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AS RAÍZES DA DUPLA MORAL BRASILEIRA

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AS RAÍZES DA DUPLA MORAL BRASILEIRA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Disciplina: Ética Profissional
Graduanda: Daiana Cristina de Lima Sousa
Matrícula: 2016045769
Professor: Valdemir Galvão
1
A HIBRIDEZ MORAL BRASILEIRA
Morais gerais – macrossociais, de toda a sociedade:
 É lícito dizer que toda a sociedade tem uma única moral macrossocial, mas no Brasil temos duas:
 Moral do oportunismo – moral oficiosa, levar vantagem em tudo.
 Moral da integridade – ensinada nas escolas, igrejas etc.
 Morais setoriais – mesossociais, expressam o pensamento de setores da sociedade (classe empresarial, médica , etc.)
 Morais organizacionais – microssociais, específica de organizações possuidora de uma cultura organizacional própria
A disjunção entre doutrina e práticas
Enquanto a moral protestante sempre exaltou o trabalho como fonte de acumulação de riquezas e como sinal de eleição por Deus, a influência católica não permitiu que se concedesse legitimidade à riqueza. 
Mas por que o Brasil e os demais países latinos sofrem dessa duplicidade moral?
Uma razão de peso diz respeito à dissociação constrangedora entre o que dizem as escrituras católicas e as práticas clericais. Em termos doutrinários, o catolicismo sempre criticou a acumulação de riquezas.
Expressões consagradas como “os últimos serão os primeiros” e “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico adentrar no reino dos céus” indicam que riqueza é falta de virtude, ou, ao inverso, pobreza é virtude.
A colonização de exploração
Do ponto de vista econômico, o sistema de exploração se apoiou em três pilares: a grande propriedade rural (latifúndio ou plantation); a produção monocultora e especializada para exportação...; E o trabalho compulsório (escravidão ou outras formas de trabalho forçado).
A sociedade resultante foi aristocrática e patriarcal, com arraigadas bases oligárquicas e autoritárias, e se caracterizou pelo racismo e pela discriminação sexista
O Amálgama entre a fé e o império
Durante quatro séculos, a religião e a Igreja foram onipresentes no Brasil. Do batismo à morte, os atos cruciais da vida foram intermediados pela Igreja. Os religiosos zelavam pelos bons costumes alheios, ainda que não primassem por praticá-los.
Sua atuação não se cingia aos sacramentos e aos pecados, mas abrangia a assistência social aos indigentes, velhos, enfermos e órfãos, abarcava o ensino e a catequese...
O sincretismo religioso e cultural
A história brasileira é palco de uma confusa mistura de credos heterogêneos com o catolicismo oficial. 
De início, tanto as religiões que os escravos negros trouxeram como as religiões indígenas plasmaram os cultos afro-brasileiros; posteriormente, o espiritismo, segundo a codificação de Alan Kardec, também foi incorporado. Exemplos notórios de sincretismo são a umbanda e o candomblé.
A justiça morosa e o estado fiscalista
No Brasil contemporâneo, com seus prodígios de formalismo e com seu amplo leque de recursos protelatórios, O Código do Processo Civil acabou perenizando processos.
Em consequência, qual é a sensação que passa à sociedade? A de que a Justiça opera como uma imensa caixa-preta(...)
Difunde-se a percepção de que somos um país esquartejado entre os que têm e os que não têm, os que podem e os que não podem, entrem as “pessoas” (gente distinta) e os “fulanos” (gente simples).
FONTE
ÉTICA EMPRESARIAL : O Ciclo Virtuoso dos Negócios / Robert Henry 3ª ed. Revisada. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. – 3ª Reimpressão – Págs.: 63 a 77

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