Buscar

150 questões de português

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
28/09/2006 - Eu preciso aprender a só ser... 
Eu Preciso Aprender a Só Ser 
 
Composição: Gilberto Gil - Texto de Isabel Câmara 
 
Sabe, gente 
 
É tanta coisa pra gente saber 
 
O que cantar, como andar, aonde ir 
 
O que dizer, o que calar, a quem querer 
 
Sabe, gente 
 
É tanta coisa que eu fico sem jeito 
 
Sou eu sozinha e esse nó no peito 
 
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder 
 
Sabe, gente 
 
Eu sei que no fundo o problema é só da gente 
 
É só do coração dizer não quando a mente 
 
Tenta nos levar pra casa do sofrer 
 
E quando escutar um samba-canção 
 
Assim como "Eu preciso aprender a ser só" 
 
Reagir e ouvir o coração responder: 
 
"Eu preciso aprender a só ser" 
 
 
 
Oi, galerinha 
 
Aos que reclamavam de meu sumiço, vai uma explicação: 
felizmente estou muito atarefada – aulas no Ponto; mudança de 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
casa, de cidade, de estado (finalmente, a tão esperada 
REMOÇÃO saiu e estou de volta à minha cidade natal – RIO DE 
JANEIRO). Já deu pra perceber que não foram poucas as 
minhas atividades, não é? O tempo tem sido curto para tanta 
coisa... 
 
Enfim, o que interessa é que estou de volta ao espaço aberto, 
trazendo algumas questões interessantes para analisarmos. 
 
Você notou que reproduzi acima a letra de uma linda canção de 
Gil (quando era apenas um brilhante artista). 
 
A partir dessa canção, vamos analisar como a posição de 
certos vocábulos pode alterar o seu sentido na oração (e, 
algumas vezes, sua classificação morfológica também, ou seja, 
a classe de palavras a que pertencem). 
 
Esse assunto foi abordado em uma prova da Fundação Getúlio 
Vargas - Agente Tributário Estadual de Mato Grosso do Sul - e 
suscitou inúmeros debates. 
 
Qual é a diferença entre “Eu preciso aprender a ser só” e “Eu 
preciso aprender a só ser”? 
 
Bem, no primeiro caso, o vocábulo “só” é um adjetivo que 
equivale a “sozinho”. Assim, o que se precisa aprender é a 
ficar sozinho. 
 
Já a resposta do coração dá outra sugestão: “é preciso 
aprender a só ser”, ou seja, é preciso aprender a simplesmente 
“ser”. Esse “só” tem valor circunstancial e recebe a 
classificação de “palavra denotativa”. Tem valor de exclusão – 
é preciso aprender nada além de SER. 
 
Apesar de não reconhecidas pela Nomenclatura Gramatical 
Brasileira (que as classifica à parte dos advérbios, mas sem 
denominação específica), as palavras denotativas diferenciam-
se destes em função das palavras que podem modificar. 
 
Os advérbios podem modificar verbos, adjetivos, outros 
advérbios ou orações/enunciações, enquanto que as palavras 
denotativas podem se referir a vocábulos de qualquer 
classificação, ou até mesmo a nenhum vocábulo 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
especificamente. 
 
Podem designar, dentre outras circunstâncias: 
 
- INCLUSÃO: até, inclusive, mesmo, também etc. 
 
- EXCLUSÃO: apenas, salvo, exceto, só, somente etc. 
 
- DESIGNAÇÃO: eis 
 
- REALCE: cá (“Eu cá tenho de perguntar”), lá (“E eu lá sei 
isso!”), é que etc. 
 
- RETIFICAÇÃO: isto é, ou melhor, aliás etc. 
 
- EXPLICAÇÃO: isto é, ou melhor (a diferença entre este e o 
anterior depende da construção). 
 
- SITUAÇÃO – afinal (Afinal, o que você quer?), agora, então 
(“Então, diga se já compreendeu a lição.”) 
 
 
 
Veja um outro emprego da palavra denotativa “só”: 
 
“Só eu sei / as esquinas por que passei / Só eu sei” (letra da 
música “Esquinas”, de Djavan). 
 
Esse “só” se refere ao pronome “eu” com idéia de exclusão – 
“ninguém além de mim” ou “de todas as pessoas do mundo, 
só eu sei...”. 
 
Note que não poderíamos classificar esse vocábulo como 
advérbio, uma vez que altera o sentido de um pronome (eu). 
 
A questão da prova da FGV explorava a alteração de sentido e 
de classe gramatical de vocábulos em relação à sua posição. 
 
“Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs.” 
 
“Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria.” 
 
No trecho acima, a inversão das palavras grifadas não 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
provocou alteração de sentido. Assinale a alternativa em que a 
inversão dos termos provoca alteração gramatical e semântica. 
 
(A) novos papéis / papéis novos 
 
(B) várias idéias / idéias várias 
 
(C) lúcidas lembranças / lembranças lúcidas 
 
(D) tristes dias / dias tristes 
 
(E) poucas oportunidades / oportunidades poucas 
 
 
 
O gabarito foi a letra (B). Antes do substantivo, o vocábulo 
“várias” é um pronome que atribui a “idéias” um valor 
indefinido – não se pode precisar quantas idéias. 
 
Já posposto ao substantivo, passa a ser um adjetivo, 
equivalente a “variadas”. 
 
Alguns questionaram a alteração gramatical provocada pela 
inversão dos vocábulos na opção (E). Note que o enunciado 
exige que a inversão tenha provocado alteração gramatical E 
semântica. 
 
Em “poucas oportunidades”, o vocábulo “poucas” é também 
um pronome indefinido – segundo Aurélio: “em quantidade ou 
em grau menor do que o habitual ou o esperado”. 
 
Já em “oportunidades poucas”, o vocábulo passa a ser um 
adjetivo – segundo Aurélio: “em pequena quantidade; escasso, 
reduzido”. 
 
Houve, portanto, mudança na classificação morfológica da 
palavra (de pronome para adjetivo). 
 
Contudo, não houve alteração semântica (sentido, significado) 
– ambos os vocábulos apresentam a idéia de algo reduzido, em 
quantidade pequena ou menor que a necessária ou esperada. 
 
Por hoje é só. (Você percebeu que esse ‘só’ modifica o 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
pronome “isso” que está subentendido: “Por hoje é só 
[isso].”?) 
 
Abraço. 
 
05/07/2006 - Algumas da prova para FISCAL / MS - FGV - Parte 2 
Oi, gente! 
 
Que bom poder contribuir com a preparação e, 
conseqüentemente, com a aprovação de tantos candidatos. 
Tem sido muito gratificante ver entre os novos colegas da 
Receita Federal alguns que, tempos atrás, estavam 
sentadinhos à nossa frente estudando com afinco. 
 
Sejam bem-vindos, novos técnicos e auditores da Receita 
Federal! 
 
Também parabéns aos que foram aprovados no concurso de 
Fiscal do Trabalho, Fiscal de Mato Grosso do Sul e da Paraíba. 
É uma delícia receber essas mensagens de agradecimento, 
saber que fui lembrada num momento tão feliz de suas vidas! 
Obrigada pelo carinho de sempre. 
 
Aos que persistem na luta, vamos continuar desvendando os 
mistérios da nossa Língua Portuguesa. Respirem fundo, 
estufem seus peitos (olha o silicone, hem?) e vamos em frente, 
pois a fila andou! 
 
Primeiramente, um aviso aos “concurseiros” de São Paulo e 
arredores: nos dias 19 e 20 de julho, no Curso Formação, 
haverá um “intensivão” com exercícios de Direito Tributário 
com o maravilhoso, excelente, excepcional professor Eduardo 
Corrêa. É hora de acertar as arestas para o concurso para 
ISS/SP, que deve sair em breve, e já (re)começar a preparação 
para os concursos de 2007! 
 
Por fim, é com imenso prazer que começamos dois novos 
cursos aqui – um teórico, aos que precisam “preparar a base” 
em Língua Portuguesa para seguir em frente, e outro 
(relançado) de exercícios com questões da Fundação Carlos 
Chagas, uma banca que vem se firmando cada vez mais no 
mercado de concursos públicos. O primeiro terá doze aulas 
com basicamente todo o programa dos principais concursos 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.ptFonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
públicos do país. Só não trataremos dos aspectos relacionados 
a interpretação de textos, que requer um curso específico, 
dada a sua complexidade. Após apresentar os conceitos, 
praticaremos com questões das diversas bancas 
examinadoras. Já o segundo é mais objetivo (seis aulas), 
relembrando a matéria sob o foco das questões de prova da 
FCC. 
 
Hoje, daremos continuidade à análise de outras questões da 
prova para Fiscal de MS, aplicada pela Fundação Getúlio 
Vargas. 
 
" Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que 
os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a 
transformação das relações de produção...." 
 
 
 
5 - A palavra inexorável só não pode ser substituída sob pena 
de alteração de sentido, por: 
 
a) implacável 
 
b) indelével 
 
c) inelutável 
 
d) perituro 
 
e) sempiterno 
 
 
 
Realmente, não dá para saber o que se busca com questões 
como essa. Quem faz uma questão como essa deve ter nascido 
de chocadeira, não é possível! Com tanta coisa interessante 
para se perguntar, vem exigir do candidato um conhecimento 
lexical tantas vezes desnecessário. 
 
Para começar, uma palavrinha que ficou na moda há algum 
tempo: inexorável, que significa “inabalável, austero, 
imbatível”. O examinador que saber qual dessas opções não 
poderia substituir esse vocábulo. 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
O gabarito foi letra D. O vocábulo "perituro" significa "o que vai 
perecer, morrer, acabar", apresentando, portanto, uma idéia 
contrária a "inexorável". 
 
Mas o que dizer de "sempiterno" (ui!)? Significa “o que dura 
para sempre”. Ainda que não seja um sinônimo de inexorável, 
este vocábulo situa-se no mesmo campo semântico deste, não 
apresentando, pois, idéia contrária. Por esse motivo não foi 
considerado o gabarito. 
 
Já implacável, indelével e inelutável podem ser considerados 
sinônimos. 
 
7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma 
função sintática, à exceção de uma. Assinale-a. 
(N.R.:Adaptamos a questão, apresentando o trecho em que as 
expressões em destaque surgiam no texto.) 
 
a) “Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER 
CRESCER A ECONOMIA.” 
 
b) “...visivelmente não sentem saudades do tempo em que 
eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.” 
 
c) “O individualismo característico dessas confusas camadas 
intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS 
CLASSES DOMINANTES.” 
 
d) “Tinham a convicção de que estavam na crista de uma onda 
que os empurrava inexoravelmente para adiante, para 
promover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.” 
 
e) “Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda 
que os empurrava inexoravelmente para adiante, para 
promover a transformação das relações de produção e o 
crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS.” 
 
Mais uma vez, explora-se, nessa questão, a diferença entre 
ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL. 
 
Já tratamos disso em encontros anteriores, inclusive em 
comentários à prova de Agente de Tributos Estaduais/MS, 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
concurso realizado pela mesma banca. Mesmo assim, nada 
melhor do que relembrar. A diferença baseia-se no seguinte: 
 
- COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um adjetivo, um 
advérbio ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO 
 
- ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um substantivo 
concreto ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO 
 
Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO 
aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se diferencia, 
então? 
 
Uma das formas é a partir da idéia que o complemento 
emprega no termo regente. Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO 
ADNOMINAL (BIZU: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato 
com idéia Ativa é Adjunto Adnominal) 
 
Se a idéia for passiva, é complemento nominal (memoriza por 
exclusão em relação ao outro). 
 
Veja o exemplo: 
 
1) a construção do arquiteto - "Construção" é um substantivo 
abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto 
constrói ou é construído? Constrói. Então ele pratica a ação. A 
idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exerce a 
função sintática de adjunto adnominal. 
 
2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? 
É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. 
Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL. 
 
Então, vamos lembrar os casos: 
 
- COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um 
ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia 
PASSIVA. 
 
- ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVO 
CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia 
ATIVA (tudo com a letra A) 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
Voltemos à questão de prova: 
 
a) capaz de fazer crescer a economia. 
 
CAPAZ é um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a economia" 
exerce a função de complemento nominal. 
 
b) eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 
HORAS. 
 
OBRIGADOS é um adjetivo. Logo, "a jornadas de trabalho de 12 
horas" é complemento nominal. 
 
c) vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES 
 
VULNERÁVEIS é um adjetivo. Assim, o que está sublinhado é 
complemento nominal. 
 
d) transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO 
 
TRANSFORMAÇÃO é um substantivo abstrato (oba! Vamos 
testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o 
complemento apresenta idéia passiva ou ativa. Em "para 
promover a transformação das relações de produção", o 
complemento "relações de produção" transformam ou são 
transformadas? Elas são transformadas. Então a idéia é 
passiva. Com idéia passiva, o termo exerce a função de 
complemento nominal. 
 
e) crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS. 
 
CRESCIMENTO é também um substantivo abstrato (beleza!). 
Em "o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS", FORÇAS 
PRODUTIVAS irão crescer. Assim, a idéia é ATIVA. Então, esse 
elemento exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. 
É A ÚNICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. É O GABARITO. 
 
13 - Assinale a alternativa em que um dos elementos mórficos 
da palavra contribuiu não esteja corretamente analisado. 
 
a) CONtribuiu = prefixo 
 
b) conTRIBuiu = raiz 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
c) contribuiU = desinência modo - temporal 
 
d) CONTRIBUIu = tema 
 
e) contribuIu = vogal temática 
 
 
 
Vamos “dissecar” essa forma verbal: 
 
PREFIXO RADICAL VT DMT DNP 
 
 CON TRIBU I - U 
 
Legenda: 
 
VT = vogal temática 
 
DMT = desinência modo temporal 
 
DNP = desinência número pessoal 
 
Aos que já estudaram isso há duzentos anos, vamos relembrar 
os conceitos. 
 
RAIZ – elemento mínimo que carrega a significação das 
palavras cognatas (de mesma família). 
 
RADICAL – elemento comum às palavras cognatas. 
 
VOGAL TEMÁTICA – pode estar presente nos nomes (vogais A, 
E, O) e nos verbos (A, E, I), designando nestes a conjugação a 
que pertencem (respectivamente, 1ª, 2ª e 3ª). 
 
AFIXOS – elementos que se unem ao radical para a formação 
de novos vocábulos. 
 
INFIXOS – vogais e consoantes de ligação – não possuem 
significado e servem apenas para facilitar a pronúncia. 
 
DESINÊNCIAS – morfemas que se agregam ao radical. Nos 
verbos, as desinências podem ser: 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
 DMT – indica o tempo e modo das formas verbais 
 
 DNP – indica o número e a pessoa das 
conjugações verbaisA origem da palavra "contribuir" é latina (contribuere). O 
morfema "trib" é a raiz - a mesma de tributar, tributo, retribuir. 
Portanto, está correta a opção B. 
 
O prefixo latino "con" que se liga à raiz indica, dentre outras 
circunstâncias, concomitância. Está certa a opção A. 
 
O erro está na opção C. O morfema "u" (contribuiU) é 
desinência número-pessoal (não há desinência modo-temporal 
nessa forma verbal, como podemos ver no quadro acima), 
indicando que o verbo está conjugado na 3a. pessoa do 
singular. 
 
Tema é a união do radical à vogal temática, corretamente 
identificada na opção E como “i”, indicativa de verbo da 3ª 
conjugação. O tema é, portanto, CONTRIBUI. 
 
15 - Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada 
pelo mesmo processo que "acompanhamos": 
 
a) rapidíssimos 
 
b) encanada 
 
c) utilizamos 
 
d) repressão 
 
e) intermediárias 
 
 
 
Gabarito - B 
 
ACOMPANHAR é resultante do processo chamado 
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA. Nesse processo de formação 
de vocábulos, ao mesmo tempo, são incluídos um prefixo e um 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
sufixo. 
 
A raiz é COMPANH (de companhia, por exemplo, que, por sua 
vez, já apresenta o prefixo "com"). Para formar o verbo (e por 
conseqüência suas conjugações, como "acompanhamos"), 
foram agregados à raiz o prefixo "A" e o sufixo "ar". 
 
O mesmo ocorreu em ENCANAR (opção B), cuja raiz é "can" 
(de "cano"), tendo recebido o prefixo EN e o sufixo ADA 
(indicativo de particípio). 
 
RAPIDÍSSIMO, UTILIZAMOS e REPRESSÃO só receberam 
sufixos. 
 
Já intermediárias apresenta prefixo e sufixo, mas não é um 
caso de derivação parassintética, como no paradigma 
'acompanhamos'. É um caso de prefixação e sufixação, já que 
permite a formação de vocábulo com somente um dos afixos. 
Primeiramente, teria sido agregado um sufixo – mediação – 
para, em seguida, formar-se um outro vocábulo com a 
prefixação – intermediação. 
 
No caso da derivação parassintética, o vocábulo simplesmente 
não existe sem um dos dois afixos (não existe "companhar", 
ou "acompanhia"). Os dois são agregados ao radical ao mesmo 
tempo, o que não acontece com “intermediárias”. 
 
Vamos terminar como nos desenhos do Pernalonga: “That’s 
all, folks!”, ou, em bom português, “É isso aí, pessoal!”. 
28/06/2006 - Algumas da prova para FISCAL/MS 
Vou começar a cumprir as minhas promessas. Resolveremos 
algumas questões da prova para Fiscal/MS, elaborada pela 
FGV. 
 
Vamos lá. 
 
9 - Curiosamente, no momento em que os marxistas (e, com 
eles, a esquerda em geral) sublinhavam a significação crucial 
dos valores, da ética, a direita assumia a centralidade da 
economia e passava a acreditar que possuía a chave da 
compreensão correta (e da solução) dos problemas que nos 
afligem no presente. (L.77-82) 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
Assinale a alternativa correta quanto à classe gramatical e 
função sintática, respectivamente, das ocorrências da palavra 
QUE grifadas no trecho acima. 
 
 CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA 
 
 
 
(A) pronome relativo adjunto adnominal 
 
 conjunção integrante objeto direto 
 
 pronome relativo sujeito 
 
 
 
(B) conjunção integrante complemento nominal 
 
 conjunção subordinativa sem função sintática 
 
 conjunção integrante objeto direto 
 
 
 
(C) preposição sem função sintática 
 
 pronome relativo objeto indireto 
 
 conjunção integrante sem função sintática 
 
 
 
(D) conjunção integrante sem função sintática 
 
 conjunção subordinativa objeto indireto 
 
 conjunção subordinativa objeto direto 
 
 
 
(E) pronome relativo adjunto adverbial 
 
 conjunção integrante sem função sintática 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
 pronome relativo sujeito 
 
 
 
Primeira providência - verificar se o "que" se refere a algum 
termo antecedente (PRONOME RELATIVO) ou inicia uma 
oração substantiva (que pode ser substituída por "isso" - 
CONJUNÇÃO INTEGRANTE). 
 
1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - 
PRONOME RELATIVO 
 
2º. "passava a acreditar que possuía a chave" - passava a 
acreditar NISSO - CONJUNÇÃO 
 
3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se 
refere a "problemas"- PRONOME RELATIVO 
 
Vamos, agora, às opções - ficamos com as letras A e E: 
 
 
 
 CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA 
 
(A) pronome relativo adjunto adnominal 
 
 conjunção integrante objeto direto 
 
 pronome relativo sujeito 
 
 
(E) pronome relativo adjunto adverbial 
 
 conjunção integrante sem função sintática 
 
 pronome relativo sujeito 
 
 
Agora, precisamos analisar a função sintática de cada um 
deles. Já para começar, lembremos que uma conjunção 
integrante não exerce função sintática alguma na oração. Serve 
apenas para juntar duas orações. Só com essa informação, já 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
eliminamos a opção A. Resposta: E. 
 
De qualquer forma, vamos analisar as funções dos pronomes 
relativos: 
 
1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - 
refere-se a uma informação circunstancial (momento) - sua 
função é ADJUNTO ADVERBIAL. 
 
3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se 
refere a "problemas" - os problemas nos afligem - a função é a 
de SUJEITO. 
 
Para analisar a questão 10, vamos reproduzir o trecho em que 
o segmento aparece no texto. 
 
Essa chave é o instrumento simbólico mais eficiente da 
ideologia dominante (que, como dizia Marx, é sempre a 
ideologia das classes dominantes): é ela que insiste em nos 
convencer que as desigualdades sociais são naturais, que não 
há alternativa para o capitalismo, que o socialismo já foi 
tentado e fracassou. 
 
 
 
10 - A oração que não há alternativa para o capitalismo (L.86-
87) deve ser corretamente classificada como: 
 
(A) oração subordinada substantiva apositiva. 
 
(B) oração subordinada substantiva completiva nominal. 
 
(C) oração subordinada substantiva objetiva direta. 
 
(D) oração subordinada substantiva objetiva indireta. 
 
(E) oração subordinada substantiva subjetiva. 
 
O verbo CONVENCER é transitivo DIRETO E INDIRETO - 
Alguém convence alguém a/de alguma coisa - Eu convenci meu 
irmão (OD) a me dar um dinheiro (OI) / Ele não me 
(OD) convence de sua inocência (OI). 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
Quando esse objeto indireto vem sob a forma oracional, a 
preposição pode ser dispensada (Exemplo: eu gostaria que 
você saísse - GOSTAR DE - TDI; nós concordamos que ele foi o 
melhor cantor da noite - CONCORDAR COM - TDI) 
 
Mas essa omissão não é capaz de modificar sua classificação, 
que continua sendo uma oração subordinada substantiva 
objetiva INDIRETA - OPÇÃO D. 
 
11 - Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do 
mercado, de acordo com um sistema que alguns chamam de 
"economia de mercado", e outros, de "capitalismo". Até hoje, 
não surgiu nenhum sistema tão capaz de fazer crescer a 
economia. As experiências feitas em nome do socialismo não 
manifestaramforça própria suficiente para competir, no plano 
do crescimento econômico, com o capitalismo. 
 
A palavra Tal classifica-se como: 
 
(A) adjetivo. 
 
(B) advérbio. 
 
(C) conjunção. 
 
(D) pronome demonstrativo. 
 
(E) pronome relativo. 
 
Essa foi a pior das três. Muita gente boa, de cara, marcaria 
"pronome demonstrativo" de tanto que decorou listas e listas 
de classes gramaticais. Só que a análise morfológica deve ser 
feita no contexto. 
 
Em Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do 
mercado, esse "tal" indica MODO - circunstância. Troque por 
"assim" ou "do modo" e continuará fazendo sentido (Assim 
como está organizada / Do modo como está organizada). 
Assim, notamos que NÁO É PRONOME DEMONSTRATIVO (não 
poderia ser substituída por "essa"), mas ADVÉRBIO - opção B. 
 
Não decore, entenda! 
1/06/2006 - CORRELAÇÃO VERBAL 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
Olá a todos. 
 
Um dos assuntos mais recorrentes nos últimos concursos 
públicos tem sido “correlação verbal”, ou seja, a harmonia, 
sintonia que se estabelece entre verbos e modos do mesmo 
período e, de uma forma mais abrangente, de um texto. 
 
Uma incorreta articulação entre os verbos muitas vezes causa 
mal-estar aos ouvidos. 
 
Imagine-se ouvindo alguém dizer ao seu lado: “O que você 
espera que eu faço?”... Há algo de errado nisso aí, não é 
mesmo? 
 
Observe outro exemplo: “Os professores grevistas poderão 
sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.”. 
 
Entre a locução verbal da primeira oração (verbo auxiliar no 
futuro do presente do indicativo) e o verbo da segunda (que se 
apresenta no pretérito imperfeito do subjuntivo) não houve 
“sintonia”, pois, enquanto o primeiro indica um fato real (ainda 
que se perceba uma possibilidade, fruto do valor do verbo 
auxiliar modal: eles poderão sofrer), o segundo verbo 
apresenta valor hipotética, como se fosse uma suposição (“se 
não voltassem ao trabalho”). 
 
Duas formas seriam válidas, a depender do contexto: 
 
1) “Os professores grevistas poderiam sofrer retaliações se 
não voltassem ao trabalho.” – nesse caso, ambas as 
construções situam-se no campo da suposição, da hipótese. 
Nesse caso, o texto poderia mostrar que os professores 
voltaram às salas de aula. Caso não tivessem feito isso, 
estariam sujeitos a retaliações; 
 
2) “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não 
voltarem ao trabalho.” – agora, as construções denotam fatos 
reais. Os professores estão em greve (fato) e poderão sofrer 
retaliações por esse motivo (fato) caso não retomem suas 
atividades. Na última oração, nota-se o valor condicional do 
futuro do subjuntivo. 
 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
Apresentamos, a seguir, algumas “dobradinhas clássicas”. 
 
Nada de sair por aí decorando! Essa é apenas uma lista 
exemplificativa, apresentada para que você perceba as formas 
de articulação verbal. 
 
 
 
- PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO: 
 
“Quero que você me apresente àquele bofe hoje mesmo!” 
 
- PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO 
IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: 
 
“Pedi que me viesse à minha sala.” 
 
- PRESENTE INDICATIVO+ PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO 
DO SUBJUNTIVO: 
 
“Espero que ele tenha feito boa prova.” 
 
- FUTURO DO PRETÉRITO INDICATIVO+ PRETÉRITO MAIS-
QUE-PERFEITO COMP.SUBJUNTIVO 
 
“Gostaria que você tivesse vindo à minha festa.” 
 
– FUTURO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRESENTE 
INDICATIVO 
 
“Quando eu passar no vestibular, rasparei a cabeça.” 
 
- PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUT.PRETÉRITO 
(simples ou composto) DO INDICATIVO: 
 
“Se eu passasse no vestibular, rasparia a cabeça.” 
 
- PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO SUBJUNTIVO 
+ FUT.PRETÉRITO COMPOSTO DO INDICATIVO: 
 
“Se eu tivesse passado no vestibular, teria raspado a cabeça.” 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
 
Essas são apenas algumas das possibilidades de correlação 
entre os verbos. 
 
Veja, agora, como esse assunto foi cobrado na prova para o 
TRE/SP pela Fundação Carlos Chagas (uma das mais 
recentes). 
 
 
 
“Está correta a articulação entre os tempos e modos verbais na 
frase: 
 
(A) Essa visão triangular, que o autor nos recomenda que 
retomássemos, consiste em que eram atendidas, 
simultaneamente, as questões sociais, morais e econômicas. 
 
(B) Joaquim Nabuco tinha a convicção de que a almejada visão 
triangular permitisse que tivessem sido plenamente atendidas 
todas as necessidades humanas. 
 
(C)) No século XIX, a luta de muitos abolicionistas incluía, entre 
as metas que perseguiam, a de que viessem a integrar-se os 
planos da ética, da economia e do progresso social. 
 
(D) Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do século XIX, 
que eles incluíssem entre suas metas a integração que deverá 
haver entre os planos da ética, da economia e do progresso 
social. 
 
(E) Era de se espantar que muitos abolicionistas do século XIX, 
que têm incluído entre suas metas um progresso em vários 
níveis, já consideravam o desenvolvimento sob uma ótica mais 
complexa do que a nossa.” 
 
O gabarito foi a letra “C”. 
 
As formas verbais “incluía” e “perseguiam” estão no mesmo 
tempo e modo – pretérito imperfeito do indicativo -, enquanto 
que o verbo auxiliar “vier”, por apresentar fatos hipotéticos 
(planos que fazem parte de uma luta), foi conjugado no 
pretérito imperfeito do subjuntivo. 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
As demais opções estão incorretas. 
 
a) Os verbos “recomendar” (o autor nos recomenda) e 
“consistir” (Essa visão triangular ... consiste) estão no 
presente do indicativo. Assim, os verbos “retomar” e “ser” 
devem situar-se, respeitadas as construções, no mesmo 
aspecto temporal: “Essa visão triangular, que o autor nos 
recomenda que retomemos, consiste em que sejam atendidas, 
simultaneamente, as questões sociais, morais e econômicas.”. 
 
Você percebeu por que o verbo “retomar” está no presente do 
subjuntivo? Lembrando que o modo subjuntivo situa os fatos 
no campo das hipóteses, condições (ou seja, situações sobre 
as quais não se tem certeza), a forma “retomemos” se justifica 
por ser uma recomendação do autor, sem que haja, por parte 
dos leitores, a obrigação de adotá-la. 
 
b) A relação entre “tinha” e “permitisse” não é apropriada, 
tendo em vista que a segunda estaria estabelecendo uma idéia 
não adequada de suposição ou hipótese, enquanto que a 
oração principal indica uma circunstância real (“Joaquim 
Nabuco tinha a convicção”). 
 
O verbo “permitir” deveria ser conjugado no Futuro do 
Pretérito, por retratar um fato posterior a um fato passado (fato 
passado: a convicção que tinha J.Nabuco / fato posterior a 
esse fato passado: os reflexos da visão triangular: o 
atendimento de todas as necessidades humanas). 
 
Já, na seqüência, a construção passiva no pretérito mais-que-
perfeito composto “tivessem sido atendidas” estabelece uma 
correta articulação com o verbo anterior apresentado no Futuro 
do Pretérito. 
 
Assim, a forma corrigida seria: “Joaquim Nabuco tinha a 
convicção de que a almejada visão triangular permitiria que 
tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades 
humanas”. 
 
d) Não há justificativa para o emprego da forma “incluíssem”, 
por não apresentar hipótese, suposição ou qualquer outra 
circunstância que exija o modo subjuntivo. 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
O verbo anteriorse encontra no pretérito perfeito do indicativo 
(“Percebeu-se”), o que leva o verbo da oração subordinada 
também para o passado. O fato apresentado nessa oração 
subordinada (“os abolicionistas incluírem a integração em 
suas metas”) ocorreu antes do fato designado na oração 
principal (“parecer”). Por isso, deve-se conjugar o verbo 
“incluir” no pretérito mais-que-perfeito (tempo que aponta um 
momento passado anterior a outro momento passado): 
“incluíram” (pret.mais-que-perfeito), equivalente à forma 
composta “haviam incluído”. Cuidado para não confundir com 
o pretérito perfeito, que apresenta a mesma grafia (incluíram). 
 
Na seqüência, por apresentar um fato posterior a um momento 
passado, o verbo auxiliar da locução verbal DEVER + HAVER 
deve ser conjugada no futuro do pretérito do indicativo: 
“Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do século XIX, que 
eles incluíram entre suas metas a integração que deveria haver 
entre os planos da ética, da economia e do progresso social”. 
 
e) O verbo 'ser', que inicia o período, está no pretérito 
imperfeito do indicativo (“Era”), mesmo tempo verbal do verbo 
"considerar" (“consideravam”). Para destoar, a locução verbal 
'ter incluído' foi apresentado no PRESENTE. Para corrigir, 
devemos conjugar esse verbo também para o passado de 
modo que esteja em harmonia com os demais. 
 
É adequada a construção no pretérito mais-que-perfeito 
composto, por se tratar de fato ocorrido anteriormente a outro 
fato passado: "Era de se espantar que muitos abolicionistas do 
século XIX, que TINHAM INCLUÍDO entre suas metas um 
progresso em vários níveis, já consideravam o 
desenvolvimento sob uma ótica mais complexa do que a 
nossa." 
 
Aproveito para desejar uma ótima prova aos que irão prestar o 
concurso para Fiscal do Trabalho, no próximo fim de semana. 
 
Para não perder o hábito, deixo o pedido: tenham calma na 
hora da prova e NÃO DEIXEM LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 
FIM, por favor!!!! 
03/06/2006 - Distinção entre Adjunto Adnominal e 
Complemento Nominal - parte 2 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
Olá, pessoal 
 
Ainda acerca da distinção entre COMPLEMENTO NOMINAL e 
ADJUNTO ADNOMINAL (continuação ao Ponto 33), vamos 
analisar outra questão elaborada pela Fundação Getúlio 
Vargas, na prova para Agente Tributário Estadual de MS. 
 
Versa sobre uma charge do magnífico argentino Angeli 
(ADORO a Rê Bordosa!). 
Infelizmente, meus parcos conhecimentos em Informática me 
impossibilitaram de reproduzir aqui o quadrinho (esse é um 
trabalho para o Super-João...rs...). 
Não tem problema nenhum. Se você ainda não leu essa prova, 
use a sua imaginação a partir de agora...rs.... 
 
Ela retrata uma família à mesa, com olhares de medo e 
apreensão (objeto da questão 19 da prova), em volta de um 
envelope que representa o salário-mínimo. Acima, os seguintes 
dizeres atribuídos ao pai: “Tenho medo de abrir! Vai que 
evapora!”. 
 
A questão é: 
 
Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, a 
correta função sintática de medo e de abrir no texto II. 
 
(A) adjunto adverbial – objeto indireto 
 
(B) predicativo do sujeito – complemento nominal 
 
(C) predicativo do sujeito – adjunto adnominal 
 
(D) objeto direto – adjunto adnominal 
 
(E) objeto direto – complemento nominal 
 
Atendendo a pedidos, vamos relembrar as funções sintáticas 
dos termos na oração. 
 
Além dos termos essenciais - sujeito e predicado -, pode haver 
na oração outros elementos constitutivos: termos integrantes e 
termos acessórios. 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
Os termos integrantes são os complementos: uns se ligam a 
substantivos, adjetivos ou advérbios (complementos 
nominais); outros se ligam a verbos (complementos verbais), 
para lhes completar o sentido. 
 
Os complementos verbais são: objeto direto, objeto indireto, 
agente da passiva e os predicativos (do sujeito e do objeto). 
 
O complemento nominal vem normalmente ligado por uma 
preposição a um substantivo abstrato, um adjetivo ou um 
advérbio, integrando o seu sentido ou limitando-o. 
 
Os termos acessórios trazem informações adicionais, porém 
dispensáveis, à oração. São eles: o adjunto adverbial, o aposto 
e o adjunto adnominal. 
 
O adjunto adnominal é um termo de valor adjetivo que serve 
para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, 
qualquer que seja a função deste na oração. 
 
No Ponto 33, mostramos algumas formas de identificar se o 
termo ou expressão exerce a função de complemento nominal 
ou de adjunto adnominal. Quando o termo regente for um 
substantivo abstrato, deve-se analisar o valor que o termo 
regido apresenta em relação àquele. Se for ativo, a função é de 
adjunto adnominal (tudo com “a” – substantivo Abstrato com 
idéia Ativa é Adjunto Adnominal). Se for passivo, é 
complemento nominal. 
 
Vamos treinar: amor de mãe x amor à mãe 
 
Em: 
 
1) amor de mãe – a mãe pratica a ação de amar. Por apresentar 
idéia ativa, a expressão exerce a função de adjunto adnominal; 
 
2) amor à mãe – a mãe recebe o amor. Como o valor é passivo, 
sua função é complemento nominal. 
 
Hoje, mostraremos mais algumas formas de distinção. 
 
1ª.dica: À exceção da preposição DE (que serve às duas 
funções), os complementos introduzidos por qualquer outra 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
preposição (a, em, por) será um complemento nominal 
(chegada ao espaço, resistência em surgir, dedicação ao povo, 
amor por alguém). 
 
2ª.dica: Os complementos que vierem sob a forma verbal são 
complementos nominais por apresentarem essa idéia passiva. 
Exemplos: 
 
• “osso duro de roer” = a idéia é “duro de ser roído” – idéia 
passiva -> complemento nominal 
 
• Medo de cair = a idéia é “de sofrer uma queda” – idéia passiva 
-> complemento nominal 
 
• Essa notícia é difícil de acreditar = a idéia é “difícil de ser 
acreditada” – idéia passiva -> complemento nominal. 
 
Vamos analisar a questão da prova. 
 
O primeiro elemento não deve ter gerado dúvidas. Trata-se de 
um complemento verbal direto. Assim, a função exercida por 
“medo”, em “tenho medo” é objeto direto. 
 
O segundo elemento liga-se ao primeiro por meio de 
preposição. O termo regente é medo, um substantivo abstrato. 
Precisamos definir se a função do termo regido (“de abrir”) é 
adjunto adnominal ou complemento nominal. 
 
Para isso, verificaremos o valor da expressão no contexto: 
 
“Tenho medo de abrir! Vai que evapora!” 
 
A idéia é: “Tenho medo de que, sendo aberto, evapore” – idéia 
passiva (o envelope não vai abrir, mas ser aberto) -> 
complemento nominal. O gabarito foi letra E. 
 
Reconheço que a vontade é grande de indicar a idéia ativa. 
Afinal, a lógica induz que o sujeito vai abrir o envelope, ou seja, 
praticar a ação. Essa tendência se justifica pela proximidade 
com o verbo de “ter” (ter medo – ação praticada pelo sujeito). 
 
Contudo, é preciso fazer a seguinte distinção: o que está 
relacionado a “abrir” não é o verbo “ter”, mas a idéia da 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
abertura – idéia passiva de o envelope ser aberto. 
 
Viu por que eu disse, lá no Ponto 33, que esse é um dos pontos 
mais complicados do estudo da Língua Portuguesa? 
 
31/05/2006 - ICMS RONDÔNIA 
Olá, pessoal 
 
Primeiramente, gostaria de agradecer aos “anjos” que tanto me 
avisaram da publicação das provas do ICMS/MS pela FGV 
como enviaram os arquivos para mim. Tudo isso, certamente, 
na esperança de que eu resolva pelo menos algumas daquelas 
(TERRÍVEIS) questões, certo?Está bem, eu prometo que, na 
medida do (im)possível, tecerei alguns comentários aqui. 
 
Hoje venho resolver com vocês a prova para ICMS Rondônia, 
aplicada por “não sei qual” banca (gostou dessa? Quem 
souber, por favor, avise-me. Eu só recebi os arquivos). 
 
Povo do ICMS/SP e ICMS/MS, por favor, essa “passou a frente” 
porque só havia SEIS questões e HÁ POSSIBILIDADE DE 
RECURSO PARA A QUESTÃO 66. 
 
Abraço a todos e bons estudos. 
 
.............................................................................................................
.......... 
 
LINGUA PORTUGUESA 
 
Leia o texto abaixo e responda, em seguida, às questões 
propostas. 
 
Fatos sociais são criações históricas do povo, que refletem 
seus costumes, tradições, sentimentos e cultura. A sua 
elaboração é lenta, imperceptível e feita espontaneamente pela 
vida social. Costumes diferentes implicam em fatos sociais 
diferentes. Cada povo tem a sua história e seus fatos sociais. O 
Direito, como fenômeno de adaptação social, não pode formar-
se alheio a esses fatos. As normas jurídicas devem achar-se 
conforme as manifestações do povo. Os fatos sociais, porem, 
não são as matrizes do Direito. Exercem importante influência, 
mas o condicionamento não é absoluto. Nem tudo é histórico e 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
contingente no Direito. Ele não possui apenas um conteúdo 
nacional, como adverte Del Vecchio. A natureza social do 
homem, fontes dos grandes princípios do Direito Natural, deve 
orientar as “maneiras de agir, de pensar e de sentir do povo” e 
dimensionar todo o jus position. Falhando a sociedade, ao 
estabelecer fatos sociais contrários à natureza social do 
homem, o Direito não deve acompanhá-la no erro. Nesta 
hipótese, o Direito vai superar os fatos existentes, impondo-
lhes modificações: 
 
(Nader, Paulo. Introdução à ciência do direito. Rio de Janeiro. 
Forense, 1991.) 
 
61 – A tradição gramatical considera inidônea a construção 
sintática presente no seguinte trecho do texto: 
 
A) Fatos sociais são criações históricas do povo. 
 
B) Nem tudo é histórico e contingente no Direito. 
 
C) Cada povo tem a sua história e seus fatos sociais. 
 
D) Os fatos sociais, porém, não são as matrizes do Direito. 
 
E) Costumes diferentes implicam em fatos sociais diferentes. 
 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIO. 
 
O examinador jogou com as palavras no enunciado da questão 
para causar a confusão que levou muita gente a marcar uma 
das opções CORRETAS. Note que o enunciado exige a opção 
ERRADA (construção sintática INIDÔNEA). 
 
O verbo IMPLICAR, no sentido de ACARRETAR, é, pela norma 
culta, transitivo DIRETO (não rege a preposição EM). 
 
62 – “O Direito, como fenômeno de adaptação social, não pode 
formar-se alheio a esses fatos.” Dentre as mudanças impostas 
a essa frase do texto, a que lhe modifica significativamente o 
sentido original é: 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
A) O Direito não pode formar-se como fenômeno de adaptação 
social alheio a esses fatos. 
 
B) Como fenômeno de adaptação social, o Direito não se pode 
formar alheio a esses fatos. 
 
C) O Direito, como fenômeno de adaptação social, não se pode 
formar alheio a semelhantes fatos. 
 
D) Enquanto fenômeno de adaptação social, o Direito não pode 
formar-se arredado desses fatos. 
 
E) Não pode o Direito, como fenômeno de adaptação social, 
conceber-se alheio a esses fatos. 
 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIO. 
 
Note que “como fenômeno de adaptação social* tem valor 
causal , equivalente a ‘por ser um fenômeno de adaptação, não 
pode formar-se alheio a esses fatos”. Na reescrita, a expressão 
passou a exercer função de complemento verbal. Houve, 
portanto, alteração semântica nessa construção. 
 
63 – Há falha de construção quanto ao paralelismo gramatical 
em: 
 
A) As normas jurídicas devem achar-se conforme as 
manifestações do povo. 
 
B) Ele não possui apenas um conteúdo nacional , como adverte 
Del Vecchio. 
 
C) Exercem importante influência, mas o condicionamento não 
é absoluto. 
 
D) A sua elaboração é lenta, imperceptível e feita 
espontaneamente pela vida social. 
 
E) Nessa hipótese, o Direito vai superar os fatos existentes, 
impondo-lhes modificações. 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
RESPOSTA – LETRA D 
 
COMENTÁRIO. 
 
A redundância está na relação entre ELABORAÇÃO e FEITA. O 
primeiro vocábulo já carrega o sentido do verbo, o que tornaria 
inadequada a construção. 
 
64 – Há erro de conjugação verbal em: 
A) Nas intervenções, sempre se apunham comentários 
maliciosos ao meu depoimento. 
 
B) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira República e hoje 
revela-se anacrônica. 
 
C) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara à polícia há 
dois meses. 
 
D) Não se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos 
fatos sociais. 
 
E) Disse-me ele que eu às vezes pretiro os limites do bom 
senso. 
 
RESPOSTA – LETRA B 
 
COMENTÁRIO. 
 
O verbo “viger” é defectivo (não possui a 1ª. pessoa do 
singular do presente do indicativo) e, nas demais formas, se 
conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / ele 
vigeu). 
 
A forma “pretiro” (OPÇÃO E), que causou estranheza a muita 
gente, é a conjugação do verbo PRETERIR (deixar de lado), que 
se conjuga como seu paradigma PREFERIR – Eu prefiro / eu 
pretiro. 
 
65 – Há mau uso do pronome relativo em: 
 
A) Era eu o a quem vinham referindo-se como mau gestor da 
coisa pública. 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
B) Há sociedades de cujos ditames morais pouco tem ciência o 
mundo contemporâneo. 
 
C) É nos fatos sociais, onde está a fonte do Direito, que se 
buscam os preceitos legais. 
 
D) Nada quanto se diga aqui poderá contribuir para a 
construção de uma nova ordem social. 
 
E) As assembléias de parlamentares, às quais presidi em meu 
mandato, sempre foram frutíferas. 
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIO. 
 
A opção C é o gabarito da prova. 
 
Segundo a norma culta, o pronome relativo em análise - ONDE 
- deve ter como referente algo que se assemelhe a “lugar” 
(mesmo que de maneira abstrata). Na construção, o 
antecedente é FATOS, que em nada se parece com lugar. Seria 
adequado o emprego de “em que” ou “nos quais”. O “que” 
após a vírgula faz parte da expressão de realce “É QUE”. 
 
A) ESTÁ CORRETO! Quem achou estranho esse “o a quem” 
não teria visto problema se, em vez do pronome demonstrativo 
“o”, tivesse sido empregado seu correspondente “aquele”: 
“Era eu aquele a quem vinham referindo-se como mau gestor 
da coisa pública". O relativo “quem” está perfeitamente 
empregado, uma vez que seu referente é o pronome 
demonstrativo "o", que, por sua vez, se refere ao pronome reto 
“eu”. 
 
B) O sujeito da oração adjetiva é O MUNDO 
CONTEMPORÂNEO. Na ordem direta, e feitas as substituições, 
a oração seria “O mundo contemporâneo pouco tem ciência 
dos ditames morais da sociedade". O termo regente “ter 
ciência” exige a preposição DE que antecede o pronome 
relativo CUJO, corretamente empregado por ligar dois 
substantivos relacionados entre si – DITAMES DA SOCIEDADE. 
 
D) Perfeito o emprego de “quanto”, uma vez que expressa a 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
idéia de “quantidade”. 
 
E) O pronome relativo AS QUAIS se refere a “assembléias”. 
Como o verbo exige a preposição “a”, o encontro da 
preposição (que se emprega antes do pronome relativo) com 
“as quais” forma crase e devereceber o acento grave (ÀS 
QUAIS). 
 
66 – No tocante à concordância, há equívoco na redação da 
seguinte frase: 
 
A) São desses fatos sociais que se pode extrair maiores 
ensinamentos no Direito. 
 
B) Decerto que aos legisladores não cabe inspirar-se 
obrigatoriamente nos fatos sociais. 
 
C) Duas horas eram o tempo que me restava para opinar sobre 
as normas jurídicas referidas. 
 
D) Impõe-se, pois, ao magistrado tantas questões resolver 
quantas a ele se oferecerem. 
 
E) Não devia haver dúvidas quanto à aplicação das normas 
jurídicas como instrumento de controle social. 
 
RESPOSTA: A 
 
Está CORRETA a estrutura da opção A. Veja o recurso abaixo. 
 
Em relação às demais: 
 
B) O sujeito do verbo CABER é oracional: “inspirar-se 
obrigatoriamente nos fatos sociais” - (ISSO) não cabe aos 
legisladores. Com sujeito oracional, o verbo se mantém na 3ª. 
pessoa do singular. Está correta. 
 
C) Por pior que possa parecer aos seus ouvidos, a 
concordância com o verbo SER pode ser feita com o sujeito 
(Duas horas) ou com o predicativo do sujeito (TEMPO). Não há 
dúvidas de que a segunda forma é eufonicamente melhor, mas 
não se pode afirmar que a primeira esteja EQUIVOCADA. 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
D) Muita gente deve ter assinalado essa opção, imaginando 
que o sujeito de IMPOR seria TANTAS QUESTÕES. Cuidado! 
Essa era a pior questão da prova (e só havia seis questões, 
hem?). O sujeito é, mais uma vez, oracional. o que se impõe é 
“RESOLVER TANTAS QUESTÕES QUANTAS A ELE SE 
OFERECEREM”. Por isso, o verbo está corretamente no 
singular. 
 
E) O verbo HAVER, no sentido de existência, se mantém na 3ª. 
pessoa do singular, e essa flexão exige de qualquer auxiliar 
seu – no caso, o verbo DEVER. 
 
RECURSO: 
 
Há duas possibilidades de concordância em expressões como 
a da opção A, em que o verbo PODER está acompanhado de 
um verbo no infinitivo e de um pronome apassivador, 
apresentando, também, um termo no plural. 
 
1ª. possibilidade: O verbo PODER faz parte de uma locução 
verbal, cujo verbo principal é, no caso, EXTRAIR. Por estar em 
construção passiva, cujo sujeito está representado por 
MAIORES ENSINAMENTOS, o verbo auxiliar PODER irá se 
flexionar no plural: “São desses fatos sociais que se PODEM 
extrair maiores ensinamentos no Direito. 
 
Essa é a prática mais generalizada, como nos ensinam os 
mestres Celso Cunha e Lindley Cintra. 
 
Contudo, devemos registrar as palavras do professor Evanildo 
Bechara, que apresenta a segunda possibilidade de 
construção: 
 
“Quando, porém, o sentido determinar exatamente o sujeito 
verdadeiro, a concordância não pode ser arbitrária. Ex: "Quer-
se inverter as leis", e nunca "querem-se inverter as leis". Neste 
caso, é evidente que o único sujeito possível é INVERTER 
(João Ribeiro, Gramática Portuguesa, 322).” 
 
Assim, a segunda possibilidade seria apresentar, como sujeito 
da forma passiva sintética “QUE SE PODE”, a oração reduzida 
de infinitivo “EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS” (“PODE-SE 
/ EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS”). O sujeito oracional 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
mantém o verbo na 3a.pessoa do singular. 
 
Por todo o exposto, verifica-se a CORREÇÃO da construção 
presente na opção “A”, apontada inicialmente como o gabarito 
da prova. 
 
Em virtude de não haver nenhuma opção válida a ser apontada 
como INCORRETA, requer-se sua anulação, atribuindo-se o 
ponto a ela correspondente a todos os candidatos. 
 
FONTES BIBLIOGRÁFICAS: 
 
CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramática do 
Português Contemporâneo.3.ed. Ed.Nova Fronteira. 2001. 
 
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 33 ed. 
Companhia Editora Nacional. 1989. 
 
23/05/2006 - DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E 
COMPLEMENTO NOMINAL 
Pessoal, 
 
 
 
Fiquei o dia de hoje tentando (em vão) obter a prova do 
concurso de ATE e Fiscal do Mato Grosso do Sul, aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas de SP. Infelizmente, essa banca não 
publica em sua página na internet as provas, somente os 
gabaritos. 
 
 
 
Continuo ao aguardo de uma boa alma que encaminhe para 
mim a prova, mesmo que não tenhamos mais oportunidade de 
preparar recursos. 
 
 
 
Um aluno enviou algumas das questões. A mais interessante 
delas, na minha opinião, foi a de número 7, que transcrevo 
abaixo. 
 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
Ela nos dá a oportunidade de rever os conceitos de ADJUNTO 
ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL e perceber a 
distinção entre essas funções sintáticas, um dos pontos mais 
complicados no estudo da Língua Portuguesa, na opinião de 
muitos. 
 
 
 
Então, vamos procurar simplificar as coisas para vocês. 
 
 
 
 
 
7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma 
função sintática, à exceção de uma assinale-a 
 
 
 
a ) Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER A 
ECONOMIA CRESCER. (ele não indicou a expressão grifada, 
mas acredito que tenha sido essa em letras maiúsculas.) 
 
 
 
b) Os trabalhadores têm feito conquistas .... visivelmente não 
sentem saudades do tempo em que eram obrigados A 
JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. 
 
 
 
c) O individualismo característico dessas confusas camadas 
intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS 
CLASSES DOMINANTES 
 
 
 
d) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que 
os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a 
transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO....(idem) 
 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
e) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que 
os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a 
transformação das relações de produção e o crescimento DAS 
FORÇAS PRODUTIVAS. 
 
 
 
Gabarito - E 
 
 
 
Estão em pauta as seguintes funções sintáticas. 
 
 
 
- COMPLEMENTO NOMINAL – função exercida por uma palavra 
ou uma expressão que complementa um ADJETIVO, um 
ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO 
 
 
 
- ADJUNTO ADNOMINAL – neste caso, a palavra ou a 
expressão complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um 
SUBSTANTIVO ABSTRATO 
 
 
 
Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO 
aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se 
diferenciam, então? A partir da idéia que o complemento 
apresenta em relação ao termo regente. 
 
 
 
Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO ADNOMINAL (bisu: tudo com 
a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto 
Adnominal) 
 
 
 
Se a idéia for passiva, é complemento nominal (memorize por 
exclusão em relação ao outro). 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
 
 
A partir de exemplos, tudo fica mais fácil. Veja só: 
 
 
 
1) a construção do arquiteto - "Construção" é um substantivo 
abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto 
constrói ou é construído? Constrói. Então ele pratica a ação. A 
idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exerce a 
função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. 
 
 
 
2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? 
É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. 
Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL. 
 
 
 
Então, vamos complementar a definição: 
 
 
 
- COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um 
ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia 
PASSIVA. 
 
 
 
- ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVOCONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia 
ATIVA (tudo com a letra A) 
 
 
 
Voltemos, agora, à questão para analisarmos cada uma das 
opções: 
 
 
 
a) Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
CRESCER A ECONOMIA. 
 
 
 
CAPAZ é um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a economia" 
exerce a função de complemento nominal. 
 
 
 
b) Os trabalhadores têm feito conquistas .... visivelmente não 
sentem saudades do tempo em que eram obrigados A 
JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. 
 
 
 
OBRIGADOS é um adjetivo. Logo, "a jornadas de trabalho de 12 
horas" é complemento nominal. 
 
 
 
c) O individualismo característico dessas confusas camadas 
intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS 
CLASSES DOMINANTES 
 
 
 
VULNERÁVEIS é um adjetivo. Assim, o que está grifado é 
complemento nominal. 
 
 
 
d) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que 
os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a 
transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.... 
 
 
 
TRANSFORMAÇÃO é um substantivo abstrato (oba! vamos 
testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o 
complemento apresenta idéia passiva ou ativa. Em "para 
promover a transformação das relações de produção", o 
complemento "relações de produção" transformam ou são 
transformadas? Elas são transformadas. Então a idéia é 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
passiva. Com idéia passiva, o termo exerce a função de 
complemento nominal. 
 
 
 
e) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que 
os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a 
transformação das relações de produção e o crescimento DAS 
FORÇAS PRODUTIVAS. 
 
 
 
CRESCIMENTO é também um substantivo abstrato (beleza!). 
 
Em "o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS", FORÇAS 
PRODUTIVAS irão crescer. Assim, a idéia é ATIVA. Então, esse 
elemento exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. 
 
É A ÚNICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. Esse é o 
gabarito. 
 
.............................................................................................................
........ 
 
Fica, então, o pedido: quem puder, por favor, encaminhe para 
esta professora (claudia@pontodosconcursos.com.br) as 
provas a que, infelizmente, não tivemos acesso. 
 
Grande abraço e bons estudos. 
 
19/05/2006 - Prova Auditor Fiscal da Paraíba - Fundação Carlos 
Chagas 
Prezados alunos, 
 
 
Vimos apresentar uma argumentação para subsidiar recurso a 
ser apresentado contra o gabarito da questão 4 da prova "Tipo 
001" para o cargo de Auditor Fiscal da Paraíba, aplicada pela 
Fundação Carlos Chagas no último fim de semana. 
 
A questão em comento tratava das funções da linguagem. 
 
Primeiramente, apresentamos o assunto para, mais adiante, 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
sugerir o recurso. Afinal, melhor do que dar o peixe é ensinar a 
pescar, já nos ensinava Paulo Freire, não é mesmo? 
 
 
Funções da Linguagem: 
 
Na comunicação, com o objetivo de transmitir uma mensagem, 
a linguagem empregada pelo emissor pode ter as seguintes 
funções, de ocorrência simultânea ou exclusiva no texto: 
 
• Função Conativa 
 
• Função Emotiva 
 
• Função Fática 
 
• Função Poética 
 
• Função Referencial 
 
• Função Metalingüística 
 
Função Conativa 
 
Nessa linguagem, o emissor dirige-se diretamente ao receptor 
da mensagem com persuasão, no intuito de convencê-lo em 
relação a algo (conceito ou prática de uma ação). Essa função 
é comum em linguagem publicitária e tem como característica 
o emprego do verbo no Imperativo, como "Ligue agora e 
concorra a prêmios". 
 
Não confunda com o sentido conotativo, que é o emprego de 
linguagem figurada, a se contrapor ao sentido denotativo, que 
é o sentido literal das palavras. Veja o emprego da palavra 
“flor” nas duas orações – (1) “É linda essa flor”; (2) “Sua filha é 
uma flor.”. Em (1), a palavra foi usada em seu significado 
originário – DENOTATIVO, com “d” de “dicionário”. Já em (2), 
“flor” significa uma pessoa boa, gentil, fora de seu sentido 
primeiro, que é o vegetal. Por isso, foi usada em sentido 
conotativo. 
Função Emotiva 
 
Centrada basicamente nas emoções do emissor, essa 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
linguagem se utiliza bastante das primeiras pessoas (nós/eu) e 
emite opiniões ou sensações a respeito de algum tema ou 
pessoa. Também pode ser denominada “função expressiva”. É 
muito comum em textos informais e/ou críticos. 
 
 
Função Fática 
 
Um bom exemplo são os textos publicados pelos professores 
do Ponto. Também será visto mais adiante um desses casos, 
quando falarmos sobre a função metalingüística. 
Ela ocorre quando o emissor (no caso, eu) utiliza o canal de 
comunicação (a matéria) para entrar em contato com o receptor 
(você, leitor), com perguntas como “não é mesmo”, “viu só?”, 
etc. 
Função Poética 
 
A partir do emprego de recursos de retórica, noções de 
métrica, rima, ordenação das palavras, dentre outros 
elementos, é a linguagem das obras literárias, principalmente 
das poesias, em que as palavras são escolhidas e dispostas de 
maneira a se tornarem singulares. 
 
Função Referencial 
 
Também chamada de informativa ou denotativa, o objetivo 
dessa linguagem é transmitir a informação objetivamente. Essa 
linguagem é muito usada em textos científicos ou jornalísticos. 
 
Função Metalingüística 
 
Metalinguagem é a propriedade que tem a língua de voltar-se 
para si mesma. 
 
Tema (conteúdo) e instrumento (forma) mesclam-se, 
interpenetram-se, e o saldo dessa "confusão" é, 
paradoxalmente, o distanciamento, que evita que o leitor os 
confunda. 
 
Ocorre quando principalmente em linguagem artística: música, 
literatura, gravura. A partir dos exemplos, é mais bem 
compreendida essa linguagem. 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
Ao compor “As canções que você fez para mim”, 
brilhantemente interpretada por Maria Betânia, os autores 
Roberto Carlos e Erasmo Carlos confundem o ato de compor 
com a composição: “Hoje eu ouço as canções que você faz pra 
mim/ Não sei porque razão tudo mudou assim / Ficaram as 
canções e você não ficou.” 
 
Outro bom exemplo dessa função verifica-se no filme “Quero 
ser John Malkovich”, estrelado por quem? John Malkovich. Ou 
no filme de Woody Allen, “Rosa Púrpura do Cairo”, em que o 
título do filme de Allen é exatamente o título do filme retratado 
na tela. Na película, a protagonista (Mia Farrow) é uma 
espectadora que, de tanto ir ao cinema, acaba sendo convidada 
pelo protagonista (um arqueólogo, se não me engano) a 
participar, e dá-se a cena clássica em que ela sobe ao palco e 
invade a tela de cinema. Notou a confusão entre tema e 
instrumento? 
 
A linguagem metalingüística, portanto, é a utilização do código 
para falar dele mesmo: uma pessoa falando do ato de falar, 
outra escrevendo sobre o ato de escrever. 
 
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
::::::::: 
 
É com base nessas duas últimas acepções que constatamos o 
equívoco do examinador em indicar a opção “a” como correta. 
 
Na metalinguagem, temos "o código pelo código". Samira 
Chalhub nos esclarece que as possibilidades de organização, 
criação, relação estão ligadas à noção de repertório que 
determinará, em função do receptor, uma postura face ao 
objetoartístico. A autora, ao abordar a metalinguagem poética, 
também faz referência a intertextualidade e entende que a 
mesma é uma forma de metalinguagem, uma vez que se refere 
a uma linguagem anterior. 
Contudo, o texto em questão não explora esse conceito de 
intertextualidade. Trata-se de um texto jornalístico que não 
apresenta elementos para que se afirme o uso de 
metalinguagem. 
 
Observa-se, sim, o emprego de linguagem referencial. Esta 
ocorre quando o tema (referente) é posto em destaque. O texto 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
há de ser objetivo e claro, sem margem a duplas interpretações 
ou ambigüidades e uma de suas características é o emprego da 
3ª pessoa. 
 
Em passagens como “Os números do relatório da CPI dedicada 
originalmente aos Correios são expressivos, dos milhares de 
páginas de texto e documentos aos mais de cem acusados.”, 
nota-se o valor narrativo do texto. 
 
Já em metáforas como “Um oceano nos separa do resultado 
concreto” ou “...cabe esperar pela travessia do oceano e torcer 
para que chegue a um bom porto”, o autor busca, com 
elementos figurativos, expor os fatos ao leitor, ou seja, a 
distância que há entre a apuração dos fatos (meio) e o 
julgamento (fim). 
 
Nota-se, também, a função emotiva da linguagem, 
especialmente nas passagens em que o autor expõe sua visão 
crítica acerca do assunto, como em “Há abusos. São 
lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar, no Brasil e em 
qualquer país onde haja comissões parlamentares.”. 
O que invalida a opção “b” é o fato de afirmar que são criadas 
ambigüidades. Nem mesmo quando expõe a dupla 
possibilidade de interpretação da palavra “comissão”, o autor 
deixa transparecer qualquer ambigüidade. Ao contrário. Torna 
claro cada um dos significados que o vocábulo pode 
apresentar: "Comissão", além do significado mercantil 
(depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em 
remuneração de serviço, é também o do grupamento 
encarregado de realizar tarefa de interesse comum.”. 
 
Não há qualquer sinal de emprego da linguagem 
metalingüística ou de ambigüidade no texto, o que leva à 
impossibilidade de se indicar qualquer alternativa válida. 
 
Diante do exposto, é válida a apresentação de recurso com 
vistas à anulação da referida questão, atribuindo-se o ponto a 
ela correspondente a todos os candidatos. 
 
Bibliografia sugerida: 
 
Chalhub, Samira.Funções da Linguagem. Ed.Ática. 11ª edição, 
2000. 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
----. Metalinguagem. Ed.Ática. 4ª edição, 2002. 
 
1/05/2006 - QUESTÃO 9 DA PROVA TCE/PR 
Olá, bravos concursandos 
 
Antes de entrarmos no assunto que me traz aqui hoje, venho 
avisar aos candidatos que se preparam para o concurso de 
Fiscal do Trabalho que está em andamento a Turma de 
Exercícios da ESAF, e ainda há tempo de se matricular, fazer 
os exercícios (questões anteriores) e participar do fórum. 
Mesmo após a publicação da Aula 10, estaremos à disposição 
para tirar dúvidas, prestar esclarecimentos ou bater um papo, 
ouvir um desabafo... Ou seja, até a data da prova, o fórum e as 
aulas permanecerão ativos. 
 
Lembrem-se de que Língua Portuguesa é a única disciplina que 
exige uma nota mínima isolada – 40% da vinte questões (estou 
puxando a brasa mesmo, pois sei o quanto é ruim “bater na 
trave”). Parece pouco, mas, em se tratando de ESAF, sabemos 
que a prática e o domínio do tempo são fatores cruciais para a 
aprovação do candidato. Por isso, fazer provas anteriores é tão 
importante. 
 
Dado o recado, vamos ao que interessa. 
 
Nesse último fim de semana, houve o concurso para o Tribunal 
de Contas do Estado do Paraná. A instituição responsável pelo 
certame foi o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do 
Paraná – NC/UFPR. 
 
Não conhecia a banca e tive uma grata surpresa: o nível da 
prova foi muito bom, merecendo destaque especial a questão 
n° 09 da prova para Assessor Jurídico 
(http://www.nc.ufpr.br/tce2006/). 
 
Alguns candidatos solicitaram a elaboração de recurso sob o 
argumento de que não encontraram resposta válida. 
 
No entanto, foi uma questão correta, bem-feita e “maldosa”, 
pois exigia do candidato bastante atenção, especialmente no 
que se refere à classificação morfológica (classe gramatical) 
das palavras envolvidas. 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
A partir da análise morfológica, podemos fazer a análise 
sintática (função das palavras nas orações e períodos e sua 
harmonização com as demais). 
 
Vamos relembrar o assunto, mencionado em nosso primeiro 
encontro “virtual”. 
 
As palavras são divididas em classes. Essas, por sua vez, 
distinguem-se em variáveis e invariáveis: 
 
 
 
VARIÁVEIS (gênero e/ou número) INVARIÁVEIS 
 
 
 
Substantivo Advérbio 
 
Adjetivo Palavra invariável (*) 
 
Artigo Conjunção 
 
Pronome Preposição 
 
Verbo Interjeição 
 
Numeral 
 
 
 
OBS: (*) A Nomenclatura Geral Brasileira (NGB) a classifica 
como advérbio, mas alguns consagrados autores fazem essa 
distinção. 
 
 
 
Essa classificação é meramente didática. Poderemos nos 
deparar com um pronome invariável (ISTO / AQUILO / QUEM), 
mas como exceção. Em sua maioria esmagadora, os pronomes 
se flexionam, por isso foram classificados como “variáveis”. O 
mesmo ocorre com os adjetivos. Mas, enquanto os adjetivos 
podem se flexionar (em gênero e/ou número), os advérbios 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
permanecem invariáveis. 
 
Grosso modo, esse era o cerne da questão. Tente resolvê-la 
antes de ler os comentários que seguem. 
 
O texto a seguir é referência para as questões 07 a 09. 
 
 
 
“De todos os processos analisados por este conselho até 
agora, a materialidade dos fatos atribuídos ao representado é a 
mais indiscutível, incontroversa, incontestável e 
indubitavelmente comprovada.” 
 
(Declaração de Cezar Schirmer sobre relatório que pediu a 
cassação do deputado João Paulo Cunha por envolvimento 
com o mensalão. Revista Veja, 15 mar. 2006.) 
 
 
 
09 - Se, na frase de Schirmer, a expressão “a materialidade dos 
fatos” for substituída por “os fatos”, serão necessários ajustes 
na concordância nominal e/ou verbal. Aponte a alternativa em 
que esses ajustes foram feitos corretamente. 
 
 
 
a) ...os fatos atribuídos ao representado são o mais 
indiscutível, incontroverso, incontestáveis e indubitavelmente 
comprovados. 
 
b) ...os fatos atribuídos ao representado são o mais 
indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente 
comprovado. 
 
c) ...os fatos atribuídos ao representado são os mais 
indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente 
comprovados. 
 
d) ...os fatos atribuídos ao representado são a mais 
indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente 
comprovada. 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
e) ...os fatos atribuídos ao representado são os mais 
indiscutíveis, incontroversos, incontestável e indubitavelmente 
comprovado. 
 
 
 
Para começar a resolver a questão, o candidato já deveria 
eliminar as opções em que o adjetivo “comprovado” não 
concorda com o substantivo “fatos” (b/d/e). 
 
A partir daí, começa a “via crucis” do pobre estudante. 
 
Os vocábulos "indiscutível, incontroversa,incontestável e 
indubitavelmente" são ADVÉRBIOS. 
 
Os advérbios são palavras INVARIÁVEIS (veja a tabela) que 
modificam o sentido de verbos (“Ela dirige mal.”), adjetivos 
(“Ela é muito alta.”), outros advérbios (“Ela dirige muito mal”), 
ou mesmo sentenças inteiras ou enunciações (“Infelizmente, 
não pude comparecer.”). 
 
Na oração, os advérbios acompanham o adjetivo 
"comprovada". 
 
Acontece que, na construção oracional, a fim de evitar o 
defeito denominado “eco”, somente o último deles é 
acompanhado do sufixo “–mente”, mantendo-se os demais 
somente com a “base”. 
 
A característica desses advérbios é que eles se constroem a 
partir da forma FEMININA E SINGULAR dos adjetivos 
correspondentes (quando estes apresentam essa flexão): “Ela 
saiu do lugar CALMAMENTE.” (CALMA + MENTE); “Ele dirige 
seu carro CUIDADOSAMENTE.” (CUIDADOSA + MENTE); “É 
preciso viver cada minuto INTENSAMENTE.” (INTENSA + 
MENTE). 
 
Acrescente o sufixo “mente” a cada um dos vocábulos e 
constatará que o que está grafado na opção C é exatamente o 
que resta após a extração do "mente" (indiscutivelmente / 
incontroversamente / incontestavelmente). 
 
Sabe onde está a maldade da questão? 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
Está em levar os candidatos a pensar que “indiscutível, 
incontroversa e incontestável” seriam, na construção, 
adjetivos flexionados, em gênero e número, com 
“materialidade” - o núcleo do sujeito (coincidentemente, 
FEMININO E SINGULAR). 
 
Ao sugerir a troca de “materialidade dos fatos” (núcleo: 
materialidade) por “fatos”, o examinador proferiu o “golpe de 
misericórdia”: o candidato, automaticamente, iria buscar a 
flexão daqueles vocábulos no masculino plural (indiscutíveis, 
incontroversos, incontestáveis) e NÃO ENCONTRARIA 
RESPOSTA. A banca poderia ter sido mais cruel ainda e, em 
uma das opções, apresentar a forma flexionada (os fatos 
atribuídos ao representado são os mais indiscutíveis, 
incontroversos, incontestáveis e indubitavelmente 
comprovados), mas, com isso, provocaria a polêmica em 
relação à classificação desses vocábulos, ensejando, assim, 
um sem-número de recursos. 
 
A posposição dos advérbios em relação ao adjetivo deixa claro 
o valor circunstancial desses elementos. Note: “...os fatos 
atribuídos ao representado são os mais comprovados 
indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente.”. 
 
Assim, a opção que apresenta a correta construção após a 
troca é a de letra C: ...os fatos atribuídos ao representado são 
os mais indiscutível, incontroversa, incontestável e 
indubitavelmente comprovados. 
 
Belíssima questão essa, não é? 
 
Espero que as demais bancas examinadoras tenham esse 
mesmo esmero ao elaborar as provas que vêm por aí (recado 
especialmente dedicado à Dona ESAF). 
 
Abraço. 
 
05/05/2006 - ICMS/SP - Outro recurso - questão 16 - Prova TIPO 
001 
Olá, pessoal 
 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
 
Um aluno encaminhou-me este recurso (cuja autoria 
desconheço). 
 
Realmente, tem razão o candidato que o apresentou, uma vez 
que não há erro algum na afirmação da opção D. 
 
Em relação às aspas, acredito que, dado o valor subjetivo de 
seu emprego, não há como afirmar categoricamente que a 
assertiva C esteja errada. 
 
Contudo, certo está que a opção D não apresenta erro algum. 
Por exercer na oração a função sintática de aposto, o 
segmento poderia ser indicado entre vírgulas, travessões ou 
parênteses. 
 
Assim, fica a critério de cada um solicitar a anulação da 
questão 16 (prova tipo 001) ou a mudança do gabarito para a 
letra C (como propôs o candidato). 
 
Obrigada pela colaboração e parabéns ao autor pela 
argumentação apresentada. 
 
Segue, abaixo, a proposta de recurso. 
 
 
 
Abraço. 
p.s. Fui informada, há pouco, de que a autoria do recurso 
abaixo é do Prof.Décio Senna (RJ). Parabéns ao professor pela 
argumentação. 
 
 
 
 
RECURSO DE QUESTÃO 
 
PROVA PARA FISCAL DE ICMS-SP 
 
BANCA: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS 
 
QUESTÃO Nº 16 
 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
TRANSCRIÇÃO DA QUESTÃO: 
 
A única afirmação INCORRETA sobre os sinais de pontuação 
empregados no texto é: 
 
a) Os dois pontos após vice-versa: (linha 4) anunciam um 
esclarecimento acerca do 
 
que foi enunciado. 
 
b) Os parênteses em (ou até inventamos) – linhas 5 e 6 – 
incluem comentário 
 
considerado um viés do que se afirma. 
 
c) As aspas em “nossos” (linha 10) firmam o caráter irônico da 
expressão, exigindo 
 
que se entenda o enunciado em sentido contrário (trata-se, 
assim, de “tempos que 
 
nos são estranhos”). 
 
d) Os travessões em – este pátio comum ... compartilhado – 
(linhas 23 a 25) isolam 
 
uma apreciação acerca do Mediterrâneo e são equivalentes a 
vírgulas. 
 
e) A vírgula antes de não costeando (linha 22) pode ser 
substituída, sem prejuízo da 
 
correção, por travessão. 
 
ARGUMENTOS: 
 
Permitimo-nos, respeitosamente, discordar da interpretação 
sugerida pela banca 
 
examinadora para o emprego das aspas empregada no 
vocábulo “nossos”. 
 
Para mostrarmos a razão de nossa discordância, passamos a 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
transcrever o 
 
fragmento textual em que se encontra tal vocábulo, ou seja, o 
primeiro parágrafo do 
 
texto relativo às questões de números 12 a 20: 
 
Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de 
um evento não é 
 
indiferente. O momento que elegemos como originário 
depende certamente da idéia de 
 
nós mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice-versa: a 
visão de nosso 
 
presente decide das origens que confessamos (ou até 
inventamos). Assim acontece 
 
com as histórias de nossas vidas que contamos para os 
amigos e para o espelho: os 
 
inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos de 
que gostamos e que 
 
queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito para 
os tempos que 
 
consideramos “nossos”, ou seja, para a modernidade. 
 
O desenvolvimento da textualidade deixa-nos perceber que a 
indicação de um 
 
acontecimento, com respeito a seu início, está condicionada, 
mais que tudo, à nossa 
 
apreciação pessoal, subjetiva e, por isso mesmo, passível de 
não ser exata. Deste 
 
modo, um tempo que julgamos nosso pode perfeitamente não 
o ser. Entendemos que 
 
as aspas postas no vocábulo “nosso” pretendem mostrar que 
 Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt 
Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 
o vocábulo deve ser 
 
entendido como portador de significado que se afasta da 
literalidade. Como que a nos 
 
indicar que não há, efetivamente, um tempo que seja nosso, 
uma vez que tal 
 
nomeação resulta de critérios, antes de tudo, personalísticos. 
Não vemos, como viu a 
 
douta Banca Examinadora, indicação de “tempos que nos são 
estranhos”. 
 
De qualquer modo, a afirmativa está impregnada do 
subjetivismo de quem a avalia. 
 
Não fazemos destas percepções discordantes nosso cavalo-
de-batalha. Move-nos, isto 
 
sim, uma imprópria indicação acerca do emprego do duplo 
travessão citado na 
 
alternativa “d” da questão. 
 
Para desenvolvermos nossa argumentação sobre este 
emprego, transcrevemos o 
 
fragmento textual em que surge, vale dizer, o segundo 
parágrafo do mesmo texto do 
 
qual extraímos a passagem relativa ao emprego das aspas em 
“nossos”: 
 
Bem antes que tentassem me comover de que a data

Outros materiais