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* LESHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA OU CUTÂNEA (LTA) ASPECTOS CLÍNICOS: doença parasitária da pele e mucosas: pápulas, que evoluem para úlceras; placas verrucosas , papulosas, nodulares, localizadas e difusas doença infecciosa, não contagiosa protozoários do gênero Leishmania Brasil (todos os Estados) SINONÍMIA: úlcera de Bauru, nariz de tapir e botão do Oriente. AGENTE ETIOLÓGICO: várias espécies de Leishmania. No Brasil, são: L. viannia braziliensis (todo Br) L. viannia guyanensis (Rr, Pa, Am, Ap) L. leishmania amazonensis. (Bacia Amazônica) * RESERVATÓRIOS: Marsupiais, roedores, preguiça, tamanduá, cães, equinos e mulas. TRANSMISSÃO: através da picada de insetos flebotomíneos, do gênero Lutzomyia. CÉLULA-ALVO: Macrófago PERÍODO DE INCUBAÇÃO: vem média 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (2 semanas) e mais longos (2 anos). PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Desconhecido. Não há transmissão homem a homem. A transmissão só se dá através do vetor que adquire o parasito ao picar reservatórios, transmitindo-o ao homem. COMPLICAÇÕES: Na forma mucosa grave pode ocorrer disfagia, disfonia, insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte. DIAGNÓSTICO: teste de Montenegro, imunoflurescência * TRATAMENTO: antimoniato de N- acetil-glucamina, isotionato de pentamidina e anfotericina B. CONTRA-INDICAÇÕES: as drogas não podem ser administradas em gestantes, portadores de cardiopatias, nefropatias, hepatopatias ou doença de Chagas. PROFILAXIA: uso de proteção individual como mosquiteiros e repelentes. Não há vacina. EPIDEMIOLOGIA: Brasil: tem caráter endêmico e está distribuída em todos os estados. zoonose de animais silvestres atinge o homem quando este entra em contato com focos zoonóticos, áreas de desmatamento ou extrativismo. Atualmente houve aumento de casos da co-infecção com HIV, passando a ser considerada emergente e de alta gravidade. * * * * LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 1- CUTÂNEA Lesões na pele (poucos parasitas e linfócitos) podem curar espontaneamente evoluir para lesões crônicas cicatrizes desfigurantes - “úlcera que chora” 2- MUCOCUTÂNEA Lesões ulcerativas destruição da mucosa 3- CUTÂNEA DIFUSA Lesões nodulares não ulcerativas disseminadas macrófagos repletos de parasitas nas lesões * Leishmaniose – Formas clínicas Cutânea Cutânea- difusa Mucosa * LEISHMANIOSE CUTÂNEA L. amazonensis Lesões nodulares e fechadas (gde quant. de macrófagos e parasitas) L. guyanensis Úlceral múltiplas e pequenas (poucos parasitas e mtos linfócitos) L. amazonensis Leishmaniose mucocutânea Metástase mucosa nasal e boca * Formas cutâneas: Localizada Múltipla Úlcera, úlcero-crostosa, impetigóide, ectimatóide, úlcero-vegetante e verrucosa crostosa. Disseminada: lesões ulceradas pequenas as vezes acneiformes (Disseminação hematogênica) Leishmaniose cutânea Lesões principalmente em áreas expostas. Linfangite e/ou adenopatia satélite freqüentemente precedem a lesão Podem evoluir com cicatrização, com ou sem tratamento. * Leishmaniose cutânea Cutânea localizada * Leishmaniose cutânea Cutânea disseminada * Leishmaniose mucosa Acometimento especialmente de septo nasal e palato, mas pode estender-se a traquéia. 3-5% após LC, lesões em vias aéreas, inclusive com risco de vida Natureza crônica e destrutiva Cicatrização espontânea muito rara * Leishmaniose mucosa * Leishmaniose cutânea-difusa ± 60 casos descritos no Brasil Lesões múltiplas, em face e membros Raro cura espontânea. Não há tratamento efetivo * Leishmaniose tegumentar americana Diagnóstico diferencial: Forma cutânea: Úlceras Esporotricose Paracoccidiodomicose Esporotricose Neoplasias cutâneas Tuberculose cutânea Forma mucosa: Paracoccidiodomicose Hanseníase virchoviana Rinoscleroma Sífilis Granuloma médio facial * Leishmaniose tegumentar americana Diagnóstico imunológico Provas sorológicas: - Imunofluorescência indireta e ELISA - Auxílio diagnóstico - Útil, especialmente quando: Não se consegue “encontrar” parasita - Pode ter falso-positivo com Doença de Chagas * Leishmaniose tegumentar americana Diagnóstico parasitológico Pesquisa do agente por exame parasitológico direto: Exame de primeira escolha Alta sensibilidade Formas cutâneas recentes * Leishmaniose tegumentar americana Diagnóstico parasitológico Histopatologia: Pesquisa do agente em fragmento de biópsia - Pode ser útil, especialmente nas formas cutâneas de evolução prolongada ou formas mucosas - Encontro do agente 30-50% * Leishmaniose tegumentar americana Leishmaniose mucosa : imuno-histoquímica para Leishmania 400X * Leishmaniose tegumentar americana Tratamento: 1-Antimoniato de N-metil-glucamina (Glucantime®) Droga primeira escolha Maior experiência 2-Anfotericina B 3-Pentamidinas * SINONÍMIA: Calazar, febre dundun, doença de cachorro AGENTE ETIOLÓGICO: protozoário do gênero Leishmania, L. chagasi. Apresenta 2 formas: amastígotas (intracelular em vertebrados) promastígotas (tubo dig.dos vetores invertebrados). RESERVATÓRIOS: Cães, marsupiais e a raposa, que agem como mantenedores do ciclo da doença. TRANSMISSÃO: através da picada das fêmeas de insetos flebotomíneos, Lutzomyia longipalpis. Não há transmissão pessoa a pessoa, nem animal a animal. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: O vetor poderá se infectar enquanto persistir o parasitismo na pele ou no sangue circulante dos animais reservatórios. LESHMANIOSE VISCERAL - (LV) OU CALAZAR * MORFOLOGIA Formas Promastigotas Formas Amastigotas Formas Paramastigotas ovais ou arredondadas (aderidas ao epitélio do trato digestivo do vetor) * COMPLICAÇÕES: otites e afecções pleuropulmonares precedidas de bronquites, infecções urinárias, complicações intestinais, hemorragias e anemias que podem levar o paciente ao óbito. DIAGNÒSTICO: exame sorológico, parasitológico (aspirado da medula óssea), hemograma e dosagem de proteínas além de exame diferencial TRATAMENTO: antimoniato de N- acetil-glucamina, isotionato de pentamidina e anfotericina B. CONTRA-INDICAÇÕES: as drogas não podem ser administradas em portadores de cardiopatias, nefropatias, hepatopatias ou doença de Chagas, em gestantes recomenda-se não utilizar o antimoniato. PROFILAXIA: uso de repelentes e mosquiteiros, evitar os horários de exposição ao vetor (crepúsculo e noite), saneamento ambiental, controle da população canina errante. Não há vacina para o homem mas sim para o cão. * EPIDEMIOLOGIA é uma zoonose inicialmente de transmissão silvestre, com características de ambientes rurais e, atualmente, em expansão para áreas periurbanas e urbanas. É um crescente problema de saúde pública encontra-se em expansão geográfica distribuída em 19 estados brasileiros 3000 casos/ano com letalidade variável no Brasil. * * * ASPECTOS CLÍNICOS refletem o desequilíbrio entre a multiplicação dos parasitos nas células do SFM, a resposta imunitária do indivíduo e o processo inflamatório subjacente. ESPECTRO CLÍNICO: varia desde manifestações clínicas discretas até as graves, que se não tratadas podem levar ao óbito. - Evolução clínica: divisão em períodos 1- INICIAL: início da sintomatologia, febre, palidez cutâneo-mucosa e hepatoesplenomegalia com formas amastígotas na medula óssea e anemia; 2- ESTADO: febre irregular, emagrecimento progressivo, palidez e hepatoesplenomegalia e comprometimento do estado geral; 3- FINAL: febre contínua, edema dos membros inferiores, desnutrição, hemorragias, icterícia, óbito determinado por infecções bacterianas e/ou sangramentos. * PATOGÊNESE Disseminação pelo Sist. Linfático: linfonodos Invasão de Vísceras: baço, fígado, ... Destruição dos macrófagos: depressão do SI Recrutamento de células: linfócitos e macrófagos *Hiperplasia *Hipoplasia - Esplenomegalia - M.O. leucopenia - Hepatomegalia plaquetopenia - Poliadenia anemia * ASPECTOS IMUNOLÓGICOS Macrófagos Leish promastigota MHC + peptídeos da Leish IFN-, TNF-, IL-2, IL-12 IL-4, IL-5 IL-6, IL-10, TGF- * * * * * * * * * Mecanismos moleculares: Infecta o epitélio do trato genital A capacidade de adesão tem papel muito importante na patogênese Adesão dá-se através de proteínas: adesinas (tratamento com tripsina abole adesão) Cisteíno-proteases extracelulares que digerem mucinas e imunoglobulinas locais A adesão é dependente de temperatura, pH e tempo PATOGÊNESE * Resposta imune protetora- IgA secretora Reinfecções - ausência de imunidade adquirida - grande variabilidade de isolados RELAÇÃO PARASITA-HOSPEDEIRO * * * * * *