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Apostila Iluminação Parte 1

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2.0 – CONCEITOS BÁSICOS
LUZ - É a radiação capaz de causar uma sensação visual direta.
O olho humano é sensível a uma faixa muito pequena de radiação eletromagnética – entre 0,4 a 0,7 mícron (380 a 760 nanômetros), dentro da faixa de comprimento de onda do espectro solar que chega a superfície da terra – 0,25 a 5,0 mícrons.
A máxima sensibilidade do olho ocorre no comprimento de onda de 0,55 mícrons, limite entre o verde e o amarelo. Como resultado a luz é medida em unidades que são baseadas em intensidade de radiação a 0,55 mícrons, com ajustes de intensidade em outros comprimentos de onda de luz visível.
Radiação
Radiação e o espectro eletromagnético
Quando a matéria se torna mais quente do que o zero absoluto, ela começa a vibrar. Quando ela vibra, emite radiação eletromagnética, ou seja, ondas elétricas e magnéticas. Isto ocorre porque a matéria é feita de partículas carregadas e quando qualquer partícula acelera, ela produz ondas elétricas e magnéticas. Partículas carregadas, se movendo ao longo de fios produzem ondas de radio; movimentos menores de moléculas produzem radiação infravermelha e movimentos no núcleo produzem raios gama. Estas ondas têm comprimento variável, dependendo do tipo de radiação. A faixa de comprimentos de ondas é conhecida como o espectro eletromagnético que não possui limite superior e inferior absoluto. 
Quanto mais aquecida estiver a substância, mais energia ela irradia a uma freqüência maior e comprimento de onda menor. À baixa temperatura, as substâncias emitem uma radiação eletromagnética de ondas longas e a temperaturas altas elas emitem radiação eletromagnética de ondas curtas. As ondas de radiação muito longas possuem comprimentos de 1000 metros ou mais, a exemplo das ondas longas de rádio. Nós não podemos vê-las nem tocá-las. 
O espectro solar
A vida no nosso planeta tem evoluído em função do espectro solar (ondas eletromagnéticas de 0,25 mícrons a 5.0 mícrons). O espectro solar compreende desde os comprimentos de onda ultravioleta até infravermelho. A radiação eletro magnética com um comprimento de ondas de 0,35 mícrons corresponde à luz ultravioleta (UV), ou seja, é um comprimento que está além da luz violeta, perceptível no espectro visível. A radiação a 5,0 mícrons está dentro do infravermelho, ou seja, além do vermelho visível. Com a diminuição da espessura da camada de ozônio, a qual age como um filtro da radiação solar, está aumentando a penetração da radiação Ultra Violeta na atmosfera, isto aumenta a ocorrência de câncer de pele e destrói a vegetação, pois a vida evoluiu levando-se em conta uma faixa de comprimento de ondas relativamente estreita.
O espectro visível (Luz visível) 
Nós percebemos ondas eletromagnéticas de 0,4 mícrons (violeta) até 0,7 mícrons (vermelho) como luz. Essa faixa é conhecida como o espectro visível ou luz visível, e está dentro da faixa do espectro solar, ou seja, faz parte do espectro eletromagnético.
2.3 - FISIOLOGIA DA VISÃO
2.3.1	Respostas à luz pelo olho
O olho é uma extensão do cérebro e procura, continuamente, entender os padrões de luz que chegam até ele.Existem dois tipos de receptores no olho:
Os bastonetes – os quais não diferenciam cor.
Os cones - os quais diferenciam cor.
Apenas os bastonetes trabalham em níveis baixos de luz.
Por ter uma íris ajustável, o olho pode acomodar diferenças substanciais em níveis de luz que variam entre 0,25 lux (luz da lua) e 100.000 lux (luz do sol). 
Por ter evoluído sob luz do sol e luz do dia, o olho usa essa luz eficientemente. Mas, quando vai reduzindo a quantidade de luz à visão vai reduzindo a observação de detalhes até ficar tudo escuro. Neste intervalo a pupila vai se dilatando para deixar entrar mais luz e com isso começa a forçar a visão e a acomodação do cristalino, podendo provocar defeitos na visão - presbiopia. 
Comportamento da luz
Absorção
É a transformação de energia radiante incluso o espectro visível numa forma diferente de energia por interação com a matéria. Implica mudança no comprimento de onda.
Reflexão
É a devolução de radiação por uma superfície, sem modificação da freqüência dos componentes monocromáticos.
Reflexão especular
É a reflexão sem difusão, de acordo com as leis de reflexão óptica, como num espelho, onde o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
Reflexão difusa
É a difusão por reflexão, na qual, sob escala monocromática, não há reflexão regular.
Refração
É a modificação na direção de propagação de radiação, determinada pela modificação na velocidade de propagação, atravessando um meio não-homogêneo, ou passando de um meio para outro.
2.4.6	Transmissão
É a passagem de radiação através de um meio, sem modificação da freqüência dos componentes monocromáticos.
2.4.7	Coeficiente de absorção, reflexão e transmissão
Quando a energia radiante incide sobre um corpo ela é absorvida, refletida ou transmitida. A energia transmitida, quer dizer energia que atravessa o corpo por transparência, como ocorre no ar ou no vidro. A energia radiante absorvida se transforma em energia térmica ou calor. A radiação refletida e a transmitida não sofrem modificações alguma; se mantêm os mesmos tipos de comprimento de ondas.
Os materiais se comportam seletivamente com relação à radiação incidente; isto significa que a quantidade de energia que absorvem, refletem e transmitem é diferente para cada comprimento de onda.
Reprodução de Cor (Ra)
A impressão das cores de um objeto depende da composição espectral da luz que o ilumina, de suas refletâncias espectrais e do sentido da visão humana. Portanto a cor não é exatamente uma propriedade fixa e permanente de um objeto, mas o que se enxerga como cor é o fluxo luminoso refletido pelo mesmo. Um objeto só será verde, para um observador, se o fluxo luminoso incidente contiver radiações verde que possam ser refletidas por este objeto. 
O sentido da visão se adapta à cor da luz e tem a tendência de considerá-la como branca ainda que isso não corresponda à realidade. Depois de algum tempo em um quarto iluminado com a cor azul, nós enxergamos uma luz branca, provinda de uma janela, como amarelada, e a própria luz do quarto como branca. 
A comparação das diversas fontes de luz, tendo como base sua eficiência luminosa e seu fluxo luminoso, necessitará de um complemento: a reprodução de cor.
Mesmo sob luz artificial, queremos observar o mundo ao nosso redor da maneira mais natural possível. Entretanto, as diversas famílias de lâmpadas são caracterizadas por reproduzirem a cor de diferentes maneiras. Para indicar de forma consistente a propriedade da reprodução de cor de uma fonte de luz, idealizou-se um índice de reprodução de cor, baseado na aparência de um número de cores padrões (no caso oito) sob diferentes superfícies iluminantes. O método de avaliação, numa explicação bem simplificada, consiste na avaliação das cores padrões, quando submetidas à luz da fonte a ser analisada e sob a luz de uma fonte de referência à luz natural.
São estabelecidos valores de avaliação de 0 a 100, sempre se considerando o padrão como 100 (aproximadamente igual a cor natural), após o que é retirada a média, obtendo assim, o índice de reprodução de cor (Ra) da fonte em análise.
			 Exemplos:
	Lâmpadas
	Ra
	Incandescentes
	100
	Fluorescentes compactas
	48 a 85
	Fluorescentes STD
	48 a 85
	Fluorescentes S-80
	85
	Vapor metálico
	80 a 95
	Vapor de mercúrio
	55
	Vapor de sódio A.P e B.P
	20
	Vapor de sódio branca
	85
Um índice de reprodução de cor (Ra) em torno de 60 é considerado razoável; 80 – bom e 90 é excelente. Claro que tudo irá depender da exigência da aplicação que uma lâmpada vai atender. Um Ra de 60 mostra-se inadequado para a iluminação de uma loja, porém, é mais que suficiente para a iluminação de vias públicas.
Aparência de Cor 
O parâmetro que caracteriza a tonalidade da luz emitida pela lâmpada recebe o nomede temperatura de cor. A maioria dos corpos negros (ex: ferro), aquecidos a uma temperatura suficientemente alta, emitem uma luz avermelhada e, à medida que a temperatura aumenta, a luz emitida vai se tornando mais branca. Este fenômeno, que é válido para as fontes de luz por termoradiação, estabelece uma relação entre a temperatura da fonte de luz e a sua aparência de cor.
Aparência de cor é utilizada para descrever a cor de uma fonte de luz, é então, comparada à cor do radiador de corpo negro ou radiador absoluto. A temperatura do corpo negro em graus Kelvin, pela qual a comparação de cor é obtida, é a temperatura de cor da fonte.
			 Exemplos:
	Lâmpadas
	Temperatura de cor
	Incandescente
	2800 K
	Fluorescente STD
	5000 K
	Vapor de Sódio
	2100 K
As lâmpadas de menor temperatura de cor são chamadas de cores quentes, devido à cor amarelada que apresentam, enquanto as de maior temperatura são chamadas de cores frias em função da cor esbranquiçada.
Há dois aspectos nos quais a aparência de cor tem um papel decisivo, que são:
a) A utilização simultânea de fontes de luz com temperaturas de cor diferentes, que quando usada deve ter um critério rigoroso, para não causar confusões visuais devido principalmente à adaptação cromática do olho;
b) Locais com exigência de altos níveis de iluminação, deve utilizar lâmpadas com alta temperatura de cor. 
A experiência demonstra que, com iluminâncias baixas prefere-se fontes de luz quentes e sob níveis altos de iluminância prefere-se fontes frias, pois estas são mais excitantes e despertam para melhor execução dos trabalhos, enquanto as fontes de luz quentes, são mais relaxantes. Neste contexto, o clima também exerce um papel importante. Em países de clima quente é comum a opção por lâmpadas geralmente de cor fria.
2.5	UNIDADES FOTOMÉTRICAS
Fluxo luminoso – lúmen (lm)
A unidade de fluxo luminoso o lúmen, é definido como a energia luminosa emitida por segundo, por uma fonte pontual uniforme, de intensidade luminosa unitária, dentro de um ângulo sólido unitário. O fluxo luminoso é o conceito para a quantidade total de luz emitida em todas as direções por segundo, por uma fonte luminosa natural (luz do dia) ou artificial (lâmpadas, fogo, vela, etc.).
O lúmen é designado pelo símbolo Ø. Todas as lâmpadas consomem energia elétrica, expressa em watts, para irradiar a luz que emitem. Estas fontes são identificadas pela potência elétrica utilizada em Watt e o fluxo luminoso que elas emitem. 
Eficiência Luminosa (lm/W)
Eficiência Luminosa é a relação entre o fluxo luminoso em lumens e potência em watts utilizada para o funcionamento da lâmpada, exprime-se então a eficiência em lumens por watts (lm/W).
Os fabricantes dispensam continuamente maiores esforços para melhorar a eficiência das fontes 										 de luz.
 Exemplos:
	Lâmpadas
	Potência (W)
	Fluxo (lm)
	Eficiência: (lm/W)
	Incandescentes
	100
	1500
	10 a 15
	Fluorescentes
	40
	2700
	70 a 100
	Fluorescente Compacta
	9
	600
	60 a 70
	Vapor de Mercúrio
	400
	22000
	45 a 58
	Luz Mista
	160
	3000
	19 a 28
	Vapor Metálico
	2000
	183000
	70 a 95
	Vapor Sódio Híbrido
	350
	34500
	70 a 100
	Vapor Sódio
	400
	47000
	80 a 130
Intensidade luminosa – candela (cd)
Intensidade luminosa é definida como a concentração de luz numa direção específica, radiada por segundo, e representa o quociente do fluxo luminoso, emitido por uma fonte ou por um elemento da fonte, num cone infinitamente pequeno contendo o sentido referido, pelo ângulo sólido deste cone. A luminância do radiador integral, à temperatura de solidificação da platina (2042 K) é 60cd/cm2.
Define-se então, como sendo o fluxo luminoso radiado numa certa direção por unidade de ângulo sólido, ou seja, o ângulo subentendido no centro de uma esfera, por uma área na sua superfície, numericamente igual ao quadrado do raio.
É designada pelo símbolo I e a unidade é candela (cd).
A lâmpada comum isolada emite o mesmo fluxo luminoso e a mesma intensidade luminosa em todas as direções, mas quando a lâmpada é inserida em uma luminária, o fluxo luminoso se reflete pelas superfícies das luminárias, mudando a direção dos raios luminosos e aumentando a intensidade luminosa em algumas direções, diferenciando em relação a outras, a depender da forma e do polimento interno destas, conforme figuras representando o comportamento da luz em refletores na página 20.
As lâmpadas incandescentes refletoras e as halógenas com refletor dicróico funcionam como luminárias, devido a existência de dispositivos de modificação do fluxo luminoso numa certa direção.
Iluminância - lux
A iluminância é a razão do fluxo luminoso incidente numa superfície pela área da mesma.Um lux equivale a um lúmen por metro quadrado ↔ 
É uma medida de densidade de fluxo. Numa fonte pontal, mais distante da fonte, menor será o nível de iluminância, em função da lei do inverso do quadrado.
	
Onde:
I = a intensidade luminosa em candelas (cd) a 0º da fonte.
d = é a distância da fonte ao ponto que se deseja saber o nível de iluminamento.
Exemplos:
	Verão ao meio dia com céu limpo
	100000 lux
	Verão ao meio dia na sombra
	10000 lux
	Céu encoberto
	5000 lux
	Escritórios (mínimo)
	500 lux
	Sala de Estar (residência)
	100 lux
	Iluminação publica
	 5 – 30 lux
	Lua cheia
	0,25 lux
2.5.5	Luminância – candelas / m² (cd/m²)
Luminância é um termo técnico usado em iluminação para indicar a quantidade da radiação emitida por uma superfície luminosa, vista de uma direção específica. A luminância é expressa em candelas por metro quadrado (cd/m2). Portanto, quanto maior a luminância de uma superfície, mais clara ou mais brilhante esta superfície parecerá aos nossos olhos, dependendo das características de sua conformação.
A luminância de uma folha de papel branco, em cima de uma mesa escura, é maior que a da mesa, mas a iluminância no papel e na mesa são iguais. Isto porque as características de reflexão (refletâncias) das superfícies e objetos variam muito e, aqui, o padrão de luminância percebida pode exibir grandes contrastes, o papel branco e a mesa escura. O mesmo acontece com o fundo branco do papel e a cor das letras. Essa diferença de luminância permite a visão das letras por meio do contraste entre as refletâncias espectrais do papel e das letras. As diferenças de luminância podem dificultar a percepção, talvez até a ponto de provocar cansaço, como no caso de superfícies brilhantes.
CONFORTO LUMINOSO
Conforto visual – Corresponde ao grau de satisfação visual produzido pelo ambiente iluminado, enquanto o Desempenho visual – corresponde à avaliação quantitativa do desempenho de uma tarefa.
Níveis de luz
Níveis de iluminação baixos podem resultar em cansaço, dores de cabeça e uma crescente quantidade de erros cometidos quando executamos tarefas visuais. Enquanto que níveis de luz altos podem perturbar a retina e causar tontura. 
No Brasil a associação brasileira de normas técnicas – ABNT, através da NBR – 5413-82, fixa a iluminância mínima a ser atingida em função de cada ambiente visando o desempenho visual necessário para cada tarefa e o conforto visual.
Exemplos:
	restaurantes
	100 lux
	escritórios
	300-750 lux
	fábricas
	300-500 lux
Ofuscamento
O ofuscamento ocorre devido a uma luz muito brilhante justaposta a uma área mais escura. Os olhos e o cérebro tentam se ajustar às duas condições e, conseqüentemente, sente-se desconforto. O brilho deve ser diminuído através do controle da intensidade da luz em determinadas direções. 
O ofuscamento direto da fonte de luz ou refletido resulta normalmente em desconforto e em casos extremos chega a bloquear totalmente a visão. Ele deve, portanto, ser evitado a todo custo sob pena de ocorrerem situações de altorisco particularmente na indústria e nas vias públicas.
Uma pessoa exposta a um ofuscamento desconfortável por períodos prolongados, mesmo que de baixa intensidade, pode vir a ter sensações de fadiga e dor de cabeça, sem causa aparente
3.0	ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL
3.1	LÂMPADAS
CRITÉRIOS MAIS IMPORTANTES NA ESCOLHA DAS LÂMPADAS
Os aspectos considerados mais importantes na escolha da fonte de luz, são:
Eficiência luminosa (lm/W)
Fluxo luminoso (lumens - lm)
Reprodução de cor (Ra)
Aparência de cor (K)
Vida Útil (horas)
3.1.1. LÂMPADAS INCANDESCENTES
A lâmpada incandescente comum é a mais antiga fonte de luz elétrica, continua sendo uma fonte de luz de uso muito difundido no mundo inteiro, tendo em vista os baixos preços para aquisição, no entanto, tende a desaparecer do mercado em vista do alto consumo de energia necessário para seu funcionamento.
Possui dispositivo – que consiste em um filamento irradiando luz dentro de um bulbo de vidro com vácuo ou preenchido por gás – apresenta um índice de reprodução de cor (Ra) equivalente a 100, fornecendo uma reprodução considerada perfeita.
O fluxo luminoso varia em função da potência conforme valores estabelecidos da OSRAM, no anexo 1.
As potências variam de 25 W a 500 W, a depender do fabricante. Possuem vida média em torno de 1000 horas, baixa eficiência luminosa (10 a 15 lm/W) e não utilizam equipamento auxiliar para seu funcionamento. A temperatura de cor é baixa, em torno de 2800 K, e aparência de cor quente e relaxante, semelhante à luz do por do sol. Podem ser encontradas em grande variedade de formatos e tamanhos.
Lâmpadas refletoras
As lâmpadas incandescentes refletoras, graças a um revestimento refletor (aluminizado) no interior do bulbo, dirigem o facho de luz com maior intensidade luminosa para uma direção preferencial. Com isso é possível se obter uma racionalização na utilização da luz, de maneira que uma lâmpada incandescente comum de 100 W pode, em certos casos, ser substituída por uma refletora de 60 W com os mesmos resultados.
As lâmpadas refletoras são encontradas com vários tipos de bulbos, de acordo com a geometria de facho luminoso desejado; em potências que vão desde de 40 W a 120 W, conforme o fabricante, vide anexo 1 e 6. 
Aplicações de Lâmpadas Incandescentes 
Iluminação Geral: Residências, Shopping Center, Hotéis, Motéis, Clubes, Restaurantes, Butiques, Teatros, Cinemas, Auditórios, Halls, Hospitais e etc.
Iluminação Decorativa: Lustres, Painéis, Vitrines, Boates, etc.
Iluminação Específica: Máquinas, Geladeiras, Fogões, Acampamentos, Fazendas, etc.
Iluminação Dirigida: Vitrines, Galerias, Museus, Hotéis, Residências, etc.
 LÂMPADA DE HALOGÊNIO
Um tipo mais recente de lâmpada incandescente é a de halogênio, preenchida por um gás que possibilita temperaturas de operações mais altas. Este tipo de lâmpada tem como características típicas: luz branca e brilhante com propriedade de perfeita reprodução de cor, manutenção constante do fluxo luminoso durante toda sua vida, formato compacto, maior eficiência e vida mais longa que uma lâmpada incandescente comum.
Existem muitas versões de lâmpadas de halogênio, como por exemplo, a lâmpada reta de contato nas duas extremidades, a lâmpada mais curta de contato numa única extremidade ou as diminutas lâmpadas de baixa tensão, com ou sem refletor.
Possuem vida média em torno de 2000 horas, eficiência luminosa de 15 a 25 lm/W e excelente Ra, não necessitando de equipamento auxiliar, com exceção da halógena com refletor dicróico que utiliza transformador (12V).
As lâmpadas halógenas com refletor dicróico, apresentam abertura de fachos que variam de 10º a 70º, conforme anexo 7, sendo que as de facho reduzido (10º), a médio (24º), só devem ser utilizadas em iluminação direcionada, com o devido cuidado.
Aplicações Halógenas
Vitrines, painéis, saguões, estúdios de TV e fotografia, etc.
Aplicações Halógenas Dicróicas
Vitrines, lojas, residências, hotéis, restaurantes, galerias, museus, boates, stands, etc.
3. 1.2 LÂMPADAS DE DESCARGA
Todas as famílias de lâmpadas abordadas a seguir são lâmpadas de descarga, pois não possuem filamento emissor de luz.
A luz é gerada por uma descarga elétrica que provoca a radiação de luz visível pelo próprio gás ou por um pó fluorescente existente no interior do bulbo.
Todas as lâmpadas de descarga requerem um limitador de corrente elétrica, normalmente um reator, algumas necessitam de um dispositivo de partida, starter ou ignitor, que auxilia no processo de descarga do gás. Portanto, a lâmpada de descarga, o limitador e o dispositivo de partida (equipamentos auxiliares), formam um sistema no qual estes também consomem energia.
AS FAMÍLIAS DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES
As lâmpadas fluorescentes são lâmpadas de descarga de baixa pressão, nas quais utiliza-se um pó fluorescente nas paredes internas da lâmpada, tornando visível à radiação da descarga do gás.
Depois da lâmpada incandescente, a fluorescente linear é a mais usada, podendo ser encontrada numa grande variedade de aplicações. As lâmpadas fluorescentes podem ser adquiridas nas cores: Extra luz do dia, Branca Confort, Super 84 e Super 85, a depender do fabricante. Quanto à reprodução de cor varia de 60 a 95 Ra e a eficiência luminosa de 80 a 85 lm/W, existem disponíveis no mercado diversas famílias dessas lâmpadas com uma grande variedade de cores.
As lâmpadas fluorescentes de cor standard possuem um único pó fluorescente, fornecendo um baixo índice de reprodução de cor e uma boa eficiência. Estas lâmpadas têm um preço de aquisição favorável e são empregadas em lugares onde as propriedades de reprodução de cor possuem importância apenas limitada, como em prédios de estacionamento, plataforma de estações e algumas aplicações industriais.
As lâmpadas de série Super 80 possuem três tipos de pó fluorescente, proporcionando um bom índice de reprodução de cor muito bom (Ra 80), e uma eficiência de aproximadamente 85 lm/w.
A alta eficiência luminosa e reprodução de cor fazem com que as cores Super 80 sejam a opção perfeita para áreas de moradia e trabalho, como escritórios, áreas de venda, escolas, residências, indústrias, etc.
Possuem vida útil em torno de 7500 horas; necessitam de equipamentos auxiliares (reator e starter) para partida convencional, e apenas de reator, para partida rápida. São encontradas em potencias compreendidas na faixa de 15 a 110 W.
Quanto a temperatura de cor encontra-se desde temperaturas baixas 3000 K, cores quentes, a 6100 K, cores frias, conforme anexo 3.
Aplicações Fluorescentes
Escritórios, indústrias, supermercados, lojas, escolas, hospitais, bibliotecas, etc.
LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS
As lâmpadas fluorescentes compactas foram desenvolvidas para serem utilizadas em locais em que predominam tradicionalmente as lâmpadas incandescentes.
As lâmpadas fluorescentes compactas utilizam 1/5 da energia consumida por uma lâmpada incandescente que produz o mesmo fluxo luminoso, além de durarem dez vezes mais.
Este tipo de lâmpada é um exemplo típico que demonstra como um preço de custo inicial maior pode significar um investimento total menor, considerando o consumo de energia reduzido e a vida útil em torno de 10.000 horas.
A reprodução de cor varia de 60 a 95 Ra e a eficiência luminosa de 60 a 80 lm/W. Quanto à tonalidade de cor também existem cores quentes (cor21) e cores frias (cor41). As potências variam de 5 W a 36 W, conforme anexo 2.
Aplicações Fluorescentes Compactas
Hotéis, lojas, restaurantes, residências, halls, auditórios, iluminação localizada, etc.
 LÂMPADAS DE DESCARGA DE ALTA PRESSÃO (ML, SON, HPL-N,HPI)
LÂMPADAS TIPO MISTA
Produzem luz pela radiação visível emitida pelo tubo de descarga do mercúrio em alta pressão, somada a radiação ultravioleta transformando em radiação visível pela camada de fósforo que reveste a parte interna do bulbo, bem como a luz produzida pelo filamento limitadorde corrente.
Possuem vida média em torno de 6000 horas, eficiência luminosa de 19 a 29 lm/w, índice de reprodução de cor 60 Ra e temperatura de cor entre 3600 K a 4100 K.
Não necessitam de equipamentos auxiliares, podendo ser encontradas nas potências de 160, 250, e 500 W, para funcionamento sob tensão de 220/230 V, conforme anexo 4. A lâmpada mista de 160 W possui restrição quanto à posição de funcionamento, somente sendo permitida instalações com a base num ângulo máximo de 30º em relação à vertical.
Aplicações de Lâmpadas Mistas: 
Geralmente em substituição a lâmpadas incandescentes em instalações já feitas, onde a iluminação deixa a desejar. Exemplos: indústrias, depósitos, jardins, etc.
LÂMPADA A VAPOR DE MERCÚRIO
Produzem a luz pela descarga elétrica do vapor de mercúrio em alta pressão e pela conversão da radiação ultravioleta produzida pela descarga do mercúrio, na parede interna do invólucro.
Possuem eficiência luminosa de 45 a 58 lm/w, índice de reprodução de cor 65 Ra, vida útil média superior a 18000 horas, e temperatura de cor de 3500 K a 5000 K. Necessitam apenas do reator como equipamento auxiliar, e podem ser encontradas em potências de 80 a 1000 W,conforme anexo 5.
Aplicações: áreas industriais, vias públicas, pátios e estacionamentos, áreas esportivas, fachadas, etc.
Lâmpadas vapor metálico
Produzem luz pela descarga elétrica do vapor de mercúrio (em alta pressão) com aditivos metálicos. 
Boa eficiência luminosa (70 a 95 lm/W), índice de reprodução de cor muito bom de 85 a 93 Ra, e vida média que varia em função da potência de cada lâmpada.
Necessitam de um reator e de um ignitor como equipamentos auxiliares, e são encontradas na forma tubular nas potências de 400, 1000, 2000 W, conforme anexo 4, mas também são encontradas nas potências de 70 W e 150 W.
Aplicações: Áreas internas: shopping e lojas, e quadras de esportes, ginásios, campos de futebol, etc.
LÂMPADA A VAPOR DE SÓDIO DE ALTA PRESSÃO (SON, SON/T, SON-H)
Produzem luz, na cor branco-dourada, pela descarga elétrica do vapor de sódio em alta pressão.
Possuem alta eficiência luminosa, 80 a 130 lm/W - desconsiderando a perda do reator; péssimo índice de reprodução de cor (20%), e vida média superior a 18000 horas.
Necessitam de um reator e de ignitor como equipamentos auxiliares, podendo ser encontradas nas potências compreendidas na faixa de 70 a 1000 W. São encontradas no mercado em dois formatos: ovóide (lâmpadas SON) nas potências de 70, 150, 250 e 400 W e tubular (lâmpadas SON/T) nas potências de 250, 400 e 1000 W.
Esse tipo possui eficiência luminosa de aproximadamente 100 lm/W, índice de reprodução de cor considerado péssimo e vida útil superior a 20000 horas. Um tipo especial de lâmpada de sódio é a lâmpadas do tipo SON-H, que pode ser usada para substituir uma lâmpadas a vapor mercúrio, com 50% a mais de fluxo luminoso e com uma economia de energia em torno de 15%, sem necessidade de trocar o reator ou adicionar um sistema de partida e vida útil superior a 12000 horas. Disponível na potência de 350 W.
Aplicação: Áreas industriais, vias carroçáveis, pátios e estacionamentos, canteiros de obras, fachadas, etc.
3.1.3. LÂMPADAS DE DESCARGA DE ALTA PRESSÃO
O principio de lâmpada de descarga de alta pressão oferece inúmeras oportunidades para inovações técnicas, principalmente no que se refere a cor e eficiência.
A lâmpada de sódio “branca” (SDW-T) apresenta boas propriedades de reprodução de cor (Ra 85) e uma eficiência luminosa mais reduzida que a tradicional - 50 lm/w. Tais lâmpadas podem ser encontradas em versões a partir de 35 W. Como suas cores combinam com a luz incandescente, estas lâmpadas são indicadas especialmente para iluminação interna, em luminárias de forro e de chão com facho dirigido.
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Laboratório de Conforto Ambiental
Rua Caetano Moura, 121, 1º subsolo - Federação - Telefax: (071) 247 3511 / Tel.: (071) 235 7614 R-224
CEP:40.210-340 - Salvador/BA.
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