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TABELA CRIMES PENAL IV

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RAQUEL MARIA CUPERTINO MACHADO
CRIME SUJEITOS DO CRIME CONDUTA VOLUNTARIEDADE CONSUMAÇÃO E TENTATIVA QUALIFICADORAS MAJORANTES Ação Penal
Estupro 
Art. 213, CP 
Pena Reclusão, 6 
a 10 anos
Bicomum, qualquer pessoa pode ser o 
sujeito ativo ou passivo.
Puni-se o ato libidinagem violento, coagido, 
obrigado, forçado, buscando o agente 
constranger a vítima a conjunção carnal ou 
praticar ou permitir que com ele se pratique 
outro ato lididinoso.
É o dolo de constranger alguém, mediante 
violência ou grave ameaça, a ter 
conjunção carnal ou a praticar ou permitir 
que com ele se pratique outro ato 
libidinoso.
Se consuma com a prática do ato de 
libidinagem. Perfeitamente possível a 
tentativa.
Qualificadoras Preterdolosas: § 1: 
Resulta lesão corporal grave ou a vítima 
é menor de 18 ou maior de 14 anos: Pena 
R 8 a 12 anos. § 2: Resulta 
morte: Pena R 12 a 30 anos.
Art. 226, I: De quarta parte, se o crime é cometido com o concurso 
de 2 ou mais pessoas. Inciso II: Se o agente é ascendente, , 
padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou 
curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu outra 
forma de obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. 
Art. 234-A: III -Metade se resulta gravidez. 
IV - de 1/6 ate 1/2 se o agente transmite à vítima doença 
sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser 
portador.
Condicionada à 
representaçao, entretanto 
mediante ação penal 
pública indondicionada se a 
vítima é menor de 18 ou 
pessoa vunerável.
Violação Sexual 
Mediante 
Fraude Art. 
215, CP Pena: 
Reclusão 2 a 6 
anos
Crime comum, podendo ser praticado 
por qualquer pessoa.
Pune-se o estelionato sexual quando o agente, 
sem emprego de violência, pratica com a 
vítima ato de libidinagem, usando de fraude 
ou outro meio que impeça ou dificulte 
manisfestação de vontade da vítima.
É o dolo de praticar ato de libidinagem 
com alguém mediante o emprego de meio 
fraudulento ou outro meio que impeça ou 
dificulte a livre manifestação de vontade 
da vítima.
Se consuma com a prática do ato de 
libidinagem. A tentativa é admissível por ser 
tratar de crime plurissubsistente.
§ único: Se o crime é cometido com o 
fim de obter vantagem econômica, 
aplica-se também multa.
Art. 226, I: De quarta parte, se o crime é cometido com o concurso 
de 2 ou mais pessoas. Inciso II: Se o agente é ascendente, , 
padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou 
curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu outra 
forma de obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. 
Art. 234-A: III -Metade se resulta gravidez. 
IV - de 1/6 ate 1/2 se o agente transmite à vítima doença 
sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser 
portador.
Condicionada à 
representaçao, entretanto 
mediante ação penal 
pública indondicionada se a 
vítima é menor de 18 ou 
pessoa vunerável.
Assédio Sexual 
Art. 216-A, CP 
Pena: Detenção 
1 a 2 anos
Crime próprio, só pode ser praticado 
por superior hierárquico ou 
ascentente em relação de emprego, 
cargo ou função. O sujeito passivo 
também é próprio, ser subalterno do 
autor. Pode ser cometido entre os 
mesmos sexos.
Constranger alguém com o intuito de obter 
vantagem sexual, prevalecendo-se o agente de 
sua condição de superior hierárquico ou 
ascendência (condição de mando) inerentes ao 
exercício de emprego, cargo ou função. 
É o dolo de constranger a vítima, aliado à 
finalidade especial de obter vantagem ou 
favorecimento sexual. Obs.: A vantagem 
sexual poderá ser para o próprio agente 
ou para outrem, haverá assim o concurso 
de pessoas.
1ª Corrente: O crime se perfaz com o 
constrangimento, mesmo que por um só 
ato, independentemente da obtenção da 
vantagem sexual, cabendo tentativa. 2ª 
Corrente: Condutas reinteiradas para 
configurar o delito, neste caso por ser crime 
habitual não caberá tentativa.
* Condição de Aprendiz: Aumenta a pena em 1/3 se a 
vítima é menor de 18 anos. *Se o agente é 
ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, 
companheira, tutor ou curador, preceptor aumenta a 
metade.
Condicionada à 
representaçao, entretanto 
mediante ação penal 
pública indondicionada se a 
vítima é menor de 18 ou 
pessoa vunerável.
Estupro de 
Vulnerável Art. 
217-A, CP Pena: 
Reclusão 8 a 15 
anos
Crime comum, podendo ser praticado 
por qualquer pessoa. A vítima só 
poderá ser pessoa menor de 14, ou 
portadora de enfermidade ou doença 
mental ou incapaz de discernimento 
para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, sem condições 
de oferecer resistência.
Pune-se o agente que tem conjunção carnal ou 
pratica de ato libidinoso com a vítima menor 
de 14 anos , ou portadora de enfermidade ou 
doença mental ou incapaz de discernimento 
para a prática do ato, ou que, por qualquer 
outra causa, sem condições de oferecer 
resistência.
É punido a título de dolo, devendo o 
agente ter ciência de que age em face de 
pessoa vulnerável. Nos casos de 
enfermidade ou deficiência mental deve 
ser ao menos aparente, reconhecido por 
qualquer pessoa. Se o agente não tem 
ciência da vulnerabilidade poderá 
responder por outros crimes, não pelo art. 
217-a, CP.
Se consuma com a prática do ato de 
libidinagem. Perfeitamente possível a 
tentativa.
Qualificadoras Preterdolosas: § 1: 
Resulta lesão corporal grave: Pena R 10 a 
20 anos. § 2: Resulta 
morte: Pena R 12 a 30 anos.
Art. 226, I: De quarta parte, se o crime é cometido com o concurso 
de 2 ou mais pessoas. Inciso II: Se o agente é ascendente, , 
padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou 
curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu outra 
forma de obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. 
Art. 234-A: III -Metade se resulta gravidez. 
IV - de 1/6 ate 1/2 se o agente transmite à vítima doença 
sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser 
portador.
Condicionada à 
representaçao, entretanto 
mediante ação penal 
pública indondicionada se a 
vítima é menor de 18 ou 
pessoa vunerável.
Mediação de 
Menor 
Vulnerável para 
Satisfazer a 
Lascívia de 
Outrem 
Art. 218, CP 
Pena: Reclusão 2 
a 5 anos
Crime comum, podendo ser praticado 
por qualquer pessoa, isolada ou 
associada a outra. Existente um 
triângulo: Sujeito ativo (mediador), 
vítima (menor 14 anos) e destinatário 
(não responde como coautor do 
crime por não preencher o tipo 
penal).
O crime se verifica o sujeito ativo induz (aliciar, 
persuadir) menor de 14 anos a sastisfazer a 
lascívia (sensualidade, libidinagem, luxúria) de 
outrem. Trata-se de crime de ação livre, não 
necessariamente habitual.
É o dolo de induzir a vítima a satisfazer da 
lascívia de outrem, sabendo o agente que 
age em face de menor de 14 anos.
Se consuma o delito com a prática do ato 
que importa na satisfação de outrem, 
independentemente deste considerar 
satisfeito. Não pe necessário a reiteração de 
atos, pois não se trata de crime habitual. A 
tentativa é admissível.
**** Condicionadaà 
representaçao, entretanto 
mediante ação penal 
pública indondicionada se a 
vítima é menor de 18 ou 
pessoa vunerável.
Satisfação de 
Lascívia 
Mediante 
Presença de 
Criança ou 
Adolescente Art. 
218-A, CP Pena: 
Reclusão 2 a 4 
anos.
Crime comum, podendo ser praticado 
por qualquer pessoa. A vítima só 
poderá ser pessoa menor de 14 anos. 
Duas modalidades: 1ª) praticar, 
na presença da vítima, conjunção carnal ou 
outro ato libidinoso, querendo ou aceitando 
ser observado. 
2ª) Induzimento a vítima a presenciar 
conjunção carnal ou outro ato libidinoso, o 
agente faz nascer na criança ou no adolescente 
a ideia de presenciar o ato de libidinagem. 
Pune-se a conduta dolosa, acrescida da 
finalidade especial de satisfazer a lascívia, 
própria ou de outrem. A idade da vítima 
tem que ser conhecida pelo agente, se 
ignorada, haverá erro do tipo, excludente 
do crime.
Depedende da modalidade: 1ª) Se 
perfaz somente com a efetiva realização do 
ato sexual. 2ª) Se caracteriza 
com a realização do núcleo, 
independentemente de concretização do 
ato de libidinagem. 
As duas formas, sendo plurissub-istentes, 
admitem tentativa.
**** Se o agente é ascendente, , padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, 
companheira, tutor ou curador, preceptor ou empregador da 
vítima ou se assumiu outra forma de obrigação de cuidado, 
proteção ou vigilância: Pena majorada de metade (Art. 226, II)
Condicionada à 
representaçao, entretanto 
mediante ação penal 
pública indondicionada se a 
vítima é menor de 18 ou 
pessoa vunerável.
PENAL IV 
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RAQUEL MARIA CUPERTINO MACHADO
Favorecimento 
da Prostituição 
ou outra forma 
de exploração 
sexual de 
criança ou 
adolescente ou 
de vulnerável 
Art. 218-B Pena: 
Reclusão 4 a 10 
anos
Crime comum, podendo ser praticado 
por qualquer pessoa. O polo passivo 
será integrado por pessoa (homem ou 
mulher) menor de 18 anos ou que, 
por enfermidade ou deficiência 
mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato.
Seis são as ações nucleares típicas: 1) 
Submeter (sujeitar). 2) Induzir 
(inspirar, instigar), 3) Atrair (aliciar) a 
vítima à prostituição ou outra forma de 
exploração sexual. 4) Facilita-lá 
(proporcionar meios, afastar dificuldades). 
5) Impedir (opor-se). 6) Dificultar 
(criar obstáculos que alguém a abandone. 
Incorre nas mesmas penas: §2 Quem pratica 
conjunção carnal conf. caput do artigo e 
proprietário, gerente ou responsável pelo local 
onde se pratica o caput deste artigo.
É o dolo de induzir ou atrair alguém à 
prostituição, facilitá-la ou impedir que 
alguém a abandone. 
Nas modalidades submeter, induzir atrair e 
facilitar consuma-se o delito no momento 
em que a vítima passa a se dedicar à 
prostituição, mesmo que não tenh atendido 
nenhum. Na modalidade impedir ou 
dificultar o abandono da prostituição, o 
crime consuma-se no momento em que a 
vítima tenta deixar a prostituição e é 
impedida, protaindo a consumação durante 
todo o periodo de embaraço (crime 
permanente). A tentativa é possível em 
todas as modalidades.
****** Se o agente é ascendente, , padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, 
companheira, tutor ou curador, preceptor ou empregador da 
vítima ou se assumiu outra forma de obrigação de cuidado, 
proteção ou vigilância: Pena majorada de metade (Art. 226, II)
Condicionada à 
representaçao, entretanto 
mediante ação penal 
pública indondicionada se a 
vítima é menor de 18 ou 
pessoa vunerável.
Peculato 
Apropriação e 
Desvio 
(Peculato 
Próprio) 
Art. 312, caput, 
1ª parte Pena 
Reclusão 2 a 12 
anos
Crime próprio, que deverá ser 
praticado pelo funcionário público. 
Apesar de próprio admite o concurso 
de pessoas estranhas ao quadro da 
adm. Em decorrencia do art. 30, CP. 
Sujeito passivo: Administração pública 
(Estado).
A 1ª conduta é a apropriação, ou seja, 
apoderar-se de dinheiro, valor, ou qlqr outro 
bem móvel, passando a se comportar como se 
dono fosse; A 2ª conduta é o desvio, ou seja, 
atribuir destinação diversa a coisa.
É o dolo em transformar a posse da coisa 
em domínio ou desvia-ló.
Na 1ª modalidade se consuma qnd o 
funcionário se apoderá do dinheiro ou bem 
móvel. Na 2ª modalidade o crme se 
consuma qnd o funcioário altera o destino 
normal da coisa. É admissivel tentativa. *** 
Não se aplica o princípio da bagatela.
****** *******
Açao penal pública 
incondicionada.
Peculato Furto 
(Peculato 
Impróprio) 
Art. 312, §1, CP
Crime próprio, que deverá ser 
praticado pelo funcionário público. 
Apesar de próprio admite o concurso 
de pessoas estranhas ao quadro da 
adm. Em decorrencia do art. 30, CP. 
Sujeito passivo: Administração pública 
(Estado).
Caracteriza-se pela subtração de coisa sob a 
guarda ou custódia da administração pública. 
O servidor não tem a posse, mas, valendo-se 
da facilidade que a condição de funcionário 
público lhe concede, subtrai coisa do ente 
público ou de particular sob custódia da 
administração. 
A consumação se dá com a efetiva 
subtração da coisa. É cabivel tentativa.
Açao penal pública 
incondicionada.
Peculato 
Culposo 
Art. 312, §2, CP
Crime próprio, que deverá ser 
praticado pelo funcionário público. 
Apesar de próprio admite o concurso 
de pessoas estranhas ao quadro da 
adm. Em decorrencia do art. 30, CP. 
Sujeito passivo: Administração pública 
(Estado).
Ocorre quando o funcionário público através 
de manifesta negligência, impridência e 
impericia infringe o dever de cuidado objetivo, 
criando condições favoráveis a prática do 
peculato doloso.
O crime se consuma no momento em que 
se aperfeiçoa a conduta dolosa do terceiro, 
havendo necessidade da existência do nexo 
causal entre os delitos. Obs.: Ocorrerá a 
reparação do dano e ação penal. (art. 312, 
§3, CP)
Açao penal pública 
incondicionada.
Peculato 
Mediante Erro 
de Outrem 
Art. 313, CP 
Pena Reclusão 1 
a 4 anos
Sujeito Ativo: Funcionário público + 
particular. Sujeito Passivo: 
Administra-ção pública +particular
Inverter o agente no exercício do seu cargo a 
posse de valores recebidos por erro de 
terceiro.
A conduta é dolosa, configurada na 
vontade do funconário de apropriar-se de 
dinheiro que recebeu por erro de outrem 
ciente do engano cometido.
O crime de consuma no momento do 
recebimento e o agente ciente do erro não 
desfaz o ato.
Açao penal pública 
incondicionada.
Concussão 
(Exigir) 
Art. 316, CP 
Pena: Reclusão 2 
a 8 anos e multa
Sujeito Ativo: Funcionário público 
(particular tmb). 
Sujeito Passivo: Administra-ção 
pública +particular
Exigir o agente por si o por enterposta pessoa 
vantagem indevida abusando da sua 
autoridade pública como meio de coação.
O crime é punido a título de dolo devendo 
o agente de maneira consciente exigir 
vantagem indevida abusando da função 
pública exercida.
Quando ocorre a exigência, por ser delito 
formal, quando o recebe é mero 
exaurimento. Via de regra não cabe 
tentativa, porém, possível por carta.
Funcionáriopúblico que ocupe cargo em comissão ou de 
função de direção ou assessoramento de orgão da 
administração direta, sociedade de economia mista, 
empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, 
a pena sofrerá aumento de 1/3.
Açao penal pública 
incondicionada.
Excesso de 
Exação 
Art. 316, § 1 e 2 
Sujeito ativo: Funcionário público 
ainda que não encarregado pela 
arrecadação do tributo ou 
contribuição social. Sujeito passivo: 
Adm. Pública + pessoa atingida pela 
condura típica.
Excesso na cobrança de tributo ou 
contribuição social, seja pq é cobrado o que 
não era devido ou mesmo que devido utiliza-
se de meio vexatório.
É o dolo que consiste na vontade dirigida a 
exigencia de tributo ou contribuição social 
indevida ou emprega de meio gravoso ou 
vexatório na cobrança.
1ª) Hipótese: No momento que é feita a 
indevida exigência (delito formal, o 
recebimento é mero exaurimento). 
2ª Hipotese: Consuma-se o delito com o 
emprego do meio constrangedor. 
Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de 
função de direção ou assessoramento de orgão da 
administração direta, sociedade de economia mista, 
empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, 
a pena sofrerá aumento de 1/3.
Açao penal pública 
incondicionada.
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marycupertino@hotmail.com
RAQUEL MARIA CUPERTINO MACHADO
Corrupção 
Passiva 
Art. 317, CP 
Pena Reclusão 
2 a 12 anos e 
muta
Sujeito ativo é o Funcionário público, 
ainda que afastado do seu exercício, 
bem como, o que ainda não assumiu 
o seu posto. (+particular). Sujeito 
passivo: Administração pública + 
pessoa constrangida (desde que não 
tenha praticado corrupção ativa, 
exceção pluralista a teoria monista).
Solicitar, receber ou aceitar promessa de 
recebimento de vantagem indevida.
É o dolo consciente na vontade de 
receber, solicitar ou aceitar promessa de 
vantagem indevida.
No que tange aos núcleos solicitar e aceitar, 
temos delitos formal, assim, o recebimento 
do bem configurará mero exaurimento do 
crime. Já na conduta receber o delito é 
material, neste cabe tentativa.
FORMA PREVILEGIADA: §2 §1: O que era mero exaurimento tornou-se causa de 
aumento de pena.
Açao penal pública 
incondicionada.
Facilitação de 
contrabando ou 
descaminho 
Art. 318, CP 
Pena Reclusão 3 
8 anos e multa
Sujeito ativo é o funcionário público 
incubido de impedir a prática do 
contrabando e do descaminho. 
Sujeito passivo: é o Estado.
A conduta punida pelo tipo é a de facilitar, seja 
por ação ou omissão, a p´ratica dos crimes de 
descaminho (art. 334) e contrabando (334-A).
É o dolo na vontade de facilitar o 
descaminho ou contrabando, consciente 
de estar infrigindo o dever funcional. Não 
há modalidade culposa.
O crime se consuma com a efetiva 
facilitação, ciente o agente de estar 
infrigindo o seu dever funcional, pouco se 
importando se completou ou não o 
descaminho ou contrabando (crime 
formal). A tentativa é possível quando se 
tratar de facilitação ativa, caso em que a 
execução do crime admite fracionamento 
em vários atos.
Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de 
função de direção ou assessoramento de orgão da 
administração direta, sociedade de economia mista, 
empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, 
a pena sofrerá aumento de 1/3.
Açao penal pública 
incondicionada.
Prevaricação 
Art. 319, CP 
Pena: Dentenção 
3 meses a 1 ano 
e multa
Funcionário público, sendo possível a 
participação de terceiro não 
qualificado, desde que conhecedor da 
condição de agente público. Sujeito 
passivo é o ente público e podendo 
ainda ofender interesse particulares.
Trata-se de uma espécie de autocorrupção, no 
sentido de que o funcionário se deixa levar por 
alguma vantagem indevida que pretende obter 
pra si, violando, por isso, seus próprios 
deveres funcionais. 3 são as formas de praticar 
o crime em estudo: RETARDANDO (atrasar, 
procrastinar) ato de ofício; DEIXANDO DE 
PRATICA-LÓ (omissão); e praticando de 
FORMA ILEGAL. O ato deve ser de 
competencia do agente, caso não fosse não se 
enquadraria no crime. Devendo o ato 
retardado se revele contra disposição expressa 
em Lei. 
Dolo. Vontade de retardar, omitir, ou 
praticar ilegalmente ato de ofício, 
acrescido do intuito de satisfazer interesse 
ou sentimento pessoal, colocando seu 
interesse particular acima do interesse 
pública.
Consuma-se o crime com o retardamento, a 
omissão, ou a pratica do ato, sendo 
disponível a satisfação do interesse visado 
pelo servidor. A tentativa será possível nas 
formas comissas, em que o delito permite o 
fracionamento da sua execução.
Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de 
função de direção ou assessoramento de orgão da 
administração direta, sociedade de economia mista, 
empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, 
a pena sofrerá aumento de 1/3.
Açao penal pública 
incondicionada.
Prevaricação 
Imprópria 
Art. 319-A 
Pena Detenção 3 
meses a 1 ano
O sujeito ativo não será qualquer 
funcionário público, mas aquele que, 
no exercício das suas funções tem o 
dever de evitar o acesso do preso aos 
aparelhos de comunicação pribidos 
(direitor penitenciária, carcereiro, 
policial na escolta, etc.) Sujeito 
passivo primário é o Estado o outra a 
sociedade.
O crime consiste em deixar (omitir, não 
cumprir) o agente seu dever funcional de 
vedar (proibir, impedir) ao preso o acesso (o 
alcance) a aparelho que possibilite a 
comunicação com outros presos (do mesmo 
estabelecimento ou não) ou com o ambiente 
externo (qualquer pessoa situada fora do 
ambiente carcerário). O tipo quer proibir a 
intercomunicabilidade, isto é a transmissão de 
informação entre pessoas (sendo uma delas 
habitate prisional)
Dolo na vontade de não vedar, quando 
obrigado (dever), o acesso do preso ao 
aparelho de comunicação. Diferente da 
prevaricação propria, a forma imprópria 
dispensa finalidade especial do agente. 
Não se pune a fora culposa, podendo 
acarretar responsabilidade civil ou sanção 
administrativa.
Consuma-se o crime com a omissão do 
dever, sendo disponível o efetivo acesso do 
preso ao aparelho de comunicação. 
Tratando-se de crime omisso puro (de mera 
conduta), a tentativa não é admitida. 
Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de 
função de direção ou assessoramento de orgão da 
administração direta, sociedade de economia mista, 
empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, 
a pena sofrerá aumento de 1/3.
Açao penal pública 
incondicionada.
Condescendên-
cia Criminosa 
Art. 320, CP 
Pena: Detençao 
15 dias a 1 mês 
ou multa
Funcionário público hierarquicamente 
superior ao servidor infrator. Sujeito 
passivo é o Estado.
Pune-se o fato de tolerar o funcionário público 
a prática, por parte de seu subordinado , de 
infração administrativa ou penal, no exercício 
do cargo, deixando de responsabiliza-lo ou não 
comunicando a violação à autoridade 
competente para aplicar a sanção. 
É o dolo, na vontade consciente do 
superior de não responsabilizar o seu 
funcionário subordinado ou faltando tal 
atribuição não comunicar o fato a 
autoridade competente.
O crime se consumacom qualquer umas 
das omissões. Impossível a tentativa, pois 
trata-se de crime omisso próprio.
Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de 
função de direção ou assessoramento de orgão da 
administração direta, sociedade de economia mista, 
empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, 
a pena sofrerá aumento de 1/3.
Açao penal pública 
incondicionada.
Desobediência 
Art. 330, CP 
Pena: Detenção 
15 a 6 meses e 
multa
Crime comum podendo ser praticado 
por qualquer pessoa. Inclusive o 
próprio funcionário público quando 
despido da função. Vítimas seão o 
Estado e o funcionário autor da 
ordem desobedecida.
Pune-se a conduta do agente que 
deliberadamente desobedece a ordem legal do 
funcionário público competente para cumpri-
lá. Pressuspostos: Necessário que seja emitida 
uma ORDEM pelo funcionário publico 
competente direcionada e individualizada ao 
destinatário. O destinatário tenha o dever de 
atende-la podendo ser a desobidiência ser 
comissiva ordem de não fazer) ou omissiva 
(ordem de fazer).
É o dolo de não atender a uma ordem 
legal, ciente da obrigatoriedade do seu 
cumprimento.
Se consuma com o desatendimento da 
ordem. A tentativa é possível quando a 
desobidiência for praticada por ação.
Açao penal pública 
incondicionada.
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RAQUEL MARIA CUPERTINO MACHADO
Desacato 
Art. 331, CP 
Pena Detenção 6 
meses a 2 anos 
ou multa
Pode ser praticado por qualquer 
pessoa. Inclusive o próprio 
funcionário público quando despido 
da função. Vítimas seão o Estado e o 
funcionário público.
A conduta punida é desacatar funcionário 
público, no exercício da função ou em razão 
dela. O crime configura-se ainda que o 
funcionário público não esteja no regular 
exercício de sua função, mas é ofendido em 
razão dela. 
É o dolo na vontade deliberada de 
desprestigiar a função exercida pelo 
sujeito passivo.
O delito é formal, consumando-se no 
momento em que o funcionário público 
toma conhecimento (direto) do ato 
humilhante e ofensivo. Necessário a 
presença da vítima no momento da ofensa. 
Impossível tentativa.
Açao penal pública 
incondicionada.
Tráfico de 
Influência 
Art. 332, CP Art. 
Reclusão de 2 a 
5 anos e multa.
Crime comum,sujeito ativo poderá ser 
qualquer pessoa, até mesmo 
funcionário público.
Pratica o crime o agente que, simulando 
prestígio com determinado servidor, solicita, 
exige, cobra ou obtem, para si ou para outrem, 
vantagem ou promessa de vantagem, de 
qualquer natureza, como preço de mediação. 
Para a configuração do delito, é preciso que a 
aludida influência seja fraudulenta, pois se for 
real, será outro crime.
É a vontade cosnciente de praticar uma 
das condutas típicas. 
Nas modalidades solicitar, exigir e cobrar, 
consuma-se o delito com a prática de 
qualquer uma delas, independentemente 
da obtenção da vantagem. Já na 
modalidade obter, é necessário que o 
agente aufira efetivamente a vantagem. 
Teoriacamente existe tentativa na forma 
escrita.
Aumenta-se da metade a pena do agente que insinua ser a 
vantagem também destinada ao funcionário público.
Açao penal pública 
incondicionada.
Corrupção Ativa 
Art. 333, CP 
Pena Reclusão 
de 2 a 12 anos e 
multa
Não se exige qualidade especial do 
corruptor, mesmo o funcionário 
público despido dessa qualidade pode 
figurar como autor. Sujeito passivo é 
o Estado.
O crime é de ação múltipla, compostao de dois 
núcleos alternativos: Oferecer ou prometer a 
funcionário público vantagem indevida, com o 
fim de ver retardado ou omitido ou praticdo 
ato funcional. Pune-se somente a corrupção 
ativa antecedente, mas não a subsequente. O 
Ato de corrupção pode ser praticado de forma 
escrita, oral ou por gestos. 
É o dolo. A vantagem deve ser com o 
intuito de impedir o funcionário público 
de desempenhar suas funções, ou de 
determinar que o faça contrariando as 
normas vigentes.
O crime se consuma no momento em que o 
funcionário público toma conhecimento da 
oferta ou sua promessa, ainda que a recuse 
(crime formal). Possível a tentativa a 
depender da escolha que o corruptor optar 
para a realização do cime.
§ Único: Nos casos em que o funcionário público, em razão 
da vantagem, efetivamente pratica, omite ou retarda ato de 
ofício (exaurimento majorado). Somente se incidirá a 
agravante se o ato praticado possuir natureza ilícita. Se o 
funcionário público pratica o ato de acordo com o seu 
dever funcional, o agente será punido somente pela 
conduta do caput.
Açao penal pública 
incondicionada.
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