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RAQUEL MARIA CUPERTINO MACHADO CRIME SUJEITOS DO CRIME CONDUTA VOLUNTARIEDADE CONSUMAÇÃO E TENTATIVA QUALIFICADORAS MAJORANTES Ação Penal Estupro Art. 213, CP Pena Reclusão, 6 a 10 anos Bicomum, qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo ou passivo. Puni-se o ato libidinagem violento, coagido, obrigado, forçado, buscando o agente constranger a vítima a conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato lididinoso. É o dolo de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Se consuma com a prática do ato de libidinagem. Perfeitamente possível a tentativa. Qualificadoras Preterdolosas: § 1: Resulta lesão corporal grave ou a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos: Pena R 8 a 12 anos. § 2: Resulta morte: Pena R 12 a 30 anos. Art. 226, I: De quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 ou mais pessoas. Inciso II: Se o agente é ascendente, , padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu outra forma de obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. Art. 234-A: III -Metade se resulta gravidez. IV - de 1/6 ate 1/2 se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. Condicionada à representaçao, entretanto mediante ação penal pública indondicionada se a vítima é menor de 18 ou pessoa vunerável. Violação Sexual Mediante Fraude Art. 215, CP Pena: Reclusão 2 a 6 anos Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. Pune-se o estelionato sexual quando o agente, sem emprego de violência, pratica com a vítima ato de libidinagem, usando de fraude ou outro meio que impeça ou dificulte manisfestação de vontade da vítima. É o dolo de praticar ato de libidinagem com alguém mediante o emprego de meio fraudulento ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. Se consuma com a prática do ato de libidinagem. A tentativa é admissível por ser tratar de crime plurissubsistente. § único: Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. Art. 226, I: De quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 ou mais pessoas. Inciso II: Se o agente é ascendente, , padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu outra forma de obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. Art. 234-A: III -Metade se resulta gravidez. IV - de 1/6 ate 1/2 se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. Condicionada à representaçao, entretanto mediante ação penal pública indondicionada se a vítima é menor de 18 ou pessoa vunerável. Assédio Sexual Art. 216-A, CP Pena: Detenção 1 a 2 anos Crime próprio, só pode ser praticado por superior hierárquico ou ascentente em relação de emprego, cargo ou função. O sujeito passivo também é próprio, ser subalterno do autor. Pode ser cometido entre os mesmos sexos. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência (condição de mando) inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. É o dolo de constranger a vítima, aliado à finalidade especial de obter vantagem ou favorecimento sexual. Obs.: A vantagem sexual poderá ser para o próprio agente ou para outrem, haverá assim o concurso de pessoas. 1ª Corrente: O crime se perfaz com o constrangimento, mesmo que por um só ato, independentemente da obtenção da vantagem sexual, cabendo tentativa. 2ª Corrente: Condutas reinteiradas para configurar o delito, neste caso por ser crime habitual não caberá tentativa. * Condição de Aprendiz: Aumenta a pena em 1/3 se a vítima é menor de 18 anos. *Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou curador, preceptor aumenta a metade. Condicionada à representaçao, entretanto mediante ação penal pública indondicionada se a vítima é menor de 18 ou pessoa vunerável. Estupro de Vulnerável Art. 217-A, CP Pena: Reclusão 8 a 15 anos Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. A vítima só poderá ser pessoa menor de 14, ou portadora de enfermidade ou doença mental ou incapaz de discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, sem condições de oferecer resistência. Pune-se o agente que tem conjunção carnal ou pratica de ato libidinoso com a vítima menor de 14 anos , ou portadora de enfermidade ou doença mental ou incapaz de discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, sem condições de oferecer resistência. É punido a título de dolo, devendo o agente ter ciência de que age em face de pessoa vulnerável. Nos casos de enfermidade ou deficiência mental deve ser ao menos aparente, reconhecido por qualquer pessoa. Se o agente não tem ciência da vulnerabilidade poderá responder por outros crimes, não pelo art. 217-a, CP. Se consuma com a prática do ato de libidinagem. Perfeitamente possível a tentativa. Qualificadoras Preterdolosas: § 1: Resulta lesão corporal grave: Pena R 10 a 20 anos. § 2: Resulta morte: Pena R 12 a 30 anos. Art. 226, I: De quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 ou mais pessoas. Inciso II: Se o agente é ascendente, , padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu outra forma de obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. Art. 234-A: III -Metade se resulta gravidez. IV - de 1/6 ate 1/2 se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. Condicionada à representaçao, entretanto mediante ação penal pública indondicionada se a vítima é menor de 18 ou pessoa vunerável. Mediação de Menor Vulnerável para Satisfazer a Lascívia de Outrem Art. 218, CP Pena: Reclusão 2 a 5 anos Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, isolada ou associada a outra. Existente um triângulo: Sujeito ativo (mediador), vítima (menor 14 anos) e destinatário (não responde como coautor do crime por não preencher o tipo penal). O crime se verifica o sujeito ativo induz (aliciar, persuadir) menor de 14 anos a sastisfazer a lascívia (sensualidade, libidinagem, luxúria) de outrem. Trata-se de crime de ação livre, não necessariamente habitual. É o dolo de induzir a vítima a satisfazer da lascívia de outrem, sabendo o agente que age em face de menor de 14 anos. Se consuma o delito com a prática do ato que importa na satisfação de outrem, independentemente deste considerar satisfeito. Não pe necessário a reiteração de atos, pois não se trata de crime habitual. A tentativa é admissível. **** Condicionadaà representaçao, entretanto mediante ação penal pública indondicionada se a vítima é menor de 18 ou pessoa vunerável. Satisfação de Lascívia Mediante Presença de Criança ou Adolescente Art. 218-A, CP Pena: Reclusão 2 a 4 anos. Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. A vítima só poderá ser pessoa menor de 14 anos. Duas modalidades: 1ª) praticar, na presença da vítima, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, querendo ou aceitando ser observado. 2ª) Induzimento a vítima a presenciar conjunção carnal ou outro ato libidinoso, o agente faz nascer na criança ou no adolescente a ideia de presenciar o ato de libidinagem. Pune-se a conduta dolosa, acrescida da finalidade especial de satisfazer a lascívia, própria ou de outrem. A idade da vítima tem que ser conhecida pelo agente, se ignorada, haverá erro do tipo, excludente do crime. Depedende da modalidade: 1ª) Se perfaz somente com a efetiva realização do ato sexual. 2ª) Se caracteriza com a realização do núcleo, independentemente de concretização do ato de libidinagem. As duas formas, sendo plurissub-istentes, admitem tentativa. **** Se o agente é ascendente, , padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu outra forma de obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: Pena majorada de metade (Art. 226, II) Condicionada à representaçao, entretanto mediante ação penal pública indondicionada se a vítima é menor de 18 ou pessoa vunerável. PENAL IV C R IM ES C O N TR A A D IG N ID A D E SE X U A L marycupertino@hotmail.com RAQUEL MARIA CUPERTINO MACHADO Favorecimento da Prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável Art. 218-B Pena: Reclusão 4 a 10 anos Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. O polo passivo será integrado por pessoa (homem ou mulher) menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato. Seis são as ações nucleares típicas: 1) Submeter (sujeitar). 2) Induzir (inspirar, instigar), 3) Atrair (aliciar) a vítima à prostituição ou outra forma de exploração sexual. 4) Facilita-lá (proporcionar meios, afastar dificuldades). 5) Impedir (opor-se). 6) Dificultar (criar obstáculos que alguém a abandone. Incorre nas mesmas penas: §2 Quem pratica conjunção carnal conf. caput do artigo e proprietário, gerente ou responsável pelo local onde se pratica o caput deste artigo. É o dolo de induzir ou atrair alguém à prostituição, facilitá-la ou impedir que alguém a abandone. Nas modalidades submeter, induzir atrair e facilitar consuma-se o delito no momento em que a vítima passa a se dedicar à prostituição, mesmo que não tenh atendido nenhum. Na modalidade impedir ou dificultar o abandono da prostituição, o crime consuma-se no momento em que a vítima tenta deixar a prostituição e é impedida, protaindo a consumação durante todo o periodo de embaraço (crime permanente). A tentativa é possível em todas as modalidades. ****** Se o agente é ascendente, , padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheira, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu outra forma de obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: Pena majorada de metade (Art. 226, II) Condicionada à representaçao, entretanto mediante ação penal pública indondicionada se a vítima é menor de 18 ou pessoa vunerável. Peculato Apropriação e Desvio (Peculato Próprio) Art. 312, caput, 1ª parte Pena Reclusão 2 a 12 anos Crime próprio, que deverá ser praticado pelo funcionário público. Apesar de próprio admite o concurso de pessoas estranhas ao quadro da adm. Em decorrencia do art. 30, CP. Sujeito passivo: Administração pública (Estado). A 1ª conduta é a apropriação, ou seja, apoderar-se de dinheiro, valor, ou qlqr outro bem móvel, passando a se comportar como se dono fosse; A 2ª conduta é o desvio, ou seja, atribuir destinação diversa a coisa. É o dolo em transformar a posse da coisa em domínio ou desvia-ló. Na 1ª modalidade se consuma qnd o funcionário se apoderá do dinheiro ou bem móvel. Na 2ª modalidade o crme se consuma qnd o funcioário altera o destino normal da coisa. É admissivel tentativa. *** Não se aplica o princípio da bagatela. ****** ******* Açao penal pública incondicionada. Peculato Furto (Peculato Impróprio) Art. 312, §1, CP Crime próprio, que deverá ser praticado pelo funcionário público. Apesar de próprio admite o concurso de pessoas estranhas ao quadro da adm. Em decorrencia do art. 30, CP. Sujeito passivo: Administração pública (Estado). Caracteriza-se pela subtração de coisa sob a guarda ou custódia da administração pública. O servidor não tem a posse, mas, valendo-se da facilidade que a condição de funcionário público lhe concede, subtrai coisa do ente público ou de particular sob custódia da administração. A consumação se dá com a efetiva subtração da coisa. É cabivel tentativa. Açao penal pública incondicionada. Peculato Culposo Art. 312, §2, CP Crime próprio, que deverá ser praticado pelo funcionário público. Apesar de próprio admite o concurso de pessoas estranhas ao quadro da adm. Em decorrencia do art. 30, CP. Sujeito passivo: Administração pública (Estado). Ocorre quando o funcionário público através de manifesta negligência, impridência e impericia infringe o dever de cuidado objetivo, criando condições favoráveis a prática do peculato doloso. O crime se consuma no momento em que se aperfeiçoa a conduta dolosa do terceiro, havendo necessidade da existência do nexo causal entre os delitos. Obs.: Ocorrerá a reparação do dano e ação penal. (art. 312, §3, CP) Açao penal pública incondicionada. Peculato Mediante Erro de Outrem Art. 313, CP Pena Reclusão 1 a 4 anos Sujeito Ativo: Funcionário público + particular. Sujeito Passivo: Administra-ção pública +particular Inverter o agente no exercício do seu cargo a posse de valores recebidos por erro de terceiro. A conduta é dolosa, configurada na vontade do funconário de apropriar-se de dinheiro que recebeu por erro de outrem ciente do engano cometido. O crime de consuma no momento do recebimento e o agente ciente do erro não desfaz o ato. Açao penal pública incondicionada. Concussão (Exigir) Art. 316, CP Pena: Reclusão 2 a 8 anos e multa Sujeito Ativo: Funcionário público (particular tmb). Sujeito Passivo: Administra-ção pública +particular Exigir o agente por si o por enterposta pessoa vantagem indevida abusando da sua autoridade pública como meio de coação. O crime é punido a título de dolo devendo o agente de maneira consciente exigir vantagem indevida abusando da função pública exercida. Quando ocorre a exigência, por ser delito formal, quando o recebe é mero exaurimento. Via de regra não cabe tentativa, porém, possível por carta. Funcionáriopúblico que ocupe cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento de orgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, a pena sofrerá aumento de 1/3. Açao penal pública incondicionada. Excesso de Exação Art. 316, § 1 e 2 Sujeito ativo: Funcionário público ainda que não encarregado pela arrecadação do tributo ou contribuição social. Sujeito passivo: Adm. Pública + pessoa atingida pela condura típica. Excesso na cobrança de tributo ou contribuição social, seja pq é cobrado o que não era devido ou mesmo que devido utiliza- se de meio vexatório. É o dolo que consiste na vontade dirigida a exigencia de tributo ou contribuição social indevida ou emprega de meio gravoso ou vexatório na cobrança. 1ª) Hipótese: No momento que é feita a indevida exigência (delito formal, o recebimento é mero exaurimento). 2ª Hipotese: Consuma-se o delito com o emprego do meio constrangedor. Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento de orgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, a pena sofrerá aumento de 1/3. Açao penal pública incondicionada. C R IM ES C O N TR A A D IG N ID A D E SE X U A L D O S C R IM ES C O N TR A A D M IN IS TR A Ç Ã O P Ú B LI C A marycupertino@hotmail.com RAQUEL MARIA CUPERTINO MACHADO Corrupção Passiva Art. 317, CP Pena Reclusão 2 a 12 anos e muta Sujeito ativo é o Funcionário público, ainda que afastado do seu exercício, bem como, o que ainda não assumiu o seu posto. (+particular). Sujeito passivo: Administração pública + pessoa constrangida (desde que não tenha praticado corrupção ativa, exceção pluralista a teoria monista). Solicitar, receber ou aceitar promessa de recebimento de vantagem indevida. É o dolo consciente na vontade de receber, solicitar ou aceitar promessa de vantagem indevida. No que tange aos núcleos solicitar e aceitar, temos delitos formal, assim, o recebimento do bem configurará mero exaurimento do crime. Já na conduta receber o delito é material, neste cabe tentativa. FORMA PREVILEGIADA: §2 §1: O que era mero exaurimento tornou-se causa de aumento de pena. Açao penal pública incondicionada. Facilitação de contrabando ou descaminho Art. 318, CP Pena Reclusão 3 8 anos e multa Sujeito ativo é o funcionário público incubido de impedir a prática do contrabando e do descaminho. Sujeito passivo: é o Estado. A conduta punida pelo tipo é a de facilitar, seja por ação ou omissão, a p´ratica dos crimes de descaminho (art. 334) e contrabando (334-A). É o dolo na vontade de facilitar o descaminho ou contrabando, consciente de estar infrigindo o dever funcional. Não há modalidade culposa. O crime se consuma com a efetiva facilitação, ciente o agente de estar infrigindo o seu dever funcional, pouco se importando se completou ou não o descaminho ou contrabando (crime formal). A tentativa é possível quando se tratar de facilitação ativa, caso em que a execução do crime admite fracionamento em vários atos. Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento de orgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, a pena sofrerá aumento de 1/3. Açao penal pública incondicionada. Prevaricação Art. 319, CP Pena: Dentenção 3 meses a 1 ano e multa Funcionário público, sendo possível a participação de terceiro não qualificado, desde que conhecedor da condição de agente público. Sujeito passivo é o ente público e podendo ainda ofender interesse particulares. Trata-se de uma espécie de autocorrupção, no sentido de que o funcionário se deixa levar por alguma vantagem indevida que pretende obter pra si, violando, por isso, seus próprios deveres funcionais. 3 são as formas de praticar o crime em estudo: RETARDANDO (atrasar, procrastinar) ato de ofício; DEIXANDO DE PRATICA-LÓ (omissão); e praticando de FORMA ILEGAL. O ato deve ser de competencia do agente, caso não fosse não se enquadraria no crime. Devendo o ato retardado se revele contra disposição expressa em Lei. Dolo. Vontade de retardar, omitir, ou praticar ilegalmente ato de ofício, acrescido do intuito de satisfazer interesse ou sentimento pessoal, colocando seu interesse particular acima do interesse pública. Consuma-se o crime com o retardamento, a omissão, ou a pratica do ato, sendo disponível a satisfação do interesse visado pelo servidor. A tentativa será possível nas formas comissas, em que o delito permite o fracionamento da sua execução. Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento de orgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, a pena sofrerá aumento de 1/3. Açao penal pública incondicionada. Prevaricação Imprópria Art. 319-A Pena Detenção 3 meses a 1 ano O sujeito ativo não será qualquer funcionário público, mas aquele que, no exercício das suas funções tem o dever de evitar o acesso do preso aos aparelhos de comunicação pribidos (direitor penitenciária, carcereiro, policial na escolta, etc.) Sujeito passivo primário é o Estado o outra a sociedade. O crime consiste em deixar (omitir, não cumprir) o agente seu dever funcional de vedar (proibir, impedir) ao preso o acesso (o alcance) a aparelho que possibilite a comunicação com outros presos (do mesmo estabelecimento ou não) ou com o ambiente externo (qualquer pessoa situada fora do ambiente carcerário). O tipo quer proibir a intercomunicabilidade, isto é a transmissão de informação entre pessoas (sendo uma delas habitate prisional) Dolo na vontade de não vedar, quando obrigado (dever), o acesso do preso ao aparelho de comunicação. Diferente da prevaricação propria, a forma imprópria dispensa finalidade especial do agente. Não se pune a fora culposa, podendo acarretar responsabilidade civil ou sanção administrativa. Consuma-se o crime com a omissão do dever, sendo disponível o efetivo acesso do preso ao aparelho de comunicação. Tratando-se de crime omisso puro (de mera conduta), a tentativa não é admitida. Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento de orgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, a pena sofrerá aumento de 1/3. Açao penal pública incondicionada. Condescendên- cia Criminosa Art. 320, CP Pena: Detençao 15 dias a 1 mês ou multa Funcionário público hierarquicamente superior ao servidor infrator. Sujeito passivo é o Estado. Pune-se o fato de tolerar o funcionário público a prática, por parte de seu subordinado , de infração administrativa ou penal, no exercício do cargo, deixando de responsabiliza-lo ou não comunicando a violação à autoridade competente para aplicar a sanção. É o dolo, na vontade consciente do superior de não responsabilizar o seu funcionário subordinado ou faltando tal atribuição não comunicar o fato a autoridade competente. O crime se consumacom qualquer umas das omissões. Impossível a tentativa, pois trata-se de crime omisso próprio. Funcionário público que ocupe cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento de orgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituida pelo poder público, a pena sofrerá aumento de 1/3. Açao penal pública incondicionada. Desobediência Art. 330, CP Pena: Detenção 15 a 6 meses e multa Crime comum podendo ser praticado por qualquer pessoa. Inclusive o próprio funcionário público quando despido da função. Vítimas seão o Estado e o funcionário autor da ordem desobedecida. Pune-se a conduta do agente que deliberadamente desobedece a ordem legal do funcionário público competente para cumpri- lá. Pressuspostos: Necessário que seja emitida uma ORDEM pelo funcionário publico competente direcionada e individualizada ao destinatário. O destinatário tenha o dever de atende-la podendo ser a desobidiência ser comissiva ordem de não fazer) ou omissiva (ordem de fazer). É o dolo de não atender a uma ordem legal, ciente da obrigatoriedade do seu cumprimento. Se consuma com o desatendimento da ordem. A tentativa é possível quando a desobidiência for praticada por ação. Açao penal pública incondicionada. D O S C R IM ES C O N TR A A D M IN IS TR A Ç Ã O P Ú B LI C A marycupertino@hotmail.com RAQUEL MARIA CUPERTINO MACHADO Desacato Art. 331, CP Pena Detenção 6 meses a 2 anos ou multa Pode ser praticado por qualquer pessoa. Inclusive o próprio funcionário público quando despido da função. Vítimas seão o Estado e o funcionário público. A conduta punida é desacatar funcionário público, no exercício da função ou em razão dela. O crime configura-se ainda que o funcionário público não esteja no regular exercício de sua função, mas é ofendido em razão dela. É o dolo na vontade deliberada de desprestigiar a função exercida pelo sujeito passivo. O delito é formal, consumando-se no momento em que o funcionário público toma conhecimento (direto) do ato humilhante e ofensivo. Necessário a presença da vítima no momento da ofensa. Impossível tentativa. Açao penal pública incondicionada. Tráfico de Influência Art. 332, CP Art. Reclusão de 2 a 5 anos e multa. Crime comum,sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa, até mesmo funcionário público. Pratica o crime o agente que, simulando prestígio com determinado servidor, solicita, exige, cobra ou obtem, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, de qualquer natureza, como preço de mediação. Para a configuração do delito, é preciso que a aludida influência seja fraudulenta, pois se for real, será outro crime. É a vontade cosnciente de praticar uma das condutas típicas. Nas modalidades solicitar, exigir e cobrar, consuma-se o delito com a prática de qualquer uma delas, independentemente da obtenção da vantagem. Já na modalidade obter, é necessário que o agente aufira efetivamente a vantagem. Teoriacamente existe tentativa na forma escrita. Aumenta-se da metade a pena do agente que insinua ser a vantagem também destinada ao funcionário público. Açao penal pública incondicionada. Corrupção Ativa Art. 333, CP Pena Reclusão de 2 a 12 anos e multa Não se exige qualidade especial do corruptor, mesmo o funcionário público despido dessa qualidade pode figurar como autor. Sujeito passivo é o Estado. O crime é de ação múltipla, compostao de dois núcleos alternativos: Oferecer ou prometer a funcionário público vantagem indevida, com o fim de ver retardado ou omitido ou praticdo ato funcional. Pune-se somente a corrupção ativa antecedente, mas não a subsequente. O Ato de corrupção pode ser praticado de forma escrita, oral ou por gestos. É o dolo. A vantagem deve ser com o intuito de impedir o funcionário público de desempenhar suas funções, ou de determinar que o faça contrariando as normas vigentes. O crime se consuma no momento em que o funcionário público toma conhecimento da oferta ou sua promessa, ainda que a recuse (crime formal). Possível a tentativa a depender da escolha que o corruptor optar para a realização do cime. § Único: Nos casos em que o funcionário público, em razão da vantagem, efetivamente pratica, omite ou retarda ato de ofício (exaurimento majorado). Somente se incidirá a agravante se o ato praticado possuir natureza ilícita. Se o funcionário público pratica o ato de acordo com o seu dever funcional, o agente será punido somente pela conduta do caput. Açao penal pública incondicionada. D O S C R IM ES C O N TR A A D M IN IS TR A Ç Ã O P Ú B LI C A marycupertino@hotmail.com
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