovada 
mediante visita fiscal; 
 
III - inscrição no CNPJconsiderada inapta, nos termos da legislação federal 
específica; 
 
IV - aquisição, transporte, estocagem, distribuição ou revenda de combustível 
em desconformidade com as especificações estabelecidas pelo órgão 
regulador competente, observando-se o disposto no § 4º; 
 
V - descumprimento, em relação ao contribuinte inscrito como fabricante, 
importador ou distribuidor de combustíveis líquidos ou gasosos, derivados ou 
não de petróleo, inclusive solventes, de nafta ou de outro produto apto a 
produzir ou formular combustível, transportador revendedor retalhista, posto 
revendedor varejista de combustíveis ou empresa comercializadora de 
etanol: 
 
1. das normas de regulamentação das atividades previstas em portaria 
específica dos órgãos e entidades federais competentes ou da Agência 
Nacional de Petróleo - ANP; ou 
 
2. dos requisitos e obrigações previstos em Protocolo ICMS específico; ou 
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VI - outras hipóteses previstas em portaria do Secretário da Fazenda. 
 
§ 1º São nulos os atos praticados pelo sujeito passivo quando bloqueado nos 
termos deste artigo. 
 
§ 2º A nulidade dos atos a que se refere o § 1º, declarada por meio de edital, 
opera-se a partir do momento da ocorrência da irregularidade determinante 
do bloqueio da inscrição. 
 
§ 3º Fica vedada a transferência de crédito, exceto quanto ao ICMS devido 
na operação de saída que tenha o documento de arrecadação pago 
acompanhando o respectivo documento fiscal. 
 
§ 4º Em relação ao bloqueio previsto no inciso IV do caput, a ocorrência das 
situações ali indicadas: 
 
I - deve ser comprovada por laudo elaborado pela ANP ou por entidade por 
ela credenciada ou com ela conveniada; e 
 
II - impossibilita, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados a partir da data do 
bloqueio da inscrição: 
 
a) a regularização da inscrição bloqueada; e 
 
b) o deferimento de inscrição no CACEPE: 
 
1. de empresa que exerça qualquer das atividades reguladas pela ANP cujo 
quadro societário seja composto por sócio, administrador ou representante 
legal que tenha participado de empresa cuja inscrição tenha sido bloqueada; 
e 
 
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2. de empresa adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento que 
continuem a exploração da atividade exercida pelo contribuinte cuja inscrição 
tenha sido bloqueada. 
 
Art. 77-B. A suspensão de inscrição no CACEPE dar-se-á de ofício ou por 
solicitação do contribuinte ou responsável inscrito no referido Cadastro, nos 
termos de portaria da Secretaria da Fazenda. 
 
4) ESTABELECIMENTO 
 
É o momento de comentarmos sobre outro aspecto importante do mundo do ICMS: 
o estabelecimento do contribuinte. Estabelecimento é o local que o contribuinte 
exerce a sua atividade e é importante para a fiscalização, pois dele deriva a 
identificação do local da prestação do serviço ou comercialização do produto, do 
responsável e contribuinte tributário, do estado sujeito ativo do tributo, etc. 
 
A) Definição legal de estabelecimento 
 
Estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de 
terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter 
temporário ou permanente, bem como onde se encontrem armazenadas 
mercadorias. 
 
Mas também se não é possível determinar fisicamente o estabelecimento do 
contribuinte, não há problema para a fiscalização exigir o cumprimento das 
obrigações relacionadas a este; passa a ser considerado estabelecimento o local 
em que tenha sido efetuada a operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou 
constatada a prestação; 
 
Dê uma olhada nas definições trazidas pelos artigos 60 e 61 do RICMS PE: 
 
 
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Art. 60. Considera-se estabelecimento o local, privado ou público, edificado 
ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam 
suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se 
encontrem armazenadas mercadorias. 
 
Art. 61. O estabelecimento, quanto à natureza, pode ser: 
 
I - produtor; 
 
II - comercial; 
 
III - industrial; 
 
IV - prestador de serviço de transporte e de comunicação. 
 
§ 1º Quando o estabelecimento estiver situado no território de mais de um 
Município deste Estado, considera-se o contribuinte domiciliado, para os 
efeitos fiscais, no Município em que se encontrar localizada a sede da 
propriedade, desde que em um dos Municípios envolvidos. 
 
§ 2º Caso a sede se situe em Município diverso daquele da base territorial do 
estabelecimento, considera-se o contribuinte domiciliado no Município que 
possua a maior base territorial do estabelecimento. 
 
§ 3º Na impossibilidade de determinação do domicílio do contribuinte, 
nos termos do parágrafo anterior, considerar-se-á como tal, para os 
efeitos deste Decreto, o local onde houver sido efetuada a operação ou 
prestação, encontrada a mercadoria ou constatada a prestação. 
 
§ 4º Caso ainda não seja possível determinar o domicílio tributário, este será 
imputado pela legislação tributária do Estado. 
 
B) Responsabilidade de estabelecimentos da mesma empresa 
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Outra importante informação sobre o estabelecimento você candidato precisa reter 
para a prova e está contida no artigo 61, §5º do RICMS-PE: a responsabilidade 
tributária dos estabelecimentos da mesma empresa. 
 
§ 5º Todos os estabelecimentos do mesmo titular, situados dentro do Estado, 
são considerados em conjunto, para o efeito de responder por débitos do 
imposto, acréscimos de qualquer natureza e multas. 
 
O titular da empresa é responsável tributário pelas obrigações do seu respectivo 
estabelecimento. Cada estabelecimento pertencente ao mesmo grupo é autônomo 
em suas obrigações tributárias (principal e acessória), contudo cada um deles é 
responsável solidário pelas obrigações principais dos demais estabelecimento do 
mesmo grupo. Não se esqueça, o Estado quer receber o imposto devido, para isso 
faz regras que aumentam sua capacidade de coleta.A Receita Estadualpode exigiro 
imposto de um estabelecimento específico de uma rede de empresas, ou se 
necessitar de maiores garantias, exigir de todos os estabelecimentos da rede, 
solidariamente. É o que está por trás dos §5ºdo art. 61do RICMS PE. 
Portanto, se você imagina uma pessoa jurídica dona de diversas lojas de 
equipamentos eletrônicos espalhados por Pernambuco. Cada loja é um 
estabelecimento autônomo e deve cumprir com suas obrigações principais e 
acessórias. Contudo serão requisitadas a cobrir eventuais débitos de imposto que a 
loja do bairro de Petrópolis, por exemplo, não recolher ao fisco. 
 
C) Estabelecimentos Autônomos 
 
Como já foi comentado, a legislação tem a necessidade de definir o 
estabelecimento, pois desta forma institui o lugar onde o fato gerador é realizado e 
pode facilmente atribuir responsabilidades, realizar fiscalizações e até verificar a 
sujeição ativa do tributo (a que Estado cabe o recolhimento do tributo). Muitas vezes 
os estabelecimentos variam muito de formato. Os artigos61, §5º e 57 do 
regulamento trazem outros estabelecimentos tidos como autônomos porque 
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acabam por si só sendo o centro da atividade de circulação de mercadorias e não 
podem ser confundidos com outros relacionados. 
 
Exemplos destas empresas temos o comerciante ambulante que faz de seu veículo 
o seu estabelecimento de vendas, e que comercializa mercadorias próprias ou de 
terceiros. Também são considerados contribuinte autônomos, e inclusive é exigido 
inscrição estadual diferente para cada atividade, as empresas com atividade 
integradas, caso de montadoras de veículos, mineradoras, etc. Neste caso as 
empresas pertençam ao mesmo titular, se situem no mesmo local e desenvolvam 
atividades integradas de indústria, comércio, produção ou prestação de serviço de 
transporte e de comunicação. 
 
A lei nº 11.408/1996 que introduz no Estado de Pernambuco a Lei Kandir (LC 87/96) 
traz também a regra de que veículos de pesca também são considerados 
contribuintes autônomos, pela mesma ideia dos vendedores ambulantes (artigo 4º, 
§1º III). 
 
Veja os comandos do RICMS PE: 
 
Art. 57. Considera-se contribuinte autônomo cada estabelecimento, 
permanente ou temporário, comercial, industrial, produtor ou prestador de 
serviço de transporte e de comunicação, ainda que pertencentes ao mesmo 
titular. 
 
Parágrafo único. Equipara-se a estabelecimento autônomo o veículo utilizado 
no comércio ambulante. 
 
Art. 61 
§ 5º Os estabelecimentos serão considerados autônomos: 
 
I - quanto à natureza, ainda que pertençam ao mesmo titular, se situem no 
mesmo local e desenvolvam atividades integradas de indústria, comércio, 
produção ou prestação de serviço de transporte e de comunicação; 
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II - quanto ao local, ainda que sejam da mesma natureza, quando a 
localização for diversa. 
 
Não esqueça que cada estabelecimento de uma mesma empresa também é 
considerado autônomo, separado, em relação aos demais para o cumprimento de 
obrigações acessórias, sobretudo. 
 
Exemplos: 
 
1- Senhor Totônio, através de sua Kombi 77, vende no centro de Caruaru(PE) peças 
de cerâmica compradas no interior de São Paulo – o estabelecimento é o veículo de 
Senhor Totônio. 
 
2- Empresa manufatureira de móveis de Pernambuco conta com uma estrutura 
integrada de extração de madeira de área florestal, com indústria, armazenamento e 
transporte dos móveis produzidos. Cada atividade é tratada como estabelecimento 
autônomo. 
 
3- O barco de Pedro Américo que pesca no litoral pernambucano é estabelecimento 
pelas normas do ICMS. 
 
5- SUJEIÇÃO ATIVA E LOCAL DA OPERAÇÃO E 
PRESTAÇÃO 
 
Iniciaremos agora o estudo de mais um elemento do fato gerador do ICMS: a 
sujeição ativa. Para estudar a sujeição ativa do ICMS, deve-se entender o local de 
operação e prestação do imposto. São assuntos interligados porque a lei 
complementar define o local da operação e prestação do imposto (o local de 
ocorrência do fato gerador) para identificar a Unidade Federada competente para 
recolher o imposto e dirimir conflitos entre estes entes. 
 
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No Regulamento do ICMS pernambucano, estas determinações são refletidas nos 
artigo 5º (operações com mercadorias e bens) e 5º (prestação de serviços), ambos 
do Livro I. 
 
A- Operações com mercadorias e bens 
 
a) Local da operação é o estabelecimento onde se encontre a mercadoria 
 
A regra geral nas operações com mercadoria é o local do estabelecimento onde 
ocorreu o fato gerador. Como discutimos que a regra geral do fato gerador de 
operação com mercadoria é a de saída da mercadoria, então, a grosso modo, o 
local onde está o estabelecimento que vendeu, doou, transferiu, forneceu a 
mercadoria, determina o sujeito ativo do imposto. 
 
Veja o artigo 5º, I “a” do regulamento do ICMS pernambucano: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
I - tratando-se de mercadoria ou bem: 
a) o do estabelecimento onde se encontre no momento da ocorrência do fato 
gerador; 
 
Exemplos: 
 
1- Indústria de produtos de higiene e limpeza de Caruaru(PE) vende o produto para 
limpeza de pias e azulejos “SOPÓ” para atacadista mineiro revender em Belo 
Horizonte (MG) – ICMS recolhido para PE na saída da indústria. 
 
2- Atacadista mineiro ao invés de revender para varejistas de Belo Horizonte, 
transfere para uma filial de Recife(PE) – ICMS recolhido para MG. 
 
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3- Empresa de serviços de tecnologia de Pernambuco presta um serviço não listado 
na lista de serviços do ISS, para empresa em Minas Gerais, com fornecimento de 
mercadoria – ICMS recolhido para o local onde está inscrita a empresa 
prestadora de serviços, neste caso para PE. 
 
4- Restaurante de Dona Margarida, localizado no centro de Bom Conselho, serve o 
melhor almoço da região, regado a muito vinho, principalmente para turistas que 
vem do Paraná e de Brasília – ICMS da refeição (alimentos + bebidas) para PE. 
 
Entenda: 
Veja aluno como faz sentido que uma regra superior às leis e regulamentos dos 
Estados legisle sobre o local de operação e prestação de serviços. Pois se 
coubesse a cada Estado separadamente legislar sobre a sujeição ativa em seu 
ordenamento, certamente, o Estado de Pernambuco iria exigir o recolhimento do 
ICMS: se o estabelecimento remetente estiver no Estado de Pernambuco ou se o 
estabelecimento destinatário estiver no Estado de Pernambuco ou até se nenhum 
dos dois estiverem no Estado mas se o transportador for inscrito no Estado de 
Pernambuco; ou seja, iria querer a receita tributária de qualquer forma. E 
aumentaria ainda mais a chamada guerra fiscal. A guerra fiscal nada mais é do que 
os Estados legislando a bel prazer sobre assuntos fora de sua competência, 
gerando sérias distorções. 
 
A regra geral tornou fácil o entendimento do local da operação e sujeição ativa. 
Verifica-se onde ocorreu o fato gerador. Mas já vimos que muitas vezes ocorre o 
fato gerador nem sempre no momento exato da saída da mercadoria. Vimos isto 
quando estudamos o momento de ocorrência do fato gerador na aula passada. Há 
exceções, e essas exceções geram exceções no campo da determinação do local 
de operação e sujeição ativa do ICMS. 
 
b) Local da operação é o estabelecimento que deu entrada de mercadoria 
importada 
 
Na importação não é a saída mercadoria, mas sua entrada no país que determina o 
momento de incidência do ICMS. A mercadoria foi desembaraçada, e, 
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portantoocorreu seu fato gerador. No entanto, a regra constitucional determina que 
não é o Estado onde a mercadoria foi desembaraçada (no porto ou aeroporto, por 
exemplo) que recolhe o ICMS mas sim o Estado do local onde entrou a mercadoria, 
onde ela teve destino, o real importador. 
 
Não se esqueça de que a importação é exceção à regra de contribuinte do ICMS. 
Mesmo que pessoa física que importe bem ou mercadoria uma única vez, portanto 
sem habitualidade e muito menos volume comercial, ainda assim é considerada 
contribuintedo ICMS e deve recolher o imposto. Também para a pessoa física o 
imposto é devido para o local que se deu a entrada do bem importado; neste caso 
sua residência, pois não há estabelecimento. 
 
Exemplos: 
 
1- Bicicleta é importada pela empresa “Peidala”, localizada emPernambuco, pelo 
porto de Santos (SP) e enviada direto a garoto morador de Macapá para utilizar nas 
corridas locais – ICMS importação recolhido ao Amapá. 
 
2- Contender de cimento é importado da China por comerciante pernambucano que 
vende em sua loja todo o material para indústria Maranhense – ICMS da 
importação para PE. 
 
Veja que o artigo 5º, I “e” do regulamento do ICMS pernambucanotrata da 
determinação do local da operação para importação feita por pessoa que tem 
estabelecimento (normalmente pessoa jurídica) e também feita por pessoa física: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
I - o do estabelecimento: 
 
e) no caso de mercadoria ou bem importado do exterior: 
 
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2.1. o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física; 
 
2.2. o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido; 
 
c) Local da operação é o local onde foi realizada a licitação de mercadoria ou 
bem importado apreendido ou abandonado ou leilão de mercadoria em hasta 
pública. 
 
Já discutimos que quando há perdimento ou abandono do bem importado, este é 
levado a leilão judicial. O fato gerador é o arremate deste bem. E o local da 
operação é aquele onde o bem foi arrematado e não onde foi importado e nem onde 
dará entrada. Neste caso indefere se o arrematante tem estabelecimento ou não 
porque o que importa é o estabelecimento onde foi realizado o leilão. 
 
Também no caso de mercadoria arrematada em hasta pública, em sistema de leilão, 
o local onde foi arrematado a mercadoria é o local onde será recolhido p ICMS. 
 
Exemplo: 
 
1- Dezenove caixas de sapatos foram importadas, mas abandonadas na alfândega 
da fronteira do Mato Grosso e enviadas até Manaus para licitação pública. Devido à 
greve em Manaus (AM), as mercadorias foram enviadas para licitação judicial em 
Recife(PE), onde foram arrematadas por 2 diferentes contribuintes: uma empresa de 
Rio Branco (AC) e uma pessoa física de Londrina (PR) – ICMS total recolhido para 
PE. 
 
Veja o artigo 5º, I “g” do regulamento do ICMS pernambucano: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
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I - o do estabelecimento: 
 
g) aquele em que ocorrer arrematação, aquisição ou adjudicação, nas 
hipóteses do art. 3º, X e XI; 
 
d) Local da operação é o do estabelecimento que adquire, em operação 
interestadual, petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados e energia elétrica não destinados à comercialização e 
industrialização 
 
Já exaustivamente discutimos que a remessa interestadual de petróleo e seus 
derivados e energia elétrica com destino a nova comercialização ou industrialização 
não tem incidência de ICMS. E que se não for destinada a comercialização e 
industrialização aí neste momento ocorre o fato gerador (mais precisamente na 
entrada do Estado) e é devido imediatamente imposto para o Estado de destino. O 
imposto total. Pois bem, neste caso temos então que o local de operação é o 
estabelecimento destinatário e o sujeito ativo o Estado de inscrição do destinatário. 
 
Exemplos: 
 
1- Empresa geradora do interior de Pernambuco envia energia elétrica para 
indústria paulista para industrialização – operação imune ao ICMS 
 
2- Refinaria paulista envia lubrificante derivado de petróleo para uso e consumo de 
transportadorapernambucana – ICMS total para o PE 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
I - o do estabelecimento: 
 
o) o da Unidade da Federação onde estiver localizado o adquirente, inclusive 
consumidor final, nas operações interestaduais com energia elétrica e 
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petróleo, bem como lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele 
derivados, quando não destinados à industrialização ou à comercialização; 
 
e) Local de operação é o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o 
título que a represente, na hipótese de mercadoria por ele adquirida no País e 
que por ele não tenha transitado; 
 
Tratamos neste item das operações internas para depósito fechado ou armazém 
geral e também das operações por conta e ordem de terceiros. 
 
e.1) Saída de depósito fechado ou armazém geral 
 
Estudamos que a saída de mercadoria para armazém geral em depósito do 
remetente ou depósito fechado, desde que no Estado de PE, não tem ICMS. 
Ocorrerá o fato gerador na saída destes depósitos para um terceiro 
estabelecimento, ou até na simples transmissão da titularidade. A regra de local de 
operação determina que o sujeito ativo é o estabelecimento do remetente ou o 
estabelecimentoque efetuou a transferência da titularidade. Trata-se de uma regra 
óbvia, pois toda a operação deu-se no mesmo Estado. Caso ocorra um envio para 
depósito neste Estado de contribuinte de outro Estado, aí é diferente, a remessa é 
tributada e a regra do domicílio do remente não vale. Passa a valer a regra de que o 
local do depósito fechado ou armazém geral é o que determina a sujeição ativa. 
 
e.2) Operação por conta e ordem 
 
Estudamos também a operação ficta da entrega da mercadoria do industrial B para 
a empresa C, por conta e ordem da empresa A. 
 
 
1
A FG B
(comprador) (vendedor)
FG 3 
2 C 
(consumidor)
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O comando do RICMS PE exige que a operação de saída da mercadoria ainda que 
de B para C, tenha como local de operação considerado o estabelecimento A (pois 
este é o legítimo transferidor da propriedade da mercadoria). O ICMS deve ser 
recolhido ao Estado do estabelecimento A. 
 
Exemplo: 
 
1- Empresa do setor de siderurgia pernambucana adquire brinquedos da indústria 
pernambucana ESTRALO e manda enviá-los diretamente à instituição de crianças 
carentes “Nosso Amor é Maior” em São Paulo – ICMS da aquisição dos 
brinquedos para PE e mais um ICMS da remessa dos brinquedos para a 
instituição de caridade também para PE. 
 
Veja a ordem no artigo 5º, I “b” do RICMS PE: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
I - o do estabelecimento: 
 
b) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a 
represente, de mercadoria por ele adquirida e que por ele não tenha 
transitado, observando-se, quanto a esta regra: 
 
1. não se aplica às mercadorias recebidas em regime de depósito de 
contribuinte localizado em outra Unidade da Federação que não a do 
depositário; 
 
2. a partir de 01 de novembro de 1996, somente se aplica quando a 
mercadoria for adquirida no País; 
 
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c) o do estabelecimento remetente-depositante, na hipótese de a mercadoria 
sair diretamente do depósito fechado ou armazém-geral, quando estes e o 
depositante estiverem situados neste Estado, salvo se para retornar ao 
estabelecimento remetente; 
 
f) Local onde foi encontrada a mercadoria ou o bem em situação irregular 
 
Uma mercadoria em situação irregular em um estabelecimento, como por exemplo, 
sem documentação idônea, fica difícil afirmar que foi recolhido o ICMS de sua 
operação e muito menos confiar nas informações descritas no documento. Então 
cobra-se o ICMS do estabelecimento onde a mercadoria foi encontrada em situação 
irregulare recolhe-se ao Estado de inscrição deste estabelecimento. 
 
O mesmo vale para o prestador de serviços como veremos a seguir. 
 
Exemplo: 
 
1- Fiscal José das Rosas em auditoria no restaurante chinês “Xinga Mae’ em 
Petrolina(PE)verifica estoque de produtos alimentícios sem nota fiscal de entrada – 
ICMS recolhido para o PE. 
 
Neste momento verifique o artigo 5º, I “f” do RICMS PE: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
I - o do estabelecimento: 
 
f) aquele onde se encontrar a mercadoria, quando em situação irregular, por 
estar desacompanhada de Nota Fiscal ou com documentação inidônea, ou 
ainda quando, pertencendo a contribuinte de outra Unidade da Federação, 
nesta ingressar sem destinatário certo; 
 
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g) Local da operação é do estabelecimento de onde o ouro tenha sido extraído 
quando não utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial 
 
Situação muito específica. O ouro quando extraído é necessariamente encaminhado 
ao Banco do Brasil ou instituição por este determinada (artigo 1º, §1º da Lei Federal 
nº 7.766, de 11.05.89), e será utilizado como ativo financeiro ou instrumento 
cambial. Situação de imunidade do ICMS. Mas se não for encaminhado ao Banco 
do Brasil, mas vendido para um ourives, ou por qualquer outro motivo perder sua 
condição de imunidade, nesta operação primária, o local da operação é considerado 
o do estabelecimento da extração do ouro. E deste momento em diante, quando 
ouro já negociado como uma joia ou outra mercadoria, então segue e regra principal 
o local do estabelecimento que deu a saída. 
 
Exemplos: 
 
1- Banco do Brasil possui ouro retirado de garimpo de Minas Gerais e utilizado 
originariamente como ativo financeiro. Contudo, após um tempo, o Banco do Brasil 
resolve vender o ouro, como matéria prima, para indústria de próteses 
odontológicas em Recife(PE). Já na venda, ouro perde sua condição de ativo 
financeiro. – ICMS recolhido para Minas Gerais na venda do ouro para 
indústria. 
 
2- Ourives de Bodoco(PE) vende para indústria de joias de Paraíba ouro em barra – 
ICMS para PE. 
 
Leia o artigo 5º, I “i” do RICMS PE: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
I - o do estabelecimento: 
 
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i) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, em relação à operação em 
que deixar de ser considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial; 
 
h) Local da operação é o de desembarque do produto na hipótese de captura 
de peixes, crustáceos e moluscos. 
 
Mais uma situação específica. E para pescadores. Só no concurso mesmo acaba 
sendo lembrada esta regra. Mas faz bastante sentido e é útil. Onde o pescador 
desembarcar com sua pesca, lá é o local da operação. O estabelecimento é o 
próprio barco, segundo o RICMS PE, um estabelecimento autônomo, e o imposto 
recolhido para o Estado do desembarque. 
 
Veja o artigo 5º, I, “j” do RICMS PE: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
I - o do estabelecimento: 
 
j) o de desembarque, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e 
moluscos; 
 
i) Local da operação é o do estabelecimento destinatário da mercadoria na 
condição de diferencial de alíquotas. 
 
Quando estabelecimento contribuinte do ICMS adquire, de outro Estado, bem 
destinada a uso e consumo ou ativo imobilizado, ocorre o fato gerador do ICMS 
diferencial de alíquotas na entrada do estabelecimento adquirente e o recolhimento 
do imposto para o Estado onde se encontra o estabelecimento. 
 
Veja o artigo 5º, I, “n” do RICMS PE: 
 
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Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
I - o do estabelecimento: 
 
n) o do estabelecimento destinatário da mercadoria adquirida em outra 
Unidade da Federação, destinada a integrar o respectivo ativo permanente ou 
ao seu próprio uso ou consumo, para efeito do pagamento do diferencial de 
alíquota, nos termos do art. 3º, XII 
 
B-Prestação de Serviços 
 
A regra geral da definição do estabelecimento responsável pelo recolhimento do 
ICMS e do Estado que receberá o tributo na prestação de serviços pode variar de 
acordo com o serviço. 
 
Veremos os casos 
 
1º - Serviço de transporte 
 
A regra geral da definição do estabelecimento responsável pelo recolhimento do 
ICMS e do Estado que receberá o tributo na prestação de serviços de transportes é 
o local de início da prestação. 
 
Vejas algumas definições importantes dos serviços de transporte: 
 
a) remetente é a pessoa que promove a saída inicial da carga; 
 
b) destinatário é a pessoa a quem a carga é destinada; 
 
c) tomador do serviço é a pessoa que contratualmente é a responsável pelo 
pagamento do serviço de transporte, podendo ser o remetente, o destinatário 
ou um terceiro interveniente; 
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d) emitente é o prestador de serviço de transporte que emite o documento 
fiscal relativo à prestação do serviço de transporte; 
 
e) redespacho é o contrato entre transportadores em que um prestador de 
serviço de transporte (redespachante) contrata outro prestador de serviço de 
transporte (redespachado) para efetuar a prestação de serviço de parte do 
trajeto; 
 
f) subcontratação de serviço de transporte é aquela firmada na origem da 
prestação do serviço, por opção do prestador de serviço de transporte em 
não realizar o serviço por meio próprio; 
 
 
a) Local de prestação é o do início da prestação de serviço de transporte. 
 
Esta é a regra geral. O Estado de onde se iniciou o serviço de transporte recolhe o 
ICMS. Não é a mesma coisa dizer que o local do estabelecimento remetente é o 
local de início da prestação porque muitas vezes o serviço de transporte é quebrado 
e se reinicia diversas vezes. 
 
Exemplos: 
1- Indústria de Borracha mineira contrata transportadora mineira para trazer uma 
máquina de indústria localizada em Recife(PE) – ICMS do serviço de transporte 
recolhido para Pernambuco 
 
2- Indústria de veículos de Pernambuco contrata transportadorapernambucana 
paralevar17 veículos para concessionária baiana – ICMS do serviço de transporte 
recolhido para Pernambuco. 
 
3- Produtor de suínos de Igarassu(PE)contrato prestador de serviço de transporte 
autônomo para entregar semoventes à fábrica de linguiças de Belém de Maria(PE) - 
ICMS do serviço de transporte recolhido para Pernambuco. 
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4- A Nestlé de Araras (SP) contrata transportador paulista para levar chocolates do 
estoque da atacadista de Inhotim (MG) para varejista de Pernambuco – ICMS para 
Minas Gerais 
 
5- Na venda de produto suíno de Belo Jardim(PE) para abatedouro de Vitória (ES) 
houve a quebra do caminhão do transportador pernambucano contratado, logo na 
entrada do Estado do Rio de Janeiro. Em contrato de redespacho, transportador 
fluminense finalizou o transporte. – ICMS do transporte recolhido para o 
Pernambuco e depois ICMS do transporte recolhido para o Rio de Janeiro – 
são duas operações. 
 
Obs: No redespacho, há contrato de novo transportador, novo serviço de transporte 
e novo recolhimento de ICMS. 
 
6- Em uma terceira venda de produto suíno de Igarassu (PE) para abatedouro em 
Vitória (ES), a transportadora pernambucana resolveu no tomar o risco e 
subcontratou a transportadora do Rio de Janeiro para fazer a prestação de serviço 
inteira, desde a cidade remetente. – ICMS recolhido para o Pernambuco e não há 
nova operação. 
 
Obs: Na subcontratação, contrato de novo transportador, não há um novo serviço de 
transporte e novo recolhimento de ICMS. 
 
Veja, por fim, o artigo 5º, II, “c” do RICMS PE: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
II - tratando-se de prestação de serviço de transporte ocorrida no território 
nacional: 
 
c) onde tenha início a prestação, nos demais casos 
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b) Local da prestação é onde tenha início cada trecho de viagem no bilhete de 
passagem, exceto em caso de conexão e escala no transporte aéreo. 
 
Situação específica, pois trata do serviço de transporte de pessoas - terrestre, 
aéreo, etc, mas que se alimenta da regra geral. Serviços de transporte de pessoas 
podem ter diversas fases. Cada uma é tributada ao Estado de início, exceto em 
caso de transbordo, conexão ou escala, quando não é necessário novo 
recolhimento de ICMS. 
 
Veja o artigo 5º, §§ 4º, 5º e 6º do RICMS PE: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
§ 4º No caso de transporte de passageiros, cuja venda de bilhete de 
passagem ocorra em outra Unidade da Federação, o imposto será devido ao 
Estado ou Distrito Federal onde se iniciar a prestação. 
 
§ 5º Considera-se local de início da prestação de serviço de transporte de 
passageiros aquele onde se iniciar trecho da viagem indicado no bilhete de 
passagem. 
 
§ 6º Não se aplica o disposto no parágrafo anterior às escalas e conexões no 
transporte aéreo. 
 
c) Local de prestação é onde se encontre o transportador quando em situação 
irregular 
 
Mesma regra da mercadoria. Encontrou-se um transportador em estrada de 
Pernambuco, sem o conhecimento de transporte (que é a nota fiscal de transporte), 
tem-se o momento do fato gerador e recolhe-se o ICMS do serviço de transporte 
para o Pernambuco. 
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Veja o artigo 5º, I “b” do RICMS PE: 
 
Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
II - tratando-se de prestação de serviço de transporte ocorrida no território 
nacional: 
 
b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular, pela falta 
de documentação fiscal ou quando com documentação inidônea, nos termos 
da legislação tributária; 
 
d) Local da prestação é o do estabelecimento destinatário do serviço, na 
hipótese da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha 
iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou 
prestação subsequente – DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS 
 
Já tratamos do diferencial de alíquotas. O Estado do destino quer para si a diferença 
entre a alíquota interna e alíquota interestadual quando estabelecimento contribuinte 
localizado neste Estado compre ativo imobilizado/permanente e material de uso e 
consumo em operação interestadual utilizando frete interestadual. 
 
Exemplo: 
 
1- Indústria de cerâmica pernambucana adquire instrumentos especiais para o 
trabalho (material de uso e consumo) diretamente de indústria paulista por uma 
alíquota interestadual de 7%. A alíquota interna é de 12%. – Recolhe-se ao Estado 
do PE a diferença de 5%. 
 
Veja o comando no RICMS PE: 
 
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Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
II - tratando-se de prestação de serviço de transporte ocorrida no território 
nacional: 
 
a) o do estabelecimento destinatário do serviço, cuja prestação se tenha 
iniciado em outra Unidade da Federação e não esteja vinculada a operação 
ou prestação subsequente, para efeito do pagamento do diferencial de 
alíquota, nos termos do art. 3º, XIII, “a” ou “b”, conforme a hipótese; 
 
2º-prestação de serviços onerosos de comunicação 
 
A regra geral para a prestação de serviços de comunicação é quebrada. Pode ser o 
local onde foi cobrado o serviço ou o local onde o serviço foi prestado. Mas há 
também exceções bem peculiares e bem importantes. 
 
a) Local da prestação é o local do estabelecimento onde seja prestado o 
serviço. 
 
O estabelecimentoda permissionária ou concessionária que prestou os serviços de 
comunicação define o Estado que recolhe o ICMS. 
 
Exemplo: 
 
1- Emissora de televisão paulista utiliza onerosamente a antena e os equipamentos 
de emissora de televisão pernambucana, pararetransmissão de sinais de som e 
imagem, vindos de São Paulo, no Estado de Pernambuco – ICMS do serviço de 
retransmissão recolhido ao PE. 
 
Veja o artigo 5º, II, “a”: 
 
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Art. 5º O local da operação ou prestação, para os efeitos da cobrança do 
imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 
III - tratando-se de prestação de serviço de comunicação, por qualquer meio, 
....., apenas quando onerosa, ......: 
 
a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, 
assim entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, 
repetição, ampliação e recepção; 
 
b) Local da prestação é o local do estabelecimento onde seja cobrado o 
serviço. 
 
Agora a outra parte da regra geral. O ICMS cobrado nos serviços de comunicação 
cabe ao estado onde é cobrado o serviço. Mas há uma exceção importante trazido 
pelo parágrafo único do artigo 5º do RIMS. E estudaremos agora esta diferença: 
 
1º - Serviços de comunicação medidos. Exemplo: telefonia fixa, telefonia

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