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1 AULA - 09082016 - EXECUÇÃO CIVIL - FABIANO LOURENÇO Ação rescisória Arts 966 CPC e seguintes Trata-se de ação autônoma de caráter desconstitutivo da coisa julgada material cabível em fase de sentença de mérito ou de acordão, com exceção dos incisos I e II do paragrafo 2º do artigo 966 CPC. Artigo 966 CPC § 2º Inc II Sentença que julga extinto o processo ao acolher a litispendência ou a coisa julgada ou a perempção. Inciso II Decisão do juiz de 1º grau que equivocadamente nega seguimento a apelação. Sustenta-se que contra essa decisão não cabe agravo de instrumento já que não está no roll do art 1015 CPC. Com o transito em julgado essa decisão caberia em teses ação rescisória. Paragrafo 4º Art 966 CPC Contra decisão homologatória do juiz cabe ação anulatória. Homologação de acordo Hipóteses de Cabimento Procedimento Art 968 CPC Distribuição por petição eletrônica 1º Pedido rescisão – rescindir a decisão do julgado É requisito de admissibilidade da rescisória o deposito prévio de 5% sobre o valor da causa “provimento econômico desejado” Pode haver emenda da inicial Prazo de resposta Art 970 CPC Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum. Art 967 CPC Partes legitimas Réu e aparte que se beneficia da decisão a ser impugnada. II – Fiador 3º Interessado III – Ministério Público Art 969 CPC – Tutela provisória Em regra a ação rescisória não suspende a decisão impugnada mas é possível a suspenção por meio de tutela provisória. Prejuizo, prova inequívoca, verossimilhança, causas de possíveis a suspenção fundamentadas são provas contundentes. Art 975 CPC Prazo “2 anos” Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 1o Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. § 2o Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 3o Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão. Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar manifestamente norma jurídica; VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. § 1o Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado. § 2o Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: I - nova propositura da demanda; ou II - admissibilidade do recurso correspondente. § 3o A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão. § 4o Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei. § 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) § 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) Art. 967. Têm legitimidade para propor a ação rescisória: I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; II - o terceiro juridicamente interessado; III - o Ministério Público: a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção; b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei; c) em outros casos em que se imponha sua atuação; IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção. Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 178, o Ministério Público será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica quando não for parte. Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor: I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo; II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente. § 1o Não se aplica o disposto no inciso II à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça. § 2o O depósito previsto no inciso II do caput deste artigo não será superior a 1.000 (mil) salários-mínimos. § 3o Além dos casos previstos no art. 330, a petição inicial será indeferida quando não efetuado o depósito exigido pelo inciso II do caput deste artigo. § 4o Aplica-se à ação rescisória o disposto no art. 332. § 5o Reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda: I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2o do art. 966; II - tiver sido substituída por decisão posterior. § 6o Na hipótese do § 5o, após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente. Art. 969. A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória. Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 1o Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. § 2o Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado daúltima decisão proferida no processo. § 3o Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão. Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 2 AULA - 16082016 - EXECUÇÃO CIVIL - FABIANO LOURENÇO 1) Noções gerais Execução é o conjunto de atividades jurisdicionais para a realização pratica de uma vontade concreta da lei previamente consagrada num titulo executivo. A execução é uma atividade de agressão patrimonial que se legitima pela existência do titulo executivo. No processo de execução o que se busca e adimplemento da obrigação. A execução será sempre forçada. Na execução extrajudicial há a necessidade da formação de um processo autônomo, o que também acontece quando o titulo executivo for um daqueles previstos nos incisos 6 a 9 do artigo 515 CPC. Por outro lado, se for um dos títulos dos incisos 1 a 5 do artigo 515 CPC, haverá na verdade uma nova fase do processo de conhecimento e não estaremos diante de um processo autônomo. 2) Requisitos para a execução: São requisitos para execução: 1 – titulo executivo judicial ou extra judicial 2 – Exigibilidade da obrigação Art 784 CPC Sentença arbitrária => titulo executivo judicial Cheque – Titulo executivo extra judicial A obrigação deve ser certa, liquida e exigível (art 786 cpc) a) Certeza significa dizer que só se pode promover a execução se todos os seus elementos constitutivos, como o credor, devedor e o objeto estiverem presentes, ou melhor, claramente identificados. b) Liquidez (é o valor): exige-se a precisa determinação da quantia devida, se houver necessidade de simples cálculo aritmético, não se pode dizer que a liquidez não está presente (786 cpc paragrafo único) c) Exigibilidade – quando seu cumprimento não esta sujeito a termo, condição ou mesmo um encargo (art 787 cpc). Ação monitória – elementos acidentais dos negócios jurídicos Boleto de condomínio – titulo extra judicial Art 509 cpc – procedimento da execução da sentença Ilíquida – pedido genérico Cabe defesa nos dois procedimentos - judiciais ou extrajudiciais Processo de conhecimento: Define quem tem razão na demanda. 3 AULA - 23082016 - EXECUÇÃO CIVIL - FABIANO LOURENÇO Título executivo Titulo executivo judicial art 515 cpc ***Pesquisa: Liquidação de Sentença NCPC*** Extra judiciais 784 cpc Competencia arts 516 e 781 CPC Principios da execução: 1º Autonomia do processo de execução: Trata-se de principio relativo, principalmente em razão do cumprimento de sentença que decorre de uma fase executiva do processo de conhecimento. 2º Principio da patrimonialidade 789 CPC Nem todos os bens podem ser objeto de penhora Ex: Bem de família 3º Principio da menor onerosidade art 805 cpc Não basta alegar que a medida é mais gravosa, pois atualmente cabe ao executado demonstrar o meio menos oneroso para o cumprimento da obrigação. 4º Principio do contraditório Art 525 cpc É evidente a aplicação do contraditório na execução. No titulo judicial e extra judicial há direito de defesa. 5º Principio da utilidade art 836 cpc Só se justifica a execução se esta servir para a satisfação do direito do credor. 6º Princípio do exato adimplemento art 831 cpc Em tese a penhora deve recair sob bens suficientes para o pagamento da obrigação. 4 AULA - 30082016 - EXECUÇÃO CIVIL - FABIANO LOURENÇO Sujeito ativo e sujeito passivo da execução (arts 778 e 779 NCPC) Espólio – Acervo patrimonial do falecido III – seção de crédito IV § Nenhuma das hipóteses dos incisos I a IV do paragrafo 1ª do art 778 NCPC exigem a anuência (aprovação, consentimento) do executado. Sujeitos passivos 779 ncpc III V – Titular do bem dado em hipoteca Da responsabilidade patrimonial art 786 a 789 NCPC Em geral os bens do devedor responderão para o pagto da obrigação, salvo lei 8009/90 e art 833 NCPC Art 790 NCPC I – Reipersecutória Ex: Usucapião II – 1052 do cod civil III – Ex: comodato, locação, mesmo em poder de terceiros pode ser pego. IV – Divida contraída em beneficio do casal, os bens do cônjuge poderão ser afetados. O art 790 define a possibilidade da penhora de bens de terceiros. 5 AULA - 06092016 - EXECUÇÃO CIVIL - FABIANO LOURENÇO Fraude à Execução Art 792 NCPC O exequente ao requerer a decretação da fraude a execução, torna ineficaz a alienação dos bens ou mesmo a oneração desses bens (de bem) ação pauleana ou ação rescisória. Para a decretação da fraude a execução há a necessidade de ação em andamento, que inclusive pode ser de caráter condenatória. O juiz declara na demanda do exequente, não precisa entrar com outra demanda. “Anulação da venda, ineficácia da venda” Pega a certidão, vai ao cartório e averba “dá publicidade a terceiros” Art 792 Inciso I - neste caso, se dá publicidade a terceiros II – Art 828 NCPC – Pega a certidão, averba e comunica o juiz IV – Pode ser qualquer demanda de caráter condenatório, indenizatória. A demanda ai mencionada pode ser de caráter condenatório Art 792 § 2º Antes de se fazer um negocio deve se: “Puxa certidão em nome do sujeito” Certidão cível Certidão de protesto ***Todas as certidões*** § 3º => A partir da citação da pessoa jurídica Desconsideração inversa => Pessoa física => A pessoa física começa a passar toda movimentação para PJ § 4º => Antes de declarar a fraude a execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente para que esse opor embargo de terceiro no prazo de 15 dias. ***PESQUISA*** DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE – 5 HS DE ESTÁGIO Art 794 NCPC => Essa garantia produz efeitos quando o fiador não tiver renunciado ao beneficio de ordem § 3º. Art 827 CC – Beneficio de ordem Art 795 NCPC => Art 509 a 512 - Liquidação de Sentença Procede-se a liquidação de sentença para se definir o valor exequendo quando não for possível obtê-lo por simples cálculos aritmético. “Simples cálculo não é modalidade de liquidação de sentença” As modalidades são: 1º - Arbitramento (art 509 inc I e 510 NCPC) Exemplo: arbitramento de honorários, aluguel, definição de venda (ação de cobrança de honorários). Pelo Procedimento Comum (Art 509 § 2º e 511 NCPC) Será utilizado esse procedimento quando houver necessidade de provar fato novo. Curiosidades e dicas em sala de aula: Art 1225 CC Propriedade
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