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23/11/2012 1 1 RECUPERAÇÃO E FORMAÇÃO DE PASTAGENS Unidade III Maria Socorro de Souza Carneiro e-mail: msocorro@ufc.br Forragicultura e Pastagens Forragicultura I 2 No Brasil, extensas áreas de pastagens cultivadas têm sido formadas nos últimos anos ���� ���� investimentos. Práticas de manejo que busquem ≈ entre a oferta e demanda de forragem nem sempre são postas em prática ���� processo de degradação em poucos anos. Degradação de pastagens 3 Degradação de pastagens O ajuste deste equilíbrio é extremamente importante para a longevidade produtiva do pasto. 4 Degradação de pastagens As plantas forrageiras são submetidas, constantemente, ao estresse da colheita, seja pelo pastejo ou corte ���� devem ser discutidas as habilidades dessas plantas para se recuperarem ���� características de solo, clima e manejo em que elas se desenvolvem e hipóteses que possam explicar o processo de degradação que vem sendo observado. 5 Degradação de pastagens O quadro evolutivo do processo de degradação de uma pastagem, tem como seqüência cumulativa: ���� Diminuição na produção e qualidade da forragem; ���� Diminuição na cobertura do solo e do surgimento de plantas novas na pastagem; 6 ���� Aparecimento de espécies invasoras, com processos de competição e erosão por ação da chuva; ���� Grande proporção de invasoras e colonização da área por espécies nativas, e processos erosivos acelerados. Barcellos (1990) Degradação de pastagens 23/11/2012 2 7 ���� Manejo equivocado da sp. forrageira; ���� Superpastejo; ���� Estabelecimento inadequado; ���� Escolha inadequada da sp. forrageira; ���� Fertilidade do solo impróprio; ���� Não reposição dos nutrientes; ���� Compactação do solo por máquinas e animais; ���� Presença de pragas etc. Causas da Degradação das Pastagens 8 Principais causas e sinais de degradação de pastagens com suas interrelações. 9 Recuperação de pastagens degradadas A escolha da técnica de recuperação de pastagens mais adequada dependerá: �Diagnóstico sobre o estágio de degradação da pastagem; � Disponibilidade da utilização de implementos e de insumos; ���� Nível técnico da propriedade. 10 Recuperação? Reforma? Renovação? 11 Práticas culturais e/ou agronômicas, visando o restabelecimento da cobertura do solo e do vigor das plantas forrageiras na pastagem: ���� adubações de manutenção, vedação de piquetes; ���� controle de invasores; ���� sobre-semeadura da espécie existente. Recuperação de pastagens degradadas 12 Reforma de pastagens degradadas Realização de um novo estabelecimento da pastagem com a mesma espécie e, geralmente, com a entrada de máquinas. �correção da acidez do solo; �escarificação do solo; ���� ressemeadura. 23/11/2012 3 13 Renovação de pastagens degradadas Utilização da área degradada para a formação de uma nova pastagem com outra espécie forrageira, geralmente mais produtiva, com: ���� adoção de práticas mais eficientes de melhoria das condições edáficas; ���� aplicação de calcário, adubo no estabelecimento e manutenção; ���� Uso racional da pastagem. 14 Recuperar ou reformar? ���� produção de forragem; Cobertura uniforme do solo; ���� infestação de plantas daninhas; Solo compactado; Sem erosão ���� produção de forragem; Cobertura irregular do solo; ���� infestação de plantas daninhas; Solo compactado; Com erosão RecuperaçãoRecuperação ReformaReforma Diagnóstico do grau de degradação da pastagem 15 FONTE: OLIVEIRA (2002), KICHEL et al. (1998) DIAGNÓSTICO AÇÃO OPERAÇÕES •Manejo inadequado •Deficiência de nutrientes RECUPERAÇÃO DIRETA SEM PREPARO DO SOLO Ajuste de lotação; Controle de altura do pastejo; Calagem e adubação em superfície; •Compactação •Baixo estande RECUPERAÇÃO DIRETA COM PREPARO MÍNIMO DO SOLO Subsolagem ou escarificação Semeadura e grade intermediária 16 FONTE: OLIVEIRA (2002), KICHEL et al. (1998) DIAGNÓSTICO AÇÃO OPERAÇÕES Erosão Invasoras Mistura de espécies Baixo estande Excesso de cupinzeiros Acidez elevada Deficiência de nutrientes Compactação RECUPERAÇÃO/ RENOVAÇÃO COM PREPARO TOTAL DO SOLO Calagem Aração, subsolagem ou grade pesada; Terraceamento; Adubação e semeadura 17 Causas Estratégias* a. Perda da fertilidade do solo (N, P, S) b. Instabilidade leguminosa-graminea c. Plantas invasoras d. Falta de cobertura, compactação do solo e. Erosão f. Pragas Implantação de sistemas silvipastoris (a,b, c, d, e) Adubação de manutenção (a, b, c, d) Uso de leguminosas (a, c, d) Rotação agricultura x pecuária (a, c, d, e, f) Escolha das espécies adequadas (b, c, d, e, f) Manejo do pastejo (b,c, d, e) Tratamentos físico-mecânicos do solo (b, c, d). * As letras entre parêntesis indicam as causas de degradação da pastagem que se corrige com determinada estratégia Fonte: Modificado de Spain e Gualdron (1991) Tabela. Principais causas de degradação de pastagens e as possíveis estratégias para recuperá-las. 18 Estabelecimento de pastagem 1. Conhecimento da área �Finalidade do investimento proposto; �Conhecimentos prévios sobre o solo e clima do local; �Espécies adaptadas às condições prevalecentes etc. 23/11/2012 4 19 2. Escolha da área � Topografia; � Facilidade de aguadas; � Solos. 3. Escolha da espécie Objetivo do uso da pastagem; Espécie e categoria animal a qual se destina; 21 Escolha da espécie Forma de utilização (feno, silagem, pastejo); Persistente e produtiva (adaptada às condições climáticas e edáficas do local); Forma de multiplicação (sementes ou mudas); 22 Escolha da espécie Facilidade de estabelecimento ou de germinação; Resistência à seca e à geada; Tolerância às pragas, às doenças, ao pastejo e ao corte; 23 Escolha da espécie Boa produção de matéria seca digestível, com bom teor de proteína bruta (alimento rico); Bom nível de consumo pelos animais, durante todo ano (palatável mesmo seca); 24 Escolha da espécie Disponibilidade de boas sementes e preços razoáveis (econômica); Boa conversora de energia solar e aproveitadora da água e de nutrientes do solo, para a produção de forragens (produtiva); 23/11/2012 5 25 Escolha da espécie Capacidade de produção de sementes, tolerância a inundação, temperatura baixa, seca (rusticidade); Livre de substâncias indesejáveis para a produção animal (não tóxica). 26 Disponibilidade de sementes no mercado Brachiaria brizantha�capim-braquiarão ou marandu B. decumbens�capim-braquiária; braquiária basilisk Panicum maximum�capins colonião, Mombaça tobiatã e Tanzânia. Andropogon gayanus�capim de gamba; cv. Baetí e Planaltina Stylosanthes guianensis�Estilosantes cv. Mineirão Calopogonium mucunoides � Calopo Outros fatores que influenciam na escolha da espécie forrageira (Quadros, 2002) 27 Indicação das espécies em relação à declividade Planos a suavemente ondulados Ondulados a fortemente ondulados Fortemente ondulados a montanhosos Hyparrhenia rufa Andropogon gayanus Brachiaria humidicola Leucaena leucocephala Brachiaria brizantha Brachiaria decumbens Panicum maximum Chloris gayana Brachiaria ruziziensis Pennisetum purpureum Calopogonium mucunoides Cynodon spp. Stylosanthes Macroptilium atropurpureum Melinis minutiflora Fonte: Adaptado de Alcântara et al. (1993) 28 Indicação das espécies em relação à profundidade efetiva Profundo Moderadamente raso Raso Cynodon spp. Chloris gayana Melinis minutiflora Leucaena leucocephala Calopogonium mucunoides Brachiaria humidicola Panicum maximum Hyparrhenia rufa Andropogon gayanus Pennisetumpurpureum Brachiaria decumbens Digitaria decumbens Brachiaria brizantha Galactia striata Brachiaria ruziziensis Cynodon plectostachyus Fonte: Adaptado de Alcântara et al. (1993) e de Kichel (2006). 29 Indicação das espécies em relação à textura Argiloso Textura média Arenoso Brachiaria humidicola Calopogonium mucunoides Andropogon gayanus Chloris gayana Brachiaria spp. Cynodon spp. Cynodon plectostachyus Galactia striata Stylosanthes Hyparrhenia rufa Macroptilium atropurpureum Melinis minutiflora Pennisetum purpureum Pueraria phaseoloides Panicum maximum Fonte: Adaptado de Alcântara et al. (1993) 30 Indicação das espécies em relação à drenagem do perfil Boa Média Ruim B. Brizantha B.decumbens B. Ruziziensis Andropogon gayanus Brachiaria humidicola Panicum maximum Cenchrus ciliaris Setaria anceps Leucaena leucocephala Centrosema pubescens Paspalum spp. Stylosanthes Hyparrhenia rufa Brachiaria mutica Pennisetum purpureum Panicum maximum var. Guiné Cynodon plectostachyus Urochloa mosambicensis Digitaria decumbens Pueraria phaseoloides Fonte: Adaptado de Alcântara et al. (1993), Rodrigues et al. (1993), Haddad et al. (2000) e Kichel (2006). 23/11/2012 6 31 Tolerância à Seca Cenchrus ciliaris – capim-buffel cv aridus B. decumbens - capim-braquiária; braquiária basilisk ou australiana Andropogon gayanus - capim de gamba; cv. Planaltina e Baetí. Stylosanthes guianensis - Estilosantes cv. Mineirão Calopogonium mucunoides - Calopo Brachiaria brizantha - capim-braquiarão ou marandu Tolerância ao encharcamento 32 Brachiaria mutica - capim-fino, angola Setaria anceps - capim-setária, cv. Kazungula Hemarthria altissima - cv. Floralta, Bigalta Eriochloa sp. - angolinha do rio Echinochloa sp. - canarana Brachiaria humidicola - capim-quicuio da amazônia Tolerância ao frio 33 Cynodon spp. - Tifton-85, Tifton-68, Florakirk, Coast-cross, Florona, gramas estrelas e bermudas Hemarthria altissima - cv. Roxinha, Floralta, Bigalta Medicago sativa – Alfafa 34 Indicação das espécies em relação ao nível de fertilidade Alto Médio Baixo Chloris gayana Brachiaria brizantha Andropogon gayanus Cynodon spp. Galactia striata Melinis minutiflora Panicum maximum Brachiaria ruziziensis Brachiaria decumbens Leucaena leucocephala Hyparrhenia rufa Brachiaria humidicola Pennisetum purpureum Centrosema pubescens Fonte: Adaptado de Alcântara et al. (1993) e de Kichel (2006). Alta produção de forragem, exigência em fertilidade, responsivos à adubação nitrogenada 35 • Pennisetum purpureum - capim-elefante, Napier, Guaçu etc • Panicum maximum- Tânzania • Brachiaria brizantha - Marandu • Cynodon spp. - Tifton-85, Tifton-68, Florakirk, Florona, gramas estrela e Coast cross • Medicago sativa - Alfafa Adaptação a solos de baixa fertilidade 36 B. decumbens - capim-braquiária; braquiária basilisk ou australiana B. humidicola - capim-quicuio da amazônia Andropogon gayanus - capim de gamba; cv. Planaltina e Baetí Stylosanthes guianensis - Estilosantes cv. Mineirão Calopogonium mucunoides – Calopo 23/11/2012 7 Tolerância à pragas e doenças 37 �Pragas: cigarrinha Brachiaria brizantha - capim-braquiarão ou marandu Andropogon gayanus - capim de gamba; cv. Planaltina e Baetí �Doenças: Antracnose Stylosanthes guianensis - Estilosantes cv. Mineirão 38 Indicação das espécies com relação à proteção contra a erosão Baixa Média Alta Chloris gayana Andropogon gayanus Brachiaria decumbens Hyparrhenia rufa Setaria anceps Brachiaria brizantha Pennisetum purpureum Cynodon plectostachyus Brachiaria ruziziensis Leucaena leucocephala Macroptilium atropurpureum Brachiaria humidicola Panicum maximum Calopogonium mucunoides Cynodon spp. Stylosanthes Pueraria phaseoloides Digitaria decumbens Melinis minutiflora Fonte: Adaptado de Alcântara et al. (1993) 39 Indicação das espécies quanto ao grau de tolerância à salinidade Muito alto Alto Moderado Baixo Chloris gayana Cenchrus ciliaris cv. Biloela Brachiaria mutica Setaria anceps Cynodon dactylon Digitaria decumbens Pennisetum clandestinum Panicum maximum Fonte: Adaptado de Rodrigues et al. (1993). Tolerância ao sombreamento 40 Arachis pintoi - amendoim forrageiro Panicum maximum - cv. Aruana Com problemas específicos para animais 41 Brachiaria decumbens – fotossensibilização* Setaria anceps - Bovinos e eqüinos - oxalatos Brachiaria humidicola – Equinos Leucaena leucocephala - Equinos * outras 42 Qualidade da semente �Pureza e germinação (análise laboratorial). �Análise simplificada: a) Amostras de diferentes sacos de sementes; 23/11/2012 8 43 b) Misturar e retirar 100 g (separação de sementes e impurezas, obtendo- se a porcentagem de sementes puras); c) Coloca-se 100 sementes em uma caixa com areia ou sobre uma camada de algodão mantida úmida dentro de um prato (15 dias para gramíneas e 7 a 10 dias para leguminosas); 44 d) Levar em consideração as sementes que apresentam dormência, fisiológica (gramínea) ou mecânica (leguminosa). 45 Preparo da semente Fisiologia • Semente apta para germinar. • Colheita na época certa e completada sua maturação em ambiente apropriado. 46 Dormência � Escarificação (principalmente em leguminosas). �Objetivo � quebrar dormência � a taxa de germinação. 47 Métodos de escarificação: Escarificação com ácido sulfúrico; Tratamento com soda cáustica comercial – solução a 20%. Tratamento com água quente – proporção de 2:1 (água e sementes). 48 � Inoculação das leguminosas � Principalmente onde não existem estirpes de Rhizobium nativas no solo. 23/11/2012 9 49 • Peletização Objetivo – proteger o Rhizobium durante o período entre a inoculação da semente e a sua germinação no campo. Pela peletização o inoculante mantém sua efetividade até 30 dias; 50 Peletização Propicia às sementes certa proteção contra o ataque de pragas; Controle da acidez em torno da semente; Melhorar o contato solo- semente, absorvendo mais umidade. 51 Procedimento para peletizar Revestir as sementes com uma fina camada de calcário ou fosfato de rocha (após a mistura das sementes com a solução adesiva). Para leguminosas tropicais fosfato de rocha (levemente ácido); calcário pH (R. tropicais são prejudicados em pH mais alcalinos). 52 Métodos de formação da pastagem Com o preparo integral do solo • Objetivo – substituir totalmente a vegetação nativa. • Proporção do solo preparado para plantio: em covas (1/100 da área total é cultivada) em faixas (2/3 do total). 53 Com o preparo parcial do solo • Áreas não totalmente mecanizáveis ou que apresentem riscos de erosão. • Introdução de leguminosas em pastagens já existentes de gramíneas. • Melhoramento de pastagem nativa (introdução de forrageiras exóticas). 54 Sem preparo do solo • Semeio é feito em superfície (sobre uma pastagem nativa que foi apenas rebaixada por pastejo pesado ou fogo). 23/11/2012 10 55 Qual método de formação adotar? • Possibilidade de mecanização da área; • Tipo de vegetação existente; • Características das espécies que estão sendo introduzidas; • Possibilidade e interesse de usar uma cultura companheira; • Fatores de ordem econômica. 56 Práticas agronômicas 4. Preparo da área e do solo • As práticas relacionadas com o preparo da área para o plantio dependem do método de formação a ser adotado. • Práticas: pastejo pesado, queima, aplicação de herbicidas, cultivo manual, aração e gradagem (todas associadas ou não). 57 Objetivos • Propiciar um bom estabelecimentodas forrageiras; • Eliminar ou reduzir a competição pelas espécies existentes (invasoras); • Melhorar as condições ambientais na superfície do solo, para facilitar a germinação e penetração da radícula no solo; 58 • Facilitar o uso de outras práticas agronômicas tais como: máquinas plantadeiras, incorporação de adubos, corretivos etc. 59 OBSERVAÇÕES: � Nas regiões de mata, normalmente faz-se a derrubada, seguida de queima e plantio a lanço ou em covas. Na primeira estação, deixam- se as plantas crescerem até a maturação das sementes para que estas ressemeiem (cobertura de todos os espaços vazios). 60 � Em áreas de cerrado a derrubada é feita com correntões, seguida de enleiramento do material vegetal. Então, prepara-se o solo com arado ou grade, ou com ambos os implementos, sendo posteriormente feito o plantio das pastagens. 23/11/2012 11 61 � Para se reduzir os custos de formação de pastagem, são comuns o plantio da forrageira juntamente com uma cultura. � Desmatamento e preparo do solo aumentam os custos de formação de pastagens. 62 Problemas: usando-se pouca semente da forrageira, a pastagem demora a se formar; com altas quantidades da semente da forrageira esta compete com a cultura, reduzindo a produção da lavoura. 63 CALAGEM Vantagens da utilização do calcário dolomítico (Ca + Mg): O Cálcio está geralmente em falta nos solos ácidos e esse macronutriente: � Promove o crescimento da raiz e dos pêlos absorventes; � Aumenta o vigor da planta e a rigidez dos colmos; 64 � Neutraliza toxinas produzidas dentro da planta; � Estimula a produção de grãos; � Aumenta o teor de cálcio das forrageiras e dos alimentos. 65 Magnésio (Mg): � É parte essencial da clorofila; � É necessário para a formação de açúcares; � Ajuda a neutralizar a absorção de outros nutrientes; � Trabalha como “carregador” do fósforo; � Promove a formação de gorduras e óleos. 66 Adubação para estabelecimento Objetivos: � Reduzir os custos de adubação; � Reduzir a quantidade de fertilizantes através da aplicação localizada; � Controlar a infestação de invasoras através do manejo da adubação. 23/11/2012 12 67 CONSIDERAÇÕES: � Aplicação de adubo de alta higroscopicidade a lanço e posterior enterrio com arado ou grade, normalmente não causam problemas a emergência e ao estabelecimento de forrageiras. 68 � Aplicação de adubo de alta higroscopicidade em sulcos (próximos das sementes) diminui a germinação provocando a queimaduras no tecido das sementes se houver pouca umidade no solo. 69 � Quando se faz a mistura da semente com adubo, ela deve ser plantada logo em seguida. � A deficiência ou excesso de algum elemento no solo dificilmente impede a germinação, mas pode provocar a morte ou afetar o crescimento de plantas novas no estabelecimento das pastagens. 70 EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE PLANTIO Muitas falhas no plantio de pastagens são devidas ao uso de equipamentos inadequados, ou mesmo devido à ausência de equipamentos para o plantio de certas espécies. 71 � A maioria dos equipamentos para plantio desenvolvidos no Brasil são máquinas destinadas ao plantio de cereais e, conseqüentemente, não se prestam para o plantio de forrageiras, especialmente as de sementes de tamanho pequeno. 72 �Espécies que se estabelecem bem em plantios superficiais podem ser distribuídas manualmente a lanço na superfície, por semeadeira ou avião, podendo, posteriormente, serem compactadas com rolo. Usam-se para este tipo de plantio também plantadeiras que, além de distribuírem a semente, têm acoplados os rolos compactadores. 23/11/2012 13 73 �As espécies que se estabelecem melhor em plantios mais profundos, normalmente são semeadas com a plantadeira de cereais ou então distribuídas a lanço e cobertas com uma gradagem leve. 74 Preparo convencional da área Arado Aração 75 Grade • Gradagem 76 5.Plantio Métodos de plantio Poaceas Aspectos a serem considerados: �Espécie e tipo de propagação. �Método de formação adequada. �Duração da época chuvosa. �Ocorrência de períodos secos durante a época chuvosa, sua freqüência e duração. �Requerimentos de temperatura para a germinação. �Possibilidade de ocorrência de77 �Época mais adequada para o semeio é o início do período chuvoso, e mantendo a regularidade de chuvas, haverá um aumento na competição com as plantas invasoras. A boa produção de sementes no período seco diminuirá a erosão do solo. O retorno é mais rápido. O acúmulo de reservas é bom para completar o estabelecimento na época chuvosa subseqüente; 78 23/11/2012 14 79 Sementes (reprodução sexuada) • Em Cova Abrir as covas relativamente rasas, fazer a adubação necessária e colocar uma pitada de sementes. 80 Plantio em covas 81 Em Linhas: Abrir as linhas rasas e estreitas, fazer a adubação necessária e distribuir as sementes. O espaçamento depende do tipo e quantidades de sementes. Plantio em linhas 82 Plantio em linha 83 A Lanço: Depois do preparo do solo, observar o tipo de semente. Se a semente for pesada pode dar continuidade ao plantio, mas se for leve deve-se fazer uma mistura para a semente não ser levada pelo vento. 84 � Misturar a semente com material inerte (pó de madeira, areia ou esterco) + água, na proporção de 1:3. � Depois de lançar as sementes, passa-se um rolo compactador, com o objetivo de aderir as sementes ao solo. 23/11/2012 15 85 Mistura com material inerte Plantio a lanço 86 Plantio a lanço 87 Compactação do solo após plantio � Rolo compactador � Acelera o início da germinação das sementes; � Evita perdas de plantio por assoreamento; � Evita dispersão das sementes; � Uniformiza o estande de plantas. 88 Rolo compactador 89 90 Mudas (reprodução assexuada) � Sulcos Abrir os sulcos, fazer a adubação recomendada. Formas de plantio (compensação total ou parcial); Golpear o colmo, cobrir com terra e compactar. 23/11/2012 16 91 Abertura dos sulcos 92 Plantio nos sulcos 93 � Estaquia Preparar as estacas (3 ou 4 gemas), abrir sulcos ou covas, fazer adubação necessária, colocar 2 estacas com 2 nós enterrados e numa angulação de +/- 45º. 94 Plantio por estaquia 95 Plantio por estaquia 96 � Cepas Usado mais para decoração, é o modelo de plantio das gramas de jardim. Plantio por cepas 23/11/2012 17 97 � Pestana a lanço Faz-se o preparo do solo, adubação necessária, espalha as mudas pelo solo, depois passa-se a grade. Plantio em pestana 98 �Palma Forrageira Consiste em abrir sulcos com profundidade adequada dependendo do tamanho das raquetes (espécie), em seguida distribuir as mudas no seu interior e firmá-las com terra. A raquete deve ser cortada no terço inferior ou até mesmo na base da raquete secundária, colocando-a a sombra por 7 a 15 dias para cicatrização. 99 Plantar a palma em espaçamentos adensados (1,0 m x 25 cm; 1,8 m x 10 cm etc.) 100 •Época mais adequada para o semeio é o início do período chuvoso, e mantendo a regularidade de chuvas, haverá um aumento na competição com as plantas invasoras. A boa produção de sementes no período seco diminuirá a erosão do solo. O retorno é mais rápido. O acúmulo de reservas é bom para completar o estabelecimento na época chuvosa subseqüente; 101 OBSERVAÇÃO: O insucesso na formação de pastagens pode ocorrer pelo uso de sementes de baixo valor cultural, a compactação do solo se deficiente, a existência de assoreamento, a seca prolongada após o início da germinação. 102 Taxa de semeadura: • Depende: da espécie; se a pastagem de gramínea é pura ou consorciada; qual o método e tipo de plantio e qual o valor cultural dasemente; • Influencia: na formação das pastagens; na garantia de uma maior produção e persistência do pasto; e do controle das plantas invasoras. 23/11/2012 18 103 • Para gramíneas tropicais - de 15 a 20 plantas/m²; • Plantas mais frágil ou de estabelecimento mais lento - de 40 a 50 plantas/m²; • Somente 20 a 60% das sementes viáveis germinam a campo; 104 • O baixo estabelecimento inicial sendo manejado adequadamente é compensado ao longo do tempo, igualando-se a uma área onde tenha havido maior população inicial de planta. Profundidade da semeadura: Dependerá do tamanho da semente e do tipo de solo; Forrageiras tropicais de 1 a 5 cm de profundidade. 105 Manejo pós plantio Pastagem estará formada com 4 a 5 meses após o plantio � Vai depender da espécie forrageira, espaçamento, fertilidade do solo, época de plantio, condições meteorológicas etc. Pastejo leve: folhas remanescentes, rebrotação rápida e vigorosa; 106 • Pastejo leve: gramíneas puras aumentam o perfilhamento e a cobertura do solo. Em pastagens consorciadas, favorecem na taxa de crescimento das leguminosas; 107 Uso da roçadeira após o primeiro pastejo: • Quando houver plantas invasoras perenes que brotam juntamente com a forrageira; • Quando o estande inicial é reduzido e quando necessitar de estímulo ao perfilhamento. 108 Época de pastejo • Preservar a primeira floração para aumentar a produção de sementes, favorecendo o ressemeio natural. 23/11/2012 19 109 E-mail: forragiculturapastagem@yahoo.com.br Senha: forragem2009
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