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NECESSIDADES-NUTRICIONAIS-DA-CRIANÇA-E-DO-ADOLESCENTE

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SUMÁRIO 
1 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NOS PRIMEIROS DOIS ANOS DE VIDA
 3 
1.1 Leite Materno ....................................................................................... 4 
1.2 Alimentação Complementar ................................................................. 6 
1.3 Suplementação De Vitaminas E Ferro ................................................. 8 
1.4 Orientações Nutricionais Durante A Fase Pré-Escolar ....................... 11 
2 ORIENTAÇÕES QUANTO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA 
INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA ........................................................................... 14 
2.1 Conhecimento: 0 a 1 ano ................................................................... 16 
2.2 Desenvolvimento neuropsicomotor: 1 a 6 anos .................................. 18 
2.3 Crescimento: 6 a 12 anos ................................................................... 19 
2.4 Desenvolvimento: 12 a 18 anos ......................................................... 19 
3 PREVENÇÃO DA OBESIDADE ................................................................ 21 
4 QUANTIDADE DE ALIMENTOS QUE REPRESENTA UMA PORÇÃO.... 23 
5 QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DA 
EDUCAÇÃO INFANTIL? ........................................................................................... 25 
5.1 Como deve ser a alimentação do PNAE para a educação infantil ..... 25 
5.2 O que restringir ................................................................................... 30 
6 MANUAL DE ALIMENTAÇÃO DO ESCOLAR DO ENSINO 
FUNDAMENTAL: 6 A 10 ANOS ................................................................................ 31 
6.1 Como deve ser a alimentação do PNAE no ensino fundamental ....... 32 
6.2 O que oferecer ................................................................................... 33 
6.3 O que controlar ................................................................................... 36 
7 MANUAL DE ALIMENTAÇÃO DO ADOLESCENTE ................................ 38 
8 COMO DEVE SER A ALIMENTAÇÃO DO PNAE PARA OS 
ADOLESCENTES ..................................................................................................... 40 
 
8.1 O que oferecer ................................................................................... 40 
9 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE ESCOLAR ........... 44 
10 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA ....................... 45 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 50 
 
 
 
 
1 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NOS PRIMEIROS DOIS ANOS DE VIDA 
 
Fonte: www.guiadobebe.uol.com.br 
A alimentação, principalmente no 1º ano de vida, é fator determinante na 
saúde da criança. Por isso, é importante conhecimento correto e atualizado acerca do 
assunto. As fases iniciais do desenvolvimento humano são influenciadas por fatores 
nutricionais e metabólicos levando a efeitos de longo prazo na programação 
metabólica da saúde na vida adulta. 
O Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde adota 10 
passos para alimentação saudável: 
1. Dar somente leite materno até os seis meses de idade, sem oferecer 
água, chás ou quaisquer outros alimentos. 
2. A partir de seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros 
alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. 
3. Após os seis meses, oferecer alimentação complementar (cereais, 
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), três vezes ao dia, 
se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver 
desmamada. 
 
4. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de 
horários, respeitando-se sempre a vontade da criança. 
5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e 
oferecida com colher; começar com consistência pastosa (papas, 
purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à 
alimentação da família. 
6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação 
variada é, também, uma alimentação colorida. 
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas 
refeições. 
8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, 
salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal 
com moderação. 
9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu 
armazenamento e conservação adequados. 
10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo 
a sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a 
sua aceitação. 
1.1 Leite Materno 
 
Fonte: www.guiadobebe.uol.com.br 
 
O leite materno é constituído de IgA secretora, lizosima, 6-caseína, 
oligossacarídeos, fatores de crescimento epidérmico, de transformação e neural, 
enzimas como acetilhidrolase, glutationa peroxidasse, nucleotídeos, vitaminas A, C e 
E, glutamina e lipídios. Além disso, seu conteúdo é modificado ao longo do dia e de 
acordo com a idade da criança. 
O aleitamento materno exclusivo acontece quando a criança recebe somente 
leite materno, em livre demanda e sem horários determinados. Oferecer em cada 
mamada os dois peitos sendo que, a mamada seguinte, deve ser iniciada naquele 
peito que foi o último. O tempo de esvaziamento das mamas é variável chegando até 
30 minutos. Para retirar o bebê do peito, recomenda-se introduzir gentilmente o dedo 
mínimo no canto da sua boca; ele largará o peito, sem tracionar o mamilo. Após a 
mamada, colocá-lo para arrotar. 
No caso de mães que obrigatoriamente devem retornar ao trabalho 
precocemente, com grandes intervalos de ausência junto ao seu filho e com 
dificuldades na obtenção de leite materno por ordenha, deve-se utilizar fórmulas 
infantis. 
 
 
Fonte: www.nossagente.net.com.br 
É recomendado utilizar antes do 6º mês fórmula infantil de partida - 1º 
semestre - e a partir do 6º mês, fórmula infantil de seguimento - 2º semestre. As 
fórmulas infantis devem ter gordura, carboidratos, proteínas, minerais, oligoelementos 
 
(vitaminas e micro minerais), outros nutrientes e componentes como nucleotídeos, 
prebióticos, probióticos e LC-PUFAS. 
1.2 Alimentação Complementar 
A alimentação complementar, tanto para criança amamentada ao seio quanto 
para aquela que utiliza fórmula infantil, deve ser introduzida a partir dos seis meses 
de idade, gradualmente, para suprir novas necessidades da criança. Deve-se 
observar a maturidade neurológica da criança para introduzir outros alimentos, como 
sustentação do tronco e deglutição adequada. O leite materno deve ser mantido até 
os dois anos. A introdução da alimentação complementar deve ser da seguinte 
maneira: 
 Até 6 meses - leite materno exclusivo 
 6 meses completos - papa de frutas e 1ª refeição (almoço) 
 7 º ao 8º mês - 2ª refeição (jantar) 
 9º ao 11º mês - gradativamente, passar para refeição da família 
adaptando a consistência 
 12 º mês - alimentação da família (orientar práticas saudáveis) 
As refeições (almoço e jantar) devem ser preparadas da seguinte forma 
(utilizar um alimento de cada classe como tabela abaixo). 
 
Tabela - Classes De Alimentos Que Devem Ser Usados No Preparo Das 
Refeições 
Cereal 
Tubérculo 
Leguminosa Proteína 
Animal 
Hortaliças/ 
Verduras 
Hortaliças/ 
Legumes 
Arroz Feijão Carne 
bovina 
Alface Cenoura 
Milho Soja Vísceras Espinafre Chuchu 
Cará Ervilha Frango Couve Abóbora 
Batata Lentilha Ovos Almeirão Vagem 
Mandioca Grão-de- bico Peixe Taioba Berinjela 
Inhame Carne suína Brócolis Beterraba 
Batata doce 
Fonte: DRI,2002 
 
Deve-se cozinhar todos os alimentos, principalmente as carnes, somente em 
água. Após tudo cozido e amassado (utilizar garfo), colocar no prato e acrescentar 
uma colher (de chá) de óleo de soja ou canola ou azeite e oferecer para a criança. A 
carne (70 a 120 g/dia), para duas refeições, não deve ser triturada, apenas picada ou 
desfiada. Não utilizar sal;pode-se utilizar cebola de cabeça, salsa, alho e cebolinha 
para temperar a refeição. O ovo inteiro (clara e gema) pode ser introduzido, sempre 
muito bem cozido, a partir do sexto mês. As leguminosas e hortaliças/verduras serão 
introduzidas no 7º mês. 
Não é recomendado utilizar beterraba e espinafre todos os dias, pois além de 
baixa biodisponibilidade de ferro, interferem na absorção de cálcio e ferro dos outros 
alimentos. Alguns alimentos com glúten devem ser introduzidos até o 9º mês de 
idade, portanto, iniciar após o 7º mês uma porção de macarrão por semana. 
É importante lembrar sempre de usar alimentos da safra devido à maior 
facilidade de aquisição dos mesmos. As frutas devem ser oferecidas em forma de 
papas (amassadas ou raspadas) duas vezes ao dia (nos intervalos), e se em forma 
de suco não ultrapassar 100ml/dia (não usar açúcar ou água). Oferecer água após o 
6º mês nos intervalos das refeições (tabela abaixo). 
 
Tabela - Ingestão De Água Recomendada Pela DRI (Dietary Reference 
Intakes) Para Cada Faixa Etária E Sexo 
Idade Ingestão de água 
total (litros/dia) 
0-2 anos 
0-6 meses 
6-12 meses 
1-2 anos 
0 , 7* 
0,8** 
1 , 3 
3-6 anos 
3-4 anos 
4-6 anos 
1 , 3 
1 , 7 
Meninos: 
7-13 anos 
 
 
7-8 anos 
8-11 anos 
1 , 7 2,4 
14-18 anos 3 , 3 
Meninas: 
7-13 anos 
 
 
7-8 anos 
8-11 anos 
1 , 7 
2 , 1 
14-18 anos 2 , 3 
 
* provenientes do leite materno 
** provenientes do leite materno + alimentação complementar 
Fonte: DRI,2002 
A partir de um ano de idade, quando já se utiliza alimentos da família, não 
deve ser acrescentado sal no prato, apenas o que é utilizado para toda a família; evitar 
excessos. Além disso, não devem ser introduzidos açúcares simples até o final do 
segundo ano. 
1.3 Suplementação De Vitaminas E Ferro 
As reposições de vitamina D devem ser de 400 UI/ dia por via oral para 
lactentes até 18 meses em aleitamento materno e que recebam fórmula infantil em 
volume inferior a 500 ml/dia. Exposição solar adequada: cota semanal de 30 minutos 
com a criança apenas de fraldas (4 a 5 minutos por dia, todos os dias da semana) ou 
2 horas semanais com exposição apenas da face e das mãos da criança (17 minutos 
por dia, todos os dias da semana). 
 
 
Fonte: www.guiadobebe.uol.com.br 
 
A suplementação de ferro deve ser feita de maneira universal para lactentes a 
partir do sexto mês de vida ou da interrupção do aleitamento exclusivo até os dois 
anos de idade. 
Observe as tabelas seguintes para identificar essas porcentagem de 
suplementações necessárias. 
 
Tabela – quantidade de ferro por idades 
 
 
Situação Recomendação 
Recém-nascidos a termo, de peso 
adequado para a idade gestacional 
em aleitamento materno 
1 mg de ferro elementar/kg 
peso/dia a partir do 6º mês (ou da 
introdução de outros alimentos) 
até o 24º mês. 
Recém-nascidos a termo, de peso 
adequado para a idade gestacional 
em uso de 500 ml/dia de fórmula 
infantil 
Não recomendado. 
Recém-nascidos pré-termo e 
recém-nascidos de baixo peso, 
acima 1500 g, a partir do 30º dia de 
vida 
2 mg de ferro elementar/kg 
peso/dia, durante um ano. 
Recém-nascidos pré-termo com 
peso entre 1000 e 1500 g, a partir 
do 30º dia de vida 
3 mg de ferro elementar/kg 
peso/dia durante um ano e 
posteriormente 1 mg/kg/dia por 
mais um ano. 
Recém-nascidos pré-termo com 
peso menor que 1000 g, a partir do 
30º dia de vida 
4 mg de ferro elementar/kg 
peso/dia durante um ano e 
posteriormente 1 mg/kg/dia por 
mais um ano. 
 
Tabela - Valores De Ingestão Dietética De Ferro (Mg/Dia) Por Faixa 
Etária/Estágio De Vida (RDA) 
Faixa 
etária/estágio 
Feminino* Masculino* 
0 a 6 meses 0,27** 0,27** 
7 a 12 meses 11 11 
1 a 3 anos 7 7 
4 a 8 anos 10 10 
9 a 13 anos 8 8 
14 a 18 anos 11 11 
19 a 30 anos 18 8 
Gravidez 10 
Lactação 10 
*RDA = Recommended dietary allowance 
**AI = Radequate intake 
Fonte: Dados do Institute of Medicine (DRI) 
Tabela - Quantidade de ferro existente em alguns tipos de carnes 
Carne Quantidade Ferro 
(mg) 
Bovina (contrafilé 
grelhado) 
1 bife médio (100g) 1 , 7 
Bovina (coxão 
duro grelhado) 
1 bife médio (100g) 1 , 7 
Bovina (coxão 
mole grelhado) 
1 bife médio (100g) 2 , 6 
Bovina (fígado 
grelhado) 
Unidade grande 
(100g) 
5 , 8 
Bovina (lagarto 
grelhado) 
1 bife médio (100g) 1 , 9 
Bovina (músculo 
cozido) 
2 porções (100g) 2 , 4 
Bovina (patinho 
cozido) 
2 porções (100g) 3 , 0 
Frango (asa com 
pele crua) 
2 unidades (100g) 0 , 6 
 
Frango (coração 
cru) 
12 unidades 
(100g) 
4 , 1 
Frango (coxa com 
pele crua) 
2 unidades (100g) 0 , 7 
Frango (fígado 
cru) 
2 unidades (100g) 9 , 5 
Frango (peito sem 
pele cru) 
1 unidade (100g) 0 , 4 
Frango 
(sobrecoxa com 
pele crua) 
2 unidades(100g) 0 , 7 
Fonte: Shils ME,1994 
1.4 Orientações Nutricionais Durante A Fase Pré-Escolar 
A fase pré-escolar, entre dois anos e sete anos incompletos, caracteriza-se 
por estabilização do crescimento estrutural e do ganho de peso. Assim, nessa etapa 
do desenvolvimento infantil, há uma menor necessidade de ingestão energética 
quando comparada ao período de zero a dois anos e a fase escolar. A criança 
desenvolve ainda mais a capacidade de selecionar os alimentos a partir de sabores, 
cores, experiências sensoriais e texturas, sendo que essas escolhas irão influenciar o 
padrão alimentar futuro. 
 
 
Fonte: www.ltmcdn.com 
 
Nessa faixa etária, as escolhas alimentares da criança sofrem intensas 
influências dos hábitos alimentares da família. A formação da preferência da criança 
pode, então, decorrer da observação e imitação dos alimentos escolhidos por 
familiares ou outras pessoas e crianças que convivem em seu ambiente. 
As crianças dessa faixa etária podem apresentar uma relutância em consumir 
alimentos novos prontamente (neofobia). Para que esse comportamento se modifique, 
é necessário que a criança prove o alimento de oito a dez vezes – em diferentes 
momentos e diversos tipos de preparação – mesmo que em quantidades mínimas. 
Somente dessa forma ela conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá, assim, seu 
padrão de aceitação. 
 
 
Fonte: www.bebesyembarazos.com 
Importante esclarecer aos pais que recusas são comuns. Dá mais certo 
estimular o prazer da alimentação sem impor a aceitação, pois quando se utiliza 
coerção, a chance do alimento ser recusado é maior. Atitudes excessivamente 
autoritárias ou permissivas dificultam o estabelecimento de um mecanismo saudável 
para o controle da ingestão alimentar. 
 Durante essa faixa etária, a anemia ferropriva apresenta uma relevante 
prevalência, assim, é de extrema importância que os cuidadores estejam atentos 
quanto à suplementação adequada de ferro através da dieta. 
 
 O Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde adotam os “10 
passos” como guia para alimentação saudável para crianças nas fases pré-escolar e 
escolar: 
1. Procure oferecer alimentos de diferentes grupos, distribuindo-os em 
pelo menos três refeições e dois lanches por dia. 
2. Inclua diariamente alimentos como cereais (arroz, milho), tubérculos 
(batatas), raízes (mandioca/macaxeira/ aipim), pães e massas, 
distribuindo esses alimentos nas refeições e lanches ao longo do dia. 
 
Fonte: www.popmundi.com.br 
3. Procure oferecer diariamente legumes e verduras como parte das 
refeições da criança. As frutas podem ser distribuídas nas refeições,sobremesas e lanches. 
4. Ofereça feijão com arroz todos os dias, ou no mínimo cinco vezes por 
semana. 
5. Ofereça diariamente leite e derivados, como queijo e iogurte, nos 
lanches, e carnes, aves, peixes ou ovos na refeição principal. 
6. Alimentos gordurosos e frituras devem ser evitados; prefira alimentos 
assados, grelhados ou cozidos. 
 
7. Evite oferecer refrigerantes e sucos industrializados, balas, bombons, 
biscoitos doces e recheados, salgadinhos e outras guloseimas no dia 
a dia. 
8. Diminua a quantidade de sal na comida. 
9. Estimule a criança a beber bastante água e sucos naturais de frutas 
durante o dia, de preferência nos intervalos das refeições, para manter 
a hidratação e a saúde do corpo. 
10. Incentive a criança a ser ativa e evite que ela passe muitas horas 
assistindo TV, jogando videogame ou brincando no computador. 
2 ORIENTAÇÕES QUANTO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA E 
NA ADOLESCÊNCIA 
Está bem estabelecido que a realização regular e contínua de atividade física 
é benéfica a indivíduos em qualquer faixa etária e previne contra doenças crônicas, 
como hipertensão arterial sistêmica, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. 
Os impactos positivos de tal exercitação estendem-se aos vários sistemas do corpo 
humano e os efeitos mais impactantes na qualidade de vida, referem-se aos sistemas 
cardiovascular, respiratório e osteomuscular. 
 
 
Fonte: www.blogspot.com 
 
Em relação ao sistema cardiovascular, há aumento da força de contração e 
redução da frequência cardíaca, com melhor condicionamento da musculatura 
estriada cardíaca. Esse efeito se soma ao maior retorno venoso e linfático 
proporcionado pela contração muscular, potencializando a irrigação de tecidos 
periféricos. No sistema respiratório, observa-se aumento da expansibilidade torácica, 
enquanto no sistema esquelético, o aumento do tônus acarreta melhora da postura, 
além de otimizar o processo de deposição de matriz óssea. 
 
 
Fonte: www.marcuscamara.com 
A intensidade e frequência da atividade física a ser desenvolvida dependem 
do objetivo do indivíduo. No caso de um atleta, deve-se obter o melhor rendimento, 
sem que haja danos físicos ou psíquicos ou agravamento de quadros patológicos. 
Para as demais pessoas, a exercitação física não precisa ser tão intensa, entretanto, 
em todos os casos, deve ser contínua (durante toda a vida), ainda que a modalidade 
e intensidade sejam variáveis. 
 A exercitação física deve ser estimulada já na infância. Segundo Ronque e 
cols., a prática sistemática de atividade física na infância e adolescência aumenta a 
aptidão física e reduz o risco de doenças crônicas e disfunções metabólicas em idade 
precoce. Além disso, o estilo de vida aprendido durante essas fases parece influenciar 
os hábitos de toda a vida, inclusive o comportamento em relação à exercitação física. 
 
 No caso de crianças e adolescentes, a atividade física merece considerações 
especiais. Durante essas fases da vida, o indivíduo se encontra em processo de 
crescimento e amadurecimento neuropsicomotor, apresentando não só maior 
vulnerabilidade a danos físicos e emocionais, como também mudanças significativas 
em relação a interesses e objetivos (incluindo a adesão a exercícios físicos). 
 
 
Fonte: www.dicasdobebe.com.br 
De acordo com as principais etapas do desenvolvimento infantil, Carazzato 
divide o período da infância e adolescência em quatro fases (zero a 1 ano, 
“conhecimento”; 1 a 6 anos, “desenvolvimento neuropsicomotor”; 6 a 12 anos, 
“crescimento”; e 12 a 18 anos, “desenvolvimento”) e sugere que a orientação quanto 
à atividade física seja individualizada para cada fase, da forma abordada a seguir. 
2.1 Conhecimento: 0 a 1 ano 
Durante o primeiro ano de vida, as atividades realizadas pela criança são 
muito limitadas e a exercitação física intuitiva. 
 
 
Fonte: www.depositphotos.com 
Enquanto a criança não consegue mudar de decúbito, os cuidadores devem 
basicamente auxiliar na escolha da melhor posição para cada atividade: 
• Decúbito lateral após alimentação, eructação ou para dormir (evita 
aspiração de conteúdo de possível refluxo gastroesofágico). 
• Decúbito dorso-horizontal nos demais momentos (possibilita a 
visualização das mãos e objetos). 
 As crianças devem ser estimuladas de acordo com o marco de 
desenvolvimento motor já atingido. Dessa forma, uma criança que já se assenta deve 
ser estimulada a adotar uma postura de sustento, sem que ocorra grande inclinação 
anterior do tronco. Para tanto e para facilitar a transição de decúbitos e o ato de 
engatinhar, os cercadinhos e andadores devem ser evitados nesta fase. 
 A movimentação, mudança de decúbitos, tentativa de ajoelhar e mesmo de 
levantar-se, podem ser estimulados por meio da apresentação de objetos chamativos. 
No segundo semestre, é importante que a criança tenha liberdade de locomoção em 
espaço amplo para evitar acidentes. A partir dos seis meses, o contato com água deve 
ser estimulado mesmo que o objetivo ainda não seja aprender a nadar. 
 
2.2 Desenvolvimento neuropsicomotor: 1 a 6 anos 
Nessa etapa, a criança é capaz de andar, correr, pular, segurar e arremessar 
e o estímulo deve respeitar a capacidade de realizar as atividades. 
 
 
Fonte: www.guiadobebe.uol.com.br 
Geralmente as habilidades seguem um padrão de ocorrência. Inicia-se, pelo 
andar ainda inseguro, com muitas quedas; passando pelo controle total do andar, 
correr, conseguir parar subitamente, andar de lado e para trás; e chega-se à 
capacidade de agachar, subir degraus e pular. Durante esse desenvolvimento de 
habilidades, o cuidador deve sempre estar próximo, acompanhando as atividades; a 
princípio auxiliando sua execução e gradualmente reduzindo sua interferência e 
deixando a criança ganhar autonomia. 
Quando a criança já domina essas atividades, é possível estimular outras 
mais complexas, como mergulhar (inicialmente “em pé” e depois “de cabeça”), 
arremessar e chutar bola, e por fim, pegar objetos lançados, sempre por meio de 
brincadeiras. 
 
 
Fonte: www.static.vix.com 
 
2.3 Crescimento: 6 a 12 anos 
Nessa faixa etária, todos os atos motores são possíveis. Esse é o momento 
de iniciar a programação de atividades físicas sistemáticas, com horários 
determinados e uma rotina estabelecida. Além dos exercícios físicos realizados na 
escola, o ideal é que a criança participe de atividades em uma “escolinha de esportes”, 
com exercícios variados, tanto em água, quanto em solo, sempre de forma coletiva. 
Aos 10 anos, já é possível a escolha de um esporte específico para prática 
rotineira, de acordo com a preferência e habilidades da criança. É importante lembrar 
que nessa fase, a criança encontra-se em franco crescimento, com alongamento de 
ossos e estruturas musculoesqueléticas, não devendo haver sobrecarga aos mesmos. 
2.4 Desenvolvimento: 12 a 18 anos 
Nessa etapa há a decisão da realização da atividade física como atividade 
recreativa e preventiva ou na qualidade de esporte competitivo. 
Quando a opção é de realizar um exercício competitivo (esporte), o que 
geralmente significa maior intensidade e frequência, deve-se atentar ainda mais para 
algumas questões peculiares da criança, discutidas a seguir. Qualquer tipo de pressão 
 
emocional, como necessidade de vencer ou de agradar ao técnico, ao professor ou à 
família, é negativo ao desenvolvimento psíquico da criança ou do adolescente. 
Esforços intensos e contínuos (como no futsal) podem causar desenvolvimento 
anormal do músculo cardíaco, com prejuízo da sua contratilidade, sendo por isso 
contraindicados. 
 
 
Fonte: www.maepop.com.br 
Atividades como lutas ou com mobilização de peso (musculação, por 
exemplo) podem ocasionar hipertensão arterial devido ao uso de apneia durante a 
realização da força, além de lesões mecânicas nas estruturas osteomusculares 
imaturas, hipertrofias deformantes, distúrbio de crescimentoe defeitos posturais. Já a 
prática de atividades físicas aeróbicas, de moderada intensidade, e com uso 
principalmente de grandes grupos musculares, é segura e benéfica às crianças e 
adolescentes. 
 Weffort e cols. propõem uma tabela que simplifica as recomendações em 
relação à prática de atividade física para cada etapa de desenvolvimento da infância 
e da adolescência: 
 
 
Tabela – Atividades para crianças 
Idade 
(anos) 
Atividade 
0 a 1 Pegar objetos, sentar, rolar, engatinhar, 
levantar, andar, estimulação da 
psicomotricidade, brincar na água a 
partir de 6 meses 
2 a 6 Recreação, arremessar a um alvo, 
pegar ou chutar bola, pular, explorar o 
meio ambiente, pedalar, correr, saltar 
obstáculos ou degraus, subir escadas, 
mergulhar 
7 a 12 Escolas de esportes, natação, ginástica 
olímpica, dança, basquetebol, futebol, 
voleibol, entre outros (não-competitivos) 
13 a 18 Esportes competitivos 
Fonte: Weffort VRS & Lamounier JA. Nutrição em Pediatria. 
Da neonatologia à adolescência. Ed. Manole. 2009. 
Certamente, a prática de atividades físicas deve ser estimulada 
precocemente. Entretanto, é importante que uma avaliação individualizada, com 
profissional que conheça todas as peculiaridades do exercício físico durante a infância 
e adolescência e que respeite seus limites, oriente tal prática. 
3 PREVENÇÃO DA OBESIDADE 
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009 (IBGE e 
MS), a frequência do excesso de peso praticamente triplicou nos últimos 20 anos em 
crianças entre 5 e 9 anos de idade e adolescentes no Brasil. 
A alimentação inadequada na infância e na adolescência, além do estado 
nutricional, pode comprometer a saúde ao longo da vida e levar ao risco de doenças 
crônicas como hipertensão, doença arterial coronariana, dislipidemias, obesidade, 
diabetes e osteoporose. 
O risco e a evolução dessas doenças podem ser modificados por mudanças 
de estilo de vida e adoção de hábitos alimentares mais saudáveis. Se a intervenção 
for precoce, mais fácil será a reversão do quadro e menores as consequências futuras. 
 
 
Tabela - Recomendações de cálcio conforme as faixas etárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Weffort VRS & Lamounier JA. Nutrição em Pediatria. 
Tabela - Comparação da absorção de cálcio em várias fontes nutricionais. 
Alimento Teor de cálcio 
(mg/g de 
alimento) 
Absorção 
Fracional (%) 
Tamanho da 
porção (g) 
necessária para 
(%) substituir 240 
g de leite 
Leite integral 1,25 32,1 - 
Iogurte* 1,25 32,1 240 
Queijo cheddar* 7,21 32,1 41 , 7 
Queijo branco* 10,0 32,1 30 , 0 
Feijão vermelho 0,24 24,4 1605 
Feijão branco 1,04 21,8 437,7 
Brócolis 0,49 61,3 321 
Suco de fruta c/ 
Citrato malato de 
CA* 
1,25 52,0 148,2 
Couve 0,72 49,3 275,1 
Espinafre 1,35 5,1 1375,7 
Batata doce 0,27 22,2 1605 
Tofú com cálcio* 2,05 31,0 150,5 
Fonte: Weffort VRS & Lamounier JA. Nutrição em Pediatria. 
Idade Recomendações 
(mg/dia) 
0-2 anos 
0-6 meses 
6-12 meses 
1-2 anos 
210 
270 
500 
3-6 anos 
3-4 anos 
4-6 anos 
500 
800 
7-11 anos 
7-8 anos 
8-11 anos 
1300 
 
Tabela - Quantidade de porções ao dia ajustada segundo grupos da Pirâmide 
Alimentar 
Alimento Idade 6 
a 11 
meses 
Idade 1 
a 3 
anos 
Idade 
pré-
escolares 
Idade 
adolescentes 
Pães, cereais, 
tubérculos e 
raízes 
3 5 5 5 a 9 
Frutas 3 4 3 5 
Verduras, 
legumes e 
hortaliças 
3 3 3 4 
Leguminosas 1 1 1 1 
Carne bovina, 
frango, peixe e 
ovo 
2 2 2 2 
Leite, queijo e 
iogurte 
3 3 3 3 
Óleos e 
gorduras 
2 2 1 1 
Açúcares 1 1 1 2 
Fonte: Adaptado:Phillippi ST e Cols , Rev Nutr 12: 65-80,1999 e Guia Alimentar para crianças 
MS,2005 
4 QUANTIDADE DE ALIMENTOS QUE REPRESENTA UMA PORÇÃO 
Lembrando que essas recomendações devem ser ajustadas à saciedade da 
criança: 
 
1 . Pães, cereais, tubérculos e raízes: 
• 1 e ½ colher de sopa de aipim cozido ou macaxeira ou mandioca ou 2 
colheres de arroz branco cozido ou aveia 
• 1 unidade média de batata cozida 
• ½ unidade de pão francês 
• 3 unidades de biscoito de leite ou biscoito tipo “cream cracker” 
• 4 unidades de biscoito tipo “maria” ou “maisena” 
 
 
2 . Frutas: 
• ½ unidade de banana nanica ou caqui ou fruta do conde - 1 unidade de 
caju ou carambola ou kiwi ou laranja ou pera ou laranja lima ou nectarina 
ou pêssego 
• 2 unidades de ameixa preta ou vermelha ou limão 
• 4 gomos de laranja bahia ou seleta - 9 unidades de morango 
 
3 . Verduras, legumes e hortaliças: 
• 1 colher de sopa de beterraba crua ralada ou cenoura crua ou chuchu 
cozido ou ervilha fresca ou couve manteiga cozida 
• 2 colheres de sopa de abobrinha ou brócolis cozido 
• 2 fatias de beterraba cozida 
• 4 fatias de cenoura cozida 
• 1 unidade de ervilha torta ou vagem 
• 8 folhas de alface 
 
4 . Leguminosas: 
• 1 colher de sopa de feijão cozido ou ervilha seca cozida ou grão de bico 
cozido 
• ½ colher de sopa de feijão branco cozido ou lentilha cozida ou soja cozida 
 
5 . Carne bovina, frango, peixe e ovo: 
• ½ unidade de bife bovino grelhado ou filé de frango grelhado ou omelete 
simples ou ovo frito ou sobrecoxa de frango cozida ou hambúrguer 
(caseiro) 
• 1 unidade de espetinho de frango ou ovo cozido ou moela 
• 2 unidades de coração de frango 
• 1 filé de merluza ou pescada cozido 
• ½ unidade de peito de frango assado ou sobrecoxa ou coxa 
• ½ fatia de carne bovina cozida ou assada 
• 2 colheres de sopa de carne bovina moída refogada 
 
6 . Leite, queijo e iogurte: 
• 1 xícara de chá de leite fluido 
• 1 pote de bebida láctea ou iogurte de frutas ou iogurte de polpa de frutas 
• 2 potes de leite fermentado ou queijo tipo petit suisse 
• 2 colheres de sopa de leite em pó integral 
• 3 fatias de mussarela 
• 2 fatias de queijo minas ou pasteurizado ou prato - 3 colheres de sopa de 
queijo parmesão 
 
7 . Óleos e gorduras: 
• 1 colher de sobremesa de azeite de oliva ou óleo de soja ou canola 
• 1 colher de sobremesa de manteiga ou margarina 
 
8 . Açúcares: 
• ½ colher de sopa de açúcar refinado 
• 1 colher de sopa de doce de leite cremoso ou açúcar mascavo grosso 
• 2 colheres de sobremesa de geleia 
• 3 colheres de chá de açúcar cristal 
5 QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO 
INFANTIL? 
O período da educação infantil engloba crianças entre 0 a 6 anos de idade, 
ou seja, a creche e a pré-escola, constituindo um grupo que apresenta elevada 
vulnerabilidade biológica, sujeita a diversos agravos nutricionais, além de situações 
de falta de apetite às refeições básicas e/ou alimentos. Isto decorre de vários fatores 
que podem estar relacionados a uma maior seletividade em relação aos alimentos, 
fácil acesso a guloseimas, além da incidência de infecções e verminoses que podem 
diminuir o apetite. 
Esta fase é caracterizada pelo amadurecimento da habilidade motora, da 
linguagem e das habilidades sociais relacionadas à alimentação, sendo este um grupo 
vulnerável que depende dos pais ou responsáveis para receber alimentação 
adequada. A fase pré-escolar envolve comportamentos e atitudes que persistirão no 
futuro, podendo determinar uma vida saudável, à medida que um conjunto de ações 
que envolvem o ambiente familiar e escolar forem favoráveis ao estímulo e a garantia 
de práticas alimentares adequadas. As creches devem proporcionar condições de 
garantia para o desenvolvimento do potencial de crescimento adequado e a 
manutenção da saúde integral das crianças, envolvendo aspectos educacionais, 
sociais, culturais e psicológicos. 
5.1 Como deve ser a alimentação do PNAE para a educação infantil 
A OMS e o Ministério da Saúde recomendamo aleitamento materno exclusivo 
por seis meses e complementar até os 2 anos ou mais. Os benefícios e as vantagens 
da amamentação devem estimular profissionais da educação e da saúde a utilizarem 
seus conhecimentos no sentido de promover e apoiar esta prática. Nas creches, 
visando contribuir para a manutenção do aleitamento materno pelo maior tempo 
possível, os líquidos deverão ser oferecidos as crianças em copos ou colheres. 
 
 
Fonte: www.maesamigas.com.br 
Deve-se lembrar que a mãe poderá continuar a amamentar a criança em casa, 
de manhã e à noite e deve-se buscar facilitar esta prática, evitando-se o desmame 
total da criança. Na impossibilidade do aleitamento materno em tempo integral, como 
no caso de lactentes frequentadores de creches em período integral a partir dos 4 
meses, há necessidade de algumas orientações: Apesar da maioria das creches 
receberem crianças a partir dos 6 meses de idade, muitas recebem crianças com 
apenas 4 meses. Neste sentido, é importante que existam profissionais capacitados 
para desenvolver ações de apoio e proteção ao aleitamento materno, evitando-se o 
desmame total até os 2 anos de idade. 
1. É conveniente evitar o leite de vaca não modificado no primeiro ano de 
vida em razão de um maior risco de desenvolvimento de alergia 
alimentar, desidratação e predisposição futura para excesso de peso e 
suas implicações. 
2. Atender as características e especificidades de introdução dos 
alimentos, em função da faixa etária em questão, estimulando o 
consumo de alimentação básica e alimentos regionais variados, como 
arroz, feijão, batata, mandioca/ macaxeira/aipim, legumes, frutas e 
carnes nas papas salgadas; 
3. Deve-se elaborar cardápios contendo miúdos como fígado de boi e 
miúdos de galinha (nas papas salgadas), uma vez por semana, porque 
são importantes fontes de ferro; 
 
4. Após os 6 meses, para aquelas com aleitamento materno exclusivo, 
deve-se introduzir a alimentação complementar, que pode ser 
considerada como qualquer alimento que não o leite materno e que 
pode ser oferecido à criança amamentada. 
 
A alimentação na creche das crianças de 4 a 12 meses deve constituir-se de: 
Menores de 4 meses: 
Apenas alimentação láctea; 
 
Dos 4 aos 8 meses: 
Leite, papa de frutas e papa salgada; 
 
Após completar 8 meses: 
Leite, fruta in natura, papa salgada ou a 
Refeição oferecida às demais crianças; 
 
Após completar 12 meses: 
Leite com frutas, pão, cereal ou tubérculos, frutas, 
Refeição normal oferecida às demais crianças da creche. 
 
No planejamento dos cardápios deve ser levado em consideração as 
necessidades de ferro da criança e a relevância da prevenção da anemia ferropriva, 
nas várias faixas etárias, pois a deficiência de ferro pode comprometer o 
desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. Após os seis meses de idade, a 
criança amamentada deve receber alimentos, priorizando a inclusão de cereais, 
tubérculos, carnes e leguminosas e após completar sete meses de vida, respeitando-
se a evolução da criança, deve-se priorizar alimentos como arroz, feijão, carne, 
legumes, verduras e frutas. 
 
 
 
Fonte: www.depositphotos.com 
O mel não deve ser oferecido para crianças menores de um ano pelo risco de 
contaminação. Entre os seis e os 12 meses de vida, a criança necessita se adaptar 
aos novos alimentos, cujos sabores, texturas e consistências são muito diferentes do 
leite materno. Os profissionais vinculados à elaboração e administração das refeições 
das crianças devem ser capacitados quanto ao preparo e conhecimento adequados 
relativo ás técnicas corretas e seguras de elaboração dos alimentos/refeições, bem 
como o número e horário das mesmas. 
Atualmente, tem-se dado atenção à viscosidade dos alimentos 
complementares, que está relacionada com sua densidade energética. A pequena 
capacidade gástrica impede que as crianças pequenas supram suas necessidades 
energéticas por meio de alimentos diluídos. Por isto, sopas e mingaus muito diluídos 
e oferecidos em mamadeiras devem ser evitados. Ressalta-se também que o uso de 
mamadeiras oferece riscos de contaminação, com prejuízos à saúde das crianças 
assim como a possibilidade de deformações na formação dentária. 
A alimentação complementar adequada deve incluir alimentos ricos em 
energia e micronutrientes (principalmente zinco, ferro, vitamina A, vitamina C, folato e 
cálcio), sem contaminação por micro-organismos patogênicos, toxinas ou produtos 
químicos prejudiciais. Deve-se evitar alimentos industrializados, incluindo-se nas 
várias refeições diárias, frutas, verduras e legumes, de preferência os orgânicos e/ou 
agroecológicos. Existem creches onde as crianças permanecem em período integral 
e por isso, devem receber o lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. 
 
 
Fonte: www.photos1.blogger.com 
O conjunto destas refeições deve atender, no mínimo, 70% das necessidades 
nutricionais diárias das crianças. A seguir, algumas sugestões: No lanche da manhã 
ou no lanche da tarde podem ser oferecidos alimentos na forma líquida como, por 
exemplo, suco natural de frutas da época, leite, vitamina de frutas, bebida láctea, 
iogurte ou achocolatado, acompanhados de alimentos sólidos, como pães, tortas 
salgadas, bolos, biscoitos, mingaus de amido de milho, arroz, misto, ou outro. 
Dentre os alimentos fontes de proteínas que podem ser oferecidos no almoço 
e no jantar estão a carne bovina moída, frango desfiado, carne de porco, ovos e peixe 
e as leguminosas. O ideal é variar a oferta, alternando as fontes proteicas no decorrer 
da semana. O arroz com feijão deve ser servido no mínimo 3 vezes por semana. Como 
complemento, pode ser oferecido macarrão, mandioca/aipim/macaxeira, batata, 
polenta, etc. Saladas cruas e cozidas com vegetais da época devem ser servidas 
diariamente, bem como uma fruta da época como sobremesa. 
Existem crianças que permanecem na creche somente meio período. As 
crianças que permanecem pela manhã recebem o lanche da manhã e o almoço e as 
crianças que permanecem à tarde devem receber o lanche da tarde e o jantar, sendo 
que este conjunto de duas refeições deve atender, no mínimo, 30% das necessidades 
nutricionais diárias das crianças. As frutas sazonais a serem oferecidas devem ser 
sempre descascadas e cortadas, pois as crianças nesta idade não possuem 
habilidade para o manuseio de facas. 
 
A seguir, encontra-se o quadro a seguir com os valores nutricionais 
recomendados para macros e micronutrientes para crianças de 7 meses a 5 anos. 
 
5.2 O que restringir 
Na alimentação complementar não devem ser oferecidas preparações 
contendo sal, açúcar e gordura em excesso. Os alimentos devem ser de fácil 
preparação, adquiridos, armazenados e preparados de forma a não apresentar riscos 
de contaminação. Devem ser ricos em micronutrientes, em quantidade adequada a 
idade da criança, sendo que os alimentos consumidos pelos adultos devem ser 
utilizados e introduzidos gradualmente. 
Não deve ser oferecido ás crianças refrigerantes, sucos industrializados, 
doces em geral, balas, chocolate, sorvetes, biscoitos recheados, salgadinhos, 
enlatados, embutidos (salsicha, linguiça, mortadela e presunto), frituras, café, chá 
 
mate, chá preto ou mel. Estes alimentos possuem excesso de gordura, açúcar, 
conservantes ou corantes e podem comprometer o crescimento e desenvolvimento, 
promover a carências de vitaminas e minerais, além de aumentarem o risco de 
doenças como alergias e obesidade. 
Os alimentos não devem apresentar contaminantes de natureza biológica, 
física ou química. Com o objetivo de redução dos riscos à saúde, medidas preventivas 
e de controle, incluindo as boas práticas de higiene, devem ser adotadas na escola 
em todos os processos que envolvem a manipulação de alimentos, desde a recepção 
até o preparo e distribuição para o consumo. 
 
 
Fonte: www.revistacrescer.globo.com 
6 MANUAL DE ALIMENTAÇÃODO ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL: 6 
A 10 ANOS 
O período escolar engloba crianças entre 6 a 10 anos de idade, sendo que o 
crescimento neste período é lento, mas constante, ocorrendo crescente maturação 
das habilidades motoras e ganho no crescimento cognitivo, social e emocional. O trato 
gastrointestinal dos escolares já atingiu a capacidade digestiva semelhante à do 
adulto, por isso possuem condições de receber a alimentação própria da família. Cabe 
ressaltar que o rendimento escolar da criança está diretamente relacionado com sua 
 
alimentação. Crianças desnutridas e com carências nutricionais específicas como 
anemia e hipovitaminose 
 
 
Fonte: www.blogspot.com 
A, por exemplo, apresentam dificuldades de concentração, comprometendo 
seu desenvolvimento e sua aprendizagem. Na fase escolar ocorre um aumento na 
ingestão alimentar, caracterizado pela formação de hábitos alimentares que devem 
ser mais diversificados. Neste período as crianças apresentam necessidades 
nutricionais mais 23 elevadas, bem como maior interesse pelos alimentos. Neste 
sentido, verifica-se a importância de programas de alimentação escolar que 
promovam a incorporação e manutenção de hábitos alimentares saudáveis, de forma 
a contribuir para a prevenção de carências nutricionais, bem como do excesso de 
peso. 
6.1 Como deve ser a alimentação do PNAE no ensino fundamental 
As crianças em fase escolar já apresentam capacidade para selecionar seus 
próprios alimentos, escolhendo também a quantidade que desejam comer. O acesso, 
bem como a publicidade sobre alimentos e os exemplos e orientações sobre hábitos 
alimentares diários aos quais os escolares estão submetidos, interferindo a formação 
dos hábitos alimentares destes indivíduos. 
 
 
Fonte: www.temdicas.com 
6.2 O que oferecer 
Inicialmente é necessário garantir que o escolar esteja alimentado para que 
disponha dos nutrientes necessários para o seu desenvolvimento e aprendizado. Em 
geral, os escolares permanecem apenas meio período na escola (manhã ou tarde), 
devendo, portanto, receber pelo menos uma refeição (lanche da manhã e lanche da 
tarde) correspondente a no mínimo 20% das necessidades nutricionais diárias destes 
escolares. No entanto, é necessário supervisão para verificar se todos os escolares 
chegam à escola já alimentados. 
Em caso negativo, sugere-se que sejam fornecidas 2 refeições aquelas 
crianças que vão para a escola sem alimentar-se (uma assim que chegar a escola e 
outra junto com os demais), perfazendo um total de, no mínimo, 30% das 
necessidades nutricionais diárias (as recomendações de energia, macro nutrientes e 
micronutrientes para escolares de 6 a 10 anos encontram-se no quadro a seguir). 
 
 
 
Dúvidas a respeito do tipo de preparação a ser oferecido podem ser resolvidas 
considerando-se a clientela em questão. Escolares que realizam almoço adequado 
em casa podem aceitar melhor o consumo de lanches na escola. Entretanto deve-se 
atentar para o fornecimento de refeições salgadas, caso os escolares atendidos não 
possuam acesso a uma alimentação adequada fora da escola. Em casos onde há 
atendimento de escolares com ambas as características, e na impossibilidade de 
adequar-se às diferentes realidades, sugere-se a variação da oferta de refeições 
salgadas (3 vezes na semana) e lanches (2 vezes na semana). 
Além de garantir o acesso à alimentação, é necessário garantir que esta 
alimentação seja de qualidade. Para tanto, alimentos de alto valor nutricional, como 
frutas e verduras devem ser continuamente ofertados, incentivando assim seu 
consumo. Apesar da legislação do FNDE exigir apenas o mínimo de 3 porções de 
frutas e verduras por semana, reconhece-se que o ideal seria o consumo diário destes 
alimentos. 
Para facilitar a aceitação destes alimentos, é importante que os mesmos 
sejam servidos de modo a atrair os escolares. Frutas variadas de acordo com a safra, 
descascadas e cortadas em formatos variados devem compor o cardápio do PNAE. 
Além disso, é possível enriquecer outras preparações por meio da adição de frutas 
como, por exemplo, bolos e vitaminas. Verduras diversas, isoladamente ou 
combinadas entre si, formando preparações como saladas, tortas, suflês, omeletes, 
 
sanduiches, etc., podem incentivar o consumo destes alimentos por parte dos 
escolares. É fundamental que a elaboração do cardápio considere a safra e a vocação 
agrícola da região, garantindo melhor qualidade nutricional ao cardápio. 
 
 
Fonte: www.papodegordo.com.br 
Valorizar o hábito e a cultura alimentar da região também são importantes, 
além de enriquecer o cardápio, melhoram a adesão dos escolares ao programa. É 
importante oferecer e incentivar o consumo de água aos escolares. Disponibilizar o 
acesso contínuo à água potável no refeitório e pontos de circulação da escola é o 
primeiro passo para que os escolares ingiram água adequadamente. Na idade escolar 
é importante dar atenção aos casos de deficiências nutricionais. Dentre as 
deficiências, destaca-se a anemia ferropriva (por deficiência de ingestão de ferro) e a 
hipovitaminose 
A que podem comprometer o aprendizado do escolar. Tais deficiências 
tendem a apresentar maior prevalência nas populações com dificuldade de acesso 
aos alimentos, mas pode estar presentes também em populações com ingestão 
alimentar inadequada. Casos de crianças obesas com deficiências em micronutrientes 
são cada vez mais comuns. Alimentos de origem animal ricos em ferro (carnes, com 
destaque aos miúdos e fígado) e vitamina A (leite integral, queijo e fígado) apresentam 
melhor absorção destes dois micronutrientes e devem fazer parte da alimentação 
escolar. 
 
No entanto, alimentos de origem vegetal também são fontes de ferro (folhosos 
verde-escuros como espinafre, couve, brócolis, etc.) e betacaroteno (cenoura, 
mamão, abóbora, manga, etc.). Neste caso é importante a combinação do vegetal rico 
em ferro com outro rico em vitamina C (laranja, goiaba, tomate, etc.), o que estimula 
a absorção do ferro. Os vegetais ricos em betacaroteno quando combinados com 
algum tipo de gordura (por exemplo, óleo vegetal), também possuem uma melhoria 
da absorção da vitamina A, visto ser ela lipossolúvel, ou seja, solúvel em algum tipo 
de lipídeo ou gordura. Estas estratégias promovem a absorção destes 
micronutrientes. Além do cuidado com a qualidade dos alimentos que compõe o 
cardápio, é fundamental o controle sobre a quantidade de alimentos consumidos. 
Somente orientando os cozinheiros, professores e os próprios escolares a 
respeito do tamanho das porções adequadas à faixa etária é possível saber se as 
recomendações nutricionais estão realmente sendo cumpridas (Quadro 2). Atividades 
de educação nutricional que utilizem cartazes com representações gráficas das 
porções adequadas às diferentes faixas etárias podem auxiliar os escolares a 
servirem- -se adequadamente. 
No entanto, é conhecida a dificuldade da operacionalização do controle do 
tamanho das porções oferecidas, principalmente em escolas maiores, onde se 
oferecem alimentação escolar para crianças de diferentes faixas etárias, e 
consequentemente diferentes necessidades nutricionais. Uma estratégia para 
resolver a questão poderia ser a realização de um rodízio do espaço do refeitório, 
semelhante ao que ocorre na pré-escola, alternando os horários de alimentação 
conforme as faixas etárias. Utilizar utensílios de tamanhos diferentes para servir 
porções adequadas conforme a idade também pode auxiliar nesta questão. 
6.3 O que controlar 
Atualmente há uma grande exposição das crianças na faixa etária escolar aos 
alimentos do tipo guloseimas, frituras, refrigerantes e outras bebidas de baixo valor 
nutricional, bem como um grande apelo publicitário destes. O consumo de alimentos 
industrializados de alta densidade energética (com grande quantidade de gorduras 
e/ou açúcar) e baixo valor nutricional (pobre em mineraise vitaminas) aliado ao 
comportamento sedentário são apontados como principais causas do aumento do 
excesso de peso entre crianças nas fases pré-escolar e escolar no Brasil. 
 
Percebendo-se a escola como um ambiente de promoção de hábitos 
alimentares saudáveis, cabe ao nutricionista orientar para a não disponibilidade 
destes alimentos no ambiente escolar, seja na elaboração do cardápio do PNAE, na 
orientação de cantineiros, pais dos escolares, CAE, comunidade escolar e o ambiente 
onde a escola está inserida. A mesma atenção deve ser dada à publicidade destes 
alimentos na escola. 
No país, diversos municípios e estados já possuem inclusive legislações 
específicas para nortear a venda de alimentos nos estabelecimentos comerciais que 
porventura funcionem no ambiente escolar. Além dos alimentos industrializados é 
necessário cuidado também com as preparações elaboradas na própria escola. 
Dar preferência a preparações que utilizem pouca quantidade de gordura 
(como assados, cozidos, ensopados, grelhados), bem como capacitar os cozinheiros 
a utilizarem pouco óleo vegetal, sal e açúcar quando cozinharem. Essas são boas 
estratégias para melhorar a qualidade nutricional da alimentação escolar. Lembrando 
que a oferta da alimentação escolar deve conter, no máximo, em média: 10% de 
açúcar adicionado, de 15 a 30% de gorduras totais e de 1 grama (período parcial) a 
3,5 gramas (período integral) de sal, por escolar. 
Ressalta-se também que há na alimentação escolar a obrigatoriedade de se 
oferecer, no mínimo, três porções de frutas e hortaliças por semana 
(200g/aluno/semana) aos escolares. Além disso, o teste de aceitabilidade para frutas 
e hortaliças ou preparações que sejam constituídas, em sua maioria, por frutas e/ou 
hortaliças pode ser dispensado. 
 
 
Fonte: www.trrsf.com 
Neste quesito fica evidente a necessidade de se trabalhar a educação 
nutricional no ambiente escolar, além dos educadores e pais de alunos. Com os 
recursos repassados pelo FNDE é proibida a aquisição de bebidas com baixo teor 
nutricional, como por exemplo: refrigerantes, refrescos artificiais e outras bebidas 
similares. Deve-se optar sempre por refrescos e sucos elaborados com fruta in natura. 
7 MANUAL DE ALIMENTAÇÃO DO ADOLESCENTE 
De acordo com o Ministério da Saúde, em consonância com a OMS, a 
adolescência corresponde à segunda década da vida, compreendendo o período de 
10 a 19 anos de idade. Isso significa que nas escolas encontramos adolescentes no 
Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Diferente da infância, cujo crescimento e 
desenvolvimento ocorrem em ritmo constante, a adolescência é uma fase de 
transformações físicas aceleradas, que afetam diretamente as necessidades 
nutricionais. 
As transformações físicas que ocorrem na adolescência se dão a partir da 
atividade dos hormônios sexuais e são diferentes para meninos e meninas, o que 
pode ser observado durante o estirão de crescimento. O crescimento está relacionado 
com o aumento de massa corporal e o desenvolvimento físico, compreendendo 
 
também a maturação dos órgãos e sistemas para a aquisição de novas capacidades 
específicas. Esses processos são resultantes de uma interação constante de fatores 
genéticos, ambientais, hormonais, sociais e culturais. 
 
 
Fonte: www.blogspot.com 
Este desenvolvimento físico proporciona mudanças nas experiências físicas 
individuais e requer um ajuste dos pensamentos e sentimentos acerca de sua 
identidade. Neste contexto, a puberdade será influenciada pela maneira como as 
pessoas à volta destes adolescentes respondem às suas mudanças individuais, sendo 
as pessoas envolvidas principalmente os pais, amigos e a própria escola, por ser este 
um dos principais espaços de convivência nessa fase da vida. Além do aspecto físico, 
há também importantes mudanças sociais e psicológicas, uma vez que a adolescência 
é um período de passagem para a fase adulta. 
Nesse momento, o adolescente começa a adquirir independência e 
responsabilidades, e há também o aumento da capacidade cognitiva e adaptações de 
personalidade. É comum a preocupação com a imagem corporal, por vezes 
exagerada e a troca dos hábitos da própria família por comportamentos da moda e 
dos colegas. Por este motivo também é importante observar sinais de transtornos 
alimentares, tais como bulimia, anorexia e compulsão alimentar. 
Todas essas transformações da adolescência têm efeito sobre o 
comportamento alimentar, sendo esse o momento privilegiado para se colocar em 
prática medidas preventivas. É a partir da adolescência, quando o indivíduo afirmar 
 
sua independência Anorexia Trata-se de uma rejeição à comida em função da perda 
da noção que a pessoa tem da sua imagem corporal, mesmo magra ela se vê gorda, 
e acredita que precisa emagrecer ainda mais. Bulimia 
Pessoas com bulimia nervosa ingerem grandes quantidades de alimentos e 
depois eliminam o excesso de calorias por meio de jejuns prolongados, vômitos auto- 
-induzidos, laxantes, diuréticos ou na prática exagerada e obsessiva de exercícios 
físicos. Compulsão Alimentar Caracteriza-se por episódios de ingestão exagerada e 
compulsiva de alimentos tornando-se responsável por suas próprias ingestões 
alimentares. A proximidade com a vida adulta pode proporcionar oportunidades finais 
para implantar atividades visando prevenir problemas de saúde futuros. 
8 COMO DEVE SER A ALIMENTAÇÃO DO PNAE PARA OS ADOLESCENTES 
8.1 O que oferecer 
A maior necessidade de energia na adolescência é determinada pelo aumento 
da massa corporal magra (tecido muscular), sendo necessário o atendimento desta 
necessidade de forma a promover um ótimo crescimento e permitir a prática de 
atividade física. Em se tratando do PNAE, há uma faixa de recomendação de ingestão 
de energia para abranger as diferentes necessidades dos adolescentes que são 
determinadas por fatores como a velocidade de crescimento e o nível de exercícios 
praticados (quadro a seguir). 
Em geral, escolares nesta faixa etária permanecem apenas um turno na 
escola: manhã, tarde ou noite. Desta forma, devem receber pelo menos uma refeição 
durante o período em que estão na escola. Estudos populacionais demonstram que 
os adolescentes realizam muitas refeições fora de casa, como lanches e fast foods de 
alta densidade energética e baixo valor nutricional. Além disso, pode ocorrer o início 
do consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e remédios para emagrecer, que por sua 
vez comprometem a absorção de micronutrientes. 
 
 
Fonte: www.gadoo.com.br 
Por este motivo é fundamental a oferta de refeições balanceadas e ações de 
educação nutricional a este público no ambiente escolar. A inclusão do Ensino Médio 
ao PNAE em 2009 gerou uma dificuldade em atender a este público devido as suas 
necessidades específicas e em alguns casos, por causa da falta de estrutura para 
preparo e distribuição dos alimentos nas escolas. O desenvolvimento de tais 
estruturas é imprescindível para que a escola não corra na contramão de uma 
alimentação saudável, oferecendo lanches pré-preparados com altos teores de açúcar 
e gordura e pobres em vitaminas e minerais. 
Outra dificuldade relaciona-se ao fato de que na adolescência ocorrem 
diversas modificações biológicas, psicológicas, cognitivas e sociais que interferem no 
comportamento alimentar do adolescente. Neste período há a influência direta ou 
indireta de pais, amigos, familiares, normas e valores sociais e culturais, mídia, fast-
food, pelo conhecimento em nutrição e manias alimentares, características 
psicológicas e imagem corporal. 
 
 
Fonte: www.statig.com.br 
As aversões à alimentação escolar e aos alimentos trazidos de casa são mais 
expressivas nessa faixa etária, por outro lado, há a preferência por alimentos 
industrializados vendidos em cantinas e/ou lanchonetes. Todos esses fatores tornam-
se desafios constantes aos responsáveis pela elaboração/manutenção da 
alimentaçãono ambiente escolar para adolescentes. 
A ingestão insuficiente de proteína na adolescência é rara, entretanto devem 
ser oferecidos diversos tipos de carnes como carne bovina, suína, frango, peixes, 
além dos ovos, sendo estes alimentos ricos em proteínas de alto valor biológico. Isto 
é necessário, pois durante a adolescência a utilização de proteínas está fortemente 
ligada ao padrão de crescimento e pode representar uma porção substancial da dieta. 
Destaca-se que parte destas proteínas pode ser obtida com o consumo de arroz com 
feijão, uma combinação de bom valor nutricional. 
É preciso atenção para o consumo de vitaminas e minerais. Para tanto, é 
necessário manter a oferta diária de frutas. Um bom exemplo é a necessidade de 
ferro, aumentada nos meninos em função do aumento de massa muscular e nas 
meninas devido ao início da menstruação. A deficiência de ferro pode levar a anemia, 
prejudicando a resposta imunológica e afetando o aprendizado. Desta forma, destaca-
se a utilização de carnes (com destaque aos miúdos e fígado), bem como vegetais 
 
ricos em ferro (folhosos verde-escuros como espinafre, couve, brócolis, etc.) 
associados à alimentos ricos em vitamina C (laranja, goiaba, tomate, etc.) para melhor 
absorção destes micronutrientes. 
Além disso, é comum os adolescentes trocarem a ingestão do leite por 
líquidos de alta densidade energética como refrigerantes e sucos artificiais, 
comprometendo a ingestão de cálcio. Cientes de que o risco de osteoporose na vida 
adulta dependerá parcialmente do depósito de cálcio ósseo na adolescência, ressalta-
se a importância de manter no cardápio alimentos lácteos. Da mesma forma, é 
importante oferecer e incentivar o consumo de água por parte dos adolescentes. 
O zinco é essencial para o crescimento e maturação sexual, a retenção desse 
mineral no organismo aumenta significativamente no estirão de crescimento físico. 
Boas fontes alimentares deste mineral são os frutos do mar, carnes e frutas 
oleaginosas, lácteos e leguminosas. 
O que controlar? Pesquisas de base populacional destacam um aumento 
alarmante das taxas de excesso de peso na adolescência. Esse quadro 
epidemiológico é atribuído ao sedentarismo e à adoção de práticas alimentares 
inadequadas, sendo frequente o consumo excessivo de refrigerantes, açúcares e fast 
food, além da baixa ingestão de frutas e verduras. Aliado a isso, muitos adolescentes 
se restringem às atividades escolares e dispõem de longos períodos de ociosidade. 
Desta forma, restringir a oferta de alimentos de alta densidade energética e 
baixo valor nutricional na escola como fast food, frituras, guloseimas, sucos artificiais 
e refrigerantes é o primeiro passo para alterar o comportamento alimentar dos 
adolescentes. Paralelamente deve ocorrer a oferta de alimentos de alto valor 
nutricional juntamente com ações de educação alimentar para que estes alimentos 
sejam bem aceitos. 
 
 
9 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE ESCOLAR 
A fase escolar compreende crianças de 7 anos a 10 anos incompletos e é 
caracterizada por um período de crescimento e demandas nutricionais elevadas. O 
cardápio das crianças nessa faixa etária já está adaptado às disponibilidades e 
costumes dietéticos da família. Assim, é importante, reforçar às famílias sobre a 
importância de uma alimentação saudável e equilibrada, pois isso irá refletir na saúde 
da criança da mesma forma. 
 Nessa fase é comum a criança ter um alto gasto energético devido ao 
metabolismo que é mais intenso que o do adulto. Além disso, há nessa faixa etária 
intensa atividade física e mental. Assim, a falta de apetite comum à fase pré-escolar 
é substituída por um apetite voraz. É comum, nessa idade, também, a diminuição da 
ingestão de leite e, consequentemente, limitação do suprimento de cálcio. As mães 
devem estar atentas a fim de compensar a falta de ingestão de leite por meio de outros 
alimentos ricos em cálcio. 
 
10 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA 
A adolescência é uma fase de crescimento e desenvolvimento do ser humano 
situada entre a infância e a vida adulta. A definição dessa faixa etária varia conforme 
diferentes instituições. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a 
adolescência é o período dos 12 aos 18 anos, já para a OMS e para o Ministério da 
Saúde, está entre 10 anos e 20 anos incompletos. 
Dotada de peculiaridades, tanto físicas (com o crescimento em estatura, a 
maturação sexual, o estabelecimento de caracteres sexuais secundários e as 
mudanças na estrutura corporal, os quais compõem a puberdade) quanto sociais e 
emocionais, a adolescência deve ser alvo de cuidadosas interferências, seja no 
sentido do relacionamento interpessoal, do ensino nas escolas, da educação por parte 
dos pais, seja nos cuidados com sua saúde. Dentro deste delicado contexto também 
se inserem os cuidados com a nutrição e a alimentação. 
 
 
Fonte: www.blogdafabee.com.br 
As orientações alimentares ao adolescente devem diferir daquelas realizadas 
às crianças mais novas e aos adultos. Mesmo o cálculo das necessidades calóricas 
para esta fase é mais complexo, uma vez que existem diferenças conforme o estágio 
pubertário do indivíduo, resultando em diferentes fórmulas para se obter as 
 
necessidades, defendidas por diferentes autores. Recommended Dietary Allowances 
(RDA) de 1989 propõem o cálculo por unidade (centímetro) de estatura. Já a 
FAO/WHO/UNO sugere que somem-se a taxa metabólica basal (TMB) e fatores de 
crescimento e de atividade física. 
Com o objetivo de facilitar as orientações, apresentamos aqui apenas o 
cálculo das necessidades energéticas sugerida pelas Dietary Reference Intakes (DRI), 
a mais recente revisão a respeito do assunto nos EUA e no Canadá, conforme 
demonstrado a seguir: 
 
• Estimativa da necessidade energética (EER) para meninos eutróficos 
de 9 a 18 anos de idade: 
 
EER = 88,5 – (61,9 x idade[anos]) + PA x (26,7 x peso[kg] + 903 x 
altura[metros]) + 25 (kcal para crescimento) Considerando: Coeficiente de atividade 
física (PA): 
PA = 1 se sedentário 
PA = 1,13 se atividade leve 
PA = 1,26 se atividade moderada 
PA = 1,49 se atividade intensa 
 
• Estimativa da necessidade energética (EER) para meninas eutróficas 
de 9 a 18 anos de idade: 
 
EER = 135,3 – (30,8 x idade[anos]) + PA x (10 x peso[kg] + 934 x 
altura[metros]) + 25 (kcal para crescimento) Considerando: Coeficiente de atividade 
física (PA): 
PA = 1 se sedentário 
PA = 1,16 se atividade leve 
PA = 1,31 se atividade moderada 
PA = 1,56 se atividade intensa 
 
Além da necessidade energética e de macro nutrientes, deve-se estimar as 
necessidades específicas de cada micronutriente, de forma a proporcionar uma 
nutrição balanceada e adequada, evitando sintomas de uma deficiência nutricional 
 
específica, comum na adolescência, por conta das variações de necessidades de 
acordo com o estágio púberal. 
Os macro nutrientes são: carboidratos, proteínas e lipídeos. Suas 
necessidades podem ser estimadas em percentual da energia total, conforme 
demonstra a tabela a seguir. Já os micronutrientes são as vitaminas e os minerais, 
ambos extremamente necessários em todas as fases da vida, mas em especial na 
adolescência. As recomendações referentes aos principais micronutrientes nessa 
faixa etária estão resumidas na tabela a seguir. 
 
Tabela - Recomendações de macro nutrientes, segundo as DRI (2002). 
Nutriente Proporção de energia proveniente dos 
macro nutrientes 
Carboidrato 45 a 65% da energia 
Em relação à necessidade de fibras, 
recomenda-se: 
Sexo masculino: 9 a 13 anos: 31 g/dia 
14 a 18 anos: 38 g/dia 
Sexo feminino: 26 g/dia 
Proteína 10 a 30% da energia 
Lipídeo 25 a 35% da energia 
Retirada de: Weffort VR & Lamounier JA. Nutrição em Pediatria. Da neonatologia à 
adolescência. 2009. 
 
Tabela - Recomendações de micronutrientes e alimentos 
 
Micronutriente Necessidades Alimentos (fonte)Cálcio 1300mg/dia Leite e derivados, 
couve, brócolis, 
agrião, espinafre, 
alface, beterraba, 
cebola, batata-doce, 
aveia, etc. 
Ferro A 13 anos: 8 mg/dia 
14 a 18 anos: 
Carnes vermelhas, 
fígado de boi, 
vegetais verde-
 
Fonte: Weffort VR & Lamounier JA. Nutrição em Pediatria. Da neonatologia à 
adolescência. 2009. 
 
Ainda são necessárias orientações gerais, em relação aos hábitos 
alimentares, entre as quais destacam-se as seguintes recomendações: 
• Variar os alimentos. 
• Realizar 5 a 6 refeições diárias (café-da-manhã, almoço e jantar, e lanches 
nos intervalos). 
• Preferir proteínas de alto valor biológico (carnes, ovos, leite e derivados). 
• Estimular o consumo de peixes marinhos duas vezes por semana. 
• Evitar açúcares simples, dando preferência aos complexos (ricos em 
fibras). 
Sexo masculino: 15 
mg/dia 
Sexo feminino: 11 
mg/dia 
escuros e 
leguminosas 
Zinco A 13 anos: 8 mg/dia 
14 a 18 anos: 
Sexo masculino: 11 
mg/dia 
Sexo feminino: 9 mg/dia 
Carnes, cereais 
integrais e 
leguminosas 
Vitamina A A 13 anos: 600 mcg/dia 
14 a 18 anos: 
Sexo masculino: 900 
mg/dia 
Sexo feminino: 700 
mcg/dia 
Leite, ovos, fígado 
Vitamina C A 13 anos: 45 mg/dia 
14 a 18 anos: 
Sexo masculino: 75 
mg/dia 
Sexo feminino: 65 
mg/dia 
Frutas cítricas, 
tomate, cebola, 
pimentão, melão, 
morango, goiaba, 
etc. 
Vitamina D mcg/dia Óleo de fígado, óleo 
de peixes, manteiga, 
gema de ovo, fígado 
 
• Evitar gorduras saturadas e colesterol (menos de 2% de gorduras trans). 
• Controlar a ingestão de sal (menos de 6g/dia). 
• Evitar refrigerantes. 
• Ingerir frutas, verduras e legumes (mais de cinco porções/ dia). 
• Evitar trocas de refeições por lanches. 
• Orientar quanto à pratica de atividade física regular. 
 
No aconselhamento nutricional do adolescente, a relação interpessoal 
estabelecida com o médico ou profissional da saúde tem papel preponderante no 
sucesso da adoção de hábitos alimentares saudáveis. 
Estratégias eficazes são estimular pequenas e progressivas mudanças, 
compreender as preferências do adolescente e tentar adequar o esquema alimentar 
a seu estilo, enfatizar aspectos positivos e envolver o adolescente na organização de 
sua rotina alimentar. 
 
 
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