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* * RECURSOS TERAPÊUTICOS Introdução à fisioterapia aquática. Prof. Fabiano Frâncio Fisioterapia - CNEC * * CONCEITO Hydro (grego: hydor, hydatos) = água Therapéia = tratamento Tratamento alternativo para deficiências físicas. * * PERÍODO a.C. Água terapêutica (muito relacionada a misticismo e religião). Egípcios, assírios e muçulmanos utilizavam água com proposta curativa antes de 2400 a.C. Hindus utilizavam água para combater a febre 1500 a.C. Homero (+ 900 a. C.) mencionou o uso da água para tratamento da fadiga, como cura de doenças e combate da melancolia. * * PERÍODO a.C. Água curativa (tratamento físico específico) 500 a.C. gregos passaram a utilizar a água para tratamento físico específico, desenvolveram centros próximos a nascentes e observavam benfícios. Hipócrates (460-375 a.C.) utilizava imersão em água quente e fria para tratar espasmos musculares e doenças reumáticas. * * 334 a.C. lacedemônios estabeleceram o primeiro sistema de banhos públicos. Gregos e romanos dedicavam-se a tomar longos banhos. Gregos reconheceram e apreciaram a relação entre o estado da mente e o bem-estar físico. Gregos – banho de recreação. * * IMPÉRIO ROMANO Banhos “caudarium”, “tepidadarium” e “frigidarium” em atletas para higiene e prevenção de doenças. Special Public Assistance – centros de saúde, higiene, descanso para intelectuais e local para exercícios e recreação. * * IMPÉRIO ROMANO Império Romano e 330 d.C. sentar e permanecer submerso no tanque de água para curar doenças reumáticas, paralisias e lesões. 500 d.C. os banhos deixam de existir, sofrendo influência da religião e sendo considerado ato pagão. * * SÉCULOS XVII E XVIII Ressurgimento como hidroterapia Sigmund Hahn (1700) -> água para dores nas pernas e comichão, além de outros problemas médicos. Wyman e Glazer definiram hidroterapia como aplicação externa da água para tratamento de qualquer forma de doença. * * Físicos na Inglaterra, França, Alemanha e Itália promoveram aplicações internas e externas de água para o tratamento de muitas doenças. Uso de terapia natural. * * SÉCULOS XVII E XVIII An Inquiry into the Right Use and Abuse of Hot, Cold and Temperature Bath. (“Uma investigação sobre o uso correto e o abuso de banhos quentes, frios e temperados”) Sr. John Floyer (1697) – tratado de Sir John Floyer. * * And Easy and Natural way of Curing Most Diseases. (“Uma maneira fácil e natural de curar a maioria das doenças”). John Wesley (1747). * * ÁGUA -> CURA Vicent Prissnitz (1830) – empírico – desenvolveu técnicas, mas sem credibilidade científica – banhos de água fria, chuveiros e compressas. Sebastian Kniepp (1821-97) modificou as técnicas de Prissnitz variando as temperaturas dos banhos e tornou-se popular na Alemanha, norte da Itália, Holanda e França. * * ÁGUA -> CURA Winterwitz (1834-1912) professor e fundador da Escola de Hidroterapia e Centro de Pesquisa em Viena. Inspirou seus trabalhos em estudos que observaram as reações dos tecidos à água em diferentes temperaturas. Fundamentos da hidroterapia e bases fisiológicas da hidroterapia. * * ÁGUA -> CURA Kelogg, Buxbaum e Strasser -> efeitos fisiológicos de aplicações do calor e frio, termorregulação do corpo humano e hidroterapia clínica. Instalação dos banhos de turbilhão e exercícios subaquáticos. * * ÁGUA -> CURA O americano Baruch discutiu princípios e técnicas de tratamento de várias doenças, foi o primeiro professor de Columbia University (NY) a ensinar hidroterapia e publicou: The Uses of Water in Modern Medicine (“Os usos da água na medicina moderna”) The Principles and Practice of Hydrotherapy (“Princípios e prática da hidroterapia”) * * SÉCULO XIX Estudos sobre as propriedades da flutuação. Basmajian -> finalidade dos spas Europeus: começar a tratar distúrbios “locomotores” e reumático. Leydeen e Gold-water conceiturama hidroginástica (precursores da reabilitação aquática). * * SÉCULO XIX Walter Blount (1928) descreveu um grande tanque com um redemoinho e motor para acionar os jatos d’água. Técnicas de Bad Ragaz e Halliwick Posteriormente técnica adaptada Watsu * * Bad Ragaz 1930 – exercícios de amplitude de movimento em diferentes planos com o paciente posicionado horizontalmente e estabilizado de várias maneiras de encontro à parede da piscina. * * Originada na Alemanha. Knupfer 1957. Nele Ipsen – Bad Ragaz – Suíça. Promover a estabilização do tronco e das extremidades e trabalhar com exercícios resistivos. Exercícios em padrões de movimentos básicos, considerando-se os planos anatômicos. * * Realizadas com o paciente em decúbito dorsal. Paciente flutuava com auxílio de flutuadores “anéis” no pescoço, pelve e tornozelos – método dos anéis. * * Atualmente Técnicas de movimento com padrões em planos anatômicos e diagonais, com resistência e estabilização fornecidos pelo terapeuta. Flutuadores. Pacientes ortopédicos e/ou neurológicos. Técnicas ativas ou passivas. * * Método Halliwick 1949 – James McMillan – Halliwick school for girls – Londres. Auxílio a pacientes com incapacidades (independência). Ênfase inicial – recreativa. Recentemente – tratamento de pacientes pediátricos e adultos com diferentes alterações de desenvolvimento e disfunções neurológicas. * * Enfatiza as habilidades dos pacientes na água, e não suas deficiências na terra! * * NO BRASIL Santa Casa RJ Artur Silva, 1922 – centenário do Serviço de Fisiatria Hospitalar. Água do mar (salgado) e água da cidade (doce). * * ATUALMENTE Desde 1990, a reabilitação aquática vem se popularizando. Nomenclatura cura + reabilitação: hidroterapia, hidrologia, hidrática, hidroginástica, terapia pela água, terapêutica pela água, exercícios na água. * * Reabilitação aquática ou fisioterapia aquática. * * HIDROTERAPIA 62% de inclusão no currículo de nível básico. * * ASPECTOS IMPORTANTES PARA A PRÁTICA DA HIDROTERAPIA Vestiário (pia, toalete, tomada, armário, piso, bancos) Piso – deque (dentro e fora da piscina) Aquecimento Construção da piscina * * ASPECTOS IMPORTANTES PARA A PRÁTICA DA HIDROTERAPIA Considerações de segurança Comportamental (horários, alimentos, correr) Físicos (piso escorregadio, profundidade). Químicos (produtos de limpeza e da piscina). Ambientais (fios elétricos, equipamentos de comunicação). * * ASPECTOS IMPORTANTES PARA A PRÁTICA DA HIDROTERAPIA Equpamentos para a hidroterapia Suporte para flutuação Aumenta intensidade do exercício Ambiente confortável e seguro Oferecem estabilidade * * SOBRE A ÁGUA Densidade relativa -> determina capacidade de flutuação do objeto/corpo. Empuxo -> força de sentido oposto ao da gravidade, auxilia ou resiste nos movimentos. Tensão superficial -> resistência ao movimento. * * SOBRE A ÁGUA Pressão hidrostática -> objeto parado = mesma pressão em todas as faces. Quanto mais profundo, mais pressão. Diminuição do impacto Sistema termorregulador -> modifica a sensação dolorosa. * * SOBRE A ÁGUA * * EFEITOS TERAPÊUTICOS E FISIOLÓGICOS Adequada exploração das propriedades físicas da água Analgesia Relaxamento Diminuição do impacto articular * * EFEITOS TERAPÊUTICOS E FISIOLÓGICOS Variam de acordo com: Temperatura da água Duração do tratamento Intensidade dos exercícios ** características pessoais e/ou da patologia * * DENSIDADE RELATIVA Capacidade de flutuação de objeto ou corpo Temperatura ( temperatura = densidade) Salinidade ( salinidade = densidade) * * EMPUXO Força no sentido contrário ao da gravidade Resistência ao movimento Estímulo à circ.periférica Facilitação do retorno venoso * * TENSÃO SUPERFICIAL DA ÁGUA Forças coesivas poderosas mantêm unida a coluna de água * * PRESSÃO HIDROSTÁTICA Quanto maior a profundidade, maior a pressão exercida sobre o corpo Em movimento, diminui a pressão exercida sobre o corpo e também o empuxo A pressão hidrostática em um ponto * * Aproximadamente 700 ml de sangue, que são desviados das extremidades e vasos abdominais para os grandes vasos do tórax Aumento significativo na pressão intra-ventricular direita, no volume de ejeção e no débito cardíaco. * * REFLEXO DO MERGULHO Em conseqüência, ocorre diminuição da resistência vascular sistêmica, resultando na diminuição da pressão arterial Com o aumento do retorno venoso, os barorreceptores desencadeiam o aumento do volume de enchimento cardíaco e o volume ejetado por contração, reduzindo de forma reflexa a FC ATENÇÃO, ISSO ACONTECE SÓ NA ÁGUA, SÓ NA ÁGUA!! * * TERMORREGULAÇÃO 33˚C a 36,5 ˚C Dilatação dos vasos sanguíneos ( metabolismo da pele e músculos e FR) atividade das glândulas sudoríparas * * IMPACTO Correr em ambiente aquático com a água na altura do quadril diminuem as forças por cerca de 40% e correr com a água na altura do peito diminue entorno de de 50% das forças quando comparado com a corrida na terra. (Fontana et al, 2012) * * SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO Melhora da capacidade aeróbica Melhora as trocas gasosas Reeducação respiratória Aumenta consumo de energia Auxilia retorno venosos Melhora circulação sanguinea * * SISTEMA NERVOSO O calor brando diminui a sensibilidade das terminações sensitivas Músculos são aquecidos pelo sangue Diminuição do tônus muscular Relaxamento muscular * * SISTEMA RENAL Melhora da resposta renal Aumento dos fluidos corporais (variação de PH e profundidade de imersão) * * SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO Relaxamento muscular e estimulação do metabolismo Diminuição do espasmo muscular e dores Diminuição da fadiga muscular Estímulos para agonistas e antagonistas Recuperação de lesões Melhora condicionato físico, resist. Muscular e FM Influência no alongamento muscular e ADM * * EFEITOS TERAPÊUTICOS Preventivos Deformidades e atrofias Lesão causada por impacto Comprometimento da funcionalidade * * EFEITOS TERAPÊUTICOS Motores Melhora da flexibilidade Incrementa coordenação motora, agilidade e ritmo Facilitação de ortostase e marcha Fortalecimento muscular Reeducação de músculos paralisados Diminuição do tônus * * * * EFEITOS TERAPÊUTICOS Sensoriais Noções de equilíbrio, esquema corporal, prorpiocepção e noção espacial Facilita reação de endireitamento e equilíbrio Relação: PROFUNDIDADE x PROPRIOCEPÇÃO * * EFEITOS TERAPÊUTICOS Psicológicos Bem-estar social do indivíduo Integração do corpo e da mente para a obtenção de resultados ideais Valorização da auto-estima e auto-confiança AGENTE FACILITADOR Relaxamento – Equilíbrio emocional – Auto-controle * * EFEITOS TERAPÊUTICOS Dentre os resultados de pesquisas publicadas há efeitos terapêuticos da hidroterapia já comprovados por evidência científica, dentre os quais se destacam os benefícios como aumento da amplitude de movimento, diminuição da tensão muscular, relaxamento, analgesia, melhora na circulação, absorção do exudato inflamatório e debridamento de lesões, bem como incremento na força e resistência muscular, além de equilíbrio e propriocepção. (Irion, 2000) * * EFEITOS TERAPÊUTICOS Afirmam que o espasmo muscular pode ser reduzido pelo calor da água, auxiliando na redução da espasticidade. Os autores sustentam ainda que a imersão na água provoca redução do tônus muscular, enquanto que a dor pode ser reduzida por ambos os estímulos térmicos. Além disso, a imersão na água facilita a mobilidade articular, relacionada à redução do peso corporal. (Irion, 2000) * * CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS Feridas abertas e/ou infectadas Infecções e doenças sistêmicas TVP aguda Tratamento radioterápico Processos micóticos e fúngicos * * CONTRA-INDICAÇÕES Gerais Febre Erupção cutânea Doença infecciosa Doença vascular grave Convulsão não-controlada Bolsa ou cateter de colostomia Menstruação sem uso de proteção interna Traqueostomia, gastrostomia e sonda nasogástrica Hipotensão ou hipertensão arterial grave * *
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