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CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA EVENTOS captação de recursos para eventos © Senac-SP 2011 Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo Gerência de Desenvolvimento Luciana Bon Duarte Fantini Coordenação técnica Marcelo Dias Calado Apoio técnico Erleni Andrade Lima Mônada Spinelli Ferraz Elaboração do Recurso Didático Daniela Pierangelli Karem Lis Diagramação e Produção Globaltec Editora Ltda. versão 2013 2 captação de recursos para eventos Sumário Introdução 6 1. avaliação do mercado e identificação de 8 de financiamento mercado 9 » Evolução do mercado de eventos. » Cenário atual do mercado de eventos. » Mudanças no comportamento do consumidor. » Estratégias utilizadas pelas organizações patrocinadoras de eventos. marketing 18 » Defi nição de marketing. » Defi nição de necessidades e desejos. » Produtos, Serviços e Mercado. » Marketing cultural. » Marketing esportivo. » Marketing de entretenimento. » Marketing de relacionamento. » Marketing promocional. » Marketing e Comunicação. marca 25 » Defi nição de marca e produto. » Construção de marca. » Fundamentos da marca. » Posicionamento de marca. » Atitude de marca. 3 captação de recursos para eventos captação de recursos 34 » Defi nição. » Perfi l do Captador. » trabalhando para captar. » O que é Patrocínio? » Modalidade de Patrocínio. fontes públicas de financiamento e leis de Incentivos federais 41 » Lei Rouanet. » Lei Proac. » Lei Mendonça. » Lei do esporte. » Editais e fomentos. fontes privadas de financiamento 54 » Patrocínio de empresas por meio de editais. » Ações promocionais para fi delização de público interno e consumidor fi nal. » Eventos proprietários. 2. elaborar a proposta de comercialização de um evento 55 » Plano de mídia. » Plano de marketing. » Benefícios. » Contrapartidas. » Políticas de patrocínio. » Reunião de briefi ng. 4 captação de recursos para eventos 3. comercializar a proposta do evento por meio da definição 61 do planejamento da captação » Rotina do captador. » Identifi cação, seleção e priorização de provedores de recursos. » Planejamento da venda. » Negociação de propostas. » Contratos. 4. elaborar e apresentar relatórios de prestação de contas, 75 com base na avaliação dos resultados do evento no que diz respeito à visibilidade da marca e às expectativas do idealizador e dos patrocinadores » Avaliação do evento. » Negociação defi nida em contratos. » visibilidade do evento com o posicionamento da marca. » Prestação de contas de projetos desenvolvidos por meio de fontes públicas e privadas de fi nanciamento (identifi cação das fontes de receita). » Material de apoio (clipping do evento). referências bibliográficas 78 anexos anexo I – plano de cotas 79 5 INTRODUÇÃO Na atualidade, a área de eventos tem despertado interesse nas empresas dos mais variados segmentos do mercado nacional e internacional, da indústria farmacêutica ao varejo. O evento é considerado uma importante estratégia de contato direto com o público, é um valioso canal de comunicação e relacionamento com os clientes e tem conquistado cada vez mais investimentos do total das verbas de comunicação, perdendo apenas para publicidade. Conforme levantamento realizado pela Associação de Marketing Promocional (AMPRO)*, os principais setores econômicos do mercado brasileiro destinaram 23 bilhões de reais no desenvolvimento e execução de ações promocionais, onde estão inseridos a realização de eventos. Ainda, de acordo com a AMPRO, mais de 50% do total dos investimentos em comunicação e marketing tem o seu orçamento destinado ao marketing promocional/eventos, que são elaborados nas mais variadas tipologias e naturezas. Logo, a realização de um evento cabe tanto para atender às necessidades comerciais, quanto às culturais, sociais, esportivas e ambientais. O mercado de eventos brasileiro vive sua maturidade, onde cresce sem precedentes o número de eventos realizados. Hoje o Brasil é o 8º país do mundo a receber eventos internacionais e São Paulo a cidade das Américas que mais realiza eventos, segundo dados da ICCA (Internacional Congress Convention Association). Para a viabilização destes eventos e o melhor investimento das verbas disponíveis, públicas ou privadas, é necessário que haja um profissional capaz de identificar os melhores projetos e os que melhor se adequam as estratégias e posicionamentos de marketing de cada uma das empresas, levando-as a ter um melhor resultado sobre o seu investimento e viabilizando a realização dos projetos. E para se manter neste patamar, a qualificação de profissionais que atuam especificamente na captação de recursos para eventos é condição de sobrevivência para este mercado, já que este é o profissional que é capaz de identificar as fontes de financiamento e conseguir viabilizar o investimento necessário para a concretização do projeto. INTRODUÇÃO CapTaÇÃO De ReCURsOs em eveNTOs CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA EVENTOS 7 avalIaÇÃO DO meRCaDO e IDeNTIfICaÇÃO De fONTes De fINaNCIameNTO1. O profissional que será responsável pelo projeto de um determinado evento precisa conhecer e entender: » O segmento de eventos; » O mercado a que se destina esse evento; » As estratégias utilizadas pelas organizações pa- trocinadoras de eventos. » O surgimento de novas modalidades de eventos, principalmente ligadas à utilização da internet. A compreensão desses elementos vai orientá-lo quanto às decisões e as escolhas mais adequadas para o trabalho de elaboração do projeto de evento e posteriormente a captação de recursos para o evento pretendido. O termo evento tem origem na palavra eventual, o mesmo que casual, ou seja, trata-se de um acontecimento não rotineiro que é planejado para reunir um grupo de pessoas. A realização de eventos teve nos últimos anos um crescimento astronômico do setor, não só em termos quantitativos como também em grau de complexidade e diversidade, bem como o papel que os eventos adquiriram no contexto das estratégicas e do gerenciamento das empresas, ocasionando mudanças no marketing das empresas e atraindo grandes oportunidades de negócios. O meRCaDO De eveNTOs avalIaÇÃO DO meRCaDO e IDeNTIfICaÇÃO De fONTes De fINaNCIameNTO 1 CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA EVENTOS 9 captação de recursos para eventos um levantamento realizado, que considerava apenas os eventos “oficiais”, indica que: os eventos representam em torno de 3% de todo o pIB nacIonal; o setor apresenta crescImento mÉdIo de 7% ao ano; os eventos podem representar atÉ 40% do orçamento de comunIcação de uma empresa, competIndo de Igual para Igual com os demaIs orçamentos; são paulo É o maIor polo cultural da amÉrIca latIna, a capItal da gastronomIa.; são paulo receBe maIs eventos que Importantes cIdades como neW YorK e sIdneY. os eventos são responsáveIs hoje por 65% da ocupação da rede hoteleIra; maIs de 400 mIl eventos são realIZados anualmente; os setores que maIs realIZam feIras, reunIÕes e eventos na cIdade são, pela ordem, mÉdIco, cIentÍfIco, tecnológIco, IndustrIal e educacIonal; 10 captação de recursos para eventos um evento é muito mais do que o planejamento, a programação, a execução e o monitoramento de uma sequência de atividades destinadas a um público específi co e realizadas num local apropriado. temos de pensar no evento como atividade econômica que gera uma série de benefícios para as empresas patrocinadoras, para a cidade promotora do evento, para o comércio local, restaurantes, hotéis e para a comunidade. O setor de eventos no mercado nacional gera empregos diretos, postos de trabalho para terceirizados e/ou empregosindiretos para vários profi ssionais com as mais diversas formações acadêmicas. Além de pagar impostos e/ou tributos devidos a órgãos públicos, o setor de eventos, assim como os demais segmentos produtivos do país, contribui para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto). Dessa forma, quanto maior for o apoio para o desenvolvimento desse setor, melhor será a qualidade dos eventos realizados e maior será o seu impacto econômico no Brasil. Por ser o setor de eventos um excelente meio de desenvolvimento nacional, de fomento da economia e geração de empregos, há inúmeros investimentos nesse setor, que estão em constante expansão no país. Apesar de ser responsável pela geração de grande número de empregos, ainda se encontram, no mercado de eventos, inúmeros profi ssionais despreparados, sem conhecimento sobre as peculiaridades do setor. Muitas vezes, essa situação gera desilusões aos participantes e aos clientes de determinado evento e pode, além disso, resultar em que esse evento não atinja os objetivos previstos. A expansão, ao mesmo tempo em que cria oportunidades para diversos profi ssionais, faz com que o mercado de eventos torne-se extremamente competitivo. Por isso, o profi ssional deve desenvolver continuamente sua criatividade e inteligência, além de se especializar para que se destaque no mercado. Daí a importância, para o profi ssional desse segmento, da qualifi cação profi ssional e atualização constante. DaDOs sObRe O segmeNTO bRasIleIRO De eveNTOs 11 Além das possibilidades demandadas pelo calendário brasileiro, que é pródigo em datas comemorativas que favorecem a realização dos mais variados tipos de eventos, há de se considerar o perfil do consumidor do novo século. Os consumidores brasileiros estão cada vez mais conscientes sobre os seus direitos e, portanto, mais exigentes na escolha de produtos e serviços que atendam às suas necessidades. Atentas ao novo perfil de seus consumidores, atualmente as empresas brasileiras estão cada vez mais competitivas entre si e as diferenças entre seus produtos e serviços oferecidos no mercado são mínimas, tornando-os muito similares. Logo, isso exige das organizações um processo contínuo da atualização e inovação de seus produtos e serviços, como também das técnicas de comunicação que contribuirão no trabalho de manutenção dos atuais clientes e conquista de novos. Desta forma as empresas brasileiras dos mais diversos segmentos de mercado têm se motivado a apoiar a realização de eventos de todo tipo, sejam eles de cunho comercial, social, cultural, esportivo, ecológico, etc., por acreditarem que o sucesso de um evento é imediatamente associado à empresa que o apoiou, por conseguinte, tal sucesso traz visibilidade para a empresa e reflete-se em sua marca, produtos e serviços. Portanto, o mercado tem influenciado positivamente a criação e o desenvolvimento de novos projetos de eventos, que podem favorecer o acesso das empresas ao correto caminho de conquista de novos clientes e novos setores, além de proporcionar a fidelização dos atuais clientes. Contudo, faz-se necessária a elaboração de projetos de eventos adequados às necessidades do mercado, além de criativos e inovadores, porque só assim será possível a realização de um conveniente trabalho de captação de recursos que desperte de fato o interesse de entidades públicas e privadas no apoio e patrocínio de eventos que surgirão. InfluêncIa do mercado na crIação de novos projetos e captação de recursos para eventos CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA EVENTOS 12 mUDaNÇas NO COmpORTameNTO DO CONsUmIDOR Conhecer e acompanhar as mudanças e as tendências de consumo é essencial para que o organizador de eventos possa se adequar às novas exigências do setor. COMPRA DE DIFERENCIAL As exigências e a seleção de produtos por parte dos consumidores fi zeram com que as empresas buscassem novas formas de se diferenciar de seus concorrentes. O que antes era um produto exclusivo de uma empresa passou a ser ofertado pela concorrência, assim vários produtos com a mesma fi nalidade de uso e mínima diferenciação entre si, fi zeram com que outros critérios de compras, como serviços, atendimento e visibilidade passassem a ser prioridades. Se antes uma marca trazia referência aos produtos, hoje ela deve trazer referências ao diferencial da empresa em relação à concorrência. Hoje, é necessário diferenciar-se na forma e no conteúdo que uma empresa participará em um evento, o que não se consegue mais apenas com logomarcas e belas recepcionistas. COMPRA ENtRE AMIGOS Cada vez mais, vendas e compras são realizadas entre “amigos”, ou seja, consumidores buscam indicações de produtos e serviços dentro de sua network pessoal ou profi ssional. Atualmente, informações vindas por meio de comerciais, anúncio, folhetos, entre outros, já não recebem os mesmos créditos de antes e precisam ser validados por conhecidos, amigos, parentes ou outras pessoas próximas. Esta mudança no setor de eventos está relacionada ao surgimento de um novo tipo de evento no mercado: o de relacionamento, proporcionando eventos com objetivos na exposição, geração de negócios e de relacionamento entre marca, produto e consumidor. COMPRA SEGMENtADA A mesma exigência que levou o consumidor a buscar produtos e marcas com diferenciais, fez dele também um comprador menos genérico e mais segmentado. Na hora de comprar, ele sabe exatamente o que procura e ao ouvir ofertas deseja que sejam as mais específi cas possíveis e que se enquadre em suas expectativas. Como hoje o consumidor compra de forma segmentada, os eventos tiveram que se adaptar e passar a oferecer conteúdo também altamente segmentado para públicos extremamente selecionados. O mercado de eventos percebeu que é mais vantajoso ter eventos segmentados, em que fornecedores apresentam produtos e serviços a consumidores realmente interessados, de forma a despertar o seu interesse e se relacionar com este consumidor. NOvAS MANEIRAS DE AvALIAR RESuLtADOS DE EvENtOS A partir da segmentação nos eventos, que se começou a questionar a forma como as empresas estavam avaliando os resultados de sua participação em determinados eventos, ou como o promotor avalia os resultados de seu evento para o público patrocinador. As empresas perceberam que cifras grandiosas, como número de participantes ou de fi chas cadastrais arrecadadas pelas recepcionistas ou time de vendas, não eram mais sufi cientes para responder se houve ou não sucesso na sua participação. NOvAS FONtES DE INFORMAçãO Quando um consumidor pensa em adquirir determinado produto ou serviço, a primeira providência que ele deve tomar é pesquisar a melhor oferta em termos de preço, qualidade, serviços, etc. Antes, as fontes de pesquisa eram bem mais limitadas do que são hoje com a vinda da internet. Hoje, é possível buscar informações atuais, como novidades tecnológicas e últimos lançamentos com um clique. Basta acessar qualquer sistema de busca. Com tudo isso, os consumidores passaram a perder o interesse por eventos que lhes dariam a mesma informação que obtêm sem sair de casa. Como resultado, muitas feiras perderam seu papel. Aquelas que permaneceram, souberam aliar ao espaço de exposição dois outros componentes fundamentais para atrair consumidores: conteúdo atual e enriquecedor, por meio de congressos e seminários paralelos à feira e ações de relacionamento, com a promoção de encontros e reuniões entre clientes e fornecedores. MENOS tEMPO PARA COMPRAR Menos tempo para tudo, fi zeram com que tivesse um aumento nas compras pela internet, gastando menos tempo pesquisando fora de casa o que se deseja comprar. O efeito desta mudança gerou uma maior difi culdade em se conseguir atrair publico e, consequentemente, uma redução no número de participantes de eventos tradicionais. MAIOR PRESSãO POR RESuLtADOSO aumento da concorrência em todos os setores do mercado fez com que as empresas repensassem uma série de fatores de sua operação, como gastos, custos e estrutura. Como resultado, as empresas estão cada vez mais enxutas, com estruturas menores e mais carregadas de trabalho. Além disso, a pressão para gerar resultados cada vez maiores, com custos cada vez menores, fez com que os departamentos reestruturassem seus orçamentos e adotassem mecanismos mais rigorosos e efi cazes de avaliação dos resultados de cada um de seus investimentos. Os promotores e produtores de eventos tiveram de se adaptar e criar mecanismos efi cazes de mensuração de resultados para seus projetos, comprovando aos seus patrocinadores resultados qualitativos e quantifi cáveis. captação de recursos para eventos mudanças no comportamento das empresas em transIção As exigências dos clientes e as forças competitivas mudam signifi cativamente a cada período de poucos anos, em setores como o siderúrgico, o de telecomunicações, o de assistência médica e o de entretenimento. E, com isso, passam a existir dois tipos de empresas: aquelas que mudam e aquelas que desaparecem. O atual panorama econômico está sendo moldado por forças poderosas: tecnologia, globalização e privatização. É a tecnologia que confi gura não apenas a infraestrutura material da sociedade, mas também os padrões conceituais humanos. uma força tecnológica revolucionária é a digitalização, pela qual a informação é codifi cada em “bits”, isto é, série de zeros e uns. Os bits são tratados pelos computadores, utilizados para codifi car música, vídeos e enviados pela linha telefônica a velocidades incríveis. A tecnologia impulsiona outra grande força, a globalização. Hoje, o consumidor pode digitar em seu teclado, em site de compras, um livro, informar o número de seu cartão de crédito e recebe o produto desejado em poucos dias pelo correio. Outra força de impacto é a privatização, pela qual empresas anteriormente estatais, passaram a constituir propriedade privada, na esperança de que fossem mais bem geridas e mais efi cientes. Hoje, muitos serviços e produtos de utilidade pública estão sendo terceirizadas, como rodovias, aeroportos, construção civil, etc. 15 captação de recursos para eventos à medida que o ritmo de mudanças se acelera, as empresas não podem mais confi ar em suas práticas de negócios para se manter no mercado, e sim estarem atentos às possíveis transições. antes depoIs Faz tudo na própria empresa. Aperfeiçoamentos por conta própria. tocar o negócio sozinho. Operar com departamentos funcionais. ter foco no mercado interno. Concentrar a atenção no produto. Fazer um produto padrão. ter foco no produto. Praticar o marketing de massa. Encontrar uma vantagem competitiva sustentável. Desenvolver novos produtos lenta e cuidadosamente. utilizar diversos fornecedores. Administrar de cima para baixo. Atuar no mercado. Comprar mais coisas fora (terceirizar). Aperfeiçoar, valendo-se das experiências de outros. Estabelecer uma rede de contato com outras empresas, colaborar. Administrar os processos do negócio com equipes multidisciplinares. ter foco global e local. Concentrar-se no mercado e no cliente. Fazer produtos adaptados e/ou sob medida. ter foco na cadeia de valor. Praticar o marketing para o público-alvo. Sempre criar novas vantagens. Acelerar o ciclo de desenvolvimento de novos produtos. utilizar poucos fornecedores. Administrar de baixo para cima, de cima para baixo e horizontalmente. Atuar também no mercado. 16 captação de recursos para eventos Escolha de eventos sem critérios estratégicos. Organizadores com conhecimento limitado ao operacional da área de eventos. Análise de resultados, considerando o médio e longo prazo. Análise de resultados individuais. Despreocupação com a pós-venda. Decisões dos eventos nas mãos exclusivamente da área de eventos. Escolha de eventos relacionados à estratégia de comunicação. Organizadores com conhecimento, além do operacional, também da estratégia da empresa. Análise de resultados, considerando o curto prazo. Análise de resultados, considerando a estratégia de comunicação. Planejamento de ações de pós-venda. Engajamento das estruturas responsáveis por geração de receita nas decisões dos eventos. Quem trabalha em empresa e se dedica ou participa de eventos, percebe que para acompanhar as mudanças e a evolução, os eventos, ao contrário do que acontecia quando eram comerciais e ainda novidade, não devem mais ser empreendimentos realizados por amadores, e sim por profi ssionais que atuem de forma independente, isto é, desvinculados de uma estratégia empresarial. Atualmente, além da exposição da marca, há outros objetivos que estão se tornando mais importantes, como relacionamento e geração de negócios. Estes novos objetivos fi zeram dos eventos uma atividade essencial na estratégia das empresas, já que os incluem no rol de ações dirigidas diretamente à obtenção de renda. As empresas passaram a entender o papel dos eventos como um meio para se alcançar seus resultados estratégicos e passaram a perceber a necessidade de estabelecer critérios mais objetivos e abrangentes para avaliar os resultados efetivos e de longo prazo para sua eventual participação. A partir desse tipo de avaliação, as empresas passaram a tomar decisões para patrocinar ou participar de cada tipo de evento. Abaixo, é possível observar algumas das diferenças entre as empresas e organizadores avaliando os eventos como uma atividade-fi m ou atividade-meio: esTRaTÉgIas UTIlIzaDas pelas ORgaNIzaÇÕes paTROCINaDORas De eveNTOs atIvIdade-fIm atIvIdade-meIo 17 captação de recursos para eventos Não se elabora um projeto de evento e nem se capta recursos sem antes entender o que é marketing e alguns dos seus conceitos fundamentais. A compreensão desses conceitos é primordial para a iniciação de um projeto de evento, mas eles devem ser observados em todas as etapas do processo de criação (pré-evento, transevento e pós-evento). Por quê? Porque são conceitos que ajudarão a identifi car se o evento proposto atende na íntegra aos anseios e às expectativas de seu público-alvo, patrocinadores e promotores. O QuE É MARKEtING? Marketing é o conjunto de estratégias e ações que proveem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor. PHILIP KOtLER “Marketing é o processo de planejamento e execução da concepção, defi nição de preços, promoção e distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais”. AMERICAN MKt ASSOCIAtION “Marketing é entender e atender o consumidor”. RAIMAR RICHERS “Marketing é a ciência da transação”. Marketing de eventos, portanto, é o conjunto de estratégias de marketing que se vale de eventos para atingir seus objetivos. O MARKEtING DE EvENtOS CONSIStE BASICAMENtE NOS SEGuINtES PONtOS: » pesquisar e desenvolver o evento adequado; » lançar o evento e divulgá-lo ao público-alvo; » sustentar o evento no mercado; » periodicamente, pesquisar o mercado para promover melhorias e agregar valor ao evento. maRkeTINg 18 captação de recursos para eventos necessIdade e desejo Entender a diferença entre necessidade e desejo pode ajudar no trabalho de elaboração de um projeto de evento por facilitar a compreensão das razões (ou pelo menos parte delas) que motivaram a realização do evento. NECESSIDADE A necessidade é um estado de carência que faz parte da “constituição humana”, o que signifi ca que ela “nasce com o homem”; portanto, não é criada pelo profi ssional de eventos ou de marketing, e sim percebida por eles. São muitas e complexas as necessidades humanas: »físicas: alimentação, segurança e vestuário; » sociais: ser querido e aceito por um ou mais grupos de pessoas; » individuais: conhecimento, aprendizado e autorrealização. Quando as necessidades humanas são percebidas por um profi ssional de mercado, coletam-se informações que irão contribuir para a criação e o desenvolvimento de produtos ou serviços a serem oferecidos ao consumidor com o intuito de atender à parte dessas necessidades. Contudo, os produtos e serviços oferecidos deverão ter atrativos, valores e características capazes de despertar no consumidor o desejo de adquiri-lo. O mesmo acontece com os projetos de eventos. Eles devem atender às necessidades do mercado consumidor; para isso, precisam de componentes que despertem no seu público de interesse o desejo de fazer parte do evento em questão. DESEJO O desejo é uma necessidade humana moldada pela cultura e pelas características individuais de cada ser humano. Na verdade, os desejos são criados por profi ssionais de marketing para que as pessoas busquem produtos e/ou serviços que possam supri-los. Exemplos: » Necessidade física = SEDE. » Necessidade humana moldada = beber um REFRIGERANtE = desejo. » Necessidade social = FAzER PARtE DE uM GRuPO DE PESSOAS. » Necessidade humana moldada = realizar um COQuEtEL = desejo. » Necessidade individual = CONHECIMENtO. » Necessidade humana moldada = participar de um CONGRESSO = desejo. DefINIÇÃO De NeCessIDaDes e DeseJOs 19 Produtos e serviços tentam suprir as necessidades humanas e são vistos pelo mercado consumidor como “pacote de benefícios”. Produtos e serviços são também responsáveis por promover a satisfação de quem os adquiriu. O profissional de eventos oferece os seus serviços, mas é responsável pela escolha de produtos e de outros prestadores de serviços que vão ajudá-lo a organizar o evento. As escolhas devem ser as mais adequadas possíveis, porque delas depende o sucesso do evento. PRODutOS Produtos são bens tangíveis, elaborados por meio de manufatura ou industrializados, que se destinam a ser vendidos ao mercado consumidor. todo produto tem um prazo de validade que determina a vida útil para o seu consumo ou utilização. SERvIçOS Além dos produtos, as pessoas buscam serviços para adquirir seu pacote de benefícios. Os serviços não possuem as mesmas características dos produtos e são oferecidos ao mercado consumidor por empresas prestadoras de serviços. vender serviços é oferecer ao cliente conhecimentos, competências e técnicas sobre uma atividade, especialidade, setor ou segmento do mercado. Os serviços não possuem prazo de validade como os produtos, contudo, se os conhecimentos não forem atualizados com informações específicas do seu setor, e gerais do Brasil e do mundo, também ficarão obsoletos. Por que o evento é um serviço? Realizar um evento é um serviço porque oferece ao cliente conhecimentos e técnicas referentes ao seu planejamento e à sua organização. Quando contratado, o profissional de eventos tem uma responsabilidade ética e legal com o seu cliente, e deve assegurar a este possuir o conhecimento e a experiência necessários para prestar o melhor serviço. MERCADO O mercado é composto pelo grupo de compradores reais e potenciais de um produto ou serviço. O tamanho de um mercado depende da quantidade de pessoas que apresentam necessidades e têm recursos financeiros para oferecer em troca pelo que desejam. Originalmente, o termo mercado referia-se aos lugares onde compradores e vendedores se reuniam para trocar bens. Além de identificar as necessidades de um determinado mercado, preste atenção na cultura dessa comunidade. Observe os hábitos das pessoas, como vivem, como se vestem, o que comem o que fazem para se divertir, enfim, estude sua história e suas origens. As necessidades podem ser iguais para todos, mas a influência cultural pode ser decisiva no processo de escolha de um produto ou serviço. pRODUTOs, seRvIÇOs e meRCaDO captação de recursos para eventos maRkeTINg CUlTURal É uma ferramenta de comunicação que usa a cultura como veículo de comunicação para se difundir o nome, produto ou fi xar imagem de uma empresa patrocinadora. maRkeTINg espORTIvO É a aplicação de estratégias do marketing tradicional na indústria do esporte. maRkeTINg De eNTReTeNImeNTO Entreter, segundo o Dicionário Aurélio, vem de entre + ter, e signifi ca deter, fazer demorar para distrair e também recriar e divertir. Podemos defi nir então que qualquer produto que consiga reter a atenção do consumidor por determinado período de tempo, proporcionando algumas sensações é, portanto, ENtREtENIMENtO. maRkeTINg pROmOCIONal Segundo a AMPRO (Associação de Marketing Promocional), é comunicação de marca com objetivo de incrementar a percepção de seu valor por meio de técnicas promocionais e pontos de contato que ativem a compra, o uso, a fi delização ou a experiência de produtos e serviços. 21 captação de recursos para eventos 4ps maRkeTINg e COmUNICaÇÃO No início da década de 1960, o professor Jerome McCarthy propôs um mix de marketing que consistia em uma estrutura formada por 4Ps. Esse sistema permite até hoje que as empresas enfatizem suas atividades mais importantes e que possam, a partir daí, determinar uma melhor relação custo-benefício para seus produtos e serviços. O profi ssional de marketing vê os 4Ps como ferramentas para orientá-lo no melhor planejamento de marketing para o seu produto ou serviço, facilitando o acesso ao mercado. Os 4Ps, conhecidos como “mix de marketing”, são: » Produto; » Preço; » Praça; » Promoção. 22 captação de recursos para eventos Conceitos mais elaborados surgiram recentemente, afi rmando que os 4Ps podem ser mais bem descritos com o uso dos 4Cs, oferecendo um ponto de vista mais abrangente, tanto do vendedor como do comprador. Os 4Cs representam os seguintes fatores: Produto Preço Praça Promoção valor para o Cliente menor Custo Conveniência Comunicação MIX DE MARKETING - 4Ps MARKETING SEC. XXI: 4Cs PP CCvalor para o Cvalor para o CCmenor Cmenor CCCCC CCCCC PP PP PP 4cs » Cliente; » Custo; » Conveniência; » Comunicação. 23 Para a elaboração de um projeto correto e a realização de um evento de sucesso, é importante que se faça um trabalho de pesquisa de mercado. Essa estratégia possibilita a coleta de informações sobre os mais diversos aspectos, como de uma região e das características de sua população, que contribuirão para a concepção, o planejamento e a organização do evento. A realização da pesquisa de mercado auxilia na identifi cação de entidades (órgãos públicos e privados) interessadas na captação de projetos, ou seja, organizações que possam ser mais do que potenciais patrocinadoras, que possam ser potenciais clientes/promotoras de um evento. Assim, chega-se à conclusão de que o profi ssional responsável pela elaboração de um projeto de evento deve conhecer exatamente o que é uma pesquisa de mercado e como ela deve ser feita. O QuE É PESQuISA DE MERCADO? Quando se quer entender por que as pessoas agem de uma determinada forma, deve-se estudar suas origens, costumes, preferências, etc. E a forma mais coerente de coletar dados num mercado de interesse é a pesquisa de mercado. O trabalho de pesquisa pode ser baseado em duas fontes de dados: as fontes de dados secundários e as fontes de dados primários. E o que são dados secundários e dados primários? DADOS PRIMáRIOS As decisões de marketing são importantes demais para se basearem apenas em dados secundários. Quando o trabalho de pesquisa torna-se mais intenso, há a necessidade de coletar informações direcionadas, específi cas e exclusivas do assunto pesquisado. É nesse momento que os dados primários tornam-se fundamentais. Nessa etapa, a empresa ou profi ssional responsável pela elaboração deum projeto de evento deve pensar a respeito de quem ou do que deverá exatamente ser incluído no seu estudo. A pesquisa para a obtenção dos dados primários deve concentrar-se no grupo certo de pessoas, lugares ou coisas. DADOS SECuNDáRIOS São informações que já existem, estão disponíveis para consulta e foram coletadas com o propósito de atender à necessidade de uma pesquisa anterior (quando foram os dados primários). Esses dados proveem de fontes internas e externas. As fontes internas, por serem mais acessíveis, são normalmente as primeiras a serem consultadas. São exemplos: registros, cadastros de prefeituras ou empresas (balancetes, bancos de dados de clientes, listas de profi ssionais, etc.). As fontes externas são as bibliotecas, internet, serviços de dados em universidades e associações, revistas, jornais, livros e outros. As informações disponíveis por meio da consulta de dados secundários contribuem grandemente para o processo de elaboração de um projeto de evento, já que auxiliam na identifi cação e descrição de um mercado ou segmento de consumidores. coleta de dados captação de recursos para eventos Embora as empresas criem identidades de marca, o seu signifi cado é criado pelas pessoas. As marcas as auxiliam a se defi nirem e a determinarem seu lugar no mundo, ou melhor, nos diferentes mundos e ambientes em que transitam, como o local de trabalho, o lar, os encontros sociais, e assim por diante. O signifi cado de uma marca é o cerne do comportamento do consumidor. Seu signifi cado é estabelecido a partir de como ela é percebida pelo público em nível consciente e de como ela age dentro dele no nível semi ou subconsciente. Atitude e escolha da marca Prática Simbólica Racional Emocional Percepção dos benefícios Justificativas físicas Crenças sobre o valor que custa Disponível e habitual Combina com o meu estilo de vida Ajuda a expressar minha identidade Ajuda a ordenar e estruturar a vida Motivações inconscientes maRCa “uma marca é um nome diferenciado e/ou símbolo que identifi ca produtos e/ou serviços de um vendedor ou de um grupo de vendedores e os diferencia dos concorrentes. A marca sinaliza ao consumidor a origem do produto e protege, tanto o consumidor quanto o fabricante, dos concorrentes que oferecem produtos que pareçam idênticos” sIgnIfIcado da marca Os indivíduos compram as coisas não só pelo que elas fazem, mas também pelo que signifi cam. Sidney Levy (1959) David Aaker (1998) 25 captação de recursos para eventos DefINIÇÃO De maRCa e pRODUTO marca produto Algo comprado pelo consumidor Algo produzido pela empresa A marca bem sucedida é eterna É única Pode ser ultrapassado rapidamente Pode ser copiado pelo concorrente 26 captação de recursos para eventos A sociedade está cada vez mais consciente dos impactos das transformações ocorridas nos últimos vinte anos, em nível mundial. Não só nas posturas individuais e profi ssionais, mas principalmente nos valores percebidos no ambiente corporativo. Há uma nova visão de mercado e as pessoas, parte fundamental deste processo, passam a enxergar e adotar patamares de expectativas, no papel de clientes e de consumidores, levando uma maior consciência sobre consumo, fi delização e exigências cada vez mais pontuais quanto à marca, produto ou serviço que utilizam. As empresas precisam ir além do posicionamento amplo e apresentar a seu mercado um benefício ou uma razão concreta para compra. Muitas empresas anunciam um posicionamento com um único benefício principal, entre as seguintes possibilidades: » MELHOR QuALIDADE; » MELHOR DESEMPENHO; » MAIOR CONFIABILIDADE; » MAIOR SEGuRANçA; » MAIOR vELOCIDADE; » MELHOR vALOR PELO PREçO PAGO; » MENOR PREçO; » MAIOR PREStÍGIO; » MELHOR EStILO Ou PROJEtO; » MAIOR FACILIDADE DE uSO; » MAIOR CONvENIÊNCIA. No entanto, o cliente quer mais...Quer que a empresa lhe atraia para ações novas e, até, intangíveis, capazes de atingi-lo pelas mudanças de comportamento, valores e atitudes. O marketing encontra uma nova fase, onde a marca é mais exigida pelo consumidor, não apenas em sua esfera como produtora, mas como parte de uma comunidade global. Gestão responsável é gestão competente, sustentável. CONsTRUÇÃO Da maRCa 27 captação de recursos para eventos O marketing passou a trabalhar a responsabilidade social nas seguintes áreas: Os adjetivos mais citados para descrever a empresa que ganha preferência do consumidor são: – vERDADE NA COMuNICAçãO; – QuALIDADE DE PRODutO; – vERDADE NA EMBALAGEM; – tRANSPARÊNCIA NAS NEGOCIAçõES; – PREçOS JuStOS E DIStRIBuIçãO SOCIALMENtE CORREtA. – HONEStA; – IDÔNEA; – CONFIávEL; – SOLIDáRIA. Nesse momento, cresce a cobrança pela ética e pela responsabilidade social por parte das empresas. Começa a surgir uma nova tendência no mercado, atendendo às expectativas da sociedade, que é a de associar de alguma forma o nome da empresa à marca corporativa, porque os cidadãos-consumidores começam a dar valor às organizações, que são reconhecidas como empresas-cidadãs. 28 captação de recursos para eventos Para atuarem com propriedade sobre causas em suas atitudes, há 12 fatores estratégicos que devem sustentar qualquer ação neste sentido: Conexão ao negócio: agir dentro das especialidades, saberes e infl uências da companhia; Alinhamento às crenças e valores: as atitudes devem sintonizar-se com o que a empresa acredita. Sua visão de mundo determina a propriedade na abordagem das causas eleitas; Relevância: as plataformas de ação devem fazer sentido e serem importantes para os públicos envolvidos; Envolvimento interno: sem apoio e conscientização dos colaboradores, nenhuma mobilização tem vida longa; Expressão dos atributos: as atitudes necessitam tangibilizar a maneira pela qual a empresa deseja ser percebida; Clareza e foco: as ações devem ser concentradas em poucas prioridades, de modo a otimizar recursos, esforços e ampliar a efetividade; Posicionamento único: a consistência e fi rmeza na posição sobre causas determinam a convicção da empresa sobre as demandas atendidas; Ativação adequada: sem comunicar e envolver os públicos, as atitudes não contribuem em todos os seus potenciais para a percepção de valor da marca; Parceiros capacitados e confi áveis: a articulação junto a especialistas é essencial para garantir a consistência das atitudes; Gestão e operação qualifi cada: é necessário defi nir o gerenciamento das atitudes como área de negócio, com planejamento, orçamento, rotinas, processos e métricas; Monitoramento de resultados: sem números, não há gestão, tampouco garantia de que a atitude cumpre seus objetivos de forma devida. Desenvolver e acompanhar indicadores constantemente é fundamental. Visão de longo prazo: as mudanças não ocorrem de um dia para o outro. Em atitudes de marca, o oportunismo não existe. As causas devem ser tratadas de modo profi ssional, qualifi cado e orientado à geração sustentável de benefícios para seus envolvidos. fUNDameNTOs Da maRCa 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Fonte: *Por Rodolfo Araújo. Este conteúdo (reportagem) foi publicado originalmente no portal Com: Atitude, da Edelman Signifi ca 29 captação de recursos para eventos Percepção pública do estilo, personalidade, intenção, atributos, competências e diferenciais de uma instituição ou projeto. O POSICIONAMENtO DEvE CONtER: • Público: conhecer o público que a marca ou produto se destina e entender suas necessidades. • Concorrência: o que a concorrência oferece para identifi car oportunidades. • Tendências: o que reforça, justifi ca ou agrega. • Estratégias: qual a missão, valores, atributos e competências. O posicionamento de uma marca ou projetodetermina seu lugar de ocupação na visão do público em relação aos ‘concorrentes’. Como eu me posiciono para o mercado/público/empresa que me interessa? “(…) Sem diferenciação, o consumidor não tem motivos para realizar as escolhas que serão feitas.” Kotler Na busca por um posicionamento desejado, as empresas consideram: pOsICIONameNTO Da maRCa » POSICIONAMENtO POR AtRIButO: a empresa se posiciona com certo atributo ou aspecto. Exemplo: uma fabricante de cerveja afi rma que é a mais antiga no mercado. um hotel se descreve como o mais alto da cidade. » POSICIONAMENtO POR BENEFÍCIO: o produto promete um benefício. » POSICIONAMENtO POR uSO/APLICAçãO: o produto é posicionado como o de melhor para um determinado fi m. » POSICIONAMENtO POR uSuáRIO: o produto é posicionado em termos de um grupo alvo de usuários. » POSICIONAMENtO CONtRA CONCORRENtE: o produto sugere ser diferente ou melhor que o produto do concorrente. » POSICIONAMENtO POR CAtEGORIA: a empresa se descreve como a líder na categoria. » POSICIONAMENtO POR PREçO/QuALIDADE: o produto é posicionado em um determinado nível de qualidade e preço. 30 captação de recursos para eventos COMPONENtES DO vALOR DE MARCA » Lealdade à marca. » Conhecimento do nome. » Qualidade percebida. » Associações da marca em relação à qualidade percebida. » Outros ativos do proprietário da marca: patentes, registros de marca, relações com os canais de distribuição, etc. Fonte: David Aaker (1998) Imprensa Investidor Consumidor Colaborador Governo EntidadesTrade Comunidade Bancos Fornecedor marca pontos de contato públicos PATROCÍNIOS CALL CENTER ANÚNCIO INTERNET PROCESSOS MATERIAIS SERVIÇOS LOJALOGOMARCA NOME A marca precisa ser acompanhada e direcionada ao seu público continuamente 31 captação de recursos para eventos A atitude de marca vai além da dimensão socioambiental ao contemplar também temas como cultura, entretenimento, esportes e comportamento – cujos universos simbólicos também são relevantes socialmente. Ao agir e comunicar suas ações, uma marca ganha em envolvimento, gera vínculos e cria condições para ter maior valor percebido. todavia, planejamento, estruturação, gestão e parcerias são essenciais para que tenham credibilidade. Ao articular a visão de planejamento, o interesse social, a abrangência de públicos diversos e a perspectiva estratégica, a atitude de marca congrega as virtudes das visões existentes e sintetiza um conjunto de critérios com vistas à garantia da consistência das plataformas e ações desenvolvidas. AGIR ANtES DE FALAR toda interação de uma marca com seu público. DIFERENtES FORMAS DE AGIR » Patrocínio, apoio e parcerias; » Programas; » Projetos e eventos da marca; » Marketing de causas; » Investimento social empresarial; » Promoções com conteúdo. FOCOS DE INtERESSES aTITUDe De maRCa AMBIENtAL Conscientização, Preservação, Reciclagem. ESPORtIvO Futebol, Atletismo, Natação, vôlei, Automobilismo. SOCIAL Educação, Comunidades, Geração de renda. ENtREtENIMENtO Shows, Festivais, Festas, Jogos, Parques. CuLtuRAL Música, teatro, Literatura, Cinema, Artes em geral. COMPORtAMENtO Moda, Gastronomia, Design, Arquitetura, Decoração. 32 captação de recursos para eventos GERAçãO DE RESuLtADOS E BENEFÍCIOS A SEu PÚBLICO » Credibilidade; » Identifi cação; » vínculos afetivos; » Proximidade e relevância; » Reputação; » valor para públicos de interesses. falar entreter, envolver » Publicidade; » Promoção; » Design; » Relações Públicas; » Marketing Direto. » Consumidores; » Colaboradores; » Fornecedores; » Acionistas; » Clientes; » Governo; » Imprensa; » Formadores de opinião. comunIcação por atItude marca e Branding marca e sustentabilidade » Posicionamento; » Atributos; » Logotipo; » Linguagem; » Arquitetura. » valores, transparência e governança; » Relacionamento com stakeholders; » Articulação para políticas públicas; » Gestão socioambiental. Fonte: (vista em agosto de 2011) http://comatitude.com.br/conceitos/ subsídios consistência e percepção DEPARtAMENtOS QuE REALIzAM AçõES DE MARCA » Marketing Institucional; » Marketing de produto; » Recursos Humanos; » Relações Governamentais; » Presidência, Conselho Coorporativo; » Institutos Empresariais; » Lojas, Agências. 33 captação de recursos para eventos A captação de recursos é a busca de auxílio fi nanceiro, de serviços e de produtos (recurso = humano, material, físico e fi nanceiro) necessários para a concretização do evento. DEFININDO CAPtAçãO DE RECuRSOS Segundo o dicionário Aurélio, o signifi cado das palavras “captar” e “recurso” são: A captação de recursos é a força aplicada para atrair auxílio/buscar ajuda para o projeto de evento, viabilizando o processo de realização de todas as etapas do evento (pré-evento, trans-evento e pós-evento). CapTaÇÃO De ReCURsOs recurso = ajuda/auxílio captar = buscar/atrair 34 captação de recursos para eventos ter conhecimentos gerais sobre o setor Pesquisar sobre a cultura organizacional das empresas Saber lidar com o tempo ter comprometimento Planejamento e organização Persistência e perseverança Comprometido com metas Relacionamento interpessoal Network Comunicativo Atitude perante as mudanças Capacidade de tomar decisões Interesse em crescimento profi ssional Relacionamento com clientes e fornecedores peRfIl DO CapTaDOR 35 captação de recursos para eventos O trabalho de captação de recursos deve ser minucioso, porque dele depende parte da verba destinada à realização do evento. vários fatores vão contribuir para o êxito ou não desse trabalho, portanto, assegure-se de que o caminho a seguir é o mais efi ciente. Em especial, tenha cuidados com: O PROJEtO DO EvENtO: deve ser coerente com a realidade do mercado a que será destinado. Além de assegurar a viabilidade de sua realização, o projeto do evento deve contar com elementos que surpreendam e provoquem, consequentemente, sensações e emoções positivas em seus participantes. Quanto mais criativo e inovador, maiores tendem a ser os benefícios para todos direta e indiretamente ligados ao evento. Benefícios esses capazes de se estender por um bom tempo pós-evento e até de gerarem produtos como consequência do resultado positivo destes eventos. O ESPECIALIStA (O CAPtADOR DE RECuRSOS): o profi ssional responsável pela captação de recursos para a realização do evento deve ser a pessoa certa, o especialista! Ele deve estar absolutamente seguro e conhecer muito bem o projeto de eventos para o qual buscará recursos. A segurança e o conhecimento do profi ssional serão determinantes para a argumentação e a capacidade de convencer os potenciais patrocinadores para os quais apresentará o projeto solicitando apoio. Esse profi ssional é responsável pela venda da “ideia” do evento. Deve ter, portanto, o perfi l de um excelente vendedor, ou seja, conhecer muito bem o que vende, por que vende para quem vende e por quanto vende. A QuANtIA EXAtA: quando sair a campo para o trabalho de captação de recursos, o profi ssional deve saber, com precisão, a quantia necessária para a realização do evento. O valor solicitado deve ser resultado de estudos e cálculos precisos dos gastos do evento, sempre considerando as suas reais necessidades. A PROPOStA DE PAtROCÍNIO (CAPtAçãO DE RECuRSOS): conhecendo os gastos do evento e com o valor a ser captado defi nido com precisão, o profi ssional deve estabelecer, de maneira clara, como esse valor será dividido em cotas de patrocínio e apoio. É fundamental também defi nir quais os benefícios (contrapartida) que as cotas oferecerão aos seus potenciais patrocinadorese apoiadores. A proposta de patrocínio deve ser bem elaborada, porque será a principal ferramenta de negociação do especialista em captação. TRabalHaNDO paRa CapTaR ReCURsOs 36 captação de recursos para eventos O BANCO DE DADOS: a elaboração e a atualização de um bom banco de dados dependem de constantes pesquisas de identifi cação de órgãos públicos e privados com predisposição à aceitação de projetos de eventos. todas as informações que constam do banco de dados devem ser, portanto, absolutamente verídicas, por serem imprescindíveis para a realização de um bom trabalho de captação de recursos. Exemplos de alguns dados: razão social da empresa, endereço da empresa, seu segmento de atuação, histórico da empresa, objetivo de marketing da empresa, nome da pessoa de contato, o cargo que ocupa, telefones, e-mails, nome da pessoa que indicou, etc. O POtENCIAL PAtROCINADOR: além de garantir a qualidade do projeto de evento, o especialista em captação de recursos deve se assegurar de que o projeto em questão atende às necessidades da empresa pesquisada (potencial patrocinador). Para tanto, faz-se necessário que o trabalho feito anteriormente (elaboração do banco de dados) assegure que o projeto do evento chegará ao destino correto. Isso signifi ca que o evento oferecido deverá apresentar elementos sufi cientes para atender aos objetivos de marketing da empresa. O MOMENtO-CHAvE: todos os itens tratados até o momento precisam ser trabalhados em sintonia. O profi ssional deve saber que a escolha do momento correto para a busca de auxílio é imprescindível para o sucesso do trabalho de captação de recursos. Saber como trabalham as empresas e como funcionam os seus calendários poderá, portanto, facilitar até mesmo a defi nição do cronograma e a programação do evento. Com base nesses tópicos abordados, pode-se concluir que o profi ssional encarregado da captação de recursos deve ser necessariamente um especialista, pois deve possuir conhecimentos e técnicas sobre os vários aspectos dessa atividade, que lhe proporcionarão habilidade e segurança para a negociação. TRabalHaNDO paRa CapTaR ReCURsOs 37 captação de recursos para eventos Quando se fala em captação de recursos para eventos, geralmente se está se referindo à busca de patrocínio para o projeto de evento. A captação de recursos é um grande desafi o para o promotor do evento, porque desses recursos depende a realização ou não do evento. Portanto, a partir do momento em que se identifi ca a necessidade de ajuda para o evento, sabe- se que será imprescindível o apoio de patrocinadores. O promotor do evento até pode recorrer aos bancos para a solicitação de empréstimos para a realização do seu evento, pois essa não deixa de ser uma forma de captação de recursos. O empréstimo é, no entanto, uma dívida contraída com os bancos. Será que essa é a melhor forma de captação de recursos? todas as hipóteses devem evidentemente ser consideradas e, mais do que isso, analisadas e estudadas para que se tenha certeza quanto à decisão a ser tomada. Não se deve desconsiderar a opção dos empréstimos, mas existem outras formas de captação de recursos que podem ser concebidas de maneira mais saudável, criativa e inteligente. Estamos falando da captação de patrocínios e apoios para o evento. Os eventos são considerados pelas empresas uma excelente ferramenta de marketing, uma mídia inteligente capaz de atingir determinados mercados, de maneira mais efi ciente do que muitas formas de publicidade e propaganda. Portanto, a solução mais acertada para a captação de recursos para o projeto de evento é a busca de auxílio por meio de patrocínio. Isso signifi ca chegar até os bancos para a solicitação de empréstimos, por exemplo, não por meio de suas agências, mas entrar em contato com os bancos por meio de seus departamentos de marketing para a solicitação de patrocínio. Não deixaria de ser um compromisso assumido com essas instituições fi nanceiras, porém não seria uma “dívida”, mas sim o compromisso e a responsabilidade de planejar e organizar um evento de qualidade que marque positivamente seu público-alvo (que também é o público do banco), que associará o sucesso do evento à marca patrocinadora. Como consequência, o banco atrairá novos clientes, consolidando assim sua marca no mercado. O qUe É paTROCíNIO? Patrocínio é… defInIndo patrocÍnIo proteção, auxílio. a ação de dar ou receber auxílio financeiro, ou de serviços. a provisão de recursos (financeiros, humanos e físicos) por uma organização diretamente para um evento, em troca de uma associação direta com ele. 38 captação de recursos para eventos Para que o projeto de evento se torne realidade, há necessidade de captação de recursos de órgãos públicos ou privados. Por isso, o evento oferecido deve ter atrativos que despertem interesses de investimento nos seus potenciais patrocinadores. por que as empresas patrocInam eventos? O patrocínio é uma estratégia de investimento promocional, e como estratégia de investimento busca alcançar retorno. O retorno deve se concretizar com o aumento das vendas dos seus produtos e serviços, na fi delização dos seus atuais clientes, na conquista de novos clientes e mercados e na veiculação espontânea da sua marca na mídia, tornando-a mais conhecida, fortalecendo sua imagem e consolidando-se no mercado consumidor. os elementos Indutores do patrocÍnIo Patrocínio: ação de marketing promocional. É uma ação de marketing promocional que, ao dar suporte às demais ações do composto promocional, contribuem para o alcance dos objetivos estratégicos de marketing da empresa, em especial no que se refere à imagem corporativa, promoção da marca, posicionamento do produto, promoção de vendas e comunicação com clientes, fornecedores, distribuidores e demais parceiros. o patrocÍnIo tem três oBjetIvos dIstIntos: » aumentar as vendas; » valorizar institucionalmente a marca; » melhorar a comunicação com clientes, fornecedores, distribuidores e demais parceiros da empresa patrocinadora. O patrocínio insere-se na categoria de marketing promocional, porque busca alternativas diferenciadas para promover a marca e elevar as vendas. E uma das alternativas mais atraentes é o apoio a eventos. A consequência disso é que o patrocínio a eventos é a modalidade que mais cresce no marketing promocional. uma das melhores formas de captação de recursos para eventos é, com certeza, a conquista de patrocínio. Isso porque os resultados da realização do evento serão bastante vantajosos para ambas as partes: » para quem busca o recurso: criará condições para a realização do evento; » para quem fornece o recurso: gerará a oportunidade de associar sua marca ao evento, alcançando o público de interesse. 39 captação de recursos para eventos patrocínio subvenção mODalIDaDe De paTROCíNIO operação comercial, em dinheiro, de promoção e marketing com a iniciativa privada (não é filantropia) apoio financeiro e/ou concessão (passagem, impressos, etc.) de órgãos públicos e governamentais A seguir, acompanhe alguns tipos de apoio e sua terminologia: permuta doação mecenato troca de produtos e serviços (anúncios publicitários, suporte, logística, entre outros) colaboração espontânea (em dinheiro, produtos e serviços), sem qualquer tipo de expectativa de retorno, com pessoas ou empresas interesse de determinada empresa em patrocinar projetos específicos, porém sem aguardar um retorno proporcional ao investimento 40 captação de recursos para eventos O setor público é representado por entidades ligadas aos órgãos federais, estaduais e municipais. Seu principal interesse em apoiar a realização de determinado evento é que a “ideia central” desse evento ajude a preservar e desenvolvera cultura de uma comunidade. No caso, não existe, por parte desse setor, interesse comercial pelo evento. o que o setor pÚBlIco Busca com a realIZação de um evento? » A preservação da identidade nacional; » O acesso do público a diferentes formas de arte; » A promoção da cultura. quem É o pÚBlIco-alvo do setor pÚBlIco? » Os cidadãos. composIção de preço É muito importante observar que para um empreendimento ser considerado viável ele deve gerar lucro num montante que seja tido como compensador. Isso é um reconhecimento por todo o trabalho dedicado ao empreendimento. fONTes pÚblICas De fINaNCIameNTO e leIs De INCeNTIvOs feDeRaIs 41 mencionamos a seguir alguns tópicos essenciais para o planejamento e a administração financeira de eventos: » Gastos: considerar “gasto” os valores (custos e despesas) investidos na compra de um produto ou serviço e que geram sacrifício financeiro; » Despesas fixas: gastos obrigatórios que independem de vendas re- alizadas (exemplos: aluguel, conta de água, energia elétrica e telefone, pró-labore, salários dos funcionários, material de escritório, etc.); » Despesas comerciais: gastos gerados com impostos, tributos e comissões depois de realizada alguma venda (exemplo: após a emissão de uma nota fiscal, são pagos impostos e contribuições como ISS, ICMS, IPI, IRPJ, CSLL, PIS etc.); » Custos de produção: gastos específicos para a produção de um determinado produto ou serviço (exemplo: na organização de um evento, os custos de produção são os valores gastos para sua realização, como aluguel do local, decoração, músicos, recepcionistas, seguranças, mestre-de-cerimônias, serviço de buffet, etc.); » Investimento: valores aplicados na empresa com o objetivo de obter lucro (exemplo: gasto inicial anterior ao funcionamento do empreendimento, como reforma do local – pintura, instalações elétricas e hidráulicas, etc. –, compra de equipamentos – computadores, impressoras, telefones, aparelhos de fax –, cursos de aperfeiçoamento, etc.); » Lucro: valor obtido após as vendas, descontados todos os gastos; é um percentual aplicado sobre o preço de venda e que retornará ao empreendedor depois de todo o investimento realizado; » Preço de venda: é a somatória dos custos de produção, despesas comerciais, parcela das despesas fixas e do percentual de lucro; » Ponto de equilíbrio: representa, em valores, o montante mínimo para que um empreendimento renda o suficiente para o pagamento das despesas fixas; » Prazo de retorno do investimento: é o período (em meses ou anos) que, por meio do lucro gerado pelo empreendimento, o valor investido no início das atividades leva para ser recuperado pelo empreendedor; » Margem de contribuição: valor numérico ou percentual obtido do preço de venda depois de descontados os custos de produção e as despesas comerciais. tópIcos de planejamento e admInIstração fInanceIra em eventos captação de recursos para eventos DEtERMINANDO O PREçO DE vENDA Qual é o preço de venda ideal para cada produto ou serviço? Como calculá-lo? Esta é uma refl exão que surge no momento da entrega de uma proposta de orçamento. Porém, antes de estudarmos a parte matemática do preço de venda, vamos observar como algumas pessoas o calculam. DEtERMINANDO O PREçO DE vENDA DE ACORDO COM OS CONCORRENtES: Este é o método mais utilizado pelos empreendedores. Em alguns momentos, como no início das atividades, este método é até aceitável. Ele tem vantagens e desvantagens: » vANtAGEM: acompanhar o preço de venda da concorrência; » DESvANtAGEM: pode não ser possível administrar os gastos do empreendimento (custos de produção, despesas comerciais e despesas fi xas). DEtERMINANDO O PREçO DE vENDA DE ACORDO COM OS SEuS PRÓPRIOS CáLCuLOS: Este é um método ainda pouco difundido entre empreendedores, mas muito utilizado por quem já faz uso de ferramentas como fl uxo de caixa e ponto de equilíbrio e administra suas fi nanças com muita atenção. também apresenta vantagens e desvantagens: » vANtAGEM: apresentar um preço de venda coerente com a administração dos gastos do empreendi- mento; » DESvANtAGEM: desconfi ança dos clientes em aceitar seu preço (especialmente, se for muito mais alto ou muito mais baixo que o da concorrência). calculando o preço de venda O profi ssional de eventos não precisa ser especialista na área de fi nanças, mas deve saber lidar com cálculos simples e ter noções de como defi nir preços na hora de formatar uma proposta comercial, de forma a não depender de outros profi ssionais. preço de venda (pv) custos de produção + despesas comercIaIs + despesas fIXas + lucro = 43 captação de recursos para eventos leIs de IncentIvo À cultura Fomento signifi ca promover o desenvolvimento, estimular, facilitar. uma política cultural de fomento deve fornecer subsídios ao artista, sem descaracterizar o seu trabalho, possibilitando e fortalecendo o processo criativo desvinculado do produto fi nal e dos modismos. fomento fundos de cultura verbas alocadas pelo poder público e por alguma instituição sem fi ns lucrativos que visam promover o desenvolvimento e estímulo ao artista, a produção cultural e a experimentação. Os fundos, em geral, são distribuídos por uma comissão que analisa, com critérios próprios, predefi nidos e públicos, os projetos apresentados. É preciso acompanhar os websites das secretarias e do próprio Ministério da Cultura para fi carem atualizados sobre as instruções normativas, decretos e editais de seleção de projetos. 44 Amazonas Espírito Santo Distrito federal Mato Grosso João Pessoa Juiz de Fora Londrina Minas Gerais Paraná Porto Alegre Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas www.culturamazonas.am.gov.br Secretaria do Estado da Cultura www.secult.es.gov.br Fundo de Arte e Cultura www.sc.df.gov.br Secretaria da Cultura www.cultura.mt.gov.br Fundação Cultural de João Pessoa www.joaopessoa.pb.gov.br/secretarias/funjope Funalfa – Departamento de Cultura www.funalfa.pjf.mg.gov.br Secretaria de Cultura – Promic www.londrina.pr.gov.br/cultura Secretaria de Cultura de Minas Gerais www.cultura.mg.gov.br Secretaria de Cultura www.seec.pr.gov.br Fumproarte www.portoalegre.rs.gov.br/fumproarte Rio Branco Salvador São Paulo Sorocaba Fundação Municipal de Cultura www.riobranco.ac.gov.br www.cultura.ba.gov.br/apoioaprojetos/ fundodecultura Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo www.cultura.sp.gov.br Secretaria da Cultura www.sorocaba.sp.gov.br sItes de algumas secretarIas que possuem fundo de cultura captação de recursos para eventos uma das principais leis de incentivo em vigor no Brasil é a Lei Federal de Incentivo à Cultura, também conhecida como Lei Rouanet. A Lei Rouanet foi concebida em 1991 para incentivar o investimento a projetos culturais e prevê três mecanismos de fi nanciamento: FICARt, FNC e Mecenato. Podem investir nos projetos culturais, através de isenção fi scal no imposto de renda devido, pessoas físicas e jurídicas. Ministério da Cultura: www.cultura.gov.br/site/categoria/legislação/leis A lei estabelece, entre outros, mecanismos de incentivos fi scais que possibilitam não apenas a produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente, como também a realização de projetos na área de exibição, distribuição e infraestrutura técnica. Na Lei de audiovisual, o patrocinador (empresa) é tratado como investidor, pois diferentemente da Lei Rouanet e demais leis de incentivo à Cultura, poderá participar dos eventuais lucros do projeto. A utilização dos incentivos previstos nesta Lei não impossibilita que o mesmo projeto se benefi cie de recursos previstos na Lei no 8.313, (Lei Rouanet), desde que enquadrados em seus objetivos,limitado o total destes incentivos a 95% (noventa e cinco por cento) do total do orçamento aprovado pela ANCINE. lei 8.313/91 – lei rouanet lei 8.685/93 – lei do audiovisual 46 captação de recursos para eventos Nos últimos anos, vem aumentando o uso dos incentivos fi scais estaduais e municipais para viabilização dos projetos culturais porque as estruturações de aprovação estão mais próximas do produtor, o que facilita acompanhamento e o entendimento dos sistemas burocráticos. As leis de incentivos fi scais estaduais e municipais concedem a redução de impostos que estão vinculados à atividade da empresa e não ao seu lucro, ou seja, referem-se aos impostos que são pagos mesmo em época de crise ou de investimento. Acre Bahia Ceará Lei 1.288 de 05/07/1999 Decreto 11.638/05 Lei 7.015 de 09/12/1996 Decreto 1.361/07 Lei 12.464 de 29/06/1995 Decreto 24.661/97 Incentivo de 100% do valor dos projetos. Desconto do valor do projeto diretamente no ICMS do patrocinador. Incentivo de até 80% do valor do projeto para desconto de até 5% do ICMS devido (haverá redução do incentivo em 50% nos projetos que levem o nome do patrocinador. Incentivo de 50% a 100% do valor do projeto para descontos de até 2% do ICMS devido pelo contribuinte. Fundação Elias Mansour (0xx68) 3322-1646 www.ac.gov.br Secretaria da Cultura (0xx71) 3116-4000 www.cultura.ba.gov. br/apoioaprojetos/ fazcultura Secretaria da Cultura (0xx85) 3101-6763 www.secult.ce.gov.br estados que oferecem IncentIvo fIscal atravÉs da renÚncIa de Icms É um mecanismo que permite a empresas e pessoas apoiar fi nanceiramente projetos desportivos e paradesportivos mediante um incentivo fi scal. Podendo ser utilizada para projetos desenvolvidos por instituições de direito público e privado sem fi ns lucrativos, de natureza esportiva, analisados e aprovados por uma Comissão composta por servidores do Ministério do Esporte e representantes do Conselho Nacional do Esporte. Como muitos esportes são também parte da Cultura brasileira, como é o caso da capoeira e do futebol, por exemplo, entendemos ser uma fonte de fi nanciamento a projetos que envolvam esportes deste tipo. lei de Incentivo ao esporte – lei nº 11.438 de 29 de dezembro de 2006 leis de Incentivo municipais e estaduais 47 captação de recursos para eventos Goiás Minas Gerais Pará Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Lei 13.613 de 11/05/2000 Decreto 5.362/01 Lei 17.615 de 04/07/2008 Decreto 44.866/08 Lei 6.572 de 08/08/2003 Decreto 847/04 Lei 7.516 de 24/12/2003 Decreto 24.933/04 Lei 13.133 de 16/04/2001 Lei 12.310 de 19/12/2002 Lei 12.629 de 12/07/2004 Lei 13.407 de 14/03/2008 Decreto 27.645/05 Lei 4.997 de 30/12/1997 Lei 5.404 de 14/07/2004 Decreto 11.486 de 08/09/2004 Incentivo de até 100% do valor do projeto para desconto de até 5% do ICMS devido pelo contribuinte. Incentivo de 80% do valor do projeto para desconto de até 3% do ICMS devido pelo contribuinte. Incentivo de 80% do valor do projeto para desconto de até 5% do ICMS Incentivo de 100% sobre o valor do projeto para dedução do ICMS com critérios de descontos que devem ser seguidos. Incentivo de 100% sobre o valor do projeto para dedução do ICMS com critérios de descontos que devem ser seguidos. Incentivo de até 100% do valor do projeto. As empresas que contribuem com o Funcultura poderão deduzir do imposto ICMS o valor depositado em cada período fi scal em benefício do Funcultura. Dedução de até 70% do valor do ICMS devido em se tratando de patrocínio, e de até 50% do valor do ICMS devido em se tratando de investimento, de acordo com o edital anual. Agepel (0xx62) 3201-5100 www.agepel.go.gov.br Secretaria de Cultura (0xx31) 3269-1000 www.cultura.mg.gov.br Secretaria da Cultura (0xx91) 4009-8707 www.secult.pa.gov.br Secretaria de Cultura (0xx83) 3218-5160 www.sec.pb.gov.br/ cultura Secretaria da Cultura (0xx41)3321-4700 ww.seec.pr.gov.br Fundaerpe – Secretária da Cultura (0xx81) 3134-3000 www.fundaerpe.pe. gov.br Seduc – Secretária de Estado de Educação e Cultura (0xx86) 3216-3218 www.piaui.pi.gov.br estados que oferecem IncentIvo fIscal atravÉs da renÚncIa de Icms 48 captação de recursos para eventos Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Santa Catarina São Paulo Lei 3.555 de 27/04/2001 Decreto 28.444/01 Lei 7.799/99 Decreto 14.759 de 10/02/2000 Lei 10.846 de 10/08/1996 Decreto 36.960 de 18/10/1996 Lei 10.929 de 23/09/1998 Decreto 3.604 de 23/12/1998 Lei 12.268 de 20/02/2006 Decreto 54.275 de 24/04/2009 Incentivo de 80% do valor do projeto para desconto do ICMS como segue: 4% do ICMS em cada período, para doações e patrocínios de produções culturais de autores e interpretes nacionais; 1% para doações ou patrocínios para produções culturais estrangeiras. Incentivo de 80% do valor do projeto para desconto de até 2% do ICMS devido. Incentivo de 75% do valor do projeto para desconto de até 3% do ICMS devido. Incentivo de 80% do valor do projeto para desconto de até 5% do ICMS devido. Incentivo de até 100% do valor do projeto para educação, para desconto de até 3% do ICMS devido. Secretariada Cultura (0xx21) 2333-1340 www.sec.rj.gov.br Secretária de Estado da Educação e da Cultura (0xx84) 3221-0023 www.rn.gov.br Secretária da Cultura (0xx51) 3225-9542 www.cultura.rs.gov.br Secretária de estado de turismo, Esporte e Cultura (0xx48) 3212-1900 www.sol.sc.gov.br/fcc Secretária da Cultura (0xx11) 3331.3214 www.cultura.sp.gov.br/ portal/site/SEC estados que oferecem IncentIvo fIscal atravÉs da renÚncIa de Icms 49 captação de recursos para eventos Aracaju (SE) Belém (PA) Belo Horizonte (MG) Cabedelo (PB) Caxias do Sul (RS) Contagem (MG) Lei 1.719 de 18/07/1991 Decreto 112 de 12/04/2002 Lei 7.850 de 17/10/1997 Lei 6.498 de 29/12/1993 Decreto 9.863 de 4/03/1999 Decreto 10.131 de 19/01/2000 Decreto 10.162 de 11/02/2000 Decreto 11.103 de 05/08/2002 Lei 963 de 25/10/1999 Decreto 22 de 17/03/2000 Lei 4.592 de 18/12/1996 Decreto 9.132 de 29/02/1997 Lei 3.253 de 22/12/1999 Decreto 10.410 de 10/02/2000 Dedução de 20% do valor devido mensalmente pelos contribuintes do ISS e IPtu Incentivo de até 100% do valor do projeto para dedução de até 20% dos impostos de ISS e IPtu Incentivo de 90% do valor do projeto para dedução de até 20% do Imposto ISSQN Incentivo de até 100% do valor do projeto para dedução de até 40% dos valores devidos mensalmente pelos contribuintes de ISS, IPtu e ItBI Incentivo de até 90% do valor do projeto para dedução de até 20% dos valores devidos mensalmente pelos contribuintes de ISS e IPtu. Dedução de ate 5% do valor devido mensalmente pelos contribuintes do ISS e IPtu Funcaju www.aracaju.se.gov.br www.belem.pa.gov.br www.pbh.gov.br www.cabedelo.pg.gov.br www.caxias.rs.gov.br www.contagem.mg.gov.br estados que oferecem IncentIvo fIscal atravÉs da renÚncIa de Iss e Iptu 50 captação de recursos para eventos Curitiba (PR) Florianópolis (SC) Goiânia (GO) Itajaí (SC) João Pessoa (PB) Maceió (AL) Lei complementar nº 57 de 08/12/2005 Lei complementar nº 15 de 15/12/1997 Lei complementar nº 21 de 16/04/1998 Decreto 1.722 de 2005 Decreto 342 de 2006 Decreto 369 de 2006 Lei 3.659 de 25/11/1991 Decreto 362 de 17/08/1998 Lei 7.957 de 06/01/2000 Lei 8.146 de 27/12/2002Decreto 2.040 de 15/06/2005 Decreto 973 de 01/04/2003 Lei 3.473 de 11/01/2000 Decreto 7.755 de 13/01/2000 Lei 7.380 de 09/10/1993 Lei 9.560 de 03/12/2001 Decreto 4.469 de 07/12/2001 Lei 4.657 de 23/12/1997 Decreto 5.775 de 18/05/1998 Incentivo de até 85% do valor do projeto para dedução de até 20% dos impostos de ISS e IPtu Incentivo de até 70% do valor do projeto para dedução de até 20% dos impostos de ISS e IPtu Incentivo de até 100% do valor do projeto para dedução de até 50% dos impostos de ISS e IPtu Incentivo de até 100% do valor do projeto para dedução de até 30% do valor devido pelo contribuinte do ISS. Dedução de 40% do valor devido mensalmente pelos contribuintes do ISS, IPtu e ItBI. Dedução de até 20% do valor devido mensal para ISS e IPtu sendo que o valor do projeto não poderá ser inferior a R$3.000,00 nem superior a R$ 30.000,00 www.fccdigital.com.br www.pmf.sc.gb.br/ franklincascaes www.goiania.go.gov.br www. fundacaoculturaldeitajai. com.br www.joaopessoa.pb.gov.br/ secretarias/funjope www.maceio.al.gov.br estados que oferecem IncentIvo fIscal atravÉs da renÚncIa de Iss e Iptu 51 captação de recursos para eventos Maringá (PR) Natal (RN) Ponta Grossa (PR) Recife (PE) Rio de Janeiro (RJ) Santa Maria (RS) Lei 4.021 de 17/01/1996 Decreto 223 de 12/03/1996 Lei 5.323 de 28/11/2001 Decreto 6.906 de 20/02/2002 Lei 4.838 de 09/07/1997 Lei 5.838 de 10/11/1997 Lei 5.896 de 17/06/1998 Lei 6.074 de 19/11/1998 Lei 16.215 de 16/07/1996 Decreto 17.515 de 01/12/1996 Lei 1.940 de 31/12/1992 Decreto 25.076 de 23/02/2005 Lei 4.017 de 29/11/1996 Dedução de até 10% do valor total devido pelos contribuintes do ISS e IPtu Dedução de até 20% do valor devido pelo contribuinte do ISS. Dedução de 20% do valor anual devido pelo contribuinte do ISS e IPtu. Incentivo de até 100% do valor do projeto no caso de doação; 70% do valor do projeto no caso de patrocínio e 25% do valor do projeto no caso de investimento, para dedução de até 20% do valor devido pelo contribuinte do ISS. Incentivo de até 70% do valor do projeto para projetos classifi cados como especiais e até 50% do valor do projeto para os classifi cados como normais, para dedução de até 20% do valor devido pelo contribuinte de ISS Dedução de até 30% do valor devido pelo contribuinte do ISS, IPtu e ItBI. www.maringa.pr.gov.br www.natal.rg.gov.br/ funcarte www.pg.pr.gov.br/cultura. www.recife.pe.gov.br www.rio.rj.gov.br www.santamaria.rs.gov.br estados que oferecem IncentIvo fIscal atravÉs da renÚncIa de Iss e Iptu 52 captação de recursos para eventos Santo André (SP) Salvador (BA) São Paulo (SP) uberlândia (MG) vitória (ES) Lei 7.090 de 17/12/1993 Decreto 13.730 de 22/08/1996 Lei 6.800/2005 Decreto 16.282 de 28/12/2005 Lei 10.932 de 30/12/1990 Decreto 46.595 de 28/12/2005 Lei 9.274/06 Decreto 9.231 de 26/03/2003 Lei 3.730 de 08/06/1991 Decreto 10.328 de 20/03/1999 Dedução do valor devido pelo contribuinte do ISS e IPtu em até 30% para pessoa física e 20% para pessoa jurídica. Incentivo de até 80% do valor do projeto para dedução de 10% do valor devido pelo contribuinte do ISS e IPtu. Incentivo de até 70% do valor do projeto para dedução de até 20% do valor devido pelo contribuinte do ISS e IPtu. Dedução de até 20% do valor devido mensalmente pelo contribuinte do ISS e IPtu. Incentivo de até 100% do valor do projeto para dedução de até 20% do valor devido pelo contribuinte do ISS e IPtu. www.santoandre.sp.gov. br www.cultura.salvador. ba.gov.br/vivacultura www.prefeitura.sp.gov. br/secretarias/cultura www.uberlandia.mg.gov. br www.vitoria.es.gov.br estados que oferecem IncentIvo fIscal atravÉs da renÚncIa de Iss e Iptu 53 captação de recursos para eventos O setor privado é representado por pessoas físicas (CPF), pessoas jurídicas (CNPJ), fundações e organizações sem fi ns lucrativos. O envolvimento do setor privado em eventos ocorre sob a forma de patrocínio e/ou apoio. O setor privado é essencialmente motivado pelo resultado comercial que a associação da sua marca ao evento pode gerar perante o público-alvo a que se destina a realização do evento. O que o setor privado busca com a realização de um evento? » Ser reconhecido por isso; » Alavancar sua marca unicamente nas praças de seu interesse. Quem é o público-alvo do setor privado? » Clientes, comunidade, fornecedores, funcionários, cooperados, acionistas e proprietários. fONTes pRIvaDas De fINaNCIameNTO eveNTOs pROpRIeTÁRIOs Nos últimos anos, o Brasil tem presenciado um grande crescimento de eventos proprietários, que consistem em marcas emprestarem seus nomes a um festival de artes, tecnologia, etc. Os eventos proprietários são uma poderosa ferramenta da comunicação, e é hoje uma das principais estratégias de marketing das grandes empresas. Apostar na realização de um evento é mais do que destinar verba para esse acontecimento, é fortalecer a imagem corporativa estreitando o relacionamento com o público-alvo e potencializando as vendas de uma determinada marca ou produto. As organizações buscam se destacar e permanecer na mente do consumidor e para isso recorrem a alternativas diferenciadas como os eventos proprietários 54 elabORaR a pROpOsTa De COmeRCIalIzaÇÃO De Um eveNTO 2. 2 elabORaR a pROpOsTa De COmeRCIalIzaÇÃO De Um eveNTO INClUINDO plaNO De míDIa, plaNO De maRkeTINg, beNefíCIOs e CONTRapaRTIDas, e levaNDO em CONsIDeRaÇÃO as pOlíTICas De paTROCíNIO. plaNO De míDIa Estabelece os veículos e as formas que serão utilizadas para a divulgação das informações do evento. Cada projeto prevê veículos específicos e formas distintas de abordagem para atingir seus públicos-alvo, porém as estratégias a serem adotadas devem ser previstas no planejamento financeiro. beNefíCIOs e CONTRapaRTIDa Em troca da compra da cota de patrocínio, a empresa patrocinadora recebe um “pacote de benefícios”, que chamamos de contrapartida do evento. A contrapartida é o direito adquirido pela empresa para a exposição de sua marca no evento. A contrapartida será diretamente proporcional à quantidade de cotas adquiridas. Assim, aspectos como o volume, quando e onde a empresa poderá usar a sua marca no evento serão estabelecidos previamente, com base no montante de cotas adquiridas. plaNO De maRkeTINg trata-se do documento que estabelece quais serão as estratégias de marketing que serão utilizadas para atingir os objetivos do evento, descreve detalhadamente cada uma das ações que serão realizadas. CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA EVENTOS 56 captação de recursos para eventos beNefíCIOs TaNgíveIs beNefíCIOs INTaNgíveIs Mídia: Anúncios de jornal, revista, rádio, televisão, cinema, internet, etc. Acessos: Cotas de ingressos, convites para área vIP, descontos especiais, etc. Produtos: Cotas de livros, CDs, DvDs, brindes, etc. Conteúdos: Palestras, cursos, etc. Banco de dados: mailing de públicos específi cos, etc. Incentivo fi scal Material Gráfi co Ambientação Sinalização Promoção Merchandising Reconhecimento Prestígio Lealdade do público Relacionamentos Interesse mídia Ativação da marca Exclusividade 57 captação de recursos para eventos funçÕes-chave na organIZação do evento Função-chave Descrição Denominação Realização do evento Co-realização do evento Apoio ao evento Patrocínio do evento Empresa promotora do evento Empresa que divide a promoção com outra empresa
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