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ANALISE RÍTMICA DA CIDADE DE PORTO ALEGRE

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ANALISE RÍTMICA DA CIDADE DE PORTO ALEGRE/RS NO PERÍODO DE 01 
DE JULHO DE 2014 A 30 DE JUNHO DE 2015
Antonio Alcir da Silva Arruda
Cristina Pegoraro
Jean Marcon
Resumo
Este trabalho faz uma análise de três eventos extremos no período de 01 de julho
de 2014 a 30 de junho de 2015 no município de Porto Alegre, fazendo para cada
evento extremo uma análise de ritmo climático de 15 dias antes e 15 dias depois
do evento extremo selecionado. Eventos extremos selecionados de excesso de
precipitação, temperatura máxima anormal em mês de media baixa de
temperatura são os eventos classificados para análise detalhada da dinâmica
atmosférica que levaram ao climax, para acontecimento desses episódios. 
chave: 
Analise rítmica; eventos extremos; Porto Alegre
.
Abstract
Key words:
Rhythm analysis; extreme events; Porto Alegre
This work is an analysis of three extreme events in the period from 1 July 2014 to
30 June 2015 for the city of Porto Alegre , making for each extreme event into a
climate rhythm analysis 15 days before and 15 days after the extreme event
selected. selected extreme events of excess rainfall , abnormal maximum
temperature in month low average temperature are the events classified for
detailed analysis of atmospheric dynamics that led to the climax to event these
episodes . 
Introdução
Monteiro (1991), não acredita no clima como um fator imutável, para ele somente
através da quantificação de suas médias chega-se a um entendimento.Na
classificação criada pelo Prof. Köppen, divide-se o globo terrestre em seções para
verificação e comparação de suas médias de precipitação e temperatura do ar, em
lugares diferentes em localização mas parecidos em clima, dessa forma podendo-
se classificar o clima. Naturalmente essa classificação podem apresentar
questionamentos motivados por dinâmicas climáticas de diferentes latitudes que o
Prof Köppen tenha através de sua metodologia de comparação tenha classificado
como mesmo tipo de clima. Apesar disso a classificação de Köppen é muito
utilizada para estudos de uma determinada região focada para observação e
estudo, fazendo com que haja uma compreensão básica sobre o clima especifico
dessa área escolhida. (ALVARES et al., 2013)
Conforme Borsato e Souza Filho descrevem em seu artigo
‘A análise rítmica consiste na interpretação da seqüência
sobreposta dos elementos fundamentais do tempo, como:
temperatura, pressão atmosférica, nebulosidade ou insolação,
vento e precipitação de um local determinado e da circulação
atmosférica observada nas cartas sinóticas. As cartas sinóticas são
elaboradas por meio de linhas que unem os pontos de igual
pressão (isóbaras). As isóbaras são elaboradas a partir dos dados
da pressão atmosférica, corrigidos para a temperatura de 0°C e a
altitude 0m, para que esses dois fatores não interfiram na sua
representação.’
Sendo a análise uma abordagem essencialmente dinâmica torna-se necessário
um perfeito entrosamento entre as estações locais, detalhadas em unidades de
tempo cronológico adequada como também os elementos de análise espacial da
circulação atmosférica. No primeiro caso os dados devem provir de estações
meteorológicas de primeira classe com disponibilidade de observações horárias
ou aparelhos de registro continuo.
Clima de Porto Alegre
Tem um clima quente e temperado. Existe uma pluviosidade significativa ao longo
do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. Segundo a
Köppen e Geiger o clima é classificado como Cfa. Porto Alegre tem uma
temperatura média de 19.5 °C. Pluviosidade média anual de 1397 mm. 
Gráfico Climático
101 mm refere-se à precipitação do mês de Abril, que é o mês mais seco.
Apresentando uma média de 137 mm, o mês de Setembro é o mês de maior
precipitação.
Gráfico de temperaturas
No mês de Janeiro, o mês mais quente do ano, a temperatura média é de 24.8 °C.
A temperatura média em Junho, é de 14.7 °C. É a temperatura média mais baixa
de todo o ano.
Tabela climática
Existe uma diferença de 36 mm entre a precipitação do mês mais seco e do mês
mais chuvoso. 10.1 °C é a variação das temperaturas médias durante o ano
Fonte das informações clima de porto alegre
http://pt.climate-data.org/location/3845/
Metodologia e técnicas
Para a execução deste trabalho foi baixado os dados da cidade Porto Alegre no
periodo de 01/07/2014 a 30/06/2015 do site www.inmet.gov.br/ que foram
devidamente organizados e transformados em planilhas de apoio para a
localização dos eventos considerados como extremos que serão tratados a seguir.
Inicialmente foram organizadas as planilhas do período separadas em 12 gráficos
mensais com os parâmetros de temperatura, precipitação e umidade, como
elementos principais para este trabalho. Na figura abaixo verifica-se um resumo
de todas as medidas coletadas no periodo de 30 anos para Porto Alegre pelo
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET - médias de temperatura, precipitações
e dias de chuva: normal climatológica 1961-1990; período dos recordes de
temperatura: 1961 a 2013) representada na ( figura 1). para sustentação das
escolhas de datas como eventos extremos de significação climatológica.
(figura 1)
Usando-se as planilhas dos gráficos mensais e fazendo análise criteriosa,
escolheram-se os eventos a seguir. Na (figura 2 ) a representação gráfica do
evento 1 – precipitação de 80,3mm no dia 17 de outubro foi considerado como
sendo um evento extremo que não poderia ficar desapercebido para este trabalho
de análise ritmica da cidade de Porto Alegre. Conforme critérios do trabalho , foi
selecionado o período de 02 de outubro de 2014 a 01 de novembro de 2014 para
considerações dos elementos do clima.
Análise ritmica dos eventos
(Figura 1) Análise sinótica evento extremo 1 – Precipitação de 80,3mm no dia 17
de outubro de 2014 na cidade de Porto Alegre.
análise Sinótica: 17/10/2014-00Z 
Nível 850 hPA 
Na análise da carta sinótica de 850 hPa da 00Z do dia 17/10 o escoamento apresenta-se 
anticiclônico entre o Uruguai e grande parte do Brasil, que também influencia o Sul do Brasil. Esta 
circulação anticiclônica causa ventos fortes entre a Bolívia e parte do Sul do Brasil, onde se observa
áreas de instabilidade em parte do RS e SC. A sudeste da Região Sul há um cavado frontal com 
fraco gradiente. A área com forte baroclinia a sul de 30°S no Atlântico, onde há uma forte 
circulação ciclônica, cujo centro
atua em 58°S/47°W. A isoterma
de zero grau atua a sul de 34°S
no Atlântico e no Pacífico. No
continente esta localizada entre
40 e 52°S. O Anticiclone
Subtropical do Atlântico Sul
(ASAS) atua a leste de 20°S e a
circulação da borda nordeste se
estende para parte do leste do
Nordeste. Ao norte de 10°S, o
escoamento é de leste e
perturbado que somado a
umidade, favorecendo a
convergência de massa de baixos
para níveis mais elevados da
troposfera. 
Superfície 
Na análise da carta sinótica de superfície das 00Z do dia 17/10, observa-se um sistema frontal no 
Atlântico, ao norte de 30°S, mas afastada do continente. Entre SP e o Atlântico adjacente nota-se 
um cavado. A leste do RS observa-se a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) com núcleo no valor
de 1024 hPa em torno de 33°/28°W. Entre o norte da Argentina, Uruguai e Atlântico adjacente 
observa-se a presença de uma frente fria que segue até uma baixa pressão no valor de 992 hPa em
torno de 48°S/47°W. Observa-se uma frente oclusa a sudeste deste último sistema comentado, 
com baixa pressão no valor de 960 hPa em torno de 50°S/08°W. Nota-se um sistema frontal no 
Pacífico,com baixa pressão em oclusão no valor de 996 hPa em torno de 41°S/88°W. A Alta 
Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) tem centro de 1020 hPa a oeste de 80°W. A Zona de 
Convergência Intertropical (ZCIT) oscila em torno de 08°N e 09°N no Pacífico e 07°N no Atlântico.
Previsão
Hoje (17/10) e nos próximos dias (18 a 19/10), o destaque para temporais isolados entre parte do 
nordeste da Argentina, do Uruguai, do RS, de SC e do PR. Isto ocorrerá devido a presença de uma 
situação atmosférica fortemente instável, com a presença de temperaturas elevada, do Jato de 
Baixos Níveis (JBN) e da forte difluência no escoamento em 250 hPa. Além disso, uma frente fria 
atuará na noite de hoje (17/10) deverá permanecer estacionário entre o sul do RS e Uruguai. Entre 
o sábado (18/10) e o domingo (19/10) uma nova onda frontal se formará no oceano a leste da 
Argentina, onde a frente fria atuará até a área entre o norte e nordeste da Argentina, sul do 
Uruguai e oceano adjacente no sábado e até o sul de SC no domingo. Na segunda-feira (20/10) 
essa frente fria avançará para SP, que provocará chuva forte. Na terça-feira (21/10) avançará no 
final do dia até o sul do RJ e oceano Atlântico, que auxiliará a causar tempo com condição de 
pancadas de chuva em grande parte do Sudeste do Brasil. Também haverá condição para pancadas
de chuva no PR e parte isoladas do Centro-Oeste do Brasil. Assim, neste dia não se descarta a 
possibilidade da formação de um canal de umidade. A massa de ar seco ainda atuará até o final de 
semana e segunda-feira entre o Sudeste e o Centro-Oeste, e deixará as temperaturas elevadas e a 
umidade relativa do ar baixa no período da tarde, e em várias localidades poderá ser inferior a 
15%. Isto se dará em função da atuação de um forte anticiclone em 500 hPa, que migrará da 
Bolívia para o RJ, aproximadamente, entre hoje (17/10) e o domingo (19/10) e enfraquecerá. Os 
temporais no Sul do Brasil principalmente serão na forma de pancadas de chuva localmente forte 
com rajadas de vento e queda de granizo e, também, por acumulados de chuva significativos. <br> 
Elaborado pelo Meteorologista Bruno Miranda 
http://tempo1.cptec.inpe.br/boletimTecnico/faces/boletim.jsp?idBoletim=935
Análise sinótica evento extremo 2 – Temperatura máxima de 34,7C anormal para
o dia 24 de agosto de 2014. 
Período de análise rítmica: 09 de agosto de 2014 à 08 de setembro de 2014.
Análise Sinótica: 24/08/2014-00Z 
Imagem de Satélite Goes 13
Nível 250 hPA
Na análise da carta sinótica de 250 hPa da 00Z do dia 24/08, nota-se a presença de um cavado com
eixo entre o sudoeste do Amazonas, passando em Mato Grosso, Goiás até o litoral sul de SP e leste 
do litoral do PR, porém não produz tempo significativo, pois não há umidade no ar nas camadas 
baixas para induzir a formação de nuvens. Na vanguarda desse cavado observa-se a presença de 
uma ampla área anticiclônica que tem dois centros: um está centrado sobre o Atlântico e à leste da
BA e do ES e, o outro no noroeste do PA. Um cavado de onda curta atua entre o sudeste do PI e o 
sudoeste da BA. Um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) está configurado no escoamento nas 
proximidades do litoral do CE, com centro em 00°/40°W. Esse VCAN gera difluência no 
escoamento, gerando em baixos níveis convergência de massa e com isso nebulosidade rasa entre 
o litoral sul do MA, norte e litoral do PI e noroeste do CE e o Atlântico adjacente. Um VCAN atua no
Pacífico sudeste e é contornado pelos Jatos Subtropical e ramo norte do Polar (JPN). Esse sistema 
contribuir para gerar difluência no escoamento a sotavento dos Andes e com isso favorecer a 
convergência de massa em baixos níveis. 
Visualizar imagem de 250 hPA
Nível 500 hPA 
Na análise da carta sinótica de 500 hPa da 00Z do dia 24/08, observa-se o predomínio da 
circulação anticiclônica sobre grande parte do continente sul americano com dois centros, um 
deles posicionado em torno de 10°S/68°W (no oeste do Estado do AC) e o outro no Estado do ES. A
circulação anticiclônica gera movimento subsidente do ar inibindo a formação de nebulosidade 
significativa, sobre grande parte do território brasileiro. Este padrão favorece a elevação da 
temperatura no período da tarde. Além disso, o anticiclone promove o entranhamento de ar mais 
seco deste nível para os baixos níveis da troposfera e junto às temperaturas elevadas, faz com que 
os valores de umidade relativa do ar decaiam de forma significativa ficando abaixo de 30% em 
várias localidades e em alguns pontos até abaixo de 20% e 15%. A baroclinia mais significativa atua 
a sul de30°S e a leste de 40°W no Atlântico e entre 25°S e 33°S no Pacífico. Um cavado invertido 
tem o eixo entre o norte do AP ao sul do MS e sudeste do PI e forma um pequeno Vórtice Ciclônico
(VC) no norte da BA mas sem provocar instabilidade, pois o ar está seco nas camadas mais baixas 
da troposfera. Outro VC atua no Pacífico, como aprofundamento do VCAN, e seu núcleo é bastante
frio com temperatura atingindo -27°C em 44°S/89°W. Um VC atua nas proximidades ao norte do 
Golfo de San Matias é resultado do aprofundamento da circulação de 250 hPa, além de haver 
vorticidade ciclônica e forte baroclinia entre o oeste e leste da Argentina. A temperatura atinge 
-24°C na Província de Rio Negro.
Visualizar imagem de 500 hPA
Nível 850 hPA 
Na análise da carta sinótica de 850 hPa da 00Z do dia 24/08, também é possível notar o 
predomínio da circulação anticiclônica sobre grande parte do continente devido um anticiclone 
com o centro no Atlântico e à sudeste do RJ. A circulação associada a este sistema deixa o fluxo de 
leste/sudeste entre o Nordeste e parte do Norte do Brasil. Esses ventos de leste/sudeste advectam 
umidade para o continente, padrão que favorece a formação de nebulosidade rasa, associada a 
períodos de chuva fraca em pontos da faixa litorânea do leste do Nordeste entre PE e a PB. Na 
borda oeste desta área os ventos são intensos e de norte atingindo velocidade de 40 kt na 
mesopotâmia Argentina e, que, nesse caso, advecta ar quente e seco do centro do continente para
o centro-norte e parte do leste da Argentina e do Uruguai e oeste do RS, alimentando a 
ciclogênese em superfície entre o leste e o norte da Patagônia Argentina. Nesse nível pode-se 
notar a intensificação de um centro ciclônico na região da Bahia Blanca. A sul desse centro há um 
centro anticiclônico em torno de 54°S/65°W e tem reflexo em superfície com uma alta pressão 
pós-frontal. A isoterma de zero grau é vista no Pacífico atuando ao sul de 36°S, porém o ar está frio
e a isoterma de 2°C atua em 30°S, e no Atlântico ao sul de 40°S, o que indica que o ar frio mais 
significativo atua neste setor. 
Visualizar imagem de 850 hPA
Superfície 
Na análise da carta sinótica de superfície da 00Z de hoje (24/08) observa-se uma onda frontal em 
oclusão cuja baixa pressão atua sobre o norte da província de Buenos Aires (Argentina) com valor 
de 1000 hPa, o ramo frio associado ao sistema se estende em direção as províncias de Entre Rios, 
sul Santa Fé e sul de Santiago Del Estero (Argentina). O anticiclone pós-frontal não se apresenta 
bem configurado, porém se observa uma área de crista sobre o centro da Argentina que dará 
origem ao mesmo. O ramo quente do sistema comentado acima se estende em direção a leste, 
conectando-se a um sistema estacionário (em aproximadamente 45°W) cuja baixa pressão está 
localizada sobre a o Atlântico com valor de 948 hPa a leste de 20°W (fora do domínio da figura). 
Por outro lado, sobre o sul do continente há um centro de alta pressão migratória com 1028 hPa. 
Uma onda frontal atua à sudeste de 50°S/40°W e o ciclone associado tem valor de 992. A Alta 
Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) tem valor de 1020 hPa (aproximadamente) e atua como uma 
grande área de alta pressão com valor de 1016 hPa entre o Sudeste e o Nordeste do Brasil. A Alta 
Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) tem valor de1020 hPa em torno de 30°S/90°W. Uma ampla área 
com circulação ciclônica domina o Pacífico sudeste, sendo que há ciclones oclusos: um com o 
centro de 1012 hPa em 45°S/80°W e outro com centro em 37°S/75°W. A Zona de Convergência 
Intertropical (ZCIT) segue entre 07°N/09°N no Pacífico e no Atlântico entre 08°N/10°N. Elaborado 
pelo Meteorologista Pedro Nazareno Ferreira da Costa 
Visualizar imagem de Superfície
Previsão
Neste domingo (24/08) o destaque é para a atuação de uma onda frontal em oclusão na Argentina,
atingindo áreas da Patagônia e leste desse país, e a frente fria avançando para o RS e Província de 
Formosa até o final do dia. Esse sistema provocará ventos fortes no litoral da Argentina. O Jato de 
Baixos Níveis (JBN) estará forte e advectando ar quente e seco de latitudes baixas para o RS e 
Uruguai, além do norte e leste da Argentina, Paraguai e sul da Bolívia. No decorrer do dia a 
instabilidade se fortalecerá entre o nordeste da Província de Buenos Aires ao sul e leste do 
Uruguai, podendo provocar queda de granizo isolado, além de chuva localmente forte e rajadas de 
ventos com intensidade forte. O VC associado estará barotrópico nessa segunda-feira (25/08) e por
isso terá um lento deslocamento do continente para o Atlântico e na altura da Bahia Blanca, porém
a frente fria avançará até o final do dia para SC, sul do PR, oeste e sul de MS, e com isso provocar 
pancadas de chuva localmente forte na madrugada do Uruguai ao centro do RS e nordeste da 
Argentina e no decorrer do dia entre SC, sul e sudoeste do PR e Paraguai. Hoje (24) a temperatura 
estará bastante elevada entre o RS, norte da Argentina e Paraguai, podendo chegar a mais de 35°C 
em algumas localidades. Contudo, amanhã (25) haverá forte declínio das temperaturas máximas 
nessas áreas e também a temperatura mínima deverá ocorrer à noite, como no RS. Na terça-feira 
(26) a frente fria não deslocará muito, mas avançará para o litoral sul de SP e estará estacionária 
até o sul de MS, entretanto o ciclone extratropical se deslocará mais à leste da Bahia Blanca e sua 
circulação provocará ventos entre o norte da Patagônia Argentina e o RS, ventos do quadrante 
sudoeste, deixando o dia com sensação térmica de mais frio. Este frio estará associado a massa de 
ar frio que terá temperatura de -18°C no sul e serra do sudeste do RS e de -12°C no sul do PR e do 
Paraguai até o noroeste da Argentina. Nesse dia o modelo ETA15km indica previsão de neve para o 
planalto e serra do nordeste do RS e planalto sul de SC, principalmente entre a tarde e a noite. Na 
quarta-feira (27) a frente fria não avançará para norte pelo continente, pois o escoamento em 500 
hPa estará quase zonal e de oeste, e por isso estará deslocada para o oceano. O frio deverá se 
intensificara na Região Sul e chegar em SP e MS, porém apenas haverá nebulosidade e 
possibilidade de chuva do sul ao cone leste de SP e sul e litoral sul do RJ. Na quinta-feira (28) o ar 
frio se reforçará entre SP, RJ e sul de MG, devido a presença de advecção de massa do quadrante 
sul, ou seja, os ventos no oceano estarão com uma pista bastante ampla do quadrante sul e além 
disso a própria circulação ciclônica terá um reforço de um cavado secundário. Nesses dias a alta 
pressão pós-frontal terá um deslocamento do sul da Argentina para o Uruguai, porém atuará de 
forma mais oceânica, mesmo assim os dias serão bastante frios com condições para geada na 
Argentina, Uruguai, Sul do Brasil e Paraguai entre os dias 26 e 28. A massa de ar seco é que ditará a
condição de tempo em grande parte do centro-leste do território brasileiro até o dia 26, 
principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste , onde a umidade relativa do ar ficará com valores 
em torno de 20% ou até ligeiramente mais baixo. Além disso, a temperatura estará elevada 
configurando uma onda de calor com impacto por todo o centro-sul do Brasil, Bolívia, Paraguai, 
norte da Argentina e Uruguai. Nos próximos dias (24 a 27) as pancadas de chuva ficarão restritas 
no extremo norte da Região Norte e aos países limítrofes a esta área e com menores chances e de 
forma muito pontual no norte do MA e litoral do PI e do PA. No litoral nordestino haverá variação 
de nebulosidade e chuva fraca e muito isolada entre os dias 24 e 27. Elaborado pelo 
Meteorologista Luiz Kondraski de Souza 
Análise sinótica evento extremo 3 – Temperatura máxima anormal no período de
03 a 10 de junho de 2015. - verânico além de precipitação no dia 6 de 06/2015,
temos neste terceiro evento dois eventos
http://www.metsul.com/blog2012/Home/home/?tipoFiltro=mes&valorFiltro=JULHO-
2014
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estudo diário permitiu o acompanhamento e a evolução dos sistemas frontais,
ciclonais e os anticiclonais, da gênese à dissipação ou ao deslocamento para o
interior do Atlântico. A massa de ar equatorial continental e a alta subtropical do
Atlântico, ou massa tropical Atlântica, são semi-fixas, considerando a área de
origem e atuação, e, portanto foram consideradas como sistemas responsáveis
pelos tipos de tempo durante o período de atuação na área de estudo.
Referências Bibliográficas
O RITMO CLIMÁTICO E EPISÓDIOS PLUVIOMÉTRICOS NO ANO DE 1980 NA
VERTENTE OCIDENTAL DA BACIA DO ALTO RIO PARANÁ BRASIL - BORSATO,
Victor da Assunção; SOUZA FILHO, Edvard Elias Geografia - v. 17, n.1, jan./jun.
2008 – Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Geociências
MONTEIRO, C. A. de F. Análise Rítmica em Climatologia: problemas da atualidade climática em
São Paulo e achegas para um programa de trabalho. São Paulo: Universidade de São
Paulo/Instituto de Geografia, 1971. 21 p. (Série Climatologia n° 1)
ALVARES, C. A., J. L. STAPE, P. C. SENTELHAS, J. L. D. GONCALVES, e G. & SPAROVEK.
Koppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift Vol. 22, n. 6: 711-728,
2013.
	Clima de Porto Alegre
	Gráfico Climático
	þÿ
	Período de análise rítmica: 09 de agosto de 2014 à 08 de setembro de 2014.
	Análise Sinótica: 24/08/2014-00Z

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