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10/5/2015 1 Reparo Tecidual I Processo Inflamatório Agudo Resposta Inflamatória É uma resposta local do tecido vascularizado a qualquer tipo de agressão. Seja tal agressão um microorganismo (agente microbiano) ou qualquer outro tipo de agente agressor. Por exemplo: O atrito do sapato apertado com o calcanhar gera resposta inflamatória. 10/5/2015 2 Resposta Inflamatória Vale lembrar também que, independentemente do agente agressor, os eventos que ocorrem são sempre iguais. O que varia é a intensidade da reposta inflamatória de acordo com a intensidade do agente agressor. Sinais cardeais da Inflamação Sinais flogísticos Dor Calor (Aumento de temperatura no local) Rubor (Hiperemia ou vermelhidão no local) Tumor (Edema, tumoração ou inchaço no local) Perda de Função (Do órgão / estrutura acometida) 10/5/2015 3 Resposta Inflamatória O processo inflamatório é uma resposta inflamatória benéfica quando representa uma forma de proteção do organismo a esses vários tipos de agressão. O objetivo do organismo é eliminar o agente agressor. Resposta Inflamatória Os medicamentos anti-inflamatórios são drogas que modulam a resposta inflamatória, minimizando os sinais. No processo de reparação, como por exemplo, na cicatrização de feridas, o organismo visa substituir o tecido lesado por tecido sadio. No entanto, a reparação só ocorre quando é eliminado o agente agressor causador da inflamação. 10/5/2015 4 Resposta Inflamatória Diabéticos → O processo de reparo tecidual (processo de cicatrização) é dificultado pelo diabetes, pois a alta taxa de glicose no sangue dificulta a eliminação do agente causal, dificultando a resolução normal da inflamação. Sinais sistêmicos da Inflamação Febre Perda de peso variam em intensidade Falta de Apetite Mal Estar 10/5/2015 5 Inflamação Aguda x Inflamação Crônica Fator temporal → duração do processo inflamatório a partir do momento em que o agente causal cessar. AGUDA → 24 a 48 horas após a agressão SUBAGUDA → 10 a 14 horas após a fase aguda CRÔNICA → ↑ 72 horas após a agressão Inflamação Aguda x Inflamação Crônica Natureza do Exsudato inflamatório (pus) → quando analisado em laboratório: Se ↑ quantidade de neutrófilos → indicativo de inflamação aguda EXSUDATO INFLAMATÓRIO POLIMORFONUCLEAR Se ↓ quantidade de neutrófilos → indicativo de inflamação crônica EXSUDATO INFLAMATÓRIO MONONUCLEAR 10/5/2015 6 Inflamação Aguda x Inflamação Crônica Resposta Inflamatória Aguda → o agente causal é transitório, não persiste, sendo assim rapidamente eliminado e, portanto, o tempo de duração da resposta inflamatória é curto. Resposta Inflamatória Crônica → o agente causal persiste e, dessa forma, não é facilmente eliminado ou simplesmente não cessa, portanto, o tempo de duração da resposta inflamatória é longo em relação a inflamação aguda. Alterações Vasculares na Inflamação Para que o processo inflamatório ocorra, é necessário haver satisfatória vascularização, pois é através dos vasos sanguíneos que as células de defesa (leucócitos*) chegam ao local (sítio) da lesão para combater o agente agressor. O vaso passa por uma série de transformações para permitir a saída das células de defesa ao tecido lesado. É necessária também a atuação de alguns mediadores químicos. 10/5/2015 7 Células Leucocitárias Neutrófilos Basófilos Eosinófilos Linfócitos Mastócitos Macrófagos Resumo INFLAMAÇÃO AGUDA CRÔNICA Agente transitório Agente persistente (reação imediata) (reação tardia) Exsudato PMN Exsudato MN Neutrófilos e Macrófagos Linfócitos e Macrófagos 10/5/2015 8 Fases da Resposta Inflamatória Agente agressor em contato com o organismo Ativa a microvasculatura local Inicia-se a resposta inflamatória Vasoconstrição transitória VasodilataçãoSinais Cardeais cont Fases da Resposta Inflamatória cont células endoteliais se separam devido ao alargamento das junções celulares interendoteliais OU ocorre a destruição direta da parede do vaso graças a um agressão muito intensa Aumento da permeabilidade do vaso Saída de células de defesa do vaso 10/5/2015 9 Conclusão 1a fase → Alteração Vascular A. Alteração no fluxo sanguíneo. B. Alteração na permeabilidade vascular. B1. Alargamento das junções celulares interendoteliais. B2. Destruição direta da parede do vaso. Fases da Resposta Inflamatória Todas essas alterações fisiopatológicas ocorrem graças a liberação de mediadores químicos no local da agressão. Exemplo: histamina No entanto, cada mediador químico tem um antagonista que, quando liberado pelo organismo, modula a resposta inflamatória. Ex: endorfina Tais substâncias podem também ser administradas ao paciente. Ex: anti-histamínicos 10/5/2015 10 Fases da Resposta Inflamatória ↑ da permeabilidade vascular → saída de plasma → edema → sai também leucócitos e proteínas → exsudato inflamatório extracelular → pus!! Fases da Resposta Inflamatória 2a fase →Formação do Exsudato Saída de plasma e proteínas plasmáticas do vaso para o meio extravascular → aumento na densidade sanguínea intravascular (maior hemoconcentração) → maior lentidão do fluxo sanguíneo dentro do vaso → estase sanguínea. Alteração no fluxo sanguíneo → células leucocitárias migram da luz do vaso para a periferia (corrente periférica ou marginal) → marginação. 10/5/2015 11 Fases da Resposta Inflamatória 2a fase →Formação do Exsudato Quando atingem a corrente marginal, as células se fixam na parede interna do vaso sanguíneo (endotélio vascular) → revestimento. A partir de então, a células leucocitárias passam através da parede do vaso → diapedese → formando então o exsudato no meio extravascular. Fases da Resposta Inflamatória 2a fase →Formação do Exsudato As células então migram até o local da lesão/agressão → migração direcionada. A migração direcionada dos leucócitos ocorre graças a presença de substâncias quimiotáxicas endógenas no local da lesão (derivadas dos mediadores químicos) que atraem tais células até o local → quimiotaxia. 10/5/2015 12 Fases da Resposta Inflamatória 2a fase →Formação do Exsudato No entanto, tais substâncias quimiotáxicas também podem ser de origem exógena quando forem liberadas pelos microorganismos causadores da agressão tecidual / lesão. Ao atingir o agente causal, os leucócitos irão combater o agente agressor (diluir ou digerir) pelo processo de fagocitose Conclusão 3a fase → Eventos leucocitários Marginação Revestimento Diapedese Migração direcionada Quimiotaxia Fagocitose 10/5/2015 13 Evolução da Inflamação Aguda Se todo o processo citado ocorrer de maneira adequada, e o agente causal cessar ou for eliminado, o processo de reparo tecidual (ou processo de cicatrização) evolui para a próxima fase chamada de Fase de Proliferação (ou Fase de Granulação). Do contrário, se a resposta inflamatória não obtiver sucesso e o agente causador persistir, o quadro evolui para uma Inflamação Crônica. Reparo Tecidual II Processo Inflamatório Crônico 10/5/2015 14 Inflamação Crônica 2 tipos de processo inflamatório crônico: Resposta inflamatória crônica desde o início. Resposta inflamatória crônica decorrente de uma inflamação aguda. Agente Persistente Na inflamação crônica, o agente causal persiste às reações de defesa do organismo características da inflamação aguda. Dessa forma, o processoinflamatório crônico é bem definido por sua longa duração em relação ao processo inflamatório agudo. 10/5/2015 15 Exsudato Mononuclear Na inflamação crônica, o local da lesão é ‘atacado’ por células diferentes em relação aquelas que atuam na inflamação aguda. Ao contrário dos neutrófilos presentes na inflamação aguda, na inflamação crônica o tecido apresenta-se repleto de linfócitos. Além destes, existem ainda plasmócitos (células de defesa presentes no plasma) e macrófagos (que também estão presentes na inflamação aguda). Exsudato Mononuclear Linfócitos T Responsáveis pela imunidade do organismo. Linfócitos D Responsáveis pela imunidade celular. Linfócitos NK Responsáveis pela destruição do agente agressor. 10/5/2015 16 Exsudato Mononuclear Linfócitos Macrófagos Plasmócitos Classificação Inflamação Crônica Específica Processo inflamatório crônico desde o início Agente causal microbiano Reação Granulomatosa Como se trata de um processo inflamatório crônico desde o início, não observa-se os sinais característicos da inflamação aguda → reação assintomática. Graças a ação do agente microbiano, forma-se um granuloma no local acometido. 10/5/2015 17 Exemplo de reação granulomatosa Tuberculose Pulmonar micobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) granuloma da tuberculose É uma patologia de instalação lenta e, inicialmente, assintomática. Após a eliminação do granuloma, formam-se as cavernas tuberculosas no pulmão do paciente Granuloma Estrutura nodular cujo centro é composto por uma área de necrose caseosa e a periferia preenchida por células epitelióides. As células epitelióides são macrófagos que vieram até o local da lesão para fagocitar o agente causal e perderam sua função. A região mas externa do granuloma é ocupada por um halo de células chamado halo mononuclear, formado principalmente por linfócitos e plasmócitos. 10/5/2015 18 Granuloma de Corpo Estranho Granuloma formado pela presença de algum corpo estranho no tecido e não por uma inflamação crônica específica. Exemplo de reação granulomatosa de corpo estranho: ‘farpa de madeira’ no dedo. Classificação Inflamação Crônica Inespecífica Processo inflamatório crônico decorrente de uma inflamação aguda. Abcesso crônico Exemplo: Formação de um abcesso crônico nas vias aéreas inferiores como complicação de uma pneumonia aguda. 10/5/2015 19 Classificação Inflamação Crônica Imunológica Derivada de doenças dos sistema imunológico (doenças auto-imunes). Exemplo: Doenças reumáticas → LES (lúpus eritematoso sistêmico) ou AR (artrite reumatóide). Mediadores Químicos da Inflamação Substâncias químicas liberadas pelas células durante o processo inflamatório que fazem a identificação e direcionam as células de defesa até o local da agressão. 10/5/2015 20 Principais mediadores HISTAMINA Substância química liberada pelos basófilos e pelas plaquetas. SEROTONINA Substância química liberada pelos mastócitos. As células de defesa contém grânulos em seus núcleos que, quando estimulados, liberam tais substâncias químicas no local da agressão. A função dessas substâncias é aumentar a permeabilidade vascular (vasodilatação) a fim de permitir um maior aporte de leucócitos no local da agressão. Principais mediadores SISTEMA COMPLEMENTO Formado por fragmentos de proteínas contidas no plasma (substâncias C3 e C5). O sistema complemento também é liberado na inflamação pois auxilia a produção de anticorpos pelo sistema imunológico. Assim como os anteriores, também é responsável pelo aumento da permeabilidade vascular. 10/5/2015 21 Principais mediadores BRADICININA Além de também aumentar a permeabilidade vascular, a bradicinina age sobre as terminações nervosas nociceptivas do local da agressão causando o aparecimento da DOR → substância algiogênica CALICREINA Trata-se de mais um agente quimiotátil. Essa substância direciona as células de defesa até o local da agressão. Conclusões Toda e qualquer patologia causa resposta inflamatória. A inflamação é uma reação de defesa local do organismo. Numa agressão qualquer, as células de defesa migram para o local da lesão visando combater a agressão.
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