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Bioterismo Criação de roedores Classificação dos Animais ● Sanitário ● Axênico: obtidos de cesareana. ● Gnotobióticos – Microbiota conhecida, definida, não existente ou detectável ● Germfree – Isentos de microbiota (axênicos) ● Monoxênico, dixênico, polixênico ● Specific Pathogen Free – Livres de patógenos específicos ● Convencionais Leis de Mendel ● 1a lei: segregação ● Na meiose, cada gameta recebe apenas uma cópia dos dois alelos parentais ● 2a lei: Segregação independente dos genes ● Alelos de diferentes genes se arranjam independentemente na meiose ● Agora se sabe que isso é verdadeiro apenas para genes com baixo ou nenhum linkage ● Alelos dominantes e recessivos Classificação dos Animais ● Genética ● Não-consanguíneos (outbred) – Acasalamento ao acaso, grande população – >99% heterozigose ● Consanguíneos (inbred) – 20 gerações consecutivas de acasalamento entre irmãos. – Exige manutenção rigorosa – Inicialmente desenvolvidas para estudos de câncer e outras doenças, reproduzíveis nestas linhagens. – F1 híbridos de linhagens diferentes: diferem apenas em 1 gene ou alelo – Características de linhagens inbred ● Homozigosidade: virtualmente todos loci ● Isogenicidade: p.ex., permite transplantes ● Uniformidade ● Estabilidade genética a longo prazo ● Identificáveis ● Individualidade ● Distribuição internacional: permite comparações ● Conhecimento de dados biológicos Tipos de linhagens consanguíneas ● Segregantes: mantém heterozigose nos cruzamentos ● Coisogênicos: idênticos, menos um gene ● Congênicos: semelhante anterior, por back-crossing ● Recombinantes (Híbridos) ● Acasalamento simples das linhagens de interesse – p.ex., duas linhagens que difiram em um alelo para determinado gene. – Necessário a manutenção das linhagens originais estritamente consanguíneas ● Transgênicos ● Genoma sofreu inserção de DNA de outra espécie Manejo genético das colônias ● Controle de: ● Pedigree ● Rastreabilidade ● Seleção pares reprodutivos – Performance reprodutiva ● Uniformidade Genética ● Tipos de colônia ● Fundadora: início da linhagem desejada ● Expansão: aumento do número de indivíduos reprodutivos, mantendo a característica desejada. ● Produção Sistemas de acasalamento ● Acasalamento deve manter as características genéticas da linhagem ● Ambiente gera seleção e mutações acontecem ao acaso: monitorar! ● Acasalamento ao acaso ● Chance de acasalar um macho com uma fêmea é igual para todos (1/m x 1/f = 1/m x f) ● Bom para colônias grandes (>100 unidades reprodutivas): mantém variabilidade ● Colônias pequenas (10-100 unidades reprodutivas - indivíduos): fixação de alelos e perda de variabilidade (homozigose crescente) Sistemas de acasalamento ● Colônias com 10-25 unidades reprodutivas ● Cada animal contribui com um filhote para os novos reprodutores (1:1 macho ou fêmea, mantém consanguinidade <1%). – Reprodução simultânea de todos! (não há sobreposição de gerações). ● Colônias maiores (25-100 unidades reprodutivas) ● Sistemas circular, cíclico ou rotacional – Garante que próxima geração tenha espectro mais amplo de pais possível. – Dividir em grupos e rotacionar machos dentro dos grupos Sistemas de acasalamento ● No. de grupos: i=(1,2,..., m) ● No. de gerações: t= (1, 2,..., Tc) ● Grupo d(i,t) ● Transferência de todos os machos do grupo i para o grupo d(i,t), durante um ciclo de Tc gerações. ● Falconer ● Tc = m-1 ● d(i,t) = Sistemas de acasalamento ● Han para número de grupos par ● Tc = MEINT >= (log 2 m) (MEINT=menor integral) ● d(i, t) = ● Han para número de grupos ímpar ● Tc = MEINT = ((2Tc – 1)/m) ● d(i, t) = Sistemas de acasalamento ● Cockerham ● Tc = MAINT <= (log 2 m) – MAINT (Maior Integral) ● d(i, t) = ● ● ● Sistemas de acasalamento ● Consanguíneo ● Para manter colônias de animais Inbred – Acasalamento entre irmãos (melhor) ou entre pais e filhos ● 1o passo: Inicia com único casal – Acasalamento de todos os irmãos de todas as ninhadas ● 2o passo: Seleção de melhores casais – Fertilidade, produção, manutenção da característica desejada – Só acasala irmãos destes casais – Mantém um máximo de 20 casais ● Reposição quando de morte ou descarte ● 3o passo: Repôr casal inicial após 3 gerações – Começa tudo de novo Sistemas de acasalamento ● Linhagens consanguíneas podem manter-se indefinidamente ● Mutações ocorrem! (e podem ser interessantes...) ● Mutantes! ● Backcross – mutação dominante ou recessiva – Homozigoto recessivo inviável ou infértil ● Cross-Intercross – Recessiva ● Cross-backcross-intercross – Recessiva Sistema de acasalmento ● Backcross ● Acasalar o animal mutante com linhagem consanguínea ● Acasalar os produtos, e os produtos destes sucessivamente com a linhagem consanguínea ● Após 7-8 gerações, começar a acasalar irmãos – Se o homozigoto é infértil, testar para ver quais os animais são heterozigotos portadores do alelo de interesse, quais são homozigotos do alelo viável (linhagem inbred original) ● Obtém-se animais a partir de dois heterozigotos ou entre heterozigoto e linhagem consanguínea – Fenótipo às vezes ajuda a discriminar os animais Sistemas de acasalamento ● Cross-Intercross ● Acasalar animal mutante homozigoto recessivo com linhagem consanguínea escolhida – Os produtos, heterozigotos, são acasalados entre si para recuperar os homozigotos recessivos. ● Novo cruzamento entre os produtos homozigotos e a linhagem consanguínea ● Mantém-se este ciclo até homozigose subir 99%, por: – 8 vezes, em caso de linkage fraco – 23 vezes, em caso de linkage forte Sistemas de acasalamento ● Cross-Backcross-Intercross ● Homozigotos recessivos são acasalados com animal consanguíneo de linhagem escolhida ● Os produtos são acasalados com linhagem consanguínea parental ● Estes produtos são então acasalados entre si ● Os homozigotos recessivos são novamente acasalados com a linhagem parental – Quatro ciclos de três acasalamentos para homozigose atingir 99% para um linkage fraco – 23 ciclos para linkage forte Métodos de acasalamento ● Monogâmico ● 1:1, macho:fêmea ● Ocupa mais espaço e gaiolas ● Permite melhor controle parental ● Poligâmico ● 1:2 ou mais, macho:fêmea ● Inverso do mono: – Menos espaço e gaiolas – Menor controle reprodutivo ● Pode retirar cada fêmea para gaiola maternidade, ou ● Colocar várias fêmeas por gaiola maternidade Tamanho das gaiolas Criação de camundongos ● Ordem Rodentia, família Muridae: Mus musculus ● Originário da Ásia ● Algumas linhagens podem ter parte do genoma de outras espécies – C57BL/6 tem 6,5% de Mus spretus ● Dorso marrom escuro, ventre cinza; ou albino ● Pequeno, prolífico, resistente ● Sem glândulas sudoríparas, cinco dedos anterior e posterior, todos cromossomos telocêntricos ● Fórmula dentária: 2(I1/1C0/0PM0/0M3/3)=20 ● Poliéstricos não sazonal, ovulação espontânea Camundongos – Dados reprodutivos ● Maturidade sexual ● 5-8 semanas de vida; machos 6 semanas (algumas linhagens são precoces: machos de 23 dias já férteis) ● Durabilidade reprodutiva ● Maior parte das linhagens: 7-8 meses (>4 ninhadas) ● Algumas produzem só duas ninhadas ● Fêmeas com > 60 dias da última ninhada: descarte ● Fertilidade variável entre linhagens Camundongos – Dados reprodutivos ● Gestação: pouco variável dentro da linhagem ● 18-21 dias para maior parte das linhagens ● Tempo de cada geração: aprox. 12 semanas ● 3 semanas de gestação, 3-4 semanas amamentando, 2-3 semanas até maturidade. ● Tamanho de ninhada: 2 a 12 (varia nas linhagens) ● Desmame precoce: 18 a 28 dias Camundongos – Dados reprodutivos ● Ciclo Estral ● Duração: 4-5 dias ● Induzido pela presença do macho em 24 horas – “Plug” na vagina denuncia cópula ● Olhar na manhã seguinte, depois cai/some ● Ovulação ocorre 8-12 horas após estro● 72 horas após cópula embrião adentra útero ● Implantação pode demorar até o dia 5 da gestação ● Caso de não fertilização: pseudo-prenhez de 10-13 d ● Fetos são palpáveis pelo dia 11-14 (mamilos crescem) ● Fêmea começa a construir ninho 5 dias antes do parto
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