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Exercicios anatomia

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QUESTÕES DE ANATOMIA 
ERNEST GARDNER 
DONALD J. GRAY 
RONAN O’RAHILLY 
 
 
CAPÍTULO 44: 
ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS 
 
 
1) Explique o motivo pelo qual infecções se propagam com maior 
facilidade da genitália externa feminina para a cavidade 
peritoneal do que a propagação a partir da genitália externa 
masculina. 
 
Na mulher a cavidade peritoneal não é completamente fechada, como 
ocorre no homem. A comunicação entre a cavidade peritoneal com o 
exterior do corpo se faz através de uma abertura da tuba uterina, em 
sua porção mais lateral: o óstio abdominal ou pelvino da tuba uterina. 
Essa estrutura propicia a entrada dos óvulos no interior da tuba 
uterina. A localização específica de tal estrutura remete ao ápice do 
funil correspondente ao infundíbulo da tuba uterina. 
 
2) A que se deve a mudança de aspecto do ovário, de liso e rosado 
para acinzentado e pregueado? 
 
Antes da primeira ovulação, o ovário possui aparência lisa e rosada. 
Com a puberdade, as cicatrizes resultantes da liberação de óvulos de 
seus folículos formam pregas e conferem a coloração mais acinzentada 
ao órgão. 
 
3) Determine os limites da fossa ovárica, depressão na qual se aloja 
o ovário. 
 
A fossa ovárica é limitada anteriormente pela artéria umbilical 
obliterada e posteriormente pelo ureter e artéria ilíaca interna. A 
fossa ovárica é ainda revestida pelo peritônio parietal. 
 
4) Quais são os meios de fixação do ovário? 
 
Ligamento Suspensor do Ovário (= ligamento infundíbulo pelvino): 
preso à extremidade superior ou tubal do ovário. Perde-se no tecido 
conectivo que cobre o músculo psoas maior. 
Ligamento Ovárico: liga-se à extremidade inferior ou uterina do 
ovário e a conecta ao corpo do útero. 
Mesovário: prega peritoneal que se destaca do folheto dorsal do 
ligamento largo do útero e atinge a margem anterior do ovário. 
 
5) Em que porção do ovário está o hilo ovariano? 
 
O hilo ovariano, através do qual passam nervos, vasos sangüíneos e 
vasos linfáticos, encontra-se em sua borda anterior, também conhecida 
como borda mesovárica, uma vez que nela também se prende o mesovário. 
 
6) Descreva de que maneira o óvulo atinge a luz uterina. 
 
Ovário (folículo ovariano)  ovulação  óvulo na cavidade 
peritoneal  fímbrias  óstio abdominal (pelvino) da tuba uterina  
infundíbulo (onde geralmente ocorre a fecundação)  ampola  istmo da 
tuba uterina  parte uterina (da tuba uterina)  óstio uterino  
cavidade do útero 
O caminho do óvulo, fecundado ou não, pela tuba uterina, leva de 
três a quatro dias. É influenciado por ação ciliar das células da 
mucosa e por peristaltismo da túnica muscular. 
 
7) Defina gravidez ectópica e seu local mais comum de ocorrência. 
 
Trata-se da gravidez extra-uterina, ou seja, fora da cavidade 
uterina. Desenvolve-se principalmente na tuba uterina (gravidez 
tubária), na região da ampola. É um dos fatores que aumentam os riscos 
de mortalidade materna. 
 
8) Como se determina a permeabilidade das vias genitais femininas? 
 
A permeabilidade das vias genitais femininas pode ser determinada 
pela injeção de material radiopaco ou soprando-se ar através da vagina 
e do útero. Se as vias estão permeáveis, o ar escapa e atinge a 
cavidade peritoneal. Quando a pessoa põe-se de pé, o ar ascende para 
uma região inferior ao diafragma, onde pode ser observado 
radiograficamente. 
 
9) Quais são as camadas da tuba uterina? Indique algumas de suas 
funções. 
 
A tuba uterina possui três camadas: uma mucosa, uma túnica muscular 
e uma serosa. A camada mucosa, formada por células ciliadas, interfere 
na condução do óvulo e do espermatozóide pela tuba. A túnica muscular, 
por meio de sua contração, promove o peristaltismo da tuba uterina, 
influenciando também na condução de gametas pela estrutura tubária. A 
serosa da tuba uterina corresponde ao peritônio do ligamento largo (do 
útero). 
 
10) O que é o canal do parto? 
 
O canal do parto é formado pela cavidade uterina e vaginal 
subjacente. É o canal pelo qual o bebê passa durante um parto vaginal 
(normal). 
 
11) Qual o significado de ângulo de antiversão? 
 
O ângulo de antiversão corresponde ao ângulo formado entre a vagina 
e a cérvix do útero, sendo este ângulo ligeiramente maior do que 90°. 
Esta posição relativa entre útero e vagina é freqüentemente encontrada 
em mulheres adultas. A partir da extremidade superior da vagina o 
útero se dirige superior e anteriormente, vindo a formar um ângulo 
aproximadamente reto. 
O útero encontra-se geralmente também antiflexionado e este termo se 
refere à posição relativa entre o corpo do útero e o istmo. Na junção 
entre essas duas estruturas, o útero se inclina para frente. 
Todavia, estas duas posições, normalmente encontradas, são 
facilmente alteradas, em função da distensão intestinal ou da bexiga 
urinária, por exemplo. Quando a bexiga está cheia, o útero encontra-se 
em retroversão, ou seja, dirige-se súpero-posteriormente a partir da 
extremidade superior da vagina. 
Em algumas mulheres o útero sempre está em retroversão, independente 
do estado de tensão da bexiga urinária. O útero pode ainda estar em 
retroflexão, quando o corpo do útero inclina-se para trás, sobre o 
istmo. 
 
 
12) Como se dá o suporte do útero? 
 
O útero ganha muito de seu suporte por uma inserção direta na 
vagina. Ajudam no seu suporte também as inserções indiretas e as 
estruturas próximas, como o reto, a bexiga, o diafragma pelvino e a 
pelve óssea. 
 
13) Defina escavação uterovesical e escavação retouterina. 
 
A escavação uterovesical é formada pela reflexão do peritônio da 
face posterior da bexiga ao istmo do útero e, daí, passa em direção 
superior sobre a superfície vesical do corpo do útero. 
A escavação retouterina corresponde ao recesso formado pela reflexão 
do peritônio da parte superior da vagina sobre a face anterior do 
reto. 
 
14) Quais são os elementos de fixação uterinos? 
 
Os elementos de fixação uterinos são o ligamento largo 
(mesossalpinge e mesométrio), ligamento redondo, ligamento 
uterosacral, ligamento cervical lateral (ou transversal) ou cardinal. 
 
15) O que são epoóforo e paroóforo e qual é a sua importância? 
 
O epoóforo e o paroóforo são parte do conteúdo do mesossalpinge, que 
por sua vez é uma parte do ligamento largo. O epoóforo consiste em um 
ducto (que corre paralelamente e abaixo da tuba uterina) e túbulos 
(que se dirigindo superiormente na região do ovário se unem ao ducto 
em ângulo reto). Este é um remanescente do ducto mesonéfrico e de 
alguns de seus túbulos. O paroóforo localiza-se medialmente ao 
epoóforo, sendo um grupo de túbulos muito pequenos, só vistos ao 
microscópio. A importância de tais estruturas só existe quando delas 
se originam cistos. 
 
 
16) Qual é o conteúdo do mesossalpinge? 
 
O mesossalpinge, parte do ligamento largo entre a tuba uterina e a 
linha da qual o ligamento largo se reflete para formar o mesovário, 
contém vasos ováricos, vasos uterinos, o epoóforo e o paroóforo. 
 
17) Descreva o ligamento largo do útero. 
 
O ligamento largo é formado nas bordas laterais do útero por duas 
lâminas de peritônio que recobrem as superfícies vesical e intestinal 
e se estende às paredes laterais da pelve. Entre as lâminas posterior 
e anterior existe tecido conectivo frouxo e tecido muscular, 
denominados coletivamente paramétrio. O ligamento largo engloba a tuba 
uterina, o ligamento ovárico, parte do ligamento redondo, a artéria 
uterina, o plexo venoso, o plexo nervoso uterovaginal e uma parte do 
ureter.18) Como se formam os ligamentos uterosacral e cervical lateral? 
 
Os ligamentos cervical lateral e uterosacral são formados a partir 
do espessamento da fáscia pelvina e visceral lateral à cérvix e à 
vagina, o qual contém numerosas fibras musculares lisas. 
 
19) Quais são as modificações pelas quais o útero passa durante a 
vida da mulher? 
 
Ao nascer o útero encontra-se na altura da abertura superior da 
pelve. A cérvix é maior do que o corpo. A diferença entre o eixo do 
útero e vagina é muito pequena. O crescimento do útero até a puberdade 
é lento, quando ele cresce rapidamente e ganha o tamanha e a forma do 
útero adulto. Após a menopausa torna-se menor, mais fibroso e de 
coloração mais pálida. 
Durante a gravidez o seu tamanho aumenta consideravelmente. O fundo 
eleva-se acima do nível da sínfise púbica no terceiro mês. Atinge o 
plano supracristal no sexto mês e no oitavo mês o nível da juntura 
xifesternal. Desce ligeiramente no nono mês, quando a circunferência 
máxima da cabeça fetal se encaixa abaixo da abertura superior da 
pelve. Na gravidez o útero aumenta de peso e suas paredes tornam-se 
mais finas. 
Após o parto ele involui, atingindo estado de repouso após seis ou 
oito semanas. Agora ele ganhou 1 cm a mais em todas suas dimensões, 
está ligeiramente mais pesado, sua cavidade algo maior e os lábios do 
óstio uterino estão com contorno irregular. 
As artérias uterinas tornam-se bastante aumentadas durante a 
gravidez e tortuosas após o parto. 
 
20) Em algumas fases do ciclo menstrual, as mulheres costumam 
sentir dores pélvicas, na forma de cólicas. Explique como é a 
sensibilidade do útero aos estímulos dolorosos. 
 
A dor pode ser percebida quando a cérvix é pinçada ou dilatada. 
Algumas desordens uterinas são dolorosas e a dor pélvica é percebida 
em algumas fases do ciclo menstrual. As fibras relacionadas ascendem e 
penetram na medula espinhal pelos nervos esplâncnicos lombares. A 
ressecção do plexo hipogástrico superior já foi executada para aliviar 
fortes dores desse tipo. 
 
21) Quais são as camadas uterinas? 
 
As camadas uterinas são a mucosa (endométrio), a túnica muscular 
(miométrio) e a serosa (peritônio). O endométrio apresenta 
modificações cíclicas correspondentes às diversas fases do ciclo 
menstrual. Durante a fase estrogênica, ganha espessura e diz-se que o 
endométrio está na fase proliferativa. Na fase secretora ou 
progesterônica as glândulas da mucosa assumem aspecto tortuoso e 
passam a ampliar as suas secreções. Caso não haja menstruação, a 
camada funcional do endométrio se descama, originando o fluxo 
menstrual. Esta fase do ciclo é determinada pela queda das 
concentrações de estrogênio e progesterona. O miométrio é importante 
nos movimentos necessários no momento do parto, sendo que a sua 
contração permite ainda o efluxo de resíduos placentários e dos 
elementos da menstruação. 
 
22) O que significa fórnix da vagina? 
 
Trata-se de um recesso entre a parte vaginal da cérvix e as paredes 
da vagina. Embora seja contínuo em torna da cérvix, é subdividido em 
fórnix anterior, posterior e lateral. 
 
 
CAPÍTULO 43: 
ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS 
 
 
 
1) Na borda posterior do testículo estão aderidos o epidídimo e a 
porção inferior do funículo espermático. Descreva o que 
representa o funículo espermático. 
 
O funículo espermático está formado no ânulo inguinal profundo, 
sendo constituído por estruturas que acompanham o testículo e 
epidídimo durante a sua decida da cavidade peritoneal para a bolsa 
escrotal. Ele se estende a partir do canal inguinal, passando pelo 
escroto e terminando na borda posterior do testículo. O funículo 
espermático contém: ducto deferente, artéria do ducto deferente, 
veia do ducto deferente e o nervo que passa para o epidídimo; 
artéria testicular, nervos do plexo testicular; plexo pampiniforme 
(de veias); vasos linfáticos, artéria cremastérica, ramo genital do 
nervo genitofemoral; e remanescentes do processo vaginal do 
peritônio. 
 
2) A varicocele é tida como uma das principais causas de 
infertilidade masculina. Trata-se de varizes das veias que formam o 
plexo pampiniforme. Discuta anatomicamente o motivo pelo qual a 
varicocele da veia espermática esquerda ser mais freqüente do que a da 
contralateral. 
 
A maior incidência da varicocele no lado esquerdo está ligada à 
anatomia da veia espermática esquerda, que desemboca em ângulo de 90 
graus na veia renal esquerda (como em um rio, a drenagem de sua água 
fica prejudicada se for feita em ângulo reto com outro rio). 
A veia espermática esquerda é mais longa que a direita e desemboca 
em ângulo reto na veia renal deste lado. Assim, forma-se uma longa 
coluna hidrostática, com alta pressão, que dilata o plexo 
pampiniforme. Além disso, a pressão transmitida pela veia renal para 
o plexo pampiniforme pode danificar as válvulas da veia espermática. 
Estas válvulas são importantes porque impedem o refluxo do sangue 
para os testículos. As válvulas só permitem o fluxo do sangue de 
baixo para cima. Porém, quando estão danificadas, ocorre também o 
fluxo inverso (refluxo), todas as vezes que há aumento da pressão no 
abdome, como por exemplo, ao tossir, espirrar, gritar, levantar 
peso, etc. 
 
 
3) Relacione varicocele, infertilidade e as condições ideais para 
a produção de espermatozóides. 
 
Na varicocele as veias tornam-se dilatadas, formando varizes ao 
redor do funículo espermático e dos testículos. O sangue represado 
nas proximidades do testículo leva a um aumento de sua temperatura, 
que passa ao nível da temperatura corporal. Como se sabe, para que 
os testículos trabalhem adequadamente na produção de gametas 
masculinos eles devem estar a uma temperatura ligeiramente (cerca de 
1°C) inferior à temperatura corporal. Além da mudança da temperatura 
na bolsa escrotal, o sangue estanque nas veias pode acumular 
substâncias tóxicas, comprometendo a produção, mobilidade e 
funcionamento dos espermatozóides. 
 
 
4) A criptorquidia refere-se ao testículo não-descido após os seis 
meses de idade e requer como tratamento a intervenção cirúrgica, em 
um procedimento denominado “orquidopexia”. Justifique a necessidade 
de fazer com que o testículo sai da cavidade abdominal e adentre no 
escroto. 
 
Para que os testículos funcionem na produção de gametas precisam 
estar a uma temperatura inferior à corporal em cerca de 1°C. Na 
bolsa escrotal esta condição é plenamente aceita. Caso os testículos 
fiquem retidos do abdômen, o sujeito será infértil. Outros fatores 
importantes são a maior predisposição ao câncer dos testículos 
criptorquídicos, à hérnia inguinal, à torção, ao prejuízo de seu 
suprimento sangüíneo e ao abalo estético representado pela 
“ausência” de um testículo. 
 
 
5) A torção de testículo é uma emergência freqüente para 
urologistas e médicos pronto-socorristas e deve ser diagnosticada em 
um prazo máximo de 6 horas. Explique, com base em critérios 
anatômicos, o motivo que faz do testículo um órgão sujeito à torção. 
 
O testículo é um órgão que se encontra literalmente dependurado. 
Ele é sustentado por vários cordões paralelos correspondentes ao 
plexo venoso pampiniforme, artéria testicular, ducto deferente, 
vasos linfáticos e nervos. Além dessa característica, devido a 
líquidos internos lubrificantes, o testículo possui certa mobilidade 
em torno de seus eixos. Quando ele excede no movimento em torno de 
seu eixo longitudinal, tem-se a torção testicular. As suas 
estruturas de sustentação ficam comprometidas e há diminuição de seu 
fluxo sangüíneo (infarto), quepode levar à necrose se o caso não 
for revertido a tempo. Os principais sintomas são dor escrotal aguda 
e tumefação. Pode apresentar-se inicialmente com sintomas de abdômen 
agudo. 
 
 
6) Quais são as estruturas responsáveis pela produção dos 
componentes do líquido seminal? 
 
As estruturas relacionadas à produção de líquido seminal são a 
vesícula seminal, próstata, glândulas bulbouretrais, glândulas 
uretrais, epidídimo e testículo. Os testículos são responsáveis pela 
formação do componente essencial do líquido seminal: os 
espermatozóides. 
 
 
7) Desde a sua produção, nos túbulos seminíferos dos testículos, 
até a sua liberação no meio externo, os espermatozóides seguem um 
trajeto pelas vias do sistema reprodutor masculino. Descreva todo 
esse trajeto. 
 
Nos TESTÍCULOS: túbulos seminíferos contorcidos (lóbulos)  
túbulos seminíferos retos (mediastino)  rede teste  ductos 
eferentes  cabeça do EPIDÍDIMO  ductos eferentes tornam-se 
contorcidos (nos lóbulos do epidídimo)  ducto do epidídimo 
(cabeça, corpo e cauda)  ducto deferente (a partir da cauda do 
epidídimo)  ducto eferente passa pelo canal inguinal e vai para a 
pelve  ducto ejaculatório (ducto deferente + ducto da vesícula 
seminal)  abre-se na parte prostática da uretra (abertura dos 
ductos ejaculatórios)  óstio externo da uretra  meio externo. 
 
 
8) Explique o que são os apêndices testicular e do epidídimo. 
 
O apêndice testicular é um pequeno corpo na extremidade superior 
do testículo. Geralmente é séssil, mas pode ser pedunculado. É um 
remanescente da extremidade superior do ducto paramesonéfrico, sendo 
homólogo da extremidade fimbriada da tuba uterina feminina. 
O apêndice do epidídimo é pequeno, freqüentemente pedunculado e 
situado sobre a cabeça do epidídimo. É um remanescente do mesonefro. 
 
 
9) Descreva onde o ducto deferente pode ser percebido como um 
cordão firme. Quais são as suas camadas? 
 
O ducto deferente pode ser percebido quando disposto entre o 
polegar e o indicador como um cordão firme em seu trajeto ascendente 
da extremidade superior do testículo ao ânulo inguinal superficial. 
As suas camadas são a membrana mucosa, a túnica mucosa e a 
adventícia. 
 
 
10) As vesículas seminais podem ser palpadas “per rectum” quando a 
bexiga está cheia. Elas podem armazenar até 3 ml de líquido em seu 
interior. Quanto às vesículas seminais, caracterize (1) a bainha que 
a envolve; (2) a estrutura que separa sua porção superior do reto; 
(3) a estrutura que separa sua parte inferior do reto; (4) quais 
estruturas são medias a ela; (5) e quais estruturas são laterais a 
ela; (6) cite sua terminação superior e inferior; (7) constituição 
de cada vesícula seminal. 
 
As vesículas seminais estão envolvidas em uma bainha densa, 
formada de músculo liso e tecido fibroso, e encontram-se aderidas à 
face posterior da bexiga. 2. Suas partes superiores estão separadas 
do reto pela prega retovisical e encontram-se cobertas pelo 
peritônio. 3. Suas partes mais inferiores estão separadas do reto 
pelo septo retovisical. 4. As partes terminais dos ureteres e da 
ampola do ducto deferente são mediais às vesículas. 5. Os plexos 
venosos prostáticos e visicais são laterais às vesículas seminais. 
6. A vesícula seminal termina superiormente em um fundo cego, 
enquanto sua extremidade inferior estreita-se e retifica-se para 
forma o ducto da vesícula seminal. 7. As vesículas seminais 
consistem de um tubo enrolado que dá origem a vários divertículos. 
 
 
11) A quais estruturas da parte prostática da uretra as aberturas 
dos ductos ejaculatórios se relacionam? 
 
O ducto ejaculatório, após penetrar da base da próstata, adentra 
na parte prostática da uretra sobre o colículo seminal, 
imediatamente lateral ao utrículo prostático. 
 
 
12) Quais são as túnicas do funículo espermático, testículo e 
epidídimo? De onde elas são derivadas? 
 
 Fáscia espermática interna: interna e fina, deriva da fáscia 
transversal, forma o revestimento frouxo do funículo 
espermático. 
 Fáscia cremastérica: intimamente presa à face externa da 
fáscia espermática interna, constituída pelo m. cremaster, 
que mantém fibras musculares contínuas com às do m. oblíquo 
interno. O m. é irrigado pela a. cremastérica e inervado pelo 
ramo genital do n. genitofemoral. 
 Fáscia espermática externa: túnica fina e externa, presa 
acima aos pilares do ânulo inguinal superficial; prolonga-se 
com a fáscia que recobre o m. oblíquo externo. 
 Túnica vaginal do testículo: membrana serosa de dupla camada 
que envolve o testículo e epidídimo em suas porções ântero-
laterais; é recoberta pela fáscia espermática interna; no 
desenvolvimento pré-natal é contínua com o peritônio, mas 
conexão se perde ou fica reduzida a uma faixa de tecido 
conectivo na parte anterior do funículo espermático. As 
camadas da túnica vaginal são separadas por um pequeno espaço 
contendo líquido seroso. O acúmulo desse líquido denomina-se 
hidrocele. A camada interna ou visceral prende-se intimamente 
ao testículo e epidídimo e forma os seios do epidídimo. 
Reflete-se posteriormente sobre o testículo e epidídimo como 
a camada externa ou parietal. 
 
As túnicas acima citadas se originam de diversas camadas da parede 
abdominal. 
 
 
13) O músculo cremaster é capaz de modificar a posição dos 
testículos dentro do escroto. Caracterize o reflexo cremastérico. 
 
Um estímulo delicado na pele da face medial da coxa desencadeia o 
reflexo cremastérico, caracterizado pela contração das fibras do 
músculo cremaster, acarretando elevação do testículo e do epidídimo 
para uma porção mais alta no interior do escroto. 
 
 
14) Em casos de hiperplasia benigna de próstata (HBP), doença mais 
característica em idosos, o paciente pode apresentar dificuldade para 
urinar e retenção de urina. Nesses casos, a internação deve ser 
imediata, a fim de que a introdução de uma sonda possa drenar o 
conteúdo da bexiga urinária, esvaziando-a. Explique que relações a 
próstata apresenta junto ao sistema urinário que causam o quadro acima 
descrito. 
 
O óstio uretral interno está localizado, aproximadamente, na parte 
média da base da próstata. A uretra percorre o interior da próstata, 
sendo nesse trajeto identificada como uretra prostática. A uretra 
deixa a superfície anterior da próstata e continua-se como uretra 
mucosa. Os lobos da próstata, dessa forma, relacionam-se intimamente à 
uretra prostática. Os lobos laterais, por exemplo, conectam-se 
superficialmente, anteriormente à uretra, pelo istmo da próstata. O 
lobo mediano se projeta em direção interna, entre o ducto ejaculatório 
e a uretra. O aumento desse lobo contribui para a formação da úvula 
que, ao se projetar na parede da bexiga, pode bloquear a passagem de 
urina. A hiperplasia de seus três lobos reduz a luz da uretra 
prostática e pode até mesmo obliterá-la completamente. Dessa maneira a 
fisiopatologia da HBP pode ser entendida. 
 
 
15) A prostatectomia é a retirada cirúrgica da próstata em casos 
de câncer dessa estrutura. Muitos pacientes se recusam a passar por 
tal procedimento em virtude de uma possível impotência sexual 
resultante da cirurgia. Dessa forma, acabam por aderir a outros tipos 
de tratamentos, por vezes menos eficientes. A preocupação de tais 
pacientes procede? 
 
A disfunção erétil é uma conseqüência comum da cirurgia, pois a 
próstata está próxima dos nervos que controlam a ereção peniana. 
Embora a técnica de prostatectomia radical com preservação nervosa 
venha evoluindo, o risco de efeitos adversos do procedimento, comoa 
impotência sexual, continua significativo. Além da impotência sexual, 
outro efeito colateral possível para a prostatectomia é a 
incontinência urinária, devido em parte a desenervação do músculo 
esfíncter uretral. 
 
 
CAPÍTULO 47: 
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS 
 
 
1) Qual é o mecanismo que permite a mudança de aspecto do escroto 
e quais estímulos a determinam? 
 
O aspecto do escroto varia com o estado de contração ou 
relaxamento do músculo liso do dartos. Este músculo se contrai sob a 
influência do frio, exercício físico e estímulo sexual. O escroto 
mostra-se então curto e enrugado. Sob a influência do calor ele se 
relaxa. Em idosos o músculo liso do dartos perde seu tono, fazendo o 
escroto liso e alongado. 
 
 
2) Qual é a evidência superficial da divisão do escroto em dois 
subcompartimentos? Qual é o conteúdo de cada um desses compartimentos? 
 
Uma crista mediana, a rafe do escroto, é a indicação superficial 
da divisão do escroto em dois subcompartimentos. Esta rafe se continua 
anteriormente com a rafe do pênis e, posteriormente, com a rafe do 
períneo. Cada um dos compartimentos contém um testículo, um epidídimo, 
a parte mais inferior do funículo espermático e seus envoltórios. 
 
 
3) Descreva o dartos, a maneira como ele separa os 
subcompartimentos escrotais e sua constituição. 
 
O dartos consiste sobretudo de fibras musculares lisas e não contém 
gordura. Encontra-se firmemente aderido à pele. É contínuo com a 
fáscia superficial do períneo e com a fáscia superficial do pênis. 
Sua parte superficial acompanha o contorno do escroto, porém sua 
parte profunda passa em direção interior, na rafe, para formar o 
septo do escroto, responsável pela divisão do escroto em dois 
subcompartimentos. O dartos separa-se da fáscia espermática externa 
por tecido conectivo frouxo, permitindo o movimento livre do escroto 
sobre ela (fáscia espermática externa). Este tecido conectivo frouxo 
é local comum para a coleta de líquido edematoso ou mesmo de sangue. 
 
 Observação: os vasos linfáticos são especialmente numerosos 
no escroto e drenam para o grupo de linfonodos inguinais 
superficiais. 
 A parte anterior do escroto é inervada pelo n. ilioinguinal e 
pelo ramo genital do nervo genitofemoral. A parte posterior é 
inervada pelos ramos escrotais medial e lateral do nervo 
perineal (do nervo cutâneo posterior da coxa). 
 
 
4) A ereção peniana é fenômeno fundamental na realização da cópula, 
permitindo a adequação anatômica do pênis junto a cavidade vaginal, 
inclinada superiormente e para trás. Explique o mecanismo envolvido na 
ereção peniana. 
 
 O estímulo de fibras parassimpáticas nos nervos cavernosos 
produzem uma vasodilatação das artérias helicinas e de outras pequenas 
artérias nas trabéculas do tecido erétil. O fluxo resultante de sangue 
nos espaços cavernosos produz uma distensão de ambos os corpos 
cavernosos e do corpo esponjoso. A saída de sangue não ocorre devido à 
pressão das veias que drenam os corpos eréteis. Ao término da 
ejaculação, os estímulos de nervos simpáticos provavelmente produzem 
uma vasoconstrição das artérias, sendo possível o sangue entrar nas 
veias e o pênis retornar ao seu estado de flacidez. 
 
 
5) Em algumas religiões a circuncisão é tida como tradição, apesar de 
nem em todas ser uma obrigação. Explique em que consiste a circuncisão 
e quais são seus benefícios. 
 
 A circuncisão corresponde à remoção cirúrgica do prepúcio, dupla 
camada de pele que se projeta do colo para recobrir a glande peniana. 
Seus benefícios são redução em até 90% de infecções no trato urinário, 
diminuição da incidência de câncer de pênis, diminuição do risco de 
doenças sexualmente transmissíveis, diminuição da incidência de 
inflamações no prepúcio e glande, acaba com o risco de parafimose e 
acaba com a necessidade de tratamento cirúrgico para fimose após os 6 
anos de idade. 
* Observação: fimose corresponde à dificuldade ou impossibilidade de 
expor a glande do pênis em função de um anel muito estreito do 
prepúcio. Se acaso essa dificuldade/impossibilidade não for superada 
até os 6 anos de idade, o tratamento deve ser cirúrgico. 
 
 
6) Explique as correspondências existentes entre a raiz e o corpo do 
pênis. 
 
A raiz do pênis é a sua parte fixa, situada no espaço superficial 
do períneo, entre a fáscia inferior do diafragma urogenital 
(superiormente) e a fáscia profunda do períneo (inferiormente). 
Compreende os ramos e o bulbo do pênis, três massas de tecido erétil. 
O corpo do pênis é a sua parte livre, peduncular, recoberta por pele. 
O corpo do pênis contém dois corpos cavernosos, continuações dos 
ramos, e um único corpo esponjoso, continuação do bulbo. O corpo 
esponjoso se expande subitamente em sua extremidade anterior, formando 
a glande do pênis, cuja concavidade cobre as projeções cegas dos 
corpos cavernosos. Uma fenda mediana próxima à ponta da glande é o 
óstio externo da uretra, que representa a abertura da uretra peniana 
(esponjosa) para o meio externo. 
 
 
7) Cite as principais características da pele do pênis. 
 
 A pele do pênis é fina, lisa, elástica e de cor escura. Próxima à 
raiz do pênis ela contém alguns pêlos. Encontra-se presa frouxamente à 
tela subcutânea, exceto na glande, onde está aderida firmemente ao 
tecido erétil subjacente. Várias glândulas prepuciais pequenas estão 
localizadas na coroa e colo da glande. Elas são responsáveis pela 
secreção sebácea denominada esmegma, que apresenta um odor 
característico. 
 
8) Quais são os órgãos genitais externos femininos? 
 
 Os órgãos genitais externos femininos são a vulva e o pudendo, que 
compreendem o monte da pube, os lábios maiores, os lábios menores, o 
vestíbulo da vagina, a clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas 
vestibulares maiores. 
 
 Monte da pube: elevação mediana e arredondada, anterior à sínfise 
púbica. Consiste em um acúmulo de gordura onde a partir da 
puberdade pêlos grosseiros são encontrados. 
 Lábios maiores: duas pregas alongadas que deixam entre si a rima 
do pudendo. Estendem-se ínfero-posteriormente a partir do monte 
da pube. Suas faces externas contém pregas pigmentadas com várias 
glândulas sebáceas e sem pêlos. São freqüentemente unidos nas 
região anterior pela comissura anterior. Sua tela subcutânea 
consiste principalmente de gordura. Eles contém as terminações 
dos ligamentos redondos do útero, alguns feixes de fibras 
musculares lisas, nervos, vasos sangüíneos e linfáticos. São 
homólogos ao escroto. 
 Lábios menores: duas pregas pequenas de pele localizados entre os 
lábios maiores, a cada lado da abertura vaginal. Terminam 
posteriormente juntando-se na face medial dos lábios maiores. 
Nesse ponto, nas virgens, são conectados por uma prega 
transversa, denominada frênulo dos lábios do pudendo ou 
forquilha. Anteriormente cada lábio menos se divide em parte 
lateral e medial. A parte lateral encontra-se com a 
correspondente contralateral para formar uma prega sobre a 
glândula do clitóris, denominada prepúcio do clitóris. As duas 
partes medias unem-se abaixo do clitóris para formar o frênulo do 
clitóris. Os lábios menores estão desprovidos de gordura, a pele 
que os cobre é lisa, úmida e rósea. Encontram-se escondidos pelos 
lábios maiores, exceto em crianças e em mulheres após a 
menopausa, quando os lábios maiores têm uma perda de tecido 
adiposo e tornam-se menores. 
 Vestíbulo da vagina: fenda entre os lábios menores, contém os 
óstios da vagina, da uretra e os ductos das glândulas 
vestibulares maiores. O óstio externo da uretra situa-se atrás doclitóris, em posição imediatamente anterior ao óstio da vagina; 
fenda mediana cujas margens estão ligeiramente evertidas. O óstio 
da vagina, maior que o da uretra, também é uma fenda mediana, 
cujo tamanho e aparência dependem das condições do hímen. Os 
ductos das glândulas vestibulares maiores, em número de dois, 
abrem-se a cada lado do óstio da vagina. A fossa navicular ou 
vestibular é uma rasa depressão situada no vestíbulo entre o 
óstio da vagina e o frênulo dos lábios. 
 Clitóris: homólogo ao pênis, consiste de tecido erétil, capaz de 
aumentar de tamanho com ingurgitamento sangüíneo. Não é 
atravessado pela uretra. Encontrado posteriormente à comissura 
anterior dos lábios maiores, escondido em grande parte pelos 
lábios menores. Origina-se da pelve óssea por dois ramos e seu 
corpo é formado pelos corpos cavernosos. A glande do clitóris é 
uma elevação pequena e arredondada da terminação livre do corpo, 
sendo altamente sensível e erétil. O ligamento suspensor do 
clitóris o põe em conexão com a sínfise púbica. 
 Bulbo do vestíbulo: duas massas pares e alongadas de tecido 
erétil que se localizam lateralmente ao óstio da vagina. É 
homólogo ao bulbo do pênis e ao corpo esponjoso. 
 Glândulas vestibulares maiores: são dois corpos pequenos e 
arredondados localizados atrás do bulbo do vestíbulo. O ducto de 
cada glândula se abre em um sulco entre o lábio menor e a borda 
fixa do hímen. São homólogas às glândula bulbouretrais dos 
homens. Comprimem-se durante o coito e secretam muco para 
lubrificar a extremidade inferior da vagina. 
 
Detalhes da inervação: os lábios maiores e menores são inervados 
pelos nervos labial anterior (ramo do nervo ilioinguinal) e pelos 
nervos labiais posteriores (ramos do nervo pudendo). O bulbo do 
vestíbulo é inervado pelo plexo uterovaginal, que se continua como 
nervos cavernosos do clitóris. O clitóris também é inervado pelo 
nervo dorsal do clitóris. 
 Estes nervos incluem fibras sensitivas, algumas condutoras de dor 
outras se originam de uma variedade de receptores especiais; fibras 
autônomas, que inervam numerosos vasos sangüíneos e que inervam 
várias glândulas. 
 
 
9) A prática de excisão do clitóris, praticadas por algumas 
religiões, consiste em uma mutilação da mulher em prol da “moral”, a 
fim de que ela jamais busque o sexo pelo prazer. De fato, o 
clitóris, órgão homólogo ao pênis, é extremamente sensível, sendo 
responsável em parte pelo prazer sexual nas mulheres. Todavia, essa 
prática, hoje condenada pela maior parte dos países, desprovê as 
mulheres de qualquer forma de prazer sexual? 
 
 Não. Na verdade, outras áreas da genitália externa feminina, 
próximas ao óstio da vagina, são também de grande sensibilidade, 
compensando em parte a perda sensorial advinda da excisão do 
clitóris. Além disso, o ato sexual e suas formas de prazer não se 
vinculam somente aos órgãos genitais, sendo que, obviamente, outras 
áreas da superfície corporal podem ser estimuladas para o mesmo fim.

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