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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO

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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO
Motas introdutórias / Tutela Executiva 
É o meio pelo qual se concretiza a pretensão que movimentou a jurisdição. Por vezes, entretanto, a execução independe de provação jurisdicional anterior, quando o que se pretende é a efetivação de títulos extrajudicial.
Serve para efetivar direitos. 
Princípios 
Patrimonialidade: Determina que a execução recairá sobre o patrimonial do executado, e não sobre a pessoa deste. Não tem exceção.
 
Efetividade: alcançar a efetividade, o objetivo da ação. 
Menor Onerosidade: Institui que quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor. 
Disponibilidade: deixa ao exequente a possibilidade de desistir da execução, em sua totalidade ou em parte. 
REGRAS
Nulla Executio sine titulo (não há execução sem titulo)
Não se permite a invasão do patrimônio do executado por atos de construção judicial como penhora, busca e apreensão ou imissão na posse (medidas executivas), sem um profundo grau de certeza em relação ao direito da parte ativa, pois o executado é colocado numa situação processual desvantajosa em relação ao exequente.
Atipicidade das medidas executivas 
É pelos meios executivos que o Juiz tenta, no caso concreto a satisfação do direito do exequente. São variados esses meios previstos em lei: penhora, expropriação, busca e apreensão, astreintes (multa diária), arresto executivo, remoção de pessoas ou coisas, fechamento de estabelecimentos comerciais etc. podendo o Juiz adotar outros meios executivos que não estejam expressamente consagrados em lei. 
Primazia da tutela especifica, não está em lei, desde que não seja ilícito. Ex. Ação ordinária de cobrança.
COMPETÊNCIAS 
Determina-se competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. 
Titulo Judicial – Onde iniciou o processo. O mesmo que proferiu a decisão – juízo de origem. Artigo 516 CPC.
Titulo extrajudicial – 
-Foro de eleição – as partes podem designar o juízo competente para execução, informando isto no próprio titulo executivo. Não havendo eleição de foro competência será do foro do lugar escolhido para pagamento. 
-Do lugar do pagamento- onde deve-se dá a obrigação, a competência também pode ser atribuída ao juízo do lugar onde se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem ao titulo, mesmo que o executado não resida nesse lugar. 
-Domicilio do réu – não havendo designação no titulo do foro nem lugar para o pagamento, o juízo do domicilio do executado sera competente para realizar a execução. 
REQUISITOS – art. 783 CPC
A execução para cobrança de credito fundar-se-á sempre com titulo de obrigação certa, liquida e exigível. art. 783 CPC
Certeza – encontra-se quando não há controvérsia quanto a sua existência. Tem a finalidade de identificar os legitimados ativos e passivos na execução, precisar a espécie de obrigação (quantia certa, fazer, não fazer, entrega de coisa).
Liquidez - corresponde a determinabilidade da fixação do “quantum debeatur”(quanto se deve ou o que se deve), sendo que o titulo executivo deve conter elementos que possibilitem sua fixação mesmo que necessitar de atualizado por meros cálculos aritméticos.
Exigibilidade – é a inexistência de impedimento a eficácia atual da obrigação. A prova da exigibilidade dá-se geralmente pelo simples transcurso da data de vencimento ou da inexistência de termo ou condição. 
Inadimplemento – falta de cumprimento de um contrato ou de qualquer de suas condições; falta de pagamento de uma obrigação acordada.
CUMULAÇÃO
Identidade do credor e devedor
Competência 
Forma 
PARTES: ATIVA E PASSIVA 
ATIVA
Ordinária: credor 
Extraordinário: ministério publico / sindicado 
Sucessivos: herdeiros 
PASSIVA
Ordinário: Previsto no titulo 
Sucessores: herdeiros desde que recebem herança
Responsáveis: Fiador e responsável tributário 
TERCEIROS
É possível a formação de litisconsórcio na execução, seja ativo ou passivo. 
TÍTULOS EXECUTIVOS 
JUDICIAIS - art. 515 
EXTRAJUDICIAIS – art. 784 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
A obrigação de pagar, entregar que não estiver completa deve ser através da liquidação de sentença. 
Ato preliminar da execução de sentença liquida, que tem por fim apurar a quantidade certa do valor da condenação. 
Finalidade – Torna possível o cumprimento da obrigação.
Modalidade: 
Cálculo - há discussão na doutrina se há ou não liquidação, quando por simples calculo consegue fazer a liquidação. 
Arbitramento – Quando precisa de um perito para que o objeto da ação seja encontrado já que é complexo para descobrir o mesmo. 
Artigos ou procedimento comum – quando um fato novo posterior a sentença proferida. Não podendo ser determinada por ofício. 
OBS: Se ocorre um acidente, a sentença proferida determina o pagamento, ocorreu um fato novo. Pode-se exigir liquidação de sentença por procedimento comum. 
Procedimento 
Na liquidação ocorre dentro do mesmo processo ou o juiz determina ou as partes por comum acordo ou pedido isolado. 
Honorário do perito: quem der causa, quem perde a ação paga. 
Liquidação antecipada
Se não transitou em julgado pode pedir antecipação 
Decisão
A natureza da decisão que encerra a liquidação: decisão interlocutória. OBS não cabe agravo de instrumento, pois não está no rol do artigo 1015. 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Introdução - Obrigação de pagar quantia certa 
Competência – Quem proferiu a sentença 
Partes – cônjuge, responsável, fiador, sucessor, sócio (se houver a desconsideração da personalidade jurídica) empresa (desconsideração Inversa). 
REQUISITOS 
Sentença – Inadimplente 
Sentença – Liquida 
PROCEDIMENTOS cumprimento de sentença 
Sentença Transitado Em Julgado.
NÃO Pagamento 
eExpropriação de bens 
NÃO Pagamento
Multa + Honorário 
Pagamento 
Intimação 
Pagamento voluntário. 
Arquivamento
	
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO
Cópia do processo principal vinculado ao juízo que julgou a ação. 
IMPUGNAÇÃO DO CUMPRIMENTO 
Feita pelo réu no prazo de 15 dias a contar da intimação. 
MATÉRIAS ARGUÍVEIS
Falta ou nulidade de citação, inexigibilidade do titulo, penhora incorreta ou avaliação errônea ilegitimidade das partes, excesso de execução, qualquer causa impeditiva, modificativa ou extinta da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente a sentença. 
RESPOSTA DA IMPUGNAÇÃO 
Artigo 835 – CPC
EFEITO SUSPENSIVO 
Impede o cumprimento da sentença suspende a transmissão dos bens.
DECISÃO 
Natureza jurídica, pode ser decisão interlocutória ou sentença interlocutória ou sentença. Depende do que foi decidido. 
Obs: há possiblidade de antes do transito em julgado entregar dinheiro em cumprimento provisório de sentença? Sim, se o credor prestar caução. 
PENHORA 
Introdução - ato processual – por meio da penhora, individualiza-se determinado bem do patrimônio do executado que passa a partir desse ato de construção a se sujeitar diretamente a execução. Com a penhora, a execução deixa uma condição abstrata que é a responsabilidade patrimonial. A natureza jurídica da penhora é o ato executivo, ainda que se reconheça uma função cautelar na penhora ao garantir o juízo. A realização da penhora é um ato do procedimento executivo de pagar quantia sempre que o executado não realiza o pagamento em três dias de sua situação. 
Natureza jurídica – ato executivo gerador de direitos e obrigações com efeitos materiais e patrimoniais com reflexo no processo.
EFEITOS 
Processuais – individualizar o bem que vai responder pela divida, escolher o bem. 
Garantir - o valor do bem que deve ser igual ou maior que o valor da divida. 
Preferencia – o bem fica separado para pagar determinada divida. 
Materiais – priva o dever da posse, ineficáciadas alienações, não pode vender bens alienados. 
Espécies
Indicação de bens de penhora, o devedor indica o bem para sanar a divida.
Penhora por oficial de justiça, o oficial busca um bem para penhora, obedecendo o principio da menor onerosidade. 
Penhora por termo nos autos, se for apresentado o bem por petição, chefe do cartório realiza a penhora (exceção). 
Penhora por meio eletrônico( Regras) - Bacenjud – Bloquei em 48 horas
Penhora sobre bens indivisíveis
Penhora de credito e outros direitos patrimoniais, penhora no rosto dos autos, pode penhorar um bem futuro de um processo em andamento.
Penhora de faturamento de empresa
Penhora sobre navio e aeronave, não há privação da posse, o navio e aeronave continua realizando as atividades. 
Avaliação
O oficial de justiça fará avaliação quando não tiver condições de avaliar o juiz nomeará um perito. 
Auto de penhora deposito certidão 
Identificar processo e partes, hora, data, local, da penhora, descrição minuciosa dos bens penhorados, inclusive condições de conservação, deve conter ainda depositário fiel e assinatura de todos. 
Averbação
 Tem de registrar a penhora para efetivar. 
Substituição
Sempre que houver alteração que prejudique a penhora.
Bens impenhoráveis 
Observar o dispositivo do art. 833. 
Artigo 834 – podem ser penhorados, a falta de outros bens os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis. Ex. Salario – 30 % 
Expropriação 
Quando retira o bem do patrimônio do devedor 
Adjudicação – dá um bem pela divida
Alienação por iniciativa particular – não é o juiz quem realiza a venda, mas um terceiro. Ex. corretor de imóveis.
Alienação pela internet - site dos bens penhorados. Existe essa possibilidade 
Leilão 
Depositário 
Dinheiro- banco – CEF / C.brasil 
Bens moveis – depositário publico 
OSB: não havendo deposito publico, fica a credito do credor onde ficará o bem.

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