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ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA CF DE 1988 ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO Segundo José Afonso da Silva são 5, as categorias de elementos da Constituição, assim definidas: Elementos orgânicos: regulam a estrutura do Estado e do Poder; Elementos limitativos: manifestam-se nas normas que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais; Elementos socioideológicos: revelam o compromisso da constituição entre o estado individualista e o estado social, intervencionista; Elementos de estabilização constitucional: consubstanciados nas normas constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas ex: estado de defesa e estado de sítio; Elementos formais de aplicabilidade: encontram-se nas normas constitucionais que se preocupam em estabelecer regras de aplicação da própria constituição. Classificação das constituições Vamos advertir que qualquer classificação depende de critérios escolhidos pelos estudiosos , alguns critérios se assemelham na essência, não podendo julgar qual é mais adequado que o outro, traremos à baila os mais cobrados em concursos públicos: QUANTO À ORIGEM Quanto à origem às constituições poderão ser: outorgadas, promulgadas, cesaristas (ou bonapartistas) e pactuadas. Houve uma eleição para o Órgão Constituinte e a Constituição foi promulgada. Sendo chamada também de constituição popular. Quanto à forma As Constituições podem ser: escritas (instrumentais) ou costumeiras (não escritas ou consuetudinárias) ESCRITA Elaborada por um Órgão Constituinte e contida em um documento único e solene. A nossa Constituição possui Preâmbulo, nove títulos, 250 artigos, 82 Emendas, ADCT com 98 artigos QUANTO À EXTENSÃO Podem ser: sintéticas (concisas, breves, sumárias, sucintas, básicas) ou analíticas (amplas, extensas, largas, prolixas, longas, desenvolvidas, volumosas, inchadas) ANALÍTICA Pois possui normas formalmente e materialmente constitucionais. QUANTO AO CONTEÚDO O conceito de Constituição pode ser abordado tanto no sentido material, quanto no sentido formal. A nossa é formal, contudo com a introdução do § 3º no art. 5º. Pela EC 45/2004 passamos a ter uma espécie de conceito misto. QUANTO À ELABORAÇÃO As Constituições podem ser dogmáticas (sistemáticas) ou históricas. DOGMÁTICA O Órgão Constituinte estabeleceu os pontos fundamentais que irão reger o nosso Estado: Separação dos Poderes Direitos e Garantias Fundamentais Nacionalidade Direitos Políticos QUANTO À ESTABILIDADE, MUTABILIDADE, ALTERABILIDADE OU CONSISTÊNCIA Podem ser rígidas, flexíveis (plásticas) e semiflexíveis (semirrígidas). Alguns autores ainda tratam das fixas ou silenciosas, das transitoriamente flexíveis, imutáveis (permanentes, graníticas ou intocáveis) e as super-rígidas. RÍGIDA O processo de mudança é formal, solene, complexo, rigoroso e dificultoso em relação a uma Lei ordinária. Art. 60, § 2º -Há uma exigência de maioria de 3\5, em dois turnos, nas duas casas do CN (maioria qualificada). O que dá 308 deputados (atualmente são 513) e 49 Senadores (atualmente são 81). *Alguns doutrinadores classificam a nossa CF como super-rígida devido a existência de cláusulas pétreas. QUANTO À SISTEMÁTICA Pinto Ferreira divide as Constituições em reduzidas (ou unitárias) e variadas. No mesmo sentido Paulo Bonavides distingue as Constituições codificadas, das legais. REDUZIDA: A princípio nossa constituição seria reduzida, mas caminhamos de maneira muito tímida, para uma Constituição Esparsa, ex: Dec. Leg. 186/2008. QUANTO Á DOGMÁTICA Segundo este critério existem Constituições ortodoxas e ecléticas. ECLÉTICA: pela junção de ideologias conciliatórias. Nas palavras de Canotilho “numa sociedade plural e complexa, a Constituição é sempre um produto do pacto entre forças políticas e sociais...” (caráter compromissório as Constituição) QUANTO À CORRESPONDÊNCIA COM A REALIDADE Karl Loewentsein distinguiu as Constituições: normativas, nominalistas (nominativas ou nominais) e semânticas (instrumentalistas). Trata-se de um critério ontológico que busca identificar à correspondência entre a realidade política do estado e o texto constitucional. NORMATIVA É o que a nossa constituição pretende ser . Mas na opinião de Marcelo Neves a Constituição de 1988 seria nominalista , servindo como verdadeiro álibi para os governantes, no tocante à não concretização de seus preceitos. QUANTO À ORIGEM DE SUA DECRETAÇÃO Podem ser heterônomas (heteroconstituições) ou autônomas (autoconstituições ou homoconstituições). A nossa é autônoma, mas alguns Estados ,como a da Bósnia-Herzegovina, têm Constituições impostas por acordos internacionais ou por outros Estados. Quanto à Finalidade A Constiutição garantia resguarda os direitos de primeira dimensão, a balanço faz um apanhado da situação política da nação, ao passo que a dirigente anuncia um ideal a ser concretizado através de suas normas programáticas. DIRIGENTE E GARANTIA É dirigente porque estabelece um caminho a ser seguido e é garantia porque possui remédios constitucionais. *Ordenamento Jurídico: Constitui o somatório da Constituição e das demais normas infraconstitucionais.
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