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MÉTODOS E ALTERNATIVAS DE DISPOSIÇÃO E TRATAMENTO DE

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15/11/2015
1
MÉTODOS E ALTERNATIVAS DE 
DISPOSIÇÃO E TRATAMENTO DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS
Profª Cíntia Moreira Marciliano da Costa
1
Tratamento e disposição final
Definição de tratamento e disposição final
Consiste na disposição de resíduos no solo, 
obedecendo a critérios técnicos de construção 
e operação, e com licenciamento ambiental de 
acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97,
ou disposto para a incineração, aterro, 
compostagem, reciclagem, etc.
2
• Lei 12.305/2010 Art. 9 Na gestão e gerenciamento de resíduos 
sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de 
prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratament
o dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada 
dos rejeitos.
3 4
Reciclagem
É um processo de reaproveitamento dos resíduos sólidos, em que seus 
componentes são separados, transformados e recuperados,
evitando perda de matéria prima e energia.
- Borra de Tinta;
- Borra de Retífica;
- Solventes;
- Abrasivos;
- Resíduos de Construção Civil;
- Óleo Solúvel;
- Lâmpadas;
- Resíduos Recicláveis (Papel, Papelão, Plástico, Metal, Tetrapak).
5
• Em uma sociedade moderna, a reciclagem tem o papel fundamental 
de fechar o ciclo da sustentabilidade, ou seja, através dela os resíduos 
após sofrerem um processo de transformação, podem voltar a cadeia 
produtiva e servir de matéria prima para a fabricação de outros 
produtos. Entre as grandes vantagens desse processo podemos citar:
• Economia de recursos naturais;
• Diminuição do desmatamento e melhor controle de manejo florestal;
• Redução da necessidade de extração de minérios em minas, reduzindo seus 
impactos ambientais;
• Diminuição no consumo de energia para a produção;
• Geração de emprego e renda para a população;
• Incentivo ao desenvolvimento intelectual e a ciência;
• Incentivo ao desenvolvimento social através da 
Integração dos catadores de material reciclável 
ou reutilizável;
Atualmente, decidir se um 
produto é reciclável ou não 
depende primeiramente de 
haver tecnologia para tal 
fim.
6
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2
Coleta Seletiva
Dos 5.565 municípios existentes 
no Brasil aproximadamente 
56% indicaram a existência de 
iniciativas de coleta seletiva. 
Porém, muitas vezes as 
iniciativas disponibilizadas 
pelos municípios resumem-se 
na implementação de pontos 
de entrega voluntária
à população ou na simples 
formalização de convênios 
com cooperativas de 
catadores para a execução 
dos serviços
(ABRELPE, 2008).
7
Processo biológico aeróbico 
pelo qual a matéria orgânica 
presente na massa de 
resíduos é digerida pela ação
de microrganismos, 
normalmente já presentes nos 
próprios resíduos, resultando 
um material orgânico 
estabilizado para a produção 
de húmus.
- Lodo de ETE;
- Resíduos orgânicos;
- Restos de podas.
Compostagem
Conceitos:
Etapas a serem
consideradas:
- Oxigenação;
- Umidade;
- Temperatura e pH;
- Emissão de odores;
- Proliferação de vetores e
- Geração de chorume.
8
• Embora a decomposição da matéria orgânica presente no lixo possa 
ser feita por processos aeróbios e anaeróbios, a compostagem é o 
processo de decomposição da matéria orgânica por meio da digestão 
aeróbia. A matéria orgânica presente no lixo, na presença de ar e 
água, é digerida por microrganismos e se transforma em composto 
utilizado para melhorar a qualidade do solo.
• Por se tratar de processo biológico, requer um balanceamento 
adequado da relação C/N e determinadas condições de temperatura, 
umidade e aeração em seus diversos estágios. No início do processo, 
que dura em torno de 30 dias, ocorre a degradação da matéria 
orgânica pela ação de microrganismos com diferentes metabolismos; 
há elevação da temperatura do material em decomposição, que pode 
variar de 40ºC até a 60ºC.
9
• Ao final das duas primeiras fases ocorre a 
estabilização da matéria orgânica, sendo este 
período conhecido como bioestabilização. 
Embora o tempo de ocorrência de cada uma 
dessas fases possa variar em função dos diversos 
fatores que influem no processo – pois se trata 
de um processo bioquímico, vivo – estima-se que 
o processo de bioestabilização dure entre 60 e 90 
dias e o processo total, até que o composto atinja 
a humificação pode levar de 90 a 120 dias.
• Os nutrientes – principalmente carbono, como fonte 
de energia, e nitrogênio, para síntese de proteínas –
são fundamentais para os microrganismos presentes. 
Um balanceamento adequado de carbono e 
nitrogênio melhora o desempenho da degradação 
biológica – ele é mais lento e pode inclusive ser 
interrompido em materiais ricos em carbono, como 
palhas, serragem e resíduos de poda, e mais rápido 
em resíduos ricos em nitrogênio, como nos resíduos 
orgânicos domiciliares. A relação C/N deve ser de 
30:1 no início do processo.
10
• Os resíduos sólidos urbanos apresentam boas condições para a 
compostagem e um bom equilíbrio pode ser obtido com a utilização 
de uma parte de resíduos de frutas, legumes e verduras e três partes 
de resíduos de poda e jardinagem. Mas como se trata de um processo 
em que há interferência de muitas variáveis, outras proporções entre 
os materiais podem se adequar a outras circunstâncias, variando em 
torno desses percentuais.
11
Usina de compostagem
12
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3
Coprocessamento
Critérios estabelecidos pela 
Resolução CONAMA 264/99:
Técnica de incorporação de resíduos ao 
processo de fabricação de clínquer 
(cimento), a partir do seu 
aproveitamento, resultando na 
destruição térmica eficiente e segura
sob o ponto de vista operacional e 
ambiental.
O coprocessamento é uma 
tecnologia que consiste na utilização 
de resíduos industriais e pneus 
inservíveis como substitutos de 
combustível e/ou matérias-primas 
não-renováveis usadas na fabricação 
do cimento - tais como calcário, 
argila e minério de ferro - em 
fábricas de cimento devidamente 
licenciadas para este fim. Ao mesmo 
tempo, é uma forma de destinação 
final de resíduos, eliminando 
diversos passivos ambientais.
13
Coprocessamento
Principais resíduos passíveis de 
coprocessamento em fornos de 
cimento:
- Borras Oleosas, ácidas, tintas;
-Borrachas não cloradas, pneus;
-Ceras, solventes;
-Resinas Fenólicas e Acrílicas.
Resíduos que não podem ser
coprocessados:
-Embalagens metálicas;
-Lixo doméstico;
-Vidro, pilhas e material
radioativo.
14
Coprocessamento
1.Extração de matérias-primas;
2.Moagem, mistura e homogeneização;
3.Clinquerização em fornos rotativos;
4.Resfriamento de clínquer e
5.Moagem e ensacamento do cimento 15
Coprocessamento
16
Matéria sobre coprocessamento
http://www.abcp.org.br/conteudo/imprensa/coprocessamento-de-residuos-em-fornos-de-
cimento-e-contribuicao-da-industria-para-a-sustentabilidade
• Coprocessamento de resíduos em fornos de cimento é contribuição da indústria para a 
sustentabilidade
• O forno utilizado na fabricação de cimento destrói toneladas de resíduos de forma definitiva e é 
uma das soluções para a extinção dos lixões urbanos
• A crescente geração de resíduos industriais e urbanos, que acompanha o desenvolvimento do País, 
exige uma busca constante de soluções ambientalmente adequadas para o manejo e a destinação 
correta de materiais inservíveis. A indústria de cimento desenvolve uma opção para eliminar por 
completo materiais descartados e resíduos de diversas atividades industriais. O coprocessamento
em fornos de cimento se apresenta como uma alternativa de destruição ambientalmente adequada 
para uma variedade de resíduos, incluindo os sólidos urbanos. A tecnologia consiste na destruição 
térmica dos resíduos com a substituição parcial da matéria-prima e/ou do combustível.Somente em 
2011, foram coprocessadas 1,16 milhão de toneladas de resíduos por meio dessa tecnologia.
Parte 117
• O coprocessamento, que é amplamente utilizado na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, é 
opção segura para a destruição definitiva de resíduos industriais e passivos ambientais, como 
pneus, em fornos de cimento. “Além dos benefícios ao meio ambiente, a atividade contribui para 
a economia de combustíveis fósseis não renováveis, gera empregos diretos e indiretos e é 
regulamentada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e pelas agências ambientais 
estaduais”, explica Yushiro Kihara, geólogo e gerente de tecnologia da ABCP – Associação Brasileira 
de Cimento Portland. Os fornos de cimento têm capacidade de destruição de grandes volumes de 
resíduos e o processo não altera a qualidade do cimento.
• No período de 1991 a 2011 foram coprocessados oito milhões de toneladas de resíduos. No Brasil, 
no ano passado, 220 mil toneladas de pneus usados foram coprocessados em fornos de cimento, 
o equivalente a 45 milhões de unidades, que, enfileiradas, iriam do Rio de Janeiro a Tóquio, no 
Japão. São gerados no mundo cerca de dois bilhões de pneus inservíveis por ano, dos quais 20% 
são coprocessados. A União Europeia coprocessa cerca de 110 milhões de pneus anualmente, o 
Japão destrói por volta de 39 milhões e os Estados Unidos, aproximadamente 62 milhões.
• Além de pneus, os fornos eliminam resíduos de diversas indústrias, principalmente dos setores 
químico, petroquímico, metalúrgico, alumínio, automobilístico e de papel e celulose. Entre os mais 
comuns encontram-se borrachas, solventes, tintas e óleos usados, borras de petróleo e de 
alumínio, e ainda solos contaminados e lodos de centrais de tratamento de esgoto. “Estima-se que 
a indústria de cimento brasileira tenha uma capacidade potencial para coprocessar 2,5 milhões de 
toneladas de resíduos por ano”, diz o geólogo. Parte 218
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4
• Vale ressaltar que o coprocessamento está contemplado no texto da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (Lei nº 12305/2011) como alternativa ambientalmente adequada de 
gestão de resíduos. A lei determina que os resíduos não podem ser tratados como 
rejeitos até que se esgotem todas as possibilidades de reaproveitamento.
• Em relação aos resíduos urbanos, Cantagalo, no Rio de Janeiro, é a primeira cidade no 
Brasil a desenvolver o coprocessamento destes resíduos, que são totalmente destruídos 
após serem tratados em uma usina piloto. “Os resíduos urbanos são classificados na 
usina, onde são separados para reciclagem e compostagem, esgotando, assim, todas as 
alternativas de aproveitamento. O rejeito resultante pode ser coprocessado, evitando a 
deposição em lixões e aterros, contribuindo com a preservação do meio ambiente”, 
explica Yushiro Kihara. A região do centro-norte fluminense em Cantagalo, por meio de 
parceria entre a Prefeitura e a Lafarge Cimento, tornou Cantagalo a primeira cidade 
brasileira com aterro zero.
• A indústria brasileira de cimento é referência internacional por seu excelente 
desempenho energético e ambiental e pela reduzida emissão de CO2, principalmente 
quando comparada a países como Estados Unidos, União Europeia e Japão. Essa posição 
é fruto de um grande esforço das indústrias que realizam, há anos, ações para contribuir 
para a redução das emissões de CO2. “O coprocessamento representa hoje uma 
importante ferramenta de gestão de passivos ambientais, além de propiciar a 
substituição de combustíveis fósseis por alternativos”, finaliza o geólogo da ABCP.
Parte 319
Incineração
Critérios estabelecidos pela Resolução CONAMA 316/02:
- Resíduos industriais (borras, solventes, resíduos
contaminados);
- Resíduos urbanos;
- Resíduos de serviços de saúde;
- Fornos crematórios.
20
Conceitos:
Etapas a serem consideradas:
- Preparação e forma de alimentação do resíduo;
- Câmara(s) de combustão;
- Controle das emissões atmosféricas;
- Manuseio das cinzas e destinação final adequada.
21 22
23
Radiação Ionizante
• Nesse processo, os resíduos, na sua forma natural são expostos à ação de 
raios gama gerados por uma fonte enriquecida de cobalto 60 que torna 
inativo os microrganismos.
• Esse processo apresenta as seguintes desvantagens:
• eficiência de tratamento questionável, uma vez que há possibilidades de 
nem toda a massa de resíduos ficar exposta aos raios eletromagnéticos;
• necessidade de se dispor adequadamente a fonte exaurida de cobalto 60 
(radioativa).
• Suas vantagens referem-se à ausência de emissão de efluentes de qualquer 
natureza, assim como pelo fato de ser um processo contínuo.
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5
25
Pirólise
• É um processo de destruição térmica, como a incineração, com a 
diferença de absorver calor e se processar na ausência de oxigênio. 
Nesse processo, os materiais à base de carbono são decompostos em 
combustíveis gasosos ou líquidos e carvão.
• Existem modelos de câmara simples, onde a temperatura gira na faixa 
dos 1.000°C, e de câmaras múltiplas, com temperaturas entre 600 e 
800°C na câmara primária, e entre 1.000 e 1.200°C na câmara 
secundária.
26
• Suas grandes vantagens são:
• garantia da eficiência de tratamento, quando em perfeitas condições de 
funcionamento;
• redução substancial do volume de resíduos a ser disposto (cerca de 95%).
• Suas principais desvantagens são:
• custo operacional e de manutenção elevado;
• manutenção difícil, exigindo trabalho constante de limpeza no sistema de 
alimentação de combustível auxiliar, exceto se for utilizado gás natural;
• elevado risco de contaminação do ar, com geração de dioxinas a partir da 
queima de materiais clorados existentes nos sacos de PVC e desinfetantes;
• risco de contaminação do ar pela emissão de materiais particulados;
• elevado custo de tratamento dos efluentes gasosos e líquidos.
• Observe-se que nem a incineração, nem a pirólise resolve integralmente o 
problema da destinação dos resíduos de serviços de saúde, havendo a 
necessidade de se providenciar uma disposição final adequada para as 
cinzas e para o lodo resultante do tratamento dos gases.
27 28
Autoclavagem
É um processo que realiza a 
descontaminação dos 
resíduos por vapor saturado 
a alta temperatura e pressão, 
suficiente para destruir 
potenciais agentes 
patogênicos ou reduzi-los a
um nível que não constitua
risco.
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Consiste na desinfecção dos resíduos a uma 
temperatura entre 95 e 105ºC. O 
aquecimento de todas as superfícies é 
assegurado pela criação de uma mistura de 
vapor d’águae resíduos, que é submetida a 
ação de uma bateria de geradores de 
microondas que desinfeta cada partícula.
Microondas
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6
Microondas
As vantagens desse processo são:
• ausência de emissão de 
efluentes de qualquer 
natureza;
• processo contínuo.
As principais desvantagens são: 
• custo operacional 
relativamente alto;
• redução do volume de 
resíduos a ser aterrado obtida 
somente na trituração.
31
Desativação Eletrotérmica
Este processo consiste numa dupla trituração prévia ao 
tratamento, seguida pela exposição da massa triturada a um 
campo elétrico de alta potência gerado por ondas 
eletromagnéticas de baixa frequência, atingindo uma temperatura 
final entre 95 e 98°C.
Neste processo não há a emissão de efluentes líquidos, nem 
gasosos, e a redução de volume só é obtida pelo sistema de 
trituração.
As vantagens e desvantagens deste processo são as mesmas do 
processo de microondas, agravadas pela dificuldade de 
manutenção do equipamento e ausência de redução do volume, a 
não ser que se instale um sistema de trituração posterior ao 
tratamento.
32
Destinação final dos resíduos de serviços de saúde
Tratamento e disposição final
33
Devolução ao fabricante
LogísticaReversa
Critérios estabelecidos pela Resolução CONAMA 401/08
PNRS 12305/2010
Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio 
para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e
os critérios e padrões para o seu gerenciamento 
ambientalmente adequado, e dá outras providências. O usuário 
destes produtos deverá retorná-los ao vendedor que, por sua 
vez, deverá enviá-los ao fabricante para a sua reutilização ou 
reciclagem.
34
Distribuição das Unidades Privadas de Tratamento 
de RSI por Tipo de Tecnologia Utilizada
35

Outros materiais