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Calcificações Patológicas Calcificação Patológica Calcificação heterotópica: deposição anormal de sais de cálcio e outros sais minerais heterotopicamente, ou seja, em locais onde não é comum a sua deposição. Tipos de calcificação heterotópica: distrófica, metastática e por calculose (ou litíase). Calcificação Distrófica “Incrustração de sais em tecidos previamente lesados, com processos regressivos ou necrose”. Afeta áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares ou estão necrosadas Ex: Paredes vasculares de indivíduos senis com aterosclerose, cujo processo se caracteriza por presença de necrose no endotélio vascular devido à deposição de placas de ateroma. Calcificação Distrófica • A pinça destaca uma placa de ateroma calcificada, que se desloca da túnica íntima (PI). Esse quadro caracteriza um estágio avançado de ateroesclerose Fatores associados a formação de calcificações distróficas: Formação exagerada ou a secreção aumentada de fostato de cálcio e carbonato de cálcio, responsáveis pela formação inicial dos núcleo de calcificação. Fosfatase alcalina: observada nos processos normais de calcificação. O aumento da sua liberação em tecidos lesados, facilita a formação de fosfato de cálcio. Fatores associados a formação de calcificações distróficas: Alcalinidade: nos tecidos necrosados, a alcalinidade está aumentada, provocando uma diminuição da solubilidade do carbonato de cálcio, que menos solúvel, precipita-se mais facilmente. Presença de proteínas extracelulares: algumas proteínas, como o colágeno, possuem afinidade pelos íons cálcio, principalmente nos processos normais de calcificação. Em tecidos necrosados, essas proteínas podem estar "descobertas", mais livres para associação com o cálcio, estimulando a deposição destes sobre essa matriz protéica. Pontos de calcificação (basofílicos) na camada íntima da aorta em um processo avançado de ateroesclerose. Esses pontos calcificados podem se desprender da parede do vaso e cair na circulação sangüínea sob a forma de trombos. Esse fenômeno constitui uma complicação da calcificação distrófica (HE, 200X). Calcificação distrófica (setas) na polpa dentária. Veja as diferenças morfológicas existentes entre as calcificações decorrentes de processos envolvendo lesões celulares e as calcificações encontradas naturalmente nos tecidos, como a dentina (D) (HE, 200X). TEORIA DA CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA NA ATEROSCLEROSE Necrose do tecido gorduroso (aterosclerose): os ácidos graxos, provenientes das células mortas se ligam ao cálcio, originando complexos insolúveis. Não sendo removidos, estes formariam carbonato de cálcio pela união com os ácidos fosfórico e carbônico presentes no sangue. A deposição constante do carbonato de cálcio originaria a calcificação patológica do local. CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA “Calcificação heterotópica provocada pelo aumento da calcemia em tecidos onde não exista necessariamente lesão prévia” A calcificação metastática não tem sua causa primária fundamentada nas alterações regressivas teciduais, mas sim em distúrbios dos níveis sanguíneos de cálcio, ou seja, da calcemia. CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA A calcificação metastática é originada de uma hipercalcemia. Essa situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos (comum em situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade, hiperparatireoidismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon. CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA O aumento dos níveis de cálcio desequilibra a relação desse íon e o fosfato, o que contribui para a combinação de ambos e para a sua posterior precipitação nos tecidos que entram em contato com essas altas concentrações calcêmicas. Ex: pulmão, vasos sanguíneos, fígado, rins e mucosa gástrica. CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA Causas: Aumento da secreção do paratormônio com consequente reabsorção óssea, devido ao hiperparatireoidismo (tumores da paratireóide); Destruição do tecido ósseo, decorrentes de tumores primários da medula óssea (leucemia e mieloma múltiplo) ou metástases esqueléticas difusas; Distúrbios relacionados à vitamina D; Insuficiência renal que causa a retenção de folatos levando ao hiperparatireoidismo secundário Origem nutricional ( de cálcio - PTH - reabsorção óssea - calcemia. Dura-máter exibindo calcificações (setas) em duas áreas na foice cerebral CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA CALCULOSE OU LITÍASE “Calcificação em estruturas tubulares diferentes de vasos sanguíneos” Formação de um núcleo calcificado de forma distrófica, que se desloca para a luz do ducto, onde cresce devido a sucessivas incrustrações ao redor de sua estrutura. A calculose pode levar à obstrução, à lesão ou à infecção de ductos, principalmente do pâncreas, das glândulas salivares, da próstata e dos tratos urinário e biliar (bexiga e vesícula biliar). CALCULOSE OU LITÍASE Cálculos renais. Observe as diferentes formas e tamanhos que pode assumir esse tipo de calcificação CALCULOSE OU LITÍASE Presença de calcificações distróficas em ducto (D) de parótida (A), supostamente derivados de um cálculo (setas) (HE, 100X). UROLITÍASE São depósitos organizados de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário. Homens são mais afetados que mulheres/predisposição familiar e hereditária. Determinantes: Concentração urinária aumentada dos constituintes dos cálculos de modo que exceda a solubilidade (supersaturação) e redução do volume urinário. Composição: a) oxalato de cálcio e fosfato de cálcio (hipercalcemia e hipertireodismo); b) fosfato triplo, e fosfato de amônia (infecções por proteus, estafilococos, etc.); c) ácido úrico (hiperuricemia e quimioterapia); d) cistina (medicamentos);e)Estruvita (infecções urinárias). UROLITÍASE Tratamento do cálculo renal Litotripsia de onda de choque - um método não invasivo que utiliza energia para quebrar a pedra; Litotripsia Percutânea - a energia é aplicada diretamente sobre a pedra através de um endoscópio que é inserido no rim; Cirurgia tradicional com incisão ou Laparoscopia. Urolitíase COLELITÍASE Cálculos na vesícula biliar (90% são de colesterol- restante de bilirrubina). Fatores de risco: Fatores ambientais: idade (senilidade, síndrome metabólica e obesidade); sexo (influência estrogênica, contraceptivos e gravidez) ; Distúrbios adquiridos: estase da vesícula biliar; Fatores hereditários. COLELITÍASE Patogenia: O colesterol é solubilizado na bile pela agregação dos sais biliares hidrossolúveis e lecitinas insolúveis em água, que atuam com detergentes. Quando a concentração do colesterol excede a capacidade de solubilização da bile (supersaturação), o colesterol já não permanece disperso e é nucleado em cristais monoidratados de colesterol sólido. Condições: (1) A bile deve ser supersaturada com colesterol; (2) A hipomotilidade da vesicula biliar promove a nucleação; (3) A nucleação de colesterol à bile é acelerada; (4) A hipersecreção de muco na vesicula biliar aprisiona os cristais nucleadas levando à sua agregação em cálculos. COLELITÍASE COLESTASE Diminuição ou interrupção no fluxo da bile(obstrução entre hepatócitos e duodeno) Embora a bile já não possa fluir, o fígado continuara produzindo bilirrubina, que será desviada para o sangue Assim, a bilirrubina será depositada na pele e urina. Sintomas: acólia, colúria, prúrido e esteatorréia. Classificação: Origem interna: hepatites, doenças hepáticas produzidas pelo álcool, cirrose, efeito de medicamentos e hormônios durante a gravidez; Origem externa: cálculo no canal biliar (estenose biliar) e inflamação do pâncreas. Colangiocarcinoma (Tumor de Klatskin) COLESTASE
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