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PENAL - extinção da punibilidade

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Analise os três casos abaixo, indicando se ocorreu a extinção da punibilidade em face da prescrição:
 CASO 1. O Ministério Público Federal, por intermédio de seu douto Procurador da República em Joinville, ofereceu denúncia contra Durval Lima Costa, brasileiro, casado, empresário, com 48 anos de idade, por ter, segundo a exordial acusatória, deixado de repassar ao Instituto Nacional do Seguro Social, nos meses de março a junho de 1998, os valores descontados do salário dos empregados de sua empresa, caracterizando tal situação o tipo legal previsto no art. 168A, do Código Penal, em continuidade delitiva (CP, art. 71).A denúncia foi recebida em 22/04/2001, sendo que Durval foi condenado à pena de 2 anos e 4 meses de reclusão, além do pagamento de 11 dias-multa. A pena privativa de liberdade foi substituída por restritiva de direitos (prestação pecuniária e prestação de serviços à comunidade). Frise-se que a pena foi aplicada acima do mínimo legal, exclusivamente, por causa do disposto no art. 71, da lei penal substantiva. A sentença foi publicada no dia 04/03/2005.Houve a interposição e recurso de apelação criminal por Durval, sendo que o apelo foi improvido, em decisão unânime da Colenda 8ª Câmara Criminal do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, profereida no dia 06/06/2006, sendo que o trânsito em julgado ocorreu no dia 05/07/2006.A pena teve sua execução iniciada no mês de maio de 2010.Insatisfeito com a situação, Durval procura o seu escritório de advocacia para saber se há alguma solução jurídica capaz de evitar o cumprimento da pena aplicada.
 R: Conforme prevê o art. 44 do Código Penal[1] é possível a substituição de penas privativas de liberdade por restritivas de direitos se o delito praticado não o for com violência ou grave ameaça à pessoa, a pena de reclusão imposta não ultrapassar o limite de quatro anos e o agente preencher os requisitos subjetivos para receber o benefício. Podendo o juiz transformar a pena de prisão (privativa de liberdade) em prestação de serviços à comunidade ou a entidade pública (duas restritivas de direitos).
CASO 2. O Ministério Público de Santa Catarina, por intermédio de seu Promotor de Justiça em Joinville, ofereceu denúncia contra Luiza Camargo, brasileira, solteira, estudante, com 19 anos de idade, por ter, segundo a denúncia, no dia 26/09/2005, por volta das 01:30 horas, em frente à sociedade Alvorada, localizada na Rua Iririú, Joinville/SC, de posse de uma arma de fogo, efetuado quatro disparos contra a vítima Miro Castro, não logrando êxito na morte desta por circunstâncias alheias à sua vontade, cingidas ao fato de que não acertou a vítima por erro na pontaria, caracterizando os tipos legais previstos no art. 121, caput, c/c art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, e, no art. 14, da Lei n. 10.826/2003.A denúncia foi recebida em 14/10/2005, sendo que Luiza Camargo foi pronunciada no dia 27/03/2006. Houve interposição de recurso em sentido estrito (CPP, art. 581) por Luiza Camargo que restou improvido, em decisão unânime da Colenda 2ª Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça de Santa Catarina, publicada no dia 19/12/2006, sendo que o trânsito em julgado ocorreu no dia 21/02/2007.Submetida a julgamento perante o Tribunal do Júri da Comarca de Joinville, no dia 29/10/2009, Luiza Camargo foi condenada à pena de 2 anos de reclusão , por infração ao disposto no art. 121, caput, c/c art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, e, à pena de 2 anos de reclusão, por infração ao disposto no art. 14, da Lei n. 10.826/2003.Pergunta-se: está extinta a punibilidade dos fatos em face da prescrição?
R: Tentativa de homicídio - De acordo com a Parte Geral do Código Penal - artigo 14 - Diz-se o crime tentado que, quando iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.Para o caso de tentativa, calcula-se o prazo sobre o máximo da pena prevista para o delito tentado diminuido da menor redução, que é 1/3. Como no caso do homicidio qualificado a pena máxima é de 30 anos, a pena máxima possivel para a tentativa será de 20 anos, que prescreve em 20 a teor do art. 109, I do CP.No caso, não está extinta a punibilidade dos fatos em face da prescrição
 
CASO 3. Atendendo à requisição do Ministério Público Federal (CPP, art. 5º), representado por seu Douto Procurador da República em Joinville, no dia 08/11/2010, o Departamento de Polícia Federal em Joinville instaurou inquérito policial para apurar a responsabilidade criminal de Marilda Gomes que, na condição de responsável tributária, deixou de repassar à Receita Federal os valores referentes ao IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) dos empregados da sua empresa, durante os anos de 1999 e 2001, configurando a conduta descrita no art. 2º, inciso II, da Lei n. 8.137/90.Cumpre destacar que o crédito tributário ficou sendo discutido na esfera administrativa até 04/05/2009.Pergunta-se: esta extinta a punibilidade dos fatos em face da prescrição?
R: Súmula Vinculante n. 8: decretou a inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46, da Lei n. 8.212/91; ou seja, o prazo prescricional e decadencial é de 5 anos, sejam tributos federais ou mesmo previdenciários (antes com contagem de prazo diferenciado e mais elástico – 10 anos), prevalecendo a disposição legal do CTN.
Neste caso, esta extinta a punibilidade dos fatos em face da prescrição.

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