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Direito e lei

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Direito e lei
Pag3, (cap. I)
“A maior dificuldade, numa apresentação do direito, não será mostrar o que ele é, mas dissolver as imagens falsas ou distorcidas que muita gente aceita como retrato fiel. Se procurarmos a palavra que mais frequentemente é associada ao direito, veremos aparecer a Lei...”.
Aqui o autor nos mostra um problema, proveniente da palavra de língua inglesa Law, na qual Direito e Lei tem a mesma semelhança, enquanto que em outros países a uma diferenciação entre as mesmas.
Pag4, (cap. I)
“O Direito resulta aprisionado em conjunto de normas estatais, isto é, de padrões de conduta impostos pelo Estado, com a ameaça de sanções organizadas...”.
Neste caso, Lira diz que o direito só esta associado a classe dominante, pois é a mesma quem dita e cria as leis, e de certa maneira limita os Direitos, apresentando conceitos inquestionáveis.
Pag6, (cap. I) 
 “Quando buscamos o que o Direito é, estamos antes perguntando o que ele vem a ser, nas transformações incessantes do seu conteúdo e forma de manifestação concreta dentro do mundo histórico e social...”. 
Ou seja, fica difícil determinar em essência o que é o Direito já que o mesmo vive em constante mudança com a sociedade, e seus fatores históricos. O Direito é construído junto com a sociedade e não sem ele.
Ideologias jurídicas
Pag7, (cap. II)
Ideologia significou, primeiramente, o estudo da origem e funcionamento das idéias em relação aos signos que as representam; mas, logo, passou a designar essas idéias mesmas, o conjunto de idéias duma pessoa ou grupo, a estrutura de suas opiniões, organizada em certo padrão. Todavia, o estudo das idéias e seus conjuntos padronizados começou a destacar as deformações do raciocínio, pelos seus conteúdos e métodos, distorcidos ao sabor de vários condicionamentos, fundamentalmente sociais. Por outras palavras, descobriu-se que a imagem mental não corresponde exatamente à realidade das coisas.
O autor se refere as ideologias formadas pela religião, as criadas pelas instituições, que assim como as anteriores são padronizadas, de acordo com suas especificas ideias e consciências. 
As principais ideologias Jurídicas
Pag18, (cap. III)
“[...] as normas, padrões de conduta, impostos pelo poder social, com ameaças de sanções organizadas (medidas repressivas, expressamente indicadas, como, como órgão e procedimento especiais de aplicação)- constituem, para o positivismo, o completo Direito [...]”. Quando o positivista fala em Direito, refere-se a este último - e único - sistema de norma, para ele, válidas, como se ao pensamento e prática jurídicas interessasse apenas o que certos órgãos do poder social impõem e rotulam como Direito.
Neste contexto Lira Filho retrata o Direito positivo como o direito que determina a ordem estabelecida pelas normas, só que, se tratando das normas determinadas pelas classes dominantes estabelecendo assim sua estrutura social.
Pag23, (cap. III)
“... por que se atribui ao estado o monopólio de produzir Direito, com a legislação? Que razão jurídica legitimaria esse privilégio? Nenhum positivista escapa a esta questão: no máximo, ele a transfere para outra sede, isto é, procura oferecer à sua ideologia jurídica o aval de sua ideologia política...”. Assim é que, para conservar aquele mito da neutralidade, afirma que o direito é apenas uma técnica de organizar a força do poder [...].
Logico que é em privilégio dos dominadores, pois o Estado é o representante do povo, só que, de qual povo estamos falando? É claro que Lira Filho não se retrata aos grupos de classes sociais que lutam por determinadas melhorias e igualdades, mas sim em proveito dos dominadores que tentam disfarça suas verdadeiras intenções por traz dos grupos e das lutas de classes. 
Sociologia e Direito
Pag33, (cap. IV)
“Falamos em Sociologia do Direito, enquanto se estuda a base social de um direito específico. [...] Sociologia jurídica, por outro lado, seria o exame do Direito em geral, como elemento do processo sociológico, em qualquer estrutura dada.”.
A Dialética Social do Direito
81 e 82 (cap. V)
O que é “essencial” no homem é a sua capacidade de libertação [...]. [...] o Direito não “é”, ele “vem a ser”. Por isso que o revolucionário de ontem é o conservador de hoje e o reaciário de amanhã.”.
Isso quando o mesmo descobre e usa da força da natureza e da sociedade em beneficio próprio e não se deixar levar por estas forças, ou seja ser dominado.
Pag84, (cap. V)
“A grande inversão que se produz no pensamento jurídico tradicional é tomar as normas como Direito e, depois, definir o Direito pelas normas, limitando estas às normas do Estado e da classe dos grupos que o dominam”.
Pag85 e 86, (cap. V)
“Direito e justiça caminham enlaçados; Lei e Direito é que se divorciam com frequência. Onde esta a justiça no mundo? [...]. Justiça é justiça social, antes de tudo: é a atualização dos princípios condutores, emergindo nas lutas sociais, para elevar á criação duma sociedade em que cessem a exploração e opressão do homem pelo homem; e o Direito não é mais, nem menos, do que a
expressão daqueles princípios supremos [...]”.
Pag88 e 89, (cap. V)
“O Direito, em resumo, se apresenta como positivação da liberdade conscientizada e conquistada nas lutas sociais e formula os princípios supremos da justiça social que nela se desvenda. [...]. Por isso, é importante não confundi-lo com as normas em que venha a ser vazado, com nenhuma das
séries contraditórias de normas que aparecem na dialética social. [...] o Direito não se confunde com a moral. A moral também é processo, também esta inserida na dialética social [...] é, portanto, bilateral, como o Direito; o que não é, entretanto, é recíproca. Recíproco é só o Direito.”.
Pag89 e 90, (cap. V)
“A moral visa o aperfeiçoamento de cada um, dentro da honestidade. O Direito visa ao desdobramento da liberdade, dentro dos limites da coexistência [...] Direito é o reino da libertação, cujos limites são determinados pela própria liberdade. Moral é o reino da contestação, em que a liberdade é domada [...]”.

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