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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO CCJ0105 Título O Golpe Militar de 1964 e a instalação do regime autoritário Descrição Para esta décima segunda aula você deverá solicitar aos alunos que leiam, previamente, os conteúdos da página 170 (a partir de ?João Goulart e o golpe militar de 1964?), situado no Capítulo 7 até o fim da página 184, situada no Capítulo 8. Essa aula é de grande importância, pois se vincula a uma experiência negativa recente da história brasileira. Como se pode observar, vários foram os instrumentos normativos utilizados para se tentar legitimar a ditadura militar (ou civilmilitar, como alguns entendem) como um evento necessário e inafastável para preservação da ordem. Assim, é necessária especial atenção a alguns destes instrumentos e, principalmente, ao modus procedendi utilizados pelo regime militarditatorial que serviram para vilipendiar as liberdades (públicas e privadas). O professor pode trazer á baila assuntos corriqueiros que vêm sendo noticiados de forma veemente pela mídia acerca de movimentos como o ?Tortura Nunca Mais?, ou as investigações encaminhadas pela ?Comissão da Verdade?. A experiência docente vem demonstrando que não é incomum encontrar alunos que, não tendo vivenciado a experiência do período da ditatorial, demonstram pouca preocupação com o fortalecimento de uma ordem democrática que assegure ampla participação política e garanta os direitos fundamentais. Mais preocupante ainda quando esses alunos frequentam o Curso de Direito, sendo corresponsáveis pela manutenção da ordem democrática. Nessa linha, na condição de educadores, é nossa função aclarar sobre os benefícios do uso da autonomia, seja ela pública, seja ela privada, bem como alertar para os perigos dos discursos autoritários e violentos. São marcos jurídicos fundamentais do período: os atos institucionais 01, 02, 03, 04 e 05, a Constituição de 1967, a Emenda Constitucional no 1 à constituição de 1967 (ou Constituição de 1969). Por esta razão deverão ser apresentados no decorrer das aulas. São marcos jurídicos que embora sem a importância dos acima indicados, ajudam no processo de exemplificação dos fatos narrados no decorrer da aula os que seguem: Atos Institucionais no 13 e 14 de 05 de setembro de 1969, a Lei de Segurança Nacional de 1969, o Estatuto dos Partidos de 15 de junho de 1965 (Lei n° 4.740/65), o Ato Complementar no 4 de 20 de novembro de 1965, que estabelece normas para a criação de partidos políticos. Desenvolvimento Golpe de Estado no Brasil em 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil , que culminaram, no dia 1 de abril de 1964, com um golpe militar que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart , também conhecido como Jango . Os militares brasileiros favoráveis ao golpe e, em geral, os defensores do regime instaurado em 1964 costumam designálo como Revolução de 1964 ou "Contrarrevolução de 1964. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararamse herdeiros e continuadores da Revolução de 1964. Já a historiografia brasileira recente defende a ideia de que o golpe, assim como a ditadura que se seguiu , não deve ser considerado como exclusivamente militar, sendo, em realidade, civilmilitar. Jango havia sido democraticamente eleito vicepresidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros , do Partido Trabalhista Nacional (PTN), à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN). O golpe estabeleceu um regime autoritário e nacionalista , politicamente alinhado aos Estados Unidos , e marcou o início de um período de profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente , o primeiro presidente civil desde 1964 O golpe de Estado de 31 de março (ou, segundo alguns, de 1 de abril ) teve como desdobramento a instauração do regime militar . Segundo algumas análises do período, a implantação desse regime ocorre mediante uma alteração fundamental no papel exercido até então pelo estamento militar na vida política brasileira. Tradicionalmente, as Forças Armadas do Brasil sempre haviam tido o papel de um poder moderador. Suas intervenções, até 1964, sempre se haviam caracterizado por um caráter transitório, controlando ou depondo o Executivo, ou até mesmo evitando a ruptura do próprio sistema, especialmente diante da ascensão de novos grupos, anteriormente excluídos da participação no poder político . Desenvolvimento
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