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VÍRUS: ESTRUTURA, CLASSIFICAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO VIRAL VÍRUS • São parasitas intracelulares obrigatórios → dependem da célula para a sua replicação. o Reprodução → Ocorre pela montagem dos componentes individuais. • Os vírus mais simples consistem em um genoma de ácido desoxirribonucleico (DNA) ou ácido ribonucleico (RNA) empacotado em um envoltório de proteína. o Alguns vírus têm membrana. • A estrutura física e genética dos vírus foi otimizada por mutação e seleção para infectar. o Para fazer isso, devem atravessar a pele ou outras barreiras protetoras, além de escapar da resposta imune. CLASSIFICAÇÃO • Diferentes tamanhos: parvovírus e o picornavírus são pequenos e simples; poxvírus e herpes-vírus são maiores e mais complexos. • Os nomes podem descrever características virais, doenças às quais estão associados ou ao tecido ou a localização geográfica onde eles foram primeiramente identificados. • Exemplos: o Picornavírus (pico, “pequeno”; rna, “ácido ribonucleico”) o Togavírus (toga, palavra grega para “manto”→ há um envelope de membrana envolvendo o vírus). o Retrovírus (retro, “reverso”) → síntese do DNA dirigida pelo vírus a partir de um molde de RNA. o Poxvírus → nomeados a partir da doença smallpox (varíola). o Adenovírus (adenoides) e os reovírus (respiratório, entérico, órfão) são denominados pela parte do corpo da qual foram isolados pela primeira vez. o Togavírus, arenavírus e buniavírus são denominados em razão dos lugares na África onde eles foram isolados pela primeira vez. • Os vírus podem ser AGRUPADOS POR CARACTERÍSTICAS, tais como doença (p. ex., hepatite), tecido- alvo, meio de transmissão (ex., entérico, respiratório) ou pelo vetor (ex., arbovírus; vírus transportado por artrópode). • CLASSIFICAÇÃO ATUAL: Pelas CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E BIOQUÍMICAS [tamanho, morfologia (p. ex., presença ou ausência de um envelope de membrana), tipo de genoma e meios de replicação]. o Vírus de DNA associados com doenças humanas são divididos em 7 famílias. o Vírus de RNA podem ser divididos em pelo menos 13 famílias. ESTRUTURA • Medidos em nanômetros (nm). • Vírus clinicamente importantes variam de 18 (parvovírus) a 300 nm (poxvírus). • Virions maiores podem abrigar um genoma maior → codificam mais proteínas e são mais complexos. • VIRION (PARTÍCULA VIRAL) consiste em: o genoma empacotado numa cobertura proteica (CAPSÍDEO) ou numa membrana (ENVELOPE). o pode conter enzimas ou outras proteínas para facilitar a replicação inicial na célula. • As proteínas do capsídeo ou as proteínas de ligação do ácido nucleico podem associar-se com o genoma para formar → NUCLEOCAPSÍDEO; • GENOMA do vírus consiste em DNA ou RNA. o DNA de fita simples ou dupla, linear ou circular. o RNA de sentido positivo ou negativo, de dupla-fita (+/–) ou de duplo sentido (contendo regiões + e – de RNA ligadas extremidade a extremidade). • RNA pode também ser segmentado em pedaços, com cada pedaço codificando um ou mais genes. • Quanto maior o genoma, mais informações (genes) → maior o capsídeo ou a estrutura de envelope. • A CAMADA EXTERNA do VIRION é o CAPSÍDEO OU ENVELOPE. o As estruturas da superfície do capsídeo e do envelope se ligam a célula-alvo pela PROTEÍNA DE FIXAÇÃO VIRAL (VAP). o Os anticorpos contra componentes dessas estruturas impedem a infecção viral. o CAPSÍDEO é rígido e capaz de resistir a severas condições ambientais. • Vírus com capsídeos sem cobertura podem ser resistentes ao ressecamento, a ácido e a detergentes, incluindo o ácido e a bile do trato entérico. o ENVELOPE é uma membrana composta de lipídios, proteínas e glicoproteínas. • Sua estrutura membranosa pode ser mantida apenas em soluções aquosas. • É rompida por ressecamento, condições ácidas, detergentes e solventes (ex. éter). • São geralmente transmitidos em fluidos, perdigotos, sangue e tecidos. • A maioria não pode sobreviver às condições severas do trato gastrointestinal. VÍRUS COM CAPSÍDEO • Capsídeo tem proteínas individuais associadas em unidades progressivamente maiores. • Seus componentes têm características que permitem seu encaixe e montagem em uma unidade maior. • Proteínas estruturais individuais associam-se em subunidades → estas se associam em PROTÔMEROS → se associam em CAPSÔMEROS → e se associam em PROCAPSÍDEO. o Procapsídeo requer processamento para tornar-se o capsídeo final e transmissível. • Para alguns vírus, o capsídeo forma-se em torno do genoma; para outros, o capsídeo forma-se como uma capa vazia (procapsídeo) para ser preenchido pelo genoma. • As estruturas virais que são unidas, são SIMÉTRICAS, e são helicoidais e icosaédricas. o As helicoidais aparecem como bastões e o icosaedro parece com uma esfera montada a partir de subunidades simétricas. • Os CAPSÍDEOS ASSIMÉTRICOS são formas complexas e estão associados com certos vírus bacterianos (fagos). • O icosaedro é feito de 12 capsômeros com simetria de 5 lados cada um (pentâmero ou penton). • O pentâmero é feito de 5 protômeros, cada um composto por 3 subunidades de quatro proteínas separadas. • Há no capsídeo uma FENDA que é um “sítio de ancoragem” para ligar ao receptor na superfície da célula-alvo. • Os virions com capsídeos maiores possuem capsômeros distintos entre os pentons nos vértices. o Esses capsômeros possuem vizinhos mais próximos (HÉXONS). o Isto aumenta o icosaedro → a icosadeltaedro, e seu tamanho é determinado pelo número de héxons inseridos nas bordas e dentro das superfícies entre os pentons. VÍRUS ENVELOPADO • É composto de LIPÍDIOS, PROTEÍNAS E GLICOPROTEÍNAS. • Sua estrutura de membrana é similar à das membranas celulares, porém, com raras proteínas. • A maioria dos vírus envelopados são redondos ou pleomórficos. • A maioria das glicoproteínas virais possui carboidratos ligados à asparagina e se estende através do envelope para fora da superfície do virion. o Em muitos vírus, estes podem ser observados como ESPÍCULAS. • Algumas glicoproteínas agem como VAP (PROTEÍNA DE ADERÊNCIA VIRAL), capazes de se ligar a estruturas nas células-alvo. o As VAP, que também se ligam aos eritrócitos, são denominadas HEMAGLUTININAS (HA). o Outras funções das glicoproteínas: neuraminidase (clivagem), receptores ou de fusão. o ELAS TAMBÉM SÃO DESENCADEADORAS DE IMUNIDADE PROTETORA. • Espículas do envelope contendo glicoproteína permite ao vírion se aderir firmemente e moldar-se (encolhendo-se e embrulhando-se) em uma estrutura icosaédrica discernível por microscopia crioeletrônica. • TODOS OS VÍRUS RNA DE FITA NEGATIVA SÃO ENVELOPADOS. • Os componentes da RNA polimerase viral RNA-dependente associam-se com genoma RNA (–) de alguns vírus para formar NUCLEOCAPSÍDEOS HELICOIDAIS → essas enzimas são requeridas para iniciar a replicação viral, e sua associação com o genoma garante sua liberação dentro da célula. o As proteínas da matriz, que revestem o interior do envelope, facilitam a montagem do ribonucleocapsídeo dentro do virion. • O espaço intersticial entre o nucleocapsídeo e o envelope é denominado TEGUMENTO, e contêm enzimas, proteínas e RNA que facilita a infecção. o O envelope abriga uma estrutura nucleoide contendo DNA, corpos laterais, fibrilas, enzimas e fatores transcricionais necessários para a síntese do RNAm. MULTIPLICAÇÃO VIRAL (CICLOS LÍTICO E LISOGÊNICO) MULTIPLICAÇÃO DE BACTERIÓFAGOS • A maneira pela qual um vírus penetra e é liberado da célula hospedeira pode variar. • Porém, o mecanismo básico de multiplicação viral é similar para todos os vírus. • BACTERIÓFAGOS → Podem multiplicar-se por 2 mecanismos: o CICLO LÍTICO → Termina com a lise e morte da célula hospedeira. o CICLO LISOGÊNICO → Célula hospedeira permanece viva. • Visto que os bacteriófagos T-pares (T2, T4 e T6) são os mais estudados, pode-se citar como exemplo sua multiplicação (ciclo lítico) em seu hospedeiroEscherichia coli. BACTERIÓFAGOS T-PARES: O CICLO LÍTICO • Apresentam vírions grandes, complexos e não envelopados → Possuem uma estrutura característica de cabeça e cauda. • O seu DNA corresponde a 6% do da E. coli e ainda assim o fago possui DNA suficiente para codificar mais de 100 genes. • O ciclo de multiplicação desses fagos, assim como o de todos os outros vírus, ocorre em 5 etapas. ADSORÇÃO ① Após uma colisão ao acaso entre o fago e a bactéria, ocorre a adesão ou adsorção. Um sítio de adesão no vírus liga-se ao sítio do receptor complementar na bactéria. Há formaão de ligações fracas entre o sítio e o receptor. Os bacteriófagos T-pares possuem fibras na extremidade da cauda → atuam como sítios de adesão (ou receptores). Os receptores complementares estão na parede da célula bacteriana. PENETRAÇÃO ② Após a adsorção, os bacteriófagos T-pares injetam seu DNA dentro da bactéria. • Através da liberação da enzima → LISOZIMA FÁGICA → Degrada uma porção da parede celular bacteriana. • Durante o processo de penetração, a bainha da cauda do fago se contrai, e o centro da cauda atravessa a parede da célula bacteriana. • Quando o centro da cauda alcança a membrana plasmática, o DNA da cabeça do fago penetra na bactéria, atravessando o lúmen da cauda e da membrana plasmática. • O capsídeo permanece do lado de fora da célula bacteriana. • O fago funciona como uma seringa, injetando DNA dentro da célula. BIOSSÍNTESE ③ Quando o DNA do bacteriófago alcança o citoplasma, ocorre a biossíntese do ácido nucleico e de proteínas virais. • A síntese proteica do hospedeiro é interrompida pela degradação do seu DNA induzida pelo vírus, pela ação de proteínas virais que interferem com a transcrição, ou pela inibição da tradução. • Inicialmente, o fago utiliza os nucleotídeos e várias enzimas da célula hospedeira para sintetizar muitas cópias de seu DNA. Logo em seguida, inicia-se a biossíntese das proteínas virais. • Todo o RNA transcrito na célula corresponde ao mRNA transcrito a partir do DNA do fago para a síntese de enzimas virais e das proteínas do capsídeo viral. • Os ribossomos, as enzimas e os aminoácidos da célula hospedeira são usados na tradução. • Controles gênicos regulam a transcrição de regiões diferentes do DNA. • Alguns minutos após a infecção, somente componentes isolados – DNA e proteína – do vírus podem ser detectados dentro da célula. • Esse é o PERÍODO DE ECLIPSE. MATURAÇÃO ④ A próxima sequência de eventos consiste na maturação ou morfogênese. • Durante esse processo, vírions completos são formados a partir do DNA e dos capsídeos do bacteriófago. • Os componentes virais se organizam espontaneamente para formar a partícula viral, eliminando, a necessidade de muitos genes não estruturais e de outros produtos gênicos. • As cabeças e as caudas dos fagos são montadas separadamente a partir de subunidades de proteínas: a cabeça recebe o DNA viral e se liga à cauda. LIBERAÇÃO ⑤ Estágio final: liberação dos vírions. • Na multiplicação dos fagos T-pares, a membrana citoplasmática é rompida (lise). • A lisozima é sintetizada dentro da célula → Destrói a parede celular bacteriana, liberando os novos bacteriófagos. • Os bacteriófagos liberados infectam outras células vizinhas suscetíveis, e o ciclo de multiplicação viral se repete. BACTERIÓFAGO LAMBDA (Λ): O CICLO LISOGÊNICO • Diferente dos bacteriófagos T-pares, alguns vírus não causam a lise e a morte da célula hospedeira quando se multiplicam. • São fagos lisogênicos ou FAGOS TEMPERADOS → Podem induzir ciclo lítico ou lisogênico. • NA LISOGENIA → Fago permanece latente (inativo). • Células Bacterianas Hospedeiras → Conhecidas como células lisogênicas. • Ex: fago lisogênico → bacteriófago λ (lambda). 1. Após a penetração em uma célula de E. coli. 2. O DNA do fago, originalmente linear, adota o formato de um círculo. 3a. Esse círculo pode se multiplicar e ser transcrito. 4a. Levando à produção de novos fagos e à lise celular (ciclo lítico). 3b. Ou o círculo se recombina com o DNA bacteriano circular e se tornar parte dele (ciclo lisogênico). O DNA do fago inserido passa a se chamar → PRÓFAGO → A maioria dos genes é reprimida por 2 proteínas repressoras codificadas pelo genoma do prófago. Esses repressores interrompem a transcrição de todos os outros genes do fago ao ligarem-se aos operadores. Assim, os genes fágicos que poderiam direcionar a síntese e a liberação de novos vírions são desligados. • Sempre que a maquinaria celular replicar o cromossomo bacteriano. 4b. O DNA do prófago também será replicado. O prófago permanece latente na progênie celular. 5. Porém, eventos espontâneos raros, a luz UV ou algumas substâncias químicas podem ativar o DNA do prófago e dar início ao CICLO LÍTICO. • A lisogenia apresenta 3 consequências importantes: 1º → As células lisogênicas são imunes à reinfecção pelo mesmo fago. 2º → Há conversão fágica = a célula hospedeira pode exibir novas propriedades. 3º → Genes bacterianos podem ir para um capsídeo e serem transferidos para outra bactéria → TRANSDUÇÃO GENERALIZADA. Na lisogenia, qualquer gene bacteriano pode ser transferido, contudo, na transdução especializada, apenas determinados genes bacterianos podem ser transferidos. • A transdução especializada é mediada por um fago lisogênico, que empacota o DNA bacteriano junto com seu próprio DNA no mesmo capsídeo. • Quando um prófago é excisado do cromossomo do hospedeiro, genes adjacentes de ambos os lados podem permanecer ligados ao DNA do fago. • Os vírus animais que permanecem latentes por longos períodos dentro das células, sem se multiplicarem ou sem causarem doenças, podem inserir-se no cromossomo da célula hospedeira ou permanecer separados do DNA hospedeiro em um estado reprimido (como alguns fagos lisogênicos). • Os vírus que causam câncer também podem estar latentes. MULTIPLICAÇÃO DOS VÍRUS ANIMAIS • A multiplicação dos vírus animais segue o padrão básico da multiplicação dos bacteriófagos, contudo apresenta várias diferenças. DIFERENÇAS ENTRE OS VÍRUS ANIMAIS E OS FAGOS • Mecanismo de penetração na célula hospedeira. • Uma vez dentro da célula, a síntese e a montagem de novos componentes virais são ligeiramente diferentes, em parte devido às diferenças entre as células procarióticas e eucarióticas. • Os vírus animais têm determinados tipos de enzimas não encontrados nos fagos. • Quanto aos mecanismos de maturação e liberação. • Quanto aos efeitos de sua multiplicação na célula hospedeira. ADSORÇÃO o Vírus animais também têm sítios de adsorção que se ligam a sítios receptores na superfície da célula hospedeira. o Os receptores das células animais são proteínas e glicoproteínas da membrana plasmática. o Vírus animais não têm apêndices, como as fibras da cauda de alguns bacteriófagos. o Os sítios de ligação estão distribuídos em toda a superfície e são específicos. • ADENOVÍRUS → Vírus icosaédricos → Sítios de ligação são pequenas fibras nos vértices do icosaedro. • Na maioria dos vírus envelopados, como o vírus influenza, os sítios de adesão são espículas. ▪ Após a ligação, sítios receptores adicionais da mesma célula migram em direção ao vírus. o A ligação de muitos sítios completa o processo de adsorção. o Sítios Receptores → Proteínas da célula hospedeira → Desempenham funções normais para o hospedeiro e são sequestradas pelo vírus. PENETRAÇÃO o Muitos vírus penetram nas células eucarióticas por endocitose mediada por receptor. o Invaginações da membrana plasmática formam vesículas → elementos do exterior da célula são levados para o seu interior para serem digeridos. o Se um vírion se ligar à membrana plasmática → há endocitose → formação de vesícula. o Vírus envelopados podem penetrar por um processo alternativo → FUSÃO → o envelope viral se fundeà membrana plasmática e libera o capsídeo no citoplasma da célula. DESNUDAMENTO o É a separação do ácido nucleico viral de seu envoltório proteico. o Esse processo varia de acordo com o tipo de vírus. o Alguns vírus animais concluem o processo de desnudamento por ação de enzimas lisossomais da célula hospedeira → Degradam as proteínas do capsídeo viral. • Ex.: Poxvírus → Desnudamento é concluído por uma enzima específica codificada pelo genoma viral e sintetizada logo após a infecção. • Vírus influenza → ocorre em uma vesícula, em pH baixo. • Togavírus → Ocorre nos ribossomos presentes no citoplasma da célula hospedeira. BIOSSÍNTESE DOS VÍRUS DE DNA o Os vírus de DNA replicam seu GENOMA no núcleo da célula hospedeira → Usando enzimas virais. E sintetizam as proteínas do capsídeo e outras proteínas no citoplasma → Usando enzimas do hospedeiro. o As proteínas migram para o núcleo e são reunidas ao DNA recém-sintetizado para formar os novos vírions. o Os vírions são transportados pelo retículo endoplasmático para a membrana da célula hospedeira e são liberados. Ex.: Herpes-vírus, papovavírus, adenovírus e hepadnavírus → Seguem esse padrão de biossíntese. Poxvírus são uma exceção → Todos os seus componentes são sintetizados no citoplasma. Exemplo da multiplicação de um vírus de DNA (PAPOVAVÍRUS): ①-② Após a adsorção, a penetração e o desnudamento, o DNA viral é liberado no núcleo da célula hospedeira. ③ Ocorre a transcrição de uma porção do DNA viral que codifica os genes “precoces”, seguida da sua tradução. Os produtos desses genes são enzimas requeridas para a multiplicação do DNA viral. Na maioria dos vírus de DNA, a transcrição precoce é realizada pela transcriptase do hospedeiro (RNA- polimerase); os poxvírus, no entanto, possuem sua própria transcriptase. ④ Algum tempo após o início da replicação do DNA, ocorre a transcrição e a tradução dos genes “tardios”. As proteínas tardias incluem as proteínas do capsídeo e outras proteínas estruturais. ⑤ Isso leva à síntese das proteínas do capsídeo, que ocorre no citoplasma da célula hospedeira. ⑥ Após a migração das proteínas do capsídeo para o núcleo celular, ocorre a maturação; o DNA viral e as proteínas do capsídeo se organizam para formar os vírus completos. ⑦ Os vírus completos são liberados da célula hospedeira. Alguns vírus que possuem genoma de DNA: o Adenoviridae o Poxviridae o Herpesviridae o Papovaviridae o Hepadnaviridae BIOSSÍNTESE DOS VÍRUS DE RNA o Os vírus de RNA multiplicam-se essencialmente da mesma forma que os vírus de DNA, mas eles se multiplicam no citoplasma da célula hospedeira. o Diversos mecanismos distintos de produção de mRNA são observados entre os diferentes grupos de vírus de RNA. o As principais diferenças entre os processos de multiplicação residem na forma como o mRNA e o RNA viral são produzidos. o Estes vírus têm uma RNA-polimerase dependente de RNA → essa enzima não é codificada em nenhum genoma celular. o Os genes virais induzem a produção dessa enzima pela célula hospedeira → ela catalisa a síntese de outra fita de RNA, complementar à sequência de bases da fita infecciosa original. o Assim que o RNA e as proteínas virais são sintetizados, a maturação ocorre de maneira similar àquela de todos os vírus animais. Alguns vírus que possuem genoma de RNA: o Picornaviridae o Togaviridae o Rhabdoviridae o Reoviridae MATURAÇÃO E LIBERAÇÃO o A montagem do capsídeo proteico constitui o 1º passo no processo de maturação viral. o Montagem → Processo espontâneo. o Os capsídeos de muitos vírus animais são envoltos por um envelope que consiste em proteínas, lipídeos e carboidratos. • Ex.: ortomixovírus e paramixovírus. o As proteínas do envelope são codificadas por genes virais e são incorporadas à membrana plasmática da célula hospedeira. o Os lipídeos e os carboidratos são sintetizados pelas células e estão presentes na membrana plasmática. o Quando o vírus deixa a célula → BROTAMENTO → Capsídeo viral adquire o envelope. o Após a sequência de adsorção, penetração, desnudamento e biossíntese do ácido nucleico e proteínas virais, o capsídeo montado, contendo o ácido nucleico, brota, empurrando a membrana plasmática da célula hospedeira. Como resultado, uma parte da membrana, que agora é o envelope, adere-se ao vírus. o Essa extrusão do vírus de uma célula hospedeira é um dos métodos de liberação. o O brotamento não mata a célula hospedeira imediatamente e, em alguns casos, a célula sobrevive. o Os vírus não envelopados são liberados através de rupturas na membrana plasmática da célula hospedeira. Ao contrário do brotamento, esse tipo de liberação geralmente resulta na morte da célula hospedeira.
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