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Traço retícual e cores

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TRAÇO, MEIO TOM E RETÍCULA
Em um desenho animado ou em histórias em quadrinhos, os personagens e demais ele-
mentos visuais geralmente têm seus contornos delimitados por traços, que são preenchi-
dos por cores chapadas (uniformes, sem variações). No entanto, no nosso dia-a-dia, não é
assim que vemos as coisas. Em vez de traços, percebemos o limite dos elementos visuais
por variações de tons (os meios-tons) - sejam eles abruptos (quando há um grande contras-
te entre os elementos) ou tênues (como no caso das sombras, por exemplo). Da mesma
forma, não vemos as coisas “preenchidas” por cores chapadas, mas sim por cores repletas
de meios-tons.
Assim, percebemos as imagens ao nosso redor não através de cores e traços, mas através
de meios-tons - que nos dão a percepção das luzes e das sombras, das texturas, da profun-
didade etc. É a diferença entre uma fotografia e uma desenho simples feito com esferográ-
fica: na foto, as formas são definidas por meios-tons; no desenho, por traços e pelas cores
que os preenchem. Na foto, dizemos que há uma imagem em meio-tom; no desenho, temos
uma imagem a traço.
No entanto, não é tão simples reproduzir estes meios-tons num impresso. Para que isso
seja possível, é preciso decompor estes meios-tons em pequenos pontos que, variando de
tamanho e de cor, misturam-se em nossa visão (porque são pequenos). Por conta desta
mistura ótica, estes pequenos pontos simulam uma variação natural da cor e, assim, tam-
bém simulam o aspecto “natural” das formas que estão sendo reproduzidas. Estes pontos
são organizados numa rede, denominada retícula (ou seja, uma pequena rede). Assim, os
meios-tons são obtidos na impressão através do uso de retículas.
Muitos processos gráficos utilizam retículas - como o offset, a rotogravura e a impressão
digital - e, assim, têm como reproduzir imagens fotográficas com bastante realismo. Se
utilizarmos uma lente de aumento (ou um contafios, que é o instrumento que os profissio-
nais usam para isso), veremos que trata-se de uma simples simulação, obtida através dos
pontos da retícula. Outros processos, por questões tecnológicas, não têm como reproduzir
pontos tão pequenos e, por isso, não têm como simular os meios-tons. É o caso da serigra-
fia (na maior parte das vezes), da flexografia e do corte eletrônico. A plotter de jato de
tinta é um caso a parte: embora utilize pontos pequenos, seu meio-tom só é satisfatório
quando observado a uma certa distância, devido à baixa resolução do processo eletrônico
utilizado.
Quando não utilizamos meio-tom, temos uma impressão a traço. O traço é a propriedade
de todo elemento impresso que é formado por uma única tinta e, portanto, por uma única
cor física: não há meio-tom algum. Por exemplo: os grandes jornais, que são impressos no
processo offset, utilizam traço para a impressão dos textos (com a tinta preta) e meios-tons
para as fotos.
Nas fotos em preto-e-branco, estes meios-tons são formados apenas com a tinta preta. Nas
fotos coloridas, são usadas outras tintas que, na nossa visão, parecem se misturar através
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TRAÇO, MEIO TOM E RETÍCULA
das retículas. Cada uma destas tintas é impressa separadamente (ainda que uma logo de-
pois da outra, na mesma máquina). Isto significa que um impresso que possui mais de uma
cor foi, em realidade, impresso mais de uma vez.
Meio tom Traço
Retícula de degradê
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CORES
A formação das cores
A cor, existe por causa da luz. É uma sensação que a luz exerce sobre nossos olhos quando
um objeto ou região são iluminados. Na física, a luz nada mais é do que radiação e possui
comprimentos de ondas diferentes. E as cores são geradas pela mistura dos comprimentos
das ondas. Acredita-se que os olhos são sensibilizados por essas ondas e, especialmente,
reagem aos comprimentos das ondas do azul, verde e vermelho. Essas cores são a base
para todas as outras existentes na natureza. Por isso, são conhecidas como cores primárias.
Mas atenção, a formação das cores se dá por dois processos: o aditivo e o subtrativo. E
cada processo possui sua cor primária.
Processo aditivo das cores
Isaac Newton, em mil seiscentos e alguma coisa estudou a luz e as cores, reproduzindo o
arco-íris dentro de casa.
As faixas de cores que conseguiu separar com a incidência da luz solar através de prismas
e lentes foram o azul-violeta, azul-cian, verde, amarelo, vermelho-alaranjado e vermelho-
magenta. Alguns ainda consideram visível o azul-anil, o que somaria um espectro solar de
sete cores.
Três cores visíveis no espectro solar são consideradas as cores básicas: o vermelho, verde
e azul. O processo aditivo é quando a cor gerada através da luz mistura os comprimentos
das ondas que irradiam o vermelho, o verde e o azul. Quando uma cor é adicionada a outra
em sua carga máxima de luz, o resultado é o branco. Isso mesmo. Cientificamente com-
provado. Na luz branca, estão todas as outras. A mistura do vermelho, na quantidade
máxima de luz, com a mistura do verde e do azul, também em quantidade máxima de luz,
resulta no branco. Mas você precisa saber isso? Vai usar no dia-a-dia? No trabalho do
publicitário, o único contato que ele tem com esse processo da cor aditiva é através da
emissão de luz utilizada em monitores de vídeo e TV. Normalmente é conhecido como
processo RGB (Red, Green, Blue). Portanto, quando você está criando para o vídeo, o
processo de cor é o RGB. Para peças gráficas, a história é outra.
Processo subtrativo das cores
No processo subtrativo, a cor é determinada pelos pigmentos. Os pigmentos, próprios da
natureza, dão cor a todos os materiais. Os minerais, o óxido de ferro, o urucum, as folhas
e frutos, o carvão e tantos outros. Esses pigmentos são extraídos e misturados com as
resinas das árvores, as claras e as gemas dos ovos, com os diferentes tipos de óleo que
servem para conservar e fixar as cores.
Com o tempo, a tecnologia criou pigmentos sintéticos. Cores artificiais. Por isso, o pro-
cesso subtrativo é o inverso do processo aditivo.
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CORES
As cores, no processo subtrativo, não são determinadas pelas diferentes emissões de on-
das de luz, e sim pela absorção e subtração das cores da luz branca. Isto quer dizer que
quando a luz branca é direcionada a um objeto, parte desse objeto absorve a luz. A parte da
luz que não é absorvida é refletida para nossos olhos, desvendando-nos a cor do objeto
atingido, revelando-nos sua pigmentação. E as cores são determinadas pela maior ou me-
nor quantidade de pigmento das tonalidades vermelho, amarelo e azul. Quanto maior a
porcentagem da mistura dos pigmentos, maior absorção da luz que inside sobre a pigmen-
tação e menor o reflexo dessa cor para os nossos olhos. Isso significa que as cores verme-
lho, amarelo e azul em sua porcentagem máxima dão o preto. Cada pigmento possui uma
cor. Estamos falando das cores primárias, pois a partir delas todas as outras são possíveis.
O pigmento amarelo absorve (subtrai) da luz a cor azul. Com isso, quando a luz incide
sobre o pigmento amarelo, a cor que é refletida para os nossos olhos é o amarelo (verde +
vermelho).
Quando misturamos os três pigmentos, as cores mudam.
A partir do processo subtrativo, criou-se o sistema CMYK, usado pelas gráficas, pelas
empresas de fotolito, pelas impressoras de nossos computadores. O CMYK baseia-se nas
três cores primárias: Cian (azul), Magenta (vermelho), Yellow (amarelo). Adicionamos o
K (preto) a essas três cores para reproduzir uma quantidade infinita de cores. Tecnicamen-
te te falando, o CMYK é conhecido como processo de impressão em quatro cores. Como
este é o processo mais utilizado, a partir de agora, tudo o que você vai ler sobre as cores
será sobre o processo subtrativo de cor.
A classificação das cores - processo subtrativo
Cores primárias
Como você já leu, cores primárias são as cores básicas que permitem a formação de todas
as outras. Nem sempre as pigmentações das tintas compradas nas papelarias são idênticas
às cores básicas puras,mas se você tiver um computador, visualizar e misturar as cores
básicas será muito mais fácil.
Cores secundárias
Combinando as cores primárias em proporções iguais, de duas em duas, teremos as cores
secundárias.
Cores terciárias
As cores terciárias são todas as outras cores. Se não são cores primárias nem secundárias,
são terciárias.
Ao misturarmos cores primárias em proporções diferentes, ou misturarmos as três cores
primárias em proporções iguais, obtemos as cores terciárias.
Cores complementares
Você já descobriu que a soma de duas cores primárias resulta numa cor secundária. A cor
complementar é o complemento de uma cor primária com a secundária. Explicando me-
lhor: você possui três cores primárias. Some duas cores, por exemplo, o amarelo e o cian.
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Essa soma resulta na cor verde, uma cor secundária. O vermelho da cor primária é o
complemento dessa cor secundária, que é o verde.
Cores frias
As cores frias puxam para as tonalidades azuis e a para a combinação (passagem de cor)
entre verde, azul e violeta.
As cores frias são calmantes, às vezes melancólicas. Isto porque, dizem, causam uma
ligeira queda na temperatura do corpo. Não transmitem euforia. O azul, por exemplo,
transmite calma, paz. Ao mesmo tempo, melancolia.
Cores quentes
As cores quentes, ao contrário das frias, estimulam o observador. Causam uma sensação
de calor, aproximação, euforia. A temperatura do corpo é ligeiramente aumentada. Suas
tonalidades tendem para o amarelo e para a combinação dos tons alaranjados e avermelha-
dos, indo para o magenta.
O amarelo é cor alegre, viva. O vermelho representa sangue, energia, paixão.
Experimente ficar 30 minutos num ambiente com tonalidades de azul. Depois, fique num
ambiente carregado de vermelho. Sua percepção e seus sentimentos certamente sofrerão
alterações.
CORES

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