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Técnicas de Intervenção em TCC (Resumos)

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Técnicas de Intervenção em TCC 
(Resumo)
Questionamento Socrático 
A técnica do questionamento socrático guia o paciente para que ele encontre respostas racionais e conclusões realistas sobre a melhor forma de agir em determinada situação. 
São objetivos do questionamento socrático:
I- Obter informações sobre o paciente e a visão acerca da sua vida.
II- Avaliar estratégias de enfrentamento.
III- Avaliar possíveis mudanças.
IV- Avaliar os estressores e o funcionamento global.
Os benefícios do questionamento socrático: 
·	Intensificação da relação terapêutica.
·	Promoção da participação ativa do paciente na terapia.
·	 Melhor entendimento de cognições e comportamentos.
Descoberta Guiada 
A descoberta guiada por meio de questionamento socrático, uma das principais técnicas da Terapia Cognitiva. O objetivo é trazer a informação à consciência do paciente,correlacionando o pensamento automático à consequente emoção e comportamento. Através de perguntas simples o terapeuta guia o paciente rumo a identificação de pensamentos disfuncionais, pressupostos e esquemas,possibilitando avaliá-los de maneira mais coerente com a realidade. 
O papel do terapeuta na descoberta guiada:
·	Questionamentos que estimulem a emoção.
·	Questionar de forma empática as informações que não ficaram claras.
·	Ser específico em todas as situações que envolvem a psicoterapia.
·	Evitar pular tópicos nas sessões.
Seta/Flecha Descendente 
A flecha/seta descendente foi inicialmente utilizada por Burns (1989) e por Beck et al (1993). É assim denominada porque o terapeuta mostra para o paciente no papel, o sentido do pensamento que aponta para o outro. A técnica da seta descendente ajuda ao paciente a identificar as Crenças Nucleares/Centrais através de perguntas socráticas e geralmente após da identificação do pensamento automático.
Após a identificação das crenças centrais,o terapeuta deve procurar modificá-las utilizando outras técnicas. Em casos de oscilação de humor na forma negativa, o terapeuta pode solicitar um tempo para o paciente digerir as informações.
O Fluxo correto da seta descendente:
Sequência ➔ pergunta ➔ conexão ➔ camadas ➔ superficiais e profundas.
Nota¹: Perguntas direcionadas com "para você" tem uma grande probalidade de revelar Crenças Intermediárias. Já as direcionadas com "sobre você" tem mais chances de revelar as Crenças Centrais.
Nota²: Essa técnica, se bem aplicada, aumenta a adesão do paciente fortalecendo a confiança o que beneficia a aliança terapêutica. 
Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD) 
O RPD (Registro dos Pensamentos Disfuncionais) é uma técnica da terapia cognitivo-comportamental que tem o objetivo de fazer com que o cliente saiba identificar e analisar, de forma consciente, os seus pensamentos, emoções e comportamentos conflituosos, levando o indivíduo a pensar em respostas adaptativas e mais flexíveis. A partir do registro de pensamentos o paciente terá a clareza da relação entre pensamento, emoção e comportamento.
O terapeuta deve incentivar a prática do RPD, através do bloco de notas ou app de anotação do celular e (se possivel) trabalhar com ele os registros no inicio da sessão. 
Cartões de Enfrentamento
O uso do cartão de enfrentamento é indicado para situações em que o paciente não consegue controlar ou modificar seus pensamentos de imediato. Funcionam como instruções que o pensamento daria para si mesmo.
Características referentes a técnica de cartões de enfrentamento:
·	Lembretes de facil acesso 
·	Informações praticas e objetivas
·	Funciona como o registro de conteúdos discutidos.
·	Tem a função de motivar o pensamento.
·	Tem a função de lidar melhor com o problema.
·	Mantém o foco proposto nas sessões.
Diário de Dados Positivos (DDP)
O Registro de Pensamentos Disfuncionais é um formulário que visa identificar emdeterminadas situações quais são os pensamentos, emoções/sentimentos e comportamentos do sujeito. O diário de dados positivos:
·	Engloba relatos de pequenos acontecimentos diários.
·	Reforça ao paciente a encontrar uma crença positiva.
·	Reforça a busca por crenças adaptativas.
Fazem parte do processo de criação do diário de dados positivos:
I- Observar, anotar as evidências para gerar um novo esquema.
II- Cognições que sustentam a crença mais positiva.
III- Fomentar ações positivas.
À medida que a mudança começa a ocorrer, a evidência para a nova crença (positiva) torna-se mais forte e mais crível. Faz parte do papel do terapeuta, sempre validar os dados coletados pelo paciente, mesmo que, aparentemente, seja uma coisa simples. 
CD-Quest
Trata-se de um questionário autoaplicável que identifica equívocos ou distorções cognitivas,elaborado a partir da abordagem da Terapia Cognitiva Processual (TCP).
·	Objetivos do instrumento
Os principais objetivos do CD-Quest são promover a percepção da influência das distorções cognitivas, ou seja, constatar e monitorar os equívocos cognitivos para ajudar o paciente a perceber suas distorções cognitivas em sua rotina, associando-as às emoções e aos comportamentos.
·	Indicações
As distorções cognitivas são relativas aos equívocos de pensamentos, a partir dos quais o indivíduo percebe a realidade de uma maneira tendenciosa e distorcida. Cada questão do CD-Quest é devidamente explicada e exemplificada.
As 15 distorções cognitivas estão no CD-Quest,suas pontuações variam de 0 a 75 e quanto mais alta a pontuação, maior a distorção cognitiva
Role-Play 
O role-play configura-se como uma das técnicas da terapia cognitivo- comportamental para a mudança do pensamento e do comportamento, sendo que a relação entre o terapeuta cognitivo e o cliente/paciente atuam de forma colaborativa.
Sobre as principais características sobre o role-play:
·	Bom vínculo terapêutico.
·	Uso com outras técnicas.
·	Uso em diversas abordagens.
Entre os principais objetivos do role-play, podemos destacar:
Desenvolvimento das habilidades e aprendizagem.
 Avaliação de Consequências 
A avaliação das consequências está associada ao funcionamento de cada paciente e ao desenvolvimento de um planejamento com base em metas e objetivos específicos a cada etapa do tratamento. 
As possibilidades da avaliação de consequências é tornar o paciente capaz de processar e dar respostas de maneira mais funcional ao seu problema, pensar em táticas que são usadas para alcançar suas metas, priorizar a autorregulação, autoinstrução para regular a impulsividade e ampliar repertório de resolução de problemas. 
Deste modo, treinar o paciente para avaliar mais realisticamente seu comportamento e suas consequências, avaliando também a qualidade de seu desempenho e melhorar o desempenho em tarefas,pode melhorar condutas sociais.
Entrevista Motivacional
A entrevista motivacional (EM) é uma abordagem terapêutica centrada no cliente facilitando o aumento dos níveis de motivação apresentado por ele, considerando seus valores e preferências.
Apresenta resultados excelentes no trato destas ambivalências que são vistas como aliadas e não uma resistência do paciente na terapia. Também é usada quando os clientes se mostram engajados na mudança, porém chegaram a algum tipo de obstáculo ou impasse em seu processo terapêutico.
Pelo fato de possuir uma breve duração, a entrevista motivacional é indicada para pacientes considerados difíceis, resistentes e com baixo nível de motivação para mudanças, entre eles adolescentes encaminhados pela justiça em decorrência do envolvimento em atos infracionais. Também se mostrou efetiva na redução do uso de substância psicoativas (cocaína, maconha etc.), além da adesão ao processo terapêutico, adesão a dietas e exercícios. 
Dessensibilização Sistemática 
Esta técnica fundamenta-se no princípio de inibição recíproca da ansiedade, segundo o qual as respostas eliciadas no indivíduo após entrar em contato com um evento aversivo, podem ser inibidas através de uma resposta incompatível com as respostas de ansiedade, ou seja, produzindo o relaxamento. Deste modo, ensina-se uma resposta contrária a ansiedade através da exposição gradual ao estímulo que a evoca, fazendo com queessa resposta seja acompanhada da supressão parcial ou total da ansiedade. 
A dessensibilização sistemática pode ser desenvolvida por imaginação ou pela exposição in vivo do evento eliciador de ansiedade e está dividida em 4 etapas:
1. treino em técnicas de relaxamento;
2. desenvolvimento de uma escala de ansiedade subjetiva;
3. planejamento de exposição gradual ao(s) evento(s) que elicia(m) respostas de
ansiedade e/ou esquiva;
4. pareamento dos eventos eliciadores de ansiedade com o relaxamento.
A dessensibilização sistemática é muito utilizada para o tratamento dos mais diversos transtornos de ansiedade, uma vez que através da exposição imaginativa o paciente ensaie habilidades de enfrentamento e, com a exposição in vivo, enfrenta um estímulo que lhe causa aversão aprendendo a inibir a reação emocional e a resposta fisiológica inicial, ganhando autoconfiança.
Dicas para aplicação da dessensibilização sistemática eficaz:
·	Psicoeducar o paciente sobre como o corpo funciona sob estresse e ansiedade;
·	Ensinar mais de uma técnica de relaxamento;
·	Medir a ansiedade antes e depois da exposição e dos diversos relaxamentos;
·	Construir uma hierarquização do medo bem detalhada;
·	Pode-se utilizar exposição a representações mentais, fotos, vídeos, sons antes da exposição ao objeto real;
·	Desenvolver suas habilidades para o enfrentamento das situações que antes evitava;
·	Sinta-se fortalecido e seguro antes de seguir para o próximo nível
Automonitoramento de Sintomas 
O automonitoramento é uma técnica clínica importante utilizada na Terapia Cognitivo-Comportamental. É frequentemente usado para tarefas de casa no contexto de tratamentos abrangentes. 
Esta técnica envolve a observação sistemática e o registro do comportamento alvo, como a resposta emocional de um paciente, pensamento disfuncional e/ou comportamento problemático. 
O automonitoramento pode ser entendido como um ato de cognitivo separado de outros atos cognitivos e autorreguladores. Alternativamente, e com mais precisão, pode ser entendido dentro do contexto mais geral de autorregulação. Assim, o automonitoramento é um componente fundamental da autorregulação ou do funcionamento executivo e deve ser entendido dentro desse contexto.
- Os tipos de Automonitoramento
·	Folhas de registro simples : Registro da ocorrência de um comportamento
·	Tabelas: várias colunas, nas quais o paciente registra antecedentes, sentimentos, classificações de intensidade, pensamentos automáticos, pensamentos adaptativos econsequências.
Os tipos também podem ser:
·	Planilhas
·	Fichas,
·	Um diário escrito à mão ou um programa ou aplicativo (dispositivos digitais). 
Curtograma 
O curtograma é uma técnica que o terapeuta utiliza para observar a rotina atual do paciente através da descrição dos comportamento atuais dele. Por meio da construção de um mapa de atividades, o paciente passa a perceber como sua rotina está sendo estabelecida, o que permite a melhora em seu exercício de discriminação para as atividades que pratica.
É constituído de um grande quadro dividido em quatro partes ou quadrantes. Cada um dos quadrantes representa uma aspecto das atividades da vida do paciente relacionadas ao nível de satisfação que ele sente ao realizá-las ou não.
Essa técnica é utilizada com os seguintes objetivos:
·	Desenvolver o autoconhecimento do paciente sobre as atividades que realiza ou não em seu cotidiano, ampliando seus estados emocionais de bem-estar;
·	Reduzir a realização do número de atividades desagradáveis ao sujeito e,consequentemente, diminuir as emoções negativas associadas a estas atividades;
·	Aumentar as emoções positivas a partir da identificação e prática de ações que são prazerosas, mas que o paciente não estava fazendo.
Desse modo, o terapeuta passa a trabalhar a necessidade do paciente redistribuir os comportamentos realizando, gradativamente, mais coisas que julga serem agradáveis questionando o último sobre essa possibilidade. Além disso, identifica-se a possibilidade de inversão de ações que gosta e não faz com as que não gosta e faz, levando o paciente a questionar quais ações pode implementar no momento presente que lhe propicie mais prazer para sua rotina. A partir deste questionamento identifica-se metas de implementação de atividades prazerosas. 
Cronograma de Atividades 
O cronograma de atividades pode ajudar a estabelecer bons hábitos e fornecer ampla oportunidade de colocar o que o paciente aprendeu em prática. O cronograma ou agendamento de atividades é uma das intervenções comportamentais mais simples na abordagem da TCC e uma das mais eficazes, especialmente para tratar de pacientes com sintomas depressivos.
Em razão de simplicidade de execução, os pacientes a consideram uma técnica “fácil” de ser realizada para planejar as atividades diárias, alocar horas específicas para determinadas tarefas, aumentando muito a probabilidade de realizá-las, gerando aumento da motivação, já que passa a planejar e realizar atividades que considerava prazerosa, mas pelos mais diversos motivos, não as realizavam mais. O retorno a essas atividades pode ser considerado um aspecto muito motivador ao paciente.
Considera-se que o cronograma de atividades é uma ferramenta psicológica utilizada para combater a passividade e, gradativamente, reengajar o paciente em atividades de sua rotina.
A outra vantagem da realização da técnica cronograma de atividades é a oportunidade do paciente estruturar sua rotina, aumentando suas chances de normalizar seus padrões, seja de apetite, do sono ou outros padrões considerados pertinentes e importantes para sua vida.
Automonitoramento de Preocupações 
As preocupações correspondem a uma ideia fixa, permanente, dominante e antecipada com algo que ainda irá acontecer. É uma cadeia de pensamentos acerca de incertezas sobre o futuro, uma tentativa de preparar-se para possibilidades ruins ou ameaçadoras sentindo-se ansioso. 
Muitas vezes, o indivíduo usa a preocupação como uma estratégia de defesa contra desastres iminentes, tentando bloquear emoções consideradas desagradáveis e intoleráveis construindo algumas regras autoimpostas:
1. Se algo de ruim pode acontecer, se você é capaz de imaginar, então é sua responsabilidade preocupar-se com isso.
2. Não aceite qualquer incerteza. Você precisa ter certeza.
3. Trate todos os pensamentos negativos como se fossem realmente verdade.
4. Qualquer coisa ruim que venha acontecer é reflexo de quem você é como pessoa.
5. O fracasso é inevitável.
6. Livre-se de quaisquer sentimentos negativos imediatamente.
7. Trate tudo como emergência.
A preocupação é uma característica muito comum da ansiedade. As preocupações ocorrem de maneira automaticamente em pessoas com problemas de ansiedade, estando presentes em seus diversos transtornos: TAG, TOC, TAS, TPA, entre outros. Com isso, é considerado um problema na ansiedade porque:
·	 Mantém o indivíduo concentrado em pensamentos de ameaça e perigo;
·	 Reforça um senso de impotência pessoal porque é difícil de controlar;
·	Alimenta um senso de incerteza porque está sempre orientada ao futuro, e o futuro é impossível de saber;
·	 É uma evitação do medo básico subjacente aos problemas de ansiedade.
Vale ressaltar que existem preocupações produtivas, ou seja, que ajudam o indivíduo a solucionar problemas e conduzem a uma ação que pode ser executada. Porém, as preocupações também podem ser improdutivas produzindo vários pensamentos do tipo “E se...” que trazem questões sem resposta, não conduzindo a ação prática, além do constante sentimento de tragédia e impotência.
A terapia cognitivo-comportamental foca na identificação dos aspectos centrais do processo de preocupação que contribuem para sua intensificação. O objetivo da terapia não é fazer com que o paciente elimine todas as preocupações, mas sim ensinar o paciente a distinguir as preocupações produtivas ou úteis daquelas improdutivas ou inúteis.
Aprendizagem Observacional
A aprendizagem observacional descreve o processo de aprendizagem por meio da observação dos outros, retendo as informações e, posteriormente,replicandoos comportamentos observados. A aprendizagem por observação também é conhecida como modelagem e reforço positivo, modelagem e reforço vicário. 
Embora possa ocorrer em qualquer momento da vida, tende a ser mais comum durante a infância, à medida que as crianças aprendem com as figuras de autoridade e seus pares. Também desempenha um papel importante no processo de socialização. As crianças aprendem como se comportar e responder aos outros observando como seus pais e outros cuidadores interagem entre si e com outras pessoas.
Ao usar esta técnica, o terapeuta solicita ao paciente para considerar pessoas que ele considera que se saíram mal em determinadas situações, mas as coloque como modelos de pessoas bem-sucedidas, apesardo desempenho inferior.
Esta técnica, obviamente, parece um contrassenso, mas o objetivo principal é tornar o paciente livre dos padrões exigentes e das comparações injustas que contribuem para autoestima rebaixada. Outra variação desta técnica é pedir ao paciente que considere como pessoas que passaram por experiências negativas, como traumas, doenças graves, conflitos, entre outras, passaram por esta situação de modo produtivo.
Estratégia A.C.A.L.M.E- S.E 
Ela é constituída de 8 passos representados pelas iniciais do anagrama, nos quais almeja-se reduzir o nível de ansiedade à medida que evolui entre os passos, promovendo o alívio dos sintomas. Na estratégia A.C.A.L.M.E.-S.E. somente nos passos mais avançados é que os pensamentos serão avaliados.
- Estratégia A.C.A.L.M.E.-S.E.
A chave para lidar com um estado de ansiedade é aceitá-lo totalmente. Permane-cer no presente e aceitar a sua ansiedade fazem-na desaparecer. Para lidar com sucesso com sua ansiedade você pode utilizar a estratégia “A.C.A.L.M.E.-S.E.”, de oito passos: 
1. Aceite a sua ansiedade
2. Contemple as coisas a sua volta
3. Aja com sua ansiedade
4. Libere o ar de seus pulmões! 
5. Mantenha os passos anteriores. 
Repita cada um passo a passo. Continue a: 
(1) aceitar sua ansiedade; 
(2) contemplar; 
(3) agir com ela 
(4) respirar calma e suavemente até que ela diminua e atinja um nível confortável. 
E ela irá se você continuar repetindo estes quatro passos: aceitar, contemplar, agir e respirar.
6. Examine seus pensamentos. 
7. Sorria, você conseguiu! 
8. Espere o futuro com aceitação.
Treino de Resuloção de Problemas 
O treino de resolução ou solução de problemas é uma técnica que objetiva ensinar o paciente a desenvolver respostas possíveis para o manejo eficaz de situações problemáticas.
Através desta técnica, o indivíduo aprende a identificar respostas eficazes e a selecionar aquela que parece ser a mais adequada para cada tipo de situação, alterando-a de forma a eliminar ou reduzir sua natureza problemática. 
O treinamento ocorre por modelagem de habilidades para resolver diversas situações da vida real trazidas pelo paciente e situações típicas simuladas durante as sessões. Através desse processo metacognitivo, os indivíduos compreendem a natureza dos problemas da vida e dirigem seus objetivos à modificação do caráter problemático da situação ou mesmo das suas reações a ela.
A capacidade de resolver problemas compreende uma série de habilidades específicas que são desenvolvidas gradativamente com direcionamento do terapeuta. Essa técnica tem sido aplicada em uma variedade de transtornos clínicos, entre eles a depressão, o estresse e a ansiedade, quadros agorafóbicos, na obesidade, no alcoolismo, em períodos de transição, ou seja, em diversas situações nas quais o indivíduo esteja indeciso e precise fazer escolhas. Ademais, a adequação de qualquer solução varia de pessoa para pessoa, de lugar para lugar, pois a eficácia depende dos valores e objetivos de cada um.
Inventario da Autoestima 
O Inventário de autoestima consiste em 50 itens e produz uma pontuação geral e quatro pontuações separadas que representam aspectos específicos da autoestima, a saber, self geral, autopares sociais, como pais ou colegas (ou profissional para adultos).
Um conjunto de itens adicionais constitui uma escala de mentira (respostas defensivas; oito itens). O Inventário de autoestima vem em três versões: 
Formulário escolar (para idades de 8 a 15 anos, formulário A), 
Formulário adulto (para maiores de 16anos, formulário C),
Formulário curto (formulário B)
Todas as versões podem ser utilizadas como ferramenta de triagem e/ou diagnóstico em ambientes clínicos e de pesquisa.
Os itens do inventário exigem que o participante relate seus sentimentos sobre si diretamente e são normalmente pontuados usando uma escala dicotômica (“como eu” vs “diferente de mim”). Assim, as pontuações do inventário podem variar de 0 a 50, com pontuações mais altas refletindo maior autoestima. 
Além da escala padrão de 58 itens, uma forma breve do inventário (Forma B) foi desenvolvida, contém apenas 25 itens (retirados da escala de 50 itens) e não apresenta nem a escala de mentira nem as pontuações da subescala. Essa versão abreviada foi desenvolvida como alternativa ao inventário quando o tempo é limitado. 
O Inventário de autoestima pode ser uma ferramenta útil para medir a autoestima, é de fácil aplicação e compreensão, mas não imune a críticas:
·	 Em primeiro lugar, sua estrutura fatorial é muito debatida em razão de suas propriedades psicométricas.
·	Em segundo lugar, o formato de resposta (escala dicotômica) fornece informações relevantes sobre as atitudes em relação a si mesmo, mas os pacientes não podem expressar atitudes neutras ou moderadas. As respostas são mais propensas a serem afetadas pelo viés da desejabilidade social. 
·	Em terceiro lugar, estudos sugeriram um viés de gênero nos itens da versão abreviada.
Relativamente aos impactos do uso, numerosos estudos indicam que a autoestima é um dos fatores de risco e proteção mais importantes no desenvolvimento de transtornos mentais e problemas sociais.

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