Prática Apelação 2016.2

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16/09/2016
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APELAÇÃO
CABIMENTO
�Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
� Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão
em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
� § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos
procedimentos especiais, sentença é o
pronunciamento por meio do qual o juiz, com
fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como
extingue a execução.
�Terminativa (art. 485, CPC) - s/ resolução do
mérito
�Definitiva (art. 487, CPC) – c/ resolução do mérito
CABIMENTO
�De sentenças - Art. 1.009. Da sentença cabe
apelação.
�De decisões interlocutórias não
preclusas
� § 1o As questões resolvidas na fase de
conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são
cobertas pela preclusão e devem ser
suscitadas em preliminar de apelação,
eventualmente interposta contra a decisão final,
ou nas contrarrazões.
� Fim do agravo retido – CPC/73
� Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as
decisões interlocutórias que versarem sobre:
� I - tutelas provisórias;
� II - mérito do processo;
� III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
� IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
� V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento
do pedido de sua revogação;
� VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
� VII - exclusão de litisconsorte;
� VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
� IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
� X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos
embargos à execução;
� XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
� XII - (VETADO);
� XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA NÃO PRECLUSA
� Apelante
�Em preliminar de apelação (preliminar nas razões de
apelação
� Apelado
�Em preliminar de contrarrazões de apelação
�Natureza híbrida das contrarrazões
�Reposta à apelação
�Impugnação à decisão interlocutória não preclusa
�§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem
suscitadas em contrarrazões, o recorrente será
intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-
se a respeito delas.
PROCEDIMENTO
�Duplicidade procedimental (bifásico)
� Juízo a quo
�Interposição
�Retratação (art. 485, §7º) - De sentença terminativa (s/
resolução do mérito)
�Intimação para contrarrazões
� Juízo ad quem
�Admissibilidade
�Decisão monocrática
�Efeitos
�Saneamento de vícios
�Julgamento
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Juízo a quo – 1º grau de jurisdição
� Interposição
� Perante o juízo prolator da sentença
� Correios (art. 1.003, §4º) – data da postagem
� Prazo: 15 dias úteis da intimação da sentença
�Prazo em dobro:
�MP e Fazenda Pública - (arts. 180, 183)
�Litisconsortes c/ advs. diferentes - (art. 229)
� 229, §1º - única sucumbência – prazo normal
� 229, §2º - autos eletrônicos – prazo normal
JUÍZO AD QUEM – 2º GRAU DE JURISDIÇÃO
� Art. 1.010, § 3o Após as formalidades previstas nos §§
1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo
juiz, independentemente de juízo de
admissibilidade.
�Admissibilidade
�Decisão monocrática
�Efeitos
� Saneamento de vícios
� Julgamento
JUÍZO AD QUEM – 2º GRAU DE JURISDIÇÃO
� Juízo de Admissibilidade – Juiz ad quem
� Positivo - Recebimento - observância aos pressupostos de
admissibilidade
� Negativo – Agravo Interno
� Declaração dos efeitos – regra: duplo efeito
(suspensivo)
� Decisões monocráticas (art. 932, III, IV e V)
� Nega conhecimento, provimento ou improvimento
� Intimação – contrarrazões (15 dias) – art. 1.010, §1º
� Inexistência de ônus – Inexistem efeitos similares ao da
revelia
� Recurso adesivo – independe das contrarrazões
� Relatório
� Remessa à Presidência – data julgamento
� Julgamento
REQUISITOS (ART. 1.010):
� I - os nomes e a qualificação das partes
� Mera individualização
� Qualificação dispensada se já identificadas no processo
� Terceiro prejudicado – indispensável
� II - a exposição do fato e do direito e III - as razões do
pedido de reforma ou de decretação de nulidade
� Descrição das razões do inconformismo – causa de pedir
� IV - o pedido de nova decisão
� Anulação – error in procedendo
� Reforma – error in judicando
�IV - o pedido de nova decisão
� Anulação – error in procedendo
� vício de atividade
� equívoco de procedimento do Juiz, que (na
visão do apelante) se equivocou ao extinguir o
processo sem resolução do mérito
�A sentença poderia ter o enfrentamento de
mérito
� Reforma – error in judicando
� vício de juízo
� Se a sentença julga o mérito improcedente
MATÉRIA ANALISADA
� Art. 1.013, caput e §1º, primeira parte - matéria
impugnada
� Não ultrapassando os limites da extensão do pedido do
apelante, poderá o Tribunal analisar todos os fundamentos e
provas, ainda que não abordadas em sentença
� Art. 1.013, §1º, segunda parte - questões
anteriores à sentença, ainda não decididas
� Questões que deveriam ter sido resolvidas por decisões
interlocutoras, mas não foram
� Art. 1.014 – questões não propostas no juízo
anterior por força maior
� Regra: Proibição de inovação recursal
� Exceção:
�FORÇA MAIOR - É um acontecimento relacionado a
fatos externos, independentes da vontade humana, que
impedem o cumprimento das obrigações.
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Duas petições:
�1ª - Interposição
�2ª - Razões da Apelação
1ª - PEÇA DE INTERPOSIÇÃO
�Endereçamento
�Nº do processo
�Nome completo das partes
�Nome da ação
�Recebimento (praxe)
�Intimação para contrarrazões
�Remessa dos autos ao Tribunal
ENDEREÇAMENTO (1.010, CAPUT)
� Art. 1.010. A apelação, interposta por petição 
dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
� Endereçamento ao juiz de 1º grau
�Excelentíssimo Senhor Doutor
Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da
Comarca de Alto Alegre – MA
�Processo nº 1234/2015
NOME COMPLETO DAS PARTES
� Não necessária qualificação completa se as partes já
devidamente identificadas na petição inicial e/ou
contestação
�FIDALDO MORAIS ARAGÃO, já
qualificado nos autos da Ação de
Indenização por Danos Morais,
processo em epígrafe, que move em face
de (movida por) MAURÍCIO BACELAR
BRITTO, também qualificado, vem, por
seu advogado, não se conformando com
a sentença prolatada às fls. __,
tempestivamente apresentar recurso de
APELAÇÃO, com fundamento nos
artigos 1.009 e seguintes do Código de
Processo Civil.
REMESSA DOS AUTOS AO TRIBUNAL
�Assim, requer-se a Vossa
Excelência se digne a receber o
presente recurso, determinando-se
a intimação do recorrido para,
querendo, apresentar
contrarrazões, e, após as devidas
formalidades, sejam os autos
remetidos para o Egrégio Tribunal
de Justiça.
ENCERRAMENTO
�Nestes Termos,
�Pede Deferimento.
�Local e Data
�Advogado
�OAB/UF
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2ª PEÇA - RAZÕES DA APELAÇÃO
� Endereçamento
� Nº do processo
� Apelante e apelado
� Indicação do nome da peça (Razões da Apelação)
� Reverência ao Tribunal
� Admissibilidade do recurso
� Tempestividade
� Preparo
� Da síntese dos fatos
� Das razões recursais
� Exposição topificada da matéria a ser analisada
� Do pedido
� Recebido
� Conhecido
� Provido
� Reforma/anulação da sentença de 1º grau
� Inversão do ônus da sucumbência
� Honorários recursais (art. 85, §11)
HONORÁRIOS RECURSAIS
�Art. 85. A sentença condenará o vencido
a pagar honorários ao advogado do
vencedor.
� § 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os
honorários fixados anteriormente levando em
conta o trabalho adicional realizado em grau
recursal, observando, conforme o caso, o disposto
nos §§ 2o a 6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo
geral da fixação de honorários devidos ao advogado
do vencedor, ultrapassar os respectivos limites
estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de
conhecimento.
Processo nº 12345/2015
Apelante: FIDALGOMORAIS ARAGÃO
Apelado: MAURÍCIO BACELAR BRITTO
RAZÕES DA APELAÇÃO
�EGRÉGIO TRIBUNAL,
� ÍNCLITOS JULGADORES,
�COLENDA TURMA.
DA ADMISSIBILIDADE
A priori, vale observar que a apelante
foi intimada da sentença em ___,
através do ___, findando-se o prazo
recursal em ___, sendo, pois,
tempestivo este recurso de Apelação,
nos termos do art. 1.003, §5º, do CPC.
Junta-se o comprovante de pagamento
da guia de preparo e do porte e
remessa e retorno dos autos, conforme
exigido pelo art. 1.007 do CPC.
DA SÍNTESE (SINOPSE, RELATO) DOS FATOS
� Cuida-se na espécie de ação ordinária ajuizada pela
apelada objetivando que a recorrente se abstenha do
uso da marca “Arroz Tio João”, a qual ambas
comercializavam concomitantemente, bem como
indenização por danos materiais no valor de R$
50.000,00 (cinquenta mil reais).
� Em fase decisória, o MM. Juiz a quo indeferiu todos
os argumentos trazidos em contestação por decisão
com a seguinte parte dispositiva:
� ISSO POSTO, afasto a prejudicial de mérito e julgo procedentes os
pedidos formulados pela parte autora para declarar a ilegalidade do
uso da marca “Tio João” pela ré, que deverá abster-se do seu emprego,
e condenar a mesma ao pagamento de indenização por danos
materiais no valor de R$ 50.000,00. Pagará a parte ré as custas
processuais, os honorários periciais e os honorários advocatícios, os
quais arbitro em 20% sobre o valor da condenação, tendo em conta o
trabalho apresentado, a natureza da ação e o seu complexo
desenrolar, bem como o valor atribuído à causa, conforme disposto no
artigo 20, § 3°, do Código de Processo Civil.
� Daí, a presente apelação.
PRELIMINARMENTE
� Do cerceamento de defesa
� Do indeferimento da prova testemunhal
� O Douto Juízo “a quo” indeferiu testemunha de essencial importância à
defesa da recorrente, cerceando seu direito à ampla defesa e contraditório,
por isso, na ocasião da audiência a recorrente manifestou sua insatisfação
através do protesto.
� Conforme observamos no artigo 5º LV da CF, é assegurado aos litigantes de
processo administrativo e judicial, o direito à ampla defesa e contraditório, o
que foi cerceado na audiência do presente processo.
� O indeferimento da oitiva da testemunha do recorrente causou-lhe imenso
prejuízo, já que não conseguiu provar os fatos sem a referida testemunha.
Ademais, o artigo 794 e 795 da CLT tratam justamente dos casos de nulidade
processual, como é o caso em tela, tendo em vista que houve imenso prejuízo
à recorrente o indeferimento da testemunha em questão.
� Com isso, podemos observar que o indeferimento causa nulidade relativa
quando há prejuízo à parte que foi o que ocorreu com o recorrente.
� Conforme se evidenciou, o flagrante prejuízo ao recorrente em razão do
indeferimento de sua testemunha pelo Juízo “a quo”, conforme dispõe o artigo
795 parágrafo 2º da CLT, requer o retorno do processo à sua vara de origem a
fim de sanar o vício cometido. Caso não seja acatada a preliminar supra
exposta, passemos à análise do mérito.
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RAZÕES RECURSAIS
�Exposição topificada da matéria a ser analisada
�Colacionar pontos de irresignação da sentença
�Expor os motivos da reforma
�Interessante a estrutura de tópicos -
organização
� DO DEVER DE INDENIZAR
� DA AUSÊNCIA DO DEVER DE
INDENIZAR
� DA NÃO OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO
� DA CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA
�DA RESPONSABILIDADE DOS
RECORRIDOS
�Ainda que o recorrido tente a todos custo
responsabilizar a genitora do recorrente pelo
ocorrido, de certo que a ela não pode ser
atribuída a culpa pelo acidente, vez que a
atividade desenvolvida no Pronto Socorro é de
extremo risco e o material de lixo hospitalar
não pode estar ao alcance de pacientes e
acompanhantes que o frequentam. Portanto, o
recorrido é o único responsável pelo evento
danoso.
� Cabia aos recorridos a manifestação precisa sobre
os fatos narrados na petição inicial, presumindo-se
verdadeiros os fatos não impugnados, os quais
independem de prova, nos termos dos arts. 341 e
374 do CPC, in verbis:
� Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se
precisamente sobre as alegações de fato
constantes da petição inicial, presumindo-se
verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
� Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
� I - notórios;
� II - afirmados por uma parte e confessados pela
parte contrária;
� III - admitidos, no processo, como
incontroversos;
� IV - em cujo favor milita presunção legal de
existência ou de veracidade.
�DOS DANOS MORAIS
�DOS DANOS MATERIAIS
DO PEDIDO
� Conhecido
� Provido
� Reforma/anulação da sentença de 1º grau
� Inversão do ônus da sucumbência
� Honorários recursais
Por todo o exposto, requer-se:
a) seja o recurso RECEBIDO e
CONHECIDO, e, quando do julgamento, seja
dado integral PROVIMENTO, para
reformar/anular a sentença recorrida no
sentido de acolher o pedido formulado pelo
Apelante para...
c) A inversão do ônus sucumbencial,
bem como a condenação do recorrido em
honorários advocatícios, por ser de DIREITO
e de inteira JUSTIÇA!
LEMBRANDO:
� Se o recurso visa a alteração:
�
a) DO MÉRITO, pede-se A REFORMA DA
SENTENÇA
� Foi extinto COM resolução do mérito
� b) DO PROCEDIMENTO, pede-se A ANULAÇÃO DA
SENTENÇA
� Foi extinto SEM resolução do mérito
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� Nestes Termos,
� Pede Deferimento.
� Local e Data
� Advogado
� OAB/UF