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Direito Eleitoral I P1 Fontes da Legislação Eleitoral, Princípios e Alistamento Eleitoral

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Direito Eleitoral 
6º Período Noturno 
1 
Crédito: Ana Ríffel 
Conteúdo 
1 Fontes da Legislação Eleitoral .................................................................................................................................................... 2 
1.1 Fontes Diretas (ou primárias do Direito Eleitoral): ............................................................................................................. 2 
1.2 Fontes Indiretas (ou subsidiárias do Direito Eleitoral): ....................................................................................................... 2 
2 Análise Principio lógica: .............................................................................................................................................................. 3 
2.1 Princípio da Anualidade ou da Anterioridade da lei eleitoral: ............................................................................................. 3 
2.2 Princípio da Lisura das Eleições ........................................................................................................................................ 3 
2.3 Princípio do aproveitamento do voto .................................................................................................................................. 3 
2.4 Princípio da celeridade ...................................................................................................................................................... 3 
2.5 Princípio da devolutividade dos recursos ........................................................................................................................... 3 
2.6 Princípio da preclusão instantânea .................................................................................................................................... 3 
2.7 Princípio da Responsabilidade Solidária entre candidatos e partidos políticos: ................................................................ 4 
2.8 Princípio da moralidade ..................................................................................................................................................... 4 
2.8.1 O direito ao governante honesto ................................................................................................................................... 4 
3 Objetivo e Interpretação ............................................................................................................................................................. 4 
4 Direitos Fundamentais no Direito Eleitoral: ................................................................................................................................. 5 
5 Anualidade .................................................................................................................................................................................. 5 
6 Verticalização ............................................................................................................................................................................. 5 
7 Direito político e o regime democrático ....................................................................................................................................... 5 
8 Democracia ................................................................................................................................................................................ 5 
9 Eleição Indireta ........................................................................................................................................................................... 6 
10 Democracia direta .................................................................................................................................................................. 6 
a) Plebiscito .................................................................................................................................................................................... 6 
b) Referendo ................................................................................................................................................................................... 6 
c) Iniciativa Popular ......................................................................................................................................................................... 6 
11 Direitos Políticos Fundamentais – A cidadania ...................................................................................................................... 6 
12 Soberania Popular, Nacionalidade, Sufrágio, Voto e Escrutínio ............................................................................................ 7 
13 Espécies de sufrágios, votos e escrutínios ............................................................................................................................ 7 
13.1 Quanto à extensão: Sufrágio pode ser restrito (qualificativo) ou universal ........................................................................ 7 
13.2 Quanto à forma: O Escrutínio pode ser secreto ou público. ............................................................................................. 7 
13.3 Quanto ao modo de exercício: Voto pode ser direto ou indireto. .................................................................................... 7 
13.4 Quanto ao valor: o voto pode ser igual ou plural.............................................................................................................. 7 
14 Direito Político Positivo (Direito de Sufrágio – Capacidade Eleitoral ativa) ............................................................................ 8 
15 Alistamento Eleitoral ............................................................................................................................................................... 8 
15.1 Prazos para o Alistamento Eleitoral ................................................................................................................................... 8 
15.2 Alistamento e Voto Obrigatórios ........................................................................................................................................ 8 
15.3 Alistamento e Voto Facultativos ......................................................................................................................................... 8 
15.3.1 O Alistamento do Analfabeto ......................................................................................................................................... 8 
15.4 Alistamento Vedado ou Inalistáveis ................................................................................................................................... 9 
15.5 Incapacidade civil e pessoa com deficiência ..................................................................................................................... 9 
15.6 Alistamento Eleitoral do Indígena ...................................................................................................................................... 9 
16 Domicílio Eleitoral ................................................................................................................................................................. 10 
 
Direito Eleitoral 
6º Período Noturno 
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Crédito: Ana Ríffel 
CONCEITO: “É o ramo do Direito Público que disciplina a criação dos partidos, o ingresso do cidadão no corpo eleitoral para a 
fruição dos direitos políticos, o registro das candidaturas, a propaganda eleitoral, o processo eletivo e a investidura no mandato” – 
Djalma Pinto 
 Somente pode legislar sobre o Direito Eleitoral: União – art. 22 da CF/88 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I – direito civil, comercial, penal, processual, ELEITORAL, agrário,marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
1 Fontes da Legislação Eleitoral 
1.1 Fontes Diretas (ou primárias do Direito Eleitoral): 
a) CONSTITUIÇÃO FEDERAL – É a base do ordenamento jurídico ⟶ fundamento de validade da CF. 
b) CÓDIGO ELEITORAL (Lei 4737/65) – lei complementar pelo art. 121 da CF/88. Está em vigor, salvo na parte não 
recepcionada pelo texto constitucional, bem como na parte derrogada pela legislação superveniente. 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
 
c) Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) 
d) Lei das Inelegibilidades (LC 64/90) – (art. 14, §9º da CF/88) Estabelece casos de inelegibilidades, prazos de cessação... 
Art. 14. (...) 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a 
probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade 
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta 
 
e) Lei das Eleições (Lei 9.504/97 e Lei 11.300/2006) 
f) Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral – Poder normativo da Justiça Eleitoral (arts. 1º, parágrafo único c/c o art. 23, inciso 
IX do Código Eleitoral) Uma das fontes de maior importância do Direito Eleitoral, devem ser editadas no exercício do poder 
regulamentar. Na prática, todavia, tem–se observado crescente expansão da atividade regulamentar do TSE, com a edição 
de resoluções com conteúdo de norma autônoma não emanada do Congresso. 
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos precipuamente 
os de votar e ser votado. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel execução. 
 
 Art. 23 – Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, 
IX – expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; 
 
Observação: Em ano eleitoral, estas instruções só poderão ser expedidas até 5 de março (art. 105, Lei 9.504) 
1.2 Fontes Indiretas (ou subsidiárias do Direito Eleitoral): 
a) Código Penal 
b) Código de Processo Penal 
c) Código Civil 
d) Código de Processo Civil 
e) Princípios – Existem princípios gerais aplicáveis ao direito eleitoral e princípios específicos. 
f) Consultas – O TSE (XII do art. 23 do Código Eleitoral decorrente de delegação constitucional contida no art. 121 da CF/88). 
 Art. 23 – Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, 
Direito Eleitoral 
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Crédito: Ana Ríffel 
 XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou 
órgão nacional de partido político; 
Dois são os requisitos para que possam ser respondidas (condições de admissibilidade): 
1. Apresentação por autoridade competente (com jurisdição federal, Ex. Tribunal Regional Eleitoral, Senado da República, 
Deputado Federal) ou por órgão nacional de agremiação partidária (Ex. presidente do diretório do PSTU); 
2. Indagação em tese: Jamais deverá ser respondida consulta formulada sobre fato concreto. Inobstante não terem caráter 
vinculante, podem servir de suporte para futuras decisões judiciais. Daí sua importância para o Direito Eleitoral. 
2 Análise Principio lógica: 
2.1 Princípio da Anualidade ou da Anterioridade da lei eleitoral: 
Publicada a lei, ela entra em vigor, entretanto, só vai se aplicar às eleições que aconteçam há pelo menos 1 ano do início de sua 
vigência. (Art. 16 da CF.) 
2.2 Princípio da Lisura das Eleições 
Lisura: idéia de honestidade, franqueza. Preservar a intangibilidade dos votos e igualdade dos candidatos perante a lei eleitoral. 
Protege o processo eleitoral, no sentido de combater abusos, fraude e corrupção. 
23 da Lei Complementar 64/90. O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos 
indícios e presunções e prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não indicados ou alegados pelas 
partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral. 
 
2.3 Princípio do aproveitamento do voto 
Semelhante ao princípio in dubio pro reo, no Direito Eleitoral adota–se o princípio in dubio pro voto, de modo a preservar a 
soberania popular, a apuração dos votos e a diplomação dos eleitos. 
Código Eleitoral 
 Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar 
nulidades sem demonstração de prejuízo. 
 Parágrafo único. A declaração de nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe deu causa nem a ela aproveitar. 
 
 Art. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não tiver havido impugnação perante a mesa receptora, no ato da 
votação, contra as nulidades argüidas. 
 
2.4 Princípio da celeridade 
Impõe que as decisões eleitorais sejam imediatas, evitando–se ultrapassar a fase da diplomação. 
No mesmo sentido, o cumprimento das decisões eleitorais deve ser imediato. 
Art. 257 do Código Eleitoral. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo. 
 § 1
o
 A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, através de comunicação por ofício, telegrama, ou, em 
casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, através de cópia do acórdão. 
 
2.5 Princípio da devolutividade dos recursos 
Preserva os efeitos das decisões proferidas pela Justiça Eleitoral, de modo que os recursos não suspendam seus efeitos. 
Art. 216 do Código Eleitoral. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição do diploma, 
poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude. 
Art. 257 do Código Eleitoral. (...) 
 
2.6 Princípio da preclusão instantânea 
Este princípio é uma decorrência da celeridade. É uma série de regras que visam dar seqüência ao processo eleitoral. 
Direito Eleitoral 
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Crédito: Ana Ríffel 
Código Eleitoral. 
 Art. 147. O presidente da mesa dispensará especial atenção à identidade de cada eleitor admitido a votar Existindo dúvida a 
respeito, deverá exigir-lhe a exibição da respectiva carteira, e, na falta desta, interrogá-lo sobre os dados constantes do título, ou 
da folha individual de votação, confrontando a assinatura do mesmo com a feita na sua presença pelo eleitor, e mencionando na 
ata a dúvida suscitada. 
 § 1º A impugnação à identidade do eleitor, formulada pelos membros da mesa, fiscais, delegados, candidatos ou qualquer 
eleitor, será apresentada verbalmente ou por escrito, antes de ser o mesmo admitido a votar. 
 
Art. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não tiver havido impugnação perante a mesa receptora, no ato da 
votação, contra as nulidades argüidas. 
 
 Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decretada de ofício pela Junta, só poderá ser argüida quando de sua prática, não mais 
podendo ser alegada, salvo se a argüição se basear em motivo superveniente ou de ordem constitucional. 
 § 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não possa ser alegada no ato, poderá ser argüida na primeira oportunidade que 
para tanto se apresente. 
 § 2º Se se basear em motivo superveniente deverá ser alegada imediatamente, assim que se tornar conhecida, podendo as 
razões do recurso ser aditadas no prazo de 2 (dois) dias. 
 § 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em motivo de ordem constitucional, não poderá ser conhecida em recurso 
interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser argüida. 
 
2.7 Princípio da Responsabilidade Solidária entre candidatos e 
partidos políticos: 
Art. 241. Todapropaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos partidos e por eles paga, imputando-lhes 
solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos e adeptos. 
 
 Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo é restrita aos candidatos e aos respectivos partidos, não alcançando 
outros partidos, mesmo quando integrantes de uma mesma coligação. 
 
Por seu turno, a Lei 9504/97 também torna explícito o aludido princípio quando assevera: 
I) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus candidatos, e financiadas 
na forma desta Lei (art. 17). 
II) O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta Lei pela veracidade das 
informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos assinar a respectiva prestação de contas (art. 21, com 
redação dada pela Lei 11.300/06); e 
III) Independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela 
distribuição de folhetos, adesivos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido, 
coligação ou candidato (art. 38, “caput”, com redação dada pela Lei 12.891/13). 
2.8 Princípio da moralidade 
É um corolário do regime democrático. Tem por escopo preservar a confiança do eleitor no candidato, bem como a capacidade 
para exercer de forma proba o mandato eletivo. Está previsto no art. 14 § 9ºda CRFB/88, e regulamentado pela LC 64/90 alterada 
pela LC 135/10. 
2.8.1 O direito ao governante honesto 
Direito fundamental de 4ª geração (prof. Djalma Pinto – Governo honesto “é que pauta suas ações nos princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.”) 
3 Objetivo e Interpretação 
OBJETIVO DO DE: Disciplinar a escolha pelo povo dos ocupantes dos cargos eletivos 
INTERPRETAÇÃO: Busca da prevalência do interesse público 
Direito Eleitoral 
6º Período Noturno 
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Crédito: Ana Ríffel 
4 Direitos Fundamentais no Direito Eleitoral: 
 INALIENABILIDADE: não é possível sua transferência a título oneroso ou gratuito. 
 IMPRESCRITIBILIDADE: não são extintos pelo tempo. 
 IRRENUNCIABILIDADE: não são suscetíveis de renúncia. 
 INVIOLABILIDADE: não podem ser desrespeitadas pelos indivíduos ou autoridades. 
 EFETIVIDADE: reclamam eficácia máxima possível no conflito de interesses 
 UNIVERSALIDADE: todo indivíduo é legitimado para o exercício da cidadania 
 INTERDEPENDÊNCIA: sua interpretação deve alcançar as finalidades para a proteção do direito 
5 Anualidade 
Art. 16.CF – A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de sua vigência. 
6 Verticalização 
A Emenda Constitucional nº 52/2006, determinou o fim da verticalização, ou seja, os partidos políticos brasileiros poderão 
estabelecer alianças diferentes em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal 
Art. 17 CF. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime 
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento 
(...) 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em 
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. 
7 Direito político e o regime democrático 
DEMOCRACIA é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos. 
“Uum caminho: da progressão para a liberdade – Kelsen” 
 “É o governo do povo, para o povo, pelo povo – Lincoln”. 
Na democracia direta, cujo berço foi a Grécia, o cidadão ateniense se reunia em praça pública para tomar as decisões políticas na 
Antiguidade. 
Na Idade Moderna, Montesquieu, afirmava que o povo era péssimo governante, devendo então escolher representantes que 
decidiriam em seu nome. Nascia, assim, a democracia representativa, até por razões de ordem prática, visto que grandes massas 
não podem governar ao mesmo tempo. 
O sistema representativo baseou–se no sufrágio universal, na separação de poderes, na pluralidade de ideologias 
políticas consubstanciadas pelos partidos e na igualdade de todos perante a lei. 
O sistema adotado pela CRFB/88: é a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, também chamada SEMIDIRETA. 
8 Democracia 
República Federativa do Brasil: Democracia semidireta ou participativa 
Democracia semidireta: democracia direta com mecanismos da democracia indireta 
Democracia indireta: Os cidadãos elegerão aqueles que deverão representar os seus direitos 
Direito Eleitoral 
6º Período Noturno 
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Crédito: Ana Ríffel 
9 Eleição Indireta 
Podem ocorrer eleições indiretas pelo Congresso Nacional em caso de vacância permanente dos cargos de presidente e vice–
presidente da República nos 2 últimos anos dos respectivos mandatos. 
Caso faltem mais de dois anos, serão convocadas novas eleições diretas no prazo de 90 dias. 
Art. 81 da CF. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição 90 dias depois de aberta a 
última vaga. 
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias 
depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 
10 Democracia direta 
há participação direta do povo por meio do: 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional; 
XV - AUTORIZAR referendo e CONVOCAR plebiscito. 
a) Plebiscito 
Consulta formulada ao povo, efetivando-se em relação àqueles que tenham capacidade eleitoral ativa, para que deliberem sobre a 
matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 
Congresso Nacional – Competência Exclusiva: Art. 49, XV – CONVOCA Plebiscito. 
O plebiscito é convocado com ANTERIORIDADE a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou 
denegar o que lhe tenha sido submetido. 
b) Referendo 
Consulta formulada ao povo, efetivando–se em relação àqueles que tenham capacidade eleitoral ativa, para que deliberem sobre 
matéria de acentuada relevância, natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 
Congresso Nacional – Competência Exclusiva: Art. 49, XV – AUTORIZA Referendo. 
O referendo é convocado com POSTERIORIDADE a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação 
ou rejeição. 
c) Iniciativa Popular 
Consiste, em âmbito federal, na apresentação de PROJETO DE LEI à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo 1% do 
eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. (art. 61, § 
2º, CF\88) 
11 Direitos Políticos Fundamentais – A cidadania 
“Atributo político das pessoas integradas na sociedade estatal, decorrente do direito de participar do governo e de ser ouvido pela 
representação política – Afonso da Silva”. 
Considerando o regime democrático, direitos políticos são fundamentais, já que constituem a base da relação entre a 
sociedade e a República Federativa do Brasil. 
Art. 1º CF. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
II - a cidadania. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos 
desta Constituição. 
 
Art.14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, 
nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
Atenção! 
 
Atenção! 
 
Atenção! 
 
Direito Eleitoral 
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Crédito: Ana Ríffel 
II - referendo 
III - iniciativa popular. 
12 Soberania Popular, Nacionalidade, Sufrágio, 
Voto e Escrutínio 
Soberania: “É a qualidade máxima do poder extraída da soma dos atributos de cada membro da sociedade estatal, encarregado 
de escolher os seus representantes no governo por meio do sufrágio universal e do voto direto, secreto e igualitário – Bulos.” 
Nacionalidade: VÍNCULO JURÍDICO-POLÍTICO que liga um indivíduo a determinado Estado, fazendo com que esse indivíduo 
passa a integrar o povo desse Estado e, por conseqüência, desfrute de direitos e submeta-se a obrigações. 
Sufrágio: é o direito de votar e ser votado. “Sufragium”= apoio, aprovação. 
Roberto Moreira de Almeida: “consiste no direito público e subjetivo assegurado ao cidadão para eleger e ser eleito”. 
Voto: é o ato por meio do qual se exercita o sufrágio, ou seja, o direito de votar e ser votado. É o exercício concreto do direito de 
sufrágio. 
Escrutínio: é o modo, a maneira, a forma pela qual se exercita o voto. Modo de exercício do sufrágio. 
13 Espécies de sufrágios, votos e escrutínios 
13.1 Quanto à extensão: Sufrágio pode ser restrito (qualificativo) ou 
universal 
 Restrito: Há limitações ao exercício do sufrágio por motivos diversos, tais como fortuna, grau de instrução, sexo ou raça. 
 Sufrágio Censitário: é o restrito por motivo de riqueza ou fortuna. Ocorreu durante o Brasil - Império. 
 Sufrágio Capacitário: é o restrito por motivação intelectual. (Ex. excluir o analfabeto) 
 Universal: não há limitações ao exercício do voto. 
13.2 Quanto à forma: O Escrutínio pode ser secreto ou público. 
 Secreto: aquele emitido em sigilo, sem que as pessoas, salvo o próprio eleitor, tenham como saber o conteúdo do voto. 
 Público: quando realizado às escâncaras e de modo a que haja publicidade do desejo do eleitor. 
Sigilo do escrutínio: art. 103, I a IV do CE. 1) uso de cédulas oficiais; 2) isolamento do eleitor em cabina 
indevassável; 3) verificação da autenticidade da cédula oficial à vista das rubricas; 4) emprego de urna que assegure a 
inviolabilidade do sufrágio. 
13.3 Quanto ao modo de exercício: Voto pode ser direto ou indireto. 
 Direto: eleitor elege pessoalmente os seus representantes; 
 Indireto: o eleitor se utiliza de terceiros ou de intermediários para eleger alguém. No período da Ditadura Militar o 
Presidente da República era eleito indiretamente (Código Eleitoral). Previsão de eleição indireta na CF/88: art. 81, § 1º. 
13.4 Quanto ao valor: o voto pode ser igual ou plural. 
 Igual: quando se impede o eleitor de votar mais de uma vez em determinada eleição. “one man, one vote”. Segundo o 
princípio da isonomia e do voto igualitário, a cada voto deve se atribuir o mesmo valor (mesmo peso), independentemente 
de quem seja o eleitor. 
 Plural: ou “múltiplo”, quando se permite a determinado eleitor votar mais de uma vez ou se atribui ao voto um peso maior 
que aos dos demais eleitores. 
Direito Eleitoral 
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Crédito: Ana Ríffel 
14 Direito Político Positivo (Direito de Sufrágio – 
Capacidade Eleitoral ativa) 
Direito de votar, capacidade de ser eleitor, alistabilidade. Consistem no conjunto de normas que asseguram o direito subjetivo de 
participação no processo político e nos órgãos governamentais. 
O exercício do sufrágio ativo dá-se pelo voto, que pressupõe: 
A) alistamento eleitoral na forma da lei (título eleitoral); 
B) nacionalidade brasileira (portanto não podem alistar–se eleitor os estrangeiros – art. 14, §2º, cf); 
C) idade mínima de 16 anos (art. 14, § 1º, ii, c); e 
D) não ser conscrito (são os convocados, ou melhor, os recrutados, para o serviço militar obrigatório) durante o serviço militar 
obrigatório. 
15 Alistamento Eleitoral 
O alistamento eleitoral é o meio pelo qual se permite ao cidadão o exercício dos direito políticos. Entende-se por direitos políticos o 
conjunto de normas que disciplinam os meios necessários ao exercício da soberania popular (plebiscito, referendo, iniciativa 
popular, voto e todas as implicações deles decorrentes). Além de garantir esse direito ao eleitor, o alistamento propicia a 
organização de todo o eleitorado nos sistemas da Justiça Eleitoral, facilitando, assim, o exercício do voto. 
15.1 Prazos para o Alistamento Eleitoral 
O alistamento eleitoral está sujeito a alguns prazos, não podendo ser feito a qualquer tempo. Deve ser encerrado alguns dias 
antes das eleições e reaberto logo após. 
Encerra-se o alistamento eleitoral 150 dias antes das eleições (art. 91, Lei nº 9.504/1997 – LE), ou seja, será possível 
realizar o alistamento até o 151º dia anterior às eleições, que geralmente ocorrerá próximo a 4 de maio do ano das eleições. 
Reabre-se o alistamento em cada zona eleitoral logo que estejam concluídos os trabalhos de apuração de sua junta eleitoral (art. 
25 da Res. nº 21.538; e art. 70, CE). 
15.2 Alistamento e Voto Obrigatórios 
O alistamento eleitoral e o voto são OBRIGATÓRIOS PARA OS ALFABETIZADOS ENTRE 18 E 70 ANOS. O não alistamento 
sujeita a pessoa a multa imposta pelo juiz eleitoral, a ser cobrada no ato da regularização a situação eleitoral. 
Entretanto, não se aplica a multa ao não alistado que requerer a inscrição eleitoral até o 151º dia anterior à eleição subsequente à 
data em que completar 19 anos (art. 15 da Res. nº 21.538; c/c art. 8º do CE). A pessoa que se encontra nessa condição e que não 
se alistar estará em atraso com a Justiça Eleitoral apenas após completar 19 anos de idade. A legislação eleitoral flexibilizou esse 
prazo, concedendo a oportunidade de o jovem alistar-se sem ônus até o encerramento do alistamento eleitoral das próximas 
eleições, à data em que o alistando completa 19 anos de idade, pois não terá havido prejuízo algum para sua vida política, visto 
que não terá deixado de votar em nenhuma eleição para a qual estava obrigado. 
Por fim, existe a situação do naturalizado, que deverá se alistar até um ano depois de adquirida sua nacionalidade brasileira, sob 
pena de incorrer em multa eleitoral. 
15.3 Alistamento e Voto Facultativos 
O alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos, para quem estiver entre 16 e 18 anos e para os maiores de 70 anos 
de idade. 
O alistamento eleitoral do menor com 15 anos de idade é facultativo, caso venha a completar 16 anos até a data das eleições, 
sendo que o título eleitoral somente surtirá efeito após completados os 16 anos de idade (art. 14 da Res. nº 21.538/2003). 
15.3.1 O Alistamento do Analfabeto 
Quando o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito a multa (art. 8º do CE; c/c 
parágrafo único do art. 16 da Res. nº 21.538/2003). 
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O diretor, professor ou responsável pelo curso de alfabetização de adolescentes e de adultos encaminhará o aluno que o concluir 
ao competente juiz eleitoral para obtenção do título de eleitor (§ 1º, art. 1º, Lei nº 6.236/1975). O não encaminhamento sujeita o 
responsável a multa ou a suspensão disciplinar de até 30 dias (art. 9º do CE; c/c § 2º do art. 1º da Lei nº 6.236/1975). 
15.4 Alistamento Vedado ou Inalistáveis 
O estrangeiro e o conscrito não podem se alistar. Considera–se conscrito quem estiver prestando serviço militar obrigatório, o que 
inclui matriculados nos órgãos de formação de reserva, médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam serviço 
militar inicial obrigatório. 
No caso de o conscrito já estar alistado, ele deverá ficar impedido de votar (Res.15.072/1989 e Res. 20.165/1998). 
Destaque–se que a inalistabilidade é fator impeditivo do exercício da cidadania. 
15.5 Incapacidade civil e pessoa com deficiência 
No caso de incapacidade civil absoluta, haverá a suspensão dos direitos políticos enquanto durar a incapacidade, não podendo 
a pessoa se alistar como eleitor (art. 15, II, CF). 
No caso de incapacidade civil relativa e de pessoa com deficiência, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios, pois não 
se pode excluí–los do exercício de seus direitos políticos, posto que não há qualquer fator impeditivo. 
Se o exercício das obrigações eleitorais vier a se tornar impossível ou excessivamente oneroso, a pessoa com deficiência poderá 
requerer certidão de quitação com a Justiça Eleitoral com prazo de validade indeterminado. A certidão não impede o alistamento 
nem o exercício do voto, não recaindo sobre a pessoa com deficiência multa pelo não alistamento ou pela ausência à votação (art. 
2º e 3º da Res. nº 21.920/2004). 
A pessoa com deficiência pode receber ajuda para votar, pois, entre o direito ao voto e o sigilo do voto, prevalece o primeiro, 
podendo, inclusive, uma pessoa de confiança entrar junto na cabine de votação para ajudá–la. No entanto, ela deve contar apenas 
com o auxílio NECESSÁRIO (Res. TSE nº 21.819/2004). De toda forma, não poderá auxiliar a pessoa com deficiência quem 
estiver a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de candidato. 
Existem seções eleitorais especiais adaptadas para receber pessoas com deficiência, em respeito ao princípio da dignidade da 
pessoa humana. A Resolução TSE nº 21.008/2002 regulamenta a existência dessas seções, que devem estar em local de fácil 
acesso, com estacionamento próximo e com instalações sanitárias. Para ter direito de votar nessas seções, a pessoa com 
deficiência deverá solicitar a transferência de seu título eleitoral para a seção especial até o encerramento do prazo para o 
alistamento eleitoral (até o 151º dia anterior à eleição). 
15.6 Alistamento Eleitoral do Indígena 
A capacidade civil do índio está regulamentada em lei específica, o Estatuto do Índio – Lei nº 6.001/1973. De acordo com esse 
estatuto, eles estão sob a tutela da União por meio de órgão federal de assistência aos silvícolas, a Fundação Nacional do Índio 
(Funai), até que se integrem à civilização brasileira. Uma vez integrados, o alistamento eleitoral será obrigatório. 
Considera–se integrado o índio que, cumulativamente, cumprir os seguintes requisitos: completar 18 anos, conhecer a língua 
portuguesa e tiver razoável entendimento sobre usos e costumes nacionais. 
O índio não integrado não está obrigado a votar, e o índio integrado está obrigado a votar, conforme jurisprudência do TSE: 
Alistamento eleitoral. Exigências. São aplicáveis aos indígenas integrados, reconhecidos no pleno exercício dos 
direitos civis, nos termos da legislação especial (Estatuto do Índio), as exigências impostas para o alistamento 
eleitoral, inclusive de comprovação de quitação do serviço militar ou de cumprimento de prestação alternativa. 
(Res. nº 20.806, de 15.5.2001, Rel. Garcia Vieira) 
No entanto, há posicionamentos doutrinários e jurisprudências mais recentes e mais flexíveis no sentido de não exigir a completa 
integração do índio para permitir que ele se aliste, como, por exemplo: 
[...] Recepção. Constituição Federal. Artigo 5º, inciso II, do Código Eleitoral. – Consoante o § 2º do artigo 14 da 
CF, a não alistabilidade como eleitores somente é imputada aos estrangeiros e, durante o período do serviço 
militar obrigatório, aos conscritos, observada, naturalmente, a vedação que se impõe em face da incapacidade 
absoluta nos termos da lei civil. – Sendo o voto obrigatório para os brasileiros maiores de 18 anos, ressalvada a 
facultatividade de que cuida o inciso II do § 1º do artigo 14 da CF, não há como entender recepcionado preceito 
de lei, mesmo de índole complementar à Carta Magna, que imponha restrição ao que a norma superior 
hierárquica não estabelece. – Vedado impor qualquer empecilho ao alistamento eleitoral que não esteja 
previsto na Lei Maior, por caracterizar restrição indevida a direito político, há que afirmar a 
inexigibilidade de fluência da língua pátria para que o indígena ainda sob tutela e o brasileiro possam 
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alistar–se eleitores. – Declarada a não recepção do art. 5º, inciso II, do Código Eleitoral pela Constituição 
Federal de 1988. (Res. nº 23.274, de 1º.6.2010, Rel. Min. Fernando Gonçalves) 
Portanto, deve–se ter o cuidado de não adotar posicionamentos muito rígidos quanto ao alistamento de indígenas. 
16 Domicílio Eleitoral 
Conceito: Art. 42, parágrafo único: “o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, 
considerar-se-á domicílio qualquer delas”. 
 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos 
termos da lei, mediante: 
 
I – plebiscito; 
 
II – referendo; 
 
III – iniciativa popular. 
 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
 
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
 
II – facultativos para: 
 
a) os analfabetos; 
 
b) os maiores de setenta anos; 
 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
 
§ 2º Não podem alistar–se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
 
I – a nacionalidade brasileira; 
 
II – o pleno exercício dos direitos políticos; 
 
III – o alistamento eleitoral; 
 
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 
V – a filiação partidária; Regulamento 
 
VI – a idade mínima de: 
 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice–Presidente da República e Senador; 
 
b) trinta anos para Governador e Vice–Governador de Estado e do Distrito Federal; 
 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice–Prefeito e juiz de paz; 
 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou 
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. 
 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os 
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Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou 
por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os 
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
 
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
 
II – se contar mais de dez anos de serviço será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato 
da diplomação, para a inatividade. 
 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade 
das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração 
direta ou indireta 
 
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoralno prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída 
a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
 
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou 
de manifesta má-fé. 
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
 
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
 
II – incapacidade civil absoluta; 
 
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
 
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
 
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de sua vigência.

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