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201696 16241 Aula+5+ +Leishmaniose+e+Tricomoníase

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LESHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
OU CUTÂNEA 
(LTA)
ASPECTOS CLÍNICOS: 
 doença parasitária da pele e mucosas: pápulas, que evoluem para úlceras; placas verrucosas , papulosas, nodulares, localizadas e difusas
 doença infecciosa, não contagiosa
 protozoários do gênero Leishmania
 Brasil (todos os Estados)
SINONÍMIA: úlcera de Bauru, nariz de tapir e botão do Oriente.
AGENTE ETIOLÓGICO: várias espécies de Leishmania.
 No Brasil, são: L. viannia braziliensis (todo Br)
	 L. viannia guyanensis (Rr, Pa, Am, Ap)
	 L. leishmania amazonensis. (Bacia Amazônica)
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RESERVATÓRIOS: Marsupiais, roedores, preguiça, tamanduá, cães, equinos e mulas. 
TRANSMISSÃO: através da picada de insetos flebotomíneos, do gênero Lutzomyia.
CÉLULA-ALVO: Macrófago
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: vem média 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (2 semanas) e mais longos (2 anos).
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Desconhecido. Não há transmissão homem a homem. A transmissão só se dá através do vetor que adquire o parasito ao picar reservatórios, transmitindo-o ao homem.
COMPLICAÇÕES: Na forma mucosa grave pode ocorrer disfagia, disfonia, insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte.
DIAGNÓSTICO: teste de Montenegro, imunoflurescência
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TRATAMENTO: antimoniato de N- acetil-glucamina, isotionato de pentamidina e anfotericina B.
CONTRA-INDICAÇÕES: as drogas não podem ser administradas em gestantes, portadores de cardiopatias, nefropatias, hepatopatias ou doença de Chagas.
PROFILAXIA: uso de proteção individual como mosquiteiros e repelentes. Não há vacina.
EPIDEMIOLOGIA: 
Brasil: tem caráter endêmico e está distribuída em todos os estados. 
 zoonose de animais silvestres
 atinge o homem quando este entra em contato com focos zoonóticos, áreas de desmatamento ou extrativismo.
 Atualmente houve aumento de casos da co-infecção com HIV, passando a ser considerada emergente e de alta gravidade.
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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
1- CUTÂNEA
 Lesões na pele (poucos parasitas e linfócitos)
 podem curar espontaneamente 
 evoluir para lesões crônicas
 cicatrizes desfigurantes 
- “úlcera que chora”
2- MUCOCUTÂNEA
 Lesões ulcerativas
 destruição da mucosa 
3- CUTÂNEA DIFUSA
 Lesões nodulares
 não ulcerativas
 disseminadas 
 macrófagos repletos de parasitas nas lesões
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Leishmaniose – Formas clínicas
Cutânea
Cutânea- difusa
Mucosa
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LEISHMANIOSE CUTÂNEA
L. amazonensis
Lesões nodulares e fechadas
(gde quant. de macrófagos e parasitas) 
L. guyanensis
Úlceral múltiplas e pequenas
(poucos parasitas e mtos linfócitos) 
L. amazonensis
Leishmaniose mucocutânea
Metástase mucosa nasal e boca
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Formas cutâneas:
Localizada
Múltipla
Úlcera, úlcero-crostosa, impetigóide, ectimatóide, úlcero-vegetante e verrucosa crostosa.
Disseminada: lesões ulceradas pequenas as vezes acneiformes (Disseminação hematogênica)
Leishmaniose cutânea
Lesões principalmente em áreas expostas.
Linfangite e/ou adenopatia satélite freqüentemente precedem a lesão
Podem evoluir com cicatrização, com ou sem tratamento. 
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Leishmaniose cutânea
Cutânea localizada
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Leishmaniose cutânea
Cutânea disseminada
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Leishmaniose mucosa
Acometimento especialmente de septo nasal e palato, mas pode estender-se a traquéia.
3-5% após LC, lesões em vias aéreas, inclusive com risco de vida
Natureza crônica e destrutiva
Cicatrização espontânea muito rara
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Leishmaniose mucosa
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Leishmaniose cutânea-difusa
± 60 casos descritos no Brasil
Lesões múltiplas, em face e membros
Raro cura espontânea. 
 Não há tratamento efetivo
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Leishmaniose tegumentar americana
Diagnóstico diferencial:
Forma cutânea:
Úlceras
Esporotricose
Paracoccidiodomicose
Esporotricose
Neoplasias cutâneas
Tuberculose cutânea
 Forma mucosa:
 Paracoccidiodomicose
 Hanseníase virchoviana
 Rinoscleroma
 Sífilis
 Granuloma médio facial
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Leishmaniose tegumentar americana
Diagnóstico imunológico
Provas sorológicas:
- Imunofluorescência indireta e ELISA
- Auxílio diagnóstico
- Útil, especialmente quando:
Não se consegue “encontrar” parasita
- Pode ter falso-positivo com Doença de Chagas
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Leishmaniose tegumentar americana
Diagnóstico parasitológico
Pesquisa do agente por exame parasitológico direto:
Exame de primeira escolha
Alta sensibilidade 
Formas cutâneas recentes
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Leishmaniose tegumentar americana
Diagnóstico parasitológico
Histopatologia:
Pesquisa do agente em fragmento de biópsia
- Pode ser útil, especialmente nas formas cutâneas de evolução prolongada ou formas mucosas
- Encontro do agente 30-50%
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Leishmaniose tegumentar americana
Leishmaniose mucosa : imuno-histoquímica para Leishmania 400X 
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Leishmaniose tegumentar americana
Tratamento:
1-Antimoniato de N-metil-glucamina (Glucantime®)
Droga primeira escolha
Maior experiência 
2-Anfotericina B
3-Pentamidinas
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SINONÍMIA: Calazar, febre dundun, doença de cachorro
AGENTE ETIOLÓGICO: protozoário do gênero Leishmania, L. chagasi. Apresenta 2 formas: amastígotas (intracelular em vertebrados)
 promastígotas (tubo dig.dos vetores invertebrados).
RESERVATÓRIOS: Cães, marsupiais e a raposa, que agem como mantenedores do ciclo da doença. 
TRANSMISSÃO: através da picada das fêmeas de insetos flebotomíneos, Lutzomyia longipalpis. 
Não há transmissão pessoa a pessoa, nem animal a animal.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: O vetor poderá se infectar enquanto persistir o parasitismo na pele ou no sangue circulante dos animais reservatórios.
LESHMANIOSE VISCERAL - (LV) OU CALAZAR
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MORFOLOGIA
 Formas Promastigotas
 Formas Amastigotas
 Formas Paramastigotas
ovais ou arredondadas (aderidas ao epitélio do trato digestivo do vetor)
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COMPLICAÇÕES: otites e afecções pleuropulmonares precedidas de bronquites, infecções urinárias, complicações intestinais, hemorragias e anemias que podem levar o paciente ao óbito.
DIAGNÒSTICO: exame sorológico, parasitológico (aspirado da medula óssea), hemograma e dosagem de proteínas além de exame diferencial
TRATAMENTO: antimoniato de N- acetil-glucamina, isotionato de pentamidina e anfotericina B.
CONTRA-INDICAÇÕES: as drogas não podem ser administradas em portadores de cardiopatias, nefropatias, hepatopatias ou doença de Chagas, em gestantes recomenda-se não utilizar o antimoniato.
PROFILAXIA: uso de repelentes e mosquiteiros, evitar os horários de exposição ao vetor (crepúsculo e noite), saneamento ambiental, controle da população canina errante. Não há vacina para o homem mas sim para o cão.
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EPIDEMIOLOGIA
é uma zoonose
inicialmente de transmissão silvestre, com características de ambientes rurais e, atualmente, em expansão para áreas periurbanas e urbanas. 
É um crescente problema de saúde pública
encontra-se em expansão geográfica
distribuída em 19 estados brasileiros
3000 casos/ano com letalidade variável no Brasil.
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ASPECTOS CLÍNICOS
 refletem o desequilíbrio entre a multiplicação dos parasitos nas células do SFM, a resposta imunitária do indivíduo e o processo inflamatório subjacente. 
 ESPECTRO CLÍNICO: varia desde manifestações clínicas discretas até as graves, que se não tratadas podem levar ao óbito. 
- Evolução clínica: divisão em períodos 	
	1- INICIAL: início da sintomatologia, febre, palidez cutâneo-mucosa e hepatoesplenomegalia com formas amastígotas na medula óssea e anemia;
 
	2- ESTADO: febre irregular, emagrecimento progressivo, palidez e hepatoesplenomegalia e comprometimento do estado geral;
	3- FINAL: febre contínua, edema dos membros inferiores, desnutrição, hemorragias, icterícia, óbito determinado por infecções bacterianas e/ou sangramentos.
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PATOGÊNESE
Disseminação pelo Sist. Linfático: linfonodos
Invasão de Vísceras: baço, fígado, ...
Destruição dos macrófagos: depressão do SI
Recrutamento de células: linfócitos e macrófagos
*Hiperplasia *Hipoplasia
	- Esplenomegalia - M.O. leucopenia
	- Hepatomegalia plaquetopenia
	- Poliadenia anemia
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ASPECTOS IMUNOLÓGICOS
Macrófagos
Leish promastigota
MHC + peptídeos da Leish
IFN-, TNF-, IL-2, IL-12
IL-4, IL-5 
IL-6, IL-10, TGF-
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Mecanismos moleculares: 
Infecta o epitélio do trato genital 
A capacidade de adesão tem papel muito importante na patogênese
Adesão dá-se através de proteínas: adesinas (tratamento com tripsina abole adesão)
Cisteíno-proteases extracelulares que digerem mucinas e imunoglobulinas locais 
A adesão é dependente de temperatura, pH e tempo
PATOGÊNESE
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Resposta imune protetora- IgA secretora
Reinfecções - ausência de imunidade adquirida
 - grande variabilidade de isolados 
RELAÇÃO PARASITA-HOSPEDEIRO
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