Buscar

Microbiologia - Haemophilus, Bordetella e Neisseria

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Microbiologia
Haemophilus, Bordetella e Neisseria
Faculdade de Enfermagem – UFJF
Caroline Gotelip
Gustavo Diniz Lima Marques
 
Principais bactérias do gênero Haemophilus:
Haemophilus influenzae (tipo b)
H. ducreyi
H. aegyptius
H. aphrophilus
Morfologia:
Cocobacilares
Pleomórficas
Gram-negativas
Imóveis
Aeróbio ou anaeróbio facultativo
Podem possuir cápsula ou não
O gênero faz parte da microbiota normal humana
Patogênese:
As espécies de Haemophilus colonizam as vias aéreas superiores nos primeiros meses de vida. Podem disseminar-se localmente e causar doença na orelha (otite média), nos seios nasais (sinusite) e nas vias aéreas inferiores (bronquite e pneumonia).
 
Doenças clínicas:
Haemophilus influenzae (tipo b): 
Causa meningite, pneumonia, bronquite, epiglotite, artrite séptica e em outras ocasiões, infecções invasivas. 
H. aphrophilus:
Causa endocardite infecciosa e pneumonia. 
H. aegyptius: 
- Causa de conjuntivite extremamente infecciosa em crianças menores de 5 anos, conhecida como “pink-eye”.
H. ducreyi: 
Sexualmente transmissível, provoca cancróide, que consiste em úlceras genitais.
5
 Haemophilus ducreyi
 Haemophilus aegyptius
Epidemiologia:
Geralmente esses microrganismos se encontram na microbiota normal da nasofaringe dos indivíduos, e é transmitido de pessoa a pessoa.
Doenças por Haemophilus influenzae (tipo b) é uma doença tipicamente pediátrica.
Exceto o Haemophilus ducreyi que é disseminado por contato sexual,
a maioria das infecções por Haemophilus é causada pela microbiota normal do indivíduo (infecções endógenas).
Tratamento, Prevenção e Controle:
Como o patógeno é transmitido de pessoa a pessoa, a melhor forma de se prevenir é tossir adequadamente, sempre realizar a higiene adequada das mãos e limpá-las com álcool 70%.
Para o Haemophilus influenzae (tipo b), é realizado imunização a partir dos 2 meses de idade em 3 doses. Usada a Tríplica DTP (difteria, tétano e pertussis)
Houve redução de mais de 95% de casos de meningite causada por H. influenzae.
Usa-se Cloranfenicol ou Ceftriaxone
Para H. ducreyi , se recomenda abster-se de relações sexuais. O doente e o parceiro devem ser tratados com o uso do antibiótico azitromicina em dose única.
Para H. aprhophilus e H. aegyptius é administrado antibiótico penicilina.
Principais bactérias do gênero Bordetella:
Bordetella pertussis
B. parapertussis
B. bronchiseptica
“When I’m running through your veins,
 you’ll be coughing out your brains”
“Quando eu estou correndo em suas veias, 
você estará tossindo para fora seus cérebros”
Causam infecção no homem: coqueluche
Morfologia:
Pequenos cocobacilos 
Gram-negativos que se assemelham a H. influenzae
Há presença de cápsula (forma patogênica) e fímbrias
Imóveis
Aeróbios obrigatórios
Patogênese:
Doença Clínica: Coqueluche
A coqueluche é uma doença infecciosa e transmissível que acomete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios).
Principais complicações: encefalopatia aguda, convulsões, coma, hemorragias intra-cerebrais e surdez.
São três fases sucessivas:
Fase catarral
Fase paroxística
Fase convalescença
Fase catarral: duração de 1-2 semanas, manifestações leves (febre, mal-estar, coriza e tosse seca), sendo que a tosse vai se tornando cada vez mais intensa.
Fase paroxística: duração de 2-6 semanas, tosse seca, onde o paciente não consegue respirar adequadamente e sensação de asfixia. Inspiração torna-se forçada súbita e prolongada, com ruído característico, seguida de vômitos. 
Fase convalescença: as tosses se tornam comuns, e dura mais algumas semanas. Outras infecções respiratórias podem trazer o reaparecimento das tosses fortes.
Epidemiologia:
Reservatório é o homem
Disseminação de pessoa a pessoa
Está distribuído mundialmente
Crianças com idade inferior a 1 ano apresenta risco 
elevado de infecção
Tratamento, Prevenção e Controle:
Utiliza-se eritromicina ou azitromicina:
Eficaz na erradicação dos microrganismos e na redução da extensão do estágio infeccioso, mas não melhora a evolução clínica.
A profilaxia é, em casos selecionados, o uso de eritromicina. As infecções não diagnosticadas em uma família pode manter a doença na comunidade.
Vacinação: Tríplica DTP (difteria, tétano e pertussis)
Obs.: mesma vacina usada na infecção por H. influenzae.
Principais bactérias do gênero Neisseria:
Neisseria meningitidis causa Meningite
Neisseria ghonorrhoeae causa Gonorréia
Morfologia:
Cocos gram-negativos que se apresentam aos pares
Anaeróbios estritos
Fermentadores
N. meningitidis apresenta cápsula, 
enquanto N. gonorrhoeae não.
Patogênese:
Neisseria gonorrhoeae:
Fixa-se as células da mucosa por meio das fímbrias. Ocorre inflamação local e quando os leucócitos se dirigem a área, ocorre formação de pus. Se não tratada, ocorre a inflamação crônica que se manifesta com fibrose.
Neisseria meningitidis:
Coloniza a nasofaringe
Por serem bactérias capsuladas, são mais resistentes ao processo de fagocitose
Da nasofaringe, pode-se passar para a circulação sanguínea, podendo causar bacteremia, meningite e outras infecções. 
Doenças clínicas:
Gonorréia:
- Nos homens:
Inflamação genital restrita a uretra
Disúria
Nas mulheres:
Cervicite
Dor abdominal
Doença pélvica inflamatória
Meningite:
Febre
Cansaço
Dor de cabeça
Torcicolo
Coma
Ocorrem lesões vasculares devido à endotoxinas
Mortalidade de 10%
Epidemiologia:
No Brasil, em 2014, foram notificados 5.848 casos de meningite bacteriana.
1,8 casos para cada 100.000 habitantes
50% dos casos ocorre em crianças < 5 anos
Letalidade em torno de 10% a 18%
Tratamento, Prevenção e Controle:
Neisseria gonorrhoeae:
Ofloxacina, 400mg, VO, dose única
Como a gonorreia é adquirida pelo contato sexual, é aconselhável o uso de preservativos em toda e qualquer relação sexual.
Neisseria meningitidis:
Vacina bivalente (A+C), tetravalente (A+C+Y+W135) e, para menores de 2 anos de idade, monovalente (A)
Não utilizar copos e talheres mal lavados de quem está com a doença
Obrigado!
Referências:
TORTORA, G; FUNKE, B; CASE, C. Microbiologia, 10ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
FIOCRUZ. Haemophilus influenzae (HiB): sintomas, transmissão e prevenção. Disponível em: <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/hib-haemophilus-influenzae-tipo-b-sintomas-transmissao-e-prevenção> Acesso em: 09 setembro de 2016
VARELLA, D. Coqueluche. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/coqueluche> Acesso em: 12 de setembro de 2016
LEVINSON, W. Microbiologia Médica e Imunologia, 10ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011
FUNASA. Coqueluche. Disponível em: <http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=656> Acesso em: 13/09/2016
FRAZÃO, W. Como identificar e tratar a meningite bacteriana. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/meningite-bacteriana/> Acesso em: 13/09/2016

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais