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Nutrição e Planejamento nos Ciclos de Vida Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Vanessa Fracaro Menck Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Recomendações Nutricionais para o Adolescente • Nutrição para Adolescentes; • Alterações Corporais do Adolescente; • Recomendações Nutricionais; • Transtornos Alimentares. • Conhecer os principais aspectos que envolvem a alimentação na adolescência e os princi- pais transtornos alimentares na idade. OBJETIVO DE APRENDIZADO Recomendações Nutricionais para o Adolescente Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente Nutrição para Adolescentes Adolescentes A adolescência é uma época de grande transformação fisiológica, psicológica e cognitiva, fase durante a qual uma criança se torna um adulto, sendo um período cheio de descobertas e mudanças, como: a maturação dos órgãos e sistemas e al- terações hormonais, emocionais e sociais nas relações afetivas e na velocidade de crescimento, entre outras. Todas essas alterações apresentam um efeito direto nas necessidades de nu- trientes e no comportamento alimentar dos adolescentes. Para lidar da melhor forma com essa fase, é importante que se tenha uma compreensão de como essas alterações do desenvolvimento podem afetar o es- tado nutricional, não apenas durante a adolescência, mas suas consequências nas próximas fases da vida, devendo o profissional de saúde estimular um estilo de vida saudável e uma boa relação, tanto com os alimentos quanto com a saúde e o corpo (MAHAM, 2013; BRASIL, 2010). A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a adolescência como o período entre os 10 e os 19 anos. Já na Legislação brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, considera a faixa etária dos 12 até os 18 anos de idade completos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no ano de 2016, de 206,1 milhões de pessoas, 68 milhões eram crianças e adolescentes entre zero e 19 anos de idade (IBGE, 2016). Vejamos, a seguir, o número de adolescentes separados por região: Tabela 1 – Estimativas populacionais produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e enviadas ao Tribunal de Contas da União (TCU), estratificadas por idade pela Fundação Abrinq (2016) Grandes regiões População total População entre zero e 19 anos de idade % da população entre zero e 19 anos de idade Região norte 17.707.783 7.365.216 41,6 Região nordeste 56.915.936 20.633.044 36,3 Região sudeste 86.356.952 25.845.691 29,9 Região sul 29.439.773 8.958.357 30,4 Região centro-oeste 15.660.988 5.244.996 33,5 Brasil 206.081.432 68.018.239 33,0 Fonte: IBGE, 2016 8 9 Alterações Corporais do Adolescente A puberdade (início da adolescência) é um período em que, ao mesmo tempo, acontecem mudanças no corpo, acontecem mudanças nos sentimentos, no humor, no jeito de enxergar a si mesmo e ao mundo (MAHAN, 2013; BRASIL, 2010). As alterações cognitivas e emocionais decorrentes das mudanças hormonais le- vam ao amadurecimento, o famoso “estirão”. É um período em que o adolescente começa a experienciar mais autonomia, responsabilidades e independência. Começa a questionar mais e todo esse pro- cesso se reflete em suas escolhas alimentares. Tende a ser uma fase de conflitos e questionamentos com os pais e na escola (MAHAN, 2013; BRASIL, 2010). A autoimagem passa a sofrer mais influência da mídia, dos amigos e das Redes Sociais. É uma fase na qual aumenta muito a incidência de transtornos alimentares. O adolescente passa a construir seus próprios valores. Todo esse processo se refle- te nas escolhas alimentares e no estado de saúde do adolescente (MAHAN, 2013; BRASIL, 2010). Adolescentes tendem a dormir tarde, acordar muito cedo e a passar muito tempo em atividades que exigem atenção e concentração. A privação de sono, associada à ansiedade, pode levar ao aumento do índice de massa corporal, quando o ado- lescente não pratica atividade física ou não tem uma boa alimentação (MAHAN, 2013; BRASIL, 2010). Durante o estirão, o crescimento do adolescente é acelerado e a demanda por alguns micronutrientes aumenta, como veremos mais para frente (MAHAN, 2013; BRASIL, 2010). A alimentação do adolescente tem sido caracterizada pelo elevado consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura, açúcar e sódio, e pelo baixo consumo de alimentos in natura, como frutas, verduras, legumes e hortaliças (BRASIL, 2009). Uma alimentação inadequada, nessa fase, aumenta o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes do tipo II e di- versos tipos de câncer. Muitos dos padrões alimentares estabelecidos nesta idade serão mantidos ao longo da vida adulta. Alterações Hormonais Nesta fase, ocorre o aumento da transpiração e dos odores, tanto em meninos quanto em meninas, principalmente nas axilas e nos pés. Também pode ocorrer o surgimento de espinhas devido ao processo de amadurecimento hormonal do corpo e pela oleosidade da pele aumentada. 9 UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente Nas meninas, ocorre a menarca (primeira menstruação), o surgimento do bro- to mamário (seio), pelos na genitália (vulva) e axilas e aumento no tamanho dos quadris, que ficam arredondados, enquanto a cintura fica mais fina. A maioria das meninas cresce em média de 5 a 8cm de altura após a menarca, no máximo. Já nos meninos, acontece a semenarca (1ª ejaculação), além do alargamento dos ombros e um aumento gradativo da força e da musculatura, que dobra de tamanho. Os homens ganham duas vezes mais massa magra do que as mulheres, resultando em diferenciação na porcentagem de massa livre de gordura e massa gorda. Nos meninos, também ocorrem mudanças no tom de voz, inicia-se o aumento dos testículos e do pênis. Também há o aparecimento de pelos na região pubiana, axilas, rosto e restante do corpo (MAHAN, 2013; BRASIL, 2010). Em meio a tantas transformações, é importante que o nutricionista se comunique de forma interessante e que desperte autonomia no adolescente para que, em meio a todos os processos pelo qual ele passa, ele se sinta confortávele empoderado para seguir uma alimentação saudável. Excesso de rigidez pode levar tanto o adolescente a não seguir a dieta como a transtornos alimentares. Afinal, essa é uma fase de grandes mudanças, em que o adolescente se compara e busca se encaixar em grupos. Exigir demais, cobrar ou colocar um “peso” sobre a alimentação saudável pode levar a traumas e à intensi- ficação da má alimentação. Recomendações Nutricionais Alimentação adequada e saudável é uma prática alimentar apropriada aos aspectos biológicos e socioculturais dos indivíduos, bem como ao uso sustentável do meio ambiente. Deve estar de acordo com as necessi- dades de cada fase do curso da vida e com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; ser acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade; baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis; com quantidades mínimas de contaminantes fí- sicos, químicos e biológicos Política Nacional de Alimentação e Nutrição. (PNAN) (BRASIL, 2013) Nesta fase da vida, em que o crescimento é acelerado, deve-se ter atenção es- pecial a alguns nutrientes, cujas necessidades estão aumentadas por estarem forte- mente ligados ao padrão de crescimento, como proteína, ferro, cálcio e vitaminas A e C. 10 11 A prescrição dietética pode ser calculada por meio de algumas fórmulas, apre- sentadas no Quadro a seguir. Assim, para o Gasto Energético Total (GET), temos: Tabela 2 – Prescrição dietética Idade Meninas Meninos 9 a 18 anos 135,3- (30,8 x I) + FA x [(10 x P)] + (539,6 x E)] 88,5 – (61,9 x I) + FA x[(26,7 x P)] + (903 x E)] + 25 19 anos ou mais 354- (6,91 x I) + FA x [(9,36 x P) + (726 x E)] 662 – (9,53 x I) + FA x [(15,91 x P) + (539, E)] Fonte: IOM, 2002 E, para compor o cálculo, consideramos também os fatores de atividade física descritos na Tabela a seguir. O valor selecionado para cálculo da atividade física, substituímos na fórmula acima, no local de FA. Tabela 3 – Gasto energético F.A. Meninos F.A Meninas 1 Sedentário 1 Sedentário 1,13 Pouco ativo 1,16 Pouco ativo 1,26 Ativo 1,31 Ativo 1,42 Muito ativo 1,56 Muito ativo Fonte: IOM, 2002/2005 O GET também pode ser estimado por meio da fórmula de bolso: Tabela 4 – Fórmula de bolso Idade Meninas Meninos 11 a 14 anos 47 kcal/kg ou 14 kcal/cm 55 kcal/kg ou 16 kcal/cm 15 a 18 anos 40 kcal/kg ou 13, 5 kcal/cm 45 kcal/kg ou 17 kcal/cm Fonte: NRC RDA, 1989 Em seu material de estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica, o Ministério da Saúde traz: Obesidade, uma fórmula de cálculo para crianças e ado- lescentes com sobrepeso e obesidade. Para calcular as necessidades energéticas de adolescentes com sobrepeso ou obesidade, seguimos outras recomendações que estão descritas a seguir: 11 UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente Tabela 5 – Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica com obesidade Fórmula de cálculo para manutenção do p eso em meninos com excesso de peso entre 3 e 18 anos TEE= 114 - (50,9 x idade[anos]) + PA (19,5 x peso [kg] +1161,4 x estatura[m]) Em que o PA é o coeficiente de atividade física: PA= 1,00 se PAL estimado em ≥1,0 1,4 (sedentário) PA= 1,12 se PAL estimado em ≥1,4 1,6 (pouco ativo) PA= 1,24 se PAL estimado em ≥1,6 1,9 (ativo) PA= 1,45 se PAL estimado em ≥1,9 2,5 (muito ativo) Fórmula de cálculo para manutenção do peso em meninas com excesso de peso entre 3 e 18 anos TEE= 389 - (41,2 x idade[anos]) + PA x 15,0 x peso [kg] + 701,6 x estatura [m]) Em que PA é o coeficiente de atividade física: PA= 1,00 se PAL estimado em ≥1,0 1,4 (sedentário) PA= 1,18 se PAL estimado em ≥1,4 1,6 (pouco ativo) PA= 1,35 se PAL estimado em ≥1,6 1,9 (ativo) PA= 1,60 se PAL estimado em ≥1,9 2,5 (muito ativo) Fonte: MS, 2014 Equação para predizer necessidades energéticas: Tabela 6 Variação etária (anos) kcal/dia Masculino zero - 3 3 - 10 10 - 18 18 - 30 30 - 60 60 60,9 x Peso (kg) - 54 22,7 x Peso (kg) + 495 17,5 x Peso (kg) + 651 15,3 x Peso (kg) + 679 11,6 x Peso (kg) + 879 13,5 x Peso (kg) + 487 Feminino zero - 3 3 - 10 10 - 18 18 - 30 30 - 60 60 61,0 x Peso (kg) - 51 22,5 x P Peso (kg) + 499 12,2 x Peso (kg) + 746 14,7 x Peso (kg) + 496 8,7 x Peso (kg) + 829 10,5 x Peso (kg) + 596 Fator atividade Física Homens Mulheres Leve 1,55 1,56 Moderado 1,78 1,64 Intenso 2,10 1,82 Fonte: WHO, 1985 Macronutrientes Proteínas, Carboidratos e Lipídeos Proteína Segundo as DRIs, é recomendada ingestão proteica de 12 a 15% do VET, sendo a recomendação em g/kg/d de acordo com a idade: 12 13 Tabela 7 – NME, necessidades médias estimadas. RDA, ingestão diária recomendada Idade (anos) RDA (g /kg /dia) 9-13 0,95 ou 34 g/dia* 14-18 Homens 0,85 ou 52 g/dia* 14-18 Mulheres 0,85 ou 46 g/dia* Fonte: Institute of Medicine, Food and Nutrition Board: Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids, Washington, DC, 2002, National Academies Press Carboidrato 45 a 65% do VET, sendo aproximadamente 130g/d. Fibras Os valores recomendados para adolescentes são: para garotos com 9 a 13 anos – 31 g/dia; com 14 a 18 anos – 38 g/dia, e garotas com 9 a 18 anos – 26 g/dia (IOM, 2006). Lipídeo 25 a 35% do VET, sendo que os Ácidos Graxos Saturados não devem exceder 10% das calorias de lipídeos. A seguir, temos as recomendações para os tipos de ácidos graxos mono e po- liinsaturados: Tabela 8 – IA para ácidos graxos poli-insaturados (ácido linoleico) por sexo e idade Ácidos graxos poliinsaturados (ácido linoleico) Ácidos graxos poli-insaturados ω-3 (α-ácido linoleico) Idade Meninos Meninas Idade Meninos Meninas 9 a 13 anos 12 g/dia 10 g/dia 9 a 13 anos 1,2 g/dia 1 g/dia 14 a 18 anos 16 g/dia 11 g/dia 14 a 18 anos 1,6 g/dia 1,1 g/dia Fonte: IOM, 2006 Alimentos que contém os ácidos graxos: • Ácidos graxos saturados: encontrados em alimentos de origem animal, como carnes, laticínios e ovos, principalmente. Nos vegetais, são encontrados no coco e no amendoim; • Ácidos graxos monoinsaturados: azeite de oliva, abacate, açaí, óleos de açaí, tucumã e buriti, óleo de canola, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas, ma- cadâmia, castanhas de caju, castanha-do-Pará, semente de girassol); 13 UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente • Ácidos graxos poliinsaturados: encontrados em grande quantidade nos óle- os de peixes marinhos de águas frias e em suas vísceras (sardinha, salmão, atum, arenque e anchova, entre outros, e também em algas marinhas, nos óleos e nas sementes de alguns vegetais, como a chia e a linhaça, por exemplo. Micronutrientes Tabela 9 DRI: Adolescentes do Sexo Masculino (M) e Feminino (F) Micronutriente RDA/IA dos 9-13 de idade RDA/IA dos 14-18 de idade Vitaminas Vitamina A (mcg RAE) 600 (M e F) 700 (M e F) Vitamina E (mg) 11 (M e F) 15 (M e F) Tiamina (mg) 0,9 (M e F) 1,2 (M) 1 (F) Riboflavina (mg) 0,9 (F e M) 1,3 (M)1,0 (F) Niacina (mg) 12 (F e M) 16 (M)14 (F) Vitamina B6 (mg) 1 (F e M) 1,3 (M)1,2 (F) Folato (Ug DEF) 300 (F e M) 400 (F e M) Vitamina B12 (mcg) 1,8 (F e M) 2,4 (F e M) Vitamina C (mg) 45 (F e M) 75 (M)65 (F) Vitamina K (mg) 60 (F e M) 75 (F e M) Vitamina D 5 (F e M) 5 (F e M) Minerais Fósforo (mg) 1.250 (F e M) 1.250 (F e M) Magnésio (mg) 240 (F e M) 410 (M)360 (F) Ferro (mg) 8 (F e M) 11 (M)15 (F) Zinco (mg) 8 (F e M) 11 (M)9 (F) Cálcio (mg) 1.300 (F e M) 1.300 (F e M) Sódio (mg) 1.500 (F e M) 1.500 (F e M) Alguns Pontos que devem ser Considerados ao Realizar o Cálculo e Distribuição de Micronutrientes Ferro Especialmente para as meninas, por conta da menarca, o ferro deve ser obser- vado. Os valores de recomendação são maiores para mulheres a partir dessa idade. 14 15 Alimentos fonte de ferro: carnes, gema de ovos, vegetais verde-escuros, beter- raba, leguminosas, soja, tofu e algumas algas. Podemos combinar com alimentos fonte de vitamina C (que ajudam na sua absorção), o que é uma estratégiaeficiente. Uma opção simples é temperar a salada com limão ou orientar o consumo de frutas de sobremesa. Outro ponto de atenção é quando o adolescente substitui refeições por lanches ou outras opções pouco nutritivas. Devemos orientá-lo para preservar os valores nutricionais das refeições principais. Cálcio A necessidade é maior do que em adultos, devido ao acelerado crescimento muscular e ósseo, e para a manutenção da função endócrina. Pode haver baixo consumo pela omissão do café da manhã, alto consumo de refrigerantes e café (aumento da excreção de cálcio pela urina). Alimentos fonte de cálcio: laticínios, feijão branco, vegetais verde-escuros, grão de bico, soja, tofu, gergelim, damasco, tangerina e ameixa. O adolescente deve ser orientado, também, para não incluir, na mesma refeição, laticínios e alimentos fonte de ferro, visto que eles competem pelo mesmo sítio de absorção, atrapalhando a absorção de ambos. Vitamina A Sua deficiência pode prejudicar os processos de crescimento, a diferenciação celular, a visão e a integridade da pele, entre outras funções no processo de desenvolvimento. A deficiência de vitamina A é muito comum no Brasil, desde a gestação. Temos políticas de suplementação para gestantes e neonatos para suprir essa deficiência, que é uma das principais causas de cegueira. Alimentos fonte de retinol (vitamina A “pronta”): vísceras, gema de ovos e laticínios. Carotenoides (precursor de vitamina A): frutas e legumes amarelos, laranja e ver- de escuro. Alguns exemplos: manga, espinafre, acelga, pequi, abóbora, cenoura, caju, cajá, laranja, chicória, couve, salsa, goiaba. Alguns óleos também são fonte de vitamina A: dendê, pequi, buriti, pupunha e tucumã. Vitamina C Devemos ficar mais atentos aos adolescentes que fumam ou fazem uso de con- traceptivos orais, pois atrapalham a absorção das vitaminas. Os alimentos fonte são os mesmos fonte de vitamina A. 15 UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente Ácido fólico O ácido fólico atua no processo de multiplicação celular, na formação de pro- teínas estruturais e na hemoglobina. Como o adolescente passa pelo estirão, é fundamental incluir esses alimentos diariamente na alimentação. O ácido fólico está presente nos vegetais de folhas verde-escuras e nas frutas cítricas. Hoje, muitos alimentos já são fortificados com ácido fólico e podem ser indicados, especialmente os cereais (MAHAN, 2013). É importante ter cuidado com o tipo de alimento fortificado que será indicado, já que muitos possuem antinutrientes, gordura hidrogenada e muito açúcar. A seguir, temos orientações do Departamento de Nutrologia, separando os alimentos de acordo com grupos alimentares e sugestões de consumo diários para adolescentes: Tabela 10 Número de porções diárias recomendadas de acordo com a faixa etária, por grupo da Pirâmide Alimentar Nível Pirâmide Grupo Alimentar Adolescentes 1 Cereais, pães, tubérculos e raízes 5 a 9 2 Verduras e legumes 4 a 5 Frutas 4 a 5 3 Leites, queijos e iogurtes 3 Carnes e ovos 1 a 2 Feijões 1 4 Óleos e gorduras 1 a 2 Açúcar e doces 1 a 2 Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2012 Avaliação do Estado Nutricional O Caderno de Atenção Básica do Ministério da Saúde dispõe que, para a avaliação do estado nutricional de adolescentes de 10 a 19 anos de idade, são ne- cessárias as seguintes informações: cálculo da idade em meses (data de nascimento e data de atendimento), peso, estatura e sexo, sendo necessário para a classificação do estado nutricional: 1. Mensuração do peso e da altura; 2. Cálculo do IMC; 3. Cálculo da idade em meses. Por meio das Tabelas de percentis, é possível identificar eutrofia, magreza, so- brepeso ou obesidade, pelo valor de IMC obtido. Na Disciplina de Avaliação do Estado Nutricional, veremos quais as curvas, orientações para antropometria e como orientar os adolescentes e os pais para manutenção do peso adequado. 16 17 A seguir, temos três modelos de planejamento alimentar, sendo um deles vege- tariano, atendendo a todas as necessidades de um adolescente. Esse plano foi calculado nas necessidades diárias de uma adolescente entre 15 a 19 anos, com necessidades diárias de aproximadamente 1600kcal, seguindo as recomendações de 15% de proteína e 25% de lipídeos. Tabela 11 – Modelo de Planos Alimentares para adolescentes Refeição Alimento Opção 1 Opção 2 (Vegetariana) Opção 3 Café da Manhã Leite semidesnatado (1 copo de 200ml); 2 colheres de sopa de chocolate 50% cacau; 1 pão francês integral com; 1 fatia pequena de queijo branco (minas frescal); 3 fatias de tomate e orégano a gosto. Vitamina de abacate (1 copo de 200ml de leite semidesnatado + 3 colheres de sopa cheias de abacate); 5 colheres de sopa de granola sem açúcar; 1 colher de sobremesa de mel para adoçar. Iogurte de morango (smoothie); 1 copo de iogurte desnatado; 1 banana congelada; 6 morangos médios. Lanche da Manhã 4 castanhas de caju (10g); 1 fatia pequena de bolo de maçã integral (60g). Lanche natural de ricota com cenoura (2 pães de forma integral + 1 colher de sopa de ricota com cenoura ralada). 1 copo de suco de laranja natural sem açúcar; 1 unidade de pão de queijo integral (80g). Almoço ½ prato de salada de alface e cenoura ralada; Temperar com 1 colher de chá de azeite, limão e sal (com moderação); 1 filé pequeno de bife acebolado grelhado; 2 colheres de servir de arroz branco; 1 concha pequena de feijão carioca; 1 fatia fina de melancia. ½ prato de salada de rúcula e 3 rodelas de tomate; Temperar com 1 colher de chá de azeite, limão e sal (com moderação); 4 almôndegas de grão-de-bico com couve; 2 colheres de servir de arroz integral; 1 concha pequena de feijão carioca; 1 mexerica. ½ prato de repolho branco e repolho roxo; Temperar com 1 colher de chá de azeite, limão e sal (com moderação); 5 colheres de sopa de brócolis cozido; 4 colheres de sopa de cenoura cozida; 1 filé de salmão pequeno assado 2 colheres de servir de arroz branco; 1 concha pequena de feijão preto; 10 uvas. Lanche da Tarde 1 copo de iogurte desnatado (200ml); 5 colheres de sopa rasas de granola sem açúcar (25g); 1 fatia pequena de mamão (100g); 1 colher de sobremesa de mel; Adicionar canela a gosto. 1 tapioca com queijo; 4 colheres de sopa de goma de tapioca; 1 fatia pequena de queijo branco. 1 xícara de salada de frutas picadas (mamão, abacaxi, manga, maçã, banana) com caldo de suco de laranja sem açúcar. Jantar ½ prato de acelga crua; 2 rodelas grossas de tomate: Temperar com 1 colher de chá de azeite, limão e sal (com moderação); omelete (1 ovo + 2 fatias grossa de tomate e orégano); batatinha grelhada (4 unidades pequenas); 1 colher de servir de arroz branco; 1 concha pequena de feijão carioca; 1 fatia grande de melão (100g). 1 colher de servir cheia de taioba refogada; Escondidinho de lentilha e ervilha: 4 colheres de sopa cheias de purê de mandioquinha; 2 conchas cheias de Lentilha e ervilha cozidas; 1 colher de servir de arroz integral; 1 fatia pequena de abacaxi. ½ prato de alface crua; 2 rodelas grossas de tomate Hambúrguer caseiro ; 1 pão de hambúrguer ou filão; 1 hambúrguer de carne moída ou grão- de bico. Ceia 1 maçã cortada em fatias, com canela no micro-ondas. Bolinho de banana com aveia no micro-ondas: 1 ovo; 2 colheres de sopa de aveia em flocos finos; 1 banana amassada. 1 fatia grande de melão. Fonte: Cardápios elaborados pela professora Vanessa Menck. Todas as informações de porções foram calculadas no aplicativo Dietbox 17 UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente Dez passos para a Alimentação Saudável de Adolescentes • Passo 1: Para manter, perder ou ganhar peso, procure a orientação de um profissional de Saúde; • Passo 2: Alimente-se cinco ou seis vezes ao dia. Coma no café da manhã, almoço, jantar e faça lanches saudáveis nos intervalos; • Passo 3: Tente comer menos salgadinho de pacote, refrigerantes, biscoitos reche- ados, lanches de fast-food, alimentosde preparo instantâneo, doces e sorvetes; • Passo 4: Escolha frutas, verduras e legumes de sua preferência; • Passo 5: Tente comer feijão todos os dias; • Passo 6: Procure comer arroz, massas e pães todos os dias; • Passo 7: Procure tomar leite e/ou derivados todos os dias; • Passo 8: Evite o consumo de bebidas alcoólicas; • Passo 9: Movimente-se! Não fique horas em frente à TV ou ao computador; • Passo 10: Escolha alimentos saudáveis nos lanches da Escola e nos momentos de lazer. Mudanças de Hábito Alimentar na Adolescência Dietas restritivas, da moda e impactos na saúde A mudança de hábitos alimentares é uma forma de diferenciação dos pais, con- siderando que os alimentos podem ser vistos como uma forma de exercer autono- mia, expressar preocupações éticas e morais ou para se inserir ao ciclo social. É nesse período que os hábitos e o consumo de alimentos fora de casa e junto aos amigos trazem diversas mudanças comuns para os adolescentes: • Pular refeições; • Substituir as refeições principais por lanches; • Aumentar o consumo de doces, salgadinhos, frituras e refrigerantes; • Reduzir o consumo de frutas, verduras, legumes e hortaliças. Isso tem como consequência a baixa ingestão de vitaminas, minerais, água e fibras. Em médio e longo prazo, leva à deficiência desses nutrientes e maior inci- dência das doenças crônicas não transmissíveis. Nessa fase, a maioria dos adolescentes não é capaz de correlacionar seus com- portamentos atuais com os riscos futuros na saúde. Além de sofrerem concomi- tantemente uma pressão midiática dos e da própria cultura e sociedade para que tenham um corpo “ideal”. Isso ocorre, principalmente, com as meninas. 18 19 De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) (2015), uma em cada cinco meninas brasileiras com idade entre 13 e 15 anos se considera gorda ou muito gorda. E, embora as meninas que se consideram gordas ou muito gordas representem 21,8% das entrevistadas, o desejo de perder peso atinge 30,3% delas. Até o final do século XIX, as pessoas eram bem vistas com sobrepeso e o estere- ótipo de uma pessoa saudável tinha umas “curvinhas” a mais. O sobrepeso estava relacionado à riqueza, à beleza e à força. Nos dias atuais, vemos exatamente o inverso. Um foco excessivo na magreza. Em ambos os casos, o “corpo belo” não está relacionado à saúde, mas sim, a um padrão social e status de corpo belo e desejado. É frequente o número de pessoas que insatisfeitas com sua imagem, acaba fazendo as dietas extremamente restritivas ou “malucas”. Dieta da sopa, dieta da lua, dieta da proteína, low carb, jejum, paleo e muitas outras que virão... são alguns dos exemplos de dietas que são “prescritas” por pessoas da Internet não qualifica- das e, também, por Profissionais da Saúde. Não vamos entrar no mérito das dietas: se cada uma “funciona” em seus meta- bolismos, o que importa para nós nutricionistas é que, para os adolescentes, existe um risco forte de trazer como consequência o desenvolvimento de transtornos ali- mentares, como bulimia ou anorexia. Outros prejuízos que dietas restritivas podem causar: • Físicos: Distúrbios no crescimento, dificuldades respiratórias, alterações de pele e problemas sanguíneos; • Sociais: Exclusão do grupo de amigos e familiares, envolvimento com grupos com desconhecidos na Internet que promovem ações e práticas extremistas; • Psicológicas: Baixa autoestima, confiança, ansiedade e depressão. A forma como o adolescente lida com suas insatisfações pode desencadear com- portamentos de risco ou transtornos alimentares, tanto a restrição alimentar extre- ma quanto a compulsão e o uso de métodos compensatórios. Ao lidar com adolescentes, é importante que o nutricionista aborde temas como dietas da moda. Ele deve compreender o conceito e o impacto da imagem corpo- ral e discutir sobre os modelos irreais propagados nas Mídias, para que, com esse enfoque, o profissional contribua com a autoestima do adolescente e estimule com- portamentos saudáveis para o controle de peso e a mudança do comportamento alimentar (ALVARENGA et al., 2015). Críticas excessivas, “broncas” e formas impositivas não costumam funcionar na abordagem nutricional com os adolescentes. As dietas restritivas podem ser um início para transtornos alimentares. A seguir, temos os mais comuns, quais seus efeitos no organismo e o tratamento nutricional. 19 UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente Transtornos Alimentares Os Transtornos Alimentares (TA) têm critérios diagnósticos baseados em carac- terísticas psicológicas, comportamentais e fisiológicas. A Anorexia Nervosa (AN) e a Bulimia Nervosa (BN) são os quadros mais conhecidos. Existem outros tipos de transtornos, que são classificados como: Transtorno Ali- mentar sem Outra Especificação (TASOE), como é o caso de Transtorno da Compul- são Alimentar Periódica (TCAP). São mais frequentes entre mulheres adolescentes ou adultas jovens, entre 18 e 30 anos (ADA, 2006). Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (Tcap) O perfil de portadores do TCAP inclui pacientes com maior índice de Massa Corporal (IMC), refeições de alto consumo calórico, histórico de oscilações de peso rápidas, dificuldade de perder peso, acentuada insatisfação com o corpo, imagem corporal ruim e distância entre o peso desejado e o real (GALVÃO, 2006). Anorexia Nervosa (AN) A Anorexia Nervosa (AN) caracteriza-se pela perda de peso intensa à custa de dieta extremamente rígida. Em quase todos os casos, existe uma busca desenfreada pela magreza, distorção da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual, no caso de meninas. Por vezes, ocorre a prática do jejum e restrições alimentares rígidas. Os pacien- tes com NA evitam alimentos com alto conteúdo calórico e buscam, em alguns casos, prática da atividade física intensa (exercícios e hiperatividade motora). Alguns portadores da doença, além de controlar a dieta, induzem vômitos, to- mam purgantes, utilizam frequentemente diuréticos ou drogas anorexígenas, hor- mônios tireoidianos ou outras substâncias. A Anorexia Nervosa pode acarretar diversas complicações físicas: • Queda de cabelo; • Pele seca; • Hipotensão arterial; • Intolerância ao frio; • Anemia; • Distúrbios renais; • Infertilidade; • Hipotermia; 20 21 • Convulsões; • Indução de osteoporose severa em idade precoce. Trazendo, também, consequências emocionais como depressão, desânimo e tristeza. Alterações no estado nutricional e no metabolismo são consequências da ingestão insuficiente de calorias e proteínas, o que leva à queima das reservas de gordura e de massa magra, com aumento de água extracelular (semelhantes àque- las encontradas no estado de inanição por carência de alimentos) (SBAN, 2011). Ocorrem alterações no funcionamento e níveis dos hormônios tireoidianos, IGF1, da concentração plasmática de leptina e do aumento dos níveis de cortisol e de grelina. É comum, também, a hipercolesterolemia, por perda grave da massa gordurosa corporal (a lipólise está aumentada e a síntese de colesterol reduzida) (SBAN, 2011). Algumas consequências físicas refletem sobre vários sistemas orgânicos e são: redução da força muscular, fraqueza do músculo cardíaco, redução do crescimento corporal, alterações endócrinas, hidroeletrolíticas, gastrintestinais, redução dos meca- nismos de defesa orgânica e até alterações na matriz cerebral (CARVALHO, 2008). Bulimia Nervosa A Bulimia Nervosa (BN) é caracterizada pela rápida ingestão de alimentos em gran- des quantidades e está relacionada à sensação de perda do controle (episódios bulímicos). Os episódios vêm acompanhados de métodos para compensar o alto consumo de alimentos, como o vômito autoinduzido, o uso de medicamentos, dietas e exer- cícios físicos. O start da bulimia é, normalmente, a excessiva preocupação em relação ao corpo e suas formas. As dietas restritivas costumam gerar momentos de fome des- controlada e compulsão alimentar (come descontroladamente). A compulsãovem acompanhada da culpa, de mal-estar físico e de vômito (indu- zido para não engordar). É um comportamento que traz satisfação e alívio momen- tâneos e se transforma em um círculo vicioso. As complicações clínicas mais comuns do portador de bulimia são: calosidade no dorso da mão pela lesão da pele com os dentes (sinal de Russel), erosão do esmalte den- tário (em função dos vômitos), irregularidade menstrual e desidratação (SBAN, 2011). Na BN, ocorrem alterações hidroeletrolíticas gastrointestinais (gastrite, esofagite, azia, pirose), aumento da frequência do desenvolvimento e cáries e até mesmo, a perda dos dentes. Pode ocorrer aumento dos triglicérides, anemia e comprometi- mento muscular e cardíaco (CARNEY, 2002). É possível que, com o agravamento do quadro de AN, o paciente precise ser hospitalizado. 21 UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente Recomendação Nutricional nos Transtornos Alimentares Os objetivos principais da Terapia Nutricional para a anorexia nervosa são a recuperação do peso corporal e a normalização do padrão alimentar. Na bulimia, o objetivo da TN é reduzir ou eliminar o comportamento alimentar de voracidade e de purgação, quando este último estiver presente (SBAN, 2011; CR130, 2005). O ganho de peso em pacientes durante a hospitalização está associado a melhor evolução em curto prazo e continuidade do tratamento. Durante esse processo, é recomendada a monitorização diária dos eletrólitos séricos. A recomendação de ganho de peso durante a internação hospitalar é de 0,5 a 1,0kg/semana. Os transtornos alimentares acometem muitos adolescentes e devem ser observa- dos pelos pais, professores e alunos. A atuação do nutricionista é junto à Equipe Multiprofissional para tratamento do transtorno alimentar. No atendimento clínico, quando diagnosticado, o paciente deve ser encaminhado para o médico e o psicólogo especializados. A área de transtornos alimentares é uma área com especializações e direcionamentos muito específicos. É possível atuar em hospitais e no atendimento clínico especializado em consultórios e clínicas médicas. Veja os exercícios desta aula! Bons estudos! 22 23 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Perfil nutricional e autopercepção corporal de bailarinas adolescentes Vargas, J.; Bernardi, J.; Gallon, C. Perfil nutricional e autopercepção corporal de bailarinas adolescentes. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 5. n. 29. p. 425-433. Setembro/Outubro. 2011. Problematização como estratégia de educação nutricional com adolescentes obesos Rodrigues, E.; Boog, M. C. Problematização como estratégia de educação nutricional com adolescentes obesos. Cad. Saúde Pública vol.22 no.5 Rio de Janeiro May 2006. Leitura Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. http://bit.ly/2u68QFL Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição-Região Sudeste Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição-Região Sudeste (CECAN-SUDESTE) /ENSP/FIOCRUZ/MS. Guia alimentar do adolescente. 2017. http://bit.ly/2v4zEpF 23 UNIDADE Recomendações Nutricionais para o Adolescente Referências ALVARENGA, M. et. al. Nutrição Comportamental. Barueri, Manole Ltda., 2015. AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (ADA). Position of the American Dietetic Association: nutrition intervention in the treatment of anorexia nervosa, bulimia nervosa, and other eating disorders. J Am Diet Assoc. Cle- veland, n. 106, p. 2073-82, 2006. BEAUMONT, P. J. V. The clinical presentation of anorexia and bulimia nervosa. In: BROWNELL, K. D.; FAIRBURN, C. G. Eating disorders and obesity. New York: Guilford, 1995. p. 151-8. BIRMINGHAM, C. L.; GRITZNER S. How does zinc supplementation benefit Anorexia Nervosa? Eat Weight Disord. Switzerland, n. 11, p. 109-111, 2006. BOURRE, J. M. Effects of nutrients (in food) on the structure and function of the Nervous System: Update on dietary requirements for brain. Part 1: Micronutrients. J Nutr Health Aging Toronto, n. 10, p. 377-385, 2006. BRASIL. Caderneta de saúde do adolescente. Meninos e Meninas. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. BRASIL. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesida- de. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 212p. CARNEY, C.P.; ANDERSEN, A. E. Eating disorders: guide to medical evaluation and complications. Psychol Med, Cambridge, n. 10, p. 657-679, 1996. CARVALHO, R. J. M. A moda das dietas e suas repercussões no comporta- mento alimentar das mulheres. Pleiade, [S.l.], v. 2, n. 2, p. 59-74, 2008. CÓRDAS, T. A. et al. Os transtornos alimentares e a evolução no diagnóstico e tratamento. In: PHILIPPI, S. T.; ALVARENGA, M. Transtornos alimentares: uma visão nutricional. Barueri: Manole, 2004. CR130. [Council Report CR130] Guidelines for the nutritional management of anorexia nervosa. The Royal College of Psychiatrists. London, jul. 2005. Dis- ponível em: <https://cdn.ymaws.com/www.feast-ed.org/resource/resmgr/Docs/ Meal_Plans/Guidelines_nutritional_AN_cr.pdf>. GALVÃO, A. L. et al. Aspectos históricos e evolução do diagnóstico. In: NUNES, M. A. et al. Transtornos alimentares e obesidade. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 31-50. HUMPHRIES L. et al. Zinc deficiency and eating disorders. J Clin Psychiatry Toronto, n. 50, p. 456-459, 1989. 24 25 IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da popula- ção brasileira. Rio de Janeiro: Coordenação de População e Indicadores Sociais, 2016. IOM (Institute Of Medicine). DRIs – Dietary Reference Intakes for calcium, phosphorus, magnesium, vitamin D, and fluoride. Washington D.C.: National Academy Press, 1997. 432p. Disponível em: <http://www.nap.edu>. MAHAN, S. E.; KRAUSE, R. J. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia – 13.ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 2013. SALVY, S. J., MCCARGAR, L. Nutritional interventions for individuals with bulimia nervosa. Eat Weight Disord, Switzerland, n. 7, p. 258-267, 2002. SBAN, A. B. N. Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional no Paciente com Transtor- nos Alimentares. Brasília, 2011. Disponível em: <https://diretrizes.amb.org.br/_Bi- bliotecaAntiga/terapia_nutricional_no_paciente_com_transtornos_alimentares.pdf>. VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. WHO – World Health Organization. Young People´s Health – A Challenge for Society. Report of a WHO Study Group on Young People and Health for All. Technical Report Series 731. Geneva: WHO, 1986. 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