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Resumo 2 bim RELAXAMENTO

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RESUMO 2º BIMESTRE
TEXTO: TÉCNICAS DE RELAXAMENTO
I- INTRODUÇÃO:
 As principais técnicas de relaxamento, tal como utilizadas atualmente, têm suas origens formais nos primeiros anos de nosso século.
Primeiras publicações sobre “relaxamento progressivo” de Jacobson e “relaxamento autógeno” de Schultz -> 1929 e 1932.
Apesar das origens relativamente novas dos procedimentos de relaxamento, seus antecedentes históricos são antigos.
A evolução das técnicas de relaxamento ao longo do séc. XX e sua consolidação como procedimentos válidos de intervenção psicológica deveram-se em grande parte, ao forte impulso que receberam dentro da terapia e modificação do comportamento, ao serem consideradas como parte integrante de outras técnicas (por ex. a dessensibilização sistemática) ou como técnicas de modificação do comportamento em si mesmas.
Uma parte importante do processo de consolidação das técnicas de relaxamento aconteceu devida à existência de marcos conceituais derivados da investigação experimental sobre os processos emocionais e motivacionais.
Importante integrar as técnicas de relaxamento dentro das habilidades clínicas de interação paciente-terapeuta, adaptando-as às características individuais de cada pessoa.
II – FUNDAMENTOS CONCEITUAIS:
-> O conceito de relaxamento:
O relaxamento, em sentido restrito, constitui um típico processo psicofisiológico de caráter interativo, 
onde o fisiológico e o psicológico não são simples correlatos um do outro, mas ambos interagem sendo partes integrantes do processo, como causa e como produto.
-> A definição de relaxamento:
Qualquer definição de relaxamento deve fazer referência necessariamente a seus componentes 
fisiológicos (padrão reduzido de ativação somática e autônoma), subjetivos (informes verbais de tranquilidade e sossego) e comportamentais (estado de quiescência (sossego) motora) assim como suas possíveis vias de interação e influência.
-> Relaxamento e emoção:
Partindo da perspectiva de que a ativação fisiológica contribuiria par a intensidade e para a qualidade emocional, podemos dizer que o relaxamento seria entendido não como um estado geral caracterizado por um nível de ativação fisiológica mínima, mas como um estado específico caracterizado por um padrão de ativação fisiológica diferente ou oposto ao das emoções intensas.
-> Relaxamento e Stress:
O stress tende a se conceitualizar atualmente como a resposta biológica ante situações percebidas e avaliadas como ameaçadoras, onde o organismo não possui recursos de enfrentar adequadamente. Partindo-se desse conceito, o relaxamento é considerado uma resposta biologicamente antagônica (oposta, diversa) à resposta de stress, que pode ser aprendida e convertida em um importante recurso pessoal para opor-se aos efeitos negativos do stress.
-> Relaxamento e aprendizagem:
Em geral, as técnicas de relaxamento não costumam explicitar os mecanismos de aprendizagem implicados.
No relaxamento progressivo de Jacobson o principal mecanismo de aprendizagem poderia ser a discriminação perceptiva dos níveis de tensão EMG (eletromiografia) em cada grupo muscular, através dos exercícios de tensão e distensão.
No relaxamento autógeno de Schultz, o mecanismo poderia estar relacionado, com a representação mental das consequências motoras da resposta, sensações de peso e calor, que disparariam as referências somáticas e viscerais correspondentes.
No caso das técnicas de relaxamento baseados na respiração, o principal mecanismo estaria baseado nas modificações cardiorrespiratórias do controle vagal.
Técnicas de relaxamento baseadas no feedback (retorno do terapeuta para o paciente), parte do modelo de condicionamento instrumental ou operante. 
Por outro lado, tem-se considerado que a resposta de relaxamento, uma vez emitida ou evocada, poder ser condicionada a estímulos neutros do ambiente ou ser Contra-Condicionada a estímulos evocadores de ansiedade, de acordo com o modelo de condicionamento clássico ou Pavloviano.
III – PROCEDIMENTO:
Aspectos necessários para a aplicação da técnica (elementos formais):
Aspectos referentes à avaliação -> nenhuma técnica aparentemente simples é boa pra tudo ou pode ser aplicada diretamente sem avaliar primeiro o problema. Seria perda de tempo e um esforço inútil leva-la adiante se não estiver seguro de que um incremento na habilidade para relaxar vai ser um fator importante na resolução do problema que o paciente apresenta.
Aspectos referentes à relação paciente-terapeuta -> o psicólogo não é um simples técnico. Não é suficiente conhecer e saber aplicar bem a técnica de relaxamento; é necessário saber por que e quando, e não só que o terapeuta a conheça, mas que saiba comunicar isso ao paciente. É necessário estabelecer uma boa relação de trabalho na qual esteja claro que é o paciente quem vai aprender a resolver seus problemas com a ajuda do psicólogo. O terapeuta deve esforçar-se por isso, a não criar dependência. O êxito (sucesso) do relaxamento não depende de que o terapeuta seja muito bom com a técnica, mas que seja um bom motivando e garantir que o paciente aprende a: reconhecer e relaxar a tensão muscular; praticar diariamente em casa; aplicar o relaxamento em sua vida cotidiana e ante situações estressantes específicas; convertê-la num hábito.
Aspectos referentes ao ambiente físico -> se refere sobre tudo à sala de relaxamento e ao seu mobiliário, incluindo-se aqui também o aparato do paciente. Alguns autores concordam que a sala deve ser tranquila, mas não completamente sem sons, para que se assemelhem ao meio real. A temperatura deve permanecer constante e a luz tênue (leve), de forma que não incomode nem deixe o ambiente totalmente escuro. O mobiliário no qual pratica-se o relaxamento varia segundo diversos autores. Alguns, como Jacobson, utilizam um colchonete no princípio, passando logo o sujeito à posição sentada, para a qual utiliza uma cadeira formal. Outros, utilizam poltronas reclináveis com suporte para os pés e a cabeça. Quanto ao aparato do paciente, o importante é que o paciente esteja confortável e não esteja usando acessórios e roupas que o aperte e que dificultem a circulação. Alguns autores recomendam que se tirem os sapatos. É melhor observar o paciente e pedir que retire somente aqueles objetos que possam ser obstáculos na tensão-relaxamento de algum grupo muscular.
Aspectos referentes à voz do terapeuta -> o tom e a intensidade da voz que o terapeuta utiliza muda segundo o procedimento de relaxamento que ele utilizará. Isto é devido aos fundamentos e a lógica que há por trás de cada técnica.
Aspectos referentes à apresentação da técnica -> a apresentação de qualquer técnica de relaxamento deve conter os seguintes pontos: finalidade para a qual se vai ensinar e relação com o problema do paciente, em que consiste a técnica em termos gerais, como se procederá (seguira) nas sessões, importância da prática em casa e, por último, em que consiste (baseia) a sessão atual. Durante a apresentação, e depois dela, o terapeuta deve assegurar-se (certificar) que o paciente compreende e aceita a informação recebida. Quer dizer, tem que fazer sentido para ele o porquê, para que, e como vai aprender a relaxar. 
A TÉCNICA DO RELAXAMENTO PROGRESSIVO:
 Objetivo -> que o paciente experimente os dois estados de tensão e relaxamento e aprenda a 
discrimina-los. 
Conceito relaxamento progressivo: A técnica de relaxamento progressivo consiste em aprender a tensionar e logo relaxar os diversos grupos musculares de seu corpo, de forma que saiba o que sente quando o músculo está tenso e quando está relaxado. O relaxamento é feito por grupos musculares e segue-se um guia relativamente padronizado. Em cada nova sessão, o terapeuta procederá o relaxamento sempre na mesma ordem, de um grupo muscular, mas desta vez, sem tensionar os grupos trabalhados na sessão anterior, acrescentando em vez disso, os grupos daquela sessão. 
É importante que o cliente aprenda a tensionar e relaxar voluntariamente só os músculos que quer trabalhar.O número de sessões é adaptável, mas a sequência deve ser sempre a mesma.
 Principais problemas: se não alcançar o relaxamento dos três itens principais: subjetivo, fisiológico, comportamental; paciente com problemas de saúde que não podem ou não consegue contrair os músculos, aparecimento de câimbras, o adormecimento, problemas com os exercícios de respiração, em pessoas que tem “obsessão” com a respiração, pacientes idosos, etc.
A TÉCNICA DO RELAXAMENTO PASSIVO: Essa técnica se diferencia do relaxamento progressivo por não utilizar exercícios de tensionar, mas só de relaxar grupos musculares.
A TÉCNICA DO RELAXAMENTO AUTÓGENO: Consiste de uma série de frases elaboradas com a finalidade de induzir no sujeito estados de relaxamento através de auto-sugestões sobre: sensações de peso e calor em suas extremidades; regulação das batidas de seu coração; de tranquilidade e confiança em si mesmo; concentração passiva em sua respiração. Nesta técnica não se relaxam grupos musculares, mas exclusivamente se focaliza a atenção nas extremidades para aquecê-las, e no abdômen para favorecer a respiração. 
A técnica de relaxamento autógeno pode ser útil nos seguintes casos: com pessoas que encontram dificuldade em relaxar depois de haver tensionado os músculos; com pessoas nas quais não seja aconselhável tensionar certos músculos, devido a problemas orgânicos ou tensionais; como ajuda inicial para pessoas que encontram dificuldade em relaxar em casa. E para isso as instruções são gravadas para que o paciente pratique diariamente. A voz do terapeuta deve ser mais lenta e pausada, do que no relaxamento progressivo, mas sem adquirir tons hipnóticos. Cuidado: dependência à voz do terapeuta.
A RESPOSTA DE RELAXAMENTO: é um procedimento adaptado das técnicas de meditação. Nelas se utiliza um “mantra” ou palavra secreta sussurrada ao iniciado para produzir estados de meditação profunda. Utiliza nas instruções a respiração ativa, isto é, na concentração em uma palavra que ajude a respirar mais lenta e pausadamente.
IV – APLICAÇÕES:
A importância das técnicas de relaxamento não reside nelas mesmas, mas na aplicação que se faça delas. Não são fins em si mesmas, mas meios para alcançar uma série de objetivos. O objetivo fundamental desta técnica é dotar o indivíduo de habilidade para enfrentar situações cotidianas que estão produzindo tensão e ansiedade. Estas situações podem ser: nas atividades rotineiras; em situações específicas.
Explicar sempre a finalidade do relaxamento. Uma vez aprendido e praticado, começa a aplicá-lo na vida diária.
Relaxamento diferencial -> consiste em identificar a tensão aplicada ao realizar uma atividade habitual, eliminando tanto a tensão dos músculos que não participam da execução da tarefa, como o excesso de tensão nos músculos envolvidos nela.
Relaxamento condicionado -> consiste em associar uma palavra ao estado produzido pelo relaxamento, de forma que ante a situação estressante, o paciente utilizará esta palavra como “sinal” para relaxar-se imediatamente.
Pode ser aplicada como componente da técnica de dessensibilização sistemática, em problemas de medo, fobia, problemas psicossomáticos como insônia, asma e hipertensão, cefaleias, em processos cirúrgicos e hospitalares, problemas psicóticos, problemas de diabetes ou qualquer problema que tenha implícito um componente ansiógeno.
OBSERVAÇÕES: é necessário que a aprendizagem da técnica tenha sentido para o paciente; é necessário adequar a técnica ao paciente. A melhor técnica de relaxamento a ser utilizada é aquela que for mais apropriada a cada pessoa.
TEXTO: TREINAMENTO DE PAIS
I – INTRODUÇÃO:
Indicado para quando o terapeuta faz uma avaliação e observa que intervir com os pais é mais eficaz do que intervir com as crianças.
Conceito: Procedimentos por meio dos quais se treina os pais a modificar o comportamento de seus filhos em casa.
Aplicações/indicações: enurese, obesidade, aderência ao tratamento médico, desenvolvimento atípico, agressividade, desobediência excessiva, entre outros.
II – FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E EMPÍRICOS:
-> Bases teóricas e empíricas:
O enfoque teórico predominante sobre o desenvolvimento e manutenção dos problemas de comportamento tem ressaltado a “primazia dos processos familiares de socialização”, ou seja, segundo este modelo, entende-se que o comportamento da criança é resultante da socialização familiar. Ela aprende por modelagem, imitando o comportamento de seus pais e através da observação e testagem de limites e regras familiares. Ao nascer, elas já apresentam comportamentos aversivos rudimentares, como chorar, por exemplo. À medida que se desenvolvem, os comportamentos vão se tornando mais adaptativos e evolutivos e conforme crescem, a maioria das criança substitui os comportamentos coercitivos rudimentares por habilidades sociais e verbais mais apropriadas. Quando se avalia a primazia dos processos familiares de socialização, observa-se que, em decorrência da dinâmica familiar, uma séria de condições poderia aumentar a probabilidade de que algumas crianças continuassem empregando estratégias de controle inadequadas e aversivas. Muitas vezes, a família reforça negativamente, o comportamento coercitivo de um membro da família. 
Segundo estudos uma série de condições poderia aumentar a probabilidade de que algumas crianças continuassem empregando estratégias de controle aversivas. Ressalta que muitas vezes esses comportamentos recebem reforço negativo na intensificação ou manutenção desses comportamentos coercitivos. O “reforçamento negativo” tem um papel especialmente importante, já que o comportamento coercitivo de um membro da família se vê reforçado quando resulta no desaparecimento de um estímulo aversivo que outro membro da família está aplicando (quando retira o estimulo aversivo, a família reforça negativamente o comportamento coercitivo da criança).
Ex1. A mãe dá uma ordem (estímulo aversivo para a criança) -> a criança choraminga, grita, não obedece (resposta coercitiva da criança) -> a mãe cede (retira a ordem) para não ficar ouvindo a criança chorar (eliminação do acontecimento aversivo). Nesse ex. o comportamento coercitivo da criança é reforçado negativamente quando a mãe retira o estímulo aversivo (a ordem). 
Ex2. A mãe dá uma ordem (aplicação do estímulo aversivo 1) -> a criança choraminga, não obedece (resposta coercitiva da criança) -> a mãe aumenta a voz, repete a ordem (aplicação do estímulo aversivo 2) -> a criança grita mais alto, não obedece (segunda resposta coercitiva da criança) -> a mãe começa a gritar, repete a ordem outra vez (estímulo aversivo 3) -> a criança obedece (eliminação da resposta coercitiva da criança).
A diferença entre os dois exemplos é que no primeiro a mãe não sustentou a ordem, retirou o estímulo aversivo. Cedeu à resposta coercitiva da criança. No segundo, ela mediu forças com a criança (por ter gritado) para que esta cedesse e obedecesse. Conforme acontece o “treinamento” durante longos períodos, os comportamentos coercitivos dos filhos se tornam mais intensos provocados pela realização de comportamentos agressivos, por parte da família.
Os principais elementos no desenvolvimento dos problemas comportamentais da criança são hipotetizados como deficiências nas “habilidades-chave próprias do papel de pais”, como disciplina, vigilância, reforço positivo, solução de problemas e envolvimento. Essas habilidades dizem respeito, a saber, diferenciar os comportamentos adequados ou não e saber quando reforçar os comportamentos adequados.
Pesquisas têm indicado que não só a “desobediência infantil” precoce é a precursora (indica) de manifestações graves de comportamento-problema na puberdade e na adolescência, mas também ocupa um papel importante no futuro com problemas acadêmico e de relações com os companheiros.
-> O desenvolvimento do treinamento de pais (etapas)
1ª etapa -> anos 60 e começo dos anos 70. Empregava um modelo triádico (conjunto de três pessoas ou coisa) que empregava um terapeuta (consultor) que trabalhavadiretamente com o pai (mediador) para reduzir, finalmente, o comportamento problema da criança (objetivo). A suposição subjacente a este modelo era que algum tipo de déficit nas habilidades próprias do papel de pais havia sido, pelo menos parcialmente, responsável pelo desenvolvimento e/ou manutenção dos comportamentos-problema. Pesquisas limitadas aos estudos descritivos de casos ou a estudo de caso único, com dados coletados na clínica, as evidências apoiando a eficácia em curto prazo tanto no comportamento dos pais como no de seus filhos. Porém, a generalização dos efeitos não estava muito clara.
2ª etapa -> meados dos anos 70 até os primeiros anos de 80. Preocupação com a generalização dos efeitos (possibilita a validade social da intervenção):
A generalização contextual: refere-se à transferência dos efeitos do tratamento a lugares onde este não foi aplicado (ex. da clínica para casa) 
A generalização aos irmãos: refere-se à transferência das habilidades recém adquiridas, próprias do papel de pais, a irmãos da criança que não foram tratados, e que eles respondam da maneira desejada.
A generalização temporal: refere-se à manutenção dos efeitos do tratamento após sua finalização
A generalização comportamental: remete-se a se as mudanças – meta de comportamentos – problema específicos estão acompanhadas por outros comportamentos que não foram considerados como objetivos.
A generalização, em termos de tratamento, resulta num melhor emprego do tempo do terapeuta, visto que não será necessária sua intervenção quando haja reincidência de problemas, já que são tratados comportamentos problema em lugares novos ou problemas comportamentais dos irmãos; em termos de prevenção a generalização também minimiza a contínua intervenção profissional e permite aos terapeutas vigiar a ocorrência potencial de efeitos secundários não desejados.
Vantagens sobre os enfoques mais tradicionais -> generalização para qualquer ambiente; maior controle por parte dos pais, do seu ambiente e responsabilização dos pais moral, ética e legal de cuidar da criança, acontece dentro do contexto da criança.
3ª etapa -> a partir da década de 80, o interesse voltou-se para formas de melhorar a eficácia do TP, não só no respeito à eficácia a curto prazo, mas especialmente, com respeito à generalização.
III – PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO E TRATAMENTO
Avaliação: 
Avaliar se a criança está realmente tendo problemas de comportamento.
Ter como parâmetro (critérios, princípios) a criança em si, e pessoas relevantes (importante) ao ambiente da criança.
Essencial avaliar o comportamento dos pais no contexto das interações com a criança.
Múltiplos métodos de intervenção (de coleta de dados): 7 Procedimentos para a avaliação dos
 comportamentos da criança
Entrevistas com os pais e/ou com pessoas relevantes ao ambiente da criança (principal propósito é determinar a natureza das interações típicas entre pais-filhos que são problemáticas, as condições estimulares antecedentes sob as quais ocorrem os problemas e as consequências que acompanham esses comportamentos. Também podem ser utilizadas para obter uma breve história médica e evolutiva da criança e para fazer as primeiras perguntas sobre a presença de problemas de ajustamento pessoal).
Entrevista com a criança (mais confiáveis com crianças acima de 10 anos. Essa entrevista proporciona ao terapeuta a oportunidade para avaliar a percepção da criança sobre as causas de ter vindo à clínica e pode proporcionar uma avaliação preliminar das características cognitivas, afetivas e comportamentais).
Escalas de avaliação comportamental (são normalmente preenchidas pelos pais ou professores quanto ao comportamento ou às características da criança. São muito úteis como instrumento de seleção, tanto para cobrir uma ampla categoria de comportamentos problema como para avaliar a presença de outros transtornos de comportamento da criança. Principais: a CBCL. Uma das vantagens é que pode proporcionar informação sobre a presença simultânea de transtornos de comportamento, como déficit de atenção, hiperatividade e depressão. Também a ECBI, pode ser utilizado em situações nas quais o terapeuta quer centrar-se unicamente nos comportamentos – problema.
Observação direta (em casa, na clínica, na escola, etc.). Constitui condição indispensável da avaliação comportamental das crianças com problemas de comportamento e de suas famílias, tanto para estabelecer padrões específicos de interações pais-filhos como para avaliar a modificação dessas interações em função do tratamento.
Observação estruturada (“situações – padrão”). Sistema de Forehand e o DPICS. Ambos os sistemas colocam a duplas pai (mãe) – filho em situações padrão que variam no grau em que se requer o controle dos pais, indo desde uma situação de atuação livre até uma na qual o pai (mãe) dirige a atividade da criança.
Treinar os pais a observar e registrar
Observadores “AT” (acompanhantes terapêuticos)
3. Revisão dos programas de treinamento de pais (aspectos comuns):
a) O tratamento se realiza principalmente com os pais, havendo um menor contato terapeuta-criança.
b) O conteúdo desses programas inclui, normalmente, instruções dos princípios de aprendizagem social 
 que subjazem às técnicas que empregam os pais; treinamento na definição, vigilância e seguimento do
 comportamento da criança; procedimentos de reforço positivo, que incluem o elogia e outras formas de
 atenção positiva por parte dos pais, e sistemas de pontos ou fichas; procedimentos de extinção e de
 punição levo como o ignorar, o custo de resposta e o time out e o treinamento em dar instruções ou 
 ordens claras.
c) Com os adolescentes, é mais provável que as intervenções do TP se baseiem em uma mescla de teorias de aprendizagem social e sistêmicas, dando maior ênfase no papel dos comportamentos problema para manter o sistema familiar.
4. Programa de TP “ajudando a criança desobediente” -> Forehand e McMahon.
Objetivos á longo prazo é a prevenção secundária de problemas graves de comportamento em criança em idade pré-escolar e nos primeiros anos de escola, e a prevenção primária da delinquência juvenil posterior. 
Objetivos intermediários e á curto prazo: a suspensão do estilo coercitivo da interação pais-filho e o estabelecimento de padrões de interação mais positivos; a melhora das HPPP em termos de seguimento e atenção mais precisa do comportamento apropriado da criança, um aumento no uso do elogio e outras expressões verbais positivas, ignorar comportamentos levemente inapropriados, dar instruções claras e apropriadas, proporcionar consequências adequadas para a obediência e desobediência; o aumento dos comportamentos pró-sociais da criança e a diminuição os comportamentos problemáticos. 
Procedimentos para treino de cada habilidade:
1. Explicação do procedimento e dos fundamentos de cada habilidade
2. Demonstração pelo terapeuta da habilidade através da representação de papéis
3. Pratica da habilidade pelo pai ou mãe enquanto o terapeuta representa a criança
4. Explicação para a criança do procedimento e participação nas representações
5. O pai ou mãe pratica com a criança na clinica, com observação pelo terapeuta, pelo espelho unidirecio-
nal para posterior feedback (retorno, opinião).
6. O pai ou mãe pratica com a criança na clínica sem o feedback (retorno, opinião) contínuo do terapeuta
7. São designadas tarefas específicas para casa com a finalidade de praticarem as habilidades diariamente
De acordo com o programa de treinamento de pais “Ajudando à criança desobediente” as duas fases são: 
Fase 1 -> tratamento da atenção diferencial: 
Atentar (descrever o comportamento da criança; seguir, não dirigir; sem perguntas, ordens ou questões 
docentes);
 Recompensas (físicas, verbais sem sinalizar, verbais sinalizando)
 Ignorar (sem contato ocular ou sinais não verbais; sem contato verbal; sem contato físico). Ou 
seja: 
Fase I (atenção diferencial): Primeiro ensina-se os pais a atentar para o comportamentoapropriado da 
criança e descrevê-lo. A segunda parte desta fase consiste em treinar os pais a utilizar recompensas
verbais (elogio) e físicas (abraços) contingentes com a obediência e outros comportamentos apropriados.
Ensina-se também a ignorar (sem contato ocular, verbal e físico) comportamentos impróprios.
Fase 2 -> treinamento para cumprimento das ordens:
 Instruções claras (utilizar ordens claras; específicas e diretas, uma por vez e esperar um tempo para que a criança realize).
Consequências (reforçamento pelo cumprimento das ordens; sequência aviso time- out por não cumprir as ordens; regras fixas). Ou seja: Fase II (cumprimento das ordens): ensina-se primeiro os pais a 
usar instruções claras, com ordens apropriadas, uma de cada vez e que dê tempo para que a criança
 cumpra. Deixar de usar ordens betas (interrupções). Depois, existem as consequências, com 
 reforçamento pelo cumprimento das ordens e sequência aviso time-out (suspender o que a criança quer ex: ipad) por não cumprir as ordens. Deve-se manter regras fixas.

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