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1 Administração da Produção de Materiais Aula 1 Profa. Cristiane Marques de Mello Organização da Disciplina A Administração Clássica e a Produção Produção sob o Enfoque Sistêmico Estrutura Organizacional do Setor Produtivo Tecnologia de Produção Qualidade Produtividade Organização da Aula A administração e a organização Estudo das tarefas Estudo da estrutura organizacional: teoria clássica Escola Humanista Teoria Geral dos Sistemas Contextualização 2 O objetivo dessa aula é o de fornecer embasamento teórico para nosso estudo Apresentaremos aqui os principais estudiosos e as escolas de administração Introdução Nosso foco está na relação entre a administração clássica e a produção Instrumentalização A Administração e a Organização A produção é a base do sistema econômico de uma nação Nações com altos níveis de industrialização = maiores rendas per capita (países mais ricos) A evolução não seria possível sem uma ordenação dos esforços, do coletivo de pessoas trabalhando com um objetivo comum – por meio de uma organização Estudo das Tarefas Alguns grandes pensadores e cientistas da administração tiveram influência direta no trabalho de administrar a produção 3 No fim do século XIX e início do século XX, Frederick W. Taylor se dedicou ao estudo científico da tarefa, segmento também conhecido como administração científica Taylor estabeleceu alguns princípios: • desenvolver uma ciência que pudesse aplicar-se a cada fase do trabalho humano (divisão do trabalho) • estudo do tempo e dos movimentos • especialização do trabalhador em alguma tarefa • controle da execução da tarefa • identificação de desvios de processo ou tempo de execução Estudo da Estrutura da Organização Henry Fayol se preocupou com a tarefa de coordenar um grupo de pessoas e de recursos Planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar Funções básicas: • técnicas (produção) • comerciais (compra e venda) • financeiras • segurança • contábeis • administrativas 4 As teorias de Taylor e de Fayol compõem a Teoria Clássica de Administração A Escola Humanista A Escola Humanista tem seu foco no estudo da interação do ser humano com o ambiente de trabalho, reconhecendo relações emocionais e sociais do trabalhador O Professor Elton Mayo, em 1927, procurou identificar a satisfação não econômica dos trabalhadores O experimento de Hawthorne, em uma empresa de energia elétrica, consistia em testar os efeitos da intensidade da luz sobre a produtividade A conclusão foi a de que o desempenho das pessoas depende muito menos dos métodos de trabalho do que dos fatores emocionais ou comportamentais Teoria Geral dos Sistemas A Teoria Geral dos Sistemas foi criada por Ludwig von Bertalanffy, biólogo e filósofo austríaco Um sistema é um conjunto complexo de elementos em interação 5 Sistema de produção industrial Aplicação Estudo das Tarefas Dia de trabalho antes do estudo das tarefas Tijolos assentados: 960 Movimentos executados: 17.280 Horas trabalhadas: 8 Salário US$ 5,00 Dia de trabalho com métodos de Taylor Tijolos assentados: 2.800 Movimentos executados: 14.000 Horas trabalhadas: 8 Salário US$ 6,50 Em resumo Teve um aumento de 120 para 350 tijolos assentados por hora (291%) Redução de movimentos em 19% Aumento de salário diário em 30% 6 Sistemas – Aplicação nas Empresas Síntese Estudamos os fundamentos da gestão da produção e a importância de Taylor, Fayol, Mayo e outros estudiosos nas melhorias de processos e sistemas produtivos O que podemos perceber é que quando pensamos em produção, precisamos pensar também nas condições ambientais e sociais do trabalhador e não apenas na divisão de trabalho e tarefas Referências de Apoio PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. Curitiba: Editora Ibpex, 2007. BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Gestão de qualidade, produção e operações. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. 1 Administração da Produção de Materiais Aula 2 Profa. Cristiane Marques de Mello Organização da Aula Produção sob o Enfoque Sistêmico O raciocínio sistêmico na administração Aplicações da teoria dos sistemas na produção Contextualização Introdução Nessa aula trataremos da gestão da produção sob o enfoque sistêmico, que permite a interação dos elementos componentes do processo em prol de um mesmo objetivo Podemos considerar o fluxo de produção como um sistema no qual todas as partes devem estar integradas para que o todo, ou o resultado final, seja alcançado com êxito Instrumentalização 2 O raciocínio sistêmico é empregado tanto no enfoque macro (com a empresa como um grande sistema), como em relação a cada um de seus elementos interagindo entre si O Raciocínio Sistêmico na Administração Figura 1 – Produção como Sistema Fornecedor: matéria-prima Processo produtivo Engenharia de produto Produtos ou serviços: cliente Feedback do cliente Feedback do fornecedor O administrador que domina e pratica o pensamento sistêmico sempre procura entender os elementos do sistema, a sua interação e a relação causa-efeito A produção, em sua complexidade operacional (há muitas variáveis que agem em conjunto), necessita ser gerida com base na lógica para proporcionar decisões racionais Aplicações da Teoria dos Sistemas na Produção Os japoneses chamam de Gestão de Administração por Fatos & Dados, que se torna viável com o auxílio da teoria dos sistemas e na identificação das relações de causa e efeito Um erro no sistema ou de decisão pode ocasionar grandes prejuízos para a empresa É necessário identificar as causas dos problemas, analisando as variáveis 3 Algumas variáveis são comuns a todos os processos produtivos: • material • mão de obra • máquina • meio ambiente • medição • método Material (matéria-prima) Devem ser considerados: • qualidade • condições internas • especificação de armazenagem • dentre outros Mão de obra Considerar: • treinamento • adaptação • estado físico, emocional e mental • competência e habilidade Máquina Identificar: • se a máquina está em condições perfeitas de uso • se atende à capacidade do processo Meio ambiente Físico: condições de ventilação, temperatura, umidade e sujidade Organizacional: injustiças, racismo, outras manifestações sociais negativas Medição Calibragem de equipamentos, padrões de medidas Método Instrução, segurança do método, verificar se o método garante a qualidade do produto 4 Podemos separar a causa do efeito, utilizando um método chamado de diagrama de Ishikawa, desenvolvido por Kaoru Ishikawa Diagrama de Ishikawa Aplicação Vamos supor que uma máquina parou de funcionar e precisamos identificar a causa Para tanto, é necessário fazer algumas perguntas a fim de encontrar a verdadeira causa Aplicações da Teoria dos Sistemas na Produção Pergunta 1 Por que a máquina parou? Resposta 1 Porque o fusível queimou devido a uma sobrecarga Pergunta 2 Por que houve sobrecarga? Resposta 2 Porque a lubrificação do rolamento foi inadequada 5 Pergunta 3 Por que a lubrificação foi inadequada? Resposta 3 Porque a bomba não estava funcionandoPergunta 4 Por que a bomba não estava funcionando? Resposta 4 Porque o eixo da bomba estava gasto Pergunta 5 Por que ele estava gasto? Resposta 5 Porque entrou sujeira Solução adequada Colocar um filtro na entrada da bomba de lubrificação Se tivessem optado por trocar o fusível, havia grande probabilidade deste queimar de novo, sem corrigir o problema Essa técnica simples e efetiva busca a causa da raiz do problema e possibilita a correção na sua origem Síntese 6 As organizações podem ser melhores compreendidas se vistas como sistemas dinâmicos, cujos agentes integrantes agem e interagem para sua formação Vimos que a produção é um sistema complexo, pois apresenta muitas variáveis que interagem entre si É preciso analisar todas as variáveis para identificar o problema Referências de Apoio PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. Curitiba: Editora Ibpex, 2007. BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Gestão de qualidade, produção e operações. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. 1 Administração da Produção de Materiais Aula 3 Profa. Cristiane Marques de Mello Organização da Aula Estrutura Organizacional do Setor Produtivo Estrutura organizacional Macrofluxo e fluxos funcionais Estrutura organizacional industrial Contextualização O objetivo dessa aula é o de apresentar o mecanismo de organização das empresas no setor produtivo, suas inter-relações e as estruturas hierárquicas Introdução O ótimo funcionamento da organização depende da forma e de como ela é estruturada para possibilitar o desempenho esperado e a eficiência de seu funcionamento Instrumentalização 2 As organizações são estruturadas para uma determinada finalidade, seja a prestação de um serviço, produção e/ou a venda de produtos Estrutura Organizacional Para cada finalidade existem necessidades específicas de processos, como o processo de vendas, de produção, de recebimento, de pagamento e de entrega, entre outros Figura 1 – Níveis hierárquicos Níveis Hierárquicos Estratégico • direção da empresa Gerencial • traduz estratégias em objetivos operacionais Operacional • executa as tarefas Os departamentos atuam no sentido vertical da estrutura da empresa e os processos principais ocorrem no sentido horizontal Macrofluxo e Fluxos Funcionais Exemplo O macroprocesso – venda, produção e entrega, atravessa os departamentos de vendas, planejamento, produção, qualidade e expedição 3 Vendas Produção Entrega Macrofluxo horizontal Cliente compra Cliente recebe Figura 2 – Macrofluxo e fluxos funcionais organizacionais A estrutura funcional é um desafio para a administração moderna Algumas empresas têm adotado a reengenharia para ajustar sua estrutura funcional A reengenharia é o repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos empresariais que visam alcançar melhorias significativas em custos, qualidade, atendimento e velocidade Entretanto, os dirigentes das empresas precisam compreender que a adoção da reengenharia pode provocar problemas estruturais na empresa Isso precisa ser avaliado As classificações e definições de funções da estrutura são utilizadas para efeito de organização e como elemento facilitador das análises de custos do produto e da estrutura Estrutura Organizacional Industrial Funções de pessoal Mão de obra horista (funcionários que recebem salários por hora) Mão de obra mensalista (pessoas que recebem salários mensais) 4 Horista Mão de obra direta – pessoal que possui contato direto com o produto ou a sua fabricação Mão de obra indireta – pessoal que trabalha no suporte à produção 1. Departamento de manufatura • Divide-se em setor de fabricação, setor de montagem e setor de manutenção Funções por Departamentos 2. Departamento de materiais • divide-se em setor de almoxarifado, setor de compras e setor de planejamento e controle de produção (PCP) 3. Departamento de Garantia de Qualidade • Serve de apoio à produção • Zela pela conformidade das medições e da padronização • Audita processos 4. Departamento de Engenharia Industrial • É responsável pelo estudo do processo, estudo dos tempos, pelo projeto dos dispositivos e ferramentas e pelo desenho do layout Modelo de Organograma 5 Aplicação Primeiro vamos à classificação entre MOD (Mão de Obra Direta), MOI (Mão de Obra Indireta) horista e M (Mensalista) Mão de Obra Exemplo Temos no departamento de engenharia mensalistas e horistas Um supervisor de engenharia (1M), oito engenheiros (8M), um projetista de ferramentas (1M), um supervisor de ferramentaria (1M) e nove ferramenteiros (9MOI) = 11M e 9MOI Se somarmos os M e MOI teremos o total de indiretos = 108 Se dividirmos a quantidade de MOD pela de MOI teremos 435 / 108 = 4,03 operadores diretos para cada funcionário indireto 6 A preocupação da administração é manter sempre os trabalhadores não ligados diretamente à produção em quantidade mínima possível, a fim de evitar custos Síntese A estrutura de uma empresa precisa estar alinhada com a atividade a ser desempenhada Cada empresa necessita adequar seu pessoal e suas funções à finalidade do seu negócio Referência de Apoio PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. Curitiba: Editora Ibpex, 2007. 1 Administração da Produção de Materiais Aula 4 Profa. Cristiane Marques de Mello Organização da Aula Tecnologia de Produção Classificação dos tipos de Produção Função Produção Contextualização Nessa aula, abordaremos o conjunto de fatores da produção que possuem efeitos diretos na organização da empresa e no custo do produto fabricado Introdução Alguns desses fatores referem-se à diversidade de tipos de produção, à quantidade a ser produzida, aos tipos de produtos e à sua tecnologia de fabricação Instrumentalização 2 Os tipos de produto são classificados de acordo com a tecnologia empregada Classificação dos Tipos de Produção Os produtos podem ser iguais e servir para a mesma finalidade, mas a tecnologia de produção pode ser diferente Exemplo: • produção de sapatos de modo artesanal e produção em série Algumas decisões precisam ser tomadas pelos gestores: • projeto do produto • volume • tecnologia empregada Hampton (1992), apresenta três tipos de produção: • unitária • em massa • por processamento Tipo de Produção Exemplos Unitária Construção, equipamento aeroespacial e máquina dedicada a um produto. Em massa TV, tratores, sapatos, roupas, eletrodomésticos em geral etc. Por processamento Óleos lubrificantes, produtos químicos de limpeza etc. Vamos estudar a seguinte classificação de tipos de produção: • artesanal • sob encomenda ou sob projeto • em massa • contínua 3 Características da produção artesanal Mão de obra habilidosa Volume de produção baixo ou unitário Alto custo Não padronização Características da produção (unitária) sob encomenda, sob projeto Emprega mão de obra especializada Na maioria dos casos, produtos são unitários O custo é alto O produto é especificado pelo cliente, podendo ser modificado Tem o prazo de entrega como um dos principais objetivos Os produtos são projetados com finalidade específica Exemplos: • construçãode um prédio, de uma ponte, de uma estrutura metálica de uma ponte etc. Produção em massa Inicia com Henry Ford Características: • execução de tarefas repetitivas • produção em grandes lotes • padronização das tarefas e processos 4 • padronização de peças e matéria-prima • estudo de tempo e métodos para cada micromovimento • desperdício no processo Processamento contínuo Inicia-se em um equipamento e é transferido para outro por tubulações Exemplos: • refrigerantes • detergentes • produtos para limpeza Características: • a fábrica é projetada para o produto • é necessário laboratórios de análises • alta especialização do pessoal da manutenção Existem outras classificações como indústrias de bens duráveis (automobilística, móveis, eletroeletrônicos etc.) e indústrias de bens não duráveis (indústria alimentícia, têxtil etc.) Refere-se à geração de bens para o consumo e ao uso e benefício de pessoas ou organizações Ocorre pela transformação de insumos e recursos (BALLESTERO, 2012) Função Produção O gestor da produção precisa distinguir quais exigências dos clientes dependem de seu trabalho e como fazer para atendê-las 5 Algumas características que dependem diretamente do bom desempenho da produção: • fabricação de acordo com as especificações • alta produtividade com custos reduzidos • rapidez na entrega • flexibilidade na mudança de modelos Aplicação Chocolates – Produção Artesanal Chocolates – Produção em Série 6 Produção Automobilística Para saber como os refrigerantes são produzidos, visite o site: <http://revistagalileu.globo.com/Galileu /0,6993,ECT816469-1716,00.html >. Processamento Contínuo – Produção de Refrigerantes Síntese Existem diferentes tipos de produtos, que estão classificados de acordo com sua tecnologia e apresentam diferentes características de fabricação Vimos também que o gestor da produção precisa estar atento quanto às preferências e exigências dos clientes, procurando identificar suas responsabilidades no processo Referências de Apoio PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. Curitiba: Editora Ibpex, 2007. BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Gestão de qualidade, produção e operações. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. 1 Administração da Produção de Materiais Aula 5 Profa. Cristiane Marques de Mello Organização da Aula Qualidade Características e aspectos gerais da qualidade Estratégias para a qualidade Contextualização Nessa aula, vamos falar sobre a qualidade no setor produtivo, sua importância na otimização dos recursos e na redução dos custos Introdução Produzir com qualidade é fator chave para a competitividade das empresas, por isso precisamos entender sua influência no setor produtivo Instrumentalização 2 Na fase inicial da produção em massa o controle da qualidade era realizado pela inspeção para diferenciar um produto ruim de um bom Características e Aspectos Gerais da Qualidade Após a Segunda Guerra Mundial, com a contribuição de Edwards Deming, Joseph Juran, Kaoru Ishikawa e Ohno (Toyota), a aplicação de várias técnicas foi popularizada Juran define qualidade por meio de aspectos do desempenho do produto (funcionalidade igual ou superior ao do concorrente) e a ausência de deficiências As características da qualidade são os critérios sob os quais o produto é julgado pelo consumidor: • dimensões, acabamento, cor, densidade, dureza etc. Características da Qualidade ou Especificações Implantação e manutenção de um Sistema de Qualidade ISO 9000 Controle Total da Qualidade (TQC) e outras Estratégias para a Qualidade Controle Total da Qualidade (TQC) É um sistema eficaz para integrar funções de desenvolvimento, manutenção e melhoria da qualidade, permitindo levar a produção aos níveis econômicos da operação 3 A norma ISO série 9000 é um conjunto de padrões internacionais a respeito de administração e garantia da qualidade 14 princípios de Deming 1. Crie constância de propósito 2. Adote uma filosofia 3. Interrompa a dependência de inspeção 4. Evite ganhar apenas com base no preço 5. Melhore constantemente a produção e o serviço 6. Implante treinamento no trabalho 7. Implante liderança no trabalho 8. Elimine o medo 9. Quebre barreiras entre os departamentos e as áreas 10. Elimine slogans, gritos de guerra, exortações 11. Elimine cotas numéricas e padrões 12. Promova o orgulho entre as pessoas 13. Promova treinamento e educação continuada 14. Coloque todos para trabalhar nos 13 pontos anteriores A partir desses princípios, pode-se adotar o PDCA 4 Sete Ferramentas da qualidade O diagrama de Pareto é um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas O diagrama de causa-efeito (espinha de peixe) é uma ferramenta gráfica usada para mostrar a relação entre causas e efeitos de qualidade e os fatores envolvidos O gráfico ou diagrama de dispersão é utilizado para mostrar as relações entre dois conjuntos de dados associados que ocorrem aos pares O fluxograma é um diagrama sequencial das etapas de um processo qualquer Fornece o detalhamento das atividades concedendo a visão global do fluxo, das falhas e dos gargalos 5 Aplicação Vamos pensar na fabricação de um guarda-roupas Suponhamos que alguns produtos estão com defeitos e que precisamos identificá-los a fim de repará-los Gráfico de Pareto (Barras) Vamos utilizar o gráfico de Pareto para saber os defeitos que aparecem frequentemente e depois identificar quais as funções e atividades envolvidas nesse processo Gráfico de Pareto 6 Síntese Vimos que existem diversas ferramentas de qualidade que podem ajudar os gestores da produção a identificar as falhas e auxiliar nas suas correções A qualidade deve ser monitorada em todo o processo para garantir maior credibilidade e confiabilidade perante os consumidores Referências de Apoio PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. Curitiba: Editora Ibpex, 2007. BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Gestão de qualidade, produção e operações. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. CORREA, H. L.; CORREA, C. A. Administração de produção e operações. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. 1 Administração da Produção de Materiais Aula 6 Profa. Cristiane Marques de Mello Organização da Aula Produtividade Definições e importância da produtividade Gestão e medição da produtividade Desperdícios Contextualização O objetivo dessa aula é o de conceituar a produtividade, discorrer sobre sua importância, seus métodos de mensuração e discutir aspectos de gestão Introdução Na busca por vantagens competitivas as empresas aprimoram seus processos e melhoram a relação com os colaboradores, a fim de conquistar melhores níveis de produtividade Instrumentalização 2 Produtividade pode ser definida como a otimização do uso dos recursos empregados (inputs) para a maximização dos resultados desejados (outputs) Definições e Importância da Produtividade Input – são os recursos utilizados na produção (o que a empresa consome) Output – é o produto obtido no final do processo (o que a empresa produz) Produtividaderefere-se às medidas de eficiência no uso dos recursos, ou seja, é fazer mais com menos recursos Produtividade = Produção Recursos Produtividade é a relação entre resultados obtidos e recursos utilizados A produtividade experimentou grandes avanços de tecnologias: • máquinas a vapor, estradas de ferro, motor a gasolina, automação de processos, computadores e robótica Mudanças no processo e na gestão da manufatura também deram grandes saltos de produtividade com a padronização, a linha de montagem, o sistema Just in time e a produção enxuta 3 A evolução da qualidade proporciona produtos melhores, mais confiáveis que, por sua vez, melhora a produtividade e garante melhores custos A produtividade segue o ciclo virtuoso do processo: • medida, avaliação, planejamento e melhoria Gestão e Medição da Produtividade Estudar o processo e padronizar Medir Avaliar Planejar a melhoria Realizar/Padronizar novamente A medição dos índices de inovação é muito importante, pois o que não se mede não se pode gerenciar As medidas devem apresentar as seguintes características: • clareza • objetividade • precisão • ajuste • representatividade • resultados Para estabelecer o indicador devemos iniciar pelo objetivo e estabelecer a periodicidade Sendo uma medida de produtividade, devemos considerar os dois termos: • input • output 4 Output de produção – quantos produtos foram fabricados (h, kg/dia etc.) Input que se deseja relacionar – a medida dos insumos, como horas/homem trabalhadas, número de trabalhadores, quantidade de kW por produto etc. Desperdício é toda atividade que não agrega valor ao produto Quanto mais produtivo for um sistema, melhor será na utilização de matéria-prima, de horas, de capital, de energia Desperdícios Uma das formas de eliminar desperdícios é o sistema Just in time (JIT), que busca eliminação de perdas no processo, garantido qualidade e trabalhando com estoque mínimo Eliminação de Desperdícios Racionalização da Força de Trabalho Produção Flexível Just In Time Estratégias para eliminar desperdícios JIT desenvolvido pela Toyota Sete desperdícios: 1. superprodução 2. Espera – longos períodos de ociosidade (pessoas, peças e informação) 3. transporte excessivo 4. processos inadequados 5. inventário desnecessário – armazenamento excessivo e falta de informação 5 6. movimentação desnecessária 7. produtos defeituosos Aplicação Vamos mensurar a quantidade de horas que são necessárias para fabricar um veículo Calculando Medidas Para produzir 800 tratores por mês são necessários 200 homens trabalhando 8,8 horas/dia e 23 dias em média por mês • 200 X 8,8 X 23 = 40.480 horas/homem • 40.480 / 800 = 50,6 horas por veículo Se um trator de uma mesma categoria é fabricado em uma indústria com o índice de 50,6 horas/trator e em outra com o índice de 45 horas/trator, esse último terá sido mais eficiente Energia Temos duas formas de calcular a energia gasta por produto • Se um restaurante produz 4.000 refeições por mês e tem um gasto de 10.000 kW/h, então: 6 10.000 / 4.000 = 2,5 kW/h cada refeição consumiu 2,5kW/h Ou podemos fazer assim: • a conta de energia elétrica desse restaurante é de R$ 900,00 e queremos • a conta de energia elétrica desse restaurante é de R$ 900,00 e queremos saber o valor em reais, então teremos 900,00 / 4.000 = R$ 0,22 de energia elétrica gasta em cada refeição Síntese O foco dessa aula foi abordar os principais aspectos relacionados à produtividade, às medidas e aos desperdícios na produção Precisamos entender que a produtividade tem grande importância não apenas para a indústria, como também para o crescimento e desenvolvimento de um país Referências de Apoio PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. Curitiba: Editora Ibpex, 2007. BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Gestão de qualidade, produção e operações. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. slides slides (1) slides (2) slides (3) slides (4) slides (5)
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