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01. Conceito e Origem

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DIREITO ADMINISTRATIVO: conceito e origem 
 
ADMINISTRAR: 
 1 gerir, governar, dirigir (negócios próprios, públicos ou de outrem) 
Ex.: <a. a casa, os bens> <o prefeito administra mal> 
 2 atuar, exercer a autoridade de administrador; dirigir 
Ex.: no último ano de mandato, administrou energicamente seu governo 
 3 tornar (ação) efetiva, real, concreta; pôr em prática 
Ex.: esse juiz não administra justiça 
 
ADMINISTRAÇÃO: 
1 ato, processo ou efeito de administrar 
2 ato de reger, governar ou gerir negócios públicos ou particulares 
2.1 modo como se rege, governa, gere tais negócios 
3 a direção, a chefia no organograma de um estabelecimento público ou particular 
4 conjunto de normas e funções cujo objetivo é disciplinar os elementos de produção e submeter a 
produtividade a um controle de qualidade, para a obtenção de um resultado eficaz 
4.1 a prática, a execução de tais normas e funções 
5 qualquer secretaria, repartição, divisão etc. que tenha em sua chefia um administrador 
6 corpo de funcionários administrativos de empresa particular ou repartição pública 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: o objeto do Direito Administrativo 
“Conjunto de meios institucionais, materiais, financeiros e humanos preordenados à execução das 
decisões políticas” (José Afonso da Silva). 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
“Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades 
públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. HELY 
LOPES MEIRELLES 
 
HISTÓRIA 
 ANTIGUIDADE :as civilizações trazem exemplos de estruturas hierarquizadas, sempre com base no 
poder supremo dos chefes, cujas ordens eram prontamente cumpridas por funcionários a esse fim dedicados. 
 GRÉCIA : a existência de numerosos institutos voltados à manutenção da ordem interna e da defesa 
externa das cidades. Tais cidades eram dotadas de serviços administrativos e, em conseqüência, haviam 
direitos e deveres a serem observados pelos administrados.. 
 ROMA : organização dos municípios. Suas inúmeras normas relativas ao serviço público nunca se 
sistematizaram num corpo científico. Na “Institutas” de Justiniano (533 d.c.) encontram-se disposições 
acerca das praias, consideradas coisas comuns a todos. 
 IDADE MÉDIA : impedidas pelo absolutismo feudal, regras administrativas não lograram desenvolver-
se. Alguns enxergam nos movimentos em torno das guerras (requisições de combatentes e materiais) pálidas 
iniciativas nesses sentido. 
 PERÍODO COMUNAL : já se enxerga uma administração municipal aos moldes romanos, aparecendo 
a responsabilidade pública, os sindicatos e corporações de ofício. 
 ABSOLUTISMO REAL : surge o chamado Estado de Polícia, quando o direito público esgotava-se na 
autoridade real – “the king can do no wrong” – que se punha acima das leis e dos tribunais. O absolutismo 
monárquico não dava margem à qualquer teoria que visasse o reconhecimento dos direitos dos súditos. 
 ESTADO DE DIREITO : vigindo o princípio da legalidade, que sujeitava até mesmo os governantes à 
lei - expressão da vontade geral - surge o Direito Administrativo, na esteira do Direito Constitucional (lei 
máxima), que instituía preceitos de proteção dos direitos dos indivíduos-cidadãos-administrados, tanto em 
suas relações entre particulares, quanto em suas relações com o Estado. 
1800 – Lei de 28 “pluviose” do ano VII ou VIII : o ato de nascimento do Direito Administrativo para 
muitos autores, pois regeu a primeira organização juridicamente garantida e exteriormente obrigatória à 
Administração francesa. Chamada por alguns de “Constituição Administrativa Napoleônica”, veiculou, em 
síntese, os princípios da hierarquia e da centralização. Criou a jurisdição administrativa, consagrando 
disposição que já remontava ao ano de 1790, separando expressamente as funções judiciária e 
administrativa, e consolidando disposição de decreto de 16 frutidor do ano III, que proibia os tribunais de 
conhecer atos da administração de qualquer espécie. 
1814 – Romagnosi publicou, na Itália, a obra “Princípios Fundamentais de Direito Administrativo”, (a 
primeira aparição da denominação Direito Administrativo); Foucart, no mesmo ano, publicou na França 
obra sobre direito Público e Administrativo. 
1818 - Macarel, também na França,, publicou “Elementos de Jurisprudência Administrativa”(OM). 
Tratava-se de comentários às leis e decisões administrativas. 
1817 – abolição da cátedra de “Alta legislação em referência à Administração Pública, regida por 
Romagnosi, pela Áustria, por considerá-la foco de liberalismo. 
1817 ou 1819 – Luís XVIII ciou a cadeira de Direito Administrativo da Universidade de Paris, sob a 
batuta de De Gerando. 
1823 – Abolida a cátedra de Direito Administrativo da Universidade de Paris. 
1828 – Reabertura da cátedra parisiense; 
1837 – o Direito Administrativo passou a integrar o currículo de todas as universidades francesas; 
1873 – o Conselho de Estado Francês julgou o famoso “Caso Blanco”, deixando de aplicar o Código 
Administrativo Napoleônico. Resolveu a questão em termos publicísticos. 
1889 – Primeira obra pautada por orientação rigorosamente científica : “Curso de Administração e de 
Direito Administrativo”, de Henri Berthélemy. 
 
O DIREITO ADMINISTRATIVO NO BRASIL 
1851 : pelo Decreto 608, de 16 de agosto, foi criada a cadeira de Direito Administrativo nos cursos 
jurídicos de São Paulo e Recife/Olinda (1856, segundo MSZDP, em SP). 
1857 (ou 1958 conforme Masagão) : a primeira obra sistematizada foi lançada no Brasil: “Elementos 
de Direito Administrativo Brasileiro Comparado com o Direito Administrativo Francês”, de Vicente Pereira do 
Rego, professor no Recife (a primeira da América Latina, consoante Caio Tácito). 
 
RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITO. 
 DIREITO CONSTITUCIONAL : estrita intimidade e íntimas relações, uma vez que ambos cuidam da 
mesma entidade : o ESTADO. Normas constitucionais desenham a Administração Pública e as atividades 
administrativas; 
 DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO : toda a atividade administrativa depende da imposição e 
arrecadação de tributos, da realização da receita e efetivação das despesas públicas (atividades 
eminentemente administrativas ). 
 DIREITO PENAL : vide crimes contra a Administração Pública, que subordinam a definição de delito à 
conceituação de atos e fatos administrativos. Idem quanto às normas penais em branco. 
 DIREITO PROCESSUAL (Civil e Penal) : a Justiça se utiliza de algumas normas administrativas na 
movimentação de seus feitos, ao passo que a Administração se serve de normas processuais para o 
julgamento dos seus recursos. Normas processuais civis e penais como subsidiárias ao processo 
administrativo legalmente estabelecido. Vide a Polícia Judiciária. 
 DIREITO DO TRABALHO : especialmente no que tange às instituições de previdência, fiscalização e 
assistência ao trabalho. Vide contratações sob o regime da CLT. 
 DIREITO CIVIL : vide contratos e obrigações do Poder Público com o particular. O Código Civil elenca 
entidades públicas e conceitua e classifica bens públicos. Refere-se à desapropriação e prevê sobre 
edificações urbanas. 
 DIREITO AMBIENTAL, DIREITO DO CONSUMIDOR : vide sanções administrativas, licenças etc. . 
 
RELAÇÕES COM A POLÍTICA. 
AARRIISSTTÓÓTTEELLEESS – política como arte ou ciência de governar. A “ciência do Estado”. 
HHLLMM : forma de atuação do homem público quando visa conduzir a Administração a realizar o bem-comum. 
Política versus “CCaarrrreeiirriissmmoo” (prática comum consistente em se galgar e permanecer no poder, através de 
prestígio eleitoral - política partidária - HLM). 
 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVOS 
 LEI (fonte imediata e principal). Vide 
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
2. CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS E LEISORGÂNICAS DOS MUNICÍPIOS 
3. LEI COMPLEMENTAR E ORDINÁRIA 
4. ATOS ADMINISTRATIVOS NORMATIVOS 
 DOUTRINA 
 JURISPRUDÊNCIA 
 COSTUMES (?) 
 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
 
INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
REGRA FUNDAMENTAL : “desigualdade jurídica entre Administração e administrados”. 
Lei de Introdução ao Código Civil. 
Carlos Maximiliano (Hermenêutica e aplicação do Direito): “O Direito Constitucional, o Administrativo e o 
Processual oferecem margem para todos os métodos, recursos e efeitos de Hermenêutica.” (p. 224). 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E FEDERAÇÃO 
 
CRIAÇÃO DO ESTADO FEDERAL 
1 – A Constituição como base jurídica. 
2 – Pacto federativo: distribuição de competências. 
3 – Nascimento de um mesmo Estado e de uma nova cidadania 
4 – Proibição de Secessão – necessidade de constituir uma aliança sólida 
 
SOBERANIA DA UNIÃO e AUTONOMIA DOS ESTADOS 
Pacto federativo – distribuição equilibrada de competências. 
Autonomia: conjunto de capacidade de: 
a) Auto-organização 
b) Autolegislação 
c) Autogoverno 
d) AUTO-ADMINISTRAÇÃO: obrigatória observância dos princípios definidos na Lei Maior. 
 
FEDERAÇÃO BRASILEIRA 
 União 
 26 Estados 
 DF 
 5 564 municípios (http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/default.shtm) 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
TÍTULO III 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
CAPÍTULO VII 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS (arts. 37 e 38) 
Seção II - DOS SERVIDORES PÚBLICOS (arts. 39 e 41) 
Seção III - DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS (art. 42) 
 
 Ente 
federado 
 Competência Material – 
Poderes 
 Competência Legislativa 
UNIÃO 
interesses 
gerais 
Enumerados (arts. 21) 5. Privativa (art. 22) 
6. Normas gerais (art. 24, § 1º) 
ESTADOS 
Interesses 
regionais 
Remanescentes (art. 25, § 1º) - Remanescentes/reservadas ( 25, § 1º) 
7. Concorrente/Suplementar (art. 24, § 1º) 
8. Delegada (art. 22, parágrafo único) 
MUNICÍPIOS 
 Interesse
s locais 
Indicativos (art. 30) 9. Assuntos de interesse local (art. 30, I) 
10. Suplementar (art. 30, II) 
11. Indicativa (art. 30, III a IX) 
COMUM (art. 23) 
 
 Lei NACIONAL – aplica-se, indistintamente, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios. 
CR, art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
II - desapropriação; 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
 Lei FEDERAL – aplica-se apenas à organização, funcionamento e relações jurídicas da União, 
enquanto pessoa jurídica de direito público interno. 
Lei nº 9.784/99 – disciplina o processo administrativo perante a Administração Pública Federal.

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