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serviço social
CLAUDIA RIBEIRO TINEM
ERIKA MAYARA PEREIRA DE MOURA
ARYANE RIBEIRO DE OLIVEIRA
 OS PROCESSOS DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS POLÍTICAS DE MEIO AMBIENTE, EDUCAÇÃO E NAS INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR.
Petrolina-PE
2016.8
CLAUDIA RIBEIRO TINEM
ERIKA MAYARA PEREIRA DE MOURA
ARYANE RIBEIRO DE OLIVEIRA
OS PROCESSOS DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS POLÍTICAS DE MEIO AMBIENTE, EDUCAÇÃO E NAS INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR.
Trabalho apresentado às disciplinas: Terceiro Setor, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Serviço Social na Educação, Educação inclusiva e Trabalho de Conclusão de Curso. 8º semestre, da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.
Prof. Sérgio Goes Barbosa, Amanda Boza G. Carvalho, Mayra Campos Frâncica e Maria Angela Santini
Petrolina-PE
2016.8
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5
2.1.1 Contextualização histórica do campo sócio ocupacional do terceiro setor ........5
2.1.2 Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento social: Reflexões Sobre a Prática do Assistente Social ........................................................................................7
2.1.3 O Assistente Social no âmbito da Educação ......................................................9
2.1.4 Serviço Social na Escola: Um novo desafio .....................................................11
CONCLUSÃO ...........................................................................................................12
REFERÊNCIAS..........................................................................................................13
1 INTRODUÇÃO 
O referido trabalho aborda os processos de trabalho do Assistente Social nas políticas de meio ambiente, educação e nas instituições do terceiro setor. O assistente social no processo de trabalho, independente das instituições que exerce suas funções, está inserido na reprodução material e espiritual da força de trabalho, desenvolvendo atividades voltadas aos projetos e políticas do ponto da sua função social. Entende-se que, o Serviço Social como trabalho, deve-se compreender as mediações da profissão na particularidade da dinâmica entre o Estado e a Sociedade. Segundo IAMAMOTO: (2001:94) Ao se falar em "prática profissional" usualmente tem-se em mente "o que o assistente social faz", ou seja, o conjunto de atividades que são desempenhadas pelo profissional. A leitura hoje predominante da "prática profissional" é de que ela não deve ser considerada “isoladamente", "em si mesma", mas em seus "condicionantes" sejam eles "internos" - os que dependem do desempenho do profissional- ou "externos" – determinados pelas circunstâncias sociais nas quais se realiza a prática do assistente social. Visa compreender, a dimensão e o significado do terceiro setor necessitam ser compreendidos dentro da conjuntura social, econômica e política que tem determinado a sua configuração no contexto contemporâneo. 
Hodiernamente as discussões envoltas das temáticas sustentabilidade·ambiental e desenvolvimento social tornaram-se objetos de reflexões das mais diversas categorias profissionais que compartilham de valores como o respeito pela natureza. Nesse contexto é que se faz relevante mencionar a contribuição dos profissionais Assistentes Sociais. Estes que trabalham com as múltiplas refrações das desigualdades sociais, gestadas por uma sociedade capitalista madura. O Assistente Social executa suas competências e prerrogativas, nos mais diversos espaços sócios ocupacionais e com os mais diferentes segmentos da sociedade. Dentre os desafios do Assistente Social na contemporaneidade está em refletir sua prática interventiva no campo socioambiental. Contudo, A educação é de fundamental importância para o desenvolvimento da sociedade e é através dela que um país pode alcançar as transformações sociais necessárias para assim atingir o progresso.
2 DESNVOLVIMENTO
2.1.1 Contextualização histórica do campo sócio ocupacional do terceiro setor
O terceiro setor se encontra em processo de construção, buscando fortalecimento, assim não é tarefa fácil conceituar este setor. No entanto vários autores estudam o assunto e assim encontramos diversas definições. [...] o Terceiro Setor é formado por instituições (associações ou fundações privadas) não governamentais, que expressam a sociedade civil organizada, com participação de voluntários, para atendimentos de interesse público em diferentes áreas e segmentos. Avança da perspectiva filantrópica e caritativa para uma atuação profissional e técnica, na qual os usuários são sujeitos de direitos, tendo em vista o alcance de um trabalho qualitativamente diferenciado daquele que sempre marcou a história dessas organizações: o assistencialismo e a filantropia. (COSTA, 2005). Essas organizações não fazem parte do Estado, nem a ele estão vinculadas, mas se revestem de caráter público na medida em que se dedicam a causas e problemas sociais e em que, apesar de serem sociedades civis privadas, não têm como objetivo o lucro, e sim o atendimento das necessidades da sociedade. (TENÓRIO apud COSTA, 2005)... Um conjunto de organizações e iniciativas privadas que visam à produção de bens e serviços públicos. Este é o sentido positivo da expressão. "Bens e serviços públicos", nesse caso implicam uma dupla qualificação: não geram lucros e respondem a necessidades coletivas. (FERNANDES, 1994, p.21).
Observa-se que, os fundamentais padrões e funções gerenciais ampliados no terceiro setor, afetuosamente do modo porque a incidência e a necessidade de promover e conduzir o controle social nas políticas do setor. Segundo Salamon (1998, p.51), “O crescimento do terceiro setor decorre de várias pressões, demandas e necessidades advindas das pessoas, como cidadãos, das instituições e até dos próprios governos. Ele reflete um conjunto nítido de mudanças sociais tecnológicas, aliado a contínua CRISE DE CONFIANÇA na capacidade do estado.” Contudo, o terceiro setor vem desenvolvendo significantemente em todo o mundo, causando impacto nas realidades sociais. Porém, no Brasil este setor apresentou seu surgimento entre as décadas de 1970 e 1980, apoiando organizações populares com finalidade de elevação da cidadania (ABONG). Todavia ele só veio a se destacar no transcorrer dos últimos vinte anos, posteriormente o fim do militarismo com um novo procedimento de redemocratização e a reforma da nossa Constituição de 1988. Dentro de uma situação social, político e econômico caracterizado pela intensidade, complexidade, instabilidade e modificações apressadas em uma grandeza globalizada, as coordenações do terceiro setor são bem implexas no que diz reverência a seu desempenho. Observem os exemplos que seguem com as suas atuações: 
• Atuam em uma diversidade e variedade de questão que afetam a sociedade na área da assistência social, da saúde, do meio ambiente, da cultura, educação, lazer e esporte; 
• Nas áreas da administração social, educação, saúde, geralmente presta atendimento a pessoas e famílias que estão à margem do processo produtivo ou fora do mercado de trabalho; 
• Trabalham na defesa e garantia dos direitos dessa população; 
• São de caráter privado, mas desenvolvem um trabalho de interesse público; 
• Não tem finalidade lucrativa no sentido mercantil da palavra; 
• Não são estatais embora mantenham vínculo com o poder público; 
• Contam com o trabalho de um corpo de voluntário; 
• Diante dos conceitos, características, desafios, diversidade e do processo de configuração do terceiro setor no cenário brasileiro, não há como negarmos a participação ativa e atuação de diferentes profissionais na perspectiva da ação interdisciplinar que tem como característica deste setor. No processoda atuação profissional deste setor está incluso com uma contribuição significativa o assistente social. A sua atuação está regulamentada pela lei nº 8.662 de 07/06/1993, com atribuições específicas ao assistente social que atue no terceiro setor; 
• Implantar na instituição a política de assistência social conforme as diretrizes da lei (LOAS/93) – Lei Orgânica de Assistência Social e do Sistema Único da Assistência Social – SUAS; 
• Subsidiar a administração da instituição na elaboração, avaliação do plano gestor da instituição; 
• Desenvolver pesquisas junto aos usuários da instituição, definindo o perfil social da população conseguindo dados para a implantação de projetos sociais; 
• Formular diagnósticos sociais gerando projetos específicos para o público usuário da instituição; 
• Participar, coordenar e assessorar estudos e discussões de casos com a equipe técnica, relacionados a políticas de atendimento institucional e nos assuntos de cunho da assistência social; 
• Realizar perícia, laudos, pareceres técnicos, relacionados à especificidade da assistência social no âmbito da instituição, quando solicitado. 
2.1.2 Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento social: Reflexões Sobre a Prática do Assistente Social
Percebe-se que o desenvolvimento sustentável contempla necessariamente o desenvolvimento social, econômico e cultural. O ser
humano é um sujeito que precisa ser pensado na sua totalidade, de nada
adianta a superação das desigualdades sociais se o meio ambiente está
totalmente deteriorado, deve-se pensar o conjunto de garantias, pois, o
desenvolvimento sustentável está fortemente atrelado ao desenvolvimento
social. O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser compreendido, não
apenas como uma categoria econômica, pois, o mesmo remete o conceito de
cidadania, direitos humanos, qualidade de vida, equidade, quando determina
que haja eficiência econômica sem deixar de lado fatores como a justiça social
e de respeito ao meio ambiente. A vinculação do desenvolvimento social com o meio ambiente é extremamente necessária para que se possa alcançar o desenvolvimento sustentável, que tem por finalidade, almejar um crescimento econômico e social que não dilapide o patrimônio natural das nações nem perturbe os equilíbrios ecológicos. Visando fomentar mudanças de atitude em relação ao comportamento dos sujeitos e constituindo-se no equilíbrio entre as questões ambientais, econômicas e sociais, o desenvolvimento sustentável aponta algumas
direções. Quanto à questão ambiental, o cidadão deve ser sensibilizado acerca
da fragilidade e limitação dos recursos naturais, assumindo o compromisso de
desenvolverem políticas sociais e econômicas voltadas para a preservação
ambiental. No que se refere à questão econômica, a consciência do cidadão
deve ser direcionada aos limites e ao potencial do crescimento econômico,
bem como de seus impactos socioambientais sobre a sociedade. Todos esses
aspectos estão relacionados à sobrevivência do planeta como morada da
sociedade humana (UNESCO, 2005). 
Diante disso, se torna de suma importância na sociedade á implantação de políticas sociais públicas que contemplem ações envolvendo questões como a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento social, consideradas primordiais na busca por uma sociedade mais humana e que prevaleça o desejo de cuidado e preservação dos bens planetários. Contudo, a Questão Socioambiental como Objeto de Trabalho do Assistente Social. No entanto, O Assistente Social é um profissional inserido na divisão sócio- técnica do trabalho, ou seja, é um trabalhador assalariado que necessita vender sua força de trabalho em troca de um salário. Sendo assim o mesmo sofre todas as consequências negativas do sistema de produção, porém possui uma especificidade tendo como objeto de trabalho a Questão Social e suas múltiplas refrações. Marilda Iamamoto (2007) a define como: O conjunto das expressões das desigualdades da sociedade
capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação de seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade (IAMAMOTO, 2007, p. 27).
Assim sendo, o Assistente Social tem como compromisso ético político à viabilização de direitos e a ampliação da cidadania, que se materializa por meio de princípios defendidos pelo código de ética profissional, este que é considerado a auto-imagem da profissão, pois, revela a opção de sociedade pela qual os profissionais do Serviço Social almejam. A eliminação/superação das desigualdades sociais é uma tarefa constantemente defendida pela categoria
profissional, que prevê uma sociedade mais humana e justa. Na prática profissional do Assistente Social, alguns valores como a cidadania, democracia, igualdade, justiça social, eliminação de todas as formas de preconceito, garantia dos direitos humanos, competência com a qualidade dos serviços prestados, pluralismo político, defesa e reconhecimento da liberdade com valor ético central, são categorias fundamentais no processo de superação das desigualdades sociais e instauração de uma sociedade onde a justiça social e o reconhecimento do ser humano como detentor de direitos e deveres seja a garantia de uma vida com dignidade (CFESS, 1993).
2.1.3 O Assistente Social no âmbito da Educação
A preocupação em entender a realidade social esta presente na educação e nas diversas maneiras de adquirir conhecimento. Então, a formação do profissional de Serviço Social tem como referência básica o homem como ser histórico de uma realidade. Daí a necessidade de conhecer o contexto social, a dinâmica das instituições vinculadas à sociedade civil ou à sociedade política e suas articulações, bem como os conhecimentos e as relações das distintas camadas da sociedade. O assistente social é um profissional de caráter interventivo, que se utiliza do instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para realizar análise e intervenção das situações da realidade social em que estão presentes os reflexos das diversas expressões sociais da questão social. Uma das funções do Assistente Social no universo escolar é de desenvolver contatos com as famílias a fim de promover a articulação escola/grupos de pais ou responsáveis. Este profissional pode facilitar o fluxo de demandas, críticas, sugestões proveniente das famílias, coletarem dados e informações para subsidiar as reflexões dos professores e da coordenação pedagógica através do conhecimento de dinâmicas de grupos. Esse trabalho deve ser projetado e executado de comum acordo entre o Assistente Social e a coordenação pedagógica da instituição escolar, para impedir conflitos desnecessários e proporcionar a execução de ações que se complementem.
Segundo Piletti, 1994, p.9, o processo realizado nas escolas é denominado como educação formal, cujo “os objetivos, conteúdos e meios são previamente traçados”. Já para Zaidam, 2003, p.144, “acolher o aluno que chega á escola e construir propostas e projetos na unidade escolar ou nas redes de escolas, visando à inclusão, implica lidar com a diferença, num quadro de profunda desigualdade social...” No contexto da expansão da escolaridade, que torna cada vez mais visíveis as dificuldades de comunicação entre a cultura escolar e as culturas de origem de um número significativo de crianças e jovens, a função educativa é um trabalho por demais complexo, requerendo saberes e competências que, apesar de diversificados, só adquirem eficiência na condição de comunicarem entre si. (COSTA, 2008) Vale ressaltar que o espaço escolar é uma espécie de micro sociedade, e que contêm em seu meio, os sinais dos conflitos de interesses, expressões de necessidades, além do corporativismo que marca as relações sociais na escola, torna-se essencial ao Assistente Social compreender essas disputas e intervir no processo, não no sentido de buscar a anulação desses conflitos, mas, no sentido de contribuir para aclarar as suas raízes e desenvolvê-las,de modo que fiquem explícitas durante as reuniões pedagógicas como parte inerente daquele grupo. Pela sua própria formação acadêmica cabe ao Assistente Social estabelecer contatos com as famílias e o Conselho Tutelar Regional, promover cursos de capacitação de pais e professores acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente, além de acompanhar e encaminhar problemas mais evidentes de casos sociais. Se a Coordenação Pedagógica é entendida como o processo integrador e articulador de ações pedagógicas e didáticas desenvolvidas na escola o profissional de Serviço Social deve gerar ações que possam seguir junto com a Coordenação Pedagógica, porém, articulando contatos com as famílias, diagnosticando as condições sócio-econômicas, culturais, profissionais, com o objetivo de fazer a detecção dos casos específicos relacionados às questões sociais que interferem na aprendizagem do aluno. Vamos tecer algumas considerações sobre educação para que se possa entender a contribuição do profissional de Serviço Social no universo escola sociedade. De acordo com Platão educar não é "impingir" ciência. Mas, é a arte de motivar para aprender, é oferecer os meios para que a aprendizagem aconteça e ser companheiro de percursos. Para Hegel (1770 - 1834) não há sociedade que se sustente sem a educação, pois ela é expressão da razão que busca estabelecer a liberdade e implantá-la enquanto prática corrente. Disso deriva a concepção do filósofo alemão de homem que se caracteriza pela construção de si com seus semelhantes através da história. Sendo assim, esse homem é responsável pelo seu destino e por sua felicidade que não se identifica de forma absoluta com qualquer estrutura material. Conforme a Lei n° 9.394/96, artigo 1º, da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.” Segundo Paulo Freire (2001) a educação é uma prática política tanto quanto qualquer prática política é pedagógica. Não há educação neutra. Toda educação é um ato político. Assim, sendo, os educadores necessitam construir conhecimentos com seus alunos tendo como horizonte um projeto político de sociedade. Os professores são, portanto, profissionais da pedagogia da política, da pedagogia da esperança. Este conceituado educador de nosso país afirma que a escola deveria ensinar os alunos a “ler o mundo”. E para que isso se materialize ele imaginava ser necessário respeitar o contexto cultural e familiar dos estudantes, dando aos mesmos a oportunidade de participação no processo de ensino-aprendizagem, podendo assim vislumbrar realidades de ensino nos conteúdos trabalhados que possuíssem relação direta com o mundo em que estavam inseridos.
2.1.4 Serviço Social na Escola: Um novo desafio
 Diante das fragilidades que as escolas brasileiras têm apresentado, entende-se que é necessário que o Estado implemente políticas de intervenção em prol de melhorias na educação, focalizando não somente o ensino, mas de que forma este está sendo apreendido pelos alunos e, na presença de dificuldades de apreensão, analisar quais são os motivos e como pode ocorrer a intervenção para solucioná-los. No atual cenário do país percebe-se que muitos atos que violam os direitos de crianças e adolescentes têm passado despercebidos e muitos não são considerados por que não existe um olhar investigativo realizado por um profissional para atender a esta demanda. Assim, entende-se que o Assistente Social, enquanto profissional preparado para trabalhar com as expressões da questão social pode exercer sua profissão no espaço escolar, objetivando em ponderar e fortalecer a autonomia das crianças e adolescentes e, também, das suas famílias. Sobre isso Faleiros (2010, p. 63) explica que: O fortalecimento da autonomia implica o poder viver para si no controle das próprias forças, e de acordo com as próprias referências. [...] A capacitação para assumir e enfrentar a sobrevivência pode ser uma das mediações de fortalecimento dos sujeitos. [...] No processo de autonomia de crianças e adolescentes é preciso desenvolver mediações de uma relação e reação diante da correlação de forças que lhes é desfavorável, e que descamba, não raro, na violência. Esta perspectiva traz a compreensão de que o Assistente Social deve trabalhar para que os sujeitos dentro das escolas sejam estimulados a refletirem sobre a realidade social a qual eles fazem parte e assim eles sintam-se encorajados a transformá-la, além de acompanhá-los nesse processo preocupando-se em apreender a verdade da realidade dos sujeitos, reconhecendo a  complexidade da mesma, fazendo uso de um olhar complexo e não simplificado.
3 CONCLUSÃO
Pode-se concluir que não há prática sem teoria, e que a mediação não se resume em apenas solucionar um problema, tem que haver uma educação das consciências, pois a mediação vai além do concreto. Daí a necessidade de se incorporar os procedimentos metodológicos ou formas de abordagem. O Serviço Social compõe uma profissão que atua na viabilização dos direitos da população por meio das políticas sociais.
Compreende-se, conforme ponto máximo a concepção do que chega a ser o terceiro setor, sua forma de gestão, desafios e características se institui um desafio para todos aqueles que almejam operar nesse assunto. É inegável que o terceiro setor traga a possibilidade de transformar a realidade. Sua emersão revela, entre outros aspectos, os limites do Estado cada vez menos preparado para resolver problemas fundamentais e básicos da população. Com o terceiro setor muitas famílias garantem não só a sobrevivência, mas a autonomia, emancipação e cidadania.
Entende-se que, o Assistente Social na área socioambiental desenvolve ações de orientações, informações acerca dos direitos e deveres de cidadania, monitora, operacionalizam programas e projetos nos mais diversos espaços sócios ocupacionais, com vistas a proporcionar maior equilíbrio entre as questões sociais, ambientais, culturais, e econômicas. Portanto a contribuição de profissionais Assistentes Sociais na área socioambiental é considerada de grande relevância, pois, através do conhecimento teórico metodológico ético, político e técnico operativo almeja uma sociedade mais humana e justa onde prevaleça relações de equilíbrio entre as diversas questões.
Apreende-se que, o campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio (ALMEIDA, 2000, p.74 APUD SANTOS, 2008, P.1).
4 REFERENCIAS
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