Nutrição infância e adolescente NBS 2013

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29/09/2013
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Nutrição na Infância e 
Adolescência
Profa. Ms 
Sônia Alscher
A Nutrição no 
Pré Escolar
Redução fisiológica da 
ingestão alimentar
Comportamento alimentar 
imprevisível e variável –
momentos de inapetência
Demandas de energia e 
proteínas por Kg de peso 
diminuem 
Diminuição crescimento 
estatural e ganho ponderal em 
relação aos primeiros dois 
anos de vida 
A relação que o
indivíduo vai
estabelecer com a
alimentação ao longo
de toda a vida é fruto
da dinâmica das
primeiras relações que
ele, enquanto bebê,
criou com a mãe, com
a família e com tudo
que estava a seu redor
Aspectos importantes do comportamento 
alimentar do pré escolar
Aspectos importantes do comportamento 
alimentar do pré escolar
• Fase de incorporação de novos hábitos alimentares
• Neofobia – aversão a novidades - recusa em 
experimentar alimentos desconhecidos
• Preferência por sabores doces. Os demais sabores 
devem ser “aprendidos”
• Aquisição da capacidade de se alimentar sozinho
• Intervalos entre as refeições e os lanches 
positivamente relacionados com o tamanho das 
refeições
• Cuidados relacionados aos aspectos sensoriais 
(apresentação visual, cores, formatos atrativos) 
• Alimentação: ato de convívio social
• Orientação nutricional ativa e participativa
Recomendações para alimentação do pré 
escolar
Recomendações para alimentação do pré 
escolar
• A mamadeira deve ser substituída pelo copo até pelo 
menos os 2 anos
• Intervalos de 2 a 3hs entre a ingestão de qualquer 
alimento e o horário das principais refeições
• Volumes pequenos de alimentos nas refeições
• Fracionamento em 6 refeições diárias
• Servir as refeições sem suco, refrigerantes o líquidos 
açucarados. Oferecer líquidos após as refeições
• Retirar o que sobrou do prato sem fazer comentários
• Não usar guloseimas como recompensa ou castigo
Quantidades diárias dos principais alimentos 
compatíveis com as necessidades nutricionais de 
pré escolares
Quantidades diárias dos principais alimentos 
compatíveis com as necessidades nutricionais de 
pré escolares
• Arroz: 2 a 3 colheres de sopa/ para cada refeição 
• Feijão: 1 concha pequena/ refeição
• Carne: 2 colheres (100g)/ refeição
• Legumes cozidos: 2 colheres de sopa/ refeição
• Hortaliças cruas: 2 folhas/ refeição
• Frutas: 2 unidades/ dia
• Suco de frutas: 1 copo (200mL)/dia
• Leite: 3 copos (600mL)/dia
• Pão francês: 2 unidades (100g)/dia
• Doces: 1 unidade (50g)/ dia
• Açúcar: 2 colheres sopa/dia
• Ovo: 2 a 3/semana
Dra. Elza mello -Encontro Anual de Coordenadores SESC,2009
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“meu filho não come”
• Verificar peso da criança
• Se a observação mostrar uma evolução do peso em 
relação à altura menor do que a esperada nas curvas 
de crescimento, trata-se de uma “anorexia 
verdadeira”, como é classificada por alguns autores. 
• Failure to thrive (FTT) : crianças abaixo de 3 anos de 
idade que não se desenvolvem adequadamente
• Caso a criança apresente um crescimento e 
desenvolvimento normais, trata-se de uma falsa 
anorexia, que traduz a preocupação excessiva dos 
familiares em querer impor superalimentação
• Falsa anorexia: situação na qual a criança come 
pouco (na opinião dos familiares), porém apresenta 
crescimento e desenvolvimento normais.
Anorexia verdadeira
Anorexia verdadeira Anorexia verdadeira
Orientações frente à anorexia 
comportamental
• Colocar pouca quantidade no prato e oferecer mais 
se a criança pedir.
• Horários regulares para as refeições e lanches.
• Intervalos de duas a três horas, no mínimo, entre 
as refeições.
• Não oferecer nada nos intervalos das refeições.
• Evitar artifícios para estimular a alimentação: 
“aviãozinho”, televisão, “disfarçar alimentos”, ficar 
andando ou fazendo coisas que distraiam a 
criança. A hora da refeição deve ser tranqüila
Problemas comuns na alimantação do 
pré escolar: recusa de carnes
Soluções possíveis:
• Oferecer porções pequenas de carnes 
macias de gado e aves (iscas ou quadrados 
com palitos)
• Bolos de carne, pizzas, espaguete com 
molho de guisado
• Oferecer ovos e queijo
• Carne moída
Vitolo, 2008
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Problemas comuns na alimantação do 
pré escolar: bebe pouco leite
Soluções possíveis:
• Oferecer queijo, iogurte, e incluir queijo nas 
preparações (ralado, molhos, em pizzas)
• Arroz doce, pudim de leite, flans, creme de 
baunilha
• Permitir que a criança use canudinho para 
bebidas lácteas
• Incluir leite em pó nas preparações
Vitolo, 2008
Problemas comuns na alimantação do 
pré escolar: recusa vegetais e frutas
Soluções possíveis:
• Oferecer mais frutas no lugar e vice-versa
• Não cozinhar os vegetais demais (deixar al
dente)
• Cortar os vegetais em palitos (manuseio)
• Oferecer vegetais com molhos de queijo, de 
iogurte, branco e as frutas com iogurte
• Frutas cortadas em cremes, gelatinas
• Oferecer frutas e verduras continuamente
Vitolo, 2008
Problemas comuns na alimantação do 
pré escolar: come muitas guloseimas
Soluções possíveis:
• Limite a compra e o preparo de doces em 
casa
• Evite chantagens e recompensas
• Evite oferecer doce como lanche (saúde 
bucal)
• Orientar o cuidador para não oferecer doces
Vitolo, 2008
Estratégias educativas para pré-
escolares
• Desenvolver atitude favorável com relação a alimentos 
variados e nutritivos: exemplo dos adultos
• Encorajar a experimentação de alimentos variados: 
atividades de confecção de receitas (culinária) 
• Promover a compreensão sobre associação entre 
alimentação e saúde: teatros, histórias
• Atividades baseadas em alimentos como: cuidado com 
hortas, refeições nutritivas
• Estratégias educativas que envolvam atividade 
corporal, adequadas ao desenvolvimento psicomotor 
da criança: projetos de arte, música, teatro, quebra-
cabeça
• Desenvolver, promover e disseminar materiais e 
conteúdos de nutrição
Adaptado de Mello, E.,2009
• Período de intensa atividade física (skates, patins, 
bicicleta), ritmo de crescimento constante
• Ganho mais acentuado de peso próximo ao estirão da 
adolescência.
• Crescente independência, momento em que começa a 
formar novos laços sociais com adultos e outros 
indivíduos da mesma idade.
• Aliadas ao processo educacional, são transformações 
determinantes para o aprendizado em todas as áreas 
e o estabelecimento de novos hábitos.
• Papel da escola
A Nutrição do Escolar Características da fase escolarCaracterísticas da fase escolar
• A maioria dos dentes permanentes aparece nessa 
idade. Dentes decíduos começam a cair em torno 
dos 6 anos e são substituídos pelos permanentes
• Dieta adequada e correta higienização da boca
• Desordens do balanço energético: excesso no 
consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos + 
incentivo negativo ou insuficiente para a realização 
de atividade física. 
• Consumo de refrigerantes, sucos artificiais e bebidas 
à base de soja nos horários das refeições e dos 
lanches pode comprometer a ingestão de cálcio. 
• Consumo de gorduras trans e saturada
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Quantidades diárias dos principais alimentos 
compatíveis com as necessidades nutricionais de 
escolares
Quantidades diárias dos principais alimentos 
compatíveis com as necessidades nutricionais de 
escolares
• Arroz: 4 a 5 colheres de sopa/ para cada refeição 
• Feijão: 1 concha pequena/ refeição
• Carne: 3 a 4 colheres (150g)/ refeição
• Legumes cozidos: 3 a 4 colheres de sopa/ refeição
• Hortaliças cruas: 4 folhas/ refeição
• Frutas: 3 unidades/ dia (200-300g)
• Suco de frutas: 1- 2 copos (240 -400mL)/dia 
• Leite: 2 a 3 copos (400-600mL)/dia
• Pão francês: 3 unidades (150g)/dia
• Doces: 2 unidade (100g)/ dia
• Açúcar: 3 colheres /dia
• Ovo: 2 a 3/semana
Determinantes do comportamento alimentar
• Psicológicos- auto eficácia: confiança em relação a 
si mesmo para fazer escolhas saudáveis
• Ambiente “obesogênico”: ambiente promotor da 
obesidade – acesso amplo e facilitado a alimentos 
de alta densidade energética, pobres em 
micronutrientes, normalmente consumidos fora do 
ambiente familiar
Interações cognitivas e emocionais envolvidas no 
comportamento alimentar: Nutrição, Antropologia, 
Sociologia, Psicologia 
Diretrizes gerais para a alimentação
do escolar
1. Ingestão de nutrientes para prover energia e 
nutrientes em quantidade e qualidade adequadas ao 
crescimento, ao desenvolvimento e à prática de 
atividades físicas. OMISSÃO DO DESJEJUM!!
2. Alimentação variada, que inclua todos os grupos 
alimentares, conforme preconizado na pirâmide de 
alimentos, evitando-se o consumo de refrigerantes, 
balas e outras guloseimas. 
3. Priorizar o consumo de carboidratos complexos em 
detrimento dos simples (inferior a 25% do valor 
energético total). Fibras: idade + 5 – calcular e iniciar 
com 2 copos ao dia na constipação
Diretrizes gerais para a alimentação
do escolar
4. Consumo diário e variado de frutas, verduras e 
legumes (>5 porções/dia). Os sucos naturais, quando 
oferecidos, não devem ultrapassar a quantidade 
máxima de 240 ml/dia. 100mL garantem a 
recomendação diária de vitamina C 
5. Consumo restrito de gorduras saturadas (30% do 
valor energético total): <2% de trans (para profilaxia 
de aterosclerose na vida adulta), 10% de 
monoinsaturadas, <300 mg de colesterol e 10% de 
poliinsaturadas (n-6:n-3; 5 a 10:1). 
6. Estimular o consumo de peixes marinhos duas vezes 
por semana.
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Contribuição de gordura trans de 
alimentos comumente consumidos
Diretrizes gerais para a alimentação
do escolar
7. Controle da ingestão de sal (<6 g/dia) para prevenção 
de hipertensão arterial. Isto se consegue diminuindo a 
quantidade de alimentos processados no dia a dia
8. Consumo apropriado de cálcio (cerca de 600 ml de 
leite/dia e/ou derivados): formação da massa óssea e 
prevenção da osteoporose na vida adulta. Algumas 
crianças nesta fase diminuem o consumo de leite
9. Orientar o escolar e a sua família sobre a importância 
de ler e interpretar corretamente os rótulos de 
alimentos industrializados.
Diretrizes gerais para a alimentação
do escolar
10. Controlar o ganho excessivo de peso pela 
adequação da ingestão de alimentos ao gasto 
energético e pelo desenvolvimento de atividade 
física regular.
11. Evitar a substituição de refeições por lanches.
12. Estimular a prática de atividade física
13. Reduzir o tempo gasto com atividades 
sedentárias (TV, videogame e computador). 
Limitar o tempo de assistir TV em 2 horas/dia ou 
menos.
14. Incentivar hábitos alimentares e estilo de vida 
adequados para toda a família.
COMPORTAMENTOS QUE INDUZEM O 
MASCARAMENTO DA SACIEDADE 
FISIOLÓGICA
• Toma, é só mais esse restinho. 
• Eu não vou gostar mais de você não comer tudo. 
• Olha como esse menino é gulosinho, já comeu três 
vezes! 
• Esse aqui é bom de garfo, janta quando eu chego, e 
depois com o pai. 
• Tudo que dá para ele, ele come.
• Quem vai ser o primeiro a raspar o prato? 
• Anda, come logo. Que menino mole! 
• Mas, você vai comer só isso? 
• Tem que comer tudo; senão, não tem sobremesa. 
• Você não gostou da comida da vovó, não comeu nada.
ADOLESCÊNCIA
1. Início da transformação pubertária.
2. Aceleração do crescimento longitudinal.
3. Aumento da massa corporal.
4. Modificação da composição corporal.
5. Variações individuais quanto à atividade física.
Inicia aos 10 anos de idade e se prolonga até os 20 anos, 
inclusive (OMS)
Fatores que Influem diretamente sobre o estado 
nutricional: 
HÁBITOS ALIMENTARES
• REFEIÇÕES IRREGULARES E LANCHES
• FAST FOODS E MÍDIA
• AMBIENTE NUTRICIONAL
• ATITUDE DO ADOLESCENTE EM RELAÇÃO À 
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Recomendação de energia (kcal/dia)
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Cálcio Ferro 
Recomendação: 
• 8 mg/dia para ambos os sexos (9 a 13 anos)
• 11 mg/dia e 15 mg/dia, respectivamente, para 
meninos e meninas entre 14 e 18 anos
SITUAÇÕES ESPECIAIS NA ADOLESCÊNCIA
• GRAVIDEZ
• TRANSTORNOS DA ALIMENTARES 
( Anorexia Nervos/ Bulimia) 
• OBESIDADE
• ATIVIDADE FÍSICA
• ACNE
• USO DE FUMO, ÁLCOOL, 
MACONHA E OUTRAS DROGAS
TRANSTORNOS ALIMENTARES
• Doenças psiquiátricas
• Afetam principalmente adolescentes e adultos 
jovens do sexo feminino
ANOREXIA NERVOSA
BULIMIA NERVOSA
ANOREXIA NERVOSA
• Perda de peso intensa
• Distorção da imagem corporal
• Recusa em manter o peso dentro ou acima do 
mínimo normal
• Medo intenso de ganhar peso 
• Negação da gravidade do baixo peso
• Parada da menstruação (amenorréia)
• Pele seca, cabelos secos e quebradiços
• Desidratação
• Carência de nutrientes
• Perda de massa magra
BULIMIA NERVOSA
• Grande e rápida ingestão de alimentos
• Sensação de perda de controle
• Compensação: vômitos provocados
• Uso de medicamentos (diuréticos, 
inibidores do apetite, laxantes)
• Dietas e exercícios físicos intensos
• A ingestão pode chegar a 6.000 calorias
• Grande consumo de alimentos em 
pouco tempo
• Doença psiquiátrica