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• Harmônicas ou positivas • Desarmônicas ou negativas • Comensalismo • Mutualismo • Simbiose • Competição • Canibalismo • Predatismo Interação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes, em que os parceiros (hospedeiro e parasito) estabelecem entre si relações íntimas e duradouras com certo grau de dependência metabólica. Geralmente o hospedeiro proporciona ao parasito todos ou quase todos os nutrientes e as condições fisiológicas requeridas por este. CICLO: Heteroxeno ou Monoxeno Classificação Zoológica PROTOZOÁRIOS (Reino Protista, Sub-reino Protozoa) - As amebas (Subfilo Sarcodina) - Os flagelados (Subfilo Mastigophora) - Os ciliados (Filo Ciliophora) - Os esporozoários (Filo Apicomplexa) Classificação Zoológica METAZOÁRIOS (Reino Animalia, Sub-reino Metazoa) - Helmintos chatos (Filo Platyhelminthes) - Helmintos filiformes (Filo Nematoda) - Artrópodes (Filo Arthropoda, Classe Insecta) - Carrapatos e ácaros (Classe Arachnida, Subclasse Acari) - Moluscos (Filo Mollusca) - Amebíase - Giardíase - Tricomoníase - Malária - Leishmaniose - Doença de chagas - Arachnida - Insecta FILOFILO CLASSESCLASSES TaeniaTaenia EchinococcusEchinococcus SchistosomaSchistosoma FasciolaFasciola AscarisAscaris ToxocaraToxocara EnterobiusEnterobius StrongyloidesStrongyloides AncylostomaAncylostoma NecatorNecator TrichurisTrichuris WuchereriaWuchereria GÊNEROGÊNERO CLASSE CESTODA � Hermafroditas � Tamanhos variados � Apresentam o corpo achatado dorsoventralmente � São providos de órgãos de adesão na extremidade anterior � Sem cavidade geral � Com ausência dos sistemas digestório, circulatório e respiratório. Possuem um sistema nervoso simples e um sistema excretor. O corpo O corpo O corpo O corpo éééé dividido em: dividido em: dividido em: dividido em: � EstrEstrEstrEstróóóóbilobilobilobilo ---- que que que que éééé segmentado segmentado segmentado segmentado ((((proglotesproglotesproglotesproglotes)))) � EscEscEscEscóóóólexlexlexlex éééé a região anterior a região anterior a região anterior a região anterior –––– (a), provido de (a), provido de (a), provido de (a), provido de orgãosorgãosorgãosorgãos de fixade fixade fixade fixaççççãoãoãoão variadosvariadosvariadosvariados.... � ColoColoColoColo éééé a zona de crescimento (b),a zona de crescimento (b),a zona de crescimento (b),a zona de crescimento (b), ProglotesProglotesProglotesProglotes:::: jovens (c), as maduras (d) e as jovens (c), as maduras (d) e as jovens (c), as maduras (d) e as jovens (c), as maduras (d) e as grgrgrgráááávidas (e). vidas (e). vidas (e). vidas (e). Duas ordens têm interesse mDuas ordens têm interesse mDuas ordens têm interesse mDuas ordens têm interesse méééédico:dico:dico:dico: CyclophyllideaCyclophyllideaCyclophyllideaCyclophyllidea e e e e PseudophyllideaPseudophyllideaPseudophyllideaPseudophyllidea.... Taenia Echinococcus FamFamíília lia TaeniidaeTaeniidae FamFamíílialia TaeniidaeTaeniidae GêneroGênero TaeniaTaenia GêneroGênero MulticepsMulticeps GêneroGênero HydatigeraHydatigera GêneroGênero EchinococcusEchinococcus T. T. soliumsolium T. T. saginatasaginata T. T. hydatigenahydatigena T. T. psiformispsiformis T. T. ovisovis M. M. multicepsmulticeps H. H. taeniaeformistaeniaeformis E. E. granulososgranulosos E. E. multilocularismultilocularis E. E. vogelivogeli E. E. oligarthusoligarthus GêneroGênero EchinococcusEchinococcus ClasseClasse CestodaCestoda Filo Filo PlatyhelminthesPlatyhelminthes GêneroGênero TaeniaTaenia T. T. soliumsolium T. T. saginatasaginata ImportânciaImportância MMéédicadica E. E. granulososgranulosos GêneroGênero EchinococcusEchinococcus E. E. multilocularismultilocularis E. E. vogelivogeli E. E. oligarthusoligarthus FilogeniaFilogenia INTRODUÇÃOIntroduIntroduççãoão Gênero Taenia Taenia solium Taenia saginata CAUSAM O COMPLEXO TENÍASE - CISTICERCOSE INTRODUÇÃO Teníase e cisticercose são duas entidades mórbidas distintas: ♦ Teníase � É a infecção intestinal humana causada por cestódeos adultos do gênero Taenia. ♦ Cisticercose � É uma alteração provocada pela presença da larva da T. solium e T. saginata nos tecidos de seus hospedeiros intermediários (suíno e bovino) e pela presença da larva da Taenia solium no homem (olhos, músculos e cérebro). IntroduIntroduççãoão � Teníase � Cisticercose MORFOLOGIA � VERME ADULTO – Corpo dividido em escólex, colo e estróbilo – hermafroditas, Tamanho varia de alguns centimetros á 10 metros. MorfologiaMorfologia MORFOLOGIA ♦ Estróbilo: É formado por proglotes: Jovens, maduras e grávidas * Individualidade reprodutiva e alimentar ( Hermafoditas) * Protandria * Proglote grávida � apólise MorfologiaMorfologia MORFOLOGIA Taenia saginata x Taenia solium 15-30 pares de ramificações uterinas, tipo dicotômico 7-16 pares de ramificações uterinas, tipo dendrítico Globoso com rostro ou rostelo Quadrangular sem rostelo MorfologiaMorfologia MorfologiaMorfologia T. saginata: 160.000 ovos T. solium: 80.000 ovos Apenas 50% são viáveis MORFOLOGIA Ovos – esféricos, ± 30 µm de diâmetro ♦ Morfologicamente indistinguíveis; ♦ Embrióforo � casca protetora, aspecto radiado – formada por blocos de quitina unidos por substância cementante; ♦ Embrião hexacanto ou oncosfera � 3 pares de acúleos, dupla membrana MorfologiaMorfologia MORFOLOGIA Cisticerco – ♦ Vesícula translúcida, com líquido claro. Escólex invaginado ♦ T. solium (Cysticercus cellulosae) � 4 ventosas, rostelo e colo ♦ T. saginata (Cysticercus bovis) � ausência de rostelo MorfologiaMorfologia Principais diferenças entre Taenia solium e Taenia saginata Fonte: www.arquivomedico.hpg.ig.com.br Escolex Proglotes Cysticercus Cisticercose humana Ovos TaeniaTaenia soliumsolium Globoso Com rostro Com dupla fileira de acúleos Ramificações uterinas pouco numerosas, de tipo dendrítico Saem passivamente com as fezes C. cellulosae Apresenta acúleos Possível Indistinguíveis TaeniaTaenia saginatasaginata Quadrangular Sem rostro Sem acúleos Ramificações uterinas muito numerosas, de tipo dicotômico Saem ativamente no intervalo das defecações C. bovis Não apresenta acúleos Não comprovada Indistinguíveis TRANSMISSÃO ♦ Teníase O hospedeiro definitivo infecta-se ao ingerir carne suína ou bovina, crua ou mal cuzida, infectada, pelo cisticerco de T. saginata ou T. solium. ♦ Cisticercose humana Heteroinfecção ou primoinfecção – ingestão de alimentos ou água contaminados com ovos da Taenia solium. Auto-infecção externa ou direta – portadores de Taenia solium quando eliminam proglotes, levam os ovos de sua própria tênia à boca. Auto-infecção interna – poderá ocorrer durante vômitos ou movimentos retroperistálticos do intestino, possibilitando ovos da TransmissãoTransmissão HABITAT Habitat : T. solium e T. saginata – Intestino delgado humano C. cellulosae – tecido subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e olho. HHáábitatbitat CICLO - teníase Incubação 2-3 meses CicloCiclo 10 e 3 anos C. cellulosae PATOGENIA Teníase ♦ Hemorragias, Destruição do epitélio produzindo inflamação com infiltrado celular com hipo ou hipersecreção de muco; ♦ Tonturas, perda de peso, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento do abdômen, dores, cólicas abdominais, etc. ♦ Alguns casos - cefaleia, vertigens, constipação intestinal ou diarreia e prurido anal; PatogeniaPatogenia PATOGENIA CISTICERCOSE (Cysticercus cellulosae) ♦Cisticercose muscular ou subcutânea: numerosos cisticercos podem provocar dor, fadiga e cãibras. Cisticerco promove reação local e é formado uma membrana adventícia e posterior calcificação. ♦ Cisticercosecardíaca: palpitações, ruídos ou dispnéia. ♦ Cisticercose ocular: reações inflamatórias exsudativas que levam a opacificação do humor vítreo. Perda parcial ou total da visão. PatogeniaPatogenia PATOGENIAPatogeniaPatogenia NEUROCISTICERCOSE: (tropismo 79-96%) ♦ Cisticerco no SNC (substância cinzenta). ♦ Crises epiléticas, convulsões, síndrome de hipertensão intracraniana, cefaléias, meningite cisticercótica, distúrbios psíquicos, etc. ♦ Principal causa de epilepsia em áreas consideradas endêmicas para a doença. PATOGENIA cistic erco cisticerco García & Brutto, Acta Tropica 87, 71-78, 2003 Cisticercose maciça (imagem por ressonância magnética) Sinais iniciais de inflamação em torno de um cisticerco PatogeniaPatogenia DIAGNÓSTICO- teníase → Laboratorial: Exame Parasitológico de Fezes É feito pela pesquisa de proglotes e ovos nas fezes. •Diagnóstico específico – Tamização As proglotes são comprimidas entre 2 lâminas de vidro grosso- clarear no ácido acético e examinadas estruturas uterinas: DiagnDiagnóósticostico-- TenTenííasease DIAGNÓSTICO •Método da fita gomada Ovos de tênia aderidos à fita gomada, vistos ao microscópio. DiagnDiagnóósticostico-- TenTenííasease DIAGNÓSTICO - cisticercose ♦ Diagnóstico Imunológico Procura de anticorpos específicos anticisticercos ELISA Imunoblotting ♦ Neuroimagens Encontro dos nódulos calcificados, ocorrem em 15 a 35% dos pacientes (após a morte do parasito); Raio X, tomografia computadorizada e ressonância magnética (mais sensível) visualização de cisticercos. DiagnDiagnóósticostico-- cisticercosecisticercose TRATAMENTO ♦ Niclosamida – Insolúvel na água e não absorvível pelo intestino. Sem efeitos colaterais. Dose única 2 g ( 90% de cura) ♦ Praziquantel – Efetivo – Absorvido pelo intestino, contra-indicado nos casos de cisticercose Dose 5-10 mg/kg (96% de curas). Só recomendado contra T. saginata Cisticercose ♦Albendazol oito dias (10-15mg/Kg) associado a dexametasona (neurocisticercose) TratamentoTratamento Teníase EpidemiologiaEpidemiologia Desenvolvimento do cisticerco de T. solium nos tecidos humanos EPIDEMIOLOGIA � OMS (1995) - na América Latina - número provável de pessoas expostas à infecção é de 30 a 50 milhões. � Prevalências superiores a 10% África - América do Sul - 0,1 e 10%. Para T. Saginata � Mais incidentes: América Latina, nos países não-mussulmanos da África e Ásia T. solium � Portadores são as únicas fontes de infecção. � A falta de inspeção nos matadouros e o abate clandestino ou doméstico possibilitam a transmissão da infecção � Ovos viáveis por mais de quatro meses, em pastagens e resistem ao tratamento habitual dos esgotos; � Grande longevidade (anos) dos cisticercos nos tecidos do animal vivo (cisticercos- infectantes 10 a 15 dias nas carnes a 10ºC e dois meses entre 0 e 4ºC); EpidemiologiaEpidemiologia EpidemiologiaEpidemiologia NO BRASIL FUNASA: Cisticercose é endêmica no país, principalmente nos estados de MG, SP, PR, SC SC (1992-1995): 638 casos de neurocisticecose (1,5%) Mulungu do Morro (BA): 1,6% soroprevalência para cisticercose 4,5% soroprevalência para teníase ♦ Educação para o consumo da carne bem cozida; ♦ Tratamento dos doentes; ♦ Educação sanitária; ♦ Saneamento básico; ♦ Técnicas de criação de bovinos e suínos seguras; ♦ Legislação regulamentando a notificação dos casos, a inspeção do gado abatido nos matadouros e proibindo o abate clandestino; ♦ Inspeção em matadouros (Registro da proveniência dos animais infectados); ♦ Exame periódico dos que trabalham na indústria da carne ProfilaxiaProfilaxia Taenia asiatica • Hidatidose- Parasitismo desenvolvido por formas larvárias de E. granulosus no Hospedeiro intermediário. • Equinococose- Infecção dos hospederios definitivos pelas formas adultas do parasito F. Rochette, 1999 INTRODUÇÃO- Echinococcus granulosos MorfologiaMorfologia 1- Verme adulto 2- Ovos 3- Cisto hidático � Adulto � pequeno (4 - 6mm) � Escólex com 4 ventosas e rostro com acúleos. � Colo � Estróbilo (proglotes: jovem, madura, grávida) � intestino delgado de canídeos � Ovo � apresenta embrióforo e embrião hexacanto com seis ganchos ou acúleos. MORFOLOGIAMorfologiaMorfologia CistoCisto hidhidááticotico CISTO HIDÁTICO � Forma larval (cisto hidático ou hidátide) � Presente nas vísceras dos Hosp. intermediários � forma arredondada, com dimensão variável. � fígado e pulmões de ovinos, bovinos, suínos, caprinos e cervídeos. � fígado, pulmões, cérebro, ossos, baço, rins do homem. CistoCisto hidhidááticotico Lâmina germinal Membrana adventícia (fibrosa) Membrana anista (proteínas e mucopolissacarideos) Membrana prolígera CISTO HIDÁTICO � Forma larval (cisto hidático ou hidátide) 2 meses2 meses 6 Meses 6 Meses -- maduromaduro H.I H. definitivo CicloCiclo • Verme adulto vive ~ 4 meses TransmissãoTransmissão EQUINOCOCOSE: HIDÁTIDOSE: Hosp. intermediário Hosp. definitivos � Depende do órgão atingido, local, tamanho e número de cistos Alterações: Ação mecânica, reações alérgicas e rompimento dos cistos (choque anafilático) PATOLOGIA * Fígado- distúrbios gástricos, sensação de plenitude, congestão portal e ascite. Moro, P. ; Schantz, P.M. 2008 PatogeniaPatogenia PATOLOGIA * Pulmão- compressão de brônquios e alvéolos – cansaço, Tosse, falta de ar, etc. Pode atingir grandes dimensões. * Cérebro- sintomas neurológicos (localização) Moro, P. ; Schantz, P.M. 2008 Cisto hidático PatogeniaPatogenia DIAGNÓSTICO Cliníco: Detecção de massas palpáveis Laboratorial: Immunobloting (procura de antígenos específicos do E.granulosus) → Métodos de imagem: Auxiliar aos outros metódos: Tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia DiagnDiagnóósticostico TRATAMENTO Medicamentos: Albendazol (400mg dose diárias 3-6 meses ou 28 dias com 14 dias de intervalo, 3-6 ciclos) Tratamento pela PAIR: Punção do liquído hidático, Aspiração do líquido hidático, Injeção de uma substância protoescolicida, Reaspiração após 10 minutos. Tratamento cirúrgico Cistos acessíveis e volumosos TratamentoTratamento • A hidatidose humana - dependência direta da prevalência da equinococose nos cães (numerosos). • 40 dias – proglotes grávidas - poluindo os campos, o peridomicílio e o chão das casas. EPIDEMIOLOGIA Crescimento de Echinococcus granulosus Moro, P.A; Schantz, P.M. 2008 EpidemiologiaEpidemiologia • Zoonose rural com ampla distribuição geográfica • No Brasil, ocorre nos campos do Rio Grande do Sul, junto à fronteira com o Uruguai. EPIDEMIOLOGIAEpidemiologiaEpidemiologia 0,5 milhão cisto hidático •Ovos são abundantes no pelo dos animais, no focinho e mesmo na língua com que se coçam. • A intimidade com cães - crianças e jovens – •Hábito dos camponeses em alimentar os cães com vísceras cruas dos animais abatidos em propriedades •Precária ou inadequada educação sanitária • Prevalência em matadouros encontra 5 a 40% dos ovinos infectados; • Criação do gado em campos cercados e sem a participação dos cães - doença rara ou inexistente; EPIDEMIOLOGIAEpidemiologiaEpidemiologia Impedir • Controle sanitário do gado abatido • Pastagens cercadas • Higiene pessoal • Cuidado ao ingerir alimentos PROFILAXIAProfilaxiaProfilaxia
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