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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Engenharia de Minas Geologia de Engenharia I Mineralogia - Estudo dos Minerais Prof. Rodrigo Peroni Abril 2003 Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni 1. MINERALOGIA - ESTUDO DOS MINERAIS Mineral: é uma substância sólida de ocorrência natural na forma elementar ou de composição química inorgânica definida e estrutura atômica característica. A mineralogia é o ramo da ciência geológica que estuda os diversos tipos minerais e suas propriedades, as quais são det erminadas por características físicas (dureza, clivagem, traço, etc), óticas (brilho, cor) e químicas (composição). Os minerais se formam por cristalização, a partir dos líquidos magmáticos ou soluções termais, pela recristalização em estado sólido ou ainda como produto de reações químicas entre sólidos e líquidos. A composição química e as propriedades cristalográficas bem definidas do mineral fazem com que ele seja único dentro do reino mineral, recebendo um nome característico. Cada tipo de mineral constitui uma espécie mineral. 2. MINERALOGIA - CONCEITOS E DEFINIÇÕES Minerais constituem fases sólidas e são formados por átomos localizados sistematicamente e organizados tridimensionalmente. Características importantes: Composição Química e Estrutura Cristalina. Estrutura cristalina: é o arranjo atômico de um mineral. Substâncias cristalinas: todas as substâncias químicas que possuem estrutura atômica ordenada e regular. Substância amorfa: substância que não possui estrutura atômica ordenada e regular também chamado de mineralóide (ex. vidro vulcânico, âmbar, carvão, opala…). Alguns poucos minerais têm uma composição química muito simples dada por átomos de um mesmo elemento químico (carbono – diamante e grafite,enxofre-enxofre, ouro-ouro,cobre-cobre) também chamados de elementos nativos. Porém em sua grande maioria os minerais são formados por compostos químicos que resultam da associação de diferentes elementos químicos. Quanto à definição de cristalizado, significa que o mineral possui um arranjo atômico interno tridimensional. Cristal é um mineral que ocorre na forma de poliedro limitado por faces planas. Devido a ação de forças inter-atômicas, possui uma ordenação estrutural de seus elementos e, por isso, manifesta uma forma poliédrica. Cristalografia é a ciência que estuda os cristais. Sempre que a cristalização se der em condições geológicas ideais, a estrutura atômica de um mineral se apresenta com uma forma geométrica externa, com o aparecimento de faces arestas e vértices naturais. Nessa situação a amostra do mineral será chamada também de cristal. Os átomos constituintes de um mineral encontram-se portanto, distribuídos ordenadamente, formando uma rede tridimensional (retículo cristalino), gerada pela repetição de uma unidade atômica ou iônica fundamental que possui as propriedades físico-químicas do mineral completo. Essa unidade que se repete é a cela unitária. O conjunto que vai servir de base para a construção do retículo cristalino. O termo rocha é usado para descrever uma associação de minerais que por motivos geológicos distintos, apresenta-se intimamente unido. Embora coesa, e muitas vezes “dura” a rocha em geral não é homogênea. Ela não tem a continuidade física de um mineral e, portanto pode ser subdividida em todos os seus minerais constituintes. Já o termo minério é utilizado apenas quando o mineral ou a rocha apresentar importância econômica. 3. MINERAIS E SUA QUÍMICA Alguns poucos minerais têm uma composição química muito simples dada por átomos do mesmo elemento químico. Ex. diamante, ouro, enxofre, grafite. Porém, a grande maioria dos minerais é constituída por compostos químicos que resultam da combinação de diferentes elementos químicos, podendo variar sua composição dentro de limites definidos. Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni Importância: já que os minerais são substâncias químicas com estruturas cristalinas (arranjos atômicos), é necessário conhecer a estrutura do átomo a fim de entender os fatores que governam as propriedades dos minerais. Um átomo é a menor partícula que retém todas as propriedades de um elemento químico. Átomo: prótons + nêutrons + elétrons Íon: átomo carregado positivamente (cátion) ou negativamente (ânion). Composto químico: forma-se a partir da combinação de um ou mais cátions com um ou mais ânions, ex. NaCl (halita), CaF2 (fluorita). 3.1. LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS MINERAIS As forças que ligam entre si as partículas componentes dos sólidos cristalinos são de natureza elétrica. A espécie e a intensidade dessas forças são de grande importância na determinação das propriedades físicas e químicas dos minerais. A dureza, a clivagem, a fusibilidade, a condutibilidade elétrica e térmica e o coeficiente de expansão térmica estão diretamente relacionados com a natureza das forças de ligação. Em geral, quanto mais forte a ligação, tanto mais duro o cristal, tanto mais alto seu ponto de fusão e tanto menor seu coeficiente de expansão térmica. Os átomos que constituem os minerais se mantêm unidos em uma estrutura cristalina por meio de ligações atômicas. Basicamente resumidas em quatro tipos principais de ligação: Ligação iônica (metal com não metal): Comparando-se a atividade química dos elementos com a configuração de suas camadas exteriores de elétrons, chega-se à conclusão que todos os átomos têm forte tendência de completar uma configuração estável da camada exterior. O resultado da atração mútua entre cátions e ânions, é a formação de compostos estáveis. ex. NaCl (Na tende a perder elétrons e se tornar cátion enquanto o Cl tende a captar elétrons e se tornar ânion). Ligação covalente (não metal com não metal): resulta da ligação, compartilhamento, de elétrons entre núcleos positivos,. Essa ligação é a mais forte das ligações químicas, os minerais assim ligados caracterizam-se pór insolubilidade geral, grande estabilidade e pontos de fusão e de ebulição muito altos. (ex. diamante cada átomo de C tem 4 elétrons na camada de valência que são compartilhados com 4 átomos adjacentes formando uma estrutura extremamente resistente em termos de atração resultando em material de alta dureza). Ligação metálica: Nesse tipo de ligação, que acontece com os metais, os átomos se mantêm unidos numa disposição por grande força de atração os metais. Nas ligações metálicas, os elétrons da última camada de um grupo de átomos são fracamente atraídos pelo núcleo de seus átomos, deslocando-se entre os diversos núcleos do grupo atômico. Dessa forma, os átomos perdem elétrons, tornando-se cátions. São os elétrons desse tipo de ligação, que possuem certa liberdade de movimento, que explicam muitas propriedades dos metais tais como condutividade elétrica, condutividade térmica, plasticidade, tenacidade e ductibilidade. Ligação de Van Der Waals: ligação mais fraca que as anteriores resultado de atração eletrostática entre íons, ex. grafite (cada átomo é unido por ligação covalente a outros 3 átomos em cada plano de “foliação” porém os planos são unidos por fracas ligações de Van Der Waals, por isso a baixa resistência a ruptura do grafite). Cristais com mais de um tipo de ligação Entre as substâncias minerais que ocorrem naturalmente, é rara a presença de um tipo de ligação único. Quando isso acontece, o cristal participa das propriedades dos diferentes tipos de ligação representadas, resultando muitas vezes em propriedades fortemente direcionais. ex. grafita, ligação covalente forte dentro das camadas e ligação fraca de van der walls entre as camadas. Micas, compostas por camadasde tetraedros de sílica fortemente ligados com ligação iônica relativamente fraca unindo as camadas bem observadas pelos planos de clivagem bem definidos. 4. MINERALOGIA - ESTRUTURA CRISTALINA Estrutura cristalina é o padrão geométrico que os átomos assumem em um sólido (mineral). As superfícies planas de um cristal são manifestações externas da estrutura cristalina, dos arranjos estruturais (cristalinos) internos. Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni Os minerais que advém de um processo lento de formação crescem por cristalização e formam uma estrutura cristalina, tendendo a apresentar uma forma poliédrica compatível com o arranjo atômico interno quando há espaço disponível para seu crescimento. Nota: Mineral é o resultado de sua composição química com a sua estrutura cristalina o que irá definir as suas propriedades físicas. Devido à estrutura interna, muitos minerais apresentam propriedades importantes: Isomorfismo: são minerais que possuem estrutura cristalina semelhante, mas composição química variável de tal forma que duas ou mais substâncias com mesma função química e mesmo tipo de retículo cristalino e ainda volumes atômicos aproximados formam cristais de mistura de diferentes proporções. A tolerância máxima de mistura num mineral é de 15% ou seja, um mineral pode apresentar no máximo 15% de elementos estranhos à sua composição química "oficial". Acima de 15%, já é considerado isomorfismo. Ex. Série albita-anortita. Polimorfismo: fenômeno pelo qual uma substância ocorre com aspectos estruturais diferentes, variando suas propriedades físicas. O exemplo mais famoso é o do diamante e do grafite: diamante : transparente, incolor, dureza 10, denso grafite : opaco, preto, dureza 1,5, menos denso Os dois tem por composição química o carbono, mas no diamante há uma rede cúbica e no grafite uma rede hexagonal: logo, as variações nas propriedades devem-se à característica do retículo cristalino. Temos, assim, os minerais DIMORFOS (com duas formas diferentes), e os TRIMORFOS (com três formas diferentes): Exemplos: FeS2: pirita (cúbica, dureza 6, densidade 5) marcassita (ortorrômbica, dureza 6, dens. 4,85) CaCO3: calcita (trigonal, dureza 3, dens. 2,71) aragonita (ortorrômbica, dureza 3,5, dens. 2,95) SiO2: quartzo, tridimita e cristobalita TiO2: rutilo, anatásio e brookita 4.1. ISOTROPIA E ANISOTROPIA Foi realizada uma experiência em que recobriu com cera um cristal de gipsita (CaSO4 nH2O). Depois, aqueceu uma agulha e tocou uma face recoberta com cera em vários pontos com a ponta da agulha. A cera derreteu formando uma série de elipses iso-orientadas. Fazendo a mesma experiência com vidro, constata-se que a cera fundida devido ao calor da ponta aquecida da agulha forma círculos. No primeiro caso, houve variação de reações nas diferentes direções do cristal ou seja, o calor propagou-se com maior velocidade em uma direção e mais lentamente na outra direção. A esta característica dá-se o nome de anisotropia e a estes cristais denominamos anisótropos. No segundo caso, o calor propagou-se com a mesma velocidade em todas as direções, ou seja, houve "constância de reações nas diferentes direções". A isto denominamos de isotropia e os cristais com esta característica são os cristais isótropos. 4.2. FORMAS CRISTALINAS Forma é o conjunto de faces que compõe um cristal. Em seu significado mais comum, o termo forma é usado para indicar a aparência externa geral, porém na cristalografia, esta aparência é denominada Hábito Cristalino. Forma combinada é aquela formada por mais de uma forma simples. Forma aberta é um conjunto de faces que não limita espaço. Forma fechada é um conjunto de faces equivalentes que limitem uma porção do espaço. Assim, um cristal exibe normalmente diversas formas em combinação umas com as outras, mas pode ser apenas uma, desde que esta seja uma forma fechada. No caso de formas abertas, necessita-se pelo menos duas delas para formar o cristal, já que qualquer combinação de formas deve encerrar espaço. São formas abertas: 1. Pédion: uma face única 2. Pinacóide: duas faces paralelas Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni 3. Domo: duas faces não paralelas simétricas em relação a um plano de simetria (telhadinho). 4. Esfenóide: duas faces não paralelas simétricas em relação a um eixo de simetria binário. 5. Prisma: forma composta por 3,4,6, 8 ou 12 faces, todas paralelas a um dos eixos, geralmente um dos eixos cristalográficas. 6. Pirâmide: forma composta por 3,4,6,8 ou 12 faces, simétricas a um mesmo eixo, geralmente um dos eixos cristalográficos. São formas fechadas: 1. Bisfenóide: forma de 4 faces, na qual duas faces do esfenóide superior se alternam com as do esfenóide inferior. 2. Bipirâmide: forma de 6,8,12,16 ou 24 faces, que podem ser consideradas como formadas por pirâmides mediante reflexão sobre um plano de simetria horizontal. 3. Escalenoedro: forma de 8 ou 12 faces, cada uma com a forma de um triângulo escaleno. 4. Trapezoedro: forma com 6, 8 ou 12 faces, com forma de trapezóide. 5. Romboedro: forma composta por 6 faces cujas arestas de interseção não formam ângulos retos entre si. Pertence ao sistema trigonal. 6. Todas as formas do sistema cúbico. 4.3. HÁBITO CRISTALINO É a forma característica (habitual) de um cristal, ou a combinação de formas em que um mineral cristaliza. O hábito do cristal inclui a configuração geral e as irregularidades de seu crescimento. É chamado simplesmente hábito do mineral e pode ser observada principalmente quando o mineral cresce em condições geológicas ideais. O conceito inclui: a) forma cristalográfica; b) forma geral (tabular, prismático, maciço, colunar); c) tipo de agrupamento cristalino; d) imperfeições. Os hábitos mais comuns são o laminar, o prismático, o fibroso, o acicular, o tabular e o equidimensional. Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni 4.4. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DOS CRISTAIS Os cristais como poliedros, são sólidos em 3 dimensões e apresentam os seguintes elementos: faces arestas ângulos planos (formados por 2 arestas) ângulos diedros (formados por 2 faces) vértices (ângulos formados por 3 ou mais arestas ou faces) 4.5. ELEMENTOS DE SIMETRIA DOS CRISTAIS Os minerais mostram pelo arranjo de suas faces uma simetria definida, que permite agrupá-los em diferentes classes. As várias operações que podem ser efetuadas com um cristal, que resultam em fazê-lo coincidir com a posição inicial, são conhecidas como operações de simetria. Essas operações são feitas com base nos seguintes elementos de simetria: Plano de simetria (plano imaginário que divide o cristal em duas metades onde uma é o espelho da outra) Eixo de simetria (linha imaginária em torno da qual se pode girar o cristal e repetir n posições idênticas no espaço) Centro de simetria (ponto imaginário no interior do cristal a partir do qual em sentidos opostos e iguais distâncias encontra-se elementos iguais). 4.6. CLASSES E SISTEMAS CRISTALINOS Os cristais possuem conjuntos de elementos de simetria, esses conjuntos chamados grupos ponto de simetria são descritos segundo notações de simetria. Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni Ex. cubo: 3E4 4E3 6E2 C 9P Existem somente 32 combinações possíveis dos vários elementos de simetria (32 gps) que dão origem a 32 classes de cristais. Estas classes são agrupadas em 6 sistemas cristalinos, os quais agrupam as classes com características de simetria comum entre si. 4.6.1. SISTEMAS CRISTALINOS Os minerais ocorrem geralmente na forma cristalizada. Todos os materiais cristalizados possuem arranjo tridimensional ordenado e regular dos átomos ou íons constituintes, formando retículosatômicos e iônicos. Conforme o arranjo ordenado, cada cristal apresenta planos de cristalização específicos. Os minerais que possuem forma externa definida pelos próprios planos de cristalização são denominados minerais idiomórficos. Estes podem mostrar várias formas e hábitos, mesmo assim, os ângulos entre os planos de cristalização são constantes. Este fenômeno é denominado lei de constância de ângulos interfaciais. Através da medida dos ângulos interfaciais, pode-se especificar os tipos de minerais examinados. Por outro lado, cada cristal possui intervalos atômicos ou iônicos específicos. Estes intervalos são medidos com o auxílio de difratometria de raios-X. Este aparelho determina a estrutura cristalina de minerais pulverizados ou monocristais, sendo diferente da fluorescência de raios-X, utilizada para análises químicas. Estudos detalhados de difratometria de raios-X podem determinar forma e tamanho da cela unitária dos retículos atômico ou iônico, isto é, comprimentos das arestas, representados por a, b e c, e ângulo entre elas, ? , ? , ?. O ângulo entre as arestas a e b é chamado de ?; o ângulo entre b e c, de ? ; o ângulo entre c e a, de ? . Estes parâmetros são chamados de parâmetros cristalográficos Conceito: são grupos distintos de classes cristalinas agrupadas, pela natureza análoga dos elementos de simetria que se combinam ou pelo modo com que esta combinação se efetua. Exceção: substância sem estrutura cristalina - amorfa. São também conhecidas como mineralóides e podem adquirir estrutura cristalina no estado sólido. Ex. opala (SiO2.H2O) amorfa ? calcedônia (SiO2) criptocristalina? quartzo (SiO2) micro ou macrocristalino Ex. limonita (Fe2O3.H2O) amorfa? hematita (Fe2O3) microcr. POLIEDRO FUNDAMENTAL SISTEMA CARACTERÍSTICA CRISTALOGRÁFICAS CARACTERÍSTICA SIMÉTRICA Regular (isotrópico ou cúbico) ? = ? = ? = 90º a = b = c 3 eixos quaternários e 4 eixos ternários Tetragonal ? = ? = ? = 90º a = b ? c 1 eixo quaternário Hexagonal ? = ? = 90º, ? = 120º a = b ? c 1 eixo senário Romboédrico ? = ? = ? ? 90º a = b = c 1 eixo ternário Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni Digonal (Rômbico) ? = ? = ? = 90º a ? b ? c 1 eixo binário Digonal (Monoclínico) ? = ? = 90º, ? ? a ? b ? c 1 eixo binário Triclínico [? ? ? ? ? ] ? 90º a ? b ? c Não tem eixo 4.6.1.1. SISTEMA CÚBICO OU ISOMÉTRICO Todos os cristais no sistema isométrico possuem quatro eixos ternários de simetria e se referem aos três eixos perpendiculares entre si de comprimentos iguais. 4.6.1.2. SISTEMA TETRAGONAL Caracterizado por um único eixo de simetria quaternário. Os cristais possuem três eixos mutuamente perpendiculares entre si e os dois eixos horizontais são de comprimento igual’, mas o eixo vertical é mais curto ou mais longo que os outros dois. Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni 4.6.1.3. SISTEMA TRIGONAL Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni 4.6.1.4. SISTEMA HEXAGONAL 4.6.1.5. SISTEMA RÔMBICO Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni 4.6.1.6. SISTEMA MONOCLÍNICO 4.6.1.7. SISTEMA TRICLÍNICO Geologia de Engenharia I – ÁREA1 Rodrigo Peroni
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