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Apostila Eletronica Digital Engenharia Aluno Final

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1 
Faculdade SATC Engenharia Elétrica 
Disciplina: Eletrônica Digital Prof. Sérgio M. Barcelos 
1. Níveis de representação amostral 
Representações amostrais de grandezas diversas podem ser identificadas 
e apresentadas, basicamente, de duas formas: representação analógica e digital. 
 
A representação analógica consiste na retenção de um conjunto de 
valores discretos a partir da gama contínua de valores assumidos pelo sinal 
analógico. A fig. 1 mostra um exemplo de como se pode proceder à amostragem 
do sinal analógico. 
 
Fig. 1 – Representação de um sinal analógico 
 
 
Os valores analógicos devem ser captados em intervalos de tempo e/ou de 
espaço regulares. Quando se amostra um sinal analógico, a questão principal está 
em determinar quantas amostras é necessário reter para assegurar que não se 
perde nenhuma da informação contida na grandeza original. 
 
A representação digital consiste em apresentar valores discretos, 
descontínuos no tempo e amplitude. Isso significa que um sinal digital só é 
definido para determinados instantes de tempo, e o conjunto de valores que 
podem assumir é finito. Na fig. 2 percebemos a discretização dos sinais analógico 
do gráfico da fig. 1 digitalizado. 
 
Fig. 2 – Representação de um sinal digital 
 
 
 
 
2 
Faculdade SATC Engenharia Elétrica 
Disciplina: Eletrônica Digital Prof. Sérgio M. Barcelos 
1.1 - Sistema Eletrônicos 
 Os sistemas podem ser descritos como dispositivo que produz condições 
de saída segundo condições presentes à entrada, de acordo com uma lei 
específica. 
 
 
 
1.1.1 - Sistemas analógicos e sistemas digitais 
Nos sistemas analógicos é dado significado a toda e qualquer variação nos 
sinais. Nos sistemas digitais os sinais apenas podem assumir uma gama de 
valores discretos (x1,x2...xn). 
Algumas das vantagens de sistemas digitais podem ser apontadas como: 
- a sua habilidade de lidar com sinais elétricos que foram degradados (imunidade 
a ruídos eletromagnéticos); 
- devido a natureza discreta das saídas, uma pequena variação em uma das 
entradas ainda é interpretada corretamente (capacidade de integração); 
- em circuitos analógicos, um pequeno erro na entrada gera um erro na saída; 
- velocidade de processamento; 
- economia. 
 
A forma mais simples de um sistema digital é a numeração binária (um sinal 
binário processa abstração digital – permite que tudo se processe utilizando dois 
únicos níveis, alto e baixo). 
 
 
1.1.2 - Sistema digital binário 
Nos sistemas digitais binários os sinais assumem apenas um de dois 
valores possíveis. 
 
Regra: 
V0 � f(A) = Vi (5V), se comutador A estiver aberto 
 0V, se comutador A estiver fechado 
 
 
V0 
 A fechado A aberto 
 
A saída Vo assume apenas um de dois valores possíveis 
(0V ou 5V). 
 
Na maioria dos sistemas digitais binários, a informação é representada por 
níveis de tensão ou corrente designados pelos valores binários 0 e 1 (ou valores 
lógicos 0 e 1). Outras designações são também muito usuais, tais como, HIGH 
(H), LOW (L), TRUE (T), FALSE (F) em analogia com os sistemas lógicos. A 
 
 
3 
Faculdade SATC Engenharia Elétrica 
Disciplina: Eletrônica Digital Prof. Sérgio M. Barcelos 
unidade de informação digital binária é designada por BIT (Binary Information 
Digit). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1.3 - Lógica positiva e lógica negativa 
Na lógica positiva o valor binário 1 é associado ao nível de tensão mais 
elevado e o valor binário 0 é associado ao nível de tensão mais baixo. 
Já na Lógica negativa o valor binário 1 é associado ao nível de tensão mais 
baixo e o valor binário 0 é associado ao nível de tensão mais alto. 
 
 
2. Representação numérica em sistemas 
Rotineiramente expressamos os valores pretendidos no cotidiano por 
representação numérica decimal. Entretanto um sistema digital absorve 
características sob alguns outros sistemas, os sistemas binário (base 2), octal 
(base 23=8) e hexadecimal (base 24=16). 
 
 
2.1 - Notação posicional 
Todos os sistemas numéricos utilizados pelo ser humano são posicionais. 
Em um sistema posicional, cada dígito possui um peso associado. Assim, o valor 
de um dado número corresponde a uma soma ponderada de seus dígitos, como 
por exemplo: 
 
 2007(10) = 2∗103 + 0∗102 + 0∗101 + 7∗100 = 2000 + 0 + 0 + 7 
 
Note que, no número anterior, o peso de cada posição é 10i, onde i 
corresponde à posição do dígito, contada a partir da direita, e sendo i=0. para o 
dígito, inteiro, mais à direita. 
Em geral, um número qualquer X, é representado por: 
 
 
 
 
 seja: x � coeficiente indicador do tipo numérico correspondente; 
 r � potência da base da razão numérica. 
 
Nível lógico 1 
Nível lógico 0 
X = xm∗r m + ... + x0∗r 0 , x-1∗r -1 + ... + xn∗r -n 
Parte inteira Parte fracionária 
2 V 
5 V 
0,8 V 
 Tensão 
 Tempo 
 Nível Lógico 1 
 Nível Lógico 0 
 
 
4 
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2.2 - Representação numérica decimal 
Uma representação decimal (base 10), utiliza números com variação de 0, 
1, 2,..., 9. Portanto cada valor referente as variáveis xm e xn da equação anterior 
podem sofrer variação de 0 à 9. Desta forma a representação numérica do valor D 
= 1234,567, corresponde a: 
 
D = 1∗103 + 2∗102 + 3∗101 + 4∗100 + 5∗10-1 + 6∗10-2 + 7∗10-3 
 D = 1000 + 200 + 30 + 4 + 0,5 + 0,06 + 0,007. 
 
 
2.3 - Representação numérica binária 
Como a definição caracteriza, um número binário é representado pelos 
valores 0 e 1, correspondendo aos estados de ausência e presença de tensão. A 
base binária identifica a numeração da base como sendo a potência da base 2. 
Para um número qualquer, o dígito mais à direita é comumente referenciado 
como dígito menos significativo (LSB - Least-Significative Bit), ao passo que o 
dígito mais à esquerda é denominado dígito mais significativo (MSB - Most-
Significative Bit). 
 Similarmente ao sistema decimal, o ponto no sistema binário é denominado 
ponto binário. Normalmente, quando se trabalha com sistemas de base não-
decimal, indica-se a base subscrevendo-se o valor da base à direita do número. 
Exemplos: 
 
10101(2) = 1∗24 + 0∗23 + 1∗22 + 0∗21 + 1∗20 = 16 +0 + 4 + 0 + 1 = 21(10) 
 Bem como: 
 .111(2) = 1∗2-1 + 1∗2-2 + 1∗2-3 = 0,5 + 0,25 + 0,125 = 0,875(10) 
 
 
2.4 - Representação numérica octal e hexadecimal 
No sistema octal, cada dígito representa um valor entre 0 e 7. Já no sistema 
hexadecimal, cada dígito representa um valor entre 0 e 15. Para representar os 
valores maiores do que 9 usando apenas um dígito, utilizam-se letras. Assim, o 
valor 10 é representado por A, o 11, por B e assim por diante, até 15 (que é 
representado por F). 
Note que cada dígito octal (base 23) pode ser representado por 3 dígitos 
binários, enquanto que um dígito hexadecimal (base 24) pode ser representado 
por 4 dígitos binários. 
 
Binário Octal Binário Hexadecimal 
000 0 0000 0 
001 1 0001 1 
010 2 0010 2 
011 3 0011 3 
100 4 0100 4 
101 5 0101 5 
 
 
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110 6 0110 6 
111 7 0111 7 
 1000 8 
 1001 9 
 1010 A 
 1011 B 
 1100 C 
 1101 D 
 1110 E 
 1111 F 
 
 
 Desta forma: 
 O número binário 1010111100110010(2),equivale ao agrupamento de 3 bits 
um valor octal e agrupamento de 4 bits um valor hexadecimal, sempre iniciando do 
LSB, como segue: 
 
1 2 7 4 6 2 Octal 
 
 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 Binário 
 
 A F 3 2 Hexadecimal 
 
 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 Binário 
 
 O resultado é: 
 - em octal � 127462(8) 
 - em Hexadecimal � AF32(16) 
 
 
2.5 – Conversões entre sistemas de numeração 
A conversão entre sistema de numéricos diferentes são operações diretas e 
correspondentes, ou seja, cada valor tem sua imagem correspondente em todos 
os sistemas. 
 
2.5.1 – Conversão decimal para binário 
Utiliza-se o método de divisões sucessivas por dois (2): 
Por exemplo: o valor 28(10) transformado para ?(2) 
 
28 2 
0 14 2 
 0 7 2 
 1 3 2 
 1 1 2 
 1 0 
MSB ���� 
���� LSB 
 
 
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Agrupando-se os bits de LSB para MSB teremos: 28(10) � 011100(2) 
 
2.5.2 – Conversão binário para decimal 
Multiplica-se o bit a partir de LSB pelo valor na potência de 2: 
 
011100(2) � ?(10) 
011100(2) � 1∗24 + 1∗23 + 1∗22 + 0∗21 + 0∗20 = 16+8+4+0+0 = 28 (10) 
 
011100(2) � 28(10) 
 
2.5.3 – Conversão decimal para octal 
Utiliza-se o método de divisões sucessivas por oito (8): 
Por exemplo: o valor 28(10) transformado para ?(8) 
 
28 8 
4 3 8 
 3 0 
 
Agrupando-se os bits de LSB para MSB teremos: 28(10) � 034(8) 
 
2.5.4 – Conversão octal para decimal 
Multiplica-se o bit a partir de LSB pelo valor na potência de 8: 
 
123(8) � ?(10) 
123(8) � 1∗82 + 2∗81 + 3∗80 = 64+32+3 = 99 (10) 
 
123(8) � 99(10) 
 
2.5.5 – Conversão decimal para hexadecimal 
Utiliza-se o método de divisões sucessivas por dezesseis (16): 
Por exemplo: o valor 45(10) transformado para ?(16) 
 
45 16 
13 2 16 
 2 0 
 
Agrupando-se os bits de LSB para MSB teremos: 45(10) � 02D(16) 
 
2.5.6 – Conversão hexadecimal para decimal 
Multiplica-se o bit a partir de LSB pelo valor na potência de 16: 
 
ABC(16) � ?(10) 
ABC(16) � 10(A)∗162 + 11(B)∗161 + 12(C)∗160 = 2560+176+12 = 2748 (10) 
 
ABC(16) � 2748(10) 
MSB ���� 
���� LSB 
MSB ���� 
���� LSB 
 D = 13 
 
 
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2.5.7 – Conversão octal para hexadecimal 
Neste caso, teremos que recorrer à conversão intermédia para a base 
binária ou decimal. 
Exemplo: 752(8) � ?(16) 
 
Solução 1: Intermediário 1 � conversão de 752(8) para binário: 
 
7 5 2 Octal 
 
1 1 1 1 0 1 0 1 0 Binário 
 752(8) � 111101010(2) 
 
Intermediário 2 � conversão de binário para hexadecimal: 
 
1 E A Hexadecimal 
 
 1 1 1 1 0 1 0 1 0 Binário 
752(8) � 1EA(16) 
 
Solução 2: Intermediário 1 � conversão de 752(8) para decimal: 
 
752(8) � 7∗82 + 5∗81 + 2∗80 = 448+40+2 = 490 (10) 
 
Intermediário 2 � conversão de decimal para hexadecimal: 
 
490 16 
10 30 16 
 14 1 16 
 1 0 
 
752(8) � 01EA(16) = 1EA(16) 
 
2.6 – Formato de representações binárias 
 Na interação de dados digitais binários com circuitos de interpretação ou 
mesmo circuitos de transferência, o sistema deve estar apto a identificar o formato 
destas representações binárias independentemente de seu significado. Estes 
dados binários podem estar representando formatos numéricos (somente 
números) ou alfa-numérico (números, símbolos e caracteres). 
 Alguns formatos de representação são demonstrados na seqüência. 
 
2.6.1 – Decimal codificado em binário - Binary Coded Decimal (BCD) 
O código BCD é um sistema de representação dos dígitos decimais desde 0 
até 9 com um código binário de 4 bits. Esse código BCD usa o sistema de pesos 
posicionais 8421 do código binário puro. O usual código 8421 BCD e os 
equivalentes decimais são mostrados na tabela abaixo. Exatamente como binário 
MSB ���� 
���� LSB 
 A = 10 E = 14 
 
 
8 
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Disciplina: Eletrônica Digital Prof. Sérgio M. Barcelos 
puro, pode-se converter os números BCD em seus equivalentes decimais 
simplesmente somando os pesos das posições de bits onde aparece 1. 
 
Decimal Binário puro BCD Natural (8421) 
0 0000 0000 
1 0001 0001 
2 0010 0010 
3 0011 0011 
4 0100 0100 
5 0101 0101 
6 0110 0110 
7 0111 0111 
8 1000 1000 
9 1001 1001 
10 1010 0001 0000 
11 1011 0001 0001 
12 1100 0001 0010 
 
Por exemplo, o inteiro decimal 834 em BCD é 1000 0011 0100. Cada dígito 
decimal é representado pelo seu código BCD 8421 equivalente. Um espaço é 
deixado entre cada grupo de 4 bits para evitar confusão do formato BCD com o 
código binário puro. Este método de representação também se aplica as frações 
decimais. 
Por exemplo, a fração decimal 0,764 é “0,0111 0110 0100” em BCD. 
Novamente, cada dígito decimal é representado pelo seu código equivalente 8421, 
com um espaço entre cada grupo. 
O código BCD simplifica a interface Homem-máquina, mas é menos 
eficiente que o código binário puro. Usam-se mais bits para representar um dado 
número decimal em BCD que em notação binária pura. 
 
2.6.2 – Código Excesso de 3 
A formação deste código é feita somando-se 3 unidades a cada informação 
binário, para os dígitos decimais. 
 
Decimal Binário puro BCD Natural (8421) 
0 0000 0000 
1 0001 0001 
2 0010 0010 
3 0011 0011 
4 0100 0100 
5 0101 0101 
 
 
9 
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Disciplina: Eletrônica Digital Prof. Sérgio M. Barcelos 
6 0110 0110 
7 0111 0111 
8 1000 1000 
9 1001 1001 
10 1010 0001 0000 
11 1011 0001 0001 
12 1100 0001 0010 
 
2.6.3 – ASCII 
O "American Standart Code for Information Interchange" comumente 
referido como ASCII, é uma forma especial de código binário que é largamente 
utilizado em microprocessadores e equipamentos de comunicação de dados. 
É um código binário que usado em transferência de dados entre 
microprocessadores e seus dispositivos periféricos, e em comunicação de dados 
por rádio e telefone. Com 7 bits pode-se representar um total de 27 = 128 
caracteres diferentes. Estes caracteres compreendem números decimais de 0 até 
9, letras maiúsculas e minúsculas do alfabeto, mais alguns outros caracteres 
especiais usados para pontuação e controle de dados. 
Também chamado ASCII completo, ou ASCII estendido. O código ASCII é 
mostrado nas tabelas a seguir. 
 
Colunas 
Bit 1 2 3 4 5 6 7 8 Linhas 
7654321 000 001 010 011 100 101 110 111 
1 0000 NUL DLE SP 0 @ P ` P 
2 0001 SOH DC1 ! 1 A Q a Q 
3 0010 STX DC2 “ 2 B R b R 
4 0011 ETX DC3 # 3 C S c S 
5 0100 EOT DC4 $ 4 D T d T 
6 0101 ENQ NAK % 5 E U e u 
7 0110 ACK SYN & 6 F V f v 
8 0111 BEL ETB ‘ 7 G W g w 
9 1000 BS CAN ( 8 H X h x 
10 1001 HT EM ) 9 I Y i y 
11 1010 LF SUB * : J Z j z 
12 1011 VT ESC + ; K [ k { 
13 1100 FF FS , < L \ l | 
14 1101 CR GS - = M ] m } 
15 1110 SO RS . > N ^ n ~ 
16 1111 SI US / ? O _ o DEL 
Onde: 
NUL � Null; 
SOH � Start Of Heading 
STX � Start Of Text; 
 
 
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Disciplina: Eletrônica Digital Prof. Sérgio M. Barcelos 
ETX � End Of Text; 
EOT � End Of Transmission; 
ENQ � Enquiry;ACK � Acknowledge; 
BEL � Bell (audible signal); 
BS � Backspace; 
HT � Horizontal Tabulation (punched card skip); 
LF � Line Feed; 
VT � Vertical Tabulation; 
FF � Form Feed; 
CR � Carriage Return; 
SO � Shift Out; 
SI � Shift In; 
SP � Space (blank); 
DLE � Data Link Escape; 
DC1 � Device Control 1; 
DC2 � Device Control 2; 
DC3 � Device Control 3; 
DC4 � Device Control 4; 
NAK � Negative Acknowledge; 
SYN � Synchronous Idle; 
ETB � End Transmission Block; 
CAN � Cancel; 
EM � End of Medium; 
SUB � Substitute; 
ESC � Escape; 
FS � File Separator; 
GS � Group Separator; 
RS � Record Separator; 
US � Unit Separator; 
Del � Delete. 
 
2.6.3.1 – Conversão em ASCII 
O código ASCII para cada número, letra ou função de controle é constituído 
de um grupo de 4 bits e outro de 3 bits. tabela abaixo mostra a ordenação destes 
dois grupos e a seqüência numérica. O grupo de 4 bits está a direita e o bit 1 é o 
LSB. 
 4 Bits 
7 6 5 4 3 2 1 
3 Bits 
 
Para determinar o código ASCII para um dado número, letra ou controle, 
localiza-se na tabela o dado desejado. Então usa-se os códigos de 3 e 4 bits 
associados com a coluna e com a linha, respectivamente, na qual o item está 
localizado. Por exemplo, o código ASCII para a letra L é 1001100. Ele é localizado 
na coluna 4, linha 12. O grupo de 3 bits é 100, enquanto o grupo de 4 bits é 1100. 
 
 
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No código ASCII de 7 bits, um oitavo bit é geralmente usado como um bit 
de paridade para determinar se o dado (caractere) foi transmitido corretamente. O 
valor deste bit é determinado pelo tipo de paridade desejado. Paridade par 
significa que a soma de todos os uns, incluindo o bit de paridade, é um número 
par. 
Por exemplo, se G é o caractere transmitido o código ASCII é 1000111. Desde 
que quatro uns estão no código, o bit de paridade é 0. O código de 8 bits seria 
escrito 01000111. 
Paridade ímpar significa que a soma de todos os bits um, é um número ímpar. 
Se o código ASCII para G for transmitido com paridade ímpar, a representação 
binária seria 11000111. 
 
 
3. Circuitos eletrônicos digitais 
Circuitos eletrônicos digitais são identificados e denotados por circuitos que 
estabelecem alternativas de chaveamentos de níveis de tensão. 
 
 
3.1 - Circuitos à interruptores 
Os tipos de circuitos a interruptores estabelecem um nível de controle cujo 
objetivo é presença ou ausência de corrente elétrica (ou tensão). Desta maneira o 
comparativo é extremamente similar aos circuitos de sistemas digitais binários 
(interruptor aberto - 0 ou fechado - 1). 
 
3.1.1 – configurações de circuitos à interruptores 
Os circuitos podem absorver características série, paralelo ou híbrido. 
Desta forma pode-se representa-los como a seguir: 
 
Representação e notação série: 
 
 
Representação e notação paralela: 
 
 
Representação e notação híbrida: 
 
 
 
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S = g . (h + i) ou S = g (h + i) 
 
3.1.2 – Exercícios 
A partir das equações abaixo construa o circuito a interruptores condizentes: 
a. S = a. {(b.c) + [(d + e) . (f + g)] + h . i + j)} 
b. S = {[(a + b + c) . (d + e . f) + (g . h . i)] + (j . k . l)} 
c. S = (1+a.b) + 0.c + (1 + b.c) 
 
Dado o circuito a interruptores a seguir, descreva a equação das expressões: 
 
 
 
 S = ___________________________________________ 
 
 
3.2 - Circuitos à Portas Lógicas 
Circuitos eletrônicos baseados em portas lógicas têm seu funcionamento 
muito parecido aos circuitos a interruptores. Sua configuração admite as mais 
diversas combinações possíveis entre as portas lógicas correspondentes 
(interruptor). Portanto dependendo do número de portas e de entrada pode-se 
obter-se combinações diversas em sua(s) saída(s). 
 
3.2.1 – Tabela Verdade 
Tabela Verdade é a forma de representar as possíveis combinações entre 
as variáveis binárias sob investigação. Desta forma todas as combinações entre n 
variáveis são representadas como entradas de um circuito lógico digital, e uma 
função f(A,B,...) é a saída deste circuito. 
Para construir-se um tabela verdade deve-se proceder da seguinte forma: 
- A quantidade de colunas será expressa pela quantidade de variáveis de 
entrada mais a(s) função(ões) de saída; 
- A quantidade de linhas da tabela será representada pela possibilidade 
binária das n variáveis, ou seja, 2n. 
 
 
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Uma tabela verdade para 3 variáveis (A, B e C) de entrada e uma única 
função f(A, B, C) = S na saída, é expressa como segue: 
- 4 colunas (3+1) e 8 linhas (23), assim: 
 
A B C S 
0 0 0 ? 
0 0 1 ? 
0 1 0 ? 
0 1 1 ? 
1 0 0 ? 
1 0 1 ? 
1 1 0 ? 
1 1 1 ? 
 
Onde “?” pode ser 0 ou 1. Sendo 1 para saídas válidas. 
 
3.2.1.1 – Formas de identificação de expressões lógicas 
As representações em soma de produtos e em produto de somas são 
denominadas formas padrão. 
Para a tabela verdade abaixo: 
 
A B C S 
0 0 0 0 
0 0 1 0 
0 1 0 1 
0 1 1 1 
1 0 0 0 
1 0 1 1 
1 1 0 1 
1 1 1 0 
 
Forma padrão � 
S = A’BC’ + A’BC + AB’C + ABC’ 
Assim cada termo da expressão anterior é denominado MINTERMOS e a 
soma de todos os MINTERMOS chamamos de forma padrão. 
 
Se associarmos cada combinação das variáveis de entrada ao seu 
equivalente em decimal, cada MINTERMO pode ser representado por mi, onde i é 
o decimal associado. De forma similar, cada MAXTERMO pode ser representado 
por Mi, onde i é o decimal associado. A tabela a seguir lista todos os 
MINTERMOS e MAXTERMOS de uma função de três variáveis (A, B e C). Devido 
a essa característica, essas formas são chamadas canônicas. 
Usando o exemplo da tabela verdade anterior, teremos a representação: 
 
 
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decimal A B C S 
0 0 0 0 0 
1 0 0 1 0 
2 0 1 0 1 
3 0 1 1 1 
4 1 0 0 0 
5 1 0 1 1 
6 1 1 0 1 
7 1 1 1 0 
 
Forma canônica � 
S = m2 + m3 + m5 + m6 
 Ou 
 S = Σm(2,3,5,6) 
 
 
3.2.2 – Portas Lógicas 
São dispositivos que tem seu funcionamento baseado no princípio de 
operação dos transistores quando em operação de corte (circuito aberto) e 
saturação (curto-circuito – fechado). 
As portas lógicas possuem uma ou mais entradas e produzem uma saída 
que é uma função da(s) entrada(s) atual(is). 
Assim como a associação de interruptores (série e paralelo) as portas 
lógicas podem associar entradas tendo sua saída uma relação a esta associação, 
ou seja, associação série corresponde as portas AND’s e associação paralela as 
portas OR’s. 
Baseado nesta teoria, diversos circuitos integrados (CI) foram 
desenvolvidos a satisfazer necessidades e relacionamento com algumas 
derivações destas portas lógicas. 
Uma porta é um circuito combinacional porque sua saída depende apenas 
da combinação das entradas atuais. 
 
3.2.2.1 – Composição de transistores 
O transistor é um componente eletrônico semicondutor composto de três 
terminais, sendo que o potencial (ou a corrente elétrica) de um deles é usado para 
controlar o nível de corrente que circula nos outros dois terminais (terminais 
principais). 
 
3.2.2.1.1 – Transistores Bipolares de Junção (BJT) 
O termo bipolar está relacionado com o fato de o dispositivo empregardois 
tipos de portadores, elétrons e lacunas, no processo de circulação da corrente 
elétrica. 
 
 
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O transistor bipolar de junção pode ser entendido, grosso modo, como um 
sanduíche de três camadas (e, conseqüentemente duas junções) semicondutoras 
dopadas alternadamente. Nesta concepção, podem existir duas possibilidades, 
ilustradas na Fig. 3, que dão origem aos transistores NPN e PNP. Os terminais 
externos são denominados (E) Emissor, (B) Base e (C) Coletor. O terminal da 
base é o terminal de controle e os terminais emissor e coletor são os terminais 
principais, por onde circula a corrente que se deseja controlar. J1 e J2 são as 
junções base-emissor e base- coletor, respectivamente. 
 
Fig. 3 – Representação das junções do transistor BJT 
 
Neste transistor a impedância de entrada é extremamente alta para base, e 
corrente de emissor para coletor é controlada pela corrente injetada na base 
 
Polarizar uma junção P-N é uma técnica muito utilizada, a fim de forçar a 
operação da mesma numa região praticamente linear, a despeito de sua 
característica global não-linear. Um dos importantes modos de operação do 
transistor é o modo AMPLIFICADOR (analógico), que exige operação linear. Os 
modos CORTE e SATURAÇÃO (digital) também são muito empregados na 
operação como chave. Neste caso o elemento se comporta como chave fechada 
(saturação, curto-circuito ou resistência quase nula) ou aberta (corte, circuito-
aberto ou resistência quase infinita). 
 
POLARIZAÇÃO MODO J1 J2 COMPORTAMENTO 
Ativo Direta Reversa Amplificador 
Corte Reversa Reversa Circuito aberto 
Saturação Direta Direta Curto-circuito 
 
 
 
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Fig. 4 – Gráfico comportamento do transistor BJT 
 
Para viabilizar o comportamento desejado (ou seja, controle de corrente) é 
preciso garantir as seguintes características no projeto do componente: 
1. O emissor deve ser fortemente dopado; 
2. A região da base é bem mais estreita que a do coletor e fracamente 
dopada; 
3. A região do coletor representa a maior parte do dispositivo. 
 
Fig. 5 – Representação das junções do transistor BJT NPN 
 
 
3.2.2.1.2 – Transistores de Efeito de Campo (MOSFET) 
O Transistor de Efeito de Campo FET (Field Effect Transistor.) de porta isolada, 
MOSFET ou simplesmente MOS (Metal-Oxide Semiconductor), é um dispositivo 
constituído de quatro compenentes e três terminais: Fonte (source), Porta (gate), 
Dreno (drain) e substrato ou Corpo (bulk). A operação básica do MOSFET 
consiste no controle (por atração de cargas similar ao que ocorre em um 
capacitor) da condutividade entre a fonte e o dreno, e portanto da corrente, 
através da tensão aplicada na porta, ou seja circulação de corrente entre Fonte e 
Dreno controlada pelo campo elétrico gerado pela porta. 
Há dois tipos de transistores MOSFET (Fig.a seguir): o MOSFET de canal N 
(NMOS) e de canal P (PMOS). 
 
 
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Fig. 6 – Representação das tensões aplicadas ao transistor FET 
 
A operação de um transistor tipo enriquecimento canal N, conforme 
representado nas figuras pode ser entendido da seguinte forma: consideremos 
inicialmente VDS=0. Quando uma tensão positiva VGS é aplicada, um campo é 
induzido na região do semicondutor entre fonte e dreno, fazendo com que as 
lacunas na região do substrato abaixo da porta sejam repelidas. Se esta tensão 
VGS for superior à tensão de limiar do transistor, elétrons são atraídos, para dentro 
da região abaixo da porta. Teremos então a formação de um caminho condutivo 
com cargas negativas entre o dreno e a fonte. Esse caminho é chamado de canal 
N e sua resistência dependerá da tensão VGS. Adicionalmente se aplicarmos uma 
pequena tensão entre dreno e fonte, teremos a passagem de corrente pelo canal 
N proporcional a tensão VDS aplicada. Elevando a tensão VDS, poderemos atingir 
uma situação onde a corrente permanecerá essencialmente constante, 
independente de posteriores aumentos de VDS. Esta condição de saturação da 
corrente se deve ao estrangulamento (pinch-off) do canal. 
 (7.1a e 7.1b) 
 
 
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 (7.2) 
 
Fig. 7 – (7.1a e 7.1b) Representação da junção N-P do transistor FET, (7.2) comportamento em 
circuitos em tensão 
 
No NMOS de modo depleção e depleção/enriquecimento, o dispositivo é 
construído de forma que um canal de material n- conecte as regiões de fonte e 
dreno (figura b). Assim, diferente do transistor tipo enriquecimento, mesmo sem 
tensão aplicada a porta poderemos ter a passagem de corrente entre dreno e 
fonte. A aplicação de tensões negativas na porta tem como efeito repelir os 
elétrons para fora do canal e, para uma tensão porta-fonte suficientemente 
NEGATIVA, teremos o corte do dispositivo devido ao estrangulamento do canal. 
 
Fig. 8 – Gráfico das tensões entre a porta e a fonte do transistor FET 
 
O efeito posto em jogo é o do estreitamento do canal por ação da 
polarização inversa da junção que ele forma com o resto do cristal que o envolve. 
Esse estreitamento é proporcional à tensão inversa aplicada e, no limite, impede 
completamente a passagem de corrente. 
 
Disso resulta na conclusão que uma diferença fundamental entre o 
FET e o BJT é que o primeiro é um dispositivo controlado por uma tensão 
(VGS) enquanto que o segundo o é por uma corrente (IB). 
 
 
3.2.2.2 – Porta Lógica NOT (negação ou inversor) 
A porta que simboliza a operação complementação é conhecida como 
inversor (ou porta inversora, ou negador). Como a operação complementação só 
 
 
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pode ser realizada sobre uma variável por vez (ou sobre o resultado de uma sub-
expressão), o inversor só possui uma entrada e, obviamente, uma saída. 
Caso se queira complementar uma expressão, é necessário obter-se 
primeiramente o seu resultado, para só então aplicar a complementação. O 
símbolo do inversor é mostrado na fig. 3. 
 
 
Fig. 9 – Porta lógica NOT 
 
 
A A’ 
0 1 
1 0 
Tabela verdade – porta NOT 
 
 
 
VIN 
 
0V (Low) 
5V (High) 
 
Q1 (NMOS) 
 
On 
Off 
 
Q2 (PMOS) 
 
Off 
On 
 
VOUT 
 
5V (High) 
0V (Low) 
 
 
Fig. 10 – Porta lógica NOT - implementação 
 
Os transistores CMOS quando não conduzem comportam-se como uma 
resistência de mais de 1 MΩ. Quando em condução franca comportam-se como 
uma resistência de valor muito mais baixo (p.e. 200 Ω). 
 
 
3.2.2.3 – Porta Lógica AND (“E”) 
O símbolo da porta AND é mostrado na figura 4. À esquerda estão 
dispostas as entradas (no mínimo duas, obviamente) e à direita, a saída (única). 
As linhas que conduzem as variáveis de entrada e saída podem ser interpretadas 
como fios que transportam os sinais elétricos associados às variáveis. O 
comportamento da porta AND é definido pela tabela verdade relacionada. 
 
 
 
Fig. 11a – Porta lógica AND de 2 e 3 entradas Fig. 11b – Porta lógica NAND de 2 e 3 entradas 
 
 
 
 
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A B S A B S 
0 0 0 0 0 1 
0 1 0 0 1 1 
1 0 0 1 0 1 
1 1 1 1 1 0 
 Tabela verdade – porta AND Tabela verdade – porta NAND 
 
 
Fig. 12a – Porta lógica AND – implementação Fig. 12b – Porta lógica NAND - implementação 
 
A B Q1 Q2 Q3 Q4 S 
L L Off On Off On H 
L H Off On On Off H Tabela Funcional da porta NAND 
H L On Off Off On H 
H H On Off On Off L 
 
Quando A=L ou B=L estabelece-se a ligação entre VDD e a saída S (H) 
através de um dos transistores PMOS Q2 ou Q4 em paralelo. Apenas quando, 
simultaneamente, A=H e B=H é estabelecida a ligação entre GND e a saída S(L) 
através dos transistores NMOS Q1 e Q3 em série. 
Para implementar portas NAND com um número maior de entradas, seriam 
adicionados transistores PMOS em paralelo com Q2 e Q4 e transistores NMOS 
em série com Q1 e Q3. 
 
 
3.2.2.4 – Porta Lógica OR (“OU”) e NOR (“Não OU”) 
O símbolo da porta OR pode ser visto na figura 5. Tal como na porta E, as 
entradas são colocadas à esquerda e a saída, à direita. Deve haver no mínimo 
duas entradas, mas há somente uma saída. O comportamento da porta OR é 
definido pela tabela verdade relacionada. 
 
 
Fig. 13a – Porta lógica OR de 2 e 3 entradas Fig. 13b – Porta lógica NOR de 2 e 3 
entradas 
 
 
 
 
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A B S A B S 
0 0 0 0 0 1 
0 1 1 0 1 0 
1 0 1 1 0 0 
1 1 1 1 1 0 
 Tabela verdade – porta OR Tabela verdade – porta NOR 
 
Fig. 14a – Porta lógica OR implementação Fig. 14b – Porta lógica NOR implementação 
 
A B Q1 Q2 Q3 Q4 S 
L L Off On Off On H 
L H Off On On Off L Tabela Funcional da porta NOR 
H L On Off Off On L 
H H On Off On Off L 
Quando A=H ou B=H estabelece-se a ligação entre GND e a saída S (L) 
através de um dos transistores NMOS Q1 ou Q3 em paralelo. Apenas quando, 
simultaneamente, A=L e B=L é estabelecida a ligação entre VDD e a saída S(H) 
através dos transistores PMOS Q2 e Q4 em série. 
Para implementar portas NOR com um número maior de entradas, seriam 
adicionados transistores NMOS em paralelo com Q1 e Q3 e transistores PMOS 
em série com Q2 e Q4. 
 
3.2.2.5 – Porta Lógica XOR (“OU Exclusivo”) 
A porta XOR compara os bits; ela produz saída 0 quando todos os bits de 
entrada são iguais e saída 1 quando pelo menos um dos bits de entrada é 
diferente dos demais. 
 
Fig. 15a – Porta lógica XOR detalhes 
 
 
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A B S 
0 0 0 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
 Tabela verdade – porta XOR 
 
 
Fig. 15b – Porta lógica XOR implementação 
 
 
3.2.2.6 – Porta Lógica XNOR (“Não OU Exclusivo”) - Comparação 
XNOR significa NOR exclusivo e é uma porta XOR com sua saída invertida. 
Dessa forma, sua saída será igual a “1” quando suas entradas possuírem o 
mesmo valor e “0” quando elas forem diferentes, caracterizando a comparação 
entre as entradas. 
 
 
Fig. 16 – Porta lógica XOR detalhes 
 
A B S 
0 0 1 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 1 
 Tabela verdade – porta XNOR 
 
 
 
 
 
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4. Álgebra booleana 
 
A Álgebra de Boole é uma ferramenta matemática muito utilizada na 
representação e simplificação de funções binárias (ou lógicas), sendo a sua 
designação resultante da contribuição do Matemático e filósofo inglês George 
Boole (1815-1864). 
Ele percebeu que as leis que governam as relações entre as proposições 
lógicas eram idênticas às leis válidas para dispositivos de chaveamento de dois 
estados. Tais dispositivos podem ter um dos seguintes estados diferentes: “ligado” 
ou “desligado”, voltagem “alta” ou “baixa”, “verdadeiro” ou “falso”. 
A Álgebra de Boole é estruturada sobre um conjunto de três tipos de 
operações: OU, E e COMPLEMENTO, e pelos caracteres 0 e 1. As operações E e 
OU serão simbolizadas, respectivamente, por um ponto (.) e por um sinal de mais 
(+), enquanto que o COMPLEMENTO será representado através de uma barra 
colocada em cima do elemento em questão. 
 
4.1 – Definições básicas da Álgebra de Boole 
 
4.1.1 – Variável lógica (ou de Boole ou binária): Variável que tem por domínio 2 
valores lógicos distintos, representados pelos valores 0 e 1 (ou outras 
designações como FALSE(F) e TRUE (T) ou FALSO(F) e VERDADEIRO(V)); 
 
4.1.2 – Função lógica (ou de Boole ou binária): Função que tem por contradomínio 
os valores lógicos 0 e 1; 
 
4.1.3 – Operadores/Funções lógicos elementares: 
- Intersecção (conjunção ou produto lógico) – Operação AND 
f(A,B) = A . B = AB 
 
- União (disjunção ou soma lógica) – Operação OR 
f(A,B) = A + B 
 
- Complemento (negação ou inversão) – Operação NOT 
 
4.1.4 – Expressões lógicas: É um conjunto de variáveis (literais) e constantes 
lógicas (0 e 1) ligadas entre si pelos sinais dos operadores lógicos elementares. 
Constituem uma das formas para descrever funções lógicas (outras formas: 
tabelas de verdade, mapas de karnaugh, etc..). 
Exemplos: 
 
 
 
4.1.5 – Literal: Cada ocorrência de uma variável na sua forma complementada ou 
não complementada. 
 
 
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4.1.6 – Precedência dos operadores: 
– a avaliação de uma expressão lógica é realizada da esquerda para a 
direita; 
– sub-expressões entre parêntesis são avaliadas em primeiro lugar; 
– dentro das sub-expressões, primeiro avaliam-se os operadores de 
negação, depois de produto e, finalmente, de adição. 
Exemplo: X+Y’.Z é avaliado como (X+(Y’.Z)). 
 
4.1.7 – Expressões lógicas equivalentes: Quando uma delas só for igual a 1 
quando a outra também for igual a 1, e igual a 0 quando a outra também for igual 
a 0. 
 
4.1.8 – Expressões lógicas complementares: Se uma delas for igual a 1 quando a 
outra for igual a 0,e vice-versa. 
 
4.1.9 – Expressões lógicas duais: Quando de uma se pode obter a outra: 
- transformando todos os “.” em “+” (produtos em somas); 
- transformando todos os “+” em “.” (somas em produtos); 
- transformando todos os 0 em 1; 
- transformando todos os 1 em 0; 
- e mantendo as ocorrências das variáveis (literais). 
Exemplo: 
 
Não existe nenhuma relação entre os valores lógicos de expressões duais: 
podem ser ambas iguais a 0, ambas iguais a 1, ou uma igual a 1 e outra 
igual a 0. Mas as identidades lógicas duais têm a propriedade de que 
quando uma é verdadeira a outra também o é. 
Exemplo: 
Identidades duais - se a identidade A + 0 = A se verifica então também se 
verifica a identidade A.1 = A. 
 
4.1.10 – Uma função lógica é representada de forma inequívoca por uma tabela 
de verdade, mas admite a representação através de várias expressões lógicas 
equivalentes. 
 – Uma função lógica pode ser representada por um circuito lógico 
(diagrama lógico) constituído por portas lógicas. 
Exemplo: 
A função f(X,Y,Z) pode ser representada: 
- pela expressão X + Y’.Z 
- pela tabela de verdade 
 
X Y Z Y’ Y’.Z X+Y’.Z S 
0 0 0 1 0 0 0 
0 0 1 1 1 1 1 
 
 
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0 1 0 0 0 0 0 
0 1 1 0 0 0 0 
1 0 0 1 0 1 1 
1 0 1 1 1 1 1 
1 1 0 0 0 1 1 
1 1 1 0 0 1 1 
 
- pelo diagrama lógico 
 
Fig. 17 – Circuito simplificado pela Álgebra de Boole 
 
4.2 – Postulados (Axiomas) da Álgebra de Boole 
Serão apresentados os postulados da complementação, da adição e da 
multiplicação da álgebra de Boole e suas identidades resultantes. 
 
4.2.1 – Postulados da Complementação 
Este postulado mostra as regras da complementação na álgebra de Boole, 
onde é o complemento de A. 
1) Se A = 0 então A’ = 1 
2) Se A = 1 então A’ = 0 
Assim, pode-se estabelecer a seguinte identidade: 
O bloco lógico que executa o postulado da complementação é o 
INVERSOR. 
 
4.2.2 – Postulados da Adição 
Este postulado mostra como são as regras da adição dentro da álgebra de 
Boole. 
1) 0 + 0 = 0 
2) 0 + 1 = 1 
3) 1 + 0 = 1 
4) 1 + 1 = 1 
Desta forma, pode-se estabelecer as seguintes identidades: 
A + 0 = A 
A + 1 = 1 
A + A = A 
A + A’ = 1 
O bloco lógico que executa o postulado da adição é o OU. 
 
4.2.3 – Postulados da Multiplicação 
Este postulado determina as regras da multiplicação booleana. 
1) 0 . 0 = 0 
 
 
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2) 0 . 1 = 0 
3) 1 . 0 = 0 
4) 1 . 1 = 1 
Assim, pode-se estabelecer as seguintes identidades: 
A . 0 = 0 
A . 1 = A 
A . A = A 
A . A’ = 0 
O bloco lógico que executa o postulado da multiplicação é o E. 
 
 
4.3 – Propriedades 
Serão estudadas as principais propriedades algébricas, úteis principalmente 
no manuseio e simplificações de expressões e, conseqüentemente, de circuitos 
lógicos. 
 
4.3.1 – Propriedade Comutativa 
Esta propriedade é válida na adição e na multiplicação. 
A + B = B + A 
A . B = B . A 
 
4.3.2 – Propriedade Associativa 
Esta propriedade também é válida tanto na adição quanto na multiplicação. 
A + (B + C) = (A + B) + C = A + B + C 
A . (B . C) = (A . B) . C = A . B . C 
 
4.3.3 – Propriedade Distributiva 
A . (B + C) = A . B + A . C 
 
4.4 – Teoremas da Álgebra de Boole 
 
Expressão Dual Descrição 
T1 A . 0 = 0 A + 1 = 1 0 - elemento absorvente do produto lógico 1 - elemento absorvente da soma lógica 
T2 A . 1 = A A + 0 = A 1 - elemento neutro do produto lógico 0 - elemento neutro da soma lógica 
T3 A . A = A A + A = A 
T4 A . A’ = 0 A + A’ = 1 
T5 A’ ‘ = A Lei da idem potência 
T6 A . B = B . A A + B = B + A Lei da comutatividade 
T7 A.B.C = A.(B.C) = (A.B).C A+B+C = A+(B+C) = (A+B)+C Lei da associatividade 
T8 A.B + A.C = A.(B+C) (A+B) . (A+C) = A + B.C Lei distributiva 
T9 A + A.B = A A.(A+B)=A Lei da absorção 
 
 
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T10 A + A’ B = A + B A . (A’ + B) = A . B Lei do termo “menor” 
T11 A . B + A . B’ = A (A + B) (A + B’ ) = A Lei da adjacência 
T12 A.B + A’.C + B.C = A.B + A’.C 
(A+B) (A’+C) (B+C) = 
(A + B) (A’ + C) Lei do termo “incluído” 
T13 (A .B)’ = A’ + B’ (A + B)’ = A’ . B’ Lei de Morgan 
 
 
4.5 – Simplificação de expressões lógicas 
 Veremos três métodos de simplificação e minimização de expressões 
lógicas: utilizando os teoremas da Álgebra de Boole, usando o método de Veitch-
Karnaugh e o teorema de Quine-McCluskey. 
 
4.5.1 – Simplificação recorrendo aos teoremas da Álgebra de Boole 
É um processo heurístico onde se procuram detectar partes da expressão 
que sejam simplificadas por aplicação dos teoremas, resultando em expressões 
equivalentes. O processo repete-se até que já não existam subexpressões 
susceptíveis de serem simplificadas, não existindo, no entanto, garantia de que a 
expressão obtida esteja realmente minimizada. 
Exemplos: 
Expressões equivalentes teorema 
AB’(C+C’)+A’BC+AB(C’+C) T4 ; T2 
AB’+A’BC+AB T6 
AB’+AB+A’BC T8 
A(B’+B)+A’BC T4 
A+A’BC T10 
A+BC 
 
Expressões equivalentes teorema 
A’+AB+AC’+AB’C’ T10 
A’+B+AC’+AB’C’ T8 
A’+B+AC’(1+B’) T1;T2 
A’+B+AC’ T6 
A’+AC’+B T10 
A’ +C’ + B 
 
4.5.2 – Simplificação recorrendo método de Veitch-Karnaugh 
Quando são utilizados os teoremas e postulados Booleanos para 
simplificação de expressões lógicas não se pode afirmar, em vários casos, que a 
equação resultante está na sua forma minimizada. 
Existem métodos de mapeamento das expressões lógicas que possibilitam 
a simplificação de expressões de N variáveis. O diagrama ou mapa de Karnaugh é 
um destes métodos e permite a simplificação mais rápida dos casos extraídos 
diretamente de tabelas da verdade, obtidas de situações quaisquer. Serão 
estudados os diagramas para 2, 3, 4 e 5 variáveis. 
 
 
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 O número de células do mapa de Karnaugh é definido pelas possibilidades 
de cada variável no sistema binário elevado ao coeficiente de n variáveis, ou seja: 
número células = 2n. Portanto para 2 variáveis teremos 22 = 4 células, para 3 
variáveis teremos 23 = 8 células, para 4 variáveis teremos 24 = 16 células e para 5 
variáveis teremos 25 = 32 células (dois conjuntos de 16 células). 
 As variáveis são alocados conforme combinações de agrupamentos 
possíveis, partindo da locação nas linhas e depois nas colunas: 
 
 
B’ B 
 
B’ B 
 
C’ C 
 
A’ 
 
 
 
A’ 
 
B’ 
 
A 
 
 
 
A 
 
A’ 
 
 
 
 
C’ C C’ 
 
B 
 
4 células 8 células 
A 
 
B’ 
 
 
 
 
D’ D D’ 
 
 
 
 16 células 
 
 - 2 variáveis: 
 
 
 
A expressão simplificada é obtida do diagrama, cujo método consiste em 
agrupar as regiões onde o valor de cada célula é 1 no menor número possível de 
agrupamentos. Os termos que não puderem ser agrupados serão considerados 
isoladamente. 
QUADRA: Conjunto de 4 regiões onde o valor de cada célula é 1, sendo 
adjacentes. No diagrama de 2 variáveis é o agrupamento máximo, 
proveniente de uma tabela onde todos os casos valem 1. Desta forma, a 
expressão final simplificada obtida é S=1, assim como mostra a figura. 
 
 B’ B 
 
A’ 1 1 ← Quadra: S = 1 
A 1 1 
 
 
 
 
 
PARES: Conjunto de duas regiões onde o valor de cada célula é 1, sendo 
adjacentes. Não podem ser agrupados na diagonal. As figuras abaixo 
mostram exemplos de agrupamentos pares e sua respectiva equação. 
 
 
 
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B’ B 
 
B’ B 
 
B’ B B’ B 
A’ 
 
 A’ 1 1 A’ 1 A’ 1 
A 1 1 A A 1 A 1 
S = A S = A’ S = B S = B’ 
 
TERMOS ISOLADOS: Região onde o valor de cada célula é 1, sem 
vizinhança para agrupamento. São os próprios casos de entrada, sem 
simplificação. As figuras abaixo mostram alguns exemplos e suas 
respectivas equações. 
 
 
B’ B 
 
 
 
 
B’ B 
A’ 
 
 
 
 
 A’ 
 1 
A 
 1 A 1 1 
S = AB S = A + B 
 
OBS: a mesma célula pode ser usada 
mais de uma vez. 
 
 - 3 variáveis: 
 
 
Agrupamentos possíveis: 
- termo isolado = 1 célula � 3 letras; 
- par = duas células � 2 letras; 
- quadra = quatro células� 1 letra; 
- oitava = oito células (S = 1). 
 
 - 4 variáveis: 
 
 
Agrupamentos possíveis: 
 
 
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- termo isolado = 1 célula � 4 letras; 
- par = duas células � 3 letras; 
- quadra = quatro células � 2 letras; 
- oitava = oito células� 1 letra; 
- hexa = dezesseis células (S = 1). 
 
- 5 variáveis: 
O mapa de Karnaugh abaixo deve ser repetido para as 
variáveis A e A’. 
 
 
Agrupamentos possíveis: 
- termo isolado = 1 célula � 5 letras; 
- par = duas células � 4 letras; 
- quadra = quatro células � 3 letras; 
- oitava = oito células� 2 letras; 
 
4.5.2.1 – Erro (falha) eletrostático 
 Erro eletrostático existe em uma rede se, e somente se: 
 - existe um par de atribuições adjacentes de entrada que produzem, ambos, 
saídas 1 ou 0. 
 - Todos os mintermos são contemplados, entretanto existe possibilidade de 
agrupamentos redundantes. 
 
 Por exemplo: 
 
 
 
 
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4.5.3 – Simplificação recorrendo método de Quine-McCluskey 
O método tabular de Quine-McCluskey possibilita-nos a simplificação de 
expressões com quantidades de variáveis maiores que quatro. 
 
Simplifique a expressão representada na forma canônica 
 
 S = Σm(0,1,2,4,6,7) 
 
 
Decimal Binário N°°°° bits “1” N°°°° do Mintermos Pares Quadras 
0 000 0 0 [1] 0, 1 (1) [7] 
1 001 1 [2] 0, 2 (2) [8] 
2 010 2 [3] 0, 4 (4) [9] 
4 100 
1 
4 [4] 2, 6 (4) [10] 
6 110 2 6 [5] 4, 6 (2) [11] 
7 111 3 7 [6] 6, 7 (1) [12] 
 
O método segue alguns procedimentos do tipo: 
Na coluna ”N°°°° do Mintermos” verificar o nível inferior com o superior 
obedecendo aos critérios: 
 - analisar sempre o nível inferior em relação ao superior; 
 - analisar somente Mintermos vizinhos, ou seja, de níveis adjacentes; 
 - O Mintermo do nível inferior analisado deve ser maior que do nível 
superior; 
 - A diferença entre os Mintermos deve ser potência de 2. 
 
Dessa forma teremos agrupamentos dos Mintermos em pares, pares em 
quadras, quadras em oitavas, etc. 
 
Agrupamentos de Mintermos em pares: 
 
Analisando na coluna ”N°°°° do Mintermos” observamos no primeiro nível 
somente o Mintermo 0. Verifica-se a existência das regras anteriores para este 
nível em relação ao nível adjacente imediatamente inferior. Todos os valores dos 
dois níveis devem ser checados, assim o processo se inicia, neste caso, pela 
seguinte análise: o Mintermo 1 é maior que o Mintermo 0? Sim. Então verifica-se 
se a diferença entre eles é potência de 2, neste caso 1 – 0 = 1, que é 
correlacionado a 20. Portanto temos a formação do primeiro par 0,1 sendo a 
diferença entre eles colocada entre parêntesis (1). Repetir esses passos até a 
expressão [4]. Ao final teremos analisado todas as possibilidades de pares 
chegando a expressão [7]. 
 
Agrupamentos de pares em quadras: 
 
 
 
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Decimal Binário N°°°° bits “1” N°°°° do Mintermos Pares Quadras 
0 000 0 0 [1] 0, 1 (1) [7] ♦ 0,2,4,6 (2,4) 
1 001 1 [2] 0, 2 (2) [8] 0,4,2,6 (4,2) 
2 010 2 [3] 0, 4 (4) [9] 
4 100 
1 
4 [4] 2, 6 (4) [10] 
6 110 2 6 [5] 4, 6 (2) [11] 
7 111 3 7 [6] 6, 7 (1) [12] ♦ 
 
Analisando na coluna ”Pares” verifica-se agora entre os níveis adjacentes a 
igualdade entre os valores no parêntesis. Obedecendo a mesma seqüência os 
pares devem ser agrupados formando as quadras. Os valores entre parêntesis 
identificam a diferença entre o primeiro termo do primeiro par e seu parceiro e o 
primeiro termo do segundo par (2-0 e 4-0). 
Se algum par não puder ser associado ele permanece como termo da 
expressão. Desta maneira os pares identificados e grifados com “♦” não serão 
eliminados. 
Se componentes do mesmo nível apresentar as mesmas características, 
um deles deve ser eliminado. Por exemplo, as quadras 0,2,4,6 (2,4) e 0,4,2,6 (4,2) 
têm os mesmos números e uma delas deve ser eliminada. 
 
Resultado da análise para simplificação: 
Valores correspondentes às colunas da tabela verdade: 
A B C 
22 = 4 21 = 2 20 = 1 
 
Mintermos independentes = nenhum; 
Pares = 0,1 (1) � pegar um mintermo que identifique o termo, nesse 
caso, os mintermos 0 ou 1. Tomaremos o mintermo 0, A’B’C’. Agora 
verifique na tabela de valor correspondente a letra que corresponda o 
número entre parêntesis após o par (1). A letra que corresponde a 1 
é o C, então ele deve ser eliminado. 
 A’B’C’ � A’B’ é o par 0,1 (1); 
e 
 6,7 (1) � ABC � AB é o par 6,7 (1); 
 
Quadras = 0,2,4,6 (2,4) � proceder de forma similar ao par. Tomaremos 
o termo 2 � A’BC’, elimina-se os valores dos termos entre parêntesis 
(2,4), sendo eles B e A. Assim: 
0,2,4,6 (2,4) � A’BC’ � C’ 
 
 O expressão simplificada é S = A’B’ + AB + C’. 
 
4.6 – Circuitos lógicos a partir de expressões e vice-versa 
Todo projeto combinacional ou seqüencial têm sua origem a partir de 
tabelas verdade que geram expressões e circuitos lógicos. 
 
 
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Exemplo disto é um circuito que será projetado baseado em condições: o 
sistema baseia-se numa arbitragem de combate de Judô. São 4 árbitros julgando 
os golpes aplicados. Cada árbitro tem em suas mãos um interruptor, wireless, que 
é acionado imediatamente quando acusado um golpe. A condição de parada do 
combate a ser obedecida é de que no mínimo 3 árbitros devem acusar o mesmo 
golpe, fazendo cômputo do mesmo. 
A partir do relato, podemos construir a tabela verdade, sendo o número de 
entrada, a quantidade de árbitros (A, B, C e D) e as saídas válidas (S), aquelas 
onde 3 entradas estiverem ativas. 
 
Dec. A B C D S 
0 0 0 0 0 0 
1 0 0 0 1 0 
2 0 0 1 0 0 
3 0 0 1 1 0 
4 0 1 0 0 0 
5 0 1 0 1 0 
6 0 1 1 0 0 
7 0 1 1 1 1 
8 1 0 0 0 0 
9 1 0 0 1 0 
10 1 0 1 0 0 
11 1 0 1 1 1 
12 1 1 0 0 0 
13 1 1 0 1 1 
14 1 1 1 0 1 
15 1 1 1 1 1 
 
 A expressão que representará o circuito pode ser demonstrada nas formas: 
 - Normal � S = A’BCD + AB’CD + ABC’D + ABCD’ + ABCD 
 - Canônica � S = Σm(7, 11, 13, 14, 15)
 
 
 A expressão acima pode ser denotada no circuito inicial a seguir: 
 
Fig. 18 – Circuito original de função lógica 
 
 
 
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 O objetivo de um circuito é ter a estrutura de menor número de portas 
possíveis, desta forma simplificaremos pelo método do mapa de Karnaugh: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
1 1 1 
 
 1 
 
 
 
 
 
 
 
 Devemos simplificar a expressão em quatro pares: 
 - ABD; 
 - ABC; 
 - ACD; e 
 - BCD. 
 
 A expressão simplificada será: 
 S = ABD + ABC + ACD + BCD 
 O circuito simplificado será: 
 
Fig. 19 – Circuito simplificado de função lógica 
 
 
 Portanto o circuito poderá ser implementado num CI com as características 
necessárias. 
 
4.6.1 – Exemplos de implementações de circuitos lógicos 
A partir do circuito abaixo, descreva a expressão lógica inicial. 
 
 
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 1° passo: descrever a expressão do circuito: 
 S = A + B’C. 
 
 2° passo: encontrar a expressão inicial: 
 - utilizar o mapa de Karnaugh para encontrar os Mintermos. 
 
 
 
 
 
1 
 
 
1 1 1 1 
 
 
 
 - relacionar a expressão na forma normal com os Mintermos encontrados: 
 S = A’B’C + AB’C’ + AB’C + ABC + ABC’ 
 
 
4.7 – Operações de Aritmética Digital 
Primeiramente veremos como as diversas operações aritméticas são feitas 
com números binários e também em hexadecimal, e depois estudaremos os 
circuitos lógicos que realizam estas operações em um sistema digital. 
 
4.7.1 – Adição Binária 
A adição de dois números binários é realizada da mesma forma que a 
adição de números decimais. A única diferença está que, no sistema binário, 
apenas quatro situações podem ocorrer na soma de dois dígitos (bits), qualquer 
que seja a posição: 
0 + 0 = 0 
1 + 0 = 1 
1 + 1 = 10 = 0 + carry 1 para a próxima posição 
1 + 1 + 1 = 11 = 1 + carry 1 para a próxima posição 
Assim: 
 
 
Exercícios: Some os seguintes números binários. 
a) 10110 + 00111 
b) 10001111 + 10010010 
 Par B’C 
 Quadra A 
 
 
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c) 11,011 + 10,110 
 
Circuito Lógico Somador: 
 
 
Fig. 20a – Circuito somador Half Adder 
 
20b – Circuito somador Full Adder 
 
4.7.2 – Subtração binária 
Idêntico ao sistema decimal, mas quando fizermos 0 menos 1 (0 – 1), 
devemos emprestar “dois” da seqüência de dígitos a esquerda. Vejamos como 
ficaria na base dez: 
 
Analogamente: 
 
 
Fig. 21a – Circuito subtrator Half Subtractor 
 
 
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Fig. 22b – Circuito subtrator Full Subtractor 
 
4.7.3 – Multiplicação binária 
A multiplicação de números binários é realizada da mesma maneira como a 
de números decimais. O multiplicando é multiplicado por cada bit do multiplicador, 
começando do bit menos significativo. Cada uma destas multiplicações forma um 
produto parcial. Os sucessivos produtos parciais são deslocados uma posição 
para a esquerda. O produto final é obtido a partir da soma dos produtos parciais. 
Para entender como um multiplicador binário pode ser implementado com 
um circuito combinacional, considere a multiplicação de dois números de dois bits 
mostrada na figura abaixo: 
 
Fig. 23 – Circuito multiplicador de 2 bits 
 
Os bits do multiplicando são B1 e B0, os bits do multiplicador são A1 e A0 e o 
produto é M3, M2, M1 e M0. O primeiro produto parcial é formado pela multiplicação 
 
 
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de B1B0 por A0. A multiplicação de dois bits, tais como A1 e B0 produz um 1 se 
ambos os bits são 1, do contrário ela produz um 0. Isto é idêntico à operação E. 
Assim, o produto parcial pode ser implementado com portas E como 
mostrado no circuito da figura anterior. O segundo produto parcial é formado pela 
multiplicação de B1B0 por A1 e é deslocado uma posição para a esquerda. Os dois 
produtos parciais são somados com dois circuitos meio-somadores. 
Usualmente tem-se mais bits nos produtos parciais, fazendo-se necessário o uso 
de somadores completos para produzir a soma dos produtos parciais. 
Um circuito multiplicador binário combinacional com mais bits pode ser 
construído de maneira semelhante. Um bit do multiplicador é operado por um E 
com cada bit do multiplicando em tantos níveis quanto existam bits no 
multiplicador. A saída binária em cada nível de portas E é somada em paralelo 
com o produto parcial do nível anterior para formar um novo produto parcial. O 
último nível produz o resultado. Para j bits no multiplicador e k bits no 
multiplicando, serão necessários jxk portas E e (j-1) somadores de k bits para 
gerar um produto de j+k bits. 
Exemplo: 
 
 
 
4.7.4 – Divisão binária 
 
 
 
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4.7.5 – Representação e operações de Números com Sinal 
Como a maioria dos computadores e das calculadoras digitais efetua 
operações tanto com números positivos quanto negativos, é necessário 
representar de alguma forma o sinal do número (+ ou -). 
Em geral, o 0 no bit de sinal representa um número positivo e um 1 no bit 
de sinal representa um número negativo. 
Na figura seguinte, o bit na posição mais à esquerda é o bit de sinal que 
representa positivo (+) ou negativo (-). Os outros seis bits representam a 
magnitude do número, que é igual a 39 em decimal. 
 
 
Representação no número +39 Representação no número -39 
 
Essa representação é denominada “Sistema Sinal-Magnitude” para 
números binários com sinal. Embora esse sistema seja uma representação direta, 
os computadores e calculadoras normalmente não o utilizam, devido a 
complexidade da implementação do circuito. 
O sistema mais usado para representar números binários com sinal é o 
“Sistema de Complemento de 2”. Para estabelecer critérios de conhecimento do 
nível de compreensão do método complemento de 2 de um número binário, 
devemos compreender o funcionamento do método complemento de 1. 
 
4.7.5.1 – Forma e operação do Complemento de 1 (C-1) 
O complemento de 1 de um número binário é obtido substituindo cada 0 por 
1 e cada 1 por 0. Em outras palavras, substitui-se cada bit do número binário pelo 
seu complemento, conforme mostrado a seguir. 
 
1 0 1 1 0 1 � Número binário original = 45 em decimal 
0 1 0 0 1 0 � Complemento de 1 de 45 
 
Na aritmética de complemento de 1, dois números são somados da mesma 
forma que na representação binária. Com a diferença que, na ocorrência de 
estouro (overflow) na soma parcial dos bits mais à esquerda, este estouro será 
somado ao resultado. 
Exemplo: somar os valores 10 e – 3 em C-1, para 8 bits. 
 10 em binário � 0 0 0 0 1 0 1 0 
 -3 em C-1 � 1 1 1 1 1 1 0 0 
 1 0 0 0 0 0 1 1 0 
 
 
 
Assim tem-se: 000000111(2) = 7(10) 
 
overflow Soma-se com LSB 
 
 
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4.7.5.2 – Forma do Complemento de 2 (C-2) 
O complemento de 2 de um número binário é formado tomando-se o 
complemento de 1 do número e adicionando-se 1 na posição do bit menos 
significativo, conforme segue: 
 
101101(2) = 45(10). 
1 0 1 1 0 1 � Equivalente binário de 45 
0 1 0 0 1 0 � Complemento de 1 
 + 1 � Fazer a soma de 1 ao LSB para formar o complemento de 2 
0 1 0 0 1 1 � Complemento de 2 
 
Para finalizar, basta acrescentar um bit 1 na frente do número encontrado, 
que poderá ser a posição definida para o bit de sinal. 
 
1 0 1 0 0 1 1(2) = -45 (10) 
 
Assim, o sistema de complemento de 2 para representação de números 
com sinal funciona da seguinte forma: 
- Se o número for positivo, a magnitude é representada na forma binária 
direta, e um bit de sinal 0 é colocado em frente ao bit mais significativo 
(Most Significant Bit – MSB). 
 
 
 
- Se o número for negativo, a magnitude é representada na sua forma do 
complemento de 2 e um bit de sinal 1 é colocado em frente ao MSB. 
 
 
 
O sistema de complemento de 2 é usado para representar números comsinal porque permite realizar a operação de subtração efetuando na verdade uma 
adição. Isso é importante porque um computador digital pode usar o mesmo 
circuito tanto na adição quanto na subtração, minimizando operações de 
hardware. 
Exemplo: Transforme o número 1101, que está em complemento de dois, para o 
seu equivalente decimal. 
a = - 1.23 + (1.22 + 0.21 + 1.20) 
a = - 8 + (4 + 0 + 1) = -8 + 5 
a = - 3(10) 
 
Na aritmética em C-2, o processo é idêntico ao de C-1, mas, despreza-se o 
estouro, se houver. 
 
 
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Exemplo: somar os valores 10 e – 3 em C-2, para 8 bits. 
 10 em binário � 0 0 0 0 1 0 1 0 
 -3 em C-2 � 1 1 1 1 1 1 0 1 
 1 0 0 0 0 0 1 1 1 
 
 
 
Assim tem-se: 000000111(2) = 7(10) 
 
4.8 – Exercícios 
 
4.8.1 – Dado os sistemas numéricos, abaixo, faça os conversões solicitadas: 
 
a. 256(10) = ? (2) = ? (8) = ? (16) 
b. 2047(10) = ? (2) = ? (8) = ? (16) 
c. 287,123(10) = ? (2) 
d. 163417(8) = ? (2) = ? (16) 
e. A1B2C3D(16) = ? (2) = ? (8) = ? (10) 
f. 10100,1101(2) = ? (10) 
g. 6543(8) = ? (2) = ? (16) = ? (10) 
 
4.8.2 – Dado as expressões, construa as tabelas verdade: 
 
a. 
 
b. 
c. 
d. 
 
 
4.8.3 – Dado as tabelas verdade, desenhe o circuito inicial, simplifique as 
expressões pelo método do mapa de Karnaugh e desenhe o circuito simplificado: 
 
a. 
A B C S 
0 0 0 1 
0 0 1 1 
0 1 0 1 
0 1 1 0 
1 0 0 1 
1 0 1 0 
1 1 0 1 
1 1 1 0 
 
 
overflow 
 Ignora-se o estouro 
 
 
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b. 
A B C D S1 S2 
0 0 0 0 0 1 
0 0 0 1 0 0 
0 0 1 0 0 1 
0 0 1 1 0 0 
0 1 0 0 0 0 
0 1 0 1 1 1 
0 1 1 0 0 0 
0 1 1 1 1 1 
1 0 0 0 0 1 
1 0 0 1 0 0 
1 0 1 0 0 1 
1 0 1 1 0 0 
1 1 0 0 1 0 
1 1 0 1 1 1 
1 1 1 0 1 0 
1 1 1 1 1 1 
 
c. 
A B C D E S 
0 0 0 0 0 1 
0 0 0 0 1 1 
0 0 0 1 0 1 
0 0 0 1 1 1 
0 0 1 0 0 0 
0 0 1 0 1 0 
0 0 1 1 0 0 
0 0 1 1 1 0 
0 1 0 0 0 0 
0 1 0 0 1 0 
0 1 0 1 0 0 
0 1 0 1 1 0 
0 1 1 0 0 0 
0 1 1 0 1 0 
0 1 1 1 0 0 
0 1 1 1 1 0 
1 0 0 0 0 0 
1 0 0 0 1 0 
1 0 0 1 0 0 
1 0 0 1 1 0 
1 0 1 0 0 1 
1 0 1 0 1 0 
1 0 1 1 0 1 
 
 
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1 0 1 1 1 0 
1 1 0 0 0 0 
1 1 0 0 1 0 
1 1 0 1 0 1 
1 1 0 1 1 0 
1 1 1 0 0 0 
1 1 1 0 1 0 
1 1 1 1 0 1 
1 1 1 1 1 0 
 
 
4.8.4 – Dado os circuitos, desenhe a tabela verdade e as expressões iniciais, 
simplifique as expressões pelo método do mapa de Karnaugh e desenhe o circuito 
simplificado: 
 
a. 
 
 
 
b. 
 
 
 
 
 
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5. Circuitos Lógicos de Sistemas Digitais 
Os circuitos lógicos dos sistemas digitais podem ser de dois tipos: circuitos 
combinacionais ou circuitos seqüenciais. 
Um circuito combinacional é constituído por um conjunto de portas lógicas 
as quais determinam os valores das saídas diretamente a partir dos valores atuais 
das entradas. Pode-se dizer que um circuito combinacional realiza uma operação 
de processamento de informação a qual pode ser especificada por meio de um 
conjunto de equações Booleanas. No caso, cada combinação de valores de 
entrada pode ser vista como uma informação diferente e cada conjunto de valores 
de saída representam o resultado da operação. 
Um circuito seqüencial, por sua vez, emprega elementos de 
armazenamento denominados latches e flip-flops, além de portas lógicas. Os 
valores das saídas do circuito dependem dos valores das entradas e dos estados 
dos latches ou flip-flops utilizados. Como os estados dos latches e flip-flops é 
função dos valores anteriores das entradas, diz-se que as saídas de um circuito 
seqüencial dependem dos valores das entradas e do histórico do próprio circuito. 
Logo, o comportamento de um circuito seqüencial é especificado pela seqüência 
temporal das entradas e de seus estados internos. 
 
A Fig. 24 ilustra os procedimentos para a construção de um circuito lógico. 
 
 
Fig. 24 – Procedimentos para estabelecimento de critérios em um circuito lógico 
 
O circuito lógico, obtido seguindo os procedimentos abordados na Fig. 24, 
pode apresentar diversas variáveis de entrada e possuir diversas saídas, 
conforme especificado. 
 
 
Fig. 25 – Projeto de circuito lógico 
 
 
5.1 – Circuitos Lógicos Combinacionais 
São aqueles em que a saída depende única e exclusivamente das 
combinações entre as variáveis de entrada. 
O objetivo da análise de um circuito combinacional é determinar seu 
comportamento. Então, dado o diagrama de um circuito, deseja-se encontrar as 
equações que descrevem suas saídas. Uma vez encontradas tais equações, 
 
 
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pode-se obter a tabela verdade, caso esta seja necessária. É importante certificar-
se que o circuito é combinacional e não seqüencial. Um modo prático é verificar se 
existe algum caminho (ou ligação) entre saída e entrada do circuito. Caso não 
exista, o circuito é combinacional. 
O circuito lógico combinacional é utilizado para solucionar problemas em 
que é necessária uma resposta diante de determinadas situações representadas 
pelas variáveis de entrada. 
 
Fig. 26 – Representação de circuito lógico combinacional 
 
5.1.1 – Exemplo de Circuito com 2 Variáveis 
 
5.1.1.1 – Análise do problema: 
Instalação de um sistema automático de semáforo no cruzamento das ruas 
A (preferencial) e B. 
 
 
1) Quando houver carros transitando somente na Rua XYZ, o semáforo 2 
deverá permanecer verde. 
2) Quando houver carros transitando somente na Rua ABC, o semáforo 1 
deverá permanecer verde. 
3) Quando houver carros transitando nas Ruas ABC e XYZ, o semáforo da 
Rua ABC deverá estar verde, pois é preferencial. 
 
 
5.1.1.2 – Estabelecer Convenções: 
a) Existência de carro na Rua ABC: A=1 
b) Não existência de carro na Rua ABC: A=0 
c) Existência de carro na Rua XYZ: B=1 
d) Não existência de carro na Rua XYZ: B=0 
e) Verde do semáforo 1 aceso: V1=1 
f) Verde do semáforo 2 aceso: V2=1 
g) Quando V1 = 1 
- Vermelho do semáforo 1 apagado: V
m1=0 
- Verde do semáforo 2 apagado: V2=0 
- Vermelho do semáforo 2 aceso: V
m2=1 
h) Quando V2=1 → V1=0, Vm2=0, Vm1=1. 
 
 
 
 
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5.1.1.3 – Montar a Tabela da Verdade: 
 
Entradas Saídas 
A B V1 Vm1 V2 Vm2 
0 0 X X X X 
0 1 0 1 1 0 
1 0 1 0 0 1 
1 1 1 0 0 1 
 
 
 
5.1.1.4 – Obter a Expressão Simplificada: 
 
 
B’ B B’ B B’ B B’ B 
A’ X A’ X 1 A’ X 1 A’ X 
A 1 1 A A A 1 1 
 
S = A 
Mapa para V1 
 
S = A’B 
Mapa para Vm1 
 
S = A’B 
Mapa para V2 
 
S = A 
Mapa para Vm2 
 
Pela Tabela da Verdade ou pelo Mapa de Karnaugh pode-se observar que 
as expressões de V1 e Vm2 são idênticas, o mesmo ocorrendo com V2 e Vm1. 
Assim, as expressões simplificadas são: 
V1 = Vm2 = A e V2 = Vm1 = A’B 
 
 
5.1.1.5 – Circuito Lógico:Conclui-se, observando o circuito lógico, que a presença de carro na rua 
preferencial (A=1) acarreta o acionamento do verde do semáforo 1 e o vermelho 
do semáforo 2 e, devido à ação do inversor, a retirada de sinal do verde do 
semáforo 2 e vermelho do semáforo 1. A ausência de carros nesta via (A=0), 
causa a condição contrária, o que possibilita a abertura da via secundária. 
Observa-se, ainda, que a variável B é supérflua e pode ser eliminada das 
expressões no processo de simplificação, devido às situações consideradas no 
projeto. Assim, para a realização deste circuito, poderíamos simplesmente colocar 
um sensor de presença de veículos na Rua ABC e utilizar uma porta inversora. 
 
 
 
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5.1.2 – Circuitos Combinacionais de Interconexão (Circuitos Lógicos MSI) 
Os circuitos lógicos são classificados em níveis de integração quanto ao 
avanço tecnológico: Baixa escala de integração – SSI (Small Scale Integration) 
com capacidade menor que 12 portas por chip; Média escala de integração – MSI 
(Medium Scale Integration) de 12 a 99 portas por chip; Larga escala de integração 
– LSI (Large Scale Integration) e Muito Larga escala de integração – VLSI (Very 
Large Scale Integration), ambos com capacidade de dezenas de milhares de 
portas por chip. Mais recentemente outros dois níveis se destacam: o Ultra Larga 
escala de integração – ULSI (Ultra Large Scale Integration) com capacidade 
superior a 100.000 portas por chip, e o Giga escala de integração – GSI (Giga 
Scale Integration) com capacidade superior a um milhão de portas. 
Em média a quantidade de transistores em cada chip varia em torno de 10 
vezes a quantidade de portas, ou seja, um chip tipo SSI é composto por, no 
máximo, aproximadamente 100 a 120 transistores. 
 
Os circuitos integrados SSI são em geral aqueles que contem internamente 
apenas as portas lógicas independentes entre si, como por exemplo, o CI TTL 
7400 que possui internamente 4 portas lógicas do tipo NAND de duas entradas. 
Existem diversos circuitos combinacionais que são largamente utilizados 
em diferentes aplicações. Em geral, estes são utilizados com os seguintes 
objetivos: selecionar uma entre várias entradas, converter códigos digitais de uma 
representação para outra, gerar e verificar sinais de paridade (integridade), 
comparar palavras digitais entre outros. 
Estes circuitos são compostos de diversas portas lógicas diferentes, 
combinadas de formas a implementar a função desejada Visando a redução de 
custo e volume necessários para implementação destes circuitos, os mesmos 
encontram-se disponíveis já encapsulados em um único CI, e são classificados 
como MSI. Muitas vezes estes circuitos combinacionais são utilizados como 
blocos padrões dentro de CI’s LSI ou VLSI, para formar circuitos mais complexos. 
Os circuitos MSI a serem apresentados a seguir, conhecidos como 
codificadores, decodificadores, multiplexadordes, demultiplexadores, somadores, 
comparadores, entre outros, são utilizados como blocos ou módulos necessários 
para a implementação de circuitos e sistemas digitais mais complexos. 
 
Os circuitos combinacionais são os responsáveis pelas operações lógicas e 
aritméticas intrínsecas de um sistema digital. 
 
 
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Além das operações lógicas e aritméticas como adição, subtração 
complementação, existem ainda outras funções necessárias para a realização de 
conexões entre os diversos operadores. 
Por isto, ao abordar um problema de projeto de circuitos lógicos, antes de 
aplicar os procedimentos de desenvolvimento, devemos estar esclarecendo 
algumas dúvidas: 
- Existe um circuito integrado que já realiza a função requerida? 
- É possível adaptar com pouca lógica adicional um circuito integrado (ou vários) 
para realizar a função requerida? 
Se a resposta à alguma dessas perguntas é afirmativa, é certo que esta 
opção nos dará a melhor solução comparada com os procedimentos de projeto. 
Os circuitos combinacionais comercializados em circuito integrado MSI 
podem estar classificados em quatro divisões: 
- Codificadores e decodificadores; 
- Multiplexadores e demultiplexadores; 
- Circuitos aritméticos (somadores e comparadores); e 
- Geradores de paridade. 
 
 
5.1.2.1 – Decodificadores 
Decodificar significa transformar informações que estão escritas de forma 
codificada, pouco conhecida ou identificável, de volta à sua forma original, 
completa ou em outra informação de mais fácil compreensão. Nos sistemas 
digitais, decodificar significa, na maioria dos casos, transformar um número binário 
de volta a seu formato decimal para a manipulação ou visualização pelo homem. 
 
Um decodificador é um circuito combinacional usado para ativar ou 
habilitar um (e somente um) dentre m componentes. É assumido que cada 
componente possui um índice entre 0 e m-1, representado por um endereço em 
binário. 
Um decodificador n : m (lê-se n por m ) possui n entradas e m saídas, com 
m ≤ 2n. 
No caso de um decodificador 3:8, serão 8 (23) saídas, onde cada saída 
pode ser encarada como um endereço diferente. Para ativar uma dentre 8 saídas 
são necessárias 3 variáveis de entrada (daí 3:8). Cada combinação das variáveis 
de entrada seleciona um e somente uma dentre as 8 saídas, de modo que cada 
saída somente será selecionada por uma das 8 combinações. Desta forma, é 
natural que se associe a cada saída um índice decimal que represente a 
combinação de entradas responsável pela sua ativação. 
 
Alguns decodificadores não utilizam todos os 2n códigos disponíveis, como 
é o caso do decodificador BCD-decimal, que tem na sua entrada um código de 
quatro bits e apenas dez saídas válidas, e não 24 =16 saídas disponíveis. Nestes 
casos, os decodificadores devem ser projetados levando-se em conta que se um 
dos códigos não utilizados aparecer na entrada, nenhuma das saídas seja ativada. 
 
 
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Abaixo é representada uma versão bastante simplificada, de um decodificador 2-
por-4 (2:4), isto é, o circuito lógico de um decodificador de duas entradas e 22 
saídas. 
 
A B S0 S1 S2 S3 
0 0 1 0 0 0 
 
 
 
 
 
 
 
0 1 0 0 1 0 
 
1 
 
 1 
 
 
 
 
1 0 0 1 0 0 
 
 
 
 
 
1 
 
 1 
1 1 0 0 0 1 S0 = S1 = S2 = S3 = 
 
 
 
5.1.2.1.1 – Decodificador BCD para Decimal 
Este decodificador possui uma informação de entrada de 4 bits que 
correspondem aos dígitos decimais de “0 a 9”, ou seja, 0000 a 1001. Este circuito 
possui dez saídas, representando cada um dos dígitos decimais. A seguir é 
mostrado como pode ser projetado um decodificador BCD-Decimal, onde o código 
BCD é dado pelas entradas A, B, C e D, e as saídas são definidas por I0 - I9. 
 
Entradas Saídas 
 
A B C D I9 I8 I7 I6 I5 I4 I3 I2 I1 I0 
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 
0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 
0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 
0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 
0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 
0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 
1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 
1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
1 0 1 0 X X X X X X X X X X 
1 0 1 1 X X X X X X X X X X 
1 1 0 0 X X X X X X X X X X 
1 1 0 1 X X X X X X X X X X 
1 1 1 0 X X X X X X X X X X 
1 1 1 1 X X X X X X X X X X 
 
 
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