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Processo do Trabalho: Atos, Termos e Prazos

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Processo do Trabalho TRT – RIO 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
Olá pessoal! 
 
Espero que estejam todos bem, focados e estudando bastante! 
 
Hoje iremos estudar, dentre outros temas, o tema “Exceção no Processo 
do Trabalho”. 
 
Quero ressaltar que a FCC abordou o tema “Exceção” no concurso do 
TRT da 6ª Região. A questão limitou-se a abordar a literalidade da lei 
como vocês poderão observar no decorrer da aula. 
 
Vamos dar início a nossa aula de hoje! 
 
Aula 02: Atos, termos e prazos processuais. Distribuição. Custas e 
emolumentos. Partes e procuradores; jus postulandi; substituição e 
representação processuais; assistência judiciária; honorários de 
advogado. Nulidades. Exceções. 
 
2.1. Atos, Termos e prazos Processuais: 
 
2.1.1. Atos Processuais: 
 
A) Conceito: O processo é um complexo ordenado de atos 
processuais, destinado à obtenção de um provimento jurisdicional para 
a solução do conflito, ou seja, para a obtenção da sentença que é ato 
praticado exclusivamente pelo juiz que decidi ou não o mérito (pedido) 
da causa. 
 
 Os atos processuais ocorrerão no curso do processo, podendo ser 
praticado pelas partes, pelo juiz ou pelos órgãos auxiliares da Justiça. 
 
 Observem com atenção o conceito de atos processuais: “Atos 
processuais são os acontecimentos voluntários que ocorrem no 
processo, isto é, os que dependem de manifestações dos sujeitos no 
processo”. (Carlos Henrique Bezerra Leite). 
 
 Atenção: É importante fazer uma distinção entre atos processuais 
e fatos processuais, o que muitas vezes confunde o candidato na hora 
da prova. 
 
 
 
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Atos Processuais Fatos Processuais 
 
� Os Atos Processuais são os 
acontecimentos que ocorrem por 
vontade das partes no processo, 
dependendo assim de 
manifestações dos sujeitos dos 
processos. 
 
 Exemplificando: A penhora 
(penhora é a constrição de bens 
do devedor para satisfazer o 
crédito do credor, estudaremos no 
processo de execução), a citação 
do réu, intimação das partes ou 
das testemunhas, etc. 
 
 
� Os Fatos Processuais são 
acontecimentos involuntários, ou 
seja, que independem da vontade 
humana. 
 
 
 
Exemplificando: Podemos citar 
como exemplo de fato processual 
a morte da parte ou de seu 
advogado, o que não dependerá 
da vontade das partes para 
ocorrer. 
 
 Os atos processuais são públicos, salvo quando a intimidade ou o 
interesse social exigirem sigilo, conforme dispõem o artigo 5º, LX da 
CF/88. Trata-se do princípio da publicidade do ato processual, que 
somente poderá correr em segredo de justiça nas causas trabalhistas 
que tratem de questões sobre assédio sexual ou assédio moral, por 
exemplo. 
 
 Art. 5º LX da CRFB/88 A lei só poderá restringir a publicidade 
dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem. 
 
 Art. 770 CLT Os atos processuais serão públicos salvo quando o 
contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis 
das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
 Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia 
feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente. 
 
DICA: O prazo para a prática de atos processuais é de 6 às 20 horas. 
Não confundam com o prazo para a realização da audiência que será 
entre 8 às 18 horas (art. 818 da CLT). 
 
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Observem a assertiva: “Um ato processual praticado em audiência 
poderá ser realizado até as 20 horas”. A assertiva está incorreta porque 
o art. 818 da CLT excepciona o prazo em relação às audiências. 
 
Observem a seguinte assertiva; “Nenhum ato processual poderá ser 
praticado em domingos e feriados.” A assertiva está incorreta porque 
mediante autorização do juiz a penhora poderá ser praticada em 
domingos ou feriados. 
 
DICA: É oportuno ressaltar que o art. 770, parágrafo único da CLT é 
muito abordado em provas. 
 
Analista Judiciário – TRT 6ª Região - 2012 
 
Questão 39. Em relação aos atos, termos e prazos processuais a 
Consolidação das Leis do trabalho prevê que 
a) os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário 
determinar o interesse público, e realizar-se-ão nos dias úteis das 8 
(oito) às 18 (dezoito) horas. 
b) os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário 
determinar o interesse público, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 
(seis) às 20 (vinte) horas. 
c) os prazos processuais contam-se com inclusão do dia do começo e 
exclusão do dia do vencimento. 
d) a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, 
prescindindo de autorização judicial. 
e) os prazos que vencerem na sexta, sábado, domingo e feriado, 
terminarão no primeiro dia útil seguinte. 
 
Comentários: Letra B. 
 
Art. 770 CLT Os atos processuais serão públicos salvo quando o 
contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis 
das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.Parágrafo único. A penhora poderá 
realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa 
do juiz ou presidente. 
 
BIZU DE PROVA 
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B) Classificação de Atos Processuais: 
 
a) Atos da parte: declaração unilateral ou bilateral de vontade. 
 
 Art. 158 do CPC Os atos das partes, consistentes em declarações 
unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a 
constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais. 
 
b) Atos do juiz: Sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
Sentença é o ato do juiz que extingue o processo com ou sem 
resolução do mérito. Estudaremos detalhadamente este tema em 
aula própria. 
 
Decisão interlocutória é aquele que no curso do processo o juiz 
resolve uma questão incidente. Por fim, despachos são todos os atos 
praticados no processo para os quais a lei não estabeleceu outra 
forma. (art. 162 e parágrafos do CPC) 
 
 Art. 162 do CPC Os atos do juiz consistirão em 
sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
 
c) Atos dos órgãos auxiliares da Justiça: Ao receber a petição 
inicial de qualquer processo o escrivão a autuará, mencionando o juízo, 
a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das partes e as 
datas de seu início e procederá do mesmo modo quanto aos volumes de 
processo que se forem formando. 
 
Exemplificando: São atos processuais praticados pelos auxiliares da 
justiça: a citação, a intimação, a penhora, a autuação (é a ato de 
colocar a capa no processo), dentre outros. 
 
C) Comunicação dos Atos Processuais: A comunicação dos atos 
processuais refere-se ao procedimento de dar ciência à parte quando 
determinado ato processual deva ser praticado ou o aviso de que um 
ato processual foi praticado. 
 
 
 
 
 
 
 
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 As formas de comunicação dos atos processuais são: a citação e 
da intimação. 
 
 Citação: É o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o 
interessado para se defender (art. 213 do CPC). 
 
� A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz 
litigiosa a coisa e ainda quando ordenada por juiz incompetente constitui 
em mora o devedor e interrompe a prescrição (art. 219 doCPC). 
 
� O sistema moderno de citação pelo correio, providência instituída 
para imprimir maior celeridade ao processo, não é cabível no processo 
de execução, cuja citação deverá ser feita através de oficial de justiça. 
 
 Intimação: É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos 
atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer 
alguma coisa (art. 234 do CPC). 
 
� As intimações no processo do trabalho são feitas em regra pelos 
correios, podendo ocorrer excepcionalmente por oficial de justiça, por 
publicação do edital no Diário oficial ou no órgão que publicar o 
expediente da justiça do trabalho ou por fixação do Edital na sede da 
Vara de trabalho. 
 
No processo do trabalho o art. 841 da CLT dispõe sobre a 
notificação citatória, que menciona que o servidor público ao receber a 
petição inicial remeta a segunda via em 48 horas para o réu, 
notificando-o para comparecer à primeira audiência desimpedida dentro 
de cinco dias. 
 
Atenção: É importante ressaltar que por força do art. 1º, II do Decreto-
Lei 779/69, este prazo fixado no art. 841 da CLT será contado em 
quádruplo quando a parte for a União, o Estado, o Município, o Distrito 
Federal, bem como autarquias e fundações de direito público federais, 
ou municipais que não explorem atividade econômica. 
 
Art.841 da CLT Recebida e protocolada a reclamação, o 
escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a 
segunda via da petição ou do termo, ao reclamado, notificando-o 
ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de Julgamento, 
que será a primeira desimpedida, depois de cinco dias. 
 
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Súmula 427 do TST (nova súmula editada em 24 de Maio de 
2011). Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações 
sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a 
comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é 
nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
 
 
 
A Lei 9.800/99 permite a transmissão de ato processual que 
dependa de petição escrita através de fac-símile (fax), devendo os 
originais ser entregues em até 5 dias contados da recepção dos dados 
enviados via fax. A Súmula 387 do TST (inserido inciso IV em 25 de 
Maio passado) dispõe sobre a possibilidade da interposição de recurso, 
que é um ato processual, por fac-símile (fax). 
 
Observem a nova redação: 
 
 
 
 
 Em relação à prática de ato processual através de e-mail, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em relação à prática de ato processual através de e-mail, 
 
 
 
 
 
BIZU DE PROVA 
BIZU DE PROVA 
Súmula 387 do TST RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI 9.800/1999 
I - A Lei 9.800/1999 é aplicável somente a recursos interpostos após 
o início de sua vigência. 
II - A contagem do qüinqüídio para apresentação dos originais de 
recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia 
subseqüente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da 
Lei 9.800/1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se 
esta se deu antes do termo final do prazo. 
 III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de 
notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu 
ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao 
"dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado. 
 
IV - A autorização para a utilização do fac-símile, constante do art. 1º 
da Lei 9.800 de 1999, somente alcança as hipóteses em que o 
documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se 
aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. 
 
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2.1.2. Termos Processuais: Termo processual é a redução escrita de 
determinado ato processual. 
 
Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que termo é a reprodução gráfica 
do ato processual. 
 
Os termos poderão ser classificados em três tipos: termo de vista, 
termo de juntada e termo de conclusão. 
 
 
 
 Termo de vista ocorre quando a parte deverá tomar ciência 
de algum ato realizado no processo. Neste caso, o servidor 
público atestará no processo que a parte tomou ciência do 
mesmo. 
 
 Termo de Juntada é aquele que atesta a juntada de 
determinado documento aos autos do processo. 
 
 Termo de Conclusão ocorre quando o processo é enviado 
para a manifestação do juiz. Assim, a expressão “autos 
conclusos” significa dizer que o juiz está com o processo 
para análise. 
 
Art. 771 CLT Os atos, termos e prazos processuais poderão ser 
escritos à tinta, datilografados ou a carimbo. 
 
Art. 772 CLT Os atos e termos processuais, que devam ser 
assinados pelas partes interessadas, quando estas por motivo 
justificado não possam fazê-lo, serão firmados a rogo na 
presença de duas testemunhas, sempre que não houver 
procurador legalmente constituído. 
 
Termos 
Processuais 
Termo de Juntada Termo de Vista Termo de 
Conclusão 
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 Art. 773 CLT Os termos relativos ao movimento dos 
processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas 
pelos secretários ou escrivães. 
 
 O Processo Civil aplica-se subsidiariamente ao processo do 
trabalho naquilo em que não for incompatível com os princípios 
fundamentais do mesmo. Assim, os artigos 168 e 169 do CPC aplicam-
se ao processo do trabalho. 
 
Art.168 do CPC Os termos de juntada, vista, conclusão e 
outro semelhante constarão de notas datadas e rubricadas pelo 
escrivão. 
 
Art.169 do CPC Os atos e termos do processo serão 
datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, 
assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas 
não puderem ou não quiserem firmá-lo. O escrivão certificará 
nos autos a ocorrência. 
§ 1º É vedado usar abreviaturas. 
§ 2º Quando se tratar de processo total ou parcialmente 
eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz 
poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente 
digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, 
mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo 
juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos 
advogados das partes. 
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, eventuais contradições na 
transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da 
realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir 
de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo. 
 
Atenção: A interposição de um recurso é um ato processual praticado 
pelas partes. O carimbo é um termo processual que atesta a juntada do 
recurso aos autos do processo. 
 
 A OJ 285 da SDI-1 do TST estabelece que o carimbo colocado pelo 
servidor público atestando o recebimento da peça recursal deverá estar 
legível. 
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2.1.3. Prazos Processuais: 
 
Prazo é o lapso de tempo dentro do qual um ato processual deverá 
ser praticado. 
A contagem dos prazos é tema muito abordado em provas por 
diversas bancas, portanto prestem muita atenção às explicações abaixo, 
pois sempre cai o quadro de Súmulas que destaquei. 
� A contagem de prazo no processo do trabalho é feita 
com base no artigo 775 da CLT, auxiliado por algumas 
Súmulas do TST. O início da contagem do prazo é 
denominado dies a quo e o término do prazo é 
denominado dies ad quem.� A regra geral é que a contagem dos prazos excluirá o 
dia do começo e incluirá o dia do vencimento, 
conforme em destaque no art. 775 da CLT abaixo 
transcrito. 
Art. 775 da CLT - Os prazos estabelecidos neste Título contam-
se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do 
vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, 
ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou 
tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente 
comprovada. 
 Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, 
domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. 
Art. 776 da CLT - O vencimento dos prazos será certificado nos 
processos pelos escrivães ou chefes de secretaria. 
 
OJ 285 da SDI-1 do TST AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO. 
CARIMBO DO PROTOCOLO DO RECURSO ILEGÍVEL. INSERVÍVEL O 
carimbo do protocolo da petição recursal constitui elemento 
indispensável para aferição da tempestividade do apelo, razão pela 
qual deverá estar legível, pois um dado ilegível é o mesmo que a 
inexistência do dado. 
 
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Analista Execução de Mandados – TRT 6ª Região – 2012 
 
 Questão 46. Conforme regra contida na Consolidação das Leis do 
Trabalho, contam-se os prazos processuais com a 
a) inclusão do dia do vencimento e são contínuos. 
b) exclusão do dia do vencimento e se interrompem nos feriados. 
c) exclusão do dia do começo e são absolutamente improrrogáveis. 
d) inclusão do dia do começo e são contínuos. 
e)inclusão do dia do vencimento, sendo que apenas os que vencerem 
em feriados terminarão no dia seguinte. 
 
Comentários: Letra A (art. 775 da CLT). 
 
 Vamos ao quadro das Súmulas! 
 
 
Súmula 01 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a 
publicação, com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo 
judicial será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se 
não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
 
Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois 
de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o 
decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
Súmula 30 TST Intimação da sentença. Quando não juntada a ata 
ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento ( art. 
851 § 2º CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a 
parte receber a intimação da sentença. 
 
Súmula 262 TST I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o 
início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem no 
subsequente. II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros 
do TST suspendem os prazos recursais. 
 
 
Súmula 350 do TST O prazo de prescrição com relação à ação de 
cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu 
trânsito em julgado. 
 
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OJ-310 da SDI – 1 do TST Litisconsortes. Procuradores distintos. 
Prazo em dobro. Art. 191 do CPC. Inaplicável ao Processo do 
Trabalho. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao 
Processo do Trabalho, em face da sua incompatibilidade com o 
princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista. 
 
 
Os prazos processuais classificam-se: 
a) Quanto à origem: prazos legais (fixados pela lei), prazos judiciais 
(fixados pelo juiz) e prazos convencionais (convencionado pelas partes). 
b) Quanto à natureza: prazos dilatórios (são os prazos prorrogáveis) e 
prazos peremptórios (são os prazos fatais e improrrogáveis). O art. 182 
do CPC excepciona em relação aos prazos peremptórios ao permitir que 
o juiz prorrogue um prazo peremptório nas comarcas onde for difícil o 
transporte, mas nunca por tempo superior a 60 dias. 
c) Quanto aos destinatários: prazos próprios (são os prazos 
destinados às partes) e prazos impróprios (são os prazos destinados aos 
juízes e servidores da justiça do trabalho). 
Exemplificando: Para uma melhor compreensão do tema prazos 
processuais, acho importante exemplificar com a resolução de uma 
questão discursiva da CESPE, embora não seja a banca de nosso curso! 
 
(CESPE – OAB/RJ -/2007) O advogado Francisco Alburquerque, 
inconformado com o conteúdo da sentença que julgou improcedente o 
pedido de seu cliente, interpõe recurso ordinário. A sentença foi 
publicada no Diário Oficial de 10 de novembro de 2006, sexta-feira, e o 
recurso protocolado em 21 de novembro do mesmo ano, terça-feira, dia 
seguinte ao feriado estadual que celebra o "Dia Nacional da Consciência 
Negra" (Lei Estadual 4.007, de 11 de novembro de 2002). Não obstante 
haver o diligente advogado elaborado preliminar de tempestividade de 
seu recurso, ao receber o apelo no Tribunal Regional do Trabalho, o juiz 
relator entendeu por bem negar seguimento a seu trâmite, 
monocraticamente, por considerá-lo intempestivo. Segundo os 
argumentos do magistrado, ao alegar direito estadual para prorrogar o 
prazo recursal, caberia ao recorrente provar o seu teor e vigência, nos 
termos do art. 337, do CPC, o que não ocorrera. 
 
 
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 Levando-se em consideração os dados acima, indaga-se: Qual o 
recurso cabível da decisão monocrática que negou seguimento ao 
recurso ordinário citado? Indique o dispositivo legal que o prevê e 
fundamente sua resposta. 
Qual o prazo legal de interposição do referido recurso? 
 
Comentários: O Recurso cabível contra decisão monocrática que negar 
seguimento ao recurso ordinário é o Agravo Regimental, que deverá ser 
interposto no prazo previsto no regimento interno dos Tribunais. Caberá 
Agravo Regimental do despacho do relator que, baseando-se em 
Súmulas do TST, negar seguimento a recurso, conforme estabelece o 
art. 9ª, parágrafo único da Lei 5.574/70. 
 
Observem a contagem do prazo na interposição do Recurso 
Ordinário: O prazo para interposição de Recurso Ordinário é de 8 dias, 
contados da publicação da sentença. A sentença foi publicada em 
10/11/06 (sexta-feira). 
 
A Súmula 01 do TST estabelece que neste caso a contagem do 
prazo será a partir de segunda-feira (13/11/06) e o término em 
20/11/06. Acontece que o advogado alegou que neste dia é feriado local 
e por isso o prazo estaria prorrogado para 21/11/06, data na qual ele 
interpôs o recurso. 
 
Súmula 01 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a 
publicação, com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial 
será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houver 
expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
 
No caso em tela, o relator negou seguimento ao Recurso 
interposto baseando-se na Súmula 385 do TST, que dispõe que a parte 
deverá comprovar a existência de feriado local que justifique a 
prorrogação do prazo recursal. 
Súmula 385 do TST Cabe à parte comprovar, quando da interposição 
do recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja 
expediente forense, que justifique a prorrogação do prazo recursal. 
 
 
 
 
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Assim, o recurso cabível é o Agravo Regimental conforme dispõe a 
lei 5.574/70. O fundamento legal do Agravo Regimental é o Regimento 
Interno dos Tribunais. O Regimento Interno do TST estabelece o prazo 
de 8 dias para a interposição do Agravo regimental, alguns Tribunais 
Regionais estabelecem o prazo de 8 dias e outros o prazode 5 dias. 
 
 
 
Principais Prazos no Processo do Trabalho: 
⇒ Remessa de cópia da Inicial para o Reclamado (48horas); 
⇒ Marcação de Audiência Inaugural (de acordo com o art. 841 da 
CLT combinado com o DL 779/69 será de 5 dias ou 20 dias se a parte 
for Fazenda pública); 
⇒ Recursos e Contra-razões em geral (em geral 8 dias ou em dobro 
16 dias se for ente público); 
⇒ Recurso denominado embargos de declaração (5 dias); 
⇒ Para as partes apresentarem razões finais (10 minutos); 
⇒ Juntada da ata de audiência aos autos (48 horas); 
⇒ Apresentar contestação (em audiência, se for oral deverá ser feita 
em 20 minutos); 
⇒ Prazo para o oficial de justiça apresentar atos em geral (9 dias); 
⇒ Prazo para oficial de justiça praticar atos de avaliação (10 dias); 
⇒ Apresentar Exceção de incompetência (24 horas improrrogáveis); 
⇒ Apresentar Exceção de suspeição (48 horas); 
⇒ Prazo para ajuizamento de ação rescisória (2 anos contados do 
trânsito em julgado da decisão); 
⇒ Prazo para redução a termo de reclamação verbal (5 dias); 
⇒ Prazo para opor embargos à execução (5dias ou se for Fazenda 
pública 30 dias). 
 
A seguir transcrevo outros artigos da CLT sobre atos, termos e 
prazos processuais que são muito abordados em provas de concursos, 
principalmente pela banca FCC: 
Art. 777 da CLT - Os requerimentos e documentos 
apresentados, os atos e termos processuais, as petições ou 
razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos 
feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a 
responsabilidade dos escrivães ou chefes de secretaria. 
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 Art. 778 da CLT - Os autos dos processos da Justiça do 
Trabalho não poderão sair dos cartórios ou secretarias, salvo se 
solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer 
das partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos 
competentes, em caso de recurso ou requisição. 
 Art. 779 da CLT - As partes, ou seus procuradores, poderão 
consultar, com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou 
secretarias. 
Art. 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos poderão ser 
desentranhados somente depois de findo o processo, ficando 
traslado. 
 Art. 781 da CLT - As partes poderão requerer certidões dos 
processos em curso ou arquivados, as quais serão lavradas pelos 
escrivães ou chefes de secretaria. Parágrafo único - As certidões 
dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão 
de despacho do juiz ou presidente. 
Art. 782 da CLT - São isentos de selo as reclamações, 
representações, requerimentos, atos e processos relativos à 
Justiça do Trabalho. 
Notificações: Na petição inicial trabalhista não é necessário o pedido 
de citação do réu, uma vez que o art. 841 da CLT diz que a simples 
notificação para o comparecimento à audiência é ato automático 
realizado pelo servidor da Vara de Trabalho, independente de pedido do 
autor. 
 Na reclamação trabalhista não há citação do reclamado, mas 
notificação via postal do mesmo por meio de remessa automática do 
servidor de secretaria da vara, em 48 horas, do recebimento da ação, 
notificando o reclamado a comparecer para a primeira audiência 
desimpedida em: 
• 05 dias para os reclamados em geral 
• 20 dias para União, estado, DF, municípios, autarquias e 
fundações públicas federais, estaduais, municipais que não 
explorem atividades econômicas (Decreto-Lei 779/69 que diz que 
o prazo do art. 841da CLT será quádruplo). 
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 Art. 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o 
escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) 
horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao 
reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à 
audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, 
depois de 5 (cinco) dias. 
 § 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. 
Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for 
encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal 
oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, 
afixado na sede da Junta ou Juízo. 
 § 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da 
reclamação ou na forma do parágrafo anterior. 
 A notificação poderá ser: a) por registro postal em regra; b) por 
edital quando o réu não for encontrado ou criar embaraços ao 
recebimento da reclamação. 
 O Edital será publicado em um jornal oficial ou em expediente 
forense e somente na falta destes será afixado na sede ou juízo. 
A Súmula 16 do TST, já estudada em prazos processuais, fala da 
notificação. Vamos relembrá-la! 
 
 
Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de 
sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso 
deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
 A notificação postal será feita com o aviso de recebimento para 
que se possa verificar se ocorreu ou não a citação. 
 No processo do trabalho a citação somente será pessoal em sede 
de execução, sendo assim bastará a entrega da citação no endereço 
indicado. Caberá à parte comprovar que não a recebeu no prazo devido. 
 
Atenção: O tema nulidade dos atos processuais não consta 
expressamente no Edital, mas por cautela quero que vocês estudem, 
pelo menos, os artigos da CLT e a denominação dos princípios. 
 
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2.2. Nulidades e convalidação dos atos processuais: 
 
Nulidades e uma sanção imposta pela lei, que irá privar o ato 
processual de seus efeitos, quando a forma a ser praticada estabelecida 
na norma jurídica for descumprida. 
 
 Um bom exemplo irá facilitar o entendimento deste conceito! 
 
 A Lei Complementar 75/93, em seu art. 83, XIII, estabelece que 
o MPT (Ministério Público do trabalho) deverá intervir, obrigatoriamente, 
em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça 
do trabalho quando a parte for pessoa jurídica de direito público, Estado 
estrangeiro ou organismo internacional. Caso ele não tenha sido 
intimado, o processo será nulo, a partir do momento em ele deveria ter 
atuado. 
 
O art. 246 do CPC estabelece que será nulo o processo quando o 
Ministério Público não tiver sido intimado a acompanhar o feito em que 
deveria intervir. O parágrafo único preceitua que o juiz anulará o ato a 
partir do momento em que o MP deveria ter sido intimado. 
 
Assim, reafirmando o conceito de nulidade pode-se dizer que: a 
nulidade de um ato processual ocorrerá quando lhe faltar algum 
requisito que a lei considerar necessário para a sua validade. 
 
Os atos processuais não dependem de forma determinada para ser 
praticado, exceto quando a lei expressamente a exigir, assim os atos 
que embora realizados de outro modo, atingir a finalidade essencial 
serão considerados válidos. 
 
A CLT trata da teoria das nulidades em seus artigos 794 ao 798, 
abaixo transcritos e comentados com os destaques para os pontos mais 
abordados em provas. 
 
 É importante frisar: As nulidades estudadas no direito do 
trabalho são distintas das nulidades estudadas no direito processual do 
trabalho. 
 
 
 
 
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No direito do trabalho, o art. 9º da CLT que consagrao princípio 
da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, estabelece que serão de 
nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, 
impedir ou fraudar as leis trabalhistas. 
 
Ao passo que no Processo do Trabalho, os atos processuais podem 
ser nulos, anuláveis ou inexistentes. O art. 37, parágrafo único do CPC 
estabelece que os atos processuais praticados por advogados que atuam 
sem instrumento de mandato e que não sejam ratificados serão 
considerados inexistentes. 
 
Os atos nulos (nulidade absoluta) e os atos anuláveis (nulidade 
relativa), sendo os vícios processuais dos atos nulos insanáveis e os dos 
atos anuláveis sanáveis. 
 
Os atos jurídicos em geral e os atos processuais poderão estar 
com vícios ou irregularidades que podem ou não contaminar a sua 
validade. 
 
Como exemplo de vício que não contamina a nulidade de um ato, 
podemos citar a ausência de numeração e das folhas dos autos do 
processo, que não contaminam o ato. 
 
Caso o vício processual seja grave haverá uma consequência que 
se classifica em: nulidade absoluta e nulidade relativa. 
 
A nulidade absoluta será declarada toda vez que o ato processual 
viciado violar normas de interesse público, podendo ser declarada de 
ofício pelo juiz. 
 
Como exemplo, podemos citar a incompetência absoluta do juízo, 
uma vez que a Justiça do Trabalho é incompetente materialmente para 
processar e julgar as demandas pertinentes a direito de família. 
 
Assim, caso haja pedido referente a uma investigação de 
paternidade, por exemplo, o juiz do trabalho deverá de ofício, sem o 
requerimento das partes, declara-se absolutamente incompetente em 
razão da matéria. Se ele não o fizer ocorrerá a nulidade absoluta da sua 
sentença. 
 
 
 
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Quanto à nulidade relativa ou anulabilidade, o vício do ato 
processual viola normas de interesse privado, dependendo sempre da 
provocação do interessado, não podendo ser declarada de ofício pelo 
juiz. 
 
Como exemplo de nulidade relativa, citamos a incompetência 
relativa do juízo que caso a parte ré não entre com a Exceção de 
incompetência relativa do juízo ocorrerá a prorrogação de competência e 
o juiz que anteriormente era incompetente para processar e julgar a 
causa passará a ser competente. 
 
 
 
Princípios Específicos das Nulidades Processuais: 
 
Dentro da teoria das nulidades podemos destacar os seguintes 
princípios: 
 
a) Princípio da Transcendência ou do Prejuízo: Previsto no 
art. 794 da CLT, determina que somente, haverá nulidade quando 
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
Art. 794 da CLT- Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça 
do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos 
inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
b) Princípio da Instrumentalidade das formas: Previsto nos 
artigos 154 e 244 do CPC, determinando que se o ato for praticado de 
outra forma, mas atingir a sua finalidade ele será válido. 
 
c) Princípio da Convalidação ou da Preclusão: Previsto no art. 
795 da CLT, determinando que as nulidades não serão declaradas senão 
pela provocação das partes, às quais deverão arguí-las, na primeira vez 
em que tiverem de falar nos autos. Porém, o princípio da convalidação 
somente será aplicado ás nulidades relativas. 
 
 
 
BIZU DE PROVA 
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O art. 795 §1º da CLT ao determinar que deverá ser declarada de 
ofício a nulidade fundada em incompetência de foro na verdade quis 
dizer que a incompetência absoluta deverá ser declarada de ofício pelo 
juiz. 
 
Art. 795 da CLT – As nulidades não serão declaradas senão 
mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à 
primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
 
1º – Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade 
fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão 
considerados nulos os atos decisórios. 
 
 2º – O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, 
na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com 
urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão. 
 
c) Princípio da Proteção: Previsto no art. 796 da CLT, determina 
que somente será declarada a nulidade quando for impossível 
suprir-lhe a falta ou repetir-se o ato e quando não for arguida por 
quem lhe houver dado causa. 
d) 
Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. 
 
e) Princípio da Utilidade: Está previsto no art. 798 da CLT 
determina que a nulidade do ato não prejudicará, senão os posteriores 
que dele dependam ou sejam consequência. 
 
Art. 798 da CLT- A nulidade do ato não prejudicará senão os 
posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência. 
 
 
 
 
 
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Analista Execução de Mandados - TRT 6ª Região – 2012 
 
Questão 50. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do 
Trabalho, em relação à matéria de nulidades é correto afirmar que: 
a) As nulidades somente serão declaradas se forem argüidas em recurso 
de revista ao TST. 
b) A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele 
dependam ou sejam conseqüência. 
c) O Juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade não precisa declarar os 
atos a que se estende. 
d) Ainda que seja possível repetir-se o ato, a nulidade será pronunciada. 
e) Ainda que dos atos inquinados não resulte manifesto prejuízo às 
partes, a nulidade deverá ser declarada de ofício pelo juiz. 
 
Comentários: Letra B (art. 798 da CLT). 
 
f) Princípio da economia processual: Ao declarar a nulidade o 
juiz deverá declarar os atos a que ela se estende com o objetivo de 
atender ao princípio da economia processual, o qual também está 
incluído no art. 796 da CLT. 
 
Art. 797 da CLT O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade 
declarará os atos a que ela se estende. 
 
Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. 
 
2.3. Distribuição, Custas e Emolumentos: 
 
2.3.1. Da Distribuição: 
 
A reclamação verbal (petição inicial – lembram-se do pedido de 
Adalgisa) será distribuída antes de sua redução a termo, tendo o 
reclamante cinco dias para apresentar-se no cartório para reduzi-la a 
termo, sob pena de perder por seis meses o direito de reclamar perante 
a Justiça do Trabalho. 
 
 
 
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� A reclamação escrita deverá ser fornecida em 2 vias, devendo 
estar acompanhada dos documentos que se fundar. 
� Feita a distribuição a reclamação será remetida pelo distribuidor 
ao juízo competente acompanhada do bilhete de distribuição. 
� Nas localidades onde houver mais de uma Vara do Trabalho ou 
mais de um juízo, a reclamação trabalhista será preliminarmente, 
submetida à distribuição, conforme dispõe o art. 838 da CLT. 
� Nas localidades em que houver apenas uma Vara do trabalho ou 
juízo, a reclamação será apresentada diretamente à Secretaria da Vara 
ou ao Cartório do juízo, conforme art. 837 da CLT. 
� A distribuição deve obedecer a ordem rigorosa de sua 
apresentação ao distribuidor,quando houver (art. 783 da CLT). 
 
 Observem os dispositivos consolidados abaixo transcritos sobre 
distribuição: 
 Art. 783 da CLT - A distribuição das reclamações será feita 
entre as Varas de trabalho, ou os Juízes de Direito do Cível, nos 
casos previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de sua 
apresentação ao distribuidor, quando o houver. 
Art. 784 da CLT - As reclamações serão registradas em livro 
próprio, rubricado em todas as folhas pela autoridade a que 
estiver subordinado o distribuidor. 
Art. 785 da CLT - O distribuidor fornecerá ao interessado um 
recibo do qual constarão, essencialmente, o nome do reclamante 
e do reclamado, a data da distribuição, o objeto da reclamação e 
a Junta ou o Juízo a que coube a distribuição. 
Art. 786 da CLT - A reclamação verbal será distribuída antes de 
sua redução a termo. 
Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante 
deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 
5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a 
termo, sob a pena estabelecida no art. 731. 
 
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Art. 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser formulada 
em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos 
em que se fundar. 
Art. 788 da CLT - Feita a distribuição, a reclamação será 
remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo competente, 
acompanhada do bilhete de distribuição. 
 
2.3.2. Das Custas e dos Emolumentos: 
 
 Custas e emolumentos são as despesas processuais 
obrigatórias, que as partes deverão arcar para que o 
processo possa desenvolver-se. 
 
 Ambos são pagos através de DARF (documento de arrecadação 
das receitas federais), tendo como destinatário a União, pois a Justiça 
do Trabalho é integrante do Poder Judiciário da União. 
 
 
 
 “Custas são a parte de despesas judiciais relativas à 
formação, propulsão e terminação do processo, taxadas por 
lei.” (Pontes de Miranda). 
 
 Exemplificando: Podemos citar as despesas com oficial de 
justiça, perito, dentre outras, como exemplo de custas. 
 
 Elas incidirão à base de 2% e serão calculadas na forma disposta 
no art. 789 da CLT, ou seja: 
 
� Quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo 
valor; 
� Quando houver extinção do processo, sem julgamento do 
mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o 
valor da causa; 
� 
OJ-SDI1-158 do TST O denominado "DARF ELETRÔNICO" é válido 
para comprovar o recolhimento de custas por entidades da 
administração pública federal, emitido conforme a IN-SRF 162, de 
04.11.88. 
 
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� No caso de procedência do pedido formulado em ação 
declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; 
� Quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
 
 As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da 
decisão. E, no caso de interposição de recurso, elas serão pagas e o seu 
recolhimento será comprovado dentro do prazo recursal. 
 
Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e 
fixará o montante das custas processuais. Quando houver acordo, se de 
outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em 
partes iguais aos litigantes. 
 
 Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão 
solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor 
arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. 
 
 No processo de execução, as custas serão de responsabilidade do 
executado e serão pagas ao final. 
 
DICA: Com EC 45 às relações de trabalho aplica-se o art. 21 do CPC, 
sendo recíproca e proporcionalmente distribuídas as custas, se cada 
litigante for em parte vencido e vencedor. 
 
 Já às relações de emprego e ao trabalhador avulso aplica-se a 
CLT, logo no caso de sucumbência recíproca (ambos são ao mesmo 
tempo vencido e vencedor na demanda, porque há vários pedidos na 
ação) o empregador pagará as respectivas custas. 
 
 Em caso de acordo, as custas serão pro rata, ou seja, rateadas em 
partes iguais,caso não seja convencionado outra coisa pelas partes, 
porém o juiz poderá dispensar o empregado do pagamento de custas. 
 
Atenção: Há isenção do pagamento de custas para determinados 
sujeitos da relação processual, vejamos o art. 790 - A da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 790-A da CLT - São isentos do pagamento de custas, além 
dos beneficiários de justiça gratuita: 
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e 
respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais 
ou municipais que não explorem atividade econômica; 
II – o Ministério Público do Trabalho. 
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as 
entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as 
pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de 
reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte 
vencedora. 
DICA: As sociedades de economia mista não estão isentas do 
pagamento de custas na Justiça do Trabalho, conforme dispõe a Súmula 
170 do TST. As Sociedades de economia mista devem observar as 
regras trabalhistas e tributárias do art. 173, parágrafo 1º, II da CF/88. 
 
O Decreto 779/69 não faz referência à Sociedade de economia 
mista ao estabelecer privilégios e isenções. 
 
 
 
DICA: Quando a parte é vencedora na 1ª instância e é vencida na 2ª 
instância ela estará obrigada a pagar as custas fixadas na sentença da 
1ª instância independentemente de ser intimada para isto, ficando a 
parte vencedora na 2ª instância isenta de tal pagamento (Súmula 25 do 
TST). 
 
Súmula 25 do TST A parte vencedora na primeira instância, se 
vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, 
a pagar as custas, fixadas na sentença originária, das quais ficara 
isenta a parte então vencida. 
 
Súmula 170 do TST SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. CUSTAS 
Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho não 
abrangem as sociedades de economia mista, ainda que gozassem 
desses benefícios anteriormente ao Decreto-Lei nº 779, de 
21.08.1969. 
 
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“Os emolumentos são o ressarcimento das despesas efetuadas pelos 
órgãos da Justiça do trabalho, pelo fornecimento de traslados, certidões, 
cartas, às partes interessadas...” (Carlos Henrique Bezerra Leite). 
 Os emolumentos são: 
a) autenticação de traslado de peças mediante cópia reprográfica 
apresentada pelas partes; 
b) fotocópia de peças; 
c) autenticação de peças; 
d) cartas de sentença, de adjudicação, de remição e de arrematação; 
e) certidões. 
 
 O requerente, ou seja, aquele que pede o fornecimento de 
certidão de cópias, de autenticação, dentre outros, deverá pagar os 
emolumentos referentes a estes atos. 
Art. 790 da CLT - Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, 
nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de 
pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções 
que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. § 1º 
Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da 
justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver 
intervindo no processo responderá solidariamente pelo 
pagamento das custas devidas. 
§ 2º No caso de não-pagamento das custas, far-se-áexecução 
da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido 
no Capítulo V deste Título. 
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos 
tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a 
requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, 
inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que 
perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou 
declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de 
pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou 
de sua família. 
 
Atenção: Os honorários periciais são custas processuais. Há uma 
pegadinha de prova em relação ao art. 790-B da CLT e a Súmula 341 do 
TST. A Lei 5.584/70 faculta às partes a indicação de assistentes técnicos 
na perícia. Na Justiça do Trabalho os honorários do assistente técnico 
deverão ser pagos por quem o indicou. 
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 Embora pareça haver uma incompatibilidade entre a Súmula 341 
do TST e o art. 790-B da CLT, eles são perfeitamente aplicáveis. Isto 
porque o artigo refere-se ao perito e a Súmula ao assistente técnico. 
 
Art. 790-B da CLT - A responsabilidade pelo pagamento dos 
honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto 
da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. 
 
Súmula 341 do TST HONORÁRIOS DO ASSISTENTE 
TÉCNICO A indicação do perito assistente é faculdade da parte, 
a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que 
vencedora no objeto da perícia. 
 
2.4. Partes e Procuradores: 
 
Estudamos que jurisdição é o poder-dever do Estado-juiz de 
prestar a tutela jurisdicional, solucionando o conflito de interesses que 
lhe é submetido pelas partes, para que declare o direito ao caso 
concreto aplicando a lei. 
 
 O conflito de interesses entre as partes é chamado de lide, e é 
qualificado por uma pretensão resistida. 
� As partes no Processo do Trabalho são chamadas de: 
Reclamante (autor) e Reclamado (réu). 
� Na execução trabalhista as partes são chamadas de 
exeqüente e de executado. Nos recursos são chamadas de: 
recorrente e recorrido, conforme veremos quando 
estudarmos execução e recursos no processo do trabalho. 
Todo ser humano terá capacidade para ser parte, 
independentemente, de sua idade ou condição psíquica ou mental, seja 
para propor ação seja para defender-se. 
Já a capacidade processual ou a capacidade de estar em juízo 
somente será outorgada para as pessoas que possuem capacidade civil. 
Esta capacidade deve ser entendida como a faculdade que tem a pessoa 
de praticar todos os atos da vida civil e de administrar os seus bens. 
Há casos em que embora tenha capacidade para ser parte, o 
titular do direito material violado não tenha capacidade processual 
(capacidade de estar em juízo), devendo ser representada ou assistida. 
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No processo do trabalho o maior de 18 anos terá capacidade 
processual plena para estar em juízo, não precisando mais ser 
representado e nem assistido por seus pais, tutores ou curadores. 
O trabalhador que tiver menos de 16 anos poderá ser parte no 
processo do trabalho, mas será representado. Já o maior de 16 anos e 
menor de 18 anos será assistido. 
Assim, podemos concluir que toda pessoa que possui capacidade 
civil plena (CC 2002), art. 5º, parágrafo único, também possui 
capacidade processual, ou seja, capacidade de estar em juízo. 
Observem o que diz o art. 793 da CLT! 
Art. 793 da CLT - A reclamação trabalhista do menor de 18 
anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, 
pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo 
Ministério Público estadual ou curador nomeado em Juízo. 
Passaremos, agora, a falar da figura do litisconsórcio! 
DICA: É importante destacar a figura do litisconsórcio, que se 
caracteriza pela pluralidade de partes em um dos pólos da relação 
processual ou em ambos os pólos. 
� Quando há pluralidade de autores/reclamantes diz-se que há 
litisconsórcio ativo, uma vez que são eles que interpõem a ação. 
� Quando há pluralidade de réus, denomina-se litisconsórcio 
passivo, pois os réus sofrem a ação. 
� Diz-se que o litisconsórcio é misto quando há a pluralidade tanto 
de autores quanto de réus no processo. 
Art. 842 da CLT - Sendo várias as reclamações e havendo 
identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só 
processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou 
estabelecimento. 
 
 
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No processo do trabalho, o art. 842 da CLT trata da reclamação 
trabalhista plúrima, ou seja, dissídio individual plúrimo em que há uma 
cumulação de ações em um mesmo processo. Isto somente poderá 
ocorrer quando os pedidos dos reclamantes forem idênticos e o 
empregador de ambos for o mesmo. 
Carlos Henrique Bezerra Leite entende que nas reclamações 
referentes às relações de trabalho não há possibilidade de reclamatória 
plúrima, nos moldes do art. 842 da CLT. Ressalta que neste caso o 
litisconsórcio ativo entre trabalhadores não-empregados deverá ser 
regulado pelos artigos 46/49 do CPC, conforme Instrução Normativa 
27/2005. 
Atenção: Embora não haja na CLT previsão expressa para o 
litisconsórcio passivo, o jurista Carlos Henrique Bezerra Leite, que a 
meu ver é o adotado pelo CESPE, considera que as regras do CPC 
podem ser aplicadas porque não há incompatibilidade com a CLT. 
Um exemplo de litisconsórcio passivo na Justiça do Trabalho 
ocorrerá nos casos de terceirização que estabelece a responsabilidade 
subsidiária (Súmula 331, IV do TST). 
DICA: É importante lembrar o que vimos na aula passada sobre os 
prazos em dobro para os litisconsortes que tiverem diferentes 
procuradores (art. 191 do CPC) e a OJ 310 da SDI-1 do TST! 
A OJ 310 da SDI-1 do TST entende ser inaplicável ao processo do 
trabalho o art. 191 do CPC, uma vez que ocorre incompatibilidade com o 
princípio do processo do trabalho denominado de celeridade. 
Procuradores: No processo do trabalho, nas demandas que 
tratem de relação de emprego as partes não precisam estar 
representadas por advogado. 
Acontece que caso elas optem pela contratação de um advogado, 
deverão outorgar-lhe uma procuração que é o instrumento do mandato, 
que assegura poderes ao advogado para representá-las. 
 
 
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Em relação às partes e aos procuradores há dois artigos 
importantes da CLT! 
Art. 778 da CLT - Os autos dos processos da Justiça do 
Trabalho não poderão sair dos cartórios ou secretarias, salvo se 
solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer 
das partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos 
competentes, em caso de recurso ou requisição. 
Art. 779 da CLT- As partes, ou seus procuradores, poderão 
consultar, com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou 
secretarias. 
 Em relação a este tema as provas abordam muito a questão do 
mandato que outorgará os poderes ao advogado, através da 
procuração, então observem as explicações destacadas abaixo: 
 
� No processo do trabalho são admitidos dois tipos de 
mandato: o mandato tácito e mandato apud acta. 
 
O mandato apud acta é aquele que ocorrerá quando o advogado 
faz-se presente em juízo em nome da parte, sendo nomeado pela parte 
através doregistro em ata de audiência. 
 
O mandato tácito ocorrerá quando o advogado pratica atos no 
processo em nome da parte, mas não há procuração nos autos. Por isso, 
neste o advogado está autorizado apenas a praticar os atos que estejam 
autorizados pela cláusula ad judicia, não podendo praticar atos que 
necessitem de poderes especiais. 
 
O advogado poderá passar a causa para um colega seu e este ato 
é denominado de substabelecimento. É oportuno ressaltar que a OJ 200 
da SDI-1 do TST veda o substabelecimento por advogado investido de 
mandato tácito. 
 
OJ 200 do SDI-1 do TST É inválido o substabelecimento de advogado 
investido de mandato tácito.m r 
 
 
 
elação 
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Assim, o advogado investido em mandato tácito não poderá 
OJ 319 da SDI-1 do TST Válidos são os atos praticados por estagiário 
se, entre o substabelecimento e a interposição do recurso, sobreveio a 
habilitação, do então estagiário, para atuar como advogado. 
 
O ato praticado por um estagiário no processo será considerado 
válido se entre o substabelecimento para a prática do ato e a 
interposição de recurso no processo, ele conseguiu a habilitação da OAB 
para atuar como advogado. 
 
A Súmula 395 do TST trata de substabelecimento! 
 
Súmula 395 do TST - MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. 
 
 I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que 
contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até 
o final da demanda. 
II - Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para 
sua juntada, o instrumento de mandato só tem validade se anexado ao 
processo dentro do aludido prazo. 
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não 
haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e 
parágrafos, do Código Civil de 2002). 
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o 
substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. 
 
Atenção: Há, também, a súmula 427 do TST, que foi editada em maio 
de 2011. 
 
Súmula 427 do TST Intimação. Pluralidade de advogados. Publicação 
em nome de advogado diverso daquele expressamente indicado. 
Nulidade. Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações 
sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a 
comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é 
nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.5. Jus Postulandi: 
 
O Jus Postulandi é a capacidade processual postulatória da parte, 
ou seja, ela poderá postular em juízo pessoalmente, sem a presença de 
um advogado que a represente. 
 
Empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente na 
Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final do 
processo, de acordo com o art. 791 da CLT. 
 
Com o advento da CF/88 vozes surgiram no sentido de que o art. 
791 estaria derrogado, porque o art. 133 da CLT diz que o advogado é 
indispensável à administração da Justiça. 
 
Prevaleceu o entendimento de que o Jus Postulandi continua 
sendo aplicado na Justiça do Trabalho. 
 
O STF nos autos da Adin 1.127-8 proposta pela AMB decidiu que a 
capacidade postulatória por advogado não é obrigatória nos Juizados de 
pequenas causas, na Justiça do Trabalho e na chamada Justiça de Paz. 
 
É oportuno frisar, que somente no âmbito da Justiça do trabalho 
eles poderão postular sem advogados (Varas de Trabalho/Tribunais 
Regionais do Trabalho). 
 
Na hipótese de interposição de recurso extraordinário para o STF a 
parte deverá estar necessariamente, representada por um advogado. 
 
DICA: A recente Súmula 425 do TST traz algumas hipóteses 
dentre as quais o Jus Postulandi não será aplicado, vejamos: 
 
SÚMULA 425 do TST O Jus Postulandi das partes, estabelecido no art. 
791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do 
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado 
de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do 
Trabalho. 
 
BIZU DE 
PROVA 
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No que tange às ações oriundas das relações de trabalho o Jus 
Postulandi não será aplicado, uma vez que o art. 791 da CLT estabelece: 
”empregados e empregadores”. Portanto, para as demandas não 
oriundas da relação de emprego a representação por advogado é 
obrigatória. 
Art. 791 da CLT - Os empregados e os empregadores 
poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e 
acompanhar as suas reclamações até o final. 
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores 
poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, 
advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a 
assistência por advogado. 
 
A lei 12.437 de 6/07/11 acrescentou o parágrafo 
3º ao art. 791 da CLT. 
 
§ 3º A constituição de procurador com poderes para o foro em 
geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de 
audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com 
anuência da parte representada. 
 
Agora, há disposição expressa referente ao mandato apud acta, 
ou seja, ao mandato outorgado no corpo da ata de audiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
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2.6. Substituição e Representação Processual: 
 
A legitimação ordinária para ser parte implicará na coincidência 
entre a titularidade de direito material e a legitimidade para ser parte. 
 
Já a legitimação extraordinária ou substituição processual 
caracteriza a possibilidade de algumas pessoas ou entes, desde que 
autorizados por lei (art. 6º do CPC). 
 
Art. 6º do CPC Ninguém poderá pleitear em nome próprio 
direito alheio, salvo quando autorizado por lei. 
 
DICA: De acordo com os artigos 83 e 84 da Lei orgânica do 
Ministério Público da União, o MPT (Ministério Público do Trabalho) que é 
integrante do MPU, tem legitimação extraordinária para defender na 
qualidade de substituto processual os interesses individuais homogêneos 
dos trabalhadores. 
 
Representação Processual: A pessoa física ou natural que tem 
capacidade civil terá capacidade para processual para estar em juízo, 
sem precisar ser representada ou assistida. 
 
 O empregado poderá ser representado por seu Sindicato conforme 
estabelece o parágrafo primeiro do art. 791 da CLT, acima explicitado.
 
É possível, também, que um empregado seja representado por 
outro empregado como dispõe o art. 843 da CLT. 
Art. 843 da CLT Na audiência de julgamento deverão estar 
presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do 
comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de 
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os 
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua 
categoria. 
§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo 
gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do 
fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. 
 
 
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§ 2º - Se por doença ou qualqueroutro motivo poderoso, 
devidamente comprovado, não for possível ao empregado 
comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro 
empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato. 
 
Em relação às pessoas jurídicas a sua representação em audiência 
será através do preposto que é um representante do empregador que 
deverá substituí-lo e o que ele declarar em audiência obrigará o 
empregador. 
 
Observem a Súmula e Orientações Jurisprudências sobre o tema 
que vem sendo abordadas em provas de concursos públicos: 
 
Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado 
doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser 
necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 
1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de 
dezembro de 2006. 
 
OJ 245 da SDI-1 do TST Inexiste previsão legal tolerando atraso no 
horário de comparecimento da parte na audiência. 
 
OJ 255 da SDI-1 do TST O art. 12, VI, do CPC não determina a 
exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de validade 
do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se 
houver impugnação da parte contrária. 
 
 
Súmula 122 do TST REVELIA. ATESTADO MÉDICO A reclamada, 
ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda 
que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a 
revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá 
declarar, expressa-mente, a impossibilidade de locomoção do 
empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
 Art. 844 da CLT O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão 
quanto à matéria de fato. 
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2.7. Assistência Judiciária: A assistência judiciária na justiça do 
trabalho será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a 
que pertencer o trabalhador. 
 
 O art. 14 da Lei 5.584/70 estabelece que a assistência judiciária é 
devida a todo trabalhador que perceber salário igual ou inferior ao dobro 
do mínimo legal, ficando assegurado idêntico direito ao trabalhador de 
maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe 
permita demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 
 
OJ Nº 304 da SDI-1 do TST Atendidos os requisitos da Lei nº 
5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, 
basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição 
inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica (art. 
4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50). 
 
2.8. Honorários de Advogado: 
 
Em relação aos honorários advocatícios na Justiça do Trabalho é 
importante destacar: 
 
� Na Justiça do Trabalho, em lides oriundas de relações de trabalho 
não empregatícias, os honorários advocatícios são devidos pela 
mera sucumbência. Por mera sucumbência devemos entender a 
rejeição dos pedidos postulados na petição inicial ou a rejeição às 
alegações da defesa, ou seja, sucumbente é aquele que perdeu a 
demanda. 
 
� Os requisitos da Lei 5.584/70 são importantes para a concessão 
de assistência judiciária, bastando a afirmação do declarante ou 
de seu advogado, na petição inicial, para se considerar 
configurada a sua situação econômica, quando tais requisitos 
estejam presentes. 
 
� O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer 
tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o 
requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso. 
 
 
 
 
 
 
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� Na Justiça do Trabalho, em demandas relacionadas a vínculos 
empregatícios, o deferimento de honorários advocatícios sujeita-se 
à constatação da ocorrência alternativa de dois requisitos: o 
benefício da Justiça Gratuita ou a assistência por sindicato. 
 
� O benefício da Justiça gratuita pode ser concedido pelo juiz em 
qualquer tempo ou grau de jurisdição, assim na fase recursal 
inclusive. 
 
� A jurisprudência importante em relação aos honorários 
advocatícios (Súmula 219 e a OJ 304). 
 A Súmula 219 do TST teve alterada a redação do 
inciso II, devido às novas mudanças na jurisprudência do TST em 
maio passado. E, também foi inserido o parágrafo terceiro na Súmula 
219 do TST! 
Súmula 219 do TST I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao 
pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze 
por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo 
a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e 
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou 
encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar 
sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. II - É cabível 
a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação 
rescisória no processo trabalhista.III – São devidos os honorários 
advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto 
processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. 
OJ 304 da SDI-1 do TST Atendidos os requisitos da Lei 5.584/70 (art. 
14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples 
afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se 
considerar configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei 
7.510/86, que deu nova redação à Lei 1.060/50). 
 
 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
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2.9. Exceções: A Exceção é um meio de defesa indireta processual, 
onde o réu não ataca o mérito, mas ataca o processo. 
 
 Em outras palavras: É uma defesa contra irregularidades, ou vícios 
do processo que impedem o seu desenvolvimento normal. 
 
 
 
São elas: 
 Exceção de Impedimento (quando o juiz for impedido); 
 Exceção de Incompetência (quando o juízo for 
incompetente/relativa); 
 Exceção de Suspeição (quando o juiz for suspeito). 
 
Já vimos nas aulas anteriores que quando o juiz é incompetente 
em razão da matéria ele deverá declarar-se de ofício e a parte deverá 
alegá-la na preliminar da contestação. 
 
Já a incompetência relativa, como por exemplo, a territorial, 
deverá ser alegada através de Exceção. 
 
 Atenção: O art. 801 da CLT fala dos casos de suspeição do juiz, 
porém alguns autores entendem que os arts. 134 e 135 do CPC aplicam-
se ao Processo do Trabalho de forma subsidiária. 
 
 Não deixem de estudar os artigos acima mencionados, pois nas 
provas objetivas eles são muito abordados. 
 
 
 
 
Exceção 
Impedimento Incompetência Suspeição 
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 Art. 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça 
do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do 
feito, as exceções de suspeição ou incompetência. 
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de 
defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e 
incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, 
não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las 
novamente no recurso que couber da decisão final. 
A expressão ”exceção de incompetência terminativa do feito” 
significa que o juiz ao acolhê-la remeterá os autos para outro órgão 
jurisdicional diversoda Justiça do trabalho, pois é uma declaração de 
incompetência absoluta. 
Art. 800 da CLT - Apresentada a exceção de 
incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 
(vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser 
proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. 
Art. 801 da CLT - O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e 
pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação 
à pessoa dos litigantes: 
a) inimizade pessoal; 
b) amizade íntima; 
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro 
grau civil; 
d) interesse particular na causa. 
 
 
 
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Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato 
pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá 
alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A 
suspeição não será também admitida, se do processo constar 
que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a 
conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado 
ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se 
originou. 
Art. 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o 
juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e 
oito) horas, para instrução e julgamento da exceção. 
O mais importante para a prova é o treinamento da matéria através da 
resolução de exercícios. Assim, coloquei um número maior de questões 
nesta aula. 
 
Vejamos a questão sobre Exceção: 
 
(FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 6ª 
Região - 2012) 
 
Questão 47. A empresa Margarida Confeitaria Ltda., em reclamação 
trabalhista em que é ré, apresentou na audiência em sua defesa uma 
exceção. Em relação às exceções no processo do trabalho é correto 
afirmar: 
a) Apresentada exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao 
exceto, por 48 (quarenta e oito) horas, que poderão ser prorrogadas por 
igual prazo pelo Juiz, em caso de complexidade da matéria, devendo a 
decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. 
b) Apresentada exceção de suspeição, o juiz designará audiência dentro 
de 05 (cinco) dias para instrução e julgamento da exceção. 
c) Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido 
na pessoa do juiz, não poderá alegar exceção de suspeição, salvo 
sobrevindo novo motivo. 
d) O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por 
parentesco por consaguinidade ou afinidade até o quarto grau civil. 
e) A exceção de suspeição será admitida ainda que o recusante 
procurou de propósito o motivo de que ela se originou. 
 
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Comentários: Letra C (literalidade dos artigos). 
 Art. 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça 
do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do 
feito, as exceções de suspeição ou incompetência. § 1º - As 
demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. § 2º - 
Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, 
salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá 
recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no 
recurso que couber da decisão final. 
Art. 800 da CLT - Apresentada a exceção de 
incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 
(vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser 
proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. 
Art. 801 da CLT - O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e 
pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação 
à pessoa dos litigantes: 
a) inimizade pessoal; 
b) amizade íntima; 
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro 
grau civil; 
d) interesse particular na causa. 
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato 
pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá 
alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A 
suspeição não será também admitida, se do processo constar 
que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a 
conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado 
ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se 
originou. 
Art. 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou 
Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para 
instrução e julgamento da exceção. 
 
 
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2.10. Questões FCC sem comentários: 
 
1. (FCC/TRT/AL –Executor de Mandados – 2008) Considere as 
assertivas abaixo: I - Segundo entendimento sumulado do Tribunal 
Superior do Trabalho, em regra, não há obrigatoriedade do preposto ser 
empregado do reclamado. 
 
2. (FCC/TRT-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2008) 
Quanto às partes e aos procuradores, é correto afirmar: 
(A) O empregador que não puder comparecer à audiência de instrução e 
julgamento poderá fazer-se representar por seu advogado, desde que 
este esteja munido de procuração com poderes para tanto. 
(B) O empregado que não puder comparecer à audiência de instrução e 
julgamento por motivo de doença poderá fazer-se representar por sua 
esposa ou pessoa da família. 
(C) Em se tratando de reclamação plúrima, os empregados poderão 
fazer-se representar na audiência de instrução e julgamento pelo 
sindicato de sua categoria. 
(D) A reclamação trabalhista do menor de 16 anos, na falta de seus 
representantes legais, poderá ser feita por outro empregado maior que 
pertença à mesma profissão. 
(E) Sendo o reclamante empregado doméstico, a representação do 
empregador só pode ser feita pelo proprietário do imóvel onde exerça 
suas funções. 
 
3. (FCC- Analista Judiciário – TRT 6ª Região – 2012) Com base nas 
regras do processo do trabalho aplicáveis às partes e procuradores, a 
substituição e representação processuais, é correto afirmar: 
a) Os empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente 
perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o 
final. 
b) Nos dissídios coletivos é obrigatória aos interessados a assistência 
por advogado. 
c) A constituição de procurador com poderes para o foro em geral 
somente poderá ser efetivada, mediante instrumento de procuração, 
não valendo o simples registro em ata de audiência, a requerimento 
verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. 
d) Nos dissídios individuais os empregados e empregadores não poderão 
fazer-se representar por intermédio do sindicato, valendo tal situação 
apenas para os dissídios coletivos. 
e) A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita apenas pela 
Procuradoria da Justiça do Trabalho ou pelo sindicato. 
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4. (FCC – Analista judiciário – Execução de Mandados – TRT/MG 
– 2009) A intimação ocorrida sábado terá a contagem do prazo para 
cumprimento da obrigação por ela imposta iniciada 
(A) no domingo. 
(B) na segunda-feira, ainda que seja feriado. 
(C) no ato da intimação. 
(D) no ato da juntada da intimação cumprida aos autos. 
(E) na terça-feira, se a segunda for dia útil. 
 
5. (FCC – Analista judiciário – Execução de mandados – TRT/MG 
– 2009) A distribuição dos processos, em cidades onde haja mais do 
que uma unidade judiciária com a mesma competência, deve obedecer, 
segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) à proporção quantitativa e à adequação qualitativa

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