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Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 28/09/2006 - Eu preciso aprender a só ser... Eu Preciso Aprender a Só Ser Composição: Gilberto Gil - Texto de Isabel Câmara Sabe, gente É tanta coisa pra gente saber O que cantar, como andar, aonde ir O que dizer, o que calar, a quem querer Sabe, gente É tanta coisa que eu fico sem jeito Sou eu sozinha e esse nó no peito Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder Sabe, gente Eu sei que no fundo o problema é só da gente É só do coração dizer não quando a mente Tenta nos levar pra casa do sofrer E quando escutar um samba-canção Assim como "Eu preciso aprender a ser só" Reagir e ouvir o coração responder: "Eu preciso aprender a só ser" Oi, galerinha Aos que reclamavam de meu sumiço, vai uma explicação: felizmente estou muito atarefada – aulas no Ponto; mudança de Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K casa, de cidade, de estado (finalmente, a tão esperada REMOÇÃO saiu e estou de volta à minha cidade natal – RIO DE JANEIRO). Já deu pra perceber que não foram poucas as minhas atividades, não é? O tempo tem sido curto para tanta coisa... Enfim, o que interessa é que estou de volta ao espaço aberto, trazendo algumas questões interessantes para analisarmos. Você notou que reproduzi acima a letra de uma linda canção de Gil (quando era apenas um brilhante artista). A partir dessa canção, vamos analisar como a posição de certos vocábulos pode alterar o seu sentido na oração (e, algumas vezes, sua classificação morfológica também, ou seja, a classe de palavras a que pertencem). Esse assunto foi abordado em uma prova da Fundação Getúlio Vargas - Agente Tributário Estadual de Mato Grosso do Sul - e suscitou inúmeros debates. Qual é a diferença entre “Eu preciso aprender a ser só” e “Eu preciso aprender a só ser”? Bem, no primeiro caso, o vocábulo “só” é um adjetivo que equivale a “sozinho”. Assim, o que se precisa aprender é a ficar sozinho. Já a resposta do coração dá outra sugestão: “é preciso aprender a só ser”, ou seja, é preciso aprender a simplesmente “ser”. Esse “só” tem valor circunstancial e recebe a classificação de “palavra denotativa”. Tem valor de exclusão – é preciso aprender nada além de SER. Apesar de não reconhecidas pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (que as classifica à parte dos advérbios, mas sem denominação específica), as palavras denotativas diferenciam- se destes em função das palavras que podem modificar. Os advérbios podem modificar verbos, adjetivos, outros advérbios ou orações/enunciações, enquanto que as palavras denotativas podem se referir a vocábulos de qualquer classificação, ou até mesmo a nenhum vocábulo Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K especificamente. Podem designar, dentre outras circunstâncias: - INCLUSÃO: até, inclusive, mesmo, também etc. - EXCLUSÃO: apenas, salvo, exceto, só, somente etc. - DESIGNAÇÃO: eis - REALCE: cá (“Eu cá tenho de perguntar”), lá (“E eu lá sei isso!”), é que etc. - RETIFICAÇÃO: isto é, ou melhor, aliás etc. - EXPLICAÇÃO: isto é, ou melhor (a diferença entre este e o anterior depende da construção). - SITUAÇÃO – afinal (Afinal, o que você quer?), agora, então (“Então, diga se já compreendeu a lição.”) Veja um outro emprego da palavra denotativa “só”: “Só eu sei / as esquinas por que passei / Só eu sei” (letra da música “Esquinas”, de Djavan). Esse “só” se refere ao pronome “eu” com idéia de exclusão – “ninguém além de mim” ou “de todas as pessoas do mundo, só eu sei...”. Note que não poderíamos classificar esse vocábulo como advérbio, uma vez que altera o sentido de um pronome (eu). A questão da prova da FGV explorava a alteração de sentido e de classe gramatical de vocábulos em relação à sua posição. “Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs.” “Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria.” No trecho acima, a inversão das palavras grifadas não Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K provocou alteração de sentido. Assinale a alternativa em que a inversão dos termos provoca alteração gramatical e semântica. (A) novos papéis / papéis novos (B) várias idéias / idéias várias (C) lúcidas lembranças / lembranças lúcidas (D) tristes dias / dias tristes (E) poucas oportunidades / oportunidades poucas O gabarito foi a letra (B). Antes do substantivo, o vocábulo “várias” é um pronome que atribui a “idéias” um valor indefinido – não se pode precisar quantas idéias. Já posposto ao substantivo, passa a ser um adjetivo, equivalente a “variadas”. Alguns questionaram a alteração gramatical provocada pela inversão dos vocábulos na opção (E). Note que o enunciado exige que a inversão tenha provocado alteração gramatical E semântica. Em “poucas oportunidades”, o vocábulo “poucas” é também um pronome indefinido – segundo Aurélio: “em quantidade ou em grau menor do que o habitual ou o esperado”. Já em “oportunidades poucas”, o vocábulo passa a ser um adjetivo – segundo Aurélio: “em pequena quantidade; escasso, reduzido”. Houve, portanto, mudança na classificação morfológica da palavra (de pronome para adjetivo). Contudo, não houve alteração semântica (sentido, significado) – ambos os vocábulos apresentam a idéia de algo reduzido, em quantidade pequena ou menor que a necessária ou esperada. Por hoje é só. (Você percebeu que esse ‘só’ modifica o Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K pronome “isso” que está subentendido: “Por hoje é só [isso].”?) Abraço. 05/07/2006 - Algumas da prova para FISCAL / MS - FGV - Parte 2 Oi, gente! Que bom poder contribuir com a preparação e, conseqüentemente, com a aprovação de tantos candidatos. Tem sido muito gratificante ver entre os novos colegas da Receita Federal alguns que, tempos atrás, estavam sentadinhos à nossa frente estudando com afinco. Sejam bem-vindos, novos técnicos e auditores da Receita Federal! Também parabéns aos que foram aprovados no concurso de Fiscal do Trabalho, Fiscal de Mato Grosso do Sul e da Paraíba. É uma delícia receber essas mensagens de agradecimento, saber que fui lembrada num momento tão feliz de suas vidas! Obrigada pelo carinho de sempre. Aos que persistem na luta, vamos continuar desvendando os mistérios da nossa Língua Portuguesa. Respirem fundo, estufem seus peitos (olha o silicone, hem?) e vamos em frente, pois a fila andou! Primeiramente, um aviso aos “concurseiros” de São Paulo e arredores: nos dias 19 e 20 de julho, no Curso Formação, haverá um “intensivão” com exercícios de Direito Tributário com o maravilhoso, excelente, excepcional professor Eduardo Corrêa. É hora de acertar as arestas para o concurso para ISS/SP, que deve sair em breve, e já (re)começar a preparação para os concursos de 2007! Por fim, é com imenso prazer que começamos dois novos cursos aqui – um teórico, aos que precisam “preparar a base” em Língua Portuguesa para seguir em frente, e outro (relançado) de exercícios com questões da Fundação Carlos Chagas, uma banca que vem se firmando cada vez mais no mercado de concursos públicos. O primeiro terá doze aulas com basicamente todo o programa dos principais concursos Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.ptFonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K públicos do país. Só não trataremos dos aspectos relacionados a interpretação de textos, que requer um curso específico, dada a sua complexidade. Após apresentar os conceitos, praticaremos com questões das diversas bancas examinadoras. Já o segundo é mais objetivo (seis aulas), relembrando a matéria sob o foco das questões de prova da FCC. Hoje, daremos continuidade à análise de outras questões da prova para Fiscal de MS, aplicada pela Fundação Getúlio Vargas. " Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção...." 5 - A palavra inexorável só não pode ser substituída sob pena de alteração de sentido, por: a) implacável b) indelével c) inelutável d) perituro e) sempiterno Realmente, não dá para saber o que se busca com questões como essa. Quem faz uma questão como essa deve ter nascido de chocadeira, não é possível! Com tanta coisa interessante para se perguntar, vem exigir do candidato um conhecimento lexical tantas vezes desnecessário. Para começar, uma palavrinha que ficou na moda há algum tempo: inexorável, que significa “inabalável, austero, imbatível”. O examinador que saber qual dessas opções não poderia substituir esse vocábulo. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K O gabarito foi letra D. O vocábulo "perituro" significa "o que vai perecer, morrer, acabar", apresentando, portanto, uma idéia contrária a "inexorável". Mas o que dizer de "sempiterno" (ui!)? Significa “o que dura para sempre”. Ainda que não seja um sinônimo de inexorável, este vocábulo situa-se no mesmo campo semântico deste, não apresentando, pois, idéia contrária. Por esse motivo não foi considerado o gabarito. Já implacável, indelével e inelutável podem ser considerados sinônimos. 7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma função sintática, à exceção de uma. Assinale-a. (N.R.:Adaptamos a questão, apresentando o trecho em que as expressões em destaque surgiam no texto.) a) “Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER CRESCER A ECONOMIA.” b) “...visivelmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.” c) “O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES.” d) “Tinham a convicção de que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.” e) “Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção e o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS.” Mais uma vez, explora-se, nessa questão, a diferença entre ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL. Já tratamos disso em encontros anteriores, inclusive em comentários à prova de Agente de Tributos Estaduais/MS, Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K concurso realizado pela mesma banca. Mesmo assim, nada melhor do que relembrar. A diferença baseia-se no seguinte: - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um adjetivo, um advérbio ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um substantivo concreto ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se diferencia, então? Uma das formas é a partir da idéia que o complemento emprega no termo regente. Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO ADNOMINAL (BIZU: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal) Se a idéia for passiva, é complemento nominal (memoriza por exclusão em relação ao outro). Veja o exemplo: 1) a construção do arquiteto - "Construção" é um substantivo abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto constrói ou é construído? Constrói. Então ele pratica a ação. A idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exerce a função sintática de adjunto adnominal. 2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL. Então, vamos lembrar os casos: - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia PASSIVA. - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia ATIVA (tudo com a letra A) Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Voltemos à questão de prova: a) capaz de fazer crescer a economia. CAPAZ é um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a economia" exerce a função de complemento nominal. b) eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. OBRIGADOS é um adjetivo. Logo, "a jornadas de trabalho de 12 horas" é complemento nominal. c) vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES VULNERÁVEIS é um adjetivo. Assim, o que está sublinhado é complemento nominal. d) transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO TRANSFORMAÇÃO é um substantivo abstrato (oba! Vamos testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o complemento apresenta idéia passiva ou ativa. Em "para promover a transformação das relações de produção", o complemento "relações de produção" transformam ou são transformadas? Elas são transformadas. Então a idéia é passiva. Com idéia passiva, o termo exerce a função de complemento nominal. e) crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS. CRESCIMENTO é também um substantivo abstrato (beleza!). Em "o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS", FORÇAS PRODUTIVAS irão crescer. Assim, a idéia é ATIVA. Então, esse elemento exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. É A ÚNICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. É O GABARITO. 13 - Assinale a alternativa em que um dos elementos mórficos da palavra contribuiu não esteja corretamente analisado. a) CONtribuiu = prefixo b) conTRIBuiu = raiz Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K c) contribuiU = desinência modo - temporal d) CONTRIBUIu = tema e) contribuIu = vogal temática Vamos “dissecar” essa forma verbal: PREFIXO RADICAL VT DMT DNP CON TRIBU I - U Legenda: VT = vogal temática DMT = desinência modo temporal DNP = desinência número pessoal Aos que já estudaram isso há duzentos anos, vamos relembrar os conceitos. RAIZ – elemento mínimo que carrega a significação das palavras cognatas (de mesma família). RADICAL – elemento comum às palavras cognatas. VOGAL TEMÁTICA – pode estar presente nos nomes (vogais A, E, O) e nos verbos (A, E, I), designando nestes a conjugação a que pertencem (respectivamente, 1ª, 2ª e 3ª). AFIXOS – elementos que se unem ao radical para a formação de novos vocábulos. INFIXOS – vogais e consoantes de ligação – não possuem significado e servem apenas para facilitar a pronúncia. DESINÊNCIAS – morfemas que se agregam ao radical. Nos verbos, as desinências podem ser: Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K DMT – indica o tempo e modo das formas verbais DNP – indica o número e a pessoa das conjugações verbaisA origem da palavra "contribuir" é latina (contribuere). O morfema "trib" é a raiz - a mesma de tributar, tributo, retribuir. Portanto, está correta a opção B. O prefixo latino "con" que se liga à raiz indica, dentre outras circunstâncias, concomitância. Está certa a opção A. O erro está na opção C. O morfema "u" (contribuiU) é desinência número-pessoal (não há desinência modo-temporal nessa forma verbal, como podemos ver no quadro acima), indicando que o verbo está conjugado na 3a. pessoa do singular. Tema é a união do radical à vogal temática, corretamente identificada na opção E como “i”, indicativa de verbo da 3ª conjugação. O tema é, portanto, CONTRIBUI. 15 - Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo que "acompanhamos": a) rapidíssimos b) encanada c) utilizamos d) repressão e) intermediárias Gabarito - B ACOMPANHAR é resultante do processo chamado DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA. Nesse processo de formação de vocábulos, ao mesmo tempo, são incluídos um prefixo e um Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K sufixo. A raiz é COMPANH (de companhia, por exemplo, que, por sua vez, já apresenta o prefixo "com"). Para formar o verbo (e por conseqüência suas conjugações, como "acompanhamos"), foram agregados à raiz o prefixo "A" e o sufixo "ar". O mesmo ocorreu em ENCANAR (opção B), cuja raiz é "can" (de "cano"), tendo recebido o prefixo EN e o sufixo ADA (indicativo de particípio). RAPIDÍSSIMO, UTILIZAMOS e REPRESSÃO só receberam sufixos. Já intermediárias apresenta prefixo e sufixo, mas não é um caso de derivação parassintética, como no paradigma 'acompanhamos'. É um caso de prefixação e sufixação, já que permite a formação de vocábulo com somente um dos afixos. Primeiramente, teria sido agregado um sufixo – mediação – para, em seguida, formar-se um outro vocábulo com a prefixação – intermediação. No caso da derivação parassintética, o vocábulo simplesmente não existe sem um dos dois afixos (não existe "companhar", ou "acompanhia"). Os dois são agregados ao radical ao mesmo tempo, o que não acontece com “intermediárias”. Vamos terminar como nos desenhos do Pernalonga: “That’s all, folks!”, ou, em bom português, “É isso aí, pessoal!”. 28/06/2006 - Algumas da prova para FISCAL/MS Vou começar a cumprir as minhas promessas. Resolveremos algumas questões da prova para Fiscal/MS, elaborada pela FGV. Vamos lá. 9 - Curiosamente, no momento em que os marxistas (e, com eles, a esquerda em geral) sublinhavam a significação crucial dos valores, da ética, a direita assumia a centralidade da economia e passava a acreditar que possuía a chave da compreensão correta (e da solução) dos problemas que nos afligem no presente. (L.77-82) Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Assinale a alternativa correta quanto à classe gramatical e função sintática, respectivamente, das ocorrências da palavra QUE grifadas no trecho acima. CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA (A) pronome relativo adjunto adnominal conjunção integrante objeto direto pronome relativo sujeito (B) conjunção integrante complemento nominal conjunção subordinativa sem função sintática conjunção integrante objeto direto (C) preposição sem função sintática pronome relativo objeto indireto conjunção integrante sem função sintática (D) conjunção integrante sem função sintática conjunção subordinativa objeto indireto conjunção subordinativa objeto direto (E) pronome relativo adjunto adverbial conjunção integrante sem função sintática Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K pronome relativo sujeito Primeira providência - verificar se o "que" se refere a algum termo antecedente (PRONOME RELATIVO) ou inicia uma oração substantiva (que pode ser substituída por "isso" - CONJUNÇÃO INTEGRANTE). 1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - PRONOME RELATIVO 2º. "passava a acreditar que possuía a chave" - passava a acreditar NISSO - CONJUNÇÃO 3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a "problemas"- PRONOME RELATIVO Vamos, agora, às opções - ficamos com as letras A e E: CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA (A) pronome relativo adjunto adnominal conjunção integrante objeto direto pronome relativo sujeito (E) pronome relativo adjunto adverbial conjunção integrante sem função sintática pronome relativo sujeito Agora, precisamos analisar a função sintática de cada um deles. Já para começar, lembremos que uma conjunção integrante não exerce função sintática alguma na oração. Serve apenas para juntar duas orações. Só com essa informação, já Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K eliminamos a opção A. Resposta: E. De qualquer forma, vamos analisar as funções dos pronomes relativos: 1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - refere-se a uma informação circunstancial (momento) - sua função é ADJUNTO ADVERBIAL. 3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a "problemas" - os problemas nos afligem - a função é a de SUJEITO. Para analisar a questão 10, vamos reproduzir o trecho em que o segmento aparece no texto. Essa chave é o instrumento simbólico mais eficiente da ideologia dominante (que, como dizia Marx, é sempre a ideologia das classes dominantes): é ela que insiste em nos convencer que as desigualdades sociais são naturais, que não há alternativa para o capitalismo, que o socialismo já foi tentado e fracassou. 10 - A oração que não há alternativa para o capitalismo (L.86- 87) deve ser corretamente classificada como: (A) oração subordinada substantiva apositiva. (B) oração subordinada substantiva completiva nominal. (C) oração subordinada substantiva objetiva direta. (D) oração subordinada substantiva objetiva indireta. (E) oração subordinada substantiva subjetiva. O verbo CONVENCER é transitivo DIRETO E INDIRETO - Alguém convence alguém a/de alguma coisa - Eu convenci meu irmão (OD) a me dar um dinheiro (OI) / Ele não me (OD) convence de sua inocência (OI). Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Quando esse objeto indireto vem sob a forma oracional, a preposição pode ser dispensada (Exemplo: eu gostaria que você saísse - GOSTAR DE - TDI; nós concordamos que ele foi o melhor cantor da noite - CONCORDAR COM - TDI) Mas essa omissão não é capaz de modificar sua classificação, que continua sendo uma oração subordinada substantiva objetiva INDIRETA - OPÇÃO D. 11 - Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de acordo com um sistema que alguns chamam de "economia de mercado", e outros, de "capitalismo". Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz de fazer crescer a economia. As experiências feitas em nome do socialismo não manifestaramforça própria suficiente para competir, no plano do crescimento econômico, com o capitalismo. A palavra Tal classifica-se como: (A) adjetivo. (B) advérbio. (C) conjunção. (D) pronome demonstrativo. (E) pronome relativo. Essa foi a pior das três. Muita gente boa, de cara, marcaria "pronome demonstrativo" de tanto que decorou listas e listas de classes gramaticais. Só que a análise morfológica deve ser feita no contexto. Em Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, esse "tal" indica MODO - circunstância. Troque por "assim" ou "do modo" e continuará fazendo sentido (Assim como está organizada / Do modo como está organizada). Assim, notamos que NÁO É PRONOME DEMONSTRATIVO (não poderia ser substituída por "essa"), mas ADVÉRBIO - opção B. Não decore, entenda! 1/06/2006 - CORRELAÇÃO VERBAL Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Olá a todos. Um dos assuntos mais recorrentes nos últimos concursos públicos tem sido “correlação verbal”, ou seja, a harmonia, sintonia que se estabelece entre verbos e modos do mesmo período e, de uma forma mais abrangente, de um texto. Uma incorreta articulação entre os verbos muitas vezes causa mal-estar aos ouvidos. Imagine-se ouvindo alguém dizer ao seu lado: “O que você espera que eu faço?”... Há algo de errado nisso aí, não é mesmo? Observe outro exemplo: “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.”. Entre a locução verbal da primeira oração (verbo auxiliar no futuro do presente do indicativo) e o verbo da segunda (que se apresenta no pretérito imperfeito do subjuntivo) não houve “sintonia”, pois, enquanto o primeiro indica um fato real (ainda que se perceba uma possibilidade, fruto do valor do verbo auxiliar modal: eles poderão sofrer), o segundo verbo apresenta valor hipotética, como se fosse uma suposição (“se não voltassem ao trabalho”). Duas formas seriam válidas, a depender do contexto: 1) “Os professores grevistas poderiam sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.” – nesse caso, ambas as construções situam-se no campo da suposição, da hipótese. Nesse caso, o texto poderia mostrar que os professores voltaram às salas de aula. Caso não tivessem feito isso, estariam sujeitos a retaliações; 2) “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não voltarem ao trabalho.” – agora, as construções denotam fatos reais. Os professores estão em greve (fato) e poderão sofrer retaliações por esse motivo (fato) caso não retomem suas atividades. Na última oração, nota-se o valor condicional do futuro do subjuntivo. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Apresentamos, a seguir, algumas “dobradinhas clássicas”. Nada de sair por aí decorando! Essa é apenas uma lista exemplificativa, apresentada para que você perceba as formas de articulação verbal. - PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO: “Quero que você me apresente àquele bofe hoje mesmo!” - PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: “Pedi que me viesse à minha sala.” - PRESENTE INDICATIVO+ PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO: “Espero que ele tenha feito boa prova.” - FUTURO DO PRETÉRITO INDICATIVO+ PRETÉRITO MAIS- QUE-PERFEITO COMP.SUBJUNTIVO “Gostaria que você tivesse vindo à minha festa.” – FUTURO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRESENTE INDICATIVO “Quando eu passar no vestibular, rasparei a cabeça.” - PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUT.PRETÉRITO (simples ou composto) DO INDICATIVO: “Se eu passasse no vestibular, rasparia a cabeça.” - PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO SUBJUNTIVO + FUT.PRETÉRITO COMPOSTO DO INDICATIVO: “Se eu tivesse passado no vestibular, teria raspado a cabeça.” Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Essas são apenas algumas das possibilidades de correlação entre os verbos. Veja, agora, como esse assunto foi cobrado na prova para o TRE/SP pela Fundação Carlos Chagas (uma das mais recentes). “Está correta a articulação entre os tempos e modos verbais na frase: (A) Essa visão triangular, que o autor nos recomenda que retomássemos, consiste em que eram atendidas, simultaneamente, as questões sociais, morais e econômicas. (B) Joaquim Nabuco tinha a convicção de que a almejada visão triangular permitisse que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades humanas. (C)) No século XIX, a luta de muitos abolicionistas incluía, entre as metas que perseguiam, a de que viessem a integrar-se os planos da ética, da economia e do progresso social. (D) Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do século XIX, que eles incluíssem entre suas metas a integração que deverá haver entre os planos da ética, da economia e do progresso social. (E) Era de se espantar que muitos abolicionistas do século XIX, que têm incluído entre suas metas um progresso em vários níveis, já consideravam o desenvolvimento sob uma ótica mais complexa do que a nossa.” O gabarito foi a letra “C”. As formas verbais “incluía” e “perseguiam” estão no mesmo tempo e modo – pretérito imperfeito do indicativo -, enquanto que o verbo auxiliar “vier”, por apresentar fatos hipotéticos (planos que fazem parte de uma luta), foi conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K As demais opções estão incorretas. a) Os verbos “recomendar” (o autor nos recomenda) e “consistir” (Essa visão triangular ... consiste) estão no presente do indicativo. Assim, os verbos “retomar” e “ser” devem situar-se, respeitadas as construções, no mesmo aspecto temporal: “Essa visão triangular, que o autor nos recomenda que retomemos, consiste em que sejam atendidas, simultaneamente, as questões sociais, morais e econômicas.”. Você percebeu por que o verbo “retomar” está no presente do subjuntivo? Lembrando que o modo subjuntivo situa os fatos no campo das hipóteses, condições (ou seja, situações sobre as quais não se tem certeza), a forma “retomemos” se justifica por ser uma recomendação do autor, sem que haja, por parte dos leitores, a obrigação de adotá-la. b) A relação entre “tinha” e “permitisse” não é apropriada, tendo em vista que a segunda estaria estabelecendo uma idéia não adequada de suposição ou hipótese, enquanto que a oração principal indica uma circunstância real (“Joaquim Nabuco tinha a convicção”). O verbo “permitir” deveria ser conjugado no Futuro do Pretérito, por retratar um fato posterior a um fato passado (fato passado: a convicção que tinha J.Nabuco / fato posterior a esse fato passado: os reflexos da visão triangular: o atendimento de todas as necessidades humanas). Já, na seqüência, a construção passiva no pretérito mais-que- perfeito composto “tivessem sido atendidas” estabelece uma correta articulação com o verbo anterior apresentado no Futuro do Pretérito. Assim, a forma corrigida seria: “Joaquim Nabuco tinha a convicção de que a almejada visão triangular permitiria que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades humanas”. d) Não há justificativa para o emprego da forma “incluíssem”, por não apresentar hipótese, suposição ou qualquer outra circunstância que exija o modo subjuntivo. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K O verbo anteriorse encontra no pretérito perfeito do indicativo (“Percebeu-se”), o que leva o verbo da oração subordinada também para o passado. O fato apresentado nessa oração subordinada (“os abolicionistas incluírem a integração em suas metas”) ocorreu antes do fato designado na oração principal (“parecer”). Por isso, deve-se conjugar o verbo “incluir” no pretérito mais-que-perfeito (tempo que aponta um momento passado anterior a outro momento passado): “incluíram” (pret.mais-que-perfeito), equivalente à forma composta “haviam incluído”. Cuidado para não confundir com o pretérito perfeito, que apresenta a mesma grafia (incluíram). Na seqüência, por apresentar um fato posterior a um momento passado, o verbo auxiliar da locução verbal DEVER + HAVER deve ser conjugada no futuro do pretérito do indicativo: “Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do século XIX, que eles incluíram entre suas metas a integração que deveria haver entre os planos da ética, da economia e do progresso social”. e) O verbo 'ser', que inicia o período, está no pretérito imperfeito do indicativo (“Era”), mesmo tempo verbal do verbo "considerar" (“consideravam”). Para destoar, a locução verbal 'ter incluído' foi apresentado no PRESENTE. Para corrigir, devemos conjugar esse verbo também para o passado de modo que esteja em harmonia com os demais. É adequada a construção no pretérito mais-que-perfeito composto, por se tratar de fato ocorrido anteriormente a outro fato passado: "Era de se espantar que muitos abolicionistas do século XIX, que TINHAM INCLUÍDO entre suas metas um progresso em vários níveis, já consideravam o desenvolvimento sob uma ótica mais complexa do que a nossa." Aproveito para desejar uma ótima prova aos que irão prestar o concurso para Fiscal do Trabalho, no próximo fim de semana. Para não perder o hábito, deixo o pedido: tenham calma na hora da prova e NÃO DEIXEM LÍNGUA PORTUGUESA PARA O FIM, por favor!!!! 03/06/2006 - Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal - parte 2 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Olá, pessoal Ainda acerca da distinção entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTO ADNOMINAL (continuação ao Ponto 33), vamos analisar outra questão elaborada pela Fundação Getúlio Vargas, na prova para Agente Tributário Estadual de MS. Versa sobre uma charge do magnífico argentino Angeli (ADORO a Rê Bordosa!). Infelizmente, meus parcos conhecimentos em Informática me impossibilitaram de reproduzir aqui o quadrinho (esse é um trabalho para o Super-João...rs...). Não tem problema nenhum. Se você ainda não leu essa prova, use a sua imaginação a partir de agora...rs.... Ela retrata uma família à mesa, com olhares de medo e apreensão (objeto da questão 19 da prova), em volta de um envelope que representa o salário-mínimo. Acima, os seguintes dizeres atribuídos ao pai: “Tenho medo de abrir! Vai que evapora!”. A questão é: Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, a correta função sintática de medo e de abrir no texto II. (A) adjunto adverbial – objeto indireto (B) predicativo do sujeito – complemento nominal (C) predicativo do sujeito – adjunto adnominal (D) objeto direto – adjunto adnominal (E) objeto direto – complemento nominal Atendendo a pedidos, vamos relembrar as funções sintáticas dos termos na oração. Além dos termos essenciais - sujeito e predicado -, pode haver na oração outros elementos constitutivos: termos integrantes e termos acessórios. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Os termos integrantes são os complementos: uns se ligam a substantivos, adjetivos ou advérbios (complementos nominais); outros se ligam a verbos (complementos verbais), para lhes completar o sentido. Os complementos verbais são: objeto direto, objeto indireto, agente da passiva e os predicativos (do sujeito e do objeto). O complemento nominal vem normalmente ligado por uma preposição a um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio, integrando o seu sentido ou limitando-o. Os termos acessórios trazem informações adicionais, porém dispensáveis, à oração. São eles: o adjunto adverbial, o aposto e o adjunto adnominal. O adjunto adnominal é um termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste na oração. No Ponto 33, mostramos algumas formas de identificar se o termo ou expressão exerce a função de complemento nominal ou de adjunto adnominal. Quando o termo regente for um substantivo abstrato, deve-se analisar o valor que o termo regido apresenta em relação àquele. Se for ativo, a função é de adjunto adnominal (tudo com “a” – substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal). Se for passivo, é complemento nominal. Vamos treinar: amor de mãe x amor à mãe Em: 1) amor de mãe – a mãe pratica a ação de amar. Por apresentar idéia ativa, a expressão exerce a função de adjunto adnominal; 2) amor à mãe – a mãe recebe o amor. Como o valor é passivo, sua função é complemento nominal. Hoje, mostraremos mais algumas formas de distinção. 1ª.dica: À exceção da preposição DE (que serve às duas funções), os complementos introduzidos por qualquer outra Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K preposição (a, em, por) será um complemento nominal (chegada ao espaço, resistência em surgir, dedicação ao povo, amor por alguém). 2ª.dica: Os complementos que vierem sob a forma verbal são complementos nominais por apresentarem essa idéia passiva. Exemplos: • “osso duro de roer” = a idéia é “duro de ser roído” – idéia passiva -> complemento nominal • Medo de cair = a idéia é “de sofrer uma queda” – idéia passiva -> complemento nominal • Essa notícia é difícil de acreditar = a idéia é “difícil de ser acreditada” – idéia passiva -> complemento nominal. Vamos analisar a questão da prova. O primeiro elemento não deve ter gerado dúvidas. Trata-se de um complemento verbal direto. Assim, a função exercida por “medo”, em “tenho medo” é objeto direto. O segundo elemento liga-se ao primeiro por meio de preposição. O termo regente é medo, um substantivo abstrato. Precisamos definir se a função do termo regido (“de abrir”) é adjunto adnominal ou complemento nominal. Para isso, verificaremos o valor da expressão no contexto: “Tenho medo de abrir! Vai que evapora!” A idéia é: “Tenho medo de que, sendo aberto, evapore” – idéia passiva (o envelope não vai abrir, mas ser aberto) -> complemento nominal. O gabarito foi letra E. Reconheço que a vontade é grande de indicar a idéia ativa. Afinal, a lógica induz que o sujeito vai abrir o envelope, ou seja, praticar a ação. Essa tendência se justifica pela proximidade com o verbo de “ter” (ter medo – ação praticada pelo sujeito). Contudo, é preciso fazer a seguinte distinção: o que está relacionado a “abrir” não é o verbo “ter”, mas a idéia da Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K abertura – idéia passiva de o envelope ser aberto. Viu por que eu disse, lá no Ponto 33, que esse é um dos pontos mais complicados do estudo da Língua Portuguesa? 31/05/2006 - ICMS RONDÔNIA Olá, pessoal Primeiramente, gostaria de agradecer aos “anjos” que tanto me avisaram da publicação das provas do ICMS/MS pela FGV como enviaram os arquivos para mim. Tudo isso, certamente, na esperança de que eu resolva pelo menos algumas daquelas (TERRÍVEIS) questões, certo?Está bem, eu prometo que, na medida do (im)possível, tecerei alguns comentários aqui. Hoje venho resolver com vocês a prova para ICMS Rondônia, aplicada por “não sei qual” banca (gostou dessa? Quem souber, por favor, avise-me. Eu só recebi os arquivos). Povo do ICMS/SP e ICMS/MS, por favor, essa “passou a frente” porque só havia SEIS questões e HÁ POSSIBILIDADE DE RECURSO PARA A QUESTÃO 66. Abraço a todos e bons estudos. ............................................................................................................. .......... LINGUA PORTUGUESA Leia o texto abaixo e responda, em seguida, às questões propostas. Fatos sociais são criações históricas do povo, que refletem seus costumes, tradições, sentimentos e cultura. A sua elaboração é lenta, imperceptível e feita espontaneamente pela vida social. Costumes diferentes implicam em fatos sociais diferentes. Cada povo tem a sua história e seus fatos sociais. O Direito, como fenômeno de adaptação social, não pode formar- se alheio a esses fatos. As normas jurídicas devem achar-se conforme as manifestações do povo. Os fatos sociais, porem, não são as matrizes do Direito. Exercem importante influência, mas o condicionamento não é absoluto. Nem tudo é histórico e Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K contingente no Direito. Ele não possui apenas um conteúdo nacional, como adverte Del Vecchio. A natureza social do homem, fontes dos grandes princípios do Direito Natural, deve orientar as “maneiras de agir, de pensar e de sentir do povo” e dimensionar todo o jus position. Falhando a sociedade, ao estabelecer fatos sociais contrários à natureza social do homem, o Direito não deve acompanhá-la no erro. Nesta hipótese, o Direito vai superar os fatos existentes, impondo- lhes modificações: (Nader, Paulo. Introdução à ciência do direito. Rio de Janeiro. Forense, 1991.) 61 – A tradição gramatical considera inidônea a construção sintática presente no seguinte trecho do texto: A) Fatos sociais são criações históricas do povo. B) Nem tudo é histórico e contingente no Direito. C) Cada povo tem a sua história e seus fatos sociais. D) Os fatos sociais, porém, não são as matrizes do Direito. E) Costumes diferentes implicam em fatos sociais diferentes. RESPOSTA: E COMENTÁRIO. O examinador jogou com as palavras no enunciado da questão para causar a confusão que levou muita gente a marcar uma das opções CORRETAS. Note que o enunciado exige a opção ERRADA (construção sintática INIDÔNEA). O verbo IMPLICAR, no sentido de ACARRETAR, é, pela norma culta, transitivo DIRETO (não rege a preposição EM). 62 – “O Direito, como fenômeno de adaptação social, não pode formar-se alheio a esses fatos.” Dentre as mudanças impostas a essa frase do texto, a que lhe modifica significativamente o sentido original é: Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K A) O Direito não pode formar-se como fenômeno de adaptação social alheio a esses fatos. B) Como fenômeno de adaptação social, o Direito não se pode formar alheio a esses fatos. C) O Direito, como fenômeno de adaptação social, não se pode formar alheio a semelhantes fatos. D) Enquanto fenômeno de adaptação social, o Direito não pode formar-se arredado desses fatos. E) Não pode o Direito, como fenômeno de adaptação social, conceber-se alheio a esses fatos. RESPOSTA: A COMENTÁRIO. Note que “como fenômeno de adaptação social* tem valor causal , equivalente a ‘por ser um fenômeno de adaptação, não pode formar-se alheio a esses fatos”. Na reescrita, a expressão passou a exercer função de complemento verbal. Houve, portanto, alteração semântica nessa construção. 63 – Há falha de construção quanto ao paralelismo gramatical em: A) As normas jurídicas devem achar-se conforme as manifestações do povo. B) Ele não possui apenas um conteúdo nacional , como adverte Del Vecchio. C) Exercem importante influência, mas o condicionamento não é absoluto. D) A sua elaboração é lenta, imperceptível e feita espontaneamente pela vida social. E) Nessa hipótese, o Direito vai superar os fatos existentes, impondo-lhes modificações. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K RESPOSTA – LETRA D COMENTÁRIO. A redundância está na relação entre ELABORAÇÃO e FEITA. O primeiro vocábulo já carrega o sentido do verbo, o que tornaria inadequada a construção. 64 – Há erro de conjugação verbal em: A) Nas intervenções, sempre se apunham comentários maliciosos ao meu depoimento. B) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira República e hoje revela-se anacrônica. C) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara à polícia há dois meses. D) Não se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais. E) Disse-me ele que eu às vezes pretiro os limites do bom senso. RESPOSTA – LETRA B COMENTÁRIO. O verbo “viger” é defectivo (não possui a 1ª. pessoa do singular do presente do indicativo) e, nas demais formas, se conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / ele vigeu). A forma “pretiro” (OPÇÃO E), que causou estranheza a muita gente, é a conjugação do verbo PRETERIR (deixar de lado), que se conjuga como seu paradigma PREFERIR – Eu prefiro / eu pretiro. 65 – Há mau uso do pronome relativo em: A) Era eu o a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pública. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K B) Há sociedades de cujos ditames morais pouco tem ciência o mundo contemporâneo. C) É nos fatos sociais, onde está a fonte do Direito, que se buscam os preceitos legais. D) Nada quanto se diga aqui poderá contribuir para a construção de uma nova ordem social. E) As assembléias de parlamentares, às quais presidi em meu mandato, sempre foram frutíferas. RESPOSTA: C COMENTÁRIO. A opção C é o gabarito da prova. Segundo a norma culta, o pronome relativo em análise - ONDE - deve ter como referente algo que se assemelhe a “lugar” (mesmo que de maneira abstrata). Na construção, o antecedente é FATOS, que em nada se parece com lugar. Seria adequado o emprego de “em que” ou “nos quais”. O “que” após a vírgula faz parte da expressão de realce “É QUE”. A) ESTÁ CORRETO! Quem achou estranho esse “o a quem” não teria visto problema se, em vez do pronome demonstrativo “o”, tivesse sido empregado seu correspondente “aquele”: “Era eu aquele a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pública". O relativo “quem” está perfeitamente empregado, uma vez que seu referente é o pronome demonstrativo "o", que, por sua vez, se refere ao pronome reto “eu”. B) O sujeito da oração adjetiva é O MUNDO CONTEMPORÂNEO. Na ordem direta, e feitas as substituições, a oração seria “O mundo contemporâneo pouco tem ciência dos ditames morais da sociedade". O termo regente “ter ciência” exige a preposição DE que antecede o pronome relativo CUJO, corretamente empregado por ligar dois substantivos relacionados entre si – DITAMES DA SOCIEDADE. D) Perfeito o emprego de “quanto”, uma vez que expressa a Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K idéia de “quantidade”. E) O pronome relativo AS QUAIS se refere a “assembléias”. Como o verbo exige a preposição “a”, o encontro da preposição (que se emprega antes do pronome relativo) com “as quais” forma crase e devereceber o acento grave (ÀS QUAIS). 66 – No tocante à concordância, há equívoco na redação da seguinte frase: A) São desses fatos sociais que se pode extrair maiores ensinamentos no Direito. B) Decerto que aos legisladores não cabe inspirar-se obrigatoriamente nos fatos sociais. C) Duas horas eram o tempo que me restava para opinar sobre as normas jurídicas referidas. D) Impõe-se, pois, ao magistrado tantas questões resolver quantas a ele se oferecerem. E) Não devia haver dúvidas quanto à aplicação das normas jurídicas como instrumento de controle social. RESPOSTA: A Está CORRETA a estrutura da opção A. Veja o recurso abaixo. Em relação às demais: B) O sujeito do verbo CABER é oracional: “inspirar-se obrigatoriamente nos fatos sociais” - (ISSO) não cabe aos legisladores. Com sujeito oracional, o verbo se mantém na 3ª. pessoa do singular. Está correta. C) Por pior que possa parecer aos seus ouvidos, a concordância com o verbo SER pode ser feita com o sujeito (Duas horas) ou com o predicativo do sujeito (TEMPO). Não há dúvidas de que a segunda forma é eufonicamente melhor, mas não se pode afirmar que a primeira esteja EQUIVOCADA. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K D) Muita gente deve ter assinalado essa opção, imaginando que o sujeito de IMPOR seria TANTAS QUESTÕES. Cuidado! Essa era a pior questão da prova (e só havia seis questões, hem?). O sujeito é, mais uma vez, oracional. o que se impõe é “RESOLVER TANTAS QUESTÕES QUANTAS A ELE SE OFERECEREM”. Por isso, o verbo está corretamente no singular. E) O verbo HAVER, no sentido de existência, se mantém na 3ª. pessoa do singular, e essa flexão exige de qualquer auxiliar seu – no caso, o verbo DEVER. RECURSO: Há duas possibilidades de concordância em expressões como a da opção A, em que o verbo PODER está acompanhado de um verbo no infinitivo e de um pronome apassivador, apresentando, também, um termo no plural. 1ª. possibilidade: O verbo PODER faz parte de uma locução verbal, cujo verbo principal é, no caso, EXTRAIR. Por estar em construção passiva, cujo sujeito está representado por MAIORES ENSINAMENTOS, o verbo auxiliar PODER irá se flexionar no plural: “São desses fatos sociais que se PODEM extrair maiores ensinamentos no Direito. Essa é a prática mais generalizada, como nos ensinam os mestres Celso Cunha e Lindley Cintra. Contudo, devemos registrar as palavras do professor Evanildo Bechara, que apresenta a segunda possibilidade de construção: “Quando, porém, o sentido determinar exatamente o sujeito verdadeiro, a concordância não pode ser arbitrária. Ex: "Quer- se inverter as leis", e nunca "querem-se inverter as leis". Neste caso, é evidente que o único sujeito possível é INVERTER (João Ribeiro, Gramática Portuguesa, 322).” Assim, a segunda possibilidade seria apresentar, como sujeito da forma passiva sintética “QUE SE PODE”, a oração reduzida de infinitivo “EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS” (“PODE-SE / EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS”). O sujeito oracional Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K mantém o verbo na 3a.pessoa do singular. Por todo o exposto, verifica-se a CORREÇÃO da construção presente na opção “A”, apontada inicialmente como o gabarito da prova. Em virtude de não haver nenhuma opção válida a ser apontada como INCORRETA, requer-se sua anulação, atribuindo-se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos. FONTES BIBLIOGRÁFICAS: CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo.3.ed. Ed.Nova Fronteira. 2001. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 33 ed. Companhia Editora Nacional. 1989. 23/05/2006 - DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL Pessoal, Fiquei o dia de hoje tentando (em vão) obter a prova do concurso de ATE e Fiscal do Mato Grosso do Sul, aplicada pela Fundação Getúlio Vargas de SP. Infelizmente, essa banca não publica em sua página na internet as provas, somente os gabaritos. Continuo ao aguardo de uma boa alma que encaminhe para mim a prova, mesmo que não tenhamos mais oportunidade de preparar recursos. Um aluno enviou algumas das questões. A mais interessante delas, na minha opinião, foi a de número 7, que transcrevo abaixo. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Ela nos dá a oportunidade de rever os conceitos de ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL e perceber a distinção entre essas funções sintáticas, um dos pontos mais complicados no estudo da Língua Portuguesa, na opinião de muitos. Então, vamos procurar simplificar as coisas para vocês. 7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma função sintática, à exceção de uma assinale-a a ) Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER A ECONOMIA CRESCER. (ele não indicou a expressão grifada, mas acredito que tenha sido essa em letras maiúsculas.) b) Os trabalhadores têm feito conquistas .... visivelmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. c) O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES d) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO....(idem) Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K e) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção e o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS. Gabarito - E Estão em pauta as seguintes funções sintáticas. - COMPLEMENTO NOMINAL – função exercida por uma palavra ou uma expressão que complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO - ADJUNTO ADNOMINAL – neste caso, a palavra ou a expressão complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se diferenciam, então? A partir da idéia que o complemento apresenta em relação ao termo regente. Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO ADNOMINAL (bisu: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal) Se a idéia for passiva, é complemento nominal (memorize por exclusão em relação ao outro). Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K A partir de exemplos, tudo fica mais fácil. Veja só: 1) a construção do arquiteto - "Construção" é um substantivo abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto constrói ou é construído? Constrói. Então ele pratica a ação. A idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. 2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL. Então, vamos complementar a definição: - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia PASSIVA. - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVOCONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia ATIVA (tudo com a letra A) Voltemos, agora, à questão para analisarmos cada uma das opções: a) Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K CRESCER A ECONOMIA. CAPAZ é um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a economia" exerce a função de complemento nominal. b) Os trabalhadores têm feito conquistas .... visivelmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. OBRIGADOS é um adjetivo. Logo, "a jornadas de trabalho de 12 horas" é complemento nominal. c) O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES VULNERÁVEIS é um adjetivo. Assim, o que está grifado é complemento nominal. d) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.... TRANSFORMAÇÃO é um substantivo abstrato (oba! vamos testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o complemento apresenta idéia passiva ou ativa. Em "para promover a transformação das relações de produção", o complemento "relações de produção" transformam ou são transformadas? Elas são transformadas. Então a idéia é Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K passiva. Com idéia passiva, o termo exerce a função de complemento nominal. e) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção e o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS. CRESCIMENTO é também um substantivo abstrato (beleza!). Em "o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS", FORÇAS PRODUTIVAS irão crescer. Assim, a idéia é ATIVA. Então, esse elemento exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. É A ÚNICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. Esse é o gabarito. ............................................................................................................. ........ Fica, então, o pedido: quem puder, por favor, encaminhe para esta professora (claudia@pontodosconcursos.com.br) as provas a que, infelizmente, não tivemos acesso. Grande abraço e bons estudos. 19/05/2006 - Prova Auditor Fiscal da Paraíba - Fundação Carlos Chagas Prezados alunos, Vimos apresentar uma argumentação para subsidiar recurso a ser apresentado contra o gabarito da questão 4 da prova "Tipo 001" para o cargo de Auditor Fiscal da Paraíba, aplicada pela Fundação Carlos Chagas no último fim de semana. A questão em comento tratava das funções da linguagem. Primeiramente, apresentamos o assunto para, mais adiante, Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K sugerir o recurso. Afinal, melhor do que dar o peixe é ensinar a pescar, já nos ensinava Paulo Freire, não é mesmo? Funções da Linguagem: Na comunicação, com o objetivo de transmitir uma mensagem, a linguagem empregada pelo emissor pode ter as seguintes funções, de ocorrência simultânea ou exclusiva no texto: • Função Conativa • Função Emotiva • Função Fática • Função Poética • Função Referencial • Função Metalingüística Função Conativa Nessa linguagem, o emissor dirige-se diretamente ao receptor da mensagem com persuasão, no intuito de convencê-lo em relação a algo (conceito ou prática de uma ação). Essa função é comum em linguagem publicitária e tem como característica o emprego do verbo no Imperativo, como "Ligue agora e concorra a prêmios". Não confunda com o sentido conotativo, que é o emprego de linguagem figurada, a se contrapor ao sentido denotativo, que é o sentido literal das palavras. Veja o emprego da palavra “flor” nas duas orações – (1) “É linda essa flor”; (2) “Sua filha é uma flor.”. Em (1), a palavra foi usada em seu significado originário – DENOTATIVO, com “d” de “dicionário”. Já em (2), “flor” significa uma pessoa boa, gentil, fora de seu sentido primeiro, que é o vegetal. Por isso, foi usada em sentido conotativo. Função Emotiva Centrada basicamente nas emoções do emissor, essa Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K linguagem se utiliza bastante das primeiras pessoas (nós/eu) e emite opiniões ou sensações a respeito de algum tema ou pessoa. Também pode ser denominada “função expressiva”. É muito comum em textos informais e/ou críticos. Função Fática Um bom exemplo são os textos publicados pelos professores do Ponto. Também será visto mais adiante um desses casos, quando falarmos sobre a função metalingüística. Ela ocorre quando o emissor (no caso, eu) utiliza o canal de comunicação (a matéria) para entrar em contato com o receptor (você, leitor), com perguntas como “não é mesmo”, “viu só?”, etc. Função Poética A partir do emprego de recursos de retórica, noções de métrica, rima, ordenação das palavras, dentre outros elementos, é a linguagem das obras literárias, principalmente das poesias, em que as palavras são escolhidas e dispostas de maneira a se tornarem singulares. Função Referencial Também chamada de informativa ou denotativa, o objetivo dessa linguagem é transmitir a informação objetivamente. Essa linguagem é muito usada em textos científicos ou jornalísticos. Função Metalingüística Metalinguagem é a propriedade que tem a língua de voltar-se para si mesma. Tema (conteúdo) e instrumento (forma) mesclam-se, interpenetram-se, e o saldo dessa "confusão" é, paradoxalmente, o distanciamento, que evita que o leitor os confunda. Ocorre quando principalmente em linguagem artística: música, literatura, gravura. A partir dos exemplos, é mais bem compreendida essa linguagem. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Ao compor “As canções que você fez para mim”, brilhantemente interpretada por Maria Betânia, os autores Roberto Carlos e Erasmo Carlos confundem o ato de compor com a composição: “Hoje eu ouço as canções que você faz pra mim/ Não sei porque razão tudo mudou assim / Ficaram as canções e você não ficou.” Outro bom exemplo dessa função verifica-se no filme “Quero ser John Malkovich”, estrelado por quem? John Malkovich. Ou no filme de Woody Allen, “Rosa Púrpura do Cairo”, em que o título do filme de Allen é exatamente o título do filme retratado na tela. Na película, a protagonista (Mia Farrow) é uma espectadora que, de tanto ir ao cinema, acaba sendo convidada pelo protagonista (um arqueólogo, se não me engano) a participar, e dá-se a cena clássica em que ela sobe ao palco e invade a tela de cinema. Notou a confusão entre tema e instrumento? A linguagem metalingüística, portanto, é a utilização do código para falar dele mesmo: uma pessoa falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: ::::::::: É com base nessas duas últimas acepções que constatamos o equívoco do examinador em indicar a opção “a” como correta. Na metalinguagem, temos "o código pelo código". Samira Chalhub nos esclarece que as possibilidades de organização, criação, relação estão ligadas à noção de repertório que determinará, em função do receptor, uma postura face ao objetoartístico. A autora, ao abordar a metalinguagem poética, também faz referência a intertextualidade e entende que a mesma é uma forma de metalinguagem, uma vez que se refere a uma linguagem anterior. Contudo, o texto em questão não explora esse conceito de intertextualidade. Trata-se de um texto jornalístico que não apresenta elementos para que se afirme o uso de metalinguagem. Observa-se, sim, o emprego de linguagem referencial. Esta ocorre quando o tema (referente) é posto em destaque. O texto Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K há de ser objetivo e claro, sem margem a duplas interpretações ou ambigüidades e uma de suas características é o emprego da 3ª pessoa. Em passagens como “Os números do relatório da CPI dedicada originalmente aos Correios são expressivos, dos milhares de páginas de texto e documentos aos mais de cem acusados.”, nota-se o valor narrativo do texto. Já em metáforas como “Um oceano nos separa do resultado concreto” ou “...cabe esperar pela travessia do oceano e torcer para que chegue a um bom porto”, o autor busca, com elementos figurativos, expor os fatos ao leitor, ou seja, a distância que há entre a apuração dos fatos (meio) e o julgamento (fim). Nota-se, também, a função emotiva da linguagem, especialmente nas passagens em que o autor expõe sua visão crítica acerca do assunto, como em “Há abusos. São lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar, no Brasil e em qualquer país onde haja comissões parlamentares.”. O que invalida a opção “b” é o fato de afirmar que são criadas ambigüidades. Nem mesmo quando expõe a dupla possibilidade de interpretação da palavra “comissão”, o autor deixa transparecer qualquer ambigüidade. Ao contrário. Torna claro cada um dos significados que o vocábulo pode apresentar: "Comissão", além do significado mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remuneração de serviço, é também o do grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum.”. Não há qualquer sinal de emprego da linguagem metalingüística ou de ambigüidade no texto, o que leva à impossibilidade de se indicar qualquer alternativa válida. Diante do exposto, é válida a apresentação de recurso com vistas à anulação da referida questão, atribuindo-se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos. Bibliografia sugerida: Chalhub, Samira.Funções da Linguagem. Ed.Ática. 11ª edição, 2000. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K ----. Metalinguagem. Ed.Ática. 4ª edição, 2002. 1/05/2006 - QUESTÃO 9 DA PROVA TCE/PR Olá, bravos concursandos Antes de entrarmos no assunto que me traz aqui hoje, venho avisar aos candidatos que se preparam para o concurso de Fiscal do Trabalho que está em andamento a Turma de Exercícios da ESAF, e ainda há tempo de se matricular, fazer os exercícios (questões anteriores) e participar do fórum. Mesmo após a publicação da Aula 10, estaremos à disposição para tirar dúvidas, prestar esclarecimentos ou bater um papo, ouvir um desabafo... Ou seja, até a data da prova, o fórum e as aulas permanecerão ativos. Lembrem-se de que Língua Portuguesa é a única disciplina que exige uma nota mínima isolada – 40% da vinte questões (estou puxando a brasa mesmo, pois sei o quanto é ruim “bater na trave”). Parece pouco, mas, em se tratando de ESAF, sabemos que a prática e o domínio do tempo são fatores cruciais para a aprovação do candidato. Por isso, fazer provas anteriores é tão importante. Dado o recado, vamos ao que interessa. Nesse último fim de semana, houve o concurso para o Tribunal de Contas do Estado do Paraná. A instituição responsável pelo certame foi o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná – NC/UFPR. Não conhecia a banca e tive uma grata surpresa: o nível da prova foi muito bom, merecendo destaque especial a questão n° 09 da prova para Assessor Jurídico (http://www.nc.ufpr.br/tce2006/). Alguns candidatos solicitaram a elaboração de recurso sob o argumento de que não encontraram resposta válida. No entanto, foi uma questão correta, bem-feita e “maldosa”, pois exigia do candidato bastante atenção, especialmente no que se refere à classificação morfológica (classe gramatical) das palavras envolvidas. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K A partir da análise morfológica, podemos fazer a análise sintática (função das palavras nas orações e períodos e sua harmonização com as demais). Vamos relembrar o assunto, mencionado em nosso primeiro encontro “virtual”. As palavras são divididas em classes. Essas, por sua vez, distinguem-se em variáveis e invariáveis: VARIÁVEIS (gênero e/ou número) INVARIÁVEIS Substantivo Advérbio Adjetivo Palavra invariável (*) Artigo Conjunção Pronome Preposição Verbo Interjeição Numeral OBS: (*) A Nomenclatura Geral Brasileira (NGB) a classifica como advérbio, mas alguns consagrados autores fazem essa distinção. Essa classificação é meramente didática. Poderemos nos deparar com um pronome invariável (ISTO / AQUILO / QUEM), mas como exceção. Em sua maioria esmagadora, os pronomes se flexionam, por isso foram classificados como “variáveis”. O mesmo ocorre com os adjetivos. Mas, enquanto os adjetivos podem se flexionar (em gênero e/ou número), os advérbios Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K permanecem invariáveis. Grosso modo, esse era o cerne da questão. Tente resolvê-la antes de ler os comentários que seguem. O texto a seguir é referência para as questões 07 a 09. “De todos os processos analisados por este conselho até agora, a materialidade dos fatos atribuídos ao representado é a mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovada.” (Declaração de Cezar Schirmer sobre relatório que pediu a cassação do deputado João Paulo Cunha por envolvimento com o mensalão. Revista Veja, 15 mar. 2006.) 09 - Se, na frase de Schirmer, a expressão “a materialidade dos fatos” for substituída por “os fatos”, serão necessários ajustes na concordância nominal e/ou verbal. Aponte a alternativa em que esses ajustes foram feitos corretamente. a) ...os fatos atribuídos ao representado são o mais indiscutível, incontroverso, incontestáveis e indubitavelmente comprovados. b) ...os fatos atribuídos ao representado são o mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovado. c) ...os fatos atribuídos ao representado são os mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovados. d) ...os fatos atribuídos ao representado são a mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovada. Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K e) ...os fatos atribuídos ao representado são os mais indiscutíveis, incontroversos, incontestável e indubitavelmente comprovado. Para começar a resolver a questão, o candidato já deveria eliminar as opções em que o adjetivo “comprovado” não concorda com o substantivo “fatos” (b/d/e). A partir daí, começa a “via crucis” do pobre estudante. Os vocábulos "indiscutível, incontroversa,incontestável e indubitavelmente" são ADVÉRBIOS. Os advérbios são palavras INVARIÁVEIS (veja a tabela) que modificam o sentido de verbos (“Ela dirige mal.”), adjetivos (“Ela é muito alta.”), outros advérbios (“Ela dirige muito mal”), ou mesmo sentenças inteiras ou enunciações (“Infelizmente, não pude comparecer.”). Na oração, os advérbios acompanham o adjetivo "comprovada". Acontece que, na construção oracional, a fim de evitar o defeito denominado “eco”, somente o último deles é acompanhado do sufixo “–mente”, mantendo-se os demais somente com a “base”. A característica desses advérbios é que eles se constroem a partir da forma FEMININA E SINGULAR dos adjetivos correspondentes (quando estes apresentam essa flexão): “Ela saiu do lugar CALMAMENTE.” (CALMA + MENTE); “Ele dirige seu carro CUIDADOSAMENTE.” (CUIDADOSA + MENTE); “É preciso viver cada minuto INTENSAMENTE.” (INTENSA + MENTE). Acrescente o sufixo “mente” a cada um dos vocábulos e constatará que o que está grafado na opção C é exatamente o que resta após a extração do "mente" (indiscutivelmente / incontroversamente / incontestavelmente). Sabe onde está a maldade da questão? Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Está em levar os candidatos a pensar que “indiscutível, incontroversa e incontestável” seriam, na construção, adjetivos flexionados, em gênero e número, com “materialidade” - o núcleo do sujeito (coincidentemente, FEMININO E SINGULAR). Ao sugerir a troca de “materialidade dos fatos” (núcleo: materialidade) por “fatos”, o examinador proferiu o “golpe de misericórdia”: o candidato, automaticamente, iria buscar a flexão daqueles vocábulos no masculino plural (indiscutíveis, incontroversos, incontestáveis) e NÃO ENCONTRARIA RESPOSTA. A banca poderia ter sido mais cruel ainda e, em uma das opções, apresentar a forma flexionada (os fatos atribuídos ao representado são os mais indiscutíveis, incontroversos, incontestáveis e indubitavelmente comprovados), mas, com isso, provocaria a polêmica em relação à classificação desses vocábulos, ensejando, assim, um sem-número de recursos. A posposição dos advérbios em relação ao adjetivo deixa claro o valor circunstancial desses elementos. Note: “...os fatos atribuídos ao representado são os mais comprovados indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente.”. Assim, a opção que apresenta a correta construção após a troca é a de letra C: ...os fatos atribuídos ao representado são os mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovados. Belíssima questão essa, não é? Espero que as demais bancas examinadoras tenham esse mesmo esmero ao elaborar as provas que vêm por aí (recado especialmente dedicado à Dona ESAF). Abraço. 05/05/2006 - ICMS/SP - Outro recurso - questão 16 - Prova TIPO 001 Olá, pessoal Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K Um aluno encaminhou-me este recurso (cuja autoria desconheço). Realmente, tem razão o candidato que o apresentou, uma vez que não há erro algum na afirmação da opção D. Em relação às aspas, acredito que, dado o valor subjetivo de seu emprego, não há como afirmar categoricamente que a assertiva C esteja errada. Contudo, certo está que a opção D não apresenta erro algum. Por exercer na oração a função sintática de aposto, o segmento poderia ser indicado entre vírgulas, travessões ou parênteses. Assim, fica a critério de cada um solicitar a anulação da questão 16 (prova tipo 001) ou a mudança do gabarito para a letra C (como propôs o candidato). Obrigada pela colaboração e parabéns ao autor pela argumentação apresentada. Segue, abaixo, a proposta de recurso. Abraço. p.s. Fui informada, há pouco, de que a autoria do recurso abaixo é do Prof.Décio Senna (RJ). Parabéns ao professor pela argumentação. RECURSO DE QUESTÃO PROVA PARA FISCAL DE ICMS-SP BANCA: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS QUESTÃO Nº 16 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K TRANSCRIÇÃO DA QUESTÃO: A única afirmação INCORRETA sobre os sinais de pontuação empregados no texto é: a) Os dois pontos após vice-versa: (linha 4) anunciam um esclarecimento acerca do que foi enunciado. b) Os parênteses em (ou até inventamos) – linhas 5 e 6 – incluem comentário considerado um viés do que se afirma. c) As aspas em “nossos” (linha 10) firmam o caráter irônico da expressão, exigindo que se entenda o enunciado em sentido contrário (trata-se, assim, de “tempos que nos são estranhos”). d) Os travessões em – este pátio comum ... compartilhado – (linhas 23 a 25) isolam uma apreciação acerca do Mediterrâneo e são equivalentes a vírgulas. e) A vírgula antes de não costeando (linha 22) pode ser substituída, sem prejuízo da correção, por travessão. ARGUMENTOS: Permitimo-nos, respeitosamente, discordar da interpretação sugerida pela banca examinadora para o emprego das aspas empregada no vocábulo “nossos”. Para mostrarmos a razão de nossa discordância, passamos a Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K transcrever o fragmento textual em que se encontra tal vocábulo, ou seja, o primeiro parágrafo do texto relativo às questões de números 12 a 20: Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não é indiferente. O momento que elegemos como originário depende certamente da idéia de nós mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice-versa: a visão de nosso presente decide das origens que confessamos (ou até inventamos). Assim acontece com as histórias de nossas vidas que contamos para os amigos e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos de que gostamos e que queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito para os tempos que consideramos “nossos”, ou seja, para a modernidade. O desenvolvimento da textualidade deixa-nos perceber que a indicação de um acontecimento, com respeito a seu início, está condicionada, mais que tudo, à nossa apreciação pessoal, subjetiva e, por isso mesmo, passível de não ser exata. Deste modo, um tempo que julgamos nosso pode perfeitamente não o ser. Entendemos que as aspas postas no vocábulo “nosso” pretendem mostrar que Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K o vocábulo deve ser entendido como portador de significado que se afasta da literalidade. Como que a nos indicar que não há, efetivamente, um tempo que seja nosso, uma vez que tal nomeação resulta de critérios, antes de tudo, personalísticos. Não vemos, como viu a douta Banca Examinadora, indicação de “tempos que nos são estranhos”. De qualquer modo, a afirmativa está impregnada do subjetivismo de quem a avalia. Não fazemos destas percepções discordantes nosso cavalo- de-batalha. Move-nos, isto sim, uma imprópria indicação acerca do emprego do duplo travessão citado na alternativa “d” da questão. Para desenvolvermos nossa argumentação sobre este emprego, transcrevemos o fragmento textual em que surge, vale dizer, o segundo parágrafo do mesmo texto do qual extraímos a passagem relativa ao emprego das aspas em “nossos”: Bem antes que tentassem me comover de que a data
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