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Vigostki, L. S. (1994). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores

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Instituto São Boaventura – ISB
Bacharelado em Filosofia – Introdução à Psicologia
Ricardo Rodrigues Lima
O instrumento e o símbolo no desenvolvimento da criança
Por meio de experimentos entre crianças com animais e plantas os cientistas procuraram elucidar algumas dúvidas referentes ao comportamento humano. Com o objetivo de justificar suas teorias de que o desenvolvimento de características tipicamente humana é gerado pela ligação entre instrumentos e símbolos, o autor apresenta três questões fundamentais em seu texto O instrumento e o símbolo no desenvolvimento da criança.
O primeiro é referente à relação entre homem e ambiente; o segundo, às atividades que levaram o trabalho a se tornar um meio óbvio na relação do homem com a natureza e também, das consequências psicológicas que delas são resultantes; e por fim, à relação entre o desenvolvimento da linguagem e o uso de instrumentos.
O autor, ulteriormente, relata sobre duas bases sobre o desenvolvimento psicológico humano. Um é de Karl Stumpf, relacionado à botânica fazendo uma semelhança entre o desenvolvimento da criança, vinculando o processo psicológico à maturação. O outro, em contradição ao de Karl Stumpf sobre a base botânica, a psicologia moderna traz como base para o desenvolvimento à zoologia. Daí surge os experimentos com os chipanzés.
Em seguida, aparece a figura de K. Buhler que considerava, inicialmente, que “as manifestações de inteligência prática em crianças eram exatamente do mesmo tipo daquelas conhecidas em chipanzés” (pág. 27). Para Guillaume e Meyerson a tática utilizada pelos macacos antropoides para cumprir alguma tarefa eram semelhantes, e igualava as mesmas usadas por pessoas afásicas.
Para Kohler, era independente da atividade simbólica o uso de instrumentos entre macacos antropoides. Com seus experimentos, percebeu que o comportamento dos animais independe da fala ou de qualquer atividade utilizadora de signos. W. Stern acreditava que a maior descoberta da vida da criança era constituída por signos verbais. Já Piaget, não enfatiza as funções da comunicação, como também “não atribui papel importante à fala na organização da atividade infantil” (Pág. 32).
Anteriormente, era evidente a homogeneidade entre a criança e o chipanzé. Entretanto, as diferenças era explicitas entre ambos a partir do desenvolvimento da linguagem da criança.
Levina, através de experimentos feitos com crianças, observou que as mesmas se utilizavam de falas egocêntricas na tentativa de resolver algum problema que lhe era proposto.
Desta maneira, a criança se utiliza de fala egocêntrica para resolver dados problemas, lhe permitindo verificar as conclusões feitas através da organização e planejamento que ela faz passo a passo com sua fala. Nesse sentido, percebe-se que a utilização da fala é muito importante para as crianças pois “facilita e efetiva a manipulação de objetos” pelas mesmas.
Com isso, conclui-se que os chipanzés utilizam apenas seu meio visual para solucionar os problemas, já as crianças, se utilizam também da fala, para um possível planejamento e conclusão do problema.
A união entre o uso do instrumento e do símbolo é o que da característica ao comportamento humano. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Vigostki, L. S. (1994). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. [organizadores: Michel Cole e colaboradores]. Tradução José Cipolla Neto e colaboradores – 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes.

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