Buscar

Direito das sucessões

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito das sucessões
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
A sucessão é a substituição do sujeito ou objeto de uma relação jurídica, sendo assim, regulamenta a substituição do sujeito (ativo ou passivo) de uma relação jurídica em razão da causa morte do seu titular. O direito de sucessões diz respeito, efetivamente, à substituição do sujeito de uma relação jurídica por conta da morte do seu titular. 
O conteúdo do direito de sucessão não é ilimitado, pois não transmite aos herdeiros todos os direitos de que do morto era, ou podia ser, titular. Somente as relações jurídicas patrimoniais (natureza econômica) admitem a substituição do sujeito da relação jurídica quando da morte do seu titular. Sendo assim as relações jurídicas personalíssimas serão extintas, em face de seu caráter intuito personae. 
Conceito: Ato de sucessão entre vivos gerado pela causa morte trata-se da transferência de um direito de uma pessoa para outra. 
CONTEÚDO DO DIREITO DAS SUCESSÕES 
 Fundamentação artigos 1784 ate 2027. 
ESTRUTURA
Sucessão em geral – Apresenta as regras gerais aplicáveis a toda e qualquer sucessão, seja em razão de lei (legitima), seja baseado na vontade (testamentaria), são regras relativas, a aceitação e a renuncia da herança, a cessão dos direitos hereditários e a indignidade do sucessor. 
Sucessão legitima – Apresentam as normas correspondentes à sucessão que é operada por força de lei, expressamente indica as pessoas idôneas a receber herança, em ordem sucessiva (titulo universal).
 
Sucessão testamentaria – Baseada na vontade do falecido, através de testamento feito em vida, beneficiando assim um terceiro, conhecido como legado ou legatário (titulo singular).
 
Inventario e partilhas – Dizem respeito as regras procedimentais para a transmissão da herança e divisão dos bens transmitidos entre os beneficiários. Primeira fase é chamada de inventariança, para que seja procedida a divisão entre eles, de acordo com o quinhão de cada um, segunda fase, denominada partilha. 
AUTOR DA HERANÇA 
É a pessoa que morreu e deixou patrimônio a ser transmitido para os seus sucessores. 
COMORIÊNCIA 
É uma presunção de simultaneidade de óbitos, aplicável quando, morrendo duas ou mais pessoais ao mesmo tempo (simultaneamente), não for possível indicar, com precisão, a premoriência, ou seja, quem precedeu a morte de quem. 
Efeito, não haverá transmissão patrimonial entre as pessoas envolvidas, seguindo os seus patrimônios para os seus sucessores individualmente. 
ABERTURA DA SUCESSÃO 1784 CC
Momento de transmissão da herança ocorre com o exato instante da morte do sujeito e também é conhecida como delação.
 
A morte real ou presumida sem ausência, de uma pessoa, ao abrir a sua sucessão, induz a transmissão automática e imediata de todas as suas relações jurídicas patrimoniais, ativas e passivas.
PRINCÍPIO DE SAISINE 
Diz respeito a regra geral do sistema jurídico brasileiro é a transmissão automática das relações patrimoniais do falecido, com a abertura da sucessão; = morte. Aplica-se diretamente na transmissão da herança. 
Sendo assim dito o principio, é a regra geral do sistema jurídico brasileiro é a transmissão automática das relações patrimoniais do falecido, com a abertura da sucessão. 
LUGAR E LEI APLICÁVEL
A sucessão abre-se no lugar do ultimo domicilio do falecido e aplica-se à sucessão a lei vigente no momento de sua abertura. Tratando-se de falecimento no estrangeiro, o foro competente será o do ultimo domicilio do falecido no brasil. 
SUCESSOR: HERDEIRO OU LEGATÁRIO 
Figuram como os sujeitos que irão da continuidade da relação jurídica patrimoniais do falecido. A sucessão pode ser a titulo universal (herdeiro) ou a titulo singular (legatário, quem recebe bem especifico e determinado). 
HERDEIRO LEGITIMO (NECESSÁRIO OU FACULTATIVO) E HERDEIRO TESTAMENTÁRIO 
O sucessor a titulo universal (herdeiro) pode receber o patrimônio por força de lei ou por conta de vontade expressa do autor da herança, nesse sentido o herdeiro pode ser legitimo ou testamentário. 
HERDEIRO LEGITIMO (GARANTIDO 50% DO PATRIMÔNIO). 
Os artigos 1829 e 1790 do CC dispõem serem herdeiros legítimos os descendentes, os ascendentes, o cônjuge sobrevivente, os colaterais ate quarto grau e o companheiro sobrevivente. Esse receberão o quinhão hereditário do total do patrimônio transmitido. 
 São beneficiados por força do ordenamento jurídico, alguns são beneficiados obrigatoriamente, não podendo ser excluídos da sucessão pela vontade do titular do patrimônio, são os herdeiros necessários. 
A sucessão legitima se divide em necessária e facultativa. Necessária impõe a participação de determinados herdeiros obrigatoriamente, retirando do titular do patrimônio a liberdade de exclui-los da sucessão. Facultativa, preserva o direito do auctor hereditatis de livremente dispor do seu patrimônio, inclusive eliminando a participação de herdeiros não necessários. 
HERDEIRO TESTAMENTÁRIO 
São os que adquirem uma cota hereditária do patrimônio transferido por força de expressa disposição de vontade do autor da herança, declarada em um testamento. 
Em suma, os legítimos são os familiares do morto indicados pela lei, enquanto testamentários são os escolhidos pelo próprio falecido. 
A LEGITIMA 
Garantia mínima reservada aos herdeiros necessários, representa uma parcela da herança que é dedicada aos herdeiros necessários forçadamente – 1846 CC
Só há restrição ao testamento quando existir herdeiro necessário. Inexistindo herdeiro necessário, é de plena liberdade de elaboração e disposição por testamento.
CÁLCULO DA LEGITIMA 
Será ordinariamente calculada na abertura da sucessão, para fins de verificação de um eventual excesso de disposição patrimonial no testamento e a consequente necessidade das cláusulas testamentárias. 
Sendo assim será a metade dos bens da herança, calculada na abertura da sucessão, conforme a dicção do art. 1846 XX, utilizando um critério fixo, não variável.
Calcula-se a legitima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dividas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.
HERDEIRO UNIVERSAL 
É quando existe um único herdeiro, nesse caso não há necessidade de partilha Do patrimônio transmitido, bastando a adjudicação dos bens pelo beneficiado. 
HERANÇA E ESPÓLIO 
O conjunto de relações jurídicas de caráter patrimonial do sujeito sucedido, o qual é transferido aos herdeiros. A herança compreende todos os bens, direitos e obrigações de uma pessoa, que se extinguem com a sua morte. De ordem impessoal, sendo assim as relações personalíssimas são excluídas. 
CARACTERÍSTICAS E REGRAS DA HERANÇA 
Em nosso ordenamento jurídico, a herança é tratada como um bem jurídico imóvel (CC 80), indivisível e universal (cc 91), mesmo que composta somente de bens moveis, divisíveis e singulares. 1791 CC a herança é um todo unitário. 
Trata-se deum caso típico de um condomínio pro indiviso. Cada um não pode excluir a posse e a titularidade do outro, por contra de um estado de indivisão e de universalidade que se instala. Somente com a partilha se faz a divisão e a universalidade da herança.
ESPÓLIO 
É o ente despersonalizado que representa a herança, em juízo e extrajudicialmente. Não dispõe de personalidade jurídica (não é pessoa jurídica), o espolio dispõe legitimidade processual, podendo demandar e ser demandado. Art 75, VII, CPC.
Em síntese, a herança é um bem jurídico (objeto da ralação jurídica), composta pela universalidade de relações patrimoniais transmitidas pelo morto... 
...O espolio é um ente despersonalizado que representa a herança, judicial ou extrajudicialmente, quando se fizer necessárias. 
HERANÇA E MEAÇÃO
A herança não se confunde com meação do cônjuge ou companheiro da pessoa que faleceu, decorrente do regime de bem adotado no casamento ou união estável. 
Sob o regime de comunhão parcial (ou universal) de bens, visa que o bem adquiridona constância da relação a titulo oneroso será comum do casal. Sendo assim quando o sujeito falecer faz a meação, não sendo transmitido aos sucessores.
HERANÇA E A ACEITAÇÃO - 1792
O herdeiro assume a titularidade dos bens e direitos do sucedido. Entretanto, é facultado ao herdeiro aceitar ou não a herança a ele destinada. A aceitação da herança é ato unilateral que confirma a vontade do herdeiro em receber a herança. 
Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão. O ato de aceitação da herança é irrevogável.
FORMAS DE ACEITAÇÃO
Expressa – 1805 – Ocorre quando feita por declaração escrita, por instrumento publico ou particular. 
Tácita – 1805 – Decorre da prática de ato próprio da qualidade de herdeiro. Aquele que age como se herdeiro fosse, aceita a herança de forma tácita. Não são considerados atos oficiosos, como o funeral, e outros meramente conservatórios. 
Presumida – 1807 – verifica-se quando provocada por algum interessado.
RENUNCIA DA HERANÇA 
do mesmo modo que o sujeito pode aceitar a herança, pode renunciá-la. trata-se de ato contrario a aceitação. 
É ato unilateral e formal, pois deve constar expressamente de instrumento publico ou termo judicial. É também, ato solene, pois para ser válido é eficaz clama forma prevista em lei. 
Trata-se assim de ato irrevogável. So se admite a renuncia após aberta a sucessão, pois só se pode abdicar do que se tem. A renuncia também não pode ser parcial, tampouco submetida a condição ou termo.
EFEITOS DA RENÚNCIA
Na sucessão legitima, a parte do herdeiro renunciante acresce a dos outros da mesma classe e sendo ele o único desta, devolve-se aos da subsequente;
Se a rejeição ocorrer pelo herdeiro testamentário, o retorno na herança renunciada só acrescerá o quinhão dos demais herdeiros se outra não for a destinação da parte renunciada pelo testamento 
Não há direito de representação pelos sucessores do herdeiro renunciante, salvo se o renunciante for o único legitimo de sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem à herança. 
A renúncia pode prejudicar os descentes e ascendentes do renunciado.
Possui a renuncia efeito retroativo ex tunc ate o momento da abertura da sucessão. 
A indignidade e deserdação 
São condutas ignóbeis praticadas em detrimento do autor da herança e que podem, por conta do grau de reprovação jurídica, propiciar a exclusão do herdeiro ou legatário do âmbito sucessório, privando o recebimento. É necessário o reconhecimento judicial através de ação civil de indignidade ou deserdação.
Exclusão de herdeiro por indignidade 
É a perda da qualidade de herdeiro em razão de conduta reprovável do ponto de vista moral e legal. Art. 1814 
Reconhecimento da indignidade 
O reconhecimento de causa de exclusão por indignidade deve ocorrer através de sentença, que terá efeitos retroativos ex tunc, após seus transito em julgado, atingindo o momento da abertura da sucessão. 
Efeitos da declaração da indignidade 
Os efeitos da exclusão por indignidade são sempre pessoais, ou seja, apenas a pessoa do excluído, preservando-se, assim, os descendentes do herdeiro excluído, que herda, como se este fosse pré-morto (por representação). 
São validas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro excluído por indignidade, antes do transito em julgado da sentença de exclusão, mas aos herdeiros prejudicados subiste o direito de demandar o herdeiro indigno por perdas e danos. 
A exclusão do sujeito atinge apenas a sua parte da herança não lhe sendo vedado pleitear a sucessão de outros parentes que vieram a falecer depois da morte do ofendido. 
REABILITAÇÃO DO INDIGNO 
Acontece nos casos em que o ofendido o tiver expressamente feito em testamento ou em outro ato autentico, uma vez concedido perdão, o mesmo é irretratável. Não se admite o perdão verbal. 
DESERDAÇÃO 
É a exclusão de um herdeiro da sucessão através de testamento. A deserdação só alcança os herdeiros necessários com base em fatos anteriores ao momento da abertura da sucessão e é sempre feita através de testamento. Difere, por conseguinte, da exclusão por indignidade. 1961 a 1965 cc. 
A ação deve ser movida pelo interessado após a morte do testador. O autor da ação deverá provar em juízo a veracidade da causa alegada pelo testador para deserdação opere efeitos. O prazo é de 4 anos, a contar da abertura da sucessão.

Continue navegando