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Parasitologia Médica Doença de Chagas, Malária & Filariose Doença de Chagas GERAL Agente Etiológico: Trypanosoma cruzi. Grupos de Risco: habitantes de casa de pau-a-pique ou palhoças, devastadores de mata, pessoas que trabalham na construção de estradas ou garimpo, e acabam passando per noite próxima a locais onde o Triatomíneo habita (toca de gambá e tatu) e indivíduos transfundidos até os anos 80. Mecanismo de infecção: ativo por via cutânea, passivo por transfusão ou passivo por via oral. PATOGENIA -Sinal de porta de entrada → forma tripomastigota metacíclica → quadro agudo aparente → inflamações → adenites e febre. OBS.: o parasita morre se cair no suco gástrico, então ele tem que penetrar na mucosa no máximo até o esôfago. -Tripomastigotos metacíclicos → adesão à membrana dos macrófagos → fagocitose → vacúolos → forma amastigota → produção substâncias ácidas → citoplasma → reprodução → destruição e morte da célula → forma tripomastigota circulante → disseminação para outros órgãos → invasão do sistema mononuclear fagocitário (hiperplasiando as células) → linfadenopatia (macrófagos ganglionares) e hepatomegalia (células de Kuppfer). PATOGENIA: FASE AGUDA -Infecção das células do miocárdio → destruição das células → reação inflamatória → com infiltrado de neutrófilos, linfócitos TCD4 Th1 (destrói células infectadas e sadias) e macrófagos. -Tripomastigotos → invasão do SNC. -Reinfecção: resposta inflamatória na região epidérmica → chagoma de inoculação/Sinal de Romana (quando próximo da região ocular) → lifadenite satélite → infarto de gânglios locais. SINAIS/SINTOMAS: FASE AGUDA INAPARENTE → Maioria dos casos; → Tem o sinal de porta de entrada, e depois não tem mais nada, no máximo uma febrícula sem muita importância; → Ocorre em casos de reinfecção. APARENTE → Febre; → Sinais de porta de entrada; → Edema; → Linfonodomegalia; → Hepatoesplenomegalia; → Meningoencefalite; → Miocardite. PATOGENIA: FASE CRÔNICA - Tripanossoma → Adquire antígenos do hospedeiro → Linfócitos sensibilizados → Ataque as cél. parasitadas ou não → Reação imune cruzada → Desnervação. - Reação imune cruzada: Sistema imune → Agressão as fibras miocárdicas e terminações nervosas parassimpáticas → Desnervação, principalmente de vísceras ocas (plexo mioentérico) - Rompimento dos ninhos de amastigotas → Destruição → Liberação de substâncias tóxicas ou neurolíticas → Atuação sobre cel. nervosas → Destruição de neurônios do gânglio parassimpático. PATOGENIA: FASE CRÔNICA - Coração → Processo inflamatório → Pequenas fibroses difusas → Cel. musculares se hipertrofiam como compensação → Dilatação do órgão e diminuição da capacidade de contração. - Fibrose no feixe de Hiss → Dificuldade na propagação dos sinais e alteração na contração SINAIS/SINTOMAS: FASE CRÔNICA PERÍODO CRÔNICO INDETERMINADO - Quando (quase) não tem sintomas. Normalidade fisiológica. Pacientes sem hipersensibilidade tardia ao parasita. PERÍODO CRÔNICO SINTOMÁTICO - Cardiopatia crônica: palpitações, arritmia, cardiomegalia e insuficiência cardíaca. - Desnervação parassimpática → Taquicardia sinusal → ICC SINAIS/SINTOMAS: FASE CRÔNICA PERÍODO CRÔNICO SINTOMÁTICO - Pacientes com hipersensibilidade tardia. - Cardiopatia crônica: palpitações, arritmia, cardiomegalia e insuficiência cardíaca. - Desnervação parassimpática → Taquicardia sinusal → ICC - Alteração da condução dos impulsos → Bloqueio de nodo AV → Disrritmias → Dificuldade na contração → Extrassístoles e fibrilação arterial. - TGI → Falta de motilidade → Megacólon → Constipação → Fecaloma → Peritonite infecciosa. - Destruição do plexo parassimpático → Acúmulo de nutrientes no esôfago → Megaesôfago → Odinofagia, disfagia e anorexia. . SINAIS/SINTOMAS: FASE CRÔNICA PERÍODO CRÔNICO SINTOMÁTICO - Desnervação parassimpática → Afeta o coração, TGI e sistema renal. - ICD: edema de MI, congestão hepática, ascite e turgência de jugular. - ICE: astenia, adinamia, dispneia, tosse paroxîstica a decúbito dorsal,edema agudo de pulmão e morte. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL FASE AGUDA -Esfregaço sanguíneo/gota espessa → Giemsa → tripomastigotos metacíclicos. -Punção de gânglio infartado → Giemsa → tripomastigotos circulantes/amastigotos intracelulares. -RIFI/ELISA → IgM. FASE CRÔNICA -Hemocultura → multiplicação de tripomastigotos no meio de cultura. -PCR → pesquisa de DNA parasitário. Malária GERAL - Agente Etiológico: Plasmodium falciparum: Febre terçã maligna; Plasmodium vivax: Febre terçã benigna; Plasmodium malarie: Febre quartã. - Grupos de Risco: indivíduos que trabalham ou moram próximos a criadouros do mosquito Anopheles. - Mecanismo de infecção: passivo via cutânea (esporozoítas), transfusional ou congênita. ECOSSISTEMA INFECTIVO → Anopheles pica indivíduo infectado (com gametócitos) e suga o sangue → Gametócitos se unem no estômago, formando o zigoto, que se adere à parede intestinal → Vira oocisto → Esporogônia gera esporozoítos, que vão para as glândulas salivares → Inoculação dos esporozoítas na corrente sanguínea de demais indivíduos. FASE AGUDA: SINAIS/SINTOMAS + PATOGENIA - Esporozoíta → fígado → merozoíta → circulação → invasão de hemácias → sinais/sintomas. 1. FEBRE: a. Membrana merozoíta → pirogênica Estimulam/sensibilizam o hipotálamo → febre b. Hemozoína → pirogênica 2. SUDORESE: a. Merozoíta → hemácias → febre cessa → sudorese 3. CALAFRIO: a. Rompimento de hemácias → liberação de Na+ e K+ → desregulagem das concentrações → calafrio. FASE AGUDA: SINAIS/SINTOMAS + PATOGENIA 4. MIALGIA: desequilíbrio iônico do Ca++. 5. NÁUSEA: desequilíbrio do número de hemácias → pode causar hipóxia. OBS.: o rompimento de hemácias também causa anemia transitória. 6. CEFALEIA/ARTRALGIA: falta de O2 na circulação (falta de hemácias). - Interrupção do acesso malárico: sistema imune humoral. FASE CRÔNICA: SINAIS/SINTOMAS + PATOGENIA - Esporozoíta → fígado → merozoíta → circulação → invasão de hemácias → rompimento de hemácias → circulação → ceco, rim, fígado → fase crônica 1. AUMENTO PA: a. Citoaderência de hemácias no vaso → obstrução da microcirculação → aumento da PA. 2. HEPATOESPLENOMEGALIA: a. Hemozoína → fagocitada por macrófagos do fígado e do baço → hemossiderina → hiperplasia fígado e baço. FASE CRÔNICA: SINAIS/SINTOMAS + PATOGENIA 3. DISFUNÇÃO MEDULAR: a. Esquizontes, merozoítas, trofozoítas → invasão da medula óssea → Pega o DNA de hemácias imaturas → Origina gametócitos → Parada na produção de plaquetas e hemácias → Disfunção medular → Anemia, hemorragia interna e febre. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL FASE AGUDA -Esfregaço/gota espessa → Giemsa → merozoítas, células com esquizontes, etc. FASE CRÔNICA -Punção de medula óssea → Giemsa → merozoíta. Filariose GERAL - Agente Etiológico: Wuchereria bancrofti. - Vetor/Transmissão: Mosquito Culex - Grupos de Risco: moradores das regiões endêmicas do mosquito - Mecanismo de infecção: Ativo cutâneo, de larvas filarióides L3 ECOSSISTEMA INFECTIVO 1.Fêmea do Culex ou Anopheles → hematofagia em parasitados → ingestão de microfilárias. 2.Microfilárias → estômago do inseto → perdem a bainha → músculos → larva menor. 3.Alguns dias depois → larva infectante → lábios do inseto. 4.Mosquito pica indivíduo saudável → larvas L3 entram ativamente pela pele. SINAIS/SINTOMAS *Provocados pelos vermes adultos nos linfonodos/vasos linfáticos Quadro clínico: dor inguinal (hipertrofia dos gânglios) + febre (inflamação) - Adenites - linfonodos (granulomas); - linfangites - vasos linfáticos (granulomas); - lesões genitais - testículos, túnica vaginal; - obstruções (edemas,ascites, quilúria); - infecção bacteriana; - Elefantíase; PATOGENIA - Vermes adultos e microfilárias (ovos) → longos períodos no sistema linfático → liberação de antígenos parasitários → resposta imune inespecífica e/ou humoral e celular → processo inflamatório com tendência à cronicidade → hipertrofia de linfonodo → ativam terminações sensitivas → dor - Obstrução dos gânglios linfáticos → - linfogite (inflamação do vaso) - linfadenite (inflamação do linfonodo) - linfagectasia (rompimento dos vasos linfáticos) - ascite (extravasamento da linfa) - Liberação de linfa → cronicidade → hipertrofia do epitélio → elefantíase DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - Gota espessa → coletado à noite → Giemsa → microfilárias. - Fase avançada: biópsia de linfonodo ou ultrassom → vê as microfilárias se movendo. - Método de Kratz → pesquisa do sedimento de centrifugação de lisado sanguíneo
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