Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SEGUNDA PROVA BBPM IV Anatomia Sistema Urinário -Sistema Urinário: Conjunto de órgãos responsáveis pela filtração do sangue, formação, transporte e eliminação da urina (veículo de excreção). É composto pelo rim, ureter, bexiga e uretra. -Rim: -Órgão par e peritoneal. -Tem como função conduzir os produtos residuais provenientes do sangue para a urina. -Está posicionado lateralmente à coluna vertebral no nível de T12 a L3. Sendo o rim direito mais inferiorizado. -O Rim Direito possui relações com fígado, duodeno e colo ascendente, enquanto o Rim esquerdo o faz com estômago, baço, pâncreas, jejuno e colo descendente. -Os rins possuem, além de sua cápsula fibrosa, uma cápsula adiposa. -Hilo (pelve renal): é o local por onde passam o ureter, artérias e veias renais (mais anterior), vasos linfáticos e nervos (pedículo renal). -Os segmentos renais são territórios anatomocirúrgicos, que se baseiam na distribuição independente de artérias e veias. -Vascularização: Feita pelas artérias e veias renais. A artéria renal (ramo da aorta abdominal) faz 5 anastomoses. -São ramos da artéria renal: Remo segmentar superior (apical), ramo segmentar ântero-superior, ramo segmentar ântero-inferior, ramo segmentar inferior. -As artérias interlobares: (COMPLETAR) -Inervação: O rim é inervado pelo Plexo Renal, composto pelos nervos esplâncnicos torácicos e do tronco vagal posterior. -Ureter: -Órgão par e retoperitonal. -É um tubo muscular que une o rim à bexiga, com um comprimento aproximado de 25 cm. -É dividido em três porções: abdominal, pélvica (bifurcação ilíaca) e intramural. -Possui três estreitamentos: pelve renal, cruza artéria ilíaca externa e intramural. -Vascularização: é vascularizado por ramos das artérias renais, testiculares, ilíacas comum e interna. Suas veias acompanham as artérias. -É inervado pelo plexo renal, aórtico e hipogástricos superior e inferior. -Cálculos renais: a produção de urina mais concentrada leva a formação de cálculos que se prendem ao ureter e causa dor. -Bexiga: -Víscera oca com fortes paredes musculares. Pode-se distender até 700ml. -Fixações: A bexiga está relativamente livre no tecido adiposo subcutâneo extraperitoneal, exceto por seu colo, que é fixado firmemente pelos ligamentos laterais da bexiga e o arco tendíneo da fáscia da pelve, principalmente seus componentes anteriores, o ligamento puboprostático em homens e o ligamento pubovesical em mulheres. -Apenas a face superior é coberta por peritônio. -O ápice da bexiga aponta em direção à margem superior da sínfise púbica quando a bexiga está vazia. O fundo é oposto ao ápice, formado pela parede posterior algo convexa. O corpo é a principal parte da bexiga, entre o ápice e o fundo. O fundo e as superfícies ínfero-laterais encontram-se inferiormente no colo da bexiga. -Estrutura: Músculo detrusor, óstios dos ureteres, óstio da uretra, trígono vesical, úvula (mais proeminente nos homens), esfíncter interno e externo. -Vascularização: é vascularizada pelas artérias vesicais superiores e inferiores, as veias convergem para o colo da bexiga (as aa. Vesicais superiores não possuem acompanhante). -Inervação: A inervação parassimpática é feita pelos nervos esplâncnicos pélvicos e a inervação simpática é feita pelos nervos T11 a L2. -Uretra: Constitui o último segmento da via urinária. Estabelece a comunicação entre a bexiga urinária e o meio externo. No homem é uma via comum para a micção e a ejaculação. Na mulher serve apenas para a excreção da urina. Feminina – vascularização: artéria pudenda interna e artéria vaginal. Inervação: plexo vesical e nervo pudendo. Anatomia do Sistema Genital Masculino -O sistema genital masculino tem como funções principais a produção de SPTZ e de hormônios sexuais. -Componentes: a. Gônadas; testículos. b. Vias condutoras dos gametas (vias espermáticas); Túbulos ou dúctulos dos testículos Epidídimo Ducto Deferente Ducto Ejaculatório Uretra c. Órgão de cópula; pênis. d. Glândulas anexas: Vesículas seminais Próstata Glândulas Bulbo-uretrais e. Estruturas eréteis: Corpo esponjoso do pênis Corpos cavernosos do pênis f. Escroto -Testículos: -Duas estruturas ovoides, facilmente palpáveis dentro do escroto. Possuem cerca de 5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2 cm de espessura. -Tem como funções a produção de gametas e hormônios. -A Túnica Albugínea é uma membrana fibrosa que reveste o testículo. -A túnica vaginal possui lâminas (visceral e parietal). -Escroto: -Bolsa situada atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica. É dividida pelo septo do escroto em dois compartimentos, cada um contendo um testículo. -Essa estrutura propicia uma temperatura favorável à espermatogênese. -Músculo Cremáster: derivado do m. oblíquo interno e da fáscia desse músculo. Sua contração resulta na elevação do testículo dentro do escroto. -Criptorquidia: testículos embutidos na cavidade abdominal. Não há formação de SPTZ (esterilidade temporária). -Epidídimo: -Estrutura alongada, em forma de C, situada contra a margem posterior do testículo. Os SPTZ são armazenados no epidídimo até o momento da ejaculação. -Ducto Deferente: -Continuação da cauda do epidídimo. Termina unindo- se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório. Passa pelo canal inguinal e possui cerca de 30 cm. -Deferentectomia (vasectomia). -Ligamento inguinal e canal inguinal. -Funículo espermático: -Componentes: ducto deferente, a. e v. do ducto deferente, a. testicular, plexo pampiniforme, vasos linfáticos, a. cremastérica, ramo genital do n. genitofemoral. -Drenagem testicular: lado esquerdo vai para veia renal antes da veia cava. -Ducto ejaculatório: -Formado pela junção do ducto deferente com o ducto da glândula seminal. É pequeno, está situado quase completamente na próstata. Útriculo e óstio. -Glândulas anexas: -Vesículas seminais - Elas produzem um líquido nutritivo, o fluido seminal, que contém o açúcar frutose e cuja função é nutrir os espermatozóides. -Próstata (istmo, lobo ínfero-posterior, lobos direito e esquerdo e lobo médio) - Sua secreção é viscosa e alcalina; tem por função neutralizar a acidez da urina residual acumulada na uretra e também a acidez vaginal. Exame retal-digital. -Glândulas bulbouretrais - Durante a excitação sexual, elas liberam um liquido, que contribui para a limpeza do canal uretral antes da passagem dos espermatozóides. -Vascularização: A. vesical inferior (ramo da ilíaca interna). Porção terminal do ducto deferente, vesícula seminal, próstata e parte proximal da uretra. -Uretra Masculina: -Canal comum para a micção e ejaculação, com cerca de 20 cm de comprimento. -Partes: prostática, membranosa e esponjosa. -Dilatações: fossa intrabulbar e fossa navicular. -Pênis: -Órgão de cópula formado por 3 cilindros de tecido erétil. -Raíz, corpo e glande. -Os corpos cavernosos se fixam ao ísquio e pube. -O corpo esponjoso apresenta 2 dilatações. (AONDE SÃO?) -A glande é rica em terminações nervosas e sensível à estimulação sexual. Fimose. -Vascularização: feita a partir de ramos: a. pudenda interna (ramo da ilíaca interna), a. dorsal do pênis, a; profunda do pênis, a. posterior do escroto, a. anterior do escroto, a. pudenda externa escrotal inferior. -Ramos da a.profunda do pênis são responsáveis pela ereção. -V. dorsal superficial do pênis; v. dorsal profunda do pênis; aa. dorsais do pênis e a. profunda do pênis. -Inervação: Neurônios simpáticos são responsáveis pela ejaculação, enquanto neurônios parassimpáticos são responsáveis pela ereção. -Períneo: -Vascularização: a. pudenda interna; a. retal inferior; a. perineal transversa; aa. perineais; a. escrotais posteriores. -Inervação: n. pudendo (S2-S4); n. retais inferiores; n. perineal; n. perineal superficial e profundo; n. dorsal do pênis; nn. escrotais posteriores. Regulação do Equilíbrio Ácido-Base (pag 672 na silverthorn, olhar depois) -Mudanças na concentração de hidrogênio alteram praticamente todas as funções celulares e corporais. -O pH é inversamente relacionado à concentração de H+. -Existem três sistemas primários que regulam a concentração de H+ nos líquidos corporais para evitar acidose ou alcalose: (1) os sistemas-tampão químicos ácido-base dos líquidos corporais, (2) o centro respiratório- remoção de CO2 do LEC, (3) os rins, que podem excretar uma urina ácida ou alcalina. -A segunda linha de defesa, o sistema respiratório, age eliminando CO2 (e, portanto, H2Co3) do corpo. -Tamponamento de íons hidrogênio nos líquidos corporais: -Um tampão é qualquer substância capaz de se ligar reversivelmente a H+. (Tampão + H+ <--> H Tampão). -Sistema tampão de bicarbonato – reação lenta, e quantidades muito pequenas de H2CO3 são formadas se a enzima anidrase carbônica não estiver presente. O aumento de HCO3- que ocorre no sangue é compensado pelo aumento da excreção renal de H2CO3. A concentração de bicarbonato é regulada basicamente pelos rins, enquanto a PCO2 no LEC é controlada pela taxa respiratória. -Controle Renal do Equilíbrio Ácido-Base: -A excreção de urina ácida reduz a quantidade de ácido no LEC, enquanto a excreção de urina básica remove base do LEC. O mecanismo global pelo qual os rins excretam urina ácida ou básica é o seguinte: grandes quantidades de HCO3- são filtradas continuamente nos túbulos, e se forem excretadas a urina, removem base do sangue. -Três mecanismos fundamentais: secreção de H+, reabsorção de HCO3- filtrado e produção de novo HCO3-. -Secreção de íons hidrogênio e reabsorção de íons bicarbonato pelos túbulos renais: -Ocorrem em praticamente em todas as partes dos túbulos, exceto nas porções finas descendentes e ascendentes da alça de Henle. 80-90% da reabsorção de bicarbonato ocorre no túbulo proximal, e apenas uma pequena quantidade de bicarbonato flui para os túbulos distais e ductos coletores. No ramo espesso da alça de Henle, outros 10% do bicarbonato filtrado são reabsorvidos, e o restante da reabsorção se dá no túbulo distal e no ducto coletor. -Os íons hidrogênio são secretados por transporte ativo secundário nos segmentos tubulares iniciais. O processo secretório começa quando a CO2 se difunde para as células tubulares ou é formado pelo metabolismo das células epiteliais tubulares. Sob a ação da anidrase carbônica, o CO2 combina-se com H2O para formar H2CO3, que se dissocia em HCO3- e H+. o H+ é secretado das células para o lúmen tubular pelo contratransporte de sódio hidrogênio. O gradiente de Na+ através da membrana provê energia para o transporte do H+ contragradiente. O HCO3- gerado na célula então se move a favor do gradiente através da membrana basolateral, para o líquido intersticial renal e para o sangue capilar peritubular. O resultado é a reabsorção de um íon HCO3- para cada H+ excretado. -O HCO3- filtrado pelos glomérulos não pode ser reabsorvido diretamente. Ele primeiro se combina com H+ para formar H2CO3. Este acaba se convertendo em CO2 e H2O. Cada vez que um H+ é formado nas células epiteliais tubulares, um HCO3 também é formado e liberado de volta ao sangue. O efeito disso é a reabsorção de HCO3- dos túbulos, embora o HCO3 que de fato chega ao líquido intersticial não seja o mesmo filtrado nos túbulos. -A secreção ativa primária de H+ ocorre em um tipo especial de células, no final do túbulo distal e nos túbulos coletores. -Combinação de excesso de ions hidrogênio com tampões de fosfato e amônia no túbulo – um mecanismo para erar novos íons bicarbonato -A excreção de grandes quantidades de H+ na urina e feita basicamente combinando-se o H+ com tampões no líquido tubular. Os mais importantes são de fosfato e amônia. Quando o H+ é titulado no líquido tubular com HCO3-, isto resulta na reabsorção de um HCO3- para cada H+ secretado. Mas quando há excesso de H+ na urina, eles se combinam com outros tampões que não o HCO3-, resultando na geração de novos HCO3- que também podem entrar no sangue. Assim, quando há excesso de H+ no LEC, os rins não só reabsorvem todo o HCO3- filtrado, como também feram HCO3-, ajudando a reabastecer o HCO3- perdido do LEC na acidose. -Sist. Tampão de Fosfato - Sempre que um H+ secretado no lúmen tubular se combinar com um tampão diferente de HCO3-, o efeito líquido é a adição de um novo HCO3- ao sangue. Isto demonstra um dos mecanismos pelos quais os rins são capazes de recompor as reservas de HCO3- do LEC. -Sist. Tampão de Amônia – Metabolismo de aa no fígado glutamina íon amônio. Uma vez dentro da célula, cada molécula de glutamina é metabolizada em uma série de reações que, no final, formam dois NH4+ e dois HCO3-. O NH4+ é secretado no lúmen tubular por um mecanismo de cotransporte em troca de sódio, que é reabsorvido. O HCO3- é transportado através da membrana basolateral, em conjunto com o Na+ reabsorvido, para o líquido intersticial, e é captado pelos capilares peritubulares. Assim, para cada molécula de glutamina metabolizada nos túbulos proximais, dois NH4+ são secretados na urina e dois HCO3- gerado por este processo constitui um novo bicabornato. Para cada NH4 excretado, um novo HCO3- é gerado e adicionado ao sangue. Um aumento na concentração de H+ no líquido extracelular estimula o metabolismo renal da glutamina e, portanto, aumenta a formação de NH4+ e novo HCO3- para serem usados no tamponamento de H+; uma queda na concentração de H+ tem o efeito oposto. Sob condições normais, a quantidade de H+ eliminada pelo sistema-tampão de amônia é responsável por cerca de 50% do ácido excretado e 50% do novo HCO3- gerado pelos rins. OBS na acidose crônica, o mecanismo dominante pelo qual o ácido é eliminado é a excreção de NH4+. -Quantificando a Excreção Ácido-Base Renal: a excreção líquida de ácido pelos rins pode ser avaliada como – excreção líquida de ácido = excreção de NH4+ + ácido urinário titulável – excreção de bicarbonato. -Na acidose, há uma adição líquida de HCO3- de volta ao sangue enquanto mais NH4+ e ácido urinário titulável são excretados. Na alcalose, há uma excreção líquida negativa de ácido. -Regulação da secreção tubular renal de íons hidrogênio: -Aumentam a secreção de H+ e a reabsorção de HCO3- = aumento da Pco2; aumento H+ e redução da HCO3-; diminuição do volume do LEC; aumento da angiotensina II; aumento aldosterona; hipocalemia. -Diminuem a secreção de H+ e a reabsorção de HCO3+ = diminuição Pco2/ diminuição H+, aumento HCO3-; aumento volume do LEC; diminuição angiotensina II, diminuição aldosterona, hipercalemia. -Correção Renal da Acidose – Maior excreção de íons hidrogênio e adição de íons bicarbonato no LEC: -Na acidose os rins reabsorvem todo o HCO3- filtrado e contribuem para a formação de novo HCO3- filtrado e contribuempara a formação de novo HCO3- através da formação de NH4+ e ácido titulável. Na acidose metabólica, ocorre um excesso de H+ em relação a HCO3- no líquido tubular basicamente devido a menor filtração de HCO3-. A diminuição da filtração de HCO3- é causada principalmente por uma queda na concentração de HCO3- do LEC. Na acidose respiratória o excesso de H+ no líquido tubular deve-se principalmente ao aumento da Pco2 do LEC, que estimula a secreção de H+. -Na acidose respiratória há um aumento na concentração de H+ do LEC e um aumento da Pco2, a causa inicial da acidose. A resposta compensatória é um aumento do HCO3- no plasma causado pela adição de novo bicarbonato ao LEC pelos rins. O aumento no HCO3- compensa o aumento na Pco2, contribuindo para o retorno do pH plasmático normal. -Na acidose metabólica, também há um aumento na concentração de H+ no LEC. Entretanto, neste caso, a anormalidade primária é uma diminuição do HCO3- plasmático. As compensações primárias incluem aumento na taxa de ventilação, que reduz a Pco2, e compensação renal, que, ao acrescentar novo bicarbonato ao LEC, contribui para minimizar a queda inicial na concentração de HCO3- extracelular. -Correção Renal da Alcalose- diminuição da secreção tubular de íons hidrogênio e aumento da excreção de íons bicarbonato: -A alcalose ocorre por um aumento na proporção de HCO3- para H+ no líquido tubular renal. O efeito resultante é um excesso de HCO3- que não pode ser reabsorvido dos túbulos e é, portanto, excretado na urina. Assim, na alcalose, HCO3- é removido do LEC por excreção renal, o que faz o mesmo efeito de se acrescentar H+ ao LEC. Isto contribui para o retorno da concentração de H+ e do pH ao normal. Na alcalose respiratória há uma queda na concentração de H+ do LEC. A causa da alcalose é uma diminuição da Pco2 plasmática causada por hiperventilação. A resposta compensatória a uma redução primária na Pco2 na alcalose respiratória é uma redução na concentração plasmática de HCO3-, pela maior excreção de HCO3-. -Na alcalose metabólica, há uma queda na concentração de H+ plasmático. A causa da alcalose metabólica é um aumento na concentração de HCO3- no LEC. Nesse caso, as compensações primárias são diminuição da ventilação, o que aumenta a Pco2, e maior excreção renal de HCO3-, que contribui para compensar o aumento inicial na concentração de HCO3- no LEC. Patologia do Sistema Genitourinário Masculino Pênis -Neoplasias: 95% surgem no epitélio escamoso. A maioria dos casos é de pacientes incircuncisos acima dos 40 anos de idade. Vários fatores têm sido apontados na patogenia do carcinoma das células escamosas peniano, entre eles a má higiene local (com a consequente exposição a potenciais carcinógenos no esmegma), o fumo e a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), particularmente o dos tipos 16 e 18. -O CEC in situ peniano (dça de Bowen ou eritroplasia de Queyot) dá origem ao carcinoma escamoso infiltrante em aproximadamente 10% dos pacientes. -O CEC invasivo do pênis aparece como lesão papular, crostosa e acinzentada, mais comumente na glande ou no prepúcio. Em muitos casos, a infiltração do tecido estromal subjacente produz lesão ulcerada e endurecida com margens irregulares, histologicamente, é um típico CEC queratinizante. -O carcinoma verrucoso é uma variante do CEC caracterizada pela arquitetura papilar, com quase nenhuma atipia citológica e com margens profundas e arredondadas. Os carcinomas verrucosos são localmente invasivos, mas não se metastatizam. Escroto, testículo e epidídimo -As neoplasias do saco escrotal são incomuns. O carcinoma de células escamosas é a mais comum delas. -Neoplasias testiculares: acometem aproximadamente seis em cada 100.000 homens. Elas são os tumores mais comuns nos homens entre 15-34 anos de idade, faixa em que há um pico de incidência desse mal. Os tumores do testículo são um grupo heterogêneo de neoplasias que inclui o tumor das células germinativas e os tumores estromais do cordão sexual. Em homens pós-púberes, 95% dos tumores testiculares surgem das células germinativas e todos são malignos. Em contraste, as neoplasias derivadas das células de Sertoli ou de Leydig (tumores estromais do cordão sexual) são incomuns e geralmente benignas. -A maioria dos tumores testiculares em homens pós- púberes surge da neoplasia intratubular de células germinativas (lesão in situ). Essa lesão está presente em condições associadas a alto risco de desenvolver tumores das células germinativas (p. ex., criptorquidia, gônadas disgênicas). Em quase todos os casos, essas lesões in situ podem ser encontradas em todo o tecido testicular “normal” adjacente aos tumores das células germinativas. -Os tumores das células germinativas testiculares são subclassificados em seminomas e tumores não seminomatosos de células germinativas. Os seminomas clássicos representam 50% das neoplasias das células germinativas testiculares. Eles são histologicamente idênticos aos disgerminomas ovarianos e aos germinomas que ocorrem no sistema nervoso central e em outros locais extragonadais. -Morfologia: -Importante: Em homens, todos os teratomas, após a puberdade, são considerados malignos. Próstata -As regiões mais importantes são as zonas periféricas e de transição. A maioria das lesões hiperplásicas surge na região mais interna da zona de transição e a maioria dos carcinomas surgem nas zonas mais periféricas. -Hiperplasia prostática benigna (HPB): acomete um número significativo de homens a partir dos 40 anos de idade. Sua frequência aumenta progressivamente com a idade, e alcança 90% na oitava década de vida. A HPB é caracterizada pela proliferação tanto de elementos estromais quanto de epiteliais, com o resultante crescimento da glândula e, em alguns casos, obstrução urinária. Está claro que o crescimento excessivo (dependente do androgênio) dos elementos glandular e estromal tem papel central. A HPB não acomete homens castrados antes do estabelecimento da puberdade ou homens com doenças genéticas que bloqueiam a atividade do androgênio. -Como a HPB envolve preferencialmente as porções internas da próstata, as manifestações mais comuns estão relacionadas com a obstrução do trato urinário inferior, frequentemente na forma de dificuldade de iniciar o fluxo de urina (hesitação) e com a interrupção intermitente do fluxo urinário durante a micção. -Carcinoma de Próstata: O adenocarcinoma da próstata ocorre principalmente em homens acima dos 50 anos de idade. É o tipo de câncer mais comum nos homens. Observações clínicas e experiementais sugerem que os androgênios, a hereditariedade, os fatores ambientais e as mutações somáticas adquiridas desempenham papéis na patogenia do câncer de próstata. -O câncer da próstata é classificado pelo sistema de Gleason, criado em 1967 e atualizado em 2005. De acordo com esse sistema, os cânceres da próstata são estratificados em cinco graus com base nos padrões glandulares de diferenciação. O grau 1 representa os tumores mais bem diferenciados, ao passo que os tumores grau 5 não exibem qualquer diferenciação glandular. Já que a maioria dos tumores contém mais do que um padrão, um grau primário é atribuído ao padrão dominante, e um grau secundário, ao segundo padrão mais frequente. Os dois graus numéricos são então somados, a fim de se obter uma pontuação combinada do sistema Gleason. Os tumores com apenas um padrão são tratados como se seuspadrões primário e secundário fossem os mesmos e, assim, o número é dobrado. Portanto, os tumores mais diferenciados têm pontuação de 2 (1 + 1) e os menos diferenciados valem 10 (5 + 5). -ASAP/ glds atípicas: suspeitos para carcinoma fazer marcador de céls basais (IHQ) anticorpo AMACR (RACEMASE) – marca céls malignas. Bexiga Urinária -Neoplasias: A maioria dos cânceres da bexiga (90%) é de carcinomas uroteliais. O carcinoma da bexiga é mais comum nos homens do que nas mulheres. Cerca de 80% dos pacientes têm idades entre 50-80 anos. -Patogenia: O câncer de bexiga, com raras exceções, não é hereditário. causas: consumo de cigarros e outros carcinógenos ocupacionais. É proposto que o tumor seja iniciado pela deleção dos genes supressores de tumor 9q e 9p. -Morfologia: Duas lesões distintas precursoras do carcinoma urotelial são reconhecidas. A mais comum é o tumor papilar não invasivo. A outra precursora é o carcinoma in situ (CIS), descrito neste quadro. Em cerca da metade dos pacientes com câncer vesical invasivo, nenhuma lesão precursora é encontrada. Em tais casos, presume-se que a lesão precursora tenha sido coberta pelo componente invasivo de alto grau. As neoplasias uroteliais papilares não invasivas apresentam variação de atipias e são classificadas de modo que reflitam seu comportamento biológico. O mais comum sistema de graduação classifica os tumores em (1) papiloma; (2) neoplasias uroteliais papilares de baixo potencial de malignidade (NUPBPM); (3) carcinoma urotelial papilar de baixo grau; e (4) papiloma urotelial papilar de alto grau. Essas neoplasias papilares exofíticas devem ser distinguidas do papiloma urotelial invertido, que é inteiramente benigno e não está associado a risco aumentado de carcinoma subsequente. O CIS é definido pela presença de células citologicamente malignas no interior do urotélio plano. Como o carcinoma urotelial papilar de alto grau, as células tumorais do CIS não têm coesão. O CIS é comumente multifocal e, às vezes, envolve a maior parte da superfície da bexiga ou se estende ao ureter e à uretra. Sem tratamento, 50-75% dos casos de CIS progridem para câncer invasivo da camada muscular. O câncer urotelial invasivo associado ao câncer urotelial papilar (geralmente de alto grau) ou ao CIS pode invadir superficialmente a lâmina própria ou se estender mais profundamente pelo músculo subjacente. Quase todos os carcinomas uroteliais infiltrantes são de alto grau. Rins -Uropatia obstrutiva: pode ser funcional. Rim em ferradura. A estenose da junção urotélio pélvica (JUP), dilata o sistema pielocalicial, causando hidronefrose. -Hipertrofia obstrutiva -Válvula de uretra posterior -Na hidronefrose: rim sem funcionar por > que 2, 3 semanas = fibrose e atrofia do rim. -Nefropatia obstrutiva é irreversível IRC. -Pielonefrite Crônica: inicia no componente túbulo intersticial. Característica macroscópica são nódulos. Pode ser causada por refluxo de urina. -A inflamação crônica inicialmente preserva os glomérulos. -Pielonefrite Aguda: Característica macroscópica são pontos de pus. -Inflamação aguda, com predominância de neutrófilos e cilindros purulentos (pus dentro do túbulo). -Necrose de papilas: É complicação da pielonefrite aguda. Não é comum. -Pionefrose: fisiopatologia é semelhante a hidronefrose, porém ao invés da urina, é o pus quem promove a dilatação. -Abscesso perinéfrico: -Tumores do Rim: Os tumores do trato urinário inferior são cerca de duas vezes mais comuns que os carcinomas de células renais. -Benignos: -Oncocitoma: tumor benigno que surge das células intercaladas dos ductos coletores, representa cerca de 10% dos tumores renais. Esses tumores estão associados com alterações genéticas — perda dos cromossomos 1, 14 e Y —, o que os distingue de outras neoplasias renais. Os oncocitomas são histologicamente caracterizados por uma infinidade de mitocôndrias, que fornecem a base para sua cor pardacenta e seu fino citoplasma granular e eosinofílico. Uma cicatriz estrelada central, que é outra característica dos oncocitomas, fornece o aspecto característico nos estudos de imagem. -Adenoma papilífero: provavelmente precursos ca de céls renais papilífero. < 0,5 cm não é carcinoma. O diagnóstico geralmente se dá em autópsias. -Adenoma metanéfrico: raro. -Carcinomas de células renais: derivados do epitélio tubular renal e, por isso, estão localizados predominantemente no córtex. Esses tumores representam 80-85% de todas as neoplasias malignas primárias dos rins e 2-3% de todos os cânceres em adultos. Mais comum entre a 6ª e a 10ª década de vida. Duas x mais comuns em homens do que em mulheres. -Ca de células claras: tipo mais comum (65%). Compostos por células com citoplasma claro. Maioria é esporádica mas pode ocorrer casos familiares ou em associação com doença de Von Hippel Lindau (VHL). O gene VHL também está envolvido na maioria dos carcinomas de células claras esporádicos. Uma forma familiar incomum de carcinoma de células renais não relacionada pela doença de VHL também é associada a anormalidades citogenéticas envolvendo o braço curto do cromossomo 3 (3p). -Ca papilar renal: 10-15% de todas as neoplasias malignas renais. Padrão papilar de crescimento. Essas neoplasias são frequentemente multifocais ou bilaterais e aparecem como tumores em estágio inicial. Como os carcinomas de células claras, eles ocorrem sob as formas familiar e esporádica, mas, ao contrário desses tumores, os cânceres papilares renais não estão associados com anormalidades no cromossomo 3. O culpado, na maioria dos casos de câncer papilar hereditário, é o proto-oncogene MET, localizado na sub-banda cromossomal 7q31. -Ca renais cromófobos: 5% de todos os carcinomas renais. Deriva da observação de que a coloração das células tumorais é mais escura (menos claras) que a das células dos carcinomas de células claras. São únicos, pois suas células apresentam múltiplas perdas de cromossomos inteiros, incluindo os cromossomos 1, 2, 6, 10, 13, 17 e 21. Assim, eles mostram hipodiploidia extrema. Bom prognóstico. -Tumor de Wilms: É o terceiro câncer de órgãos sólidos em crianças menores de 10 anos de idade. Esses tumores contêm uma variedade de células e componentes tissulares, todos derivados do mesoderma. O tumor de Wilms, assim como o retinoblastoma, pode surgir esporadicamente ou ser familiar, com suscetibilidade para a oncogênese herdada de forma autossômica dominante.
Compartilhar