Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TOXICOLOGIA GERAL DERIVADOS DO PETRÓLEO LUANA LETÍCIA ALVES DUTRA PETRÓLEO Substância inflamável possui estado físico oleoso e com densidade menor do que a água. Sua composição química é a combinação de moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos). Além de gerar a gasolina, que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, gás natural, produtos asfálticos, naftalina, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação. Por se tratar de um produto com alto risco de contaminação, o petróleo provoca graves danos ao meio ambiente quando entra em contato com as águas de oceanos e mares ou com a superfície do solo. INTRODUÇÃO Solventes Orgânicos •Líquidos à temperatura ambiente, •Maior ou menor volatilidade, •Lipossolubilidade, •Empregados como solubilizantes, dispersantes ou diluentes. Usados no meio ocupacional •Risco ao trabalhador Usados na forma pura ou em misturas Solventes orgânicos são misturas de substâncias químicas capazes de dissolver outros materiais. São compostos lipossolúveis. São voláteis e inflamáveis. INTRODUÇÃO A ação dos solventes orgânicos no corpo humano é semelhante ao efeito dos anestésicos, ou seja, inibe a atividade do cérebro e da medula espinhal, diminuindo a capacidade funcional do sistema nervoso central, tornando-a menos sensível aos estímulos. Os solventes são substâncias lipofílicas, ou seja, eles apresentam grande afinidade pela gordura, acumulando em órgãos e tecidos do corpo que possuem tecido adiposo (gorduras). Uma vez depositados, os solventes alteram a excitabilidade normal das células, suprimindo a condução normal dos impulsos nervosos. Os solventes como a gasolina , thinner e querosene, são considerados muito voláteis e de fácil penetração no organismo através dos pulmões, podendo provocar após exposição longa, dores musculares, cãibras, alterações na sensibilidade superficial, dor e tato. INTRODUÇÃO A toxicidade de solventes orgânicos pode ser alterada por uma série de fatores, que apresentam maior ou menor influência nas diferentes fases da intoxicação. Toxicocinética Absorção (ocupacional): vias pulmonar (volatilização ) e cutânea (lipossolubilidade considerável); A via digestiva tem importância restringida a acidentes ou tentativas de suicídio Distribuição: difusão Biotransformação: Fígado (Cit P450) Excreção: Urina Fatores ambientais e individuais. Temperatura, nível de trabalho, dieta, doenças... INTRODUÇÃO Exposição aos solventes orgânicos: Influenciada por seus fatores físico-químicos Absorção pulmonar Volatilidade Absorção cutânea Permeabilidade/Lipossolubilidade A absorção dérmica varia com a espessura da pele, a perfusão local e a presença de lesões, O contato persistente, através de vestimentas contaminadas, contribui para maior absorção. Biotransformação Citocromo P-450 No Brasil, o tíner só pode ser vendido para maiores de 18, pois contém substâncias altamente tóxicas. Geralmente, é baforado ou inalado dentro de uma pequena lata, tendo efeitos alucinógenos. O tíner destrói os pulmões e, possivelmente, leva à morte. INTRODUÇÃO Toxicocinética: Todos os derivados de petróleo são lipofílicos. Os de cadeias mais curtas são voláteis e facilmente absorvidos pela pele, mas, sobretudo pela via respiratória, alcançando elevadas concentrações plasmáticas e chegando rapidamente ao cérebro e tecidos adiposos. A mucosa respiratória absorve 140 vezes mais que a digestiva. O volume de distribuição é elevado e são metabolizados no fígado por oxidação e posteriormente conjugados com a glicina. São eliminados pela urina, em sua maioria, mas alguns podem ser excretados por via respiratória. INTRODUÇÃO Toxicodinâmica: Os derivados de petróleo de baixa viscosidade, tais como gasolina, diesel, querosene, fenol, tetracloreto de carbono, acetona, terebintina, benzeno, tolueno têm uma ação diretamente associada com a sua viscosidade e tensão superficial. Eles têm grande poder de penetração no organismo, inclusive por via inalatória, e, devido à sua ampla distribuição, causam efeitos sistêmicos. Em troca, os de alta viscosidade (óleos e graxas, por exemplo) agem localmente, devido a sua dificuldade de penetração por todas as vias. O controle de trabalhadores expostos se dá pela medição dos metabólitos na urina, sangue e ar expirado. TOLUENO Líquido incolor, volátil e alta lipossolubilidade. C6H5CH3 O composto puro apresenta traços de benzeno como impureza. Comercial: pode ter até 25% de benzeno. Uso ocupacional: Solvente em tintas, vernizes, removedores e desengraxantes. Atravessa a barreira hematoencefálica com facilidade produzindo uma alteração no estado de consciência, similar aos níveis mais leves de anestesia. TOLUENO Toxicocinética: Absorção principalmente pela via pulmonar 40% absorvido pelos pulmões Rapidamente absorvido (10 – 15 minutos): Alta concentração sanguínea A proporção do solvente absorvido aumenta quando os trabalhadores estão exercendo atividades que exigem esforço físico. Torna o coração humano mais sensível a adrenalina. Toda vez que temos de exercer um esforço extra, a adrenalina é liberada fazendo o número de batimentos cardíacos aumentar. Absorção pela pele: Pequena: muito volátil Rápida: muito lipossolúvel TOLUENO Toxicocinética Distribuição bastante rápida Alta concentração no tecido adiposo Biotransformação: Citocromo P 450 Excreção: Rápida Após 18 a 20 horas quase totalmente eliminado do organismo Etanol inibe a biotransformação do tolueno. Enzimas biotransformadoras tem menos atividade no escuro (noite). TOLUENO Toxicodinâmica: Principal ação tóxica: depressor do SNC Interação com as membranas e neurotransmissores (alteração estrutural) Baixa concentração: euforia e excitação Alta concentração: depressão, desorientação, tremores, alucinações, convulsão e coma. Exposição crônica: hepatotoxicidade e nefrotoxicidade TOLUENO Sintomas: Exposição aguda: euforia, dor de cabeça, fadiga e náusea – reversíveis. Exposição mais severa: distúrbios da visão, tremores, confusão mental, andar cambaleante, paralisias e convulsões. Casos graves: morte por arritmia cardíaca, insuficiência renal e hepática. Intoxicação crônica: anorexia, hematúria, fraqueza... Não produz anemia e leucemia. Pode sensibilizar o miocárdio aos efeitos arritmogênicos. Irritante da mucosa respiratória e ocular. Ocorre dermatite na exposição cutânea prolongada. A ingestão de tolueno pode causar irritação da boca, faringe, vômitos e diarréia. TOLUENO Tratamento: Sintomático Assistência respiratória. Atenção risco de arritmia cardíaca. Manter equilíbrio ácido-básico. Medidas sintomáticas e de manutenção. Ingestão: LG, sem vômito Contato com a pele: lavar abundantemente. TOLUENO Cola de sapateiro: Mistura de solventes orgânicos, entre eles o tolueno, originalmente produzida para ser usada como adesivo para couros e borrachas, mas indevidamente utilizada como droga psicoativa. Provoca alterações do estado de consciência que vão desde leves tonturas até fortes depressões do SNC. Sentimento de gratificação e entorpecimento, associado a vertigem e tontura, que começa em poucos minutos e pode durar até quase uma hora. Ocorrência de ilusões, sonolência, perda ou redução de inibições, sensação de estar flutuando e eventualmente amnésia. No Brasil, em junho de 2006, a Anvisaproibiu a venda de cola de sapateiro para menores de 18 anos. TOLUENO Os sintomas da inalação de tolueno se manifestam em 4 fases: 1ª fase: euforia, excitação, tonturas, pertubações auditivas e visuais, náuseas, espirros, tosse, salivação, fotofobia e rubor na face. 2ª fase: depressão inicial do SNC com confusão, desorientação, perda do autocontrole, diminuição da percepção, lentidão, alteração no curso do pensamento, prejuízo da fixação e da evocação da memória, desorientação, sonolência, diplopia, cólicas abdominais, dor de cabeça e palidez. 3ª fase: depressão média do sistema nervoso central, incoordenação ocular e motora, fala pastosa, reflexos deprimidos e nistagmo (movimento rápido e involuntário do globo ocular). 4ª fase: depressão profunda do sistema nervoso central, atingindo a inconsciência, que vem acompanhada de sonhos estranhos, podendo ocorrer convulsões. TOLUENO Esses efeitos passam rapidamente e isso faz com que o indivíduo inale a droga novamente. Seu uso a longo prazo pode causar gastrite, infarto, lesões na medula óssea (benzeno age sobre ela afetando a produção de glóbulos vermelhos), nos rins, no fígado e nos nervos periféricos, deficiência imunológica, problemas respiratórios e cardíacos. A dependência é comum, sendo os componentes psíquicos da dependência os mais evidentes, tais como desejo de usar a substância, perda de outros interesses que não seja o solvente. A síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção abrupta do uso dessas drogas, sendo comum ansiedade, agitação, tremores, cãibras nas pernas e insônia. TOLUENO Muitos fabricantes desses produtos passaram a substituir o tolueno da fórmula por um mix de solventes que muitas vezes possui apenas um terço de sua toxicidade. Uma lei que obriga a sinalização no rótulo da presença da substância no produto e a especificação da necessidade da utilização de máscaras durante o seu manuseio. Eles também não podem ser vendidos a menores de 18 anos. TOLUENO BENZENO Líquido incolor, volátil, inflamável e alta lipossolubilidade. Usado como solvente e na indústria química (síntese de compostos) proibição do uso do benzeno como solvente (Portaria n. 3, Ministério do Trabalho (MT) de 03/1982) Risco ocupacional para milhares de pessoas indústria petroquímica (90% da produção) siderúrgicas Presente na gasolina (agrava o problema de poluição nas grandes cidades -vias de tráfego intenso) BENZENO Toxicocinética: Absorção vias cutânea – forma líquida pulmonar (a mais importante) Via pulmonar prontamente absorvido (50 a 90%) da quantidade inalada equilíbrio da concentração no sangue atingido rapidamente (pico máximo em alguns minutos, que decai com rápida saída para os tecidos ricos em lipídeos) BENZENO Biotransformação: maior parte da quantidade absorvida (84 a 89%) é biotransformada no fígado e em menor parte na medula óssea Excreção de benzeno inalterado pulmões (ar expirado): 12% urina: 0,1 a 0,2% Excreção da maior parte do benzeno Como produtos de biotransformação conjugados com sulfatos ou ácido glicurônico na urina BENZENO Ingestão: queimação da mucosa oral, náuseas, vômitos e salivação; pode ocorrer gastrite hemorrágica. Aspiração durante a ingestão ou vômitos causa severa pneumonite química. Morte pode ocorrer por falência respiratória ou fibrilação ventricular. BENZENO Toxicodinâmica: irritante da pele e mucosas exposições agudas - depressão do SNC exposições crônica - ação mielotóxica (lesões graves, progressiva degeneração da medula e aplasia medular) trombocitopenia, leucopenia e anemia extensão das alterações dependente de fatores individuais e intensidade e duração da exposição casos graves, pancitopenia, aplasia medular (infiltração gordurosa e necrose da medula óssea) BENZENO Toxicodinâmica: Intoxicações agudas acidentes (benzeno inalado em altas concentrações) edema pulmonar e hemorragias locais Manifestações agudas (efeitos sistêmicos) dependem da intensidade da exposição. manifestações agudas (efeitos sistêmicos) níveis baixos: efeitos iniciais de embriaguez (cefaléia, tonturas e tremores) níveis mais elevados: náusea, vômitos, visão turva, sonolência. Inconsciência, convulsão, arritmias cardíacas ventriculares, falha respiratória e morte BENZENO Tratamento: não existe tratamento específico para as intoxicações agudas e crônicas causadas pelo benzeno ingestão acidental: lavagem gástrica, não provocar vômitos nem usar laxantes depressão respiratória: respiração artificial, oxigenoterapia intoxicado em repouso: administrar cafeína e benzoato de sódio (estimulação dos centros respiratórios) contato com a pele: lavagem com água em abundância (15 min, sem usar sabão) intoxicações crônicas: transfusão de sangue, anti-hemorrágicos, antibióticos e transplante de medula. METANOL Álcool metílico, álcool de madeira, carbinol. Líquido volátil, inflamável, odor alcoólico quando puro e desagradável quando misturado a impurezas. Utilizado como solvente de tintas, vernizes; combustível, aditivos de gasolina, anticongelantes em radiadores, líquido de freios de veículos, fabricação de bebidas clandestinas. METANOL Risco tóxico: ingestão acidental e exposição ocupacional (monitorar metanol na urina de trabalhadores expostos). Intoxicação crônica: primeiros sintomas são redução dos campos visuais e embaçamento da visão. A combinação de distúrbios visuais, acidose metabólica e história de exposição ao metanol, e presença de ácido fórmico na urina, confirmam quadro clínico. Intoxicação aguda: ingestão de 15ml causa cegueira, de 70 a 100ml costuma ser fatal. METANOL Tratamento: Deverá ser instalado logo após a obtenção dos níveis séricos de metanol. Uso de antídoto específico: etanol (álcool etílico) EV ou VO. Níveis muito altos com presença de acidose metabólica indicam uso de etanol + hemodiálise, para melhor prognóstico do caso. GASOLINA E QUEROSENE Combustível para veículos automotores leves, solventes, iluminação, aquecimento, veículo para pesticidas, limpeza. Depressor do SNC, irritante de pele e olhos e de trato respiratório. Absorção importante por inalação, baixa por via digestiva. A gasolina também pode conter compostos de enxofre e compostos contendo nitrogênio. O querosene possui excelente poder de solvência e uma taxa de evaporação lenta, além de um ponto de inflamação que oferece relativa segurança ao manuseamento. É insolúvel em água. GASOLINA E QUEROSENE Quadro clínico Tosse, dificuldade respiratória, confusão mental; taquicardia, náuseas, vômitos. Maior risco: PNEUMONITE QUÍMICA por aspiração. Tratamento: Assistência respiratória. Tratar broncoespasmo. Ingesta de pequenas quantidades (5-10ml): NÃO fazer esvaziamento gástrico devido alto risco de aspiração e baixa toxicidade sistêmica. Casos graves avaliar função renal e hepática. Contra-Indicado: Induzir vômitos, alimentos ou laxantes lipídicos (aumentam absorção). GASOLINA GASOLINA QUEROSENE ASFALTO Asfalto de petróleo, betumem, betumem de petróleo, piche, piche mineral. Mistura complexa de hidrocarbonetos, usado em pavimentação, impermeabilização, formulação de tintas e vernizes. Considerado de baixa toxicidade devido alta viscosidade, baixa volatilidade e insolubilidade em meio aquoso. ASFALTO Quadro clínico: Inalação/Exposição: vapores e fumos são irritantes para olhos, trato respiratório e pele. Contato: Asfalto aquecido pode causar queimaduras graves.Ingesta: “mascar” pedaços de asfalto pode resultar risco mecânico se deglutido. Tratamento: Contato: RESFRIAMENTO IMEDIATO da pele ou áreas atingidas, com água fria corrente, durante 20min. NÃO tentar remover partículas. Lavar a pele com água e sabão. Não usar solventes. Podem ser usados produtos contendo glicerina ou lanolina; antibióticos tópicos. Inalação: remoção imediata para local bem ventilado, assistência respiratória. Medidas sintomáticas e de manutenção. NAFTALINA Produto químico/Pesticida doméstico. Sinônimos: naftaleno, nafteno, alcatrão branco, alcatrão canforado. Usado como repelente de traças “bolinhas de naftalina”, desinfetante sanitário, fumigante de solos, sínteses químicas, manufatura de tintas. São cristais brancos e transparentes, extraídos do alcatrão da hulha por solventes orgânicos. Evapora facilmente, umidade do ar e luminosidade causam sua degradação em poucas horas. Inflamável ou explosivo quando exposto ao calor ou chamas. NAFTALINA Rápida absorção oral, sendo também absorvida via inalatória ou dérmica, é potencializada por solventes orgânicos ou lipídios. Dose letal estimada em humanos: 1-2 gramas (cada “bolinha” íntegra pode conter 2 – 3g). QUADRO CLÍNICO: Irritação gastro-intestinal, sudorese, irritação do trato urinário; hiper-excitabilidade, letargia, convulsões, coma. Hemólise em 1-3 dias, insuficiência renal. Possível metemoglobinemia. Irritante ocular ou por contato dérmico. NAFTALINA TRATAMENTO: Esvaziamento gástrico até 2 horas. Cuidar do risco de obstrução mecânica por “bolinha”. Lavagem gástrica com água morna. Carvão ativado, catárticos salinos. Tratamento Geral: assistência respiratória, diazepam se convulsões, hidratação, alcalinização urinária, pode ser necessário transfusão sangüínea. Medidas sintomáticas. DANOS AMBIENTAIS Acidentes com vazamento de petróleo no mar, fazem com que estes compostos afetem plantas, peixes, mamíferos e toda a vida animal e vegetal de determinado ecossistema. O petróleo mata primeiro os microrganismos vegetais e animais dos quais os peixes se alimentam. Dessa forma, ocorre uma reação em cadeia: Os peixes do fundo do mar que se alimentam de resíduos acabam sendo envenenados, e morrem; A luz do sol é bloqueada, assim as algas não realizam mais a fotossíntese. O resultado é que os peixes da superfície morrem por falta de oxigênio ou morrem intoxicados pelo óleo vazado; Substâncias tóxicas se acumulam nos tecidos de mamíferos, tartarugas e peixes, causando distúrbios reprodutivos e cerebrais; As penas das aves ficam impregnadas de óleo e elas acabam afundando e morrendo afogadas; Mangues próximos têm as raízes de suas árvores impregnadas pelo petróleo e assim elas morrem. Peixes, crustáceos e outros animais, que vivem próximo ao mangue, morrem pela falta destas árvores. QUESTÕES Quais são as características gerais do petróleo e seus derivados? O que são solventes orgânicos? Fale sobre a toxicocinética e a toxicodinâmica desses agentes tóxicos. Porque a atividade física aumenta a absorção do Tolueno? Quais são os sintomas da exposição ao Tolueno? Qual o efeito que a exposição crônica ao Benzeno pode causar? Qual é o antídoto específico na intoxicação por Metanol? Porque o asfalto é considerado de baixa toxicidade? Qual o tratamento indicado para o contato com Asfalto? Qual é a via de introdução principal da intoxicação por naftalina?
Compartilhar