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Glicólise UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR INTRODUÇÃO A BIOQUÍMICA 2016.2 Glicólise UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR INTRODUÇÃO A BIOQUÍMICA GLICOSE Posição central no metabolismo Glicólise Glicose •Relativamente rica em energia •Polímeros de glicose são formas de armazenamento de energia •É precursora de uma série de intermediários metabólicos GLICOSE Armazenada (glicogênio, amido, sacarose) Oxidada a piruvato (glicólise) – síntese de ATP e intermediários metabólicos Oxidada a pentoses (via das pentoses fosfato) Principais destinos da glicose Glicólise GLICÓLISE Lise (quebra) da glicose – Via central do catabolismo – Um dos primeiros sistemas enzimáticos elucidado e talvez o mais estudado (1897) – Processo universal (animais, vegetais, microorganismos) – Ocorre mesmo em condições ANAERÓBICAS. Glicólise – Glóbulos vermelhos – Córnea, cristalino, retina – Medula renal – Testículos – Leucócitos – Fibras musculares brancas Glicólise Tecidos que utilizam a glicólise como principal mecanismo de obtenção de energia Onde ocorre a glicólise? Uma visão geral Glicólise 10 passos Fase preparatória Fase de pagamento Fase Preparatória • Investimento de 2 ATP • Clivagem da cadeia carbônica da glicose (6 carbonos) em 2 moléculas de trioses fosfato Passo 1 – Fosforilação da glicose Glicose ATP Glicose 6-fosfato ADP Hexoquinase Mg2+ ΔG = -16,7 kJ/mol Quinases são enzimas (transferases) que trabalham transferindo o grupo fosfato do ATP para algum substrato. São, portanto, dependentes do ATP. Passo 1 – Fosforilação da glicose Glicose ATP Glicose 6-fosfato ADP Mg2+ •Ligação com a glicose provoca mudança na conformação. •Proteína citosólica e solúvel. •Presente em todas as células de todos os organismos. •Isoenzima fígado (glicoquinase ou hexoquinase IV) •Enzima reguladora Hexoquinase ΔG = -16,7 kJ/mol Passo 2 – Conversão da glicose 6-fosfato em frutose 6-fosfato Glicose 6-fosfato Frutose 6-fosfato Fosfohexose isomerase ΔG = 1,7 kJ/mol Passo 3 – Fosforilação da frutose 6-fosfato formando frutose 1,6-bifosfato Frutose 6-fosfato Fosfofrutoquinase 1 Frutose 1,6-bifosfato ATP ADP ΔG = -14,2 kJ/mol Passo 3 – Fosforilação da frutose 6-fosfato formando frutose 1,6-bifosfato Frutose 6-fosfato Frutose 1,6-bifosfato ATP ADP Fosfofrutoquinase 1 •Uma das enzimas mais complexas •Enzima reguladora ΔG = -14,2 kJ/mol Passo 4 – Quebra da frutose 1,6-bifosfato Aldolase Frutose 1,6-bifosfato Gliceraldeído 3-fosfato Diidroxicetona fosfato ΔG = 23,8 kJ/mol Passo 5 – Isomerização da Diidroxicetona fosfato em Gliceraldeído 3-fosfato Triose fosfato isomerase Gliceraldeído 3-fosfatoDiidroxicetona fosfato ΔG = 7,5 kJ/mol Resumo da fase preparatória • Há utilização (gasto) de 2 ATPs • O produto final é gliceraldeído 3-fosfato (Glicose → 2 gliceraldeído 3-fosfato) Fase de Pagamento Ocorre a compensação dos ATPs gastos na fase preparatória Passo 6 – Oxidação e Fosforilação do Gliceraldeído 3-fosfato Gliceraldeído 3-fosfato (2) Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase 1,3-Bifosfoglicerato (2) Fosfato inorgânico (2) ΔG = 6,3 kJ/mol Passo 7 – Transferência de um grupo fosfato do 1,3-bifosfoglicerato para o ADP Fosfoglicerato quinase 1,3-Bifosfoglicerato (2) ADP (2) ATP (2) 3-Fosfoglicerato (2) ΔG = -18,5 kJ/mol Passo 8 – Isomerização do 3-Fosfoglicerato para produzir 2-Fosfoglicerato Fosfoglicerato mutase 3-Fosfoglicerato (2) 2-Fosfoglicerato (2)Mg2+ ΔG = 4,4 kJ/mol Passo 9 – Desidratação do 2-Fosfoglicerato para produzir Fosfoenolpiruvato Enolase 2-Fosfoglicerato (2) Fosfoenolpiruvato (2) H2O (2) ΔG = 7,5 kJ/mol + Passo 10 – Transferência de um grupo fosfato do Fosfoenolpiruvato para o ADP formando Piruvato Piruvato quinase Fosfoenolpiruvato (2) ADP (2) ATP (2) Piruvato (2) K+, Mg2+, Mn2+ ΔG = -31,4 kJ/mol Balanço do ATP Fase preparatória – Gasto de 2 ATP Fase de Pagamento – Produção de 4 ATP Produção (4) – Gasto (2) = 2 ATP Reação global da glicólise Glicose (6 carbonos) 2 Piruvato (3 carbonos) + 2H2O 2 ATP + 4 ADP + 2Pi 2ADP + 4 ATP Glicose + 2 ADP + 2Pi + 2NAD + 2 Piruvato + 2 ATP + 2NADH + 2H2O 2 NAD+ 2NADH + 2H+ Balanço final da glicólise Além da manutenção constante da concentração de ATP a glicólise é importante para a formação de intermediários glicolíticos que possuem destinos biossintéticos. Vias afluentes da glicólise Glicogênio e amido Dissacarídeos Monossacarídeos GLICÓLISE Vias Tributárias da Glicólise Glicogênio Glicose 1-fosfato Fosforilase do glicogênio Glicose 6-fosfato Fosfoglicomutase Glicólise Vias Tributárias da Glicólise Amido Glicose 1-fosfato Fosforilase do amido Glicose 6-fosfato Fosfoglicomutase GlicóliseGlicólise Vias Tributárias da Glicólise Amido ingerido Oligossacarídios -amilase salivar Maltose, maltotriose e dextrina Glicose -amilase pancreática Enzimas microvilosidades Glicólise Vias Tributárias da Glicólise Amido ingerido Oligossacarídios -amilase salivar Maltose, maltotriose e dextrina Glicose -amilase pancreática Enzimas microvilosidades Glicólise Vias Tributárias da Glicólise Dissacarídeos Lactose + H2O D-galactose + D-glicose Sacarose + H2O D-frutose + D-glicose Trealose + H2O 2 D-glicose Enzimas microvilosidades Vias Tributárias da Glicólise Frutose Frutose 6-fosfato Fosforilação Hexoquinase Músculos e rins Glicólise Vias Tributárias da Glicólise Frutose Frutose 1-fosfato Fosforilação Frutoquinase Fígado Diidroxicetona fosfato Rompimento Frutose 1-fosfato aldolase Gliceraldeído Gliceraldeído 3- fosfato Triose fosfato isomerase Gliceraldeído 3- fosfato Triose quinase Glicólise Vias Tributárias da Glicólise D-Galactose Galactose 1-fosfato Galactoquinase Glicose 1-fosfato Série de reações (UDP) Vias Tributárias da Glicólise D-Galactose Galactose 1-fosfato Galactoquinase Glicose 1-fosfato Série de reações (UDP) GALACTOSEMIA Catarata Crescimento deficitário Deficiência mental Danos hepáticos Vias Tributárias da Glicólise D-manose Manose 6-fosfato Hexoquinase Frutose 6-fosfato Fosfomanose isomerase Glicólise Regulação da Glicólise A curto prazo depende: • Necessidade de ATP • Atividade das enzimas alostéricas •Concentração dos intermediários metabólicos Hexoquinase – inibida pela glicose-6-fosfato Fosfofrutoquinase 1 – inibida por ATP e citrato Piruvato quinase - inibida por ATP Regulação da Glicólise Efeito Pasteur Culturas de levedo – aumento no consumo de glicose por culturas de levedo quando as condições mudavam de aerobiose para anaerobiose. Aerobiose – baixo consumo de glicose Anaerobiose – alto consumo de glicose Regulação da Glicólise Regulação da Glicólise A longo prazo depende: •Hormônios (insulina, glucagon) •Expressão de genes que codificam enzimas Qual o destino do piruvato após a glicólise? Condições aeróbias Condições anaeróbias (fermentação alcoólica) Condições anaeróbias Condições Anaeróbias Redução do Piruvato a Lactato (Músculo)Condições de: •Hipoxia (músculos esqueléticos muito ativos) •Eritrócitos •Partes submersas de plantas •Bactérias Passo 6 – Oxidação e Fosforilação do Gliceraldeído 3-fosfato Gliceraldeído 3-fosfato (2) Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase 1,3-Bifosfoglicerato (2) Fosfato inorgânico (2) Condições Anaeróbias Redução do Piruvato a Lactato (Músculo) Essa reação permite a regeneração do NAD+ Glicose Fígado Ciclo de Cori Qual o destino do piruvato após a glicólise? Condições aeróbias Condições anaeróbias (fermentação alcoólica) Condições anaeróbias Condições Aeróbias O PIRUVATO será transformado em acetil-CoA que poderá seguir para o ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) Condições Aeróbias Condições Aeróbias
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