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FAMÍLIA PAROMIXO CORONAVIRIDAE

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Júlia Duarte – Microbiologia Veterinária 
Família Coronaviridae 
- Ordem: Nidovirales (Nido, quer dizer aninhado- uma coisa dentro da outra. Dentro 
são os RNAms subgenomicos) 
- Subfamílias: Coronaviridae e Torovirinae 
- Diversas espécies que compões essa família possuem: genótipos, sorotipos e 
biótipos diferentes. Grande variabilidade. Família RNA, ou seja, muta mais. 
- Possuem um complexo mecanismo de replicação viral, que inclui a produção de 
mRNAs subgenômicos. 
- Gêneros: Alphacoronavírus, Betacoronavírus, Gammacoronavírus.
 - O nome corona vem da própria visualização em microscopia. Ele tem aspecto de 
coroa – espículas.
- Vírus envelopado. Sensível ao meio ambiente, calor, solventes lipídicos, amônia, 
iodo, formol, mas é estável a pH ácido, pois tem que passar pelo estomago para 
chegar até o intestino. 
- Tem característica de RNA fita simples +. Possui os maiores genomas RNAs. 
- Está envolvido principalmente em doenças respiratórias e digestivas em animais e 
humanos. 
- frequência de mutação: falta de correção. 
Estrutura genômica
- Suas projeções externas, que dão a aparência
de corna, são formadas pela glicoproteína S que tem como função fazer a ligação do 
vírion ao receptor celular, induzir a fusão do envelope e apresentar importante sítios 
antigênicos que induzem a produção de anticorpos neutralizantes e 
consequentemente induzir a resposta imune.
M: proteína de 
membrana
E,S: glicoproteína do 
envelope
N:nucleoproteína
- no primeiro passo da replicação ele faz um transcrito do genoma dele. Poliproteína. 
- No envelope temos a presença de proteínas:
Proteína M: faz a conexão no núcleocapsídeo, atua na morfogênese e brotamento dos 
vírions e forma o revestimento do núcleo. Importante na montagem e vírus – 
hospedeiro.é bem abundante
Proteína E: proteína integral de membrana. Ela é importante na montagem e pode 
induzir a apoptose celular.
Proteína N: altamente conservada (dentre todos os cornavírus, ela está em comum. 
Não sofre mutação). É uma fosfoproteína. Está envolvida nos eventos de transcrição e 
replicação. 
Proteína HE: NÃO tem em todos os coronavírus. É uma proteína que faz a clivagem do 
ácido siálico. Provoca hemaglutinação, além de contribuir nos porcessos de 
penetração e liberação do vírion. 
Proteína S: importante na disseminação célula para célula. Faz tropismo tecidual. 
Patogenese viral. Penteração do vírus na célula. Potente hemaglutinina.
- As proteínas virais não-estruturais são codificadas na região mais próxima da 
extremidade 5’do genoma, enquanto as proteínas estruturais são codificadas próximo 
a extremidade 3’. 
- Em todos os coronavírus, a seguência de genes no genoma é: 5’ poliadenilada (Pol) 
S-E-M-N 3’. 
- Nos dois terços iniciais do genoma temos a região L (líder). A região líder é 
importante porque em todos os RNAs subgen6omicos tem uma porção igual a essa. 
- TRS – canal de comunicação 
- S- E – M-N - proteínas estruturais
Replicação:
L: líder
Pol: gene da replicase
S e E:gene da glicoprteína
M: gene da proteína de 
membrana
N: gene da protreína do 
- Primeiro ocorre a ligação dos vírions com a glicoproteínas S. A penetração dos vírions
na célula na célula hospedeira pode ocorrer por duas vias: por endocitose e por fusão 
(nesse caso, na presença de pH ácido). O desnudamento do genoma ocorre logo após 
a penetração. 
- Assim que o genoma é liberado no citoplasma, o RNA traduz poliproteína , que é 
clivada e faz as enzimas polimerases que vão inserir uma fita completar. Essa fita 
complementar é negativa, que irá produzir mRNAs subgenômicos. A tradução dos 
mRNAs subgenômicos ocorre nos ribossomos ,assim como as proteínas estruturais. 
- A morfogênese dos vírions inicia-se com a associação da proteína N com o genoma 
viral e a formação do nucleocapsídeo. Em seguida o nucleocapsídeo interage com a 
proteína M, levando a formação do envoltório interno. Para a formação da partícula 
viral a proteína E atua juntamente com a proteína M. 
 -Os coronavírus 
causam: doenças respiratórias crônicas e agudas, infecções entéricas, hepáticas, SNC 
- os subtipos são devido a recombinação entre estirpes de campo
 - Diagnóstico efeito através de microscopia eletrônica 
Família Paramyxoviridae
- Os vírus dessa família incluem importantes patógenos do trato respiratório. 
-São vírus envelopados , em sua grande maiorias são esféricos, com núcleocapsídeo 
helicoidal.
- RNA fita simples negativo. É linear.
1) Ligação aos receptores
celulares ; 2)
Internalização por
endocitose (nem todos); 3)
Penetração por fusão do
envelope; 4) Tradução da
região 5’do genoma e
produção da polimerase; 5)
Síntese da cópia
antigênica; 6) Síntese dos
mRNAs subgenômicos; 7)
Tradução dos mRNAs nas
proteínas estruturais; 8)
Síntese do RNA genômico;
9) Conjugação do RNA com
proteínas do
nucleocapsídeo; 10)
Brotamento do
nucleocapsídeo no RER ou
Golgi; 11) Transporte da
- sensíveis em pH ácido e aquecimento a 56C por 30 minutos. Perdem sua 
infectividade em solventes lipídicos. 
Classificação:
Ordem: Mononegavirales
Subfamílias: Paramyxovirinae e Pneumovirinae 
Replicação: 
-Podem infectar uma grande gama de hospedeiros. Ocorre infecção assintomática em 
muitas espécies. A infecção por esses vírus é citolítica, e uma característica é fusão 
entre células , formando células gigantes. A replicação ocorre no citoplasma.
Estrutura: 
- Formado por envelope lipoproteíco, um nucleocapsídeo e uma proteína matriz. 
- Possuem duas glicoproteínas de envelope. Uma delas está envolvida na ligação aos 
receptores e a glicoproteína F é responsável pela fusão do envelope viral com a 
membrana plasmática durante o processo de penetração. 
- Possui complexo ribonucleoproteína. 
- A glicoproteína HN possui atividade de hemaglutinação. A glicoproteína G é 
responsável pela adsorção dos vírions a superfície das células. A glicoproteína F é 
responsável pela fusão do envelope viral, permitindo a penetração do nucleocapsídeo. 
- A clivagem ocorre nos estágios finais da replicação, no complexo de Golgi, durante o 
transporte das proteínas virais para membrana plasmática. Não necessitam de pH 
baixo para se fusionarem ao envelope. A penetração do nucleocapsídeo ocorre na 
superfície celular em pH neutro. Por isso são chamados de vírus pH independentes. 
- A proteína M é a mais abundante, tem papel na interação o vírion e a célula 
hospedeira. É considerada essencial na morfogênese. 
- A proteína N é abundante nos vírions e se associa intimamente ao genoma viral, 
formando nucleocapsídeo. Essa proteína permanece ligada ao genoma mesmo 
durante a transcrição e replicação. 
- A proteína L é a menos abundante. Participa do complexo replicase. 
Genoma:
- organização genômica e o número de genes variam da espécies. 
- Os mRNAs dos diferentes genes são transcritos individualmente a partir do RNA 
genômico. Cada gene contém sinais para o início e término da transcrição. 
Ciclo replicativo
- Ocorre no citoplasma 
- Os vírions se ligam a receptores específicos e penetram na célula por fusão do 
envelope viral com a membrana plasmática da célula. Para que a proteína precursora 
exerça sua função fusogênica, é necessária prévia clivagem em F1 e F2 por proteases 
celulares. No citoplasma, o nucleocapsídeo é transcrito a partir da extremidade 3’pelo 
complexo polimerase viral (Le P). 
- A transcrição dos genes dos vírus RNA de polaridade negativa não-segmentados 
ocorre de forma individual, ou seja, cada gene possui sinais para a iniciação e 
término da transcrição. Os mRNAs contem 5’cap na extremidade, sendo traduzidos em
proteínas pelos ribossomos celulares. As etapas de tradução e transcrição ocorre até 
que se tenha acúmulo das proteínas. 
As linhas representam o 
RNA genômico; osretângulos representam 
genes individuas. 
M)proteína de matriz; F) 
proteína de fusão. L) 
polimerase; 
NP)Nucleoproteína; 
HN)hemaglutina-
neuramidase; P) 
fososproteína; C/V) 
pordutos do gene P; SH)
proteína pequena; G) 
glicoproteína do 
envelope; NS1 e NS2) 
proteínas não-
estruturais; M2) proteína
associada ao envelope
1) Ligação dos receptores; 2) penetração por fusão; 3) Transcrição dos mRNAs pelo 
complexo polimerase; 4) Tradução das proteínas virais pelos ribossomos celulares; 5) 
Síntese de RNA antigenômico e replicação do RNA pelo complexo polimerase; 
6)Processamento e transporte das proteínas do envelope e inserção na membrana; 
7)morfogênese; 8) Egresso.

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