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Curso Hipnose & Regressão

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FORMAÇÃO EM 
HIPNOSE, REGRESSÃO 
E TERAPIA DE VIDAS 
PASSADAS 
 
 
Módulo I Módulo I Módulo I Módulo I –––– 
Hipnose Hipnose Hipnose Hipnose 
Clássica e Clássica e Clássica e Clássica e 
RelaxamentoRelaxamentoRelaxamentoRelaxamento 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 1 - 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS HIPNÓTICAS 
E APLICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2012 – v1 
 
 
 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 2 - 
ÍNDICE 
 
1. Histórico; 
2. A Hipnose na vida cotidiana; 
3. Crenças e Pré-conceitos; 
4. Conceitos; 
5. Requisitos para aprender hipnose; 
6. Condições e requisitos necessários do Hipnólogo; 
7. Fenômenos Hipnóticos; 
8. Modelo Hipnótico; 
9. A natureza da sugestão hipnótica; 
10. Funcionamento do cérebro e da mente; 
11. Fenômenos de sugestão e hipnose; 
12. Rapport; 
13. Profundidade hipnótica; 
14. Leis de sugestão; 
15. Estruturas das sugestões; 
16. Voz hipnótica; 
17. Postura vocal; 
18. As cinco etapas do ato hipnótico; 
19. Zonas de Fragilidade; 
20. Famílias Hipnóticas; 
21. Relaxamento de Jacobson; 
22. Relaxamento de Schultz; 
23. Legislação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 3 - 
1) HISTÓRICO 
 
As técnicas hipnóticas possuem uma origem muito antiga, as tribos indígenas dos 
tempos mais remotos já possuíam os seus “Doutores bruxos”, Homens de medicina, curadores, 
gurus, etc... Eles, os Xamãs, utilizam até os dias de hoje técnicas de visualização para curar e até 
amaldiçoar os seus inimigos. Xamã na língua da tribo tungus da Sibéria significa: “pessoa que 
faz a viagem para a realidade não ordinária, num estado alterado de consciência”. Os meios 
que utilizam para alcançar um estado alterado de consciência são: cantos, sons de tambores, 
movimentos do corpo, danças e plantas psicoativas. 
Em 2.400 a.C. os sacerdotes Caldeus, do antigo Egito, já executavam curas através de 
passes fluídicos. O hipnotismo foi a base das ciências ocultas no Egito, Grécia e Índia. Registros 
foram encontrados em papiros datados de 1.552 a.C. encontrados por Ebers em Tebas 
(atualmente Luxor) e encontram-se na universidade de Leipzig. 
Ao longo do tempo, vários estudiosos no assunto escreveram suas teorias em seus 
trabalhos. Historicamente, listamos abaixo algumas das épocas mais importantes relativas à 
hipnose. 
 
a. Xamãs – 40.000 a 50.000 anos atrás – Idade da Pedra; 
b. 2.400 a.C. – Caldeus – antigo Egito; 
c. Tratamento pelo Imã – Paracelso – 1494-1541 – Médico e Filósofo suíço; 
d. Magnetismo Animal (1773) – Franz Mesmer – 1734 a 1815 – médico austríaco; 
e. Hipnotismo (1842) – James Braid – 1795-1860 – médico escocês; 
f. Escola de Nancy (1884) – Liebeault e Bernheim – 1854 a 1890 – médicos 
Franceses; 
g. Escola da Reflexologia (anos 20)– Ivan Pavlov – 1849-1936 – médico; 
h. Comportamento Cognitivo – Theodore Barber - 1927-2005; 
i. Abordagem Interativa Centrada no Paciente – Milton Erickson – 1902-1980 
– médico americano; 
j. Programação Neurolinguística (PNL-1973) – Richard Bandler (programador e 
matemático) e John Grinder (linguista) – estudo das técnicas de Erickson com o objetivo de 
decodificar a linguagem. 
 
 
2) HIPNOSE NA VIDA COTIDIANA 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 4 - 
 
A hipnose faz parte da nossa vida desde que nascemos e de formas diversas. Nossa 
mãe, para que pudéssemos dormir, cantava canções monótonas, às vezes com um balanço 
rítmico. No berço olhávamos fixamente objetos pendurados acima de nós que balançavam e nos 
deixavam sonolentos. Passamos então a assistir TV e ali víamos as mais diferentes formas de 
imagens coloridas e músicas que chamavam a nossa atenção. Hoje, vemos filmes, propagandas, 
lemos livros e quando percebemos, estamos tão intrigados com o que fazemos que deixamos o 
mundo externo para trás. É quando nos emocionamos com um filme ou livro a ponto de chorar 
ou rir. É quando temos nossa atenção tão dirigida a um programa que outra pessoa nos dirige a 
palavra e não escutamos. Portanto o estado hipnótico existe em nossa vida diária em todos os 
instantes, cabe a nós perceber e utilizá-lo a nosso favor. 
 
3) CRENÇAS E PRÉ-CONCEITOS 
 
Os conceitos e ideias errôneas do processo hipnótico se originam no fato de que as 
pessoas assistem a filmes, desenhos e shows de hipnose, onde o que fica aparente é o poder do 
hipnotizador sobre as pessoas. Isto leva a um afastamento devido ao medo gerado, criando vários 
bloqueios. Todas as dúvidas sobre o processo devem ser esclarecidas e os mitos devem ser 
eliminados, para que o processo possa fluir sem bloqueios. Neste contato inicial deve-se fazer 
um bom “rapport”, isto será explicado mais à frente. Segue abaixo algumas das principais 
dúvidas e bloqueios. 
a. Perda de consciência; 
b. Expectativa de amnésia ao acordar, medo de não se lembrar de nada; 
c. Medo de ser hipnotizado por pensar que é uma situação de risco; 
d. Medo de ser dominado pelo hipnólogo - Cancelamento da vontade – inibição do 
senso crítico que não entre em choque com os princípios éticos e morais; 
e. Revelação de segredos; 
f. Medo de não acordar ou voltar; 
g. Inteligência x Susceptibilidade – quanto mais inteligente mais suscetível; 
 
4) CONCEITOS 
 
“É um conjunto de técnicas psicológicas e fisiológicas usadas para a modificação 
gradual da atenção. Durante este processo, o grau de suscetibilidade à hipnose é medido pela 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 5 - 
capacidade dos pacientes em desconectar sua consciência do mundo exterior e se concentrar em 
experiências sugeridas pelo hipnólogo. Quanto maior for essa capacidade, maiores serão as 
possibilidades do paciente desenvolver fenômenos hipnóticos sugeridos, dentre os quais 
podemos destacar: amnésia total ou parcial da experiência hipnótica, anestesia, modificação da 
percepção, alucinações, crises histéricas, aguçamento da memória, modificação nas respostas 
fisiológicas, entre outros”. (LOPES, 2005.) 
“Hipnose é um estado diferenciado de consciência, alterado em comparação com os 
estados ordinários de vigília e de sono, com elevada receptividade à sugestão por parte da pessoa 
que nele ingressa, por si mesma ou com intervenção de outra pessoa ou equipamento. O termo 
hipnose (<grego hipnos = sono + latim osis = ação ou processo) deve o seu nome ao médico e 
pesquisador britânico James Braid (1795-1860), que o introduziu, pois creu tratar-se de uma 
espécie de sono induzido. (Hipnos era também o nome do deus grego do sono). Quando tal 
equívoco foi reconhecido, o termo já estava consagrado, e permaneceu nos usos científico e 
popular”. 
Contudo, deve ficar claro que hipnose não é uma espécie ou forma de sono. Os dois 
estados de consciência são claramente distintos e a tecnologia moderna pode comprová-lo de 
inúmeras formas, inclusive pelos achados eletroencefalográficos de ambos, que mostram ondas 
cerebrais de formas, frequências e padrões distintos para cada caso. “O estado hipnótico é 
também chamado de transe hipnótico”. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipnose 
“Hipnose é o processo que visa obter um estado ampliado de consciência através da 
concentração da atenção. Exemplo de alguns métodos que também ampliam a consciência: 
meditação e Yoga”. 
“O estado hipnótico num sentido mais amplo não é mais do que um estado emocional 
intensificado”. Galina Solovey e Anatol Milechnin – 1957 
 
5) REQUISITOS PARA APRENDER HIPNOSE 
 
O único pré-requisito para aprender hipnose é ser capaz de entender a palavra falada. 
Ao contrário do que muitos pensam; quanto mais inteligente e imaginativa a pessoa, de um modo 
geral, maior a sua facilidade para entrar em transe. Não há distinção de origem étnica, sexo, grau 
deinstrução, idade e posição social. Crianças são especialmente suscetíveis à hipnose e os pais 
podem ser ensinados a utilizar técnicas de comunicação baseadas em sugestões hipnóticas para 
produzir grandes resultados. A hipnose não tem contraindicações. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipnose 
 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 6 - 
6) CONDIÇÕES E REQUISITOS NECESSÁRIOS DO HIPNÓLOGO 
 
Existem alguns pré-requisitos para que uma pessoa possa ser um bom hipnólogo, 
muitos destes também são necessários em diversas profissões e mesmo em nossa vida diária. A 
ética é considerada como uma das mais importantes características, pois através dela podemos 
iniciar um bom rapport. A confiança da pessoa no hipnólogo já quebra muitas barreiras e a ética 
é fundamental. Temos que ter a consciência que a hipnose não é uma ferramenta milagrosa e que 
tudo cura, por isso temos que ter em mente que é uma ferramenta complementar a tratamentos 
convencionais. Algumas condições: 
 Poder de observação; 
 Criatividade; 
 Segurança; 
 Não rotular (nem sempre o mesmo problema tem a mesma solução); 
 Teatralidade e Carisma; 
 Reconhecer as limitações do processo; 
 Ética e moral; 
 Autodomínio das emoções; 
 Treinamento constante. 
 
7) FENÔMENOS HIPNÓTICOS 
 
Abaixo citamos alguns dos fenômenos hipnóticos. 
Catalepsia: Devido ao relaxamento acentuado, o corpo se comporta como se fosse de 
cera. Quando ocorrem os movimentos, estes são vagarosos. Posições normalmente 
desconfortáveis, como braços levantados, por exemplo, não provocam fadiga. 
Distorção do tempo: A percepção do tempo se altera para mais ou para menos. 
Trinta minutos parecem cinco, dez minutos parece ter durado uma hora. 
Dissociação: Os estados psicológicos, consciente e inconsciente, ficam separados. No 
estado de transe hipnótico o consciente está presente, mas a pessoa percebe que algo mais está 
acontecendo. 
Amnésia: É a perda da habilidade de lembrar. É diferente do esquecimento, porque o 
conteúdo "esquecido" parece ter sido selecionado pela mente. Ocorre espontaneamente em 
transes profundos, ou pode ser sugerido pelo hipnoterapeuta. 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 7 - 
Hipermnésia: Aumento da capacidade de lembrar fatos do passado, próximo ou 
remoto. 
Regressão de idade: Consiste em reviver estados psicológicos do passado 
espontaneamente ou por solicitação do hipnoterapeuta. 
Progressão de idade: Consiste em ver-se no futuro, projetar-se para o futuro 
imaginado ou desejado, e até mesmo formar um "eu futuro" que pode aconselhar ao "eu 
presente" sobre o que fazer para atingir objetivos saudáveis. 
Alucinação positiva e alucinação negativa: Na alucinação positiva a pessoa 
vivencia uma percepção na ausência do objeto. Na alucinação negativa a pessoa não percebe um 
objeto presente (ex. pode-se sugerir à pessoa que o amigo fulano de tal - presente no ambiente - 
não se encontra ali , a pessoa hipnotizada não será capaz de ver o tal fulano). 
Escrita automática: Por sugestão do hipnoterapeuta a pessoa escreve em transe, sem 
a vigilância ou interferência da mente consciente. 
Sugestão pós-hipnótica: Execução, após a experiência do transe, de instruções ou 
sugestões dadas durante o transe. 
Analgesia – anestesia: Analgesia consiste no entorpecimento da consciência da dor. 
Anestesia perda completa da consciência da dor. Fenômenos hipnóticos muito úteis em pessoas 
nas quais o uso de analgésicos e anestésicos é contraindicado. 
Hiperestesia: Aumento da sensibilidade física normal. 
Movimentos ideomotores: São movimentos automáticos de algumas partes do corpo 
que acontecem automaticamente (tremores, repuxões, levitações etc.). 
 
8) MODELO HIPNÓTICO - PRINCÍPIOS 
 
A hipnose nada mais é do que a atenção dirigida e concentrada de uma pessoa no 
intuito de alcançar algum objetivo através de seus recursos internos. A forma de se chegar neste 
estado ampliado de consciência é chamada hipnose e o fenômeno se dá através de três princípios 
que quando somados alcançam o resultado. São eles: a Fé, no sentido de acreditar no processo e 
na pessoa que o produz; a Expectativa que é a percepção do sujeito e o que ele espera do 
processo, e o Desvio intencional da Atenção, que se consegue obter por diversos processos 
como o relaxamento, a imaginação, a fixação do olhar, etc... 
 
 
 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 8 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9) SUGESTÃO E NATUREZA DOS FENÔMENOS HIPNÓTICOS 
 
Sugestão é a palavra usada para indicar uma ideia que se oferece a alguém e que 
será aceita sem crítica. 
Um fenômeno hipnótico é obtido através de sugestões e elas originam estímulos, 
estes são classificados em ideosensoriais e ideomotores. Os primeiros referem-se ao sensorial 
propriamente dito e que se relacionam aos cinco sentidos. O segundo refere-se aos movimentos 
musculares inconscientes ou automáticos. 
Sendo a hipnose fundamentada em sugestões é fácil associá-la à comunicação. A 
forma como nos comunicamos neste processo é o fator gerador da hipnose. Em uma 
comunicação utilizamos as linguagens: verbal, expressão corporal, tom de voz, implícitas, e 
combinadas. Segundo pesquisas, a linguagem verbal é responsável somente por cerca de 7% da 
eficiência na comunicação; já as expressões corporais, que são os gestos e feições por 55%; o 
tom de voz por cerca de 38%; quando incorporamos todas as formas fica evidente que temos a 
maior eficiência. Fica claro que nem sempre o que falamos é o que tem maior importância. É 
importante que falemos nos expressando e com o tom de voz adequado. Experimente falar de um 
evento triste, rindo ou vice-versa; o subconsciente, por vezes, entende mais facilmente o que está 
implícito. 
Desvio Intencional da Atenção
Relaxamento, respiração, atividades 
ideo-motoras e ideosensoriais.
Imaginação. Reestruturação 
das percepções e conceitos 
do sujeito.
“Tudo posso naquele que 
me fortalece”.
Confiança, honestidade, 
simpatia. Rapport.
DA
Expectativa
FÉSU
CE
SS
O
 
D
A 
HI
PN
O
SE
“Seu pior inimigo é a sua mente consciente”.
Desvio Intencional da Atenção
Relaxamento, respiração, atividades 
ideo-motoras e ideosensoriais.
Imaginação. Reestruturação 
das percepções e conceitos 
do sujeito.
“Tudo posso naquele que 
me fortalece”.
Confiança, honestidade, 
simpatia. Rapport.
DA
Expectativa
FÉSU
CE
SS
O
 
D
A 
HI
PN
O
SE
“Seu pior inimigo é a sua mente consciente”. Uma mente consciente treinada 
vira sua aliada! 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 9 - 
 
 
Quando passam por um processo hipnótico as pessoas tem a falsa impressão de que 
as respostas motoras e sensoriais estão sendo obtidas por influência do hipnotizador. Cabe 
lembrar que qualquer pessoa que olha fixamente para um objeto, sem piscar, naturalmente 
começa a sentir o seu olho seco e com vontade fechar parecendo estar cada vez mais pesado. Isto 
é um exemplo de atividade ideomotora. O sucesso da técnica indutiva tem como premissa 
induzir o paciente a ignorar que este é um processo natural. Acreditando nisto ele 
automaticamente incorpora as demais sugestões do hipnólogo. 
 
 
10) FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO 
 
A mente funciona através de áreas cerebrais distintas, que são: percepção, não 
consciente (englobando o subconsciente e o inconsciente), consciente e prémotora. 
Através da zona de Percepção (A) captamos todas as sensações referentes aos cinco 
sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Esta zona está situada na região occipital. A zona 
do Subconsciente (B) fica situada na região do Tálamo. É a mente subjetiva. Nesta área estão 
Expressões Corporais - 55%
Tom de Voz - 38%
Palavras - 7%
SugestãoEstímulos 
Sensoriais
Ídeo-
Sensoriais
Ídeo-
Motores
Imagens sensoriais:
olfativas, visuais, auditivas, 
táteis, gosto e cinestásicos.
Atividade Ideo-motora: É a 
capacidade inconsciente do sistema 
muscular de responder de forma 
imediata a pensamentos, 
sentimentos e idéias.
Movimentos Musculares 
inconscientes. Ex.: piscar, 
pisar no freio se é 
passageiro, balançar 
quando de olho fechado, 
etc.
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 10 - 
armazenados as nossas memórias, experiências, e todos os sentimentos que vivenciamos por toda 
a nossa vida. Tudo o que passamos é armazenado em nosso subconsciente e nada é esquecido. O 
inconsciente induz, portanto gerencia todos os movimentos involuntários não dependendo da 
consciência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A zona do Consciente (C) é nossa mente objetiva e sua função é ordenar, analisar e 
discernir toda a informação que recebe do subconsciente e fazer cumprir as ordens que lá 
chegam. É a parte de nossa mente que deduz, critica e raciocina. Esta região governa os 
músculos voluntários e os cinco sentidos. A memória consciente é imperfeita e nula, porque 
esquece. Zona Pré-motora (D) é a que recebe ordens do consciente e ao estar conectada 
diretamente ao sistema motor, transmite as ordens ao sistema nervoso central, e este, por sua vez, 
aos diversos grupos musculares para que desta forma culmine no processo mental e a ideia se 
converta em ação por meio do efeito ideomotor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 11 - 
11) FUNCIONAMENTO DO PROCESSO HIPNÓTICO 
 
O processo hipnótico consiste em inibir a mente consciente ou dedutiva (C) a fim de 
que todas as sugestões recebidas pelos cinco sentidos possam atuar diretamente na área pré-
motora (D). A inibição da mente consciente (C) é obtida através de estímulos verbais, a 
concentração dirigida, o olhar fixo, etc... A nossa mente consciente é capaz de suportar até 7, 
mais ou menos duas, instruções a cada vez. Quando excedemos ou estamos abaixo deste limite, 
causamos uma sobrecarga sendo que esta leva o individuo a entrar num estado alterado de 
consciência. O relaxamento, a concentração e outros métodos geram o mesmo resultado. 
Quando adormecemos a mente consciente (C) podemos dar instruções que serão 
mais facilmente aceitas sem a intervenção crítica. Para isto a pessoa que está passando pelo 
processo deve ter armazenado em seu subconsciente a imagem ou sentimento que queremos 
reviver nela. Além disto, não pode ser nada que contrarie sua moral ou ética, sob o risco da 
mesma despertar repentinamente do estado. Não podemos pedir a uma pessoa que imagine um 
elefante se ela nunca o viu, a imagem precisa existir no subconsciente nem que seja criada ou 
comparada, pelo hipnólogo, a uma situação já vivida pelo indivíduo. 
Existem diversos exercícios, principalmente praticados em hipnose de palco, onde o 
sujeito hipnotizado come uma cebola pensando que é uma maçã. Isto ocorre porque quando o 
hipnólogo conversa com a pessoa ele sugere a ela como é gostosa uma maçã, bem vermelhinha, 
suculenta... como a mente consciente (C) está inibida e o subconsciente (B) sabe o aspecto, o 
cheiro, o sabor e a consistência de uma maçã, todas estas características são transmitidas do 
subconsciente para a zona pré-motora (D), que trata de enviar a todo o organismo sensações de 
que se estivesse comendo uma maçã. 
Em diversas experiências deste tipo acontecem fenômenos muito interessantes como: 
não existe resquício de hálito de cebola no indivíduo após o retorno do processo, pessoas que 
após ser colocado cigarro em parte do seu corpo não apresentam queimaduras, pessoas que 
quando sugeridas que estão bêbadas apresentam álcool em exames de sangue, etc... 
 
 
 
 
 
 
 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 12 - 
12) RAPPORT 
 
A palavra rapport é utilizada em todos os processos onde deva existir a integração de 
duas pessoas ou mais. Significa o quanto estas pessoas que estão se relacionando, estão em 
sintonia. Quanto maior a sintonia entre elas maior o rapport e maior o aproveitamento do 
relacionamento. O rapport é obtido através de diálogo e em uma terapia, consiste em transmitir à 
outra pessoa a confiança e os conhecimentos necessários a fim de romper os possíveis bloqueios 
que porventura possam existir. Existem vários métodos para se obter rapport, principalmente em 
livros e cursos de PNL. O importante é que transmitamos a pessoa à confiança e os 
conhecimentos de que ela necessita, use a sua simpatia, fique tranquilo e tudo estará de acordo. 
 
13) PROFUNDIDADE HIPNÓTICA 
 
Em várias literaturas de hipnose clássica se menciona capítulo específico sobre 
profundidade hipnótica. Como exemplo, citamos o sistema de Davis e Husband, de 1931. Em 
sua escala existem 30 etapas de transe iniciando com o Hipnoidal (5 níveis), transe leve (4 
níveis), transe médio (5 níveis) e transe sonambúlico (7 níveis). 
Para o Dr. Liébeault havia seis graus no sono hipnótico: 1º. Sonolência, 2º. Sono leve, 
3º. Sono profundo, 4º. Sono muito profundo, 5º. Sonambulismo leve; e 6º. Sonambulismo 
profundo. 
O que se admite nos dias de hoje, através dos estudos realizados, é que não existe 
necessariamente uma sequência lógica para se chegar à etapa mais profunda da hipnose. O que 
ocorre é que, dependendo da susceptibilidade e do rapport, determinados indivíduos demonstram 
estar num estado profundo em pouco tempo, obtendo-se, por exemplo, anestesia e outros 
processos que se consideram como estado profundo em questão de segundos. 
 
14. LEIS DA SUGESTÃO HIPNÓTICA 
 
Existem três leis que regem a sugestão hipnótica, a lei da concentração da atenção, 
a do efeito invertido e a do efeito dominante. 
a. Concentração da Atenção – Segundo Couè, “quando a atenção está concentrada 
em uma ideia, esta tende a realizar-se”. O mesmo acontece com ideias negativas, portanto, 
cuidado! A mesma atenção é dirigida quando assistimos a uma propaganda, a um filme ou 
quando lemos um livro. 
 
Murillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 13 - 
b. Efeito Invertido – Quanto mais você tenta uma tarefa, mais difícil é de realizá-
la. Isto acontece quando você tenta lembrar o nome de alguém ou onde guardou um objeto. O 
mesmo Couè citava que: “Quando a imaginação e a vontade são antagônicas, a imaginação 
sempre vence, sem exceção”. “No conflito entre a vontade e a imaginação, a força da 
imaginação está na razão direta do quadrado da vontade”. Quando à vontade e a imaginação 
estão em harmonia elas se multiplicam. Jamais recorra à vontade para obter mudanças 
fisiológicas. Muitas vezes existem ganhos secundários escondidos, principalmente em vícios e 
hábitos. “Se eu parar de fumar com certeza vou engordar e ficar estressado”. Não diga que fumar 
faz mal, procure fazer a pessoa usar a imaginação e não a vontade. “imagine...agora...você 
fumando e a fumaça inundado seus pulmões ... o coração bombeia o seu sangue 
escuro...carregado de nicotina e alcatrão... de repente você percebe...que vomita...está vermelho 
... escuro...é... é realmente sangue... imagine agora como é alguém que não fuma... respirando ar 
puro... como é bom ... a partir de agora você poder se sentir assim...”. 
c. Efeito Dominante – uma emoção intensa substitui uma de menor intensidade. 
Uma sugestão ligada a uma emoção supera qualquer outra sugestão que no momento exista na 
mente. Uma sugestão associada a uma emoção mais forte tende a superar uma sugestão 
associada a uma emoção mais fraca. Uma ideia associada a uma fortíssima emoção como amor, 
ódio ou raiva, geralmente não pode ser modificada pelo uso da razão. 
 
 
15. ESTRUTURA DAS SUGESTÕES 
Concentração da 
Atenção
Efeito 
Invertido
Efeito 
DominanteMurillo C. Cucatto- © 
www.hipnoseeregressao.org - 14 - 
 
A estrutura das sugestões nada mais é a forma com que o hipnólogo vai formar as 
suas frases para conduzir um processo hipnótico. Dentro desta chamada fraseologia existe um 
contexto geral que contém desde a estratégia de abordagem até a própria estrutura da frase. Em 
qualquer comunicação sabemos da importância de sermos claros e objetivos, aqui não seria 
diferente. Frases curtas, objetivas, afirmativas são algumas das características que devemos ter 
em qualquer conversa. 
 Curta – fazer pontuações tornando as frases curtas; 
 Concreta – evitar linguagem diferente da pessoa hipnotizada e ser direto e 
objetivo; 
 Afirmativa – evitar a negatividade. 
1. Ex.: você não vai estar mais doente. Substituir por: você vai ficar mais 
saudável a partir de agora. 
 Repetitiva: ...à medida que você respira você relaxa cada vez mais, fica relaxado 
mais e mais relaxado; 
 Simples e superposta: 
1. Simples: o seu braço está pesado 
2. Superposta: quanto mais pesado seu braço...mais profundo é seu sono... 
 Imediata e Diferida: 
1. Imediata: acorde 
2. Diferida: após eu contar até três ... você acorda – Preferencial pois 
antecipa à pessoa o que vai acontecer. 
 Intra-hipnótica e Pós-hipnótica: 
1. Intra-hipnótica – durante o ato hipnótico; 
2. Pós-hipnótica – após o ato hipnótico. Signo sinal; 
 Progressiva: preferencialmente utilizar as sensações para cada parte do corpo 
evitando o todo. Ex.: sinta os músculos em torno dos seus olhos se relaxando ... e o relaxamento 
desce pelo seu rosto... até chegar nos músculos da sua boca ... Evitar: o seu corpo está todo 
relaxado. 
 Ponderada: evitar situações que lembrem algo desagradável: 
1. A água está gelada como um cadáver 
2. O sol queima como uma fogueira 
 
 
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16. VOZ HIPNOTICA 
 
No processo clássico algumas características são fundamentais para dar o sentido de 
entrar em “sono hipnótico”, o tom monótono e rítmico seria o meio de se fazer isto. Hoje em dia 
se tem um conceito mais apropriado de voz hipnótica, pois enfatiza que o importante é o sentido 
do que estamos falando e o tom deve estar alinhado com o que buscamos transmitir. Fica 
evidente que não podemos despertar uma pessoa falando em tom alto e depois reduzindo o 
volume e a entonação; isto se faz para adormecer alguém. Portanto devemos usar a entonação e 
volume de acordo dos resultados que queremos obter, temos que transmitir a alegria na voz; se 
quisermos transmitir imagens alegres e assim por diante. Neste ponto entra a teatralidade do 
hipnólogo no sentido de transmitir da forma correta. Evite, portanto simples leitura, seja para 
processos de indução como para a programação, use o fator emocional para fixar a 
aprendizagem. 
Outros elementos que contribuem para a comunicação hipnótica são: 
a) Deformação das palavras: alongar as vogais – o corpo beem sooolto ... beem 
relaxaado... 
b) Gestualidade: acompanhar as palavras com gestos e toques quando possível; 
c) Ritmo contínuo: usar conjunções de ligação (e, enquanto) de forma a evitar 
interrupção nas frases – você está relaxada...e enquanto relaxa fica...mais concentrado na minha 
atenção...e através deste relaxamento se aprofunda caaada vez maaaais ... 
d) Pausas mudas: são as pausas necessárias para que a pessoa tenha tempo de 
visualizar e sentir o que o hipnólogo está sugerindo. Normalmente a pessoa em estado hipnótico 
tem uma velocidade menor de resposta e o hipnólogo deve dar utilizar estas pausas para este fim. 
As pausas são representadas com reticências - “mais concentrado na minha atenção...e através 
deste relaxamento se aprofunda caaada vez maaaais ...”. 
e) Diferentes tons: alterar o tom e altura de voz de acordo com a situação 
transmitida. 
 
17. POSTURA VOCAL 
 
A postura vocal compreende a relação entre hipnólogo e cliente, nós devemos 
compreender de que forma a pessoa recebe os sinais. Aqui entra o fator: auditivo, visual, 
sinestésico que comentamos anteriormente. Entra também as características psicológicas do 
indivíduo, como ele reage. Todas estas características devem ser pesquisadas quando do rapport. 
 
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Devemos utilizar uma técnica mais maternal para pessoas que são mais reativas e emotivas; usar 
uma técnica paternal para pessoas acostumadas a receber ordens e que normalmente precisam ser 
mandadas para executar algo. A linguagem permissiva é mais bem utilizada para pessoas com 
características lógicas e racionais afloradas e tem como objetivo mostrar ou dar opções de 
executar uma tarefa, pois assim elas estariam agindo da forma certa. O que realmente precisamos 
entender no que se refere à postura vocal é que cada pessoa tem características diferentes e por 
isto devemos nos moldar e usar a linguagem adequada no momento adequado. 
Tipos de postura vocal: 
a) Paternal ou autoritário; 
b) Maternal ou amoroso; 
c) Sensual ou acariciador – usa-se a garganta, sussurrando. 
 
18. AS CINCO ETAPAS DO TRANSE HIPNÓTICO 
 
O transe hipnótico é caracterizado por cinco fases que estão implícitas no próprio 
processo. Após o primeiro contato e feito o rapport é iniciado o processo propriamente dito. 
Muitos autores descrevem o rapport como a primeira fase, pois nela já se trabalha muito dos 
conceitos que serão vistos na terapia. Sendo que toda a hipnose é uma auto hipnose a pessoa já se 
inclina ao processo desde o primeiro contato. 
A indução é a primeira fase do processo propriamente dito e ela pode ser feita por 
vários meios como veremos mais adiante, o importante é que esta fase tem como objetivo manter 
a concentração da pessoa e fazê-la sentir que pode seguir as sugestões do hipnólogo. Os tipos 
de indução são: 
• Fixação da atenção; 
• Indução rápida; 
• Indução indireta ou por metáforas; 
• Indução por confusão ou invasiva; 
• Indução permissiva; 
• Indução Clássica por relaxamento (Shultz e Jacobson). 
Para que a indução tenha um bom resultado, temos que seguir certos padrões de 
linguagem. A repetição de certas instruções com a utilização de sinônimos, frases curtas 
utilizando elementos de ligação como: e, enquanto... O aviso antecipando os próximos 
 
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acontecimentos é chamado de Designações Temporais: quando eu contar até três você irá 
acordar um...dois...três. 
A segunda fase, aprofundamento, caracteriza-se por um relaxamento dos músculos, 
onde se pode usar a técnica de Schultz ou Jacobson. A fase de aprofundamento que tem como 
objetivo induzir a pessoa numa maior sensação de profundidade hipnótica. Além das técnicas de 
relaxamento acima, pode se utilizar a contagem regressiva, utilizando uma escada como imagem 
e dizendo que, a cada degrau que se desce se atinge um relaxamento mais profundo, com 
palavras que indiquem um maior aprofundamento. A ideia de descer dá ao subconsciente a 
imagem de que se aprofunda mais e mais. Não necessariamente precisa-se usar uma escada, 
pode-se só contar, e isto é útil no caso de pessoas que tem medo de escadas ou a sensação que 
quanto mais se desce mais escuro fica (medo de escuro). Para estas pessoas, só contar é 
suficiente. 
A etapa a seguir é exatamente onde se faz as programações para atingir os objetivos 
propostos e aqui se faz necessária a introdução conceitual de ANCORAGEM. A ancoragem, 
neste processo, significa criar quando do aprofundamento do estado uma imagem ou sensação 
agradável em que a pessoa se sinta segura e possa a qualquer momento retornar para ele, 
sentindo-se tranquila e segura. O objetivo disto é de garantir que se houver algum momento de 
tensão e desconforto durante o processo, a pessoa tem condições, sozinha, de voltar para este 
local e eliminar esta sensação de desconforto. A criaçãode um local que pode ser um jardim, 
uma praia, um lago, etc... Tem uma importância muito grande principalmente em processo 
regressivos ou de relembranças, pois é uma ferramenta extremamente útil para tranquilizar a 
pessoa num momento de tensão. Quando a pessoa não conseguir criar imagens, procure indicar 
situações que ele pode ou não ter vivenciado no passado, o mais importante é transmitir paz, 
tranquilidade e segurança. 
Feitas as programações, o próximo passo, ainda em estado de aprofundamento, é o 
das sugestões pós-hipnóticas. Nesta fase cria-se ou reforça-se o signo-sinal para que na próxima 
vez a pessoa entre num estado hipnótico mais rápida e profundamente, repetindo-se três vezes a 
sugestão. As sugestões pós-hipnóticas têm como objetivo atingir o estado após o processo 
hipnótico como: 
• Amnésia, 
• Hipermnésia, 
• Dissociação ou despersonalização – sentir-se fora da cena, representar outra 
pessoa, 
 
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• Analgesia ou anestesia; 
• Hiperestesia – aumentar a sensibilidade em determinada região do corpo; 
• Alucinações ou fenômenos ilusórios – modificação das sensações de audição, 
visuais, olfativas, gustativas, táteis, etc...; 
• Cristalomancia; 
• Escrita automática; 
• Perturbações motrizes – não conseguir fazer certos movimentos ou falar; 
O despertar é iniciado com uma com uma ordem de que ao contar, progressivamente 
até um determinado número, a pessoa vai acordar se sentindo muito bem. É importante informar 
o número que será utilizado, normalmente 5, e enfatizar pausadamente que a cada número 
contado a pessoas vai acordando, retornando até ficar totalmente desperta e alerta. Caso a pessoa 
retorne com alguma sensação ou dor, retorna-se ao estado hipnótico conforme convencionado no 
signo-sinal e retiram-se estas sensações através de sugestões positivas de melhora. Em alguns 
casos pode acontecer de a pessoa não despertar após a ordem dada, normalmente isto acontece 
com pessoas que estão passando por um processo de stress ou agitação grandes. Quando a pessoa 
entra em um estado de relaxamento onde se sente muito bem é normal que queira continuar neste 
estado. Ocorre a mesma coisa quando estamos num sono gostoso no inverno e queremos 
continuar dormindo. É aconselhável se isto ocorrer, sugerir a pessoa que ela já está pronta para 
acordar a qualquer instante, que aquele relaxamento foi na quantidade exata para que ela possa 
retornar a vida se sentido revitalizada e que ela acordará em breve, quando sentir que está 
energizada. As frases ou palavras não são tão importantes quanto o sentido que elas querem 
transmitir, portanto seja criativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Abaixo, representamos esquematicamente as fases do processo. 
 
 
19. ZONAS DE FRAGILIDADE 
 
Para que a sugestão possa penetrar no inconsciente, o hipnólogo deverá forçar uma 
"fechadura", utilizando qualquer técnica que pertença a uma das oito famílias que vão a mostrar 
as zonas de fragilidade. Estas zonas de fragilidade existem em cada grau da consciência e a 
função do hipnólogo é detectar o grau de amplitude destas zonas. 
 
20. TIPOS DE FAMÍLIAS HIPNOTICAS: 
 
SENSORIAL 
FISIOLÓGICA 
PSICOIMAGINÁRIA 
PSICOCONFLITIVA 
INDUÇÃO
•Fixação da atenção
•Indução Rápida
•Indução Indireta /Metáforas
APROFUNDAR
• Escada / Sensação de Aprofundamento
• Contagem regressiva 
PROGRAMAR
• Regressão / Progressão
• Metáforas,
SUGESTÃO PÓS-HIPNOSTICA
• Comportamentos / Atos a serem seguidos após o 
transe
ACORDAR
• Contagem progressiva
• Sensação de bem estar, estar desperto, melhor 
que quando chegou
 
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PASSE MAGNÉTICO 
MONOIDEISMO E CONCENTRAÇÃO A NÍVEL INCONSCIENTE 
QUÍMICA, ELÉTRICA, NATUROPÁTICA 
POLIVALENTE 
 
FAMÍLIAS HIPNÓTICAS 
 
SENSORIAL 
 
Processos que utilizam procedimentos sensoriais: espirais, luzes estroboscópicas, 
pontos de fixação, faixas de cor, músicas repetitivas, sinais sonoros regulares (metrônomo) e 
irregulares, os métodos táteis, todos estes métodos diferentes obedecem à mesma estratégia: 
ESTRATEGIA FRASEOLOGIA 
Criar situação que se conheça 
consequências 
psicológicas/fisiológicas 
“Agora você vai seguir este ponto 
luminoso com seus olhos, da direita à 
esquerda, siga este ponto sempre..." 
Sincronizar por meio da sugestão “Enquanto o ponto balança, você sente 
as pálpebras pesadas, cansadas, cada 
vez mais e mais, se fecham, não se 
abrem, os olhos se cansam. Você 
sente vontade de dormir, cada vez 
mais e mais...”. 
Desviar a atenção ao objetivo 
marcado 
“Seus olhos se fecham mais e mais, e 
quanto mais se fecham mais profundo 
é o sono, e mais relaxado fica seu 
corpo". 
 
 
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Figura contida no material de formação de Fabio Puentes 
FISIOLÓGICA 
 
Massagem nas carótidas, ponte humana, hiperventilação, etc. São técnicas perigosas 
se usadas por pessoas inexperientes. 
Provocar ação fisiológica na qual se produz o momento de separação 
"Enquanto faço uma massagem ...suave nas suas pálpebras, as batidas cardíacas 
diminuem e você se vai relaxando mais e ... mais cada vez..." (o reflexo fisiológico faz que as 
batidas diminuam) 
Usar a suposta separação para introduzir a sugestão de aprofundamento 
 "... e agora se desliza, se deixa ... levar cada vez mais a um sono...profundo, mais 
e mais profundo" 
 
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Não se controla perfeitamente nosso dia a dia. Um susto, um acidente, provocam uma 
espécie de interrupção do controle da consciência sobre nosso corpo. Provocam uma emoção, o 
coração "acelera", começa a suar, este instante se chama separação. Isto é uma suspensão breve 
do controle do corpo por parte de nossa consciência. 
O hipnólogo provocará voluntariamente certas separações. 
A separação é uma brecha diretamente aberta ao inconsciente da pessoa. A sugestão 
que se introduz se aproximará ao inconsciente muito mais rapidamente. 
Exemplo: Coloque seu dedo indicador sobre a testa do sujeito. Faça que imagine que 
sua testa é transparente; leve seu dedo rumo à nuca, lentamente, pedindo que continue sempre 
olhando para a ponta do dedo através da testa que é transparente. 
A separação se produz quando a reversão ocular seja a máxima. Esta técnica não é 
perigosa, em alguns casos vai provocar um reflexo de sono. Em certas fases do sono nossos 
olhos ficam em branco; o fato de recriar este estado pode provocar um fenômeno de feedback do 
sono. 
 Outra técnica que pode se empregar é a hiperventilação, que não é mais perigosa 
que inflar umas quantas bexigas ou balões. Trata-se de que o sujeito aspire, espire, aspire, cada 
vez mais rápido e mais profundo. A perda de Gás Carbônico no sangue vai a provocar uma 
ligeira vertigem. Pode-se acertar com a pessoa um sinal que nos indique em que momento 
começa a sentir essa sensação. Evitar em casos de pessoas epiléticas ou problemas respiratórios. 
Esta vertigem é uma separação característica, a sugestão de sono se introduz no 
momento que o sujeito experimenta a vertigem. Não é conveniente praticar esta experiência em 
pessoas com tendências tetânicas ou a espasmos, ou que tenham perturbações respiratórias. 
Resulta fácil obter um estado de perda da consciência, mas de que serve uma hipnose profunda 
se a mesma não pode servir para explorar. Uma hipnose vai necessitar sempre o consentimento 
inconsciente da pessoa. O fato que o sujeito concorde com ser hipnotizado conscientemente, não 
significa necessariamente que seu inconsciente esteja aceitando. Ainda que o estado hipnótico 
dependa de sua competência, a exploração somente pode se fazer depoisde um acordo profundo 
do sujeito. 
 
PSICOIMAGINÁRIA 
 
Esta família é a menos perigosa, mas exige uma maior competência 
verbal do hipnólogo. O hipnólogo deve transferir um relaxamento progressivo do 
corpo, levando a uma perda de consciência, o conceito de descer uma escada. 
O fato de apresentar um movimento tem a vantagem de criar uma progressão no 
 
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sujeito, em seu próprio relaxamento. A perda da 
consciência está simbolizada pela chegada ao 
final da escada. A diminuição de luminosidade e de ruídos equivale à 
desaparição progressiva da consciência e a vigilância do sujeito. O que dá maior 
sucesso a esta sugestão é a capacidade visual do sujeito, muito variável, assim 
como a capacidade de evocação verbal ou imaginativa do hipnólogo. 
Se ao descer a escada, o sujeito bate em cada degrau com um dedo, a 
perda da consciência se vai detectar quando o dedo deixe de bater. Aqui se 
devem introduzir as sugestões de aprofundamento, que levam a prolongar este 
estado de transe. 
 
ESTRATEGIA FRASEOLOGIA 
Criar uma situação imaginária onde 
o desenvolvimento natural seja 
simétrico respeito aos estados 
fisiológicos pelo que deverá passar. 
“Feche os seus olhos, e comece a 
relaxar-se, imaginando que começa a 
descer uma escada com dez degraus, 
e em cada degrau você fica mais e 
mais relaxado, mais e mais...” 
Criar um signo-sinal que permita 
detectar a separação 
... Enquanto vai descendo cada 
degrau, a sensação de sono é mais 
profunda, e você irá indicar cada 
degrau levantando o seu dedo 
indicador, e quanto mais desce mais 
se aprofunda seu relaxamento. 
Aprofundar o estado criado ... Durma profundamente. 
 
Esta família é a mais difícil de dominar pelo hipnólogo. Exige força, autoridade, e uma grande 
fluidez verbal. Sua única contra indicação é que podem aparecer problemas psicológicos no 
sujeito: rejeição à autoridade, ou conflitos no relacionamento com os pais. 
Baseada na pura força da sugestão do hipnólogo pode fracassar na frente de mentes 
lógicas e rápidas. 
É muito delicado dominar este método, porque exige tomar decisões muito rápidas 
ante aos desafios imprevisíveis. Se não está dando certo, que fazer, anular ou insistir? O sucesso 
depende diretamente de sua convicção. 
 
 
 
" 
PSICOCONFLITIVA: 
 
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ESTRATEGIA FRASEOLOGIA 
Criar uma situação com duas 
situações possíveis. 
 “Segure firmemente a caneta entre 
seus dedos, e veja, e imagine e sinta 
como seus dedos ficam colados na 
caneta”... 
Lançar o desafio 
... Tão firmemente colados que 
quando eu contar até três você não 
consegue soltar, quanto mais tente, 
mais colados ficam os dedos: 
um...dois... Três, não solta!”“. 
Negociar a saída do conflito 
(se a mão se abre, impeça que o sujeito 
recupere o controle) 
“Quando contar novamente até três, a 
caneta se solta: um”... dois... três 
...solte! 
 
Pode substituir a caneta colada, por não poder levantar-se, boca fechada, proibição de 
abrir os olhos, etc. 
Quando o desafio é lançado, se faz saber a parte vigilante do cérebro que o 
resto não está sob o seu controle. O sujeito agredido parece refugiar-se num desmaio para fugir. 
 
PASSE MAGNETICO: 
A única maneira de recorrer a esta família é empregando o imaginário. Coloque sua 
mão a três centímetros do plexo solar do sujeito; e imagine que um rio luminoso de energia flui 
lentamente de sua mão até o plexo e aguarde. Pode incrementar falando ao paciente de que 
quando sentir um calor, a energia fluindo vai a sentir sono. 
M.O.R.I.: 
Monoideísmo orientado a uma relação inconsciente – uso de telepatia. O MORI está 
baseado na sua concentração, força, autoconfiança e perseverança. 
QUIMICA, NATUROPATICA E ELETRICA: 
Seu uso fica rigorosamente reservado. Anestésicos, narcóticos, aparelhos como o 
"megabrain". 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLIVALENTE: 
Usar várias técnicas juntas. 
Queda Para Frente: 
Aproximar-se, fixando pedindo para a pessoa olhar em seus olhos. Você deve fixar o 
olhar no centro da testa da pessoa (terceiro olho), enquanto com as mãos apoiadas nos ombros da 
pessoa sugere que existe um imã que a atrai. Com o olhar fixo, começa a se afastar da pessoa 
lentamente, de forma que a tendência da pessoa é manter a distância ela começa a pender para 
frente. Ampliam-se então as sugestões de forma que a pessoa acredite que o que a puxa é uma 
força magnética. A zona de fragilidade é quando a pessoa perde totalmente o equilíbrio, neste 
momento ordena-se o transe. 
Queda Para Trás: 
Sugere-se a mesma força magnética de atração, porém neste caso o que atrai a pessoa 
para trás é uma leve pressão com as mãos para frente e o calor das mãos. Pode-se esfregar as 
mãos de forma que o calor aumente. A zona de fragilidade é quando a pessoa perde totalmente o 
equilíbrio, neste momento ordena-se o transe. 
Barquinho: 
Pede-se para que a pessoa junte bem os pés e feche os olhos, apoia-se os ombros para 
que a pessoa se sinta segura e não balance ainda. Pede-se para que a pessoa imagine estar dentro 
de um barco, sentindo o balanço das ondas, a medida que a pessoa vai perdendo o equilíbrio, 
retira-se as mãos dos ombros, sugerindo que o barco balança cada vez mais. A zona de 
fragilidade é quando a pessoa perde totalmente o equilíbrio, neste momento ordena-se o transe. 
21. RELAXAMENTO PROGRESSIVO - Dr. Edmund Jacobson 
O Dr. Jacobson nega fenômenos estranhos: como se separar do corpo. A experiência 
demonstra que nas primeiras sessões e alcançando um grau profundo, ocorrem sensações 
estranhas que Jacobson considera prejudiciais. Assim devem ser, pessoas que as tenham 
produzido e não suspenderam os exercícios, tem estados de angústia ou ansiedade oposto ao que 
deseja o método. 
POSIÇÃO: SENTADO OU DEITADO 
1. Feche os olhos e sinta que vai embora mentalmente. 
2. Estique ambos os braços e feche fortemente as mãos. Sinta a tensão e aumente a 
mesma... Relaxe!! 
Continue: 
3. Pernas e pés 
4. Abdômen, ventre, nádegas e genitais 
5. Costas 
6. Pescoço (é o mais difícil) 
 
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7. Tórax (pulmões) 
8. Respiração livre, não forçada 
9. Mandíbulas (morder forte. . . relaxar e abrir) 
10. Lábios e boca (contrair em forma de "U") 
11. Pálpebras 
12. Testa e couro cabeludo. 
VANTAGENS: 
Evita tensão. Deixa com mais reservas energéticas Dá mais tranquilidade e confiança 
Ajuda a conciliar o sono. Cura pequenas fobias e tiques. 
DEVE-SE EVITAR: Tomar banho antes 
INTENÇÃO: Relaxar seus músculos, não sua mente. Desenvolver uma consciência 
diferenciada de Tensão – Relaxamento. 
22. RELAXAMENTO DE SCHULTZ - TREINAMENTO AUTÓGENO 
 
POSIÇÃO 
1. Posição de cocheiro, ou 
comodamente. 
2. Olhos fechados. 
SENSAÇÃO DE PESO 
3. Braço Direito: "PESAADDOOO" 
(localizar a sensação de peso tocando 
o local) 
4. Continuar com todas as partes do 
corpo: "PESAADOOO" 
(braço esquerdo, pernas direita e 
esquerda, peito, mãos, pescoço, etc.) 
5. Afirmar mentalmente: "Eu estou 
completamente tranquilo" 
SENSAÇÃO DE CALOR 
6. O braço direito está quente. 7. 
Continuar com todas as partes do 
corpo quente. (igual a 4: todo quente) 
HARMONIA CARDÍACA 8. "Meu coração bate ritmicamente e forte" (levar a mão no peito) 
HARMONIA RESPIRATÓRIA 
9. A minha respiração é tranquila e 
uniforme, e meus pulmões são como 
um fole. 
10. Relaxar o plexo solar aumentando 
e distribuindo a sensação de calor por 
todo o corpo (vasodilatação) 
11. "Minha testa está fresca e lisa" 
(somente poucos segundos, 
Vasoconstrição) 
 
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EVITAR: 
Fazê-loem digestão. Não dedicar muito tempo (ideal de 15 a 30 min.). Pular os 
exercícios deve-se que seguir a ordem. 
VANTAGENS: 
Relaxa e restabelece o bem estar. 15 minutos deste exercício = 2 horas de sono. 
Diminui a tensão e aumenta a concentração. Mantém a mente alerta e observadora em todo 
momento, e aumenta o rendimento. 
LEMBRAR SEMPRE: 
Repetir todas as autossugestões vagarosamente e com muita intensidade: fixando-as 
na sua mente. Quando seja possível, combine as sugestões com imagens vividas. 
 
23. LEGISLAÇÃO E HIPNOSE 
 
O texto abaixo foi retirado na integra do site do SINTE 
http://www.sinte.com.br/faq/index.php?action=artikel&cat=8&id=50&artlang=pt-br&highlight=hipnose 
“Hipnose 
ESCLARECEMOS: 
Com referência a legislação comumente citada por nossos filiados como forma de defesa do uso 
da Hipnose, na verdade, sob o ponto de vista estritamente jurídico, em nada auxiliam, pelo 
contrário, algumas vezes até depõem contra. A seguir, transcrevemos os trechos mais 
significativos, com breves comentários: 
 
DECRETO - 051009 de 22/07/1961 
SITUAÇÃO: REVOGADA 
ORIGEM: PODER EXECUTIVO 
FONTE: 
PUBLICAÇÃO DOFC 22 07 1961 PÁG 006542 COL 3 Diário Oficial da União 
RETIFICAÇÃO DOFC 24 07 1961 PÁG 006667 COL 3 Diário Oficial da União 
EMENTA: 
PROÍBE ESPETÁCULOS OU Números ISOLADOS DE HIPNOTISMO E LETARGIA, DE 
QUALQUER TIPO OU FORMA, EM CLUBES, Auditórios, PALCOS OU Estúdios DE 
RÁDIO E DE TELEVISÃO, E DA OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 
INDEXAÇÃO: 
PROIBIÇÃO, EXPLORAÇÃO, ESPETÁCULO, HIPNOTISMO, Auditório, INSTITUIÇÃO 
RECREATIVA, RÁDIO, TELEVISÃO. 
Comentário nosso: este Decreto, que proibia o uso da Hipnose em espetáculos, era desfavorável 
à nossa causa, mas isto agora é irrelevante, por ter sido REVOGADO, ou seja, não está mais em 
vigor. 
 
LEI 5.081 DE 24/08/1966 - DOU DE 26/08/1966 
Regula o Exercício da Odontologia. ART.6 - Compete ao cirurgião-dentista: 
I - praticar todos os atos pertinentes à Odontologia, decorrentes de conhecimentos adquiridos em 
curso regular ou em cursos de pós-graduação; 
II - prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em 
 
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Odontologia; 
III - atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros, inclusive, para 
justificação de faltas ao emprego; 
* Inciso III com redação dada pela Lei número 6.215 de 30/06/1975. 
IV - proceder à perícia odontóloga em foro civil, criminal, trabalhista e em sede administrativa; 
V - aplicar anestesia local e troncular; 
VI - empregar a analgesia e hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando 
constituírem meios eficazes para o tratamento. 
VII - manter, anexo ao consultório, laboratório de prótese, aparelhagem e instalação adequadas 
para pesquisas e análises clínicas, relacionadas com os casos específicos de sua especialidade, 
bem como aparelhos de Raios X, para diagnóstico, e aparelhagem de fisioterapia; 
VIII - prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam 
a vida e a saúde do paciente; 
IX - utilizar, no exercício da função de perito-odontólogo, em casos de necropsia, as vias de 
acesso do pescoço e da cabeça. 
Comentário nosso: Esta Lei autoriza ao odontólogo o uso da Hipnose em analgesia, desde que 
devidamente habilitado, sem entretanto, definir qual seria esta "habilitação". Em suma: em nada 
auxilia e em nada atrapalha o exercício profissional da Hipnose pelos Terapeutas Holísticos. 
 
LEI 4119 DE 27/08/1962 
DOU 05/09/1962 
Dispõe sobre os Cursos de Formação em Psicologia e Regulamenta a Profissão de Psicólogo. 
CAPÍTULO I – Dos Cursos 
ART. 1 – A formação em psicologia far-se-á nas Faculdades de Filosofia, em cursos de 
bacharelado, licenciado e Psicólogo. 
ART. 4 (vetado). 
Comentário nosso: esta Lei tem sido comumente citada por nossos filiados, em especial o seu 
artigo 4, mas, na verdade, este ARTIGO foi VETADO em todos os seus itens, ou seja é 
irrelevante e até mesmo, inconveniente, fazer referência a um texto legal que foi descartado. Em 
suma: em nada auxilia e em nada atrapalha o exercício profissional da Hipnose pelos Terapeutas 
Holísticos. 
 
De forma resumida, podemos afirmar, categoricamente, que inexistem 
quaisquer textos legais que proíbam a Hipnose, ou que monopolizem seu uso para uma só 
profissão, ou seja, a HIPNOSE é DE USO LEGAL E LIVRE EM QUALQUER 
PROFISSÃO”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICAS HIPNÓTICAS 
E APLICAÇÕES 
Parte II - Aplicações 
 
 
 
 
 
 
 
2012
 
 
ÍNDICE 
 
 
1. Breve histórico e considerações das terapias; 
2. Hipnose Clássica x Ericksoniana, PNL e Condicionativa; 
3. A importância da ancoragem; 
4. Introdução à Regressão e relembrança; 
5. Introdução Terapia de vidas passadas; 
6. Terapias de Vidas Futuras; 
7. Aspectos e riscos de aplicação; 
8. Duração e quantidade de sessões; 
9. Aplicação em outras terapias. 
 
 
 
 
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1. HISTÓRICO E CONSIDERAÇÕES DAS TERAPIAS 
 
As terapias tiveram início desde a origem de nossa espécie. Por palavra terapia, entenda-
se o desejo que um ser humano possui de auxiliar um outro ser vivo, sendo que este não 
necessariamente deva ser humano. Esta ajuda pode ser feita das mais diversas formas, desde um 
aconselhamento ou conversa até o emprego de medicamentos e processos médicos complexos. 
Desta necessidade de ajuda e compreensão do ser humano foram iniciadas as mais diversas áreas 
das ciências, incluindo as sociais e humanas. A psicologia veio através dos tempos ganhando seu 
espaço como ciência. A parapsicologia, pelo fato de extrapolar os perímetros da psicologia, já é 
reconhecida academicamente em vários países e no Brasil, em um ponto de vista, logo deverá dar o 
devido mérito a esta grande ciência, graças ao auxilio da física quântica. 
O que vivenciamos então ao longo dos tempos é que sempre existiu uma forma de 
terapia, a diferença consistia, e continuará sendo assim, na forma de aplicação e ao nome dado. 
Levando este conceito para o nosso estudo e relacionando o processo de hipnose às 
terapias, gostaria de enfatizar que a hipnose por si só não é uma terapia, mas sim um meio 
facilitador de se ampliar o resultado de uma terapia, incluindo-se aqui o aconselhamento e a 
conversa. 
Cabe, pois, nós através de nossas habilidades e competências aplicarmos este 
instrumento de acordo com os nossos objetivos. 
Exemplificaremos, portanto algumas possibilidades de aplicação da forma com que 
alguns terapeutas utilizam, mas o importante é entender que as possibilidades são infinitas. 
 
2. HIPNOSE CLÁSSICA x ERICKSONIANA x PNL x CONDICIONATIVA x PNL 
 
A hipnose científica possui três linhas de atuação: 
 
Clássica – Ericksoniana e Condicionativa. 
 
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 Hipnose Clássica - distingue-se das demais pela forma de indução, normalmente utiliza-se 
de linguagem autoritária (paternal), ordens diretas, demonstração de poder. 
Hipnose Ericksoniana - Em 1927 o médico americano Milton Erickson revela ao mundo 
sua descoberta: por meio de metáforas e sugestões é possível tratar além dos traumas, inúmeras 
outras doenças e problemas comportamentais, ampliando o campo de atuação da hipnose cientifica, 
com a diminuição do tempo de tratamento, com relação à hipnose clássica, sem necessidade de 
investigação. 
A Hipnose Condicionativa (Registro de Propriedade Intelectual - Direitos Autorais - IGAC-
MC: 4396/2006 para 163 países, entre eles o Brasil), descoberta na década de 80 pelo 
psicoterapeuta brasileiro Luiz Carlos Crozera... onde emprega o bloqueio direto do emocional 
negativo, sem necessidade de investigar avida de uma pessoa (rastreando a memória do momento 
presente até o período de gestação). Esta técnica possibilita tratar todos os tipos de medos, 
traumas, fobias, síndromes e abalos emocionais; para cada ano de vida são gastos 45 segundos, 
durante o processo de bloqueio do emocional negativo. Na Hipnose Condicionativa não são 
trabalhadas sugestões, nem metáforas, comumente usadas nas técnicas da hipnose ericksoniana. 
Emprega-se mecanismo de condições diretas para a mente humana, na forma de ordem e 
comandos. 
Na HC o paciente fica passivo, não fala com o terapeuta durante a sessão, esta linha da 
hipnologia também adota mecanismos com gatilhos condicionados aos sentidos de percepção e 
comportamento, voltados ao meio e ao metabolismo que são implantados na mente do paciente, 
esta técnica também emprega terapia de energização, projeção/progressão mental, resignificação, 
ativação do relógio biológico, entre outras. Abrevia o resultado terapêutico em qualquer patologia, 
elevando a autoestima (fator primordial para imunologia orgânica), equilibra o centro emocional, 
reduz a ansiedade em situações adversas (fator que desencadeia o estresse, a depressão, 
hipertensão, insônia, diabete emocional, desestabilização metabólica do organismo, descontrole do 
centro emocional, lapsos de memória, entro outros).Texto extraído de 
Http://sites.google.com/site/hipnocondicionativa/a-tecnica. Maiores informações em www.institutohipnologia.com.br 
(em desenvolvimento). Com autorização do autor. 
 A Programação Neurolinguística (PNL) nasceu através da observação de vários 
terapeutas, foi necessário que um linguista, John Grinder, e um programador e matemático 
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chamado Richard Bandler, mapeassem a linguagem e entendessem a lógica desta. Foram então os 
dois que deram o início aos estudos relacionados à programação NeuroLinguística. Uma das fontes 
mais importante destes estudos foi justamente Milton Erickson. O objetivo destes dois 
“pesquisadores” era exatamente entender como os terapeutas mais bem sucedidos conseguiam obter 
melhores resultados em menor espaço de tempo que os terapeutas convencionais. Através deste 
mapeamento conseguiu-se entender melhor o funcionamento do cérebro e assim possibilitar a 
repetição do mesmo processo a várias pessoas, relacionando a aplicação de conceitos de percepção 
relacionada aos cinco sentidos; diferenciando assim cada pessoa a nível comportamental. A 
utilização de metáfora e mapas mentais são recursos e ferramentas muito utilizadas na PNL para 
atingir o subconsciente através de mensagem subliminar. 
 
3. ANCORAGEM 
 
A ancoragem é um processo que sempre foi utilizado em todos os processos que 
procuram utilizar os estados alterados de consciência. Existem várias definições e várias aplicações 
da ancoragem em diferentes processos, o que procuraremos demonstrar aqui é o seu princípio 
dentro da nossa aplicação. 
Quando estamos em um estado ampliado de consciência às emoções tornam-se mais 
fortes, tanto as que nos fazem relembrar bons momentos como aquelas que nos deixaram marcas. 
Estas últimas, principalmente, aparecem com maior frequência pelo fato natural de se estarem 
procurando explicações para certas angustias. Normalmente quando a pessoa chega a situações de 
estresse, podem acontecer reações emocionais que causem além de insegurança e medo a própria 
quebra deste estado. Para que a pessoa sinta-se mais segura e para que possamos levá-la 
rapidamente em um local imaginário onde a pessoa se sinta tranquila e protegida “criamos” um 
cenário de acordo com as características de cada pessoa. Normalmente se “cria” um jardim, uma 
praia, um local no campo, etc... De acordo com a preferência da pessoa, que deverá ser identificada 
logo no início da consulta. Odores, cores, sons, animais, flores, tudo é importante quando criamos 
este cenário que deve ficar inserido no subconsciente do cliente trazendo fortes sensações de paz e 
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tranquilidade. Lembre-se que cada pessoa possui um sentido mais aguçado que outro, cabe a nós 
identificarmos isto no decorrer da consulta. 
O momento de se inserir a “âncora” é preferencialmente logo após um relaxamento 
profundo ou do aprofundamento do transe, utilizando-se, por exemplo, o processo da escada. Deixa-
se então claro à pessoa que este é o seu refugio particular, que ela própria criou, e que tem a 
liberdade de voltar a ele a qualquer momento em que sentir necessidade, seja por cansaço seja por 
stress. Ela deve sentir confiança que esta sob o controle caso haja algum desconforto. Isto é 
essencial para que haja entrega. 
 
4. REGRESSÃO E RELEMBRANÇA 
 
Para iniciarmos este assunto temos que primeiramente esclarecermos alguns paradigmas. 
Muitas pessoas vêm na regressão alguns riscos que precisam ser comentados, o primeiro é que a 
pessoa pode continuar naquele estado ou “tempo” que está sendo vivenciado no transe; temos que 
dizer que ninguém vai a lugar algum em tempo nenhum que não seja o mesmo que está passando 
junto com o terapeuta, ou seja, O AGORA. A regressão permite o acesso a memórias que estão 
armazenadas em uma região do cérebro que em estado de vigília é de difícil acesso. O que o 
processo permite é de nos lembrar de situações mais antigas que hoje não conseguimos acessar. O 
que se discute e que se precisa tomar muito cuidado, é que nossa mente nem sempre nos traz uma 
memória verdadeira, muitas vezes esta memória vem da interpretação do fato quando tínhamos 
determinada idade. Por exemplo: um velho de barba, mal encarado poderia nos representar um 
monstro. Portanto o que importa neste processo não são tanto as imagens e os fatos, mas sim como 
as pessoas SENTIAM o que estava acontecendo. É este sentimento que permite a pessoa resgatar e 
se encontrar, percebendo com a mente de hoje que aquele velho maltrapilho não era um monstro. 
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A diferença básica entre regressão e relembrança consiste no fato de que na regressão a 
pessoa passa a realmente viver as emoções com as reações de como se estivesse com determinada 
idade; por exemplo: falar, escrever, andar como criança. Segundo alguns autores é a pessoa adulta 
se comportando como criança. Na relembrança a pessoa continua com o seu comportamento atual, 
porém sentido as emoções e relembrando as suas vivências, porém sem agir como tal. 
Particularmente utilizo mais a segunda metodologia, pois permite à pessoa intervir em suas próprias 
lembranças. A dissociação também se torna mais simples, caso seja necessária. 
 
5. TERAPIA DE VIDAS PASSADAS 
 
Entramos agora em um assunto muito discutível, a dúvida e crenças em vidas passadas. 
Antes seria bom que colocarmos algumas destas duvidas em discussão. O primeiro ponto de 
qualquer terapia e até relacionamento é o respeito pelas crenças e opinião das outras pessoas. Tendo 
em vista que “cientificamente” não se conseguiu “convencer” todas as pessoas que existem vidas 
passadas e futuras, temos que ter a consciência que estaremos trabalhando com as crenças pessoais. 
O importante, em meu ponto de vista, é que sempre falemos às pessoas que não importa se a 
experiência é verdadeira ou não, novamente digo que o importante é a MENSAGEM que a pessoa 
está recebendo. Muitas pessoas que por crenças religiosas quando se percebem em outras vidas 
procuram criar um novo conflito interno tentando se afastar da possível ideia. O nosso papel neste 
processo é de procurarmos dar a oportunidade das pessoas poderem entrar num estado diferenciado 
de consciência acessando novas realidades que para elas antes não eram possíveis. Não nos cabe 
convencer ou fazer que as pessoas tenham ou acreditem em nossas crenças, precisamos ser isentos 
deste pensamento. 
Em minha opinião alguns conselhos são pertinentes,quando nascemos criamos um véu 
que nos impede de certa forma esquecer a existência de outras vidas, se é que existem conforme 
descrevi acima. Partindo deste princípio, tenho em mente que algo Divino faz com que isto 
aconteça, portanto é de natureza Divina que não nos recordemos de alguns fatos. Esta natureza 
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Divina deve ser respeitada. Brincadeira e curiosidades sem os devidos fins terapêuticos ou de 
pesquisa perdem o sentido e por isto devem ser evitados. Temos que ter em mente que a pessoa em 
estado alterado de consciência pode ser influenciada pelo terapeuta mesmo sem que este perceba, 
por isto todo cuidado é pouco. Devemos ser indiretos nas perguntas evitando que a pessoa se utilize 
delas, sendo assim influenciada. Com exceção das programações mentais, nós devemos ser 
indiretos para que o cliente possa expressar seus sentimentos e ideias com o mínimo de influência. 
Entre vários autores acho importante mencionar um em especial, Dr. Brian Weiss. Em 
seus diversos livros ele procura de forma didática a aplicação prática desta terapia que para muitos 
céticos traduz-se em pura enganação. Para aquele que se interessa a conhecer e a utilizar este 
processo aconselho esta leitura. No último Seminário Internacional de Terapia de Vidas Passadas 
realizado em São Paulo em 30 e 31 de agosto de 2008 e que contou com a participação de nomes 
renomados como Hans Tendam, Roger Woogler, Carol Bowman, Milton Menezes entre outros; 
verificou-se a nível internacional a aplicação desta terapia relacionada a problemas espirituais de 
vidas anteriores e evidências científicas através das últimas pesquisas realizadas. A importância da 
Psicologia Transpessoal para o entendimento e aplicação deste processo também foi evidenciada 
como complementar. 
 
 
6. ASPECTOS E RISCOS DE APLICAÇÃO 
 
O processo hipnótico é em si simples e não perigoso, porém alguns cuidados devem ser 
levados em consideração; não devido ao processo em si mais o que ele desencadeia. O processo que 
estamos estudando visa levar a pessoa a um estado tal que a mesma possa sentir as emoções com a 
mesma intensidade que teve quando do fato ocorrido. Sendo assim, se um dia ela foi assaltada o 
sentimento será exatamente o mesmo, o desespero, o medo, a raiva, todos no mesmo grau de 
intensidade ou até mais forte. Esta forte emoção pode em decorrência de problemas cardíacos ou de 
outras origens desencadear um enfarte por exemplo. Até um simples susto poderia trazer o mesmo 
resultado. 
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No caso de depressões profundas, com incidentes ou mesmo ideia suicídio, deve-se 
tomar muito cuidado e até evitar a sua aplicação sem que haja um bom conhecimento do processo. 
No caso da depressão a pessoa normalmente se sente fraca emocionalmente, tem ideias às vezes de 
suicídio, falta-lhe coragem para agir. Mesmo os antidepressivos podem levar a pessoa a se sentir 
com a coragem necessária para cometer o suicídio. 
Em casos de desvios de personalidade, psicoses e similares os resultados de hipnose por 
pessoas sem o devido conhecimento (psicólogos / psiquiatras) não demonstrou resultados efetivos 
isto porque este tipo de pessoa consegue facilmente manipular situações a seu favor fazendo com 
que pessoas sem este conhecimento sejam enganadas. O mais aconselhável é que este tipo de cliente 
seja atendido por especialistas. 
Outro fator importante é a questão de alcoolismo e dependências químicas, incluindo o 
fumo. Não podemos esquecer que toda a dependência química, como o nome já diz, necessita de 
uma desintoxicação e um tratamento utilizando medicação, sendo assim e de extrema importância 
que todo o processo seja desenvolvido ou acompanhado por um profissional da área de saúde que 
possa com sua especialidade indicar qual o melhor tratamento para cada pessoa com o devido 
acompanhamento. 
 
7. DURAÇÃO E QUANTIDADE DE SESSÕES 
 
Esta é uma questão muito comum e logo no primeiro contato vem a pergunta: quantas 
sessões são necessárias? É difícil precisar pois depende do assunto a ser abordado, de sua 
profundidade e o mais importante, de como a pessoa vai reagir às sessões. Falta ou excesso de 
colaboração pode prejudicar o andamento do trabalho. Crenças e tensões não resolvidas quando do 
rapport também, enfim nada é igual para todas as pessoas. Cada pessoa, independente de ter 
aparentemente o mesmo problema de outra, reagirá de forma diferente. Normalmente necessita-se 
de 1 a 4 sessões tendo uma média de 2 a 3 sessões, porém não se pode afirmar com certeza logo no 
primeiro contato. O processo hipnótico tem como característica a necessidade de quantidades 
reduzidas de sessões e normalmente é isto que ocorre, mas não se pode generalizar. 
 
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8. APLICAÇÃO EM OUTRAS TERAPIAS 
 
O processo hipnótico em si não é uma terapia e sim um instrumento que pode ser 
utilizado em várias áreas como no relacionamento pessoal, melhora de autoestima, metodologias de 
treinamento, meditação (auto hipnose) e diversos outros. Vale lembrar que quando dominamos a 
técnica sem a obrigatoriedade de decorar etapas, frases, conceitos e métodos, conseguimos uma 
ampla aplicação. Quando nos encontramos com algum amigo e este está desesperado por algo, com 
uma simples conversa, sem que haja necessidade de se efetivar um transe formal, nós temos como 
dar um aconselhamento mais efetivo para que este se sinta melhor e possa assim sair da crise 
momentânea. Se nosso filho reage em certas coisas e podemos, com a mesma simples conversa, 
mostrar um cenário diferente a ele o resultado final será o desejado. Enfim você pode aplicar no seu 
dia a dia, no seu trabalho em seus relacionamentos sempre pensando que o fruto que colhemos 
dependerá da semente que plantarmos, portanto faça um uso positivo e terá bons frutos. 
 
9. APENDICÊ – EXERCÍCIOS PRÁTICOS 
 
• RELEMBRANÇA - REGRESSÃO 
• Toda relembrança é uma regressão. Alguns fatores neste processo são 
necessários lembrar. Procure utilizar o método dissociado, aquele em que o 
cliente se vê, como num filme, sonho, etc.; ao invés de associado. Quando a 
pessoa entra no processo associado à cena, deve-se conduzir o processo 
com calma pois as ab-reações podem ser muito fortes. Evite associar às 
pessoas à cena. Se a pessoa tiver uma ab-reação inesperada haja com calma 
e naturalidade, deixe que a pessoa siga seu caminho, mas sempre com a sua 
orientação. Anule os efeitos com mensagens positivas e contrárias à 
sensação. Ex.: se a pessoa estiver com muito frio: ... imagine que agora 
você começa a sentir um calor muito agradável... os raios do sol começam 
atingir o seu corpo... e isto lhe transmite um novo bem estar ... sentindo o 
seu corpo numa temperatura agradável. EVITE TOCAR NA PESSOA. 
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Este ato pode trazer sensações desagradáveis pois quebra o estado de uma 
maneira muito abrupta. 
• Processo: 
i) Inicie com a indução que for mais apropriada para cada caso; 
ii) Aprofunde com um relaxamento em seguida com a escada, contagem regressiva ou outra 
maneira; 
iii) Crie uma âncora – local de agrado do cliente. Este local servirá de abrigo para descanso 
ou em caso de desconforto. Deve-se dizer nesta fase, que a pessoa tem o total controle da 
situação e que em caso de mal-estar, cansaço ou qualquer outro motivo, poderá retornar 
sozinha a este ponto. 
iv) Crie agora uma condição que a pessoa associe com um retorno no tempo. Exemplos: 
Contagem Regressiva: Pessoa com 40 anos 
o Você tem agora 40 anos ... a cada numero que eu contar ... quando eu disser 
cada numero ... você irá se lembrar de um evento AGRADÁVEL naquele 
ano da sua vida. Vou começar com 40 e depois vou diminuindo ... 39... agora 
você permite-se sentir com 39 anos...permita-se lembrar de um fato 
agradável que ocorreu no ano passado .... 
o Este processo inicial pode ser seguido em intervalos menores no início e 
aumentando com a idade. Isto gera um fator de aprofundamento. O 
importante é irmos a idades importantes. 7, 14, 21, 28... sempre com intervalo 
de 7 anos, pois nestas fases da vida é que geralmente ocorrem fatos 
importantes em nossas vidas. Após relembrar fatos positivos você já pode ir 
ao ponto que precisa ajudar a pessoa. Procure sugerir que o subconsciente da 
pessoa “viaje” até o momento em que precisa entender. Geralmente a pessoa 
vai para este momento sem a necessidade de se induzi-la. Caso ele não 
consiga chegar a este momento, leve-a como nas lembranças positiva, por 
cada momento não muito feliz de sua vida. Evite falar de momentos 
negativos. 
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• Após a ancoragem, induzir a pessoa a visualizar se numa roda de espelhos. Imagine agora 
que você está envolta por espelhos, espelhos com lindas molduras... estes espelhos começam 
a girar lentamente e você percebe que existem imagens nele... são imagens de um passado 
que pode ser recente ou remoto... o importante é que estas cenas refletem algo seu... que 
podem fazer a diferença para você após se lembrar dele ... Os espelhos passam por você e o 
atraem... atraem cada vez mais... existe um deles que te atrai mais... sinta... sinta como você 
é atraído por ele. Quando identificar este espelho... permita-se ser atraído por ele...entre nele 
... sinta ... ouça ... permita-se integrar com a cena ... (aqui começa o diálogo com o cliente) 
diga o que esta vendo ... o que está sentido ... (deixar o tempo necessário para que o cliente 
se expresse, neste estado as respostas tendem a ser lentas). Explore o ambiente e as reações, 
procure anotar para após a regressão conversar com a pessoa. 
Existem várias formas de se obter o mesmo resultado, o importante é que você entenda 
o processo, se entender poderá e deverá criar o seu próprio método. Para que a pessoa retorne usa-se 
o mesmo processo utilizado para a hipnose sem regressão. Volta-se à pessoa para o local preferido. 
Sugere-se que ela está “recarregando as baterias” ... se sentido cada vez melhor ... energizada. Faz-
se a contagem progressiva conforme conveniência (1 a 5); enfatizando que a cada contagem a 
pessoa se sente mais acordada, mais disposta e melhor. Após a pessoa estar em estado de vigília 
deve-se conversar com a pessoa por pelo menos 10 minutos com o intuito de reforçar o 
entendimento do processo e de deixar a pessoa se recuperar o seu estado normal de vigília. 
Para a regressão utiliza-se o mesmo processo porém a associação é mais imperativa 
sugerindo-se que a pessoa sinta e tenha as mesmas reações de acordo com a época. Quando por 
qualquer motivo a pessoa não consegue se situar ou chegar ao problema específico, o mais indicado 
é fazer uma regressão ou relembrança indo idade por idade, até o momento intrauterino e 
fecundação. O ato de geração é muito importante e pode ser a chave dos acontecimentos. 
 
• TERAPIA DE VIDAS PASSADAS 
 
A terapia de vidas passadas nada mais é do que uma relembrança ou regressão há um 
tempo a nossa vida atual. Cabe lembrar que até os dias de hoje a ciência ainda não confirma a 
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existência de vidas passadas. Todos os terapeutas que utilizam esta técnica apoiam-se nos 
resultados. É fato que nossa mente e imaginação tem o poder de criar imagens, quer para a vida 
atual, como para vidas passadas e até prováveis vidas futuras, porém nosso subconsciente é 
ávido em nos dar pistas e informações que possam nos ajudar a achar o nosso caminho, sendo 
assim, não importa se as imagens ou memórias são reais, o que realmente importa é a mensagem 
que elas nos trazem. Deve-se dizer isto claramente aos clientes. Existem casos de pessoas que 
não acreditam em vidas passadas e acabam naturalmente e sem indução a visualizar-se em tal 
situação. Devemos respeitar a crença de cada cliente e o que falamos acima reforça a 
necessidade de esclarecermos a possibilidade de que as visões representam mensagens, como 
em sonhos. 
O Processo em si é o mesmo utilizado na regressão, alguns autores induzem 
prováveis datas no passado, eu particularmente, acredito que tais induções não devem ser feitas. 
Penso que o fato de não nos lembrarmos de fatos de vidas passadas, caso elas existam, é um 
mistério Divino e, portanto deve ser respeitado. Percebi ao longo dos anos que o subconsciente 
seleciona, conforme nossas necessidades e a permissão divina, imagens de prováveis vidas 
passadas relacionadas aos problemas que precisamos atuar. Portanto se não encontrarmos a 
solução nesta vida podemos sugerir uma vida anterior e se houver tal necessidade e / ou 
permissão as imagens irão ocorrer. Brian Weiss é um dos grandes autores sobre este tema, 
sugiro que você se aprofunde nos estudos e procure criar um método que esteja em linha com o 
seu estilo de terapia. Abaixo descrevo um dos métodos que utilizo. 
• Indução seguida de relaxamento e aprofundamento. 
• Ancoramento; 
• Processo: ... agora que você se encontra em seu refugio... em seu lugar predileto ... 
você está em condições de ir mais além ... imagine ... pense ... permita-se ir a um 
tempo muito distante ... a partir deste momento você encontra-se num estado muito 
especial ... neste estado você pode romper as fronteiras do espaço e do tempo... 
consegue ir a lugares distantes e tempos remotamente distantes ... não existem 
fronteiras ... imagine e use toda a sua imaginação para isto ... imagine que você está 
rodeado por espelhos ... todos estes espelhos contem imagens de locais e tempos 
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muito distantes ... tempos muito distantes ... cada um destes espelhos te atrai de 
forma diferente ... como um imã ... um destes espelhos tem o poder de atrair mais 
você ... sinta ... observe ... quando isto acontecer permita que este espelho pare em 
sua frente ... diga o que esta vendo (inicia-se o dialogo com o cliente). Procure ter o 
máximo de detalhes, o tipo de roupa, calçado, sexo, idade, época, estado civil, 
conflitos, família etc... É uma experiência muito rica e aprendemos muitas vezes 
mais com ela do que o próprio cliente. 
 
• TERAPIA DE VIDAS FUTURAS 
 
“Colhemos o que plantamos”, baseado nesta frase é que se iniciou este tipo de 
terapia. Ela consiste em fazer uma visualização de uma ou várias vidas que podemos ter caso 
mantenhamos algum tipo de comportamento ou atitude que hoje possuímos. “Muitas Vidas, Uma 
Só Alma”, Brian Weiss, é um livro que recomendo para estudos, ele cita como começou este tipo de 
terapia além de vários casos muito interessantes. Ele costuma dizer que é recomendável que a 
pessoa visualize vidas passadas, para entender o que esta colhendo hoje e visualize vidas futuras 
para saber o que colherá, pois a colheita será o reflexo de como vive hoje. 
O processo é muito semelhante a todos os mencionados acima, sendo que se procura 
durante a regressão e a consulta inicial fatores importantes a serem trabalhados, após isto se projeta 
estas atitudes sugerindo ao cliente que visualiza as prováveis situações futuras. Faz-se também fazer 
projeções a prováveis vidas futuras, neste caso sugere-se ao cliente que o mesmo se veja num tempo 
que não seja mais possível relacionar com a vida atual, por exemplo, daqui a cem anos, duzentos 
anos, mil anos e assim por diante. Segundo o livro, existem muitas coincidências nas visualizações 
a respeito do futuro do planeta quando comparadas as experiências, vale a pena ler o livro e ver o 
quanto é rica a experiência e quanto nós podemos crescer com os relatos de outras pessoas. 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• BANDLER,

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